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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

DISCIPLINA: PATOLOGIA DOS SISTEMAS

Nome da patologia: descrição, fisiopatologia, manifestações clínicas e


manejo de enfermagem

Nome completo dos aluno:


1-Simone da costa costa
2-Maria valdirene pompeu dantas

Santana-Ap
2020
MIOMAS UTERINO

 Descrição e etiologia:
O mioma uterino, chamado também de fibroma do útero é um tumor benigno que afeta
cerca de 50% das mulheres. Consiste em uma desordem hormonal que causa um
enovelamento das fibras musculares, formando nódulos no útero.
Geralmente, os miomas localizam-se no trato genital, possuem consistência firme e uma
coloração esbranquiçada. Em sua maioria, são múltiplos.
Existem tipos diferentes: aqueles conhecidos como “subserosais”, que se desenvolvem
na superfície do útero; o “intramural”, na espessura da parede uterina; a “submucosa”,
dentro da cavidade do útero. Os primeiros são principalmente assintomáticos, enquanto
os outros afetam o endométrio, causando sintomas mais óbvios.

É uma patologia com forte predisposição genética e nos casos em que as causas são
desconhecidas, é preciso levar em consideração o histórico familiar. Outros fatores que
elevam a propensão do desenvolvimento do mioma são a obesidade e a nuliparidade
(não ter filhos).
O estrogênio é o principal causador dessa doença. Por isso, a maior incidência de
miomas ocorre no período máximo da produtividade feminina, até a chegada da
menopausa. Geralmente, os miomas uterinos acometem mulheres entre 45 e 55 anos de
idade, mas também podem ocorrer a partir dos 35 anos.
No período da menopausa, o volume de miomas tende a diminuir espontaneamente,
levando a uma diminuição acentuada dos sintomas, se não do seu desaparecimento. Se
você tem um mioma no útero, a menopausa não é uma má notícia! Isso ocorre porque o
crescimento dos miomas está intimamente relacionado à produção de estrogênio.
 Fisiopatologia
Também chamado de fibroide uterino, o mioma uterino se desenvolve a partir do tecido
muscular liso do útero (miométrio). Uma única célula se divide repetidamente e
desenfreadamente, até criar uma massa distinta dos tecidos próximos.
Os padrões de crescimento de miomas uterinos variam, podendo se desenvolver de
forma lenta, rapidamente ou permanecer do mesmo tamanho.
Alguns miomas passam por surtos de crescimento, e alguns podem encolher por conta
própria. Inclusive, muitos miomas que acontecem durante a gravidez tendem a encolher
ou desaparecer após o parto.
Os miomas não são indetectáveis pelo olho humano, mas suas massas volumosas
podem distorcer ou ampliar o útero. Eles podem ser únicos ou múltiplos, e em casos
extremos, a expansão do útero atinge a caixa torácica.

 Manifestações clínicas
O mioma é assintomático para algumas mulheres - ou seja, há pessoas que não
apresentam sinais de que está com um tumor no útero. Nesse caso, a detecção do
mioma só ocorre com exames de rotina.
Entretanto, mulheres que apresentam sintomas, geralmente notam os seguinte sinais do
mioma no corpo:

 Sangramento menstrual pesado


 Períodos menstruais prolongados - sete dias ou mais de sangramento
menstrual
 Sangramentos mensais atípicos, às vezes com coágulos.
 Pressão ou dor pélvica
 Micção frequente
 Dificuldade esvaziar a bexiga
 Prisão de ventre
 Dor durante as relações sexuais.

Nos casos sintomáticos, podem ocorrer fenômenos de dismenorreia (isto é, dores


menstruais muito fortes devido às contrações contínuas do útero que tenta eliminar o
fibróide) ou de metrorragia: perda de sangue entre uma menstruação e outra. Igualmente
prováveis são menorragia (fluxo menstrual muito abundante) e polimenorréia (perda
irregular de sangue antes da chegada do ciclo real).

 Manejo de enfermagem
Os miomas devem ser tratados independentemente de apresentar sintomas ou não. O
tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico e é realizado de acordo com o histórico
da paciente e da quantidade e tamanho dos nódulos.

O tratamento medicamentoso pode ser feito com o uso de diversos medicamentos que
podem ser tanto de uso oral como injetáveis. Alguns exemplos são: anti-inflamatórios não
hormonais, progestágenos, drogas inibidores hormonais, entre outros.
Caso a mulher tenha mais de 35 anos de idade e possua filhos, um dos tratamentos
indicados é a histerectomia, que consiste na retirada do útero com os miomas, por meio
da laparoscopia, videolaparoscopia ou via vaginal. Quando a mulher deseja manter o
útero, pode se optar pelo tratamento medicamentoso ou retirar somente os miomas, mas
com grandes possibilidades de futuramente surgirem novos miomas. Nesse caso, é
indicado também o uso de medicamentos que bloqueiam a produção de hormônios.
Mulheres que desejam engravidar devem receber um tratamento especial, pois os
miomas podem prejudicar a fertilidade, podendo levar a um aborto. Quando a mulher
consegue engravidar, os fibromiomas não podem ser retirados, mas deve-se tomar
cuidado, pois podem induzir ao parto prematuro devido ao seu aumento volumétrico.
Após o parto, eles devem ser removidos. Em último caso, quando a mulher não deseja
realizar uma cirurgia, o tratamento indicado é a embolização, que consiste na obstrução
das artérias do útero com partículas sólidas que reduzirão o aporte sanguíneo aos
miomas, diminuindo o volume uterino e a quantidade dos nódulos.
Conclusão

Diante do exposto observou-se que o mioma uterino ainda é pouco abordado na saúde
brasileira, apesar de muitas mulheres sofrerem com as consequências das alterações
decorrentes desta patologia. O tratamento medicamentoso tem finalidade de aliviar
sintomas como dores, reduzir o volume do tumor, como também cessam as
menstruações que causam sangramento excessivo, causando anemia, e ainda preparo
para futura cirurgia. Já o tratamento cirúrgico é feito através de histerectomia, que é a
retirada cirúrgica do útero, que pode ser total, subtotal, ou radical dependendo da
localização do mioma, e a miomectomia é apenas a retirada dos miomas,
Bibliografia:

https://www.ism.net.br/saude/o-que-e-o-mioma-uterino

https://www.minhavida.com.br/saude/temas/mioma-uterino

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