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LARISSA LOYOLA

BLOCO SÍNDROMES GINECOLÓGICAS


GT 1

Dismenorreia
Conceito Presença de cólicas dolorosas de origem uterina que ocorrem durante a menstruação
Síndrome somatoforme: associação com ansiedade e depressão
Epidemiologia - Principal causa de dor pélvica (dura cerca de 6 meses ou +)
- Principal queixa ginecológica
- Principal causa de morbidade ginecológica em mulheres de idade reprodutiva
- ↑ prevalência (45 a 93%); taxas + altas é de adolescentes; estimativa incerta, pois é subjetivo
- Impacto: ↓ produtividade, ausência no trabalho e na escola, restrição de atividades diárias; ↓ do desempenho escolar, má qualidade de
sono, ansiedade.
Classificação Dismenorreia Primaria: Dismenorreia secundária:
Dor menstrual sem doença orgânica Dor menstrual associada à patologia pélvica subjacente.
- Ocorre 6 a 12 meses após a menarca Causas mais comum: endometriose e adenomiose
Endometriose Adenomiose
Conceito: Presença de tecido endometrial Presença de glândulas
(glândula e estroma) fora da endometriais e estroma dentro
cavidade uterina do miométrio; associa-se ao SUA
(sangramento uterino anormal)
Epidemiologia: - Principal causa de dismenorreia - Incidência de 35% em
2ª mulheres jovens nuligrávidas
- ↑ prevalência em adolescentes
com dor pélvica crônica resistentes
ao uso de ACO e AINES
Fatores de Risco/ - Menarca precoce - FR: Menarca precoce
Fatores - Sangramento menstrual pesado - FP: uso de ACO por muito tempo para TTO de dismenorreia 1ª; ausência escolar no
preditores - Duração mais longa do período menstrual período menstrual; HF + para dismenorreia
- Gravidez (fator protetor)
Sinais e sintomas - Ocorre logo após a menarca (6 a 12 meses) - Ocorre qualquer momento após a menarca
- Dor aguda e intermitente, na região supra - Dispareunia
púbica → início horas após o início da - Sangramento uterino anormal e intenso
menstruação (com picos em fluxo sanguíneo - Infertilidade
máximo) - Não responde ao TTO com AINES ou ACO
Fisiopatologia - Hiperprodução de prostaglandinas uterinas - Teoria de Sampson ou menstruação retrógada: mulheres apresentam líquido livre na
(PGF2) → ↑ do tônus uterino → contrações pelve em época menstrual devido ao refluxo retrógrado tubário que ocorre. Células
endometriais implantam-se no peritônio e nos demais órgãos pélvicos. Esses implantes
LARISSA LOYOLA
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GT 1

- ↑ de prostaglandinas nos dois primeiros dias da ocorrem pela influência de um ambiente hormonal favorável e fatores imunológicos que
menstruação, devido a ↓ de progesterona não elimina as células desses locais
- Ocorre apenas em ciclos ovulatórios: exposição - Teoria da metaplasia celômica: lesões de endometriose poderiam originar-se de
do endométrio à fase lútea ↑ progesterona tecidos normais mediante a um processo de diferenciação metaplásica
- Teoria genética: predisposição genética ou alterações epigenéticas associadas a
modificações no ambiente peritoneal (fatores inflamatórios, imunológicos, hormonais,
estresse oxidativo) poderiam iniciar a doença nas suas diversas formas.
Diagnóstico - Anamnese - Ultrassonografia transvaginal
- Exame Físico: normal; dor associada a náuseas, - Ressonância magnética
vômitos, diarreia, fadiga, febre, dor de cabeça, - Exame de imagem
insônia - Acompanhando de dor menstruarão, sangramento menstrual pesado e infertilidade

Tratamento - AINES: primeira linha; devem ser tentados pelo menos 3 períodos menstruais (tomar 2 dias antes)
→ bloqueiam a produção de prostaglandina através da inibição da ciclooxigenase
→ aspirina, ibuprofeno
- Contraceptivos orais: pode ser casado com os AINES
→ suprimem a ovulação e não causam proliferação endometrial
→ contínuos: causam ↓ de distúrbios menstruais associados e melhora o alívio da dor das mulheres
→ Progesterona: causam atrofia endometrial e inibição ovulatória

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