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DISCENTE: RAYANE DA SILVA ARAUJO OLIVEIRA

RESUMO: ERISIPELA SUÍNA

DOCENTE: ISLAINE DE SOUZASALVADOR

JOÃO PESSOA - PB
NOVEMBRO – 2022
ERISIPELA SUÍNA
INTRODUÇÃO:
A erisipela, denominada também ruiva, é uma doença infectocontagiosa do tipo
hemorrágica, caracterizada por lesões cutâneas, articulares, cardíacas, septicemia e
abortos, além de ser uma zoonose ocupacional.

ETIOLOGIA:
Seu agente etiológico é uma bactéria do gênero Erysipelothrix spp., sendo a E.
rhusiophathiae (de maior importância para a suinocultura).
-> bacilo, anaeróbio facultativo, não móvel e não formador de esporos.
-> Classificada em 23 sorotipos, suínos são suscetíveis a 15, sendo o sorotipo 1 e o
sorotipo 2 os mais relevantes na suinocultura.

EPIDEMIOLOGIA:
A E. rhusiophathiae esta amplamente distribuída na natureza e infecções
ocasionadas por este microrganismo ocorrem por todo o mundo. Esta bactéria é comensal
ou patogênica em uma variedade de espécies vertebradis e invertebrados.
A erisipela suína é importante na Europa, Ásia, Canadá, Estados Unidos e México.
A doença tem sido diagnosticada também em países como Jamaica, Guatemala, Guiana,
Suriname, Chile, Peru e no Brasil, com incidência mais baixa. A doença em suínos foi
descrita pela primeira vez no Brasil em 1957, em materiais colhidos em matadouro.

TRANSMISSÃO:
A transmissão vai ocorrer de forma direta e indireta.
➔ Direta: feita de animal para animal através de secreções oronasais, fezes ou
ferimentos na pele;
➔ Indireta: ingestão de alimentos, água ou fômites contaminados.
A transmissão em suínos vai ocorrer frequentemente de forma indireta.

PATOGENIA:
A ocorrência da erisipela suína vai depender de vários fatores:
➔ Idade do suíno;
➔ Nível de anticorpos (pelo colostro ou vacinação);
➔ Intensidade da contaminação ambiental;
➔ Virulência bacteriana;
➔ Fatores imunodepressores
A partir das tonsilas e de outros tecidos linfoides ao longo do trato digestório a
bactéria atinge tecidos corporais mais profundos ou a corrente sanguínea e segue por
diversos órgãos (principalmente coração, baço, rins e articulações) entre 1 a 7 dias.

SINAIS CLÍNICOS:
Os sinais clínicos podem ser classificados em três tipos: sendo a aguda, subaguda e
crônica.
➔ Aguda: caracterizada pelo surgimento repentino, algumas vezes associado à
morte súbita de um ou mais animais.
Sinais: hipertemia (40 a 42 °C), diarreia, inapetência, depressão geral,
hemorragias (orelhas, nariz e pescoço) comum a septicemia, pode desencadear
infecções secundarias e necroses na pele.
Vai se iniciar com uma bacteremia que vai se desenvolver dentro de 24h após a
exposição, as lesões cutânea clássica (hemorragias cutâneas que se assemelham a
losangos) vai surgi entre dois a três dias.
A mortalidade pode ocorrer em dois a três dias quando não tratados.
➔ Subaguda: Sinais são menos severos em suas manifestações, onde os animais
aparentam estar sadios, temperatura estável, apetite geralmente não é afetado e
lesões não detectadas. De forma que a doença pode passar despercebida no
rebanho.
➔ Crônica: Evolução da forma aguda e subaguda.
Sinais: Artrite, insuficiência cardíaca, falhas reprodutivas nos machos.
Lesões: necrosadas e descamadas ( áreas pretas, secas e firmes na pele) que
descascam e formam úlceras.

DIAGNOSTICO:
Através de observações do sinais clínicos.
Testes laboratoriais: Cultivo, Sorológicos (Elisa), PCR, Tipagem (caracterização
fenotípica/genotípica do organismo).

TRATAMENTO:
➔ Injeçaõ de penicilina (métodos mais eficaz de tratamento)
Forma aguda: administrada durante três a cinco dias.
➔ Ampilicilina
➔ Clindamicina
➔ Enrofloxacina
➔ Eritromicina
➔ Antissoro de origem equina (pode ser acrescentado a terapia antimicrobiana)

PREVENÇÃO / CONTROLE:
➔ Combinação de sanidade;
➔ Manejo;
➔ Imunização; (bastante útil no controle da erisipela suína)
➔ Desinfecção do ambiente: desinfetantes comuns;
➔ Limpeza dos equipamentos;

VACINAÇÃO:

- 1ª dose no desmame e o reforço após 3 semanas para leitões; para marrãs, 6 e


3 semanas pré-parto; matrizes 4 e 2 semanas pré-parto e cachaços,
semestralmente.
- Utilizada vacina polivalente, com imunização para erisipela, leptospirose e
parvovirose.
REFERÊNCIAS:
1. COUTINHO, Tania Alen. Caracterização de amostras de Erysipelothrix spp.
isoladas de suínos nos ultimos 30 anos. 2010. Tese (Doutorado em Medicina
Veterinária) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
2. PANATTO, Poliana. Erisipela Suína - Revisão Bibliográfica. 2020. TCC
(Graduação em Medicina Veterinária) - Centro Universitário Campo Real,
Guarapuava, 2020.

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