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REPRODUÇÃO HUMANA – Manipulação da fertilidade

MANIPULAÇÃO DA FERTILIDADE

REPRODUÇÃO
CONTRACEPÇÃO MEDICAMENTE
ASSISTIDA
REPRODUÇÃO HUMANA – Manipulação da fertilidade: Contracepção

Prevenção voluntária da gravidez

Recorrendo a métodos contraceptivos que podem ter


diferentes modos de actuação:

Evitar a Impedir a
produção e nidação
libertação de
gâmetas
Impedir a
fecundação
REPRODUÇÃO HUMANA – Manipulação da fertilidade: Contracepção

Métodos Contraceptivos

Métodos Naturais Métodos Não Naturais

Método do calendário Métodos hormonais


ou de Ogino-Knaus

Método das Métodos de barreira


temperaturas

Método do muco Espermicidas


cervical ou de Billings

DIU

Métodos cirúrgicos
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Métodos Naturais

• Baseiam-se na determinação do momento provável da ovulação e na


abstinência de relações sexuais durante o período fértil da mulher – métodos
de abstinência periódica.

Método do calendário ou de Ogino-Knaus

• anotar duração dos ciclos anteriores (idealmente 12 ciclos)


• subtrair 18 dias à duração do ciclo mais curto
• subtrair 11 dias à duração do ciclo mais longo

EXEMPLO:
-Ciclo mais curto: 26 – 18 = 8 ABSTINÊNCIA DO
DIA 8º AO 24º DIA
-- Ciclo mais longo: 35 – 11 =24
DO CICLO
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Método das temperaturas

• medição diária da temperatura


ao acordar, utilizando o mesmo
local
• registo das temperaturas num
gráfico

Método do muco cervical ou de Billings

• observação diária do muco cervical, retirando-o da vagina


• registo da elasticidade do muco cervical
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Métodos Não Naturais

Métodos hormonais
• Inibem a ovulação.
MECANISMO DE
• Provocam atrofia do endométrio.
ACÇÃO
• Promovem o espessamento do muco cervical.
Pílula combinada (estrogénios + progestagéneo) Injectável (com progestagéneos; de 2 ou de 3
monofásica em 3 meses)
bifásica

trifásica

Implante subcutâneo (com progestagéneos;


Pílula progestativa (só com progestagéneo) colocado por um profissional; dura cerca de 3 anos)
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Métodos Não Naturais

Métodos hormonais

Anel vaginal (acção combinada de hormonas; Adesivo transdérmico (acção combinada de


aplicado uma vez em cada ciclo, com hormonas; aplicado semanalmente durante 3
permanência de 3 semanas por cada ciclo) semanas por cada ciclo)
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Métodos Não Naturais

Métodos hormonais

Acção dos contraceptivos hormonais combinados sobre o ciclo sexual

Variação da concentração de LH e FSH ao longo Variação da concentração de LH e FSH ao longo


do ciclo sexual sem uso de contracepção do ciclo sexual com uso de contracepção
hormonal combinada hormonal combinada
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Métodos Não Naturais

Métodos de barreira

MECANISMO DE • Constituem uma barreira à passagem dos espermatozóides.


ACÇÃO • Impedem a fecundação.

Preservativo masculino (colocado no pénis


aquando da erecção; não reutilizável)
Diafragma (colocado de forma a cobrir o cérvix;
deve permanecer até 6 a 24H após a relação;
reutilizável)

Preservativo feminino
(colocado na vagina,
recobrindo-a internamente ;
não reutilizável)
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Métodos Não Naturais

Espermicidas
• Substâncias químicas que inactivam ou matam os
MECANISMO DE
espermatozóides.
ACÇÃO
• Impedem a fecundação.

Espermicidas (colocados na vagina antes da relação sexual; aconselhável a utilização


conjunta com outro método de barreira)

Geléia espermicida e diafragma


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Métodos Não Naturais

Dispositivo intra-uterino (DIU)

MECANISMO DE • Impede a nidação (cria condições inapropriadas no


ACÇÃO endométrio para a fixação do embrião).

DIU (colocado pelo profissional treinado na cavidade uterina; podem ser inertes ou
activos)
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Métodos Não Naturais

Métodos cirúrgicos
•É cortada ou interrompida a ligação entre as gónadas e vias
MECANISMO DE
genitais.
ACÇÃO
•Impedem permanentemente a libertação de gâmetas.

Esterilização feminina – laqueação das Esterilização masculina – vasectomia


trompas (impede progressão do oócito II em (impede que os espermatozóides se juntem às
direcção ao útero) secreções das glândulas anexas)
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NÃO É UM MÉTODO
Pílula do dia seguinte CONTRACEPTIVO MAS SIM UM
RECURSO!

Apresenta graves efeitos secundários, devido à


elevada concentração hormonal que contém.

