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• Anencefalia feta por USG a partir de 12ª inferior a 35% em 48 horas ou inferior a 100% em
semana (laudo assinado por 2 medicos): 72 horas também são fortes indicativos de
Diferentemente das situações anteriores, gestação ectópica ou inviável.
aqui a interrupção é permitida a qualquer
IG. TRATAMENTO
Existem 3 modalidades de tratamento e a escolha
GESTAÇÃO ECTÓPICA vai depender basicamente do tamanho do saco
gestacional (SG) e da dosagem do beta-hCG.
DEFINIÇÃO
Implantação e desenvolvimento do blastocisto EXPECTANTE
que ocorra fora do endométrio localizado na Pouco cobrado, somente nas seguintes condições:
cavidade uterina:
• Beta-hCG < 1.000 mUI/ml (ou < 200
• Ampolar (70%); mUI/ml) declinante
• Ístimica (12%); • Saco gestacional < 3,5;
• Outras: fímbrial, ovariana, intersticial e
abdominal; MEDICAMENTOSO (METOTREXATE)
Talvez seja um dos pontos mais cobrados do tema.
FATORES DE RISCO Decore as indicações:
Os principais são:
• Beta-hCG < 5.000 mUI/ml
• Doença inflamatória pélvica; • SG < 3,5 cm
• Reprodução assistida; • Ausência de batimentos cardíacos fetais.
• DIU;
COMO USAR:
• Anticoncepcionais orais combinados;
• Tabagismo; • Injecao direta sobre ovo: menos efeitos
• Cirurgias abdominais/tubárias prévias colaterais, porém necessita de
procedimento invasivo;
QUADRO CLÍNICO
• Injecao IM dose única: menores taxas de
Quadro clínico fundamental: sucesso, porém com menos efeitos
colaterais. Realiza-se conrole com beta-
• Dor abdominal;
hcg no 4º e 7º dia. Se não houver queda
• Atraso menstrual;
pode repetir dose mais 2 vezes.
• Sangramento no 1º trimestre;
• Injecao em dias alternados: maior
• Se rotura da tuba uterina, o quadro é muito
eficácia porem muitos efeitos colaterais.
grave, com sinais de irritação peritoneal e
possível choque hipovolêmico. OBS.: Metotrexate está contraindicado em casos
de doenças renais, hepáticas ou pulmonares;
DICA: é clássica a apresentação do enunciado de
lactentes, imundeficiência e outros.
mulher em idade fértil, em uso apenas de
preservativo como método anticoncepcional e que • DICA: sempre que houver descrição de
apresentará a tríade descrita. comorbidade não relacionada à gestação
ectópica, muito provavelmente é uma
DIAGNÓSTICO
contraindicação ao Metotrexate e você
O diagnóstico é feito através de: deve escolher outra modalidade de
tratamento.
• B-hCG > 2000 E
• USG sem evidência de gestação uterina; PEGADINHA: Gestações que não se enquadrem
nos critérios sugeridos NÃO SÃO contraindicações
DICA: Se B-hCG limítrofe e quadro suspeito, pode
à terapia medicamentosa, porém terão menor
se fazer dosagem seriada do mesmo. Crescimento
chance de sucesso.
[GABRIEL CAVALCANTE DE AZEVEDO]
• Inserção baixa: localiza-se no segmento OBS.: E se for pré-termo? Desde que não haja
inferior, porém não alcança o OI por pelo riscos, pode ser expectante a conduta. A
menos 2cm hospitalização se faz necessária para avaliação
inicial. A maturacao pulmonar é mandatória;
FATORES DE RISCO
Atente-se para os gatilhos mentais: COMPLICAÇÕES
Pode causar hemorragia e atonia uterina após o
• CESARIANA PRÉVIA; parto, infecções puerperais, parto prematuro e
• procedimentos uterinos prévios discinesias uterinas. Porem, a mais importante
(curetagem, por exemplo); delas é o acretismo placentário (aderência
• Multiparidade/Período interpartal curto; excessivamente firme, dificultando ou impedindo
• Tabagismo; o secundamento).
• Gemelaridade;
• Polidramnio; DESCOLAMENTO PREMATURO DE
PLACENTA
QUADRO CLÍNICO
É clássico: DEFINIÇÃO
Separação intempestiva da placenta
• Sangue vermelho VIVO, recorrente;
normalmente inserida no corpo uterino em
• INDOLOR;
gestação com 20 ou mais semanas completas e
• SEM SINTOMAS ASSOCIADOS;
antes da expulsão fetal;
DIAGNÓSTICO
FATORES DE RISCO
A ultrassonografia faz o diagnóstico (após 28
Atenção:
semanas), estabelecendo a localização exata e
auxiliando na conduta quanto à via de parto. • HIPERTENSÃO ARTERIAL;
• TRAUMAS (ACIDENTES, BREVIDADE DE
MUITO CUIDADO: NÃO DEVE-SE REALIZAR
CORDÃO, RETRAÇÃO UTERINA);
TOQUE VAGINAL SEM SABER A LOCALIZAÇÃO
• Uso de drogas ilícitas (tabaco, álcool,
DA PLACENTA!
