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Gravidez ectópica
Definição e Epidemiologia
A gravidez ectópica corresponde aquela gestação cuja implantação e desenvolvimento do ovo ocorrem fora
da cavidade uterina. Esse é um termo que abrange além de gravidez extrauterina – tubária, ovariana e
abdominal –, a gravidez cervical, intersticial e em cicatriz de cesárea. Ocorre em cerca de 2% das gestações,
sendo a gravidez tubária a localização mais comum (95-98%). Nessas pacientes, a região da ampola tubária
é o a mais acometida, com implantação
nesse local em 70%-80% dos quadros. Essa
patologia configura um risco a vida da
paciente, visto que a hemorragia
secundária a gravidez ectópica rota é uma
das principais causas de mortalidade
materna na primeira metade da
gestação.
Figura: Possibilidades da gravidez
ectópica. Obstetrícia Williams, 24ª edição
,2016.
Fatores de risco
A gravidez ectópica geralmente está associada a fatores de risco que causam lesão tubária – aglutinação
das dobras da mucosa, destruição das fimbrias, redução do lúmen – ou alteração no transporte ovular –
devido diminuição no número e movimento dos cílios. Entre esses fatores de risco:
Doença inflamatória pélvica (DIP);
Uso de dispositivo intrauterino;
Cirurgia tubária prévia;
Gravidez ectópica anterior;
Procedimentos relacionados à reprodução assistida;
Uso de métodos contraceptivos de emergência;
Endometriose.
Quadro clínico
A tríade clássica da gravidez ectópica é composta por: dor abdominal, sangramento vaginal discreto e
irregularidade ou atraso menstrual. Na maioria dos casos, pelo menos um destes sintomas está presente.
Sinais típicos de gestação tópica também afetam essas pacientes, como aumento do volume e sensibilidade
das mamas, náuseas e vômitos, alteração do ritmo intestinal e síncope.
Dor abdominal: Este é o sintoma mais frequente, porém suas características podem variar
consideravelmente em cada caso, apresentando-se desde dor em cólica até dor lancinante
associada a síncope. Em casos de gravidez tubária, a localização na maioria dos casos é ipsilateral
a tuba acometida.
Sangramento vaginal: Ocorre em 60 a 90% dos casos, em decorrência da descamação endometrial
secundária a produção irregular de hCG. É um sangramento brando, de coloração vermelho escuro
ou acastanhado, por vezes, acompanhado de dor abdominal.
Irregularidade ou atraso menstrual: O atraso menstrual ocorre em 75 a 95% dos casos, sendo que
as demais pacientes apresentam irregularidade menstrual.
No quadro subagudo, esses sintomas se prolongam por dias e a perda de sangue intermitente para a
cavidade abdominal pode levar a irritação peritoneal. Essa paciente pode apresentar, no exame
ginecológico, dor a pressão do fundo do saco de Douglas – sinal de Proust – além de manipulação do colo
uterino.
Aquelas pacientes que evoluem com gravidez ectópica rota relatam dor intensa, em pontada, na fossa ilíaca
ou hipogástrico e exibem sinais e sintomas de choque – palidez, sudorese, extremidades frias, taquicardia,
hipotensão – além de dor a descompressão brusca do abdome – sinal de Blumberg –, indicando a evolução
para peritonite. O sangue, além de irritar a cavidade peritoneal, se acumula no fundo de saco posterior,
causando a sensação de peso no reto e na bexiga, associado a dor à defecação e micção. Algumas
pacientes ainda referem dor em região escapular por irritação do nervo frênico.
Diagnóstico
Buscar massas
anexiais, anel
Gravidez tubário e embrião
SG intrauterino
tópica vivo extrauterino
USTV para confirmar
β-hCG > diagnóstico
2000mU/ml Gravidez ectópica
possível
Ausência de
SG intrauterino
Abordagem cirúrgica
Repetir β-hCG após 48h Abordagem cirúrgica
Tratamento
.
Gravidez
tubária