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TERMOS TÉCNICOS OBSTETRICIA

 Analgesia: método farmacológico de alívio à dor. Um dos métodos de

analgesia é a peridural.

 Anestesia: método farmacológico de bloqueio da dor. Pode ser local

ou raquidiana (raqui).

 Apgar: índice que serve para avaliar a vitalidade do bebê através de

uma nota.

 Apojadura: descida do leite que pode acontecer em média em 72h

após o parto.

 BCF: batimentos Cardíacos Fetais (som do coraçãozinho do bebê.

 Bebê pélvico, transverso e cefálico pélvico: pélvico significa que

está sentado na barriga da mãe; transverso significa está deitado; e

o cefálico significa que está de cabeça para baixo.

 Bebê pré termo, a termo e pós termo:

Pré-termo: bebê com menos de 37 semanas

A termo: bebê entre 37 e 41 semanas.

Pós termo: bebê com 42 semanas ou mais.


 BLW: em inglês, Baby Lead Weaning, que significa desmame

conduzido pelo bebê. É um método de introdução alimentar.

 Bolsa rota: quando a bolsa das águas (ou as membranas) rompe.

Quando isso acontece fora de trabalho de parto se chama ruptura

prematura das membranas. 

 Cardiotoco ou cardiotocografia: aparelho eletrônico que é usado

para medir os batimentos cardíacos do bebê (BCF) e as contrações

uterinas. Ele tem duas cintas e dois eletrodos que ficam presas ao

redor da barriga da mãe.

 Cascata de intervenções: se refere às muitas intervenções que

podem acontecer em um parto, como se uma “puxasse” a outra.

 Cesárea eletiva: cesariana com dia e hora marcados. Pode ser por

algum motivo médico ou por conveniência. 

 Cesárea ou cesariana: procedimento cirúrgico que consiste no corte

de sete camadas do corpo para que se realize a retirada do bebê pelo

abdômen da mãe.

 Circular de cordão: quando o cordão umbilical está dando uma volta

em alguma parte do corpo do bebê, geralmente na região do pescoço.

 Colo apagado: ou colo fino é quando o colo do útero já iniciou o

processo de dilatação, ele precisa afinar e abrir (não

necessariamente nesta ordem) e está com uma espessura menor que o

colo que ainda não foi “trabalhado”.

 Colostro: primeiro leite rico em imunoglobulinas que a mãe produz. Ele

tem aspecto amarelado e mais transparente que o leite “maduro”.

Também é produzido em menor quantidade, visto que pouco colostro

já é suficiente para sustentar o bebê nos primeiros dias de vida até a

apojadura.
 Contração: quando os músculos do útero contraem para o nascimento

do bebê.

 Descolamento de membranas: é uma técnica que pode ser usada para

a indução do trabalho de parto. Ela “prepara’ o colo do útero, é feita

no momento do exame de toque e é necessário ter alguma dilatação,

pois o médico insere um dedo dentro do colo do útero para “descolar”

a região da bolsa que fica aderida ao colo. Isso produz prostaglandina

que ajuda a amolecer e afinar o colo, além de sinalizar para o corpo

produzir ocitocina. Só deve ser feita com consentimento.

 Descolamento Prematuro de Placenta: quando a placenta se separa

do útero antes do nascimento do bebê, causando dor e em alguns

casos sangramento pondo em risco a vida da mãe e do bebê. Deve ser

feita a cesariana.

 Dilatação: processo de abertura do colo do útero para permitir o

nascimento do bebê. 

 Doula: acompanhante treinada para auxiliar a gestante em trabalho

de parto.

 DPP: Data Provável do Parto, que seria quando a gestação completa 40

semanas. A DPP pode ser estimada de acordo com a data da última

menstruação, ou pela primeira ecografia realizada até as 10 semanas

de gestação. Ela é apenas uma estimativa, nenhum bebê “passa da

hora” por não nascer com 40 semanas.

 DUM: Data da Última Menstruação.

 E.O. ou Enfermeira Obstetra: enfermeira com especialização em

obstetrícia, apta a atender partos de risco habitual. 

