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➥ Síndromes Hemorrágicas na Gravidez

⇨ Primeira metade da gravidez ⇨ Segunda metade da gravidez

➢ Abortamento ➢ Placenta prévia


➢ Gravidez ectópica ➢ Descolamento prematuro de
➢ Mola hidatiforme placenta
➢ Acretismo Placentário
➢ Vasa prévia

➥ Síndromes Hemorrágicas na 1º metade da


Gravidez;
➥ Abortamento:
➢ Gestação intrauterina não viável 20-22 semanas ou peso fetal de até 500g;
✳ Precoce Até 12 semanas e 6 dias; ✳ Tardio Entre 13 e 22 semanas;

⇨ Classificação:
• Ameaça de aborto ou aborto evitável
• Aborto inevitável
• Aborto completo
• Aborto incompleto
• Aborto retido
• Aborto espontâneo de repetição
• Abortamento infectado

⚠ De forma geral, nas situações de abortamento:

⇨ Avaliação ⇨ Conduta

• Exame especular permite a avaliação • Tratamento individualizado e escolha


do sangramento, de sua origem e da paciente entre conduta expectante,
quantidade, e de sinais de infecção. medicamentosa ou cirúrgica.
• Manejo da dor durante a passagem
• A ultrassonografia transvaginal é o dos restos ovulares pelo canal cervical.
exame-padrão, o diagnóstico de aborto • Monitoramento e apoio emocional.
é feito pela não visualização da
gravidez em exame posterior ou pela
ausência de atividade cardíaca fetal.
⚠ Ameaça de abortamento

⇨ Avaliação ⇨ Conduta

• Sangramento genital de pequena • Não há indicação de internação


intensidade hospitalar
• Pode existir dor tipo cólicas • Repouso
• Colo uterino fechado • Administrar analgésico se dor
• Volume uterino compatível com a IG • Evitar relações sexuais durante a
• Ultrassonografia: avaliação do saco perda sanguínea
gestacional e do embrião (vitalidade) • Retorno ao pré-natal

⚠ Abortamento Inevitável

⇨ Avaliação ⇨ Conduta

• Sangramento vaginal abundante e • Preparo para aspiração manual


cólicas uterinas intrauterina, curetagem uterina
• Colo pérvio e não há possibilidade de • Misoprotol
salvar a gravidez. • Conduta expectante

⚠ Abortamento Completo

⇨ Avaliação ⇨ Conduta

• Há eliminação completa do produto • Observação


conceptual. • Atenção ao sangramento e/ou
• A ultrassonografia demonstra infecção uterina.
ausência da gestação, após gestação
anteriormente documentada.
• A paciente relata história de
sangramento importante, cólicas e
eliminação de tecidos.
• O orifício interno do colo uterino tende
a se fechar depois da expulsão
completa do material intra-uterino.

⚠ Abortamento Incompleto

⇨ Avaliação ⇨ Conduta

• Presença intrauterina dos produtos da • Conduta expectante


concepção, após a expulsão parcial do • Preparo para aspiração manual
tecido gestacional intrauterina, curetagem uterina.
• Diagnóstico ultrassonográfico difícil • Misoprotol
(espessura endometrial)

⚠ Abortamento Retido

⇨ Avaliação ⇨ Conduta

• Regressão dos sinais e sintomas de • Conduta expectante


gestação • Preparo para aspiração manual
• Colo fechado (impérvio) intrauterina, curetagem uterina.
• Ultrassonografia: ausência de sinais
de vitalidade ou embrião
• Definido como a não eliminação do
produto conceptual por um período de
30 dias.
➥ Abortamento Espontâneo de Repetição:
➢ Três ou mais perdas gestacionais espontâneas e consecutivas.
➢ Recomenda-se a pesquisa da causa das perdas em casais com dois ou mais
abortamentos, desde que tenham sido gestações clínicas e intra uterinas.
– Insuficiência istmocervical
– estudo de cariótipo e aconselhamento genético;
– investigar (exames de imagem) a existência de defeitos uterinos
congênitos.

➢ Conduta
➢ Mulheres e homens devem ser orientados a manter o peso adequado, corrigir
distúrbios metabólicos e evitar consumo de álcool e drogas.

