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P: pólipo C: coagulopatia
A: adenomiose O: ovulatório
L: leiomioma E: endometriose
M: malignidade I: iatrogenia
N: não especificado
SUD: manifesta-se mais frequentemente como sangramento uterino irregular e fora dos
padrões normais, associado à função ovariana anormal e anovulação, podendo, porém,
ocorrer em ciclos ovulatórios.
Tratamento:
- Objetivos:
1)Interromper o sangramento
2)Recuperar os mecanismos naturais de controle do tecido endometrial
3)Tratar a anovulação:
- Não hormonal: – AINES, Ácido tranexâmico
- Hormonal: ACO, DIU c LEVONORGESTREL
- Cirúrgico: Polipectomia, Miomectomia, Histerectomia
AMENORRÉIA
Durante a vida reprodutiva: menarca -> ciclos mesntruais -> menopausa.
Padrões Menstruais:
DEFINIÇÃO:
- Primária: Ausência da 1ª menstruação até os 15 anos de idade
- Secundária: Ausência da menstruação por um período de 3 ou mais meses em uma
mulher que já menstruou.
Causas:
• Fisiológicas ou induzidas:
- Amamentação (aumento prolactina inibe gonadotrofinas)
- Gestação
- ACO
- Menopausa e climatério
• Anormalidades do aparelho reprodutor:
- Sd. de Ashermann
- Malformações Mullerianas
• Insuficiência ovariana primária:
- Idiopática
- Autoimune
- Quimioterapia ou Radioterapia : FOP (Falencia Ovariana Prematura)
- Anomalia genética: Sd. de Turner
- Tumores
• Desordens hipotalâmicas ou hipofisiárias
- Atletas (maratonistas) podem desenvolver a chamada tríade da atleta feminina:
distúrbio alimentar, amenorreia e osteoporose.
- Hiperprolactinemia: elevados níveis de prolactina sérica podem levar a amenorreia
por inibir a ação dos gonadotrofos.
- Infarto hipofisiário: Síndrome de Sheeran devido a sangramento pós-parto,
hipovolemia e choque.
- Síndrome de Kallmann: hipogonadismo hipogonadotrófico associado a olfato
diminuído (hiposmia) ou ausente (anosmia).
• Outras alterações endocrinológicas
- SOP: Ciclos irregulares (1): longos ou ausentes (oligoamenorreias) são a
manifestação mais comum. Hiperandrogenismo (2): excesso de pelos faciais e
corporais (hirsutismo), acne e, ocasionalmente, calvície masculina. Ovários
policísticos (3): padrão ovariano caracterizado pela grande quantidade de folículos à
ultrassonografia.
- HIPO e Hipotireoidismos: níveis aumentados de TRH podem elevar os níveis de
prolactina, contribuindo para a amenorreia associada ao hipotireoidismo, por
exemplo.
Consequências:
- Infertilidade
- Estresse
- Dor pélvica
- Osteoporose
- Doença cardiovascular
Tratamento:
- ACO quando indicado
- Restauração de fertilidade
- Corrigir hiperprolactinemia e outras causas de base.
PUBERDADE
DEFINIÇÃO: transição entre a infância e a idade adulta com mudanças biológicas e físicas,
cognitivas e psicossociais que transformam a menina em mulher no sentido da maturidade
sexual. A maioria das meninas inicia a puberdade entre 8 e 13 anos de idade.
- Precoce: < 8 anos
- Normal: 8 a 13 anos
- Tardia: > 13 anos ou quando a menstruação não ocorre 5 anos após o início da
puberdade.
● Com o estímulo do estradiol (E2) acontecem várias mudanças no organismo
feminino. As mais marcantes são o estirão de crescimento e o surgimento dos
caracteres sexuais secundários: telarca e pubarca. Escala Marshall and Tanner
avalia o desenvolvimento púber al feminino.
CENTRAL PERIFÉRICA
Causas:
- Dismenorreia: Comum. O quadro pode incluir sudorese, náuseas, vômitos, diarreia,
síncope. Anti-inflamatórios não esteróides ou anti-espasmódicos (EV ou VO), como
ibuprofeno, naproxeno e escopolamina são tratamentos de 1a linha para o controle
da dor. Os contraceptivos orais são comumente recomendados.
- Mioma Uterino: Miomas são uma fonte muito comum de hipermenorreia,
menometrorragias, mas dificilmente causam dor pélvica aguda, a menos que
apresentem degeneração, torção ou estejam sendo “paridos”.
- DIU: sangramentos pós-inserção e cólicas uterinas, verificar se não há evidências
de perfuração, realizar US pós inserção.
- Cistos ovarianos: risco de dor aguda/intensa aumenta com a ovulação. O risco é
aumentado com tratamentos de indução da ovulação e diminuído com o uso de
ACO. A USTV é a modalidade de imagem de escolha.
- Torção Anexial: Verifica-se dor pélvica ou abdominal inferior, geralmente unilateral e
comumente náuseas e vômitos. Descrito como dor como aguda, intermitente/em
cólica e intensa.
- DIP: infecção do trato genital superior em mulheres e pode incluir o útero, as
trompas de Falópio e os ovários. As sequelas a longo prazo incluem risco
aumentado de gravidez ectópica, infertilidade, infecções recorrentes e dor pélvica
crônica. A maioria das infecções agudas (<30 dias de duração) são resultantes de
DSTs não tratadas, incluindo N. gonorrhoeae e C. trachomatis ou micróbios
associados à vaginose bacteriana. Sintomas: dor pélvica, corrimento vaginal, disúria
e sangramento pós-coito. US está indicada.
Tratamento:
O objetivo do tratamento é maximizar a qualidade de vida e a função geral, com ênfase no
envolvimento do paciente no autogerenciamento
- Analgésico e AINE (não se endometriose)
- A histerectomia é o último recurso devido à sua maior morbidade e benefício limitado
DISMENORRÉIA:
DEFINIÇÃO: dor pélvica que ocorre antes e/ou durante o período menstrual. Dor em cólica,
recorrente, localizada no abdome inferior que ocorre um pouco antes ou durante o período
menstrual.
- Primária: FUNCIONAL. Dor em cólica, recorrente, localizada no abdome inferior, que
ocorre um pouco antes ou durante o período menstrual, na ausência de doenças que a
justifiquem. Inicia poucos dias antes ou concomitantemente ao fluxo menstrual, diminuindo
gradualmente e desaparecendo após o término do sangramento. Se leve ou moderada, não
interfere no
cotidiano e melhora com o uso de analgésicos e/ou anti- inflamatórios. Se intensa costuma
interferir nas atividades diárias ou impossibilitá-las.
- Os fatores de risco associados à maior intensidade são: idade precoce de menarca,
períodos menstruais longos, fluxo menstrual intenso, tabagismo e história familiar
positiva.
-
Clínica: dor em cólica e sintomas como náuseas, vômitos, diarreia, cefaleia, sudorese,
tonturas e síncopes são os mais referidos em associação com a dismenorreia.
Tratamento:
● O tratamento de 1ª linha para dismenorreia é feito com Anti-inflamatórios
não-esteróides (AINE), iniciado 1 a 2 dias antes do fluxo menstrual e mantendo por 2
a 3 dias (ou até o término do fluxo).
● Os fármacos mais empregados são o ácido mefenâmico, ibuprofeno e naproxeno.
● Pacientes sem melhora com os anti-inflamatórios ou que apresentem
contraindicações ao seu uso devem receber tratamento de 2a linha: ACO em
esquema cíclico (inicialmente) ou contínuo (na ausência de resposta).
- Secundária: ORGÂNICA.
- Tende a ser progressiva, severa, certas vezes incapacitante e também pode ser
acompanhada de náuseas, vômitos, diarreia, cefaleia, entre outros.
- Início em qualquer período da vida reprodutiva e é consequência de alguma
alteração do sistema reprodutor (doenças ou anormalidades anatômicas
canaliculares congênitas ou adquiridas) que afetem os órgãos pélvicos
● As causas mais comuns são: endometriose (EDT), adenomiose, leiomioma, pólipo
endometrial, doença inflamatória pélvica e uso de dispositivo intrauterino (DIU).
Causas:
Diagnóstico:
Conceitos:
HIRSUTISMO: crescimento excessivo de pelos grossos e negros em mulheres em
localizações que são mais npicas do homem (bigode, barba, região mediotorácica, ombros,
abdome inferior, dorso e face lateral interna das coxas). OBS: a quantidade de crescimento
dos pelos que é considerada excessiva depende da etnia e interpretação cultural.
Tratamento:
- Inibir/ eliminar fonte androgênica
- Medidas não farmacológicas: reduzir o peso, dieta hipocalórica e hipolipídica
- Tratar acne
- Regularidade ciclo menstrual com ACO
- Combater a resistência à insulina
- Melhorar o perfil metabólico: glicêmico e lipídico
- Indicar tratamento cirúrgico, nos casos específicos.
SOP
DEFINIÇÃO: é um distúrbio hormonal muito comum, caracterizado pela presença de
cistos – pequenas bolsas que contêm material líquido ou semissólido – que pode
causar problemas simples, como irregularidade menstrual e acne, até outros mais
graves, como obesidade e infertilidade
EPIDEMIOLOGIA E INVESTIGAÇÃO DA INFERTILIDADE CONJUGAL
Diminui a fertilidade conforme TEMPO vai passando:
- Alimentação inadequada
- Álcool
- Fumo
- Drogas
- Poluição
- Aumento risco de: Endometriose, Leiomioma, Ca mama.
- Alteração Tuboperitoneal
- Endometriose Crônica
- Endometriose (EDT)
- Espermograma
- Investigação genética
- Avaliação da reserva ovariana
- USTV
- Histerossalpingografia
- Videolaparoscopia
VIOLÊNCIA SEXUAL
DEFINIÇÃO: evento sexual realizado por uma pessoa sobre a outra, SEM O SEU
CONSENTIMENTO. Maior prevalência em adolescentes e mulheres jovens
● Aspectos Éticos e Legais:
- Notificação obrigatória – via ficha do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de
Notificação)
- Conselho Tutelar para menores de idade
- Locais de atendimento: medidas preventivas, emergência, coleta de vestígios, seguimento,
reabilitação, psicologia, serviço social, aborto previsto em lei.
Seguimento
● Avaliação psicológica
● Assistência social
● Retorno ambulatorial – exames, aderência ao tratamento, efeitos adversos da
medicação