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Secretaria Municipal de Saúde - SEMUS

Superintendência de Ações em Saúde Atenção Básica - SAS AB


Coordenação de Saúde da Mulher, Criança e Adolescente

ARBOVIROSES NA GESTAÇÃO
Profa. Ms. Geny Rose Cardoso Costa
Profa. Dra. Silvia Cristianne Nava Lopes

São Luís - MA
2023
Epidemia de Arboviroses no Mundo
Epidemia de Arboviroses no Brasil
Epidemia de Arboviroses no Brasil

Fonte: Sinan Online (banco de dados de 2020 atualizado em 20/04/2020). Sinan Net (banco de dados de zika de 2020 atualizado em 08/04/2020). Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) (população estimada em 01/07/2019). Dados sujeitos à alteração.
Impacto das Arboviroses: óbitos
Sorotipos da Dengue no Brasil
Principais Diferenças entre a Dengue, Chikungunya e Zika
Ciclo de vida do Aedes aegypti

https://www.eravirtual.org/aedes/
Dengue: definição de caso suspeito

O indivíduo que resida em área onde se registram casos de Dengue ou


que tenha viajado nos últimos 14 dias para área com ocorrência de transmissão
ou presença de Aedes aegypti. Apresentando febre (entre dois e sete dias) e
duas ou mais das seguintes manifestações:
▪ Náusea/vômitos.
▪ Exantema.
▪ Mialgia/artralgia.
▪ Cefaleia/dor retro-orbital.
▪ Petéquias/prova do laço positiva.
▪ Leucopenia.
Dengue: definição de caso suspeito

Também pode ser considerado como caso suspeito toda criança


proveniente de (ou residente em) área com transmissão de Dengue, com quadro
febril agudo (entre dois e sete dias) e sem sinais e sintomas indicativos de outra
doença.
Caso Suspeito de Dengue com Sinais de Alarme

É todo caso de dengue que, no período de efervescência da febre,


apresente um ou mais dos seguintes sinais de alarme:

▪ Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua ou sensibilidade.


▪ Vômitos persistentes.
▪ Acúmulo de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame pericárdico).
▪ Hipotensão postural e/ou lipotimia.
▪ Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal.
▪ Letargia/irritabilidade.
▪ Sangramento de mucosa.
▪ Aumento progressivo do hematócrito.
Caso Suspeito de Dengue Grave
É todo caso de Dengue que apresente uma ou mais das condições a seguir:

▪ Choque ou desconforto respiratório devido ao extravasamento de plasma;


choque evidenciado por taquicardia, pulso débil ou indetectável, extremidades
frias, tempo de perfusão capilar >2 segundos e hipotensão em fase tardia.
▪ Sangramento grave. Exemplos: hematêmese, melena, metrorragia volumosa e
sangramento do sistema nervosocentral.
▪ Comprometimento grave de órgãos, a exemplo de dano hepático importante
(AST/ALT >1.000 U/L), do sistema nervoso central (alteração do nível de
consciência), do coração (miocardite) ou de outros órgãos.
Caso Confirmado de Dengue: critério laboratorial
É aquele que atende à definição de caso suspeito de dengue e que foi
confirmado por um ou mais dos seguintes testes laboratoriais e seus respectivos
resultados:

1. ELISA NS1 reagente.


2. Isolamento viral positivo.
3. RT-PCR detectável (até o quinto dia de início de sintomas da doença).
4. Detecção de anticorpos IgM ELISA (a partir do sexto dia de início de sintomas
da doença).
5. Aumento ≥4 vezes nos títulos de anticorpos no PRNT ou teste IH, utilizando
amostras pareadas (fase aguda e convalescente).
Suspeita de Dengue: tem sinais de alarme ou gravidade?
Arboviroses: Critérios para hospitalização imediata

Presença de pelo menos um dos critérios abaixo:


a) Sangramento grave ou comprometimento grave de órgão (grupos C e D), entre
os quais, insuficiência renal aguda;

b) Comprometimento respiratório: dor torácica, dificuldade respiratória, redução do


murmúrio vesicular, BAN, etc;

c) Plaquetas <20.000/mm3, independentemente de manifestações hemorrágicas;

d) Recusa na ingestão de alimentos e líquidos ou intolerância oral;


Arboviroses: Critérios para hospitalização imediata

f) Comorbidades descompensadas ou de difícil controle como Diabetes Mellitus,


Hipertensão Arterial, Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), crise asmática,
Anemia Falciforme, etc.;
g) Idosos acima de 75 anos (por pelo menos 24 horas);
h) Impossibilidade de seguimento ou retorno à unidade de saúde;
i) Avaliação cuidadosa de gestantes, especialmente no 3º trimestre;
j) Outras situações a critério clínico, incluindo a presença de comorbidades, os
extremos da vida e as condições sociais ou ambientais. A decisão de internar
estes pacientes deve ser individualizada.

Fonte: Nota Técnica nº 15/2022-CGARB/DEIDT/SVS/MS e GUIDELINES FOR THE CLINICAL DIAGNOSIS AND TREATMENT OF DENGUE, CHIKUNGUNYA, AND
ZIKA- PAHO – 2022.
Choque Hemorrágico da Dengue
Dengue: Hidratação Oral (Grupo A e Grupo B)

Adultos e Gestantes: 60 a 80 ml/kg/dia, sendo 1/3 com SRO e os 2/3 restantes


na forma de líquidos da preferência do paciente (evitando refrigerantes).

Crianças: 1/3 com SRO e o restante água, sucos e chás:


▪ Até 10 kg: 130 ml/kg/dia;
▪ De 10 a 20 kg: 100 ml /kg/dia;
▪ Acima de 20 kg: 80 ml/kg/dia.

Manter a hidratação oral por até 24 - 48 horas após o 1º dia sem febre.
Dengue: Prova do Laço

1. Verifique pressão arterial e calcule a média da pressão arterial.

PAm: PAS + PAD /2

2. Após o cálculo da PAm, insulfle o manguito até o valor obtido e mantenha inflado
por 5 minutos em adultos e 3 minutos em criança ou até o surgimento de petéquias.

3. Desenhe um quadrado de 2,5cm x 2,5cm no local de maior concentração de


petéquias. Contar o número de petéquias no quadrado.
Dengue: Prova do Laço

4. A prova é considerada positiva se houver 20 ou mais petéquias em adultos ou 10


ou mais em crianças
5. Se a prova do laço apresentar-se positiva antes do tempo preconizado para
adultos e crianças, ela pode ser interrompida. Deve-se atentar para a possibilidade
de surgimento de petéquias em todo antebraço, dorso das mãos e dedos.
6. A prova do laço frequentemente pode ser negativa em pessoas obesas e durante
choque.
Dengue: Prova do Laço Positiva
Dengue: gestantes
▪ Devem ser tratadas com cautela e necessitam de observação rigorosa,
independentemente da gravidade da doença.
▪ Em relação à mãe, os riscos estão principalmente relacionados ao aumento de
sangramentos de origem obstétrica. As gestantes com sangramento,
independentemente do período gestacional, devem ser questionadas quanto à
presença de febre ou histórico de febre nos últimos sete dias.
▪ Estudo recente realizado no Brasil aponta que a letalidade por Dengue entre as
gestantes é superior à da população de mulheres em idade fértil não gestantes,
com maior risco de óbito no terceiro trimestre de gestação.
▪ Gestantes com infecção sintomática têm risco aumentado para ocorrência de morte
fetal e nascimento de prematuro, embora sem a evidência de baixo peso ao nascer
ou malformações congênitas.
Dengue: Desafios na APS

▪ Os sinais de alarme e choque para Dengue não são pesquisados rotineiramente


pelas Equipes da ESF;
▪ Os profissionais de saúde não têm utilizado o estadiamento clínico preconizado
pelo MS;
▪ Os exames laboratoriais (hematócrito) necessários para adequada hidratação e
dosagem de plaquetas não estão sendo solicitados com a frequência recomendada
pelo MS e;
▪ O tempo de entrega de resultados pelo laboratório é inadequado para seguimento
de pacientes com dengue.

