Você está na página 1de 6

Miomatose Uterina e

endometriose

Aluna: Luanna Jesus Oliveira Soares

 Miomatose Uterina
Conceito
Miomas uterinos são massas benignas de tecido muscular que ocupam e distorcem o
útero. Acomete cerca de 25% das mulheres no período reprodutivo e a maioria deles
não requer tratamento. Sua incidência aumenta com a idade. Na maioria das vezes são
assintomáticos, dependendo do número, tamanho ou localização.

Como ele se desenvolve?


Também chamado de fibroide, fibroma, leiomioma uterino, o mioma uterino se
desenvolve a partir do tecido muscular liso do útero (miométrio). Uma única célula se
divide repetidamente e desenfreadamente, até criar uma massa distinta nos tecidos
próximos. Alguns miomas passam por surtos de crescimento, e alguns podem encolher
por conta própria. Inclusive, muitos miomas que acontecem durante a gravidez
tendem a encolher ou desaparecer após o parto.
Os miomas não são detectáveis pelo olho humano, mas suas massas volumosas podem
distorcer ou ampliar o útero. Eles podem ser únicos ou múltiplos, e em casos
extremos, a expansão do útero atinge a caixa torácica. Apesar de não ter uma causa
conhecida, é sabido que os hormônios estrogênio e progesterona têm influência direta
no surgimento deste quadro.

Fatores de Risco
 Genética;
 Fatores hormonais;
 Grupos populacionais;
 Menarca precoce;
 Dieta rica em carne vermelha e menor em verduras e frutas;
 Ingestão de álcool;
 Obesidade.

Tipos de Mioma
Os miomas são divididos em subserosos (quando se desenvolvem fora do útero),
submucoso (quando crescem na parede interna do útero) e intramural (com
crescimento entre as paredes do útero)

Ficar Alerta se :
 Dor pélvica que não vai embora;
 Períodos excessivamente pesados ou dolorosos;
 Sangramento entre os períodos;
 Dor durante ou após a relação sexual (dispaurenia);
 Útero aumentado e abdômen;
 Dificuldade esvaziar a bexiga;

Diagnóstico de Mioma uterino


 USG
 RNM
 Vídeo-histeroscopia

Quando a mulher apresenta sangramento uterino anormal ou deseja engravidar, é


fundamental que se faça a investigação por meio da vídeo-histeroscopia. Através dessa técnica
também é possível fazer o tratamento com a retirada do mioma.

Tratamento
A retirada cirúrgica (miomectomia) é indicada para mulheres que apresentem
sintomas ou que tenham sua fertilidade prejudicada, e também quando o mioma é
muito volumoso. Em geral o procedimento de retirada pode ser feito por
videolaparoscopia ou vídeo-histeroscopia. Ao contrário do que muitos pensam,
medicamentos não fazem os nódulos regredir total e permanentemente , eles tratam
os sintoma!

 Não existe tratamento clínico !!!!!


Embolização das artérias uterinas- radiologista intervencionista insere um cateter na
artéria femural, localiza as artérias uterinas que estão irrigando o mioma e as entope,
assim ele regride, sua atividade zera e os sintomas que incomodavam acabam
desaparecendo.

 Endometriose
Conceito
É uma condição na qual o endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero,
cresce em outras regiões do corpo. A teoria mais aceita da doença é a do refluxo das
células através das trompas no período menstrual que ocorre fisiologicamente, e
então, algumas destas células se implantariam fora da cavidade uterina.
Essa formação de tecido ectópico normalmente ocorre na região pélvica fora do útero,
incluindo os ovários, intestino, no reto, na bexiga, nervos e peritônio (delicada
membrana que reveste a pélvis). Entretanto, esse tecido também pode crescer em
outras partes do corpo, como o diafragma, a pleura e os pulmões.
Acredita-se que o tecido já possa estar lá antes do nascimento e que certos fatores
hormonais permitam o desenvolvimento do problema. Independentemente do que
levou o tecido endometrial a sair do útero, o que realmente interessa é como o
sistema imunológico responde à essa situação.

Ficar alerta se:


 Dor pélvica crônica (não relacionada a menstruação);
 Infertilidade; Dismenorreia;
 Dor durante a relação sexual;
 Alterações urinárias e/ou intestinais;

Fatores de risco
 Genética;
 Imunidade baixa;
 Menarca precoce;
 Ciclos menstruais frequentes;
 Menstruações que duram muito, especialmente sete dias ou mais;

Diagnóstico
 Usg (com preparo intestinal);
 RNM;
 Laparoscopia (com inspeção direta da cavidade e visualização dos
implantes, não necessitando de biópsia para confirmação Histopatológica);
(PADRÃO OURO)

Tratamento
 Medicamentos para controlar a dor e minimizar a progressão da doença;
 Cirurgia para retirar as áreas afetadas pela endometriose;
 Cirurgia radical - histerectomia com retirada dos dois ovários.

O tratamento depende dos seguintes fatores:


 Idade;
 Gravidade dos sintomas;
 Gravidade da doença;
 Se a mulher deseja ter filhos.

Cirurgias para Endometriose


Uma vez confirmado o diagnóstico de endometriose, a laparoscopia pode ser utilizada
para o tratamento das lesões. Por ser uma cirurgia minimamente invasiva, mas ao
mesmo tempo resolutiva, hoje é a escolha mais comum quando da necessidade de
intervenção cirúrgica para o tratamento.
As técnicas permitem remover todos os focos, drenar os cistos endometriais e depois
retirar a capa que os reveste. Pode-se ainda fazer a ressecção de porções intestinais ou
de bexiga quando há lesões envolvendo esses órgãos. Em alguns casos, a histerectomia
(retirada do útero, trompas e dos ovários também pode ser realizada.
A retirada dos órgãos pélvicos femininos fica restrita aos casos que não responderam
bem aos tratamentos anteriores e a mulher já tem a prole formada.

Gravidez x Endometriose
A endometriose não impede que uma mulher possa ficar grávida. Após as primeiras
semanas, onde em alguns casos é necessário suplementar progesterona para evitar as
chances de aborto, a mulher seguirá a gravidez normalmente. Não existe nenhum risco
de má formação do feto ou parto prematuro, diretamente relacionado à
endometriose.

Referências Bibliográficas
Abrão MS, Podgaec S. Endometriose: aspectos atuais do diagnóstico e tratamento. Rev Assoc
Med Bras. 2004;61:41-6.

Faria J, Godinho C, Rodrigues M (2008). Miomas uterinos-revisão da literatura. Acta Obstet


Ginecol Port 2008; 2(3):131-42.

Podgaec S, Abrão MS. Endometriose. In: Fonseca AM, Bagnoli VR, Pinotti JA, editores.
Ginecologia endócrina. São Paulo: Atheneu; 2004. p.195-202.

Sociedade Portuguesa de Ginecologia (2013).Consenso sobre Miomas Uterinos.

Você também pode gostar