➥ Insuficiência Istmocervical (IIC):


➢ Dilatação indolor e recorrente do colo uterino, levando a perdas no segundo
trimestre.
• Pode ser idiopática, decorrente da fraqueza estrutural do colo, ou secundária a
procedimentos cirúrgicos como dilatação, curetagem ou conização.
• A dilatação cervical acontece na ausência de contrações, e a paciente tem
sintomas ausentes ou mínimos, como dor leve em baixo ventre, sensação de peso
ou mudança do conteúdo vaginal, que passa de claro para muco rosado.
• O tempo entre o início dos sintomas e o parto é geralmente curto, e o feto
costuma chegar vivo ao hospital.

➢ Cerclagem
➢ Tem por objetivo reforçar a cérvice, diminuindo, consequentemente, o risco de
aborto tardio e de prematuridade extrema.
✳ Realizada entre 12 e 16 semanas de gestação;

➥ Gravidez ectópica:
➢ Nidação do ovo fora da cavidade uterina;
✳ Fatores de risco:
• Gravidez ectópica prévia. • Endometriose
• Doença inflamatória pélvica. • Uso de DIU.
• Cirurgia tubária. • Tabagismo.
•Anticoncepção de emergência. • Infertilidade.

✳ Diagnóstico e Avaliação de enfermagem :


● Dosagem BHCG Ultrassonografia
● Atentar dor abdominal (com náuseas e vômitos), atraso menstrual e
sangramento genital.
● Dor lancinante na ruptura tubária e em caráter de cólicas no aborto
● Dor pélvica (região anexial)
● Massa dolorosa palpável
● Estado hipovolêmico: palidez cutâneo-mucosa sem perda sanguínea visível,
taquicardia e hipotensão arterial.

⇨ Tratamento ⇨ Conduta

• Expectante • Prepará-la para o tratamento


• Tratamento Cirúrgico • Apoio emocional
- Salpingostomia linear • Orientações e esclarecimento de
- Salpingectomia dúvidas
• Medicamentoso (metotrexato – MTX);

➥ Doença Trofoblástica Gestacional:


⇨ Mola Hidatiforme:
➢ Proliferação anormal, hiperplásica, das vilosidades coriônicas, tecido constituinte
da placenta.
➢ Em decorrência, apresenta produção elevada do hormônio gonadotrofina
coriônica humana.

⇨ Avaliação ⇨ Conduta

• Tamanho do útero maior que o • Prepará-la para o esvaziamento


esperado para a IG uterino (aspiração manual intrauterina,
• Níveis elevados de βHCG para a IG curetagem uterina) ou Histerectomia
• Exacerbação dos sintomas de total abdominal com a mola in situ.
gravidez • Orientar anticoncepção
• Ultrassonografia: células anecóicas, • Orientar evitar nova gravidez por pelo
“flocos de neve”, cistos tecaluteínicos. menos um ano após esvaziamento
uterino
• Monitoramento e controle pós-molar

• O sintoma mais comum é o sangramento genital, que se inicia em pequena


quantidade, em borra de café. Se o diagnóstico for tardio pode tornar-se
hemorrágico.

⇨ Neoplasia Trofoblástica Gestacional (NTG):


➢ Tumor maligno formado por células placentárias oriundas da mola hidatiforme
(na maioria das vezes) ou de qualquer outro tipo de gravidez.
• Tratamento com quimioterapia.
• O diagnóstico dosagem BHCG.
Próxima gravidez após 1 ano;
➥ Síndromes Hemorrágicas na 1º metade da
Gravidez;

➥ Placenta Prévia:
➢ Placenta que se implanta total ou parcialmente no segmento inferior do útero.
✳ Fatores de risco:
● Cesariana prévia - Principal fator de risco
● Placenta Prévia anterior
● Idade materna acima dos 35 anos
● Intervenções uterinas anteriores (miomectomia, curetagem)
● Abortamentos eletivos e espontâneos
● Multiparidade/Intervalo interpartal curto
● Tabagismo