Conclusão: os elevados índices de letalidade podem estar relacionados ao não


atendimento das normas técnicas para o diagnóstico e tratamento de casos de
dengue, preconizados pelo MS.
Chikungunya

▪ A Chikungunya é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Por ter


uma transmissão bastante rápida, é necessário ficar atento a possíveis
criadouros do mosquito e, assim, eliminar estes locais para evitar a propagação
da doença.

▪ A transmissão da mulher grávida para o feto só acontece quando a mãe fica


doente nos últimos 7 dias (última semana) de gravidez. Neste caso, a criança
mesmo que nasça saudável, deve permanecer internada, por uma semana,
para observação e tratamento imediato se desenvolver a doença que, nestes
casos, apresenta quadros graves com manifestações neurológicas e na pele.

▪ Também existe risco de transmissão por transfusão sanguínea.


Chikungunya: gestantes

▪ A infecção pelo CHIKV não modifica o curso da gravidez.


▪ Não há evidências de abortamentos espontâneos associados ao CHIKV.
▪ Mães acometidas por CHIKV no período perinatal podem transmitir o vírus aos
recém-nascidos no momento do parto. A cesariana não altera o risco da
transmissão.
▪ O vírus da CHIKV não é transmitido pelo aleitamento materno.
▪ Para os neonatos de mães infectadas próximo ao parto, há o risco de
transmissão vertical, de aproximadamente 50%. O recém-nascido é
assintomático nos primeiros dias, com surgimento de sintomas a partir do 4º dia
(3 a 7 dias), incluindo presença de febre, síndrome álgica, recusa da mamada,
exantemas, descamação, lesões versículo bolhosas e edema de extremidades.
Chikungunya: período neonatal
▪ Alta taxa de letalidade.
▪ Dificuldade de alimentação.
▪ Dor intensa.
▪ Edema distal.
▪ Trombose.
▪ Várias manifestações cutâneas.
▪ Quadros neurológicos (meningoencefalite, encefalopatia grave).
▪ Retardo no desenvolvimento neuropsicomotor.

* Neonatos infectados com CHIKV devem ser seguidos por pelo menos 2 anos,
independentemente dos sintomas na primeira semana de vida.
Formas Clínicas do Chikungunya

▪ Aguda: febre> 38,5 ºC e dor nas articulações (geralmente incapacitantes).

▪ Atípica: neurológica, cardiovascular, dermatológica, hepática, renal, respiratória


ou hematológica, oftalmológica, entre outras.

▪ Grave: disfunção de pelo menos um órgão ou sistema que ameaça a vida e


requer hospitalização

▪ Crônica: após 12 semanas do início mantendo ao menos um dos sintomas


articulares: dor, rigidez ou edema, de forma contínua ou recorrente.
Chikungunya: gestantes

▪ As formas graves são mais frequentes nos recém-nascidos, como surgimento


de complicações neurológicas, hemorrágicas e acometimento miocárdico
(miocardiopatia hipertrófica, disfunção ventricular, pericardite).

▪ Os quadros neurológicos são mais frequentes nessa faixa etária e incluem


meningoencefalites, edema cerebral, hemorragia intracraniana, convulsões e
encefalopatias.

▪ As infecções perinatais podem levar a sequelas neurológicas, com retardo do


desenvolvimento neuropsicomotor ou óbito.
Caso Suspeito: Chikungunya

▪ Paciente com febre de início súbito maior de 38,5ºC:

▪ Artralgia ou artrite intensa com início agudo, não explicada por outras
condições. A artralgia pode começar após 3 dias, portanto febre isolada
provenientes de áreas de transmissão também dever ser considerada.

▪ Ser residente ou visitado áreas endêmicas ou epidêmicas até duas semanas


antes do início dos sintomas.
Caso Confirmado de Chikungunya: critério laboratorial

É aquele que atende à definição de caso suspeito e que foi confirmado por
um ou mais dos seguintes testes laboratoriais e seus respectivos resultados:

▪ Detecção de IgM em uma única amostra de soro após 6º dia de sintoma


(investigar Dengue também).
▪ Isolamento viral (sangue total, plasma, LCR ou tecido de necropsia), colhido
até 3 dias após início de sintomas.
▪ Detecção de RNA viral por RT-PCR (sangue total, plasma, LCR ou tecido de
necropsia), colhido até 8 dias após início de sintomas.