Pílula do dia seguinte progestiva (deve ser


usada até 72H após a relação; o 2º comprimido
deve ser tomado 12H depois do 1º)

• Inibe ou atrasa a ovulação.


MECANISMO DE • Altera o muco cervical, impedindo a progressão dos
ACÇÃO espermatozóides.
• Altera o endométrio, impedindo a nidação.
REPRODUÇÃO HUMANA – Manipulação da fertilidade: Reprodução medicamente assistida

O sucesso da procriação depende de diversos factores:

Produção e libertação de espermatozóides viáveis e em número suficiente;

Produção e libertação de oócitos II viáveis;

Capacidade dos espermatozóides fecundarem os oócitos II;

Existência de oviductos onde possa ocorrer a fecundação;

Existência de endométrio normal onde possa ocorrer a nidação.

10 a 15 % dos casais apresentam problemas de fertilidade


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Malformações Factores Distúrbios


congénitas imunitários hormonais
Factores
Problemas externos e
Genéticos doenças
(DST)

Problemas mais comuns de Infertilidade


Masculina Feminina
- Anomalias na secreção hormonal,
- Problemas na produção de hormonas
desencadeando problemas na ovulação
- Problemas na espermatogénese e maturação - Obstrução ou alteração das trompas ou do
dos espermatozóides (problemas quanto ao cérvix
número e qualidade dos espermatozóides)
- Ausência ou atrofia dos ovários ou do útero
- Bloqueio no transporte de esperma - Infecções das vias genitais
- Perturbações na ejaculação e erecção - Problemas no endométrio
- Muco cervical desfavorável aos
-Anomalias bioquímicas que impedem o espermatozóides
espermatozóide de fecundar o oócito II
- Inibição da nidação ou rejeição do embrião
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Técnicas de Reprodução medicamente assistida

Inseminação Artificial – IUI


(Intra-Uterine Insemination)
Fertilização in Vitro – IVF
(In Vitro Fertilization)
Injecção intra-citoplasmática de espermatozóides – ICSI
(Intra Cyto-plasmatic Sperm Injection)
Transferência intratubárica de gâmetas – GIFT
(Gamete Intrafallopian Transfer)
Transferência intratubárica de zigotos – ZIFT
(Zygote intrafallopian Transfer)
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Inseminação artificial Oócito II

Aspiração testicular
Inseminação artificial

►Recomendado para casos em que os espermatozóides não conseguem atingir as trompas de Falópio
devido a:
• Problemas ao nível do esperma, principalmente quanto ao número de espermatozóides;
• Incompatibilidades entre o esperma e o muco cervical;
• Incapacidade de o homem ejacular na vagina por motivos de impotência, psicológicos ou outros

►Pode ser complementado com a indução da ovulação (estimulação da libertação dos oócitos II através
da injecção ou administração de hormonas).
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Fertilização in vitro

►Estimulação da maturação dos folículos ► Colocação, em laboratório,


►Aspiração dos oócitos II e colheita de dos gâmetas em meio
espermatozóides próprio onde ocorre a sua
fusão

►Após a fecundação e a formação


de embriões, transferência dos
mesmos (um ou mais) para o útero

►Tratamento hormonal à base de


progesterona para melhorar o estado do
endométrio da mulher e facilitar a nidação
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Injecção intra-citoplasmática de espermatozóides

► Técnica usada quando grande parte dos espermatozóides apresentam anomalias que os tornam
inadequados para a fecundação

► Técnica de precisão realizada ao microscópio:


•após a selecção de um espermatozóide normal, com boa mobilidade, procede-se à sua
imobilização e aspiração com uma micropipeta;
• essa micropipeta penetra no citoplasma de um oócito (previamente recolhido), empurrando o
espermatozóide para o seu interior;
• as células são então colocadas em meio próprio em incubadoras, até se formarem embriões que
serão transferidos para o útero, tal como na IVF
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Transferência intratubárica de gâmetas

►Os dois tipos de gâmetas são transferidos


para as trompas de Falópio, onde vai ocorrer a
fecundação.

Transferência intratubárica de zigotos


►Os dois tipos de gâmetas previamente isolados são
postos em contacto “in vitro”, onde estão reunidas as
condições favoráveis à ocorrência da sua fusão.

► O zigoto ou zigotos são transferidos, por


laparoscopia, para o interior das trompas de Falópio.
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Outras técnicas associadas à


reprodução medicamente assistida

Extracção de um blastómero do
Diagnóstico genético embrião com 6 a 8 células e é
pré-implantação, feito o seu estudo cromossómico
Biópsia de embriões antes de transferir o embrião
para o útero

Conservação de
Crioconservação de
espermatozóides e embriões
gâmetas e de excedentários por congelação a
embriões baixas temperaturas (geralmente
com azoto líquido , com
temperaturas abaixo dos -196ºC)

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