⇨ Avaliação ⇨ Conduta

• Sangramento vermelho vivo, de início • Pré-natal Centro de referência


e cessar súbitos, indolor, imotivado, • Vigilância de SV e condição
reincidente e progressivo. Ausência de hemodinâmica materna
contrações. • Monitorar FCF
• Ultrassonografia: posição da placenta • Obter dois acessos venosos
(diagnóstico após 26 semanas de calibrosos que permitam a reposição de
gestação, devido migração placentária). volume para manter a estabilidade
• Exame especular = sangramento hemodinâmica e débito urinário acima
• Não se deve proceder com o exame de 30 mL/h
de toque vaginal. • Reserva de sangue para reposição
• Orientar a evitar relações sexuais

✳ Ultrassonografia transvaginal é padrão-ouro;

✳ Conduta expectante:
• Recomenda-se manter repouso no leito até que a hemorragia seja estabilizada,
com cessação do sangramento por seis horas.
• A avaliação do bem-estar fetal;

✳ Interrupção:
• Nos casos de hemorragia grave, a interrupção imediata da gestação é obrigatória,
independentemente da idade gestacional, pelo elevado risco materno e fetal.
• A cesariana é o parto preferencial.
➥ Descolamento Prematuro de Placenta:
➢ Descolamento parcial ou completo da placenta, normalmente inserida no corpo
do útero;
✳ Fatores de risco:
● Idade materna avançada
● Multiparidade
● Distúrbios hipertensivos
● Rotura prematura de membranas ovulares
● Hábito de fumar
● Usuárias de cocaína
● Presença de trombofilias
● DPP prévia

⇨ Avaliação ⇨ Conduta

• Investigar fatores de risco. • Garantia de dois acessos venosos


• Dor abdominal de início súbito, periféricos calibrosos.
sangramento vaginal característico • Quadros clinicamente mais
escurecido. exuberantes demandam pronta reserva
• Hipersensibilidade à palpação uterina, hemoconcentrados e infusão de
hipertonia uterina e alterações na solução cristalóide.
vitalidade fetal. • A paciente deve ser sondada e seu
• Ultrassonografia pode haver presença débito urinário observado e mantido
de hematoma retroplacentário. acima de 30 mL/hora.
• Amniotomia é mandatória para
minimizar riscos, uma vez que se
relaciona com redução da hemorragia
materna e do risco de coagulação
intravascular disseminada e embolia
amniótica.

➥ Acretismo Placentário
➢ Aderência anormal da placenta na parede uterina.
✳ Condições associadas:
● Alterações anatômicas uterinas;
● Presença de cicatriz cirúrgica no útero;
● Reprodução assistida;
● Embolização das artérias uterinas;
● Quimioterapia e radiação;
● Endometrites;
● Dispositivo intrauterino;
● Extração manual da placenta;
● Acretismo placentário prévio.
⇨ Avaliação ⇨ Conduta

• Por ultrassonografia • Interrupção em serviço de referência.


• Diagnóstico tem relação importante • Programada entre 35 semanas e 36
com o antecedente de cesárea anterior semanas e 6 dias, com planejamento
e placenta prévia. de realizar a cesárea histerectomia com
a placenta in situ.

➥ Vasa Prévia
➢ Sangramento dos vasos sanguíneos fetais que atravessam as membranas
amnióticas passando pelo orifício do colo;

✳ Mecanismos frequentes para a ocorrência:


● Inserção velamentosa de cordão;
● Presença de conexões vasculares em casos de placenta bilobulada.
● Placenta prévia.

✳ Diagnóstico pode se dar em 3 situações:


1. Diagnóstico após a ruptura de vasa prévia. Obrigando ao parto de
emergência para salvar a vida do feto.
2. Diagnóstico incidental de vasa prévia íntegra durante o trabalho de parto; ao
realizar o toque vaginal.
3. Diagnóstico durante a gestação, por ultrassonografia.

⇨ Conduta

• O objetivo é realizar a cesariana antes do início do trabalho de parto ou da


ruptura das membranas ovulares e ao mesmo tempo evitar ao máximo os riscos
da prematuridade.
• Internação precoce para vigilância de sintomas, uso antecipado de
corticosteróides para amadurecimento pulmonar fetal e cesariana eletiva.

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