* Em situações de epidemia não há necessidade de coleta de sorologia.


Sintomas da Chikungunya
Chikungunya: Principais Causas de Óbitos

▪ Insuficiência respiratória;

▪ Descompensação Cardiovascular;

▪ Meningoencefalite;

▪ Outros transtornos do SNC;

▪ Hepatite grave aguda;

▪ Lesão cutânea grave e;

▪ Insuficiência renal.
Chikungunya: Desafios na APS

▪ Acometimento musculoesquelético são as manifestações clínicas mais


frequentes;
▪ 50-95% de infectados tornam-se sintomáticos;
▪ 50% dos pacientes apresentam cronificação de sintomas articulares por
meses/anos;
▪ O acometimento articular causa importante limitação física e dor;
▪ A dor articular é intensa e pouco responsiva aos analgésicos;
▪ Impacta de forma significativa na qualidade de vida dos pacientes;
▪ Profissionais de saúde não estão familiarizados com o manejo da doença;
▪ Óbitos associado a CHIKV são mais frequentes do que relatado/notificado.
Zika Vírus
Zika Vírus

O Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez
no Brasil em abril de 2015. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local
de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas
para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda.

Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem
manifestações clínicas.

No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem


espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode
persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas
quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito.
Zika: definição de caso suspeito

Paciente com exantema maculopapular pruriginoso, acompanhado de um


dos seguintes sinais e sintomas: febre, hiperemia conjuntival/ conjuntivite não
purulenta, artralgia/ poliartralgia, edema periarticular.
Sintomas da Zika
Zika: Manifestações Neurológicas

▪ 32% Guillain-Barré;
▪ 15% Mielite;
▪ 11% Encefalite;
▪ 9% Neurite óptica;
▪ 9% AVC e;
▪ 2% Convulsões isoladas e;
Zika na Gestação

▪ Busque uma UBS para iniciar o pré-natal assim que descobrir a gravidez e
compareça às consultas regularmente.
▪ Vá às consultas às consultas uma vez por mês até a 28ª semana de gravidez; a
cada quinze dias entre a 28ª e a 36ª semana; e semanalmente do início da 36ª
semana até o nascimento do bebê.
▪ Tome todas as vacinas indicadas para gestantes.
▪ Caso se observem manchas vermelhas e prurido na pele, dores articulares,
olhos avermelhados, dor ou febre, procure um serviço de saúde.
▪ Não tome qualquer medicamento por conta própria. Não se recomenda o uso de
Ácido Acetilsalicílico (AAS) e outros anti-inflamatórios, em função do risco
aumentado de complicações hemorrágicas.
A Zika como Fator de Risco para Microcefalia

A microcefalia é uma malformação congênita, em que os bebês nascem com


perímetro cefálico (PC) igual ou inferior a 32 cm, que pode ser efeito de uma série de
fatores, dentre elas, o Zika vírus.
O risco de microcefalia associado ao Zika vírus é predominante nos primeiros três
meses de gravidez.
Após o nascimento do recém-nascido, o primeiro exame físico é rotina nos
berçários e deve ser feito em até 24 horas do nascimento. Este período é um dos
principais momentos para se realizar busca ativa de possíveis anomalias congênitas.
Também é possível diagnosticar a microcefalia no pré-natal.
Tratamento para Microcefalia

Não há tratamento específico para a microcefalia.


Todas as crianças com microcefalia confirmada deverão ser inseridas no
Programa de Estimulação Precoce, desde o nascimento até os três anos de idade,
período em que o cérebro se desenvolve mais rapidamente.
A estimulação precoce visa à maximização do potencial de cada criança,
englobando o crescimento físico e a maturação neurológica, comportamental,
cognitiva, social e afetiva, que poderão ser prejudicados pela microcefalia.
Os nascidos com microcefalia receberão a estimulação precoce em serviços de
reabilitação distribuídos em todo o país, nos Centros Especializado de
Reabilitação (CER).
Prevenção das Arboviroses: medidas de proteção ambiental

▪ Vigilância de vetores;

▪ Limpeza do imóvel: quintal, calhas, piscinas;

▪ Manter cobertos os reservatórios de água: caixas d’água; cisternas, fossas,


outros reservatórios;

▪ Acondicionamento adequado do lixo doméstico;


Prevenção das Arboviroses: medidas de proteção individual

▪ Utilizar roupas que minimizem a exposição e proporcionem proteção a picadas


de vetores. Roupas com as mangas longas e calças compridas e de tecidos
mais grossos. Evite roupas escuras (atraem mais insetos) e roupas que ficam
muito coladas ao corpo.
▪ Utilizar repelentes compostos por DEET (N-N-dietil-3-metil-toluamida - indicado
para gestantes), IR3535 ou Icaridin.
▪ A instalação de mosquiteiros e estruturas de proteção no domicílio, como telas
em janelas e portas, ajuda a prevenir a picada dos vetores.
▪ Vacinação: ainda não disponível no cronograma do MS.
Prevenção das Arboviroses: medidas de proteção individual

▪ Óleos naturais: são os mais antigos repelentes conhecidos e parecem ter


eficácia razoável. Porém, por serem altamente voláteis (evaporam rápido),
protegem por pouco tempo.
▪ O óleo de soja a 2% conferiu proteção contra o Aedes por quase 1 hora e meia.
▪ O óleo de citronela por evaporar muito rápido, fornece proteção muito curta.
Óleo de andiroba puro mostrou ser muito menos efetivo que o DEET.
▪ Óleo de capim - limão teve seu princípio ativo isolado (PMD) e em
concentração de 30% é comparável ao DEET a 20%, sendo o mais efetivo
dos óleos naturais.
Prevenção das Arboviroses: medidas de proteção individual

O uso concomitante de repelentes com hidratantes e protetores solares devem ser


evitados. Os repelentes reagem com os protetores solares e acabam por reduzir o
efeito do protetor quando aplicados juntos. Pode-se aplicar o protetor solar e após
20 a 40 minutos realizar a aplicação do repelente.
Vigilância Epidemiológica das Arboviroses: notificação

▪ Conforme dispõe a Portaria n.º 1.061, de 18 de maio de 2020, Dengue,


Chikungunya e Zika são doenças de Notificação Compulsória, ou seja, todo
caso suspeito e/ou confirmado deve ser obrigatoriamente notificado ao Serviço
de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde.

▪ Os óbitos suspeitos pelas arboviroses Dengue, Chikungunya e Zika são de


notificação compulsória imediata para todas as esferas de gestão do SUS, a
ser realizada em até 24 horas a partir do seu conhecimento, pelo meio de
comunicação mais rápido disponível.
Vigilância Epidemiológica das Arboviroses: notificação

▪ Os casos de malformação congênita devem ser notificados e investigados


conforme normas estabelecidas pelo MS.
▪ Os casos de manifestações neurológicas suspeitos de infecção prévia por
Dengue, Zika e Chikungunya devem ser informados por meio de instrumento
específico, em acordo com o Manual de Vigilância Sentinela de Doenças
Neuroinvasivas por Arbovírus.
Referências
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Diretrizes nacionais para prevenção e controle de epidemias de dengue. Brasília,
2009.
______, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Zika: abordagem clínica na atenção básica. Brasília, 2016.
______, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Chikungunya: manejo clínico. Brasília, 2017.
______, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação
Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. volume único. 5ª ed. Brasília,
2022.
DONALISIO, M.R; FREITAS, A.R.R, VON ZUBEN, A.P.B. Arboviroses emergentes no Brasil:
desafios para a clínica e implicações para a saúde pública. Rev. Saúde Pública. v. 51, n.1, 2017.
PINHEIRO, T.J.; GUIMARAES, L.F.; SILVA, M.T.T.; SOARES, C. Neurological manifestations of
Chikungunya and Zika infections. Arquivos de Neuro-Psiquiatria., v. 74, n. 11, p. 937-943, 2016.

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