cocaína);
CONDUTA
QUADRO CLÍNICO
Expectante na maioria dos casos de gestações
Quadro extremamente grave:
abaixo de 37 semanas. Caso já ́ tenha atingido o
termo, indica-se interrupção da gestação: • Sangramento ESCURO, único;
• DOR ABDOMINAL (CÓLICA);
• Vaginal: placenta prévia marginal e alguns
• HIPERTONIA UTERINA;
casos de parcial (se parto próximo,
sangramento discreto, multípara e se não CUIDADO: O volume do sangramento
houver grande obstáculo). Neste caso, exteriorizado pode não refletir a gravidade do
deve-se proceder à AMNIOTOMIA descolamento e a exata perda sanguínea, pois
PRECOCE, pois permite a insinuação da coágulos volumosos podem ficar retidos no
apresentação que comprime espaço retroplacentário;
mecanicamente o segmento inferior do
útero e diminui o sangramento. DIAGNÓSTICO
• Cesárea: placenta prévia total e a maioria Diagnóstico clínico, SEM necessidade de qualquer
dos casos de parcial exame complementar para realizá-lo.
ROTURA UTERINA
ADENDO: DOENÇA HEMOLÍTICA
FATORES DE RISCO PERINATAL
Importante saber que as cesáreas previas e a
indução do parto (principalmente com DEFINIÇÃO
Misoprostol). É consequência do ataque de anticorpos maternos
direcionados a antígenos fetais presentes nos
QUADRO CLÍNICO
eritrócitos (hemácias).
São sinais de IMINÊNCIA DE ROTURA:
TIPOS
• Sinal de Bandl: depressão infraumbilical,
Existem em torno de 50 antígenos eritrocitários e
decorrente da distensão do segmento
diversos deles podem estar envolvidos na DHP.
uterino inferior, fazendo o útero ficar
Porém para as provas, focaremos em duas:
semelhante a uma ampulheta.
incompatibilidade ABO e incompatibilidade Rh.
• Sinal de Frommel: desvio anterior do útero,
devido ao estiramento dos ligamentos INCOMPATIBILIDADE ABO
redondos.
OCORRE QUANDO:
Sinais de ROTURA CONSUMADA:
• MÃE TIPO O (quase que exclusivo)
• Sinal de Clark: enfisema subcutâneo; • FETO AB
• Sinal de Reasens: subida da apresentação
É o mais comum, menos grave e não necessita de
(muito descrito em enunciados).
sensibilização. Costuma ser assintomática ou
TRATAMENTO causar apenas uma icterícia precoce e
autolimitada.
Não costuma ser cobrado, mas pode ser a rafia da
lesão ou até histerectomia, dependendo do DICA: Pacientes com incompatibilidade ABO
tamanho da lesão e da gravidade do quadro. possuem proteção parcial contra a isoimunização
[GABRIEL CAVALCANTE DE AZEVEDO]
Rh, já́ que as hemácias são destruídas PEGADINHA CLÁSSICA DE PROVA: após receber
rapidamente, reduzindo o tempo para ocorrer a a imunoglobulina anti-D, é esperado que o coombs
imunização. indireto fique positivo transitoriamente. Portanto,
uma gestante, que recebeu a anti-D com 28
INCOMPATIBILIDADE RH
semanas de IG, pode ter um coombs indireto com
SÓ OCORRE QUANDO: titulação até 1:4 após o parto, sem qualquer
significado patológico. Nesse caso, a
• MÃE RH NEGATIVO
imunoglobulina deve ser aplicada em até 72 horas
• PAI RH POSITIVO
após o nascimento, seguindo o protocolo normal
• FETO RH POSITIVO
de pacientes não-sensibilizadas.
É mais grave e necessita de contato prévio - só
OBS.: Por que não faz antes de 28 semanas? o
aparece clinicamente a partir da segunda
risco de sensibilização antes desta fase é muito
gestação ou se houver contato do sangue fetal
pequeno na ausência de hemorragias ou
com o materno por alguma complicação ou
procedimentos invasivos.
procedimento invasivo gestacional (ex:
amniocentese). Caso não seja prevenida e tratada,
a incompatibilidade Rh leva a um ataque
imunológico materno às hemácias fetais, levando
à anemia, hidrópsia fetal e a um quadro
neurológico conhecido como “kernicterus”
(impregnação cerebral pela bilirrubina liberada
pelas hemácias atacadas).
CONDUTA: INCOMPATIBILIDADE RH
Solicitar coombs indireto no início do pré-natal:
TRATAMENTO/PROFILAXIA
Feito com a aplicação de imunoglobulina anti-D: