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NOV

Endometriose: entenda TUDO sobre este


problema!
A endometriose, que parece ser uma “doença da
moda”, tem sido cada vez mais diagnosticada. Mas é
preciso entender o que ela é, para diminuir as
angústias em torno dessa doença.

O que é endometriose?
A endometriose é uma condição na qual o tipo de
tecido que forma o revestimento do útero, chamado
de endométrio, é encontrado fora do útero. Ou seja,
esse tecido é encontrado fora do seu lugar habitual.

É comum ter endometriose?


A endometriose ocorre em cerca de 1 em cada 10
mulheres em idade reprodutiva. No entanto, não
apresenta sintomas em todas elas, podendo passar
despercebida e não sendo necessário algum
tratamento. Ela é diagnosticada principalmente em
torno de 30 e 40 anos.

Onde ela ocorre mais


frequentemente?
Os principais locais onde esse a endometriose aparece
são:

Peritônio (é uma membrana que recobre as


vísceras);
Ovários;
Tubas uterinas/trompas de falópio;
Superfícies externas do útero, bexiga, ureteres,
intestinos e reto;
Fundo do canal vaginal (um espaço atrás do
útero chamado de Fundo de Saco de Douglas);

Quais são seus principais


sintomas?
Dor pélvica crônica: esse é, sem dúvida, o
sintoma mais comum da endometriose. Ocorre a
longo prazo, especialmente imediatamente
antes e durante o período menstrual.
Dor durante a relação sexual: chamada de
dispareunia, ela pode ocorrer tanto relacionada
ao quadro crônico de dor, como também pela
formação de !broses no fundo do canal vaginal.
Por isso mesmo, a dor é mais comum durante a
penetração profunda.
Constipação intestinal: se houver endometriose
no intestino, pode ocorrer dor durante os
movimentos intestinais e constipação intestinal.
Dor ao urinar: se afetar a bexiga, pode ser
sentida dor durante a micção, de forma crônica.
Sangramento menstrual intenso: também é
outro sintoma importante da endometriose,
relacionado ao crescimento excessivo do
endométrio.

No entanto, é importante frisar que muitas mulheres


com endometriose não apresentam sintomas. Nesses
casos, essa hipótese vai ser pensada principalmente
nos quadros de infertilidade.

Quais problemas a
endometriose causa?
O endométrio, tecido que aparece em outros locais
além do útero na endometriose, é o responsável pela
menstruação. É ele que descama todos os meses, pois
ele é sensível às variações dos níveis de estrogênio,
um hormônio feminino. Assim como o revestimento
uterino, os implantes da endometriose também
podem sangrar no período menstrual. Como não
existe uma “via de saída”, esse sangue na cavidade
abdominal provoca irritação e in"amacão. No término
dessa in"amação, acaba havendo !brose (tecido
cicatricial). Isso pode levar a formação de aderências,
como depois de cirurgias do abdome. Essas
aderências, além de provocarem dores, por
di!cultarem a movimentação dos órgãos dentro do
abdome, podem ser responsáveis também por
constipação intestinal.

Portanto, os sintomas podem aparecer tanto ligados


ao ciclo menstrual, pelo sangramento e in"amação
que ocorrem onde há implantes de endometriose,
como por obstrução do intestino.

Qual é a ligação entre


infertilidade e
endometriose?
Quase 40% das mulheres com infertilidade têm
endometriose (sozinha ou associada a outro fator de
infertilidade. Esse problema pode ser justi!cado por
duas questões centrais da endometriose:

1. In"amação: O quadro in"amatório pode


dani!car o esperma ou o óvulo ou interferir no
movimento das trompas de falópio e do útero.
2. Aderências: em casos mais graves, as tubas
uterinas podem ser bloqueadas por aderências
ou tecido cicatricial. Com isso, o óvulo não
consegue ser fecundado.

É importante que !que claro que infertilidade é


diferente de esterilidade. Existem vários métodos para
ajudar mulheres com infertilidade a engravidarem,
como cirurgias no caso de aderência, Fertilização in
vitro, entre outras.

Como é diagnosticada a
endometriose?
Seu ginecologista deve fazer primeiro um exame físico,
incluindo um exame da pelve e da vagina. Nesse
momento, ele pode perceber alterações ao toque que
indiquem alguma !brose nessa região.

Além disso, ele pode solicitar exames de imagem,


como ultrassom e ressonância magnética, que podem
sugerir um quadro de endometriose. No entanto, a
única maneira de garantir esse diagnóstico é através
de um procedimento cirúrgico chamado laparoscopia.
Através dela, uma pequena quantidade de tecido é
coletada (biópsia) e enviada para análise.

Laparoscopia no diagnósico e tratamento da


Endometriose

No entanto, é preciso entender que esse


procedimento não deve ser feito sem indicação. Como
é um ato cirúrgico, envolve riscos, além de poder gerar
mais aderências na paciente. Além disso, pode ser que
o cirurgião não veja a lesão (por estar mais oculta) e
não ocorra um diagnóstico, mesmo que a pessoa
tenha a doença.

Como é tratada a
endometriose?
O tratamento para endometriose depende da várias
questões:

extensão da doença;
presença de sintomas;
desejo de ter !lhos.

Na maioria dos casos, a dor é a principal indicação de


tratamento. Por isso, um dos objetivos principais do
tratamento é deixar a paciente sem dor.

A endometriose pode ser tratada com medicação,


cirurgia ou ambas. Quando a dor é o principal
problema, a medicação geralmente é tentada
primeiro.

Os quadros de constipação intestinal crônica devem


ser tratados principalmente com dieta laxativa e
aumento do consumo de líquidos.

Quais medicamentos são


usados ​para tratar a
endometriose?
Os medicamentos usados ​para tratar a endometriose
incluem:

1. Analgésicos: os medicamentos que aliviam a dor,


tais como dipirona, paracetamol e ibuprofeno,
são frequentemente parte do tratamento. Como
cada mulher tem um grau diferente de dor e
responde diferentemente a cada medicamento,
o tratamento é individualizado.
2. Contraceptivos hormonais: como o endométrio
cresce por causa do estrógeno, são usados
medicamentos contendo apenas progesterona.
Pode ser em forma de pílula ou injeção. Eles são
diferentes das pílulas comuns, que têm uma
associação de progesterona e estrógeno. O
principal objetivo quando se usa um
contraceptivo hormonal é inibir o ciclo menstrual
normal. Dessa forma, não há aumento
importante do estrógeno no sangue, o que
atrasa o crescimento do tecido endometrial e
podem impedir a formação de novas aderências.
No entanto, os tecidos de endometriose já
formados não são destruídos.

Qual é o papel da cirurgia no


tratamento da
endometriose?
Quando há indicação, a cirurgia pode ser feita para
aliviar a dor, melhorar a fertilidade e em casos de
obstrução intestinal. Durante a cirurgia, os implantes
de endometriose podem ser removidos.

Contudo, a cirurgia deve ser vista com cautela, pois


contém riscos.

A cirurgia cura a
endometriose?
Geralmente, não. Após a cirurgia, a maioria das
mulheres tem alívio da dor. No entanto, há uma
chance considerável de que a dor volte, sendo que 40
a 80% das mulheres têm dor novamente dentro de 2
anos após a cirurgia. Isso pode ser devido à
endometriose que não era visível ou não pôde ser
removida no momento da cirurgia. Pode ser também
pela formação de novas lesões da doença. Quanto
mais grave a doença, maior a probabilidade da dor
permanecer ou voltar pouco depois da cirurgia.

Por isso é importante fazer um acompanhamento


adequado depois da operação. Geralmente, há
necessidade de continuar usando contraceptivos
hormonais, que podem prolongar o período sem dor.

E se permanecer com dor


depois do tratamento?
Se a dor é intensa e não desaparece após o
tratamento, é necessário primeiramente investigar
outras causas de dor. Em vários casos, pode ser
interessante a utilização de outras técnicas de alívio de
dor, como acupuntura. Pode ser necessário também a
ajuda de um psicoterapeuta. Quando a endometriose
parece realmente ser o único motivo das dores
persistentes, em alguns casos extremos pode ser
necessário retirar o útero e os ovários. Sem os ovários,
o tecidos receberão menos estrógeno e devem
regredir. Contudo, ocorre uma menopausa precoce,
com todos os sintomas associados.

Depois da menopausa
continuarei tendo as dores?
Geralmente, há uma melhora considerável do quadro
após a endometriose. Isso ocorre porque o ovário
para de liberar estrógeno, o que pode levar a
regressão de algumas lesões. Como não há
sangramento menstrual, os tecidos fora do útero
também não sangram, portanto acaba a in"amação.
Contudo, as aderências tendem a permanecer, então
se houver dor relacionado a elas, pode existir ainda
algum incômodo.

Fonte: ACOG – Endometriosis


Caso queira saber mais sobre este e outros
temas, entre em contato conosco e acompanhe
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TAGS: cólica menstrual Dor pélvica

dor pélvica crônica Endometriose

ginecologia sangramento menstrual

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