 Enema: lavagem intestinal, não deve ser feita antes do trabalho de

parto.
 Epi-no: aparelho que pode ser utilizado usado no final da gestação

para ajudar no preparo para o parto realizando o alongamento da

musculatura perineal, com o objetivo de diminuir a chance de

laceração no momento do expulsivo.

 Episiotomia: corte realizado na entrada da vagina que seria para

facilitar ou acelerar a saída do bebê no parto. Realizar a episiotomia

de rotina está desaconselhado.

 Episiorrafia é o nome da sutura para fechar a episiotomia.

 Expulsivo: momento do nascimento do bebê. Geralmente quando as

mulheres sentem o círculo de fogo.

 FIV: Fertilização In Vitro.

 Fórceps e vácuo extrator: instrumentos utilizados para retirar o

bebê de dentro da mãe através de tração. Podem ser utilizados

durante a cesariana e parto normal.

 Gravidez ectópica: gravidez que ocorre fora do útero, geralmente

nas trompas.

 Gesta: número de gestações ocorridas.

 Hora de ouro: primeira hora após o nascimento do bebê, onde há ação

de diversos hormônios quando é permitido o contato do bebê com a

mãe favorecendo o vínculo e a amamentação.

 Latrogenia: estado de doença, efeitos adversos ou complicações

causadas por ou resultantes do tratamento médico/de enfermagem.

 IG: Idade Gestacional.

 IIC: Insuficiência Istmo-Cervical, ou seja, quando o colo do útero não

tem capacidade de suportar o peso da gravidez sem se dilatar.

 ILA: Índice de Líquido Amniótico. Ele varia durante a gestação e pode

acontecer de estar normal (normodrâmnio ou normodramnia), estar

aumentado (polidrâmnio ou polidramnia), ou estar diminuído


(oligodrâmio ou oligodramnia). Ele estar aumentado ou diminuído

apenas não é indicação de cesariana, deve ser avaliado caso a caso.

 Intervenção de rotina: procedimento médico feito sem critério ou

individualização, igual para todos.

 Intraparto: o que ocorre durante o trabalho de parto.

 Kristeller ou Manobra de Kristeller: manobra que consiste em

apertar o fundo do útero da mãe com força para acelerar a saída do

bebê. É um procedimento obsoleto e desaconselhado pela OMS.

 LA: Líquido Amniótico, mas pode ser também Leite Artificial a

depender do contexto.

 LD: Livre Demanda, ou seja, quando as necessidades do bebê definem

as mamadas. Não há horários fixos para o bebê mamar.

 LM: Leite Materno ou dependendo do contexto Licença Maternidade.

 Mecônio: é a primeira evacuação do bebê. O bebê já produz e elimina

mecônio ainda no útero, isso significa que ele engole e digere o

mecônio sem nenhum risco. Quando o bebê sofre uma diminuição na

sua oxigenação ele pode eliminar mecônio também. O mecônio é um

problema quando ele é aspirado pelo bebê, o que pode acontecer

quando ele não nasce bem e faz a primeira respiração. Por isso a

monitoração durante o trabalho de parto é importante, especialmente

na presença de mecônio (quando a bolsa rompe e o líquido sai

esverdeado). O mecônio por si só não é indicação de cesariana,

somente se os batimentos cardíacos do bebê não estão bem, e aí há o

risco do bebê aspirar o mecônio ainda dentro da barriga. 

 Multigesta ou multigrávida: mulher que já gestou muitas vezes.

 Multípara: mulher que já pariu várias vezes.

 Nuligesta: mulher que nunca ficou grávida

 Nulípara: mulher que nunca ficou grávida.


 Obstetra Humanizado: profissional médico obstetra que tem o

atendimento para as gestantes baseado no protagonismo da mulher,

nas evidências científicas e que trabalha com equipe transdisciplinar.

 Obstetra tipo-humanizado: profissional médico obstetra que deixa

de atender um dos 3 pilares para um parto humanizado: respeitar o

protagonismo da mulher, ter conduta baseada em evidência científica

e trabalhar com equipe transdisciplinar.

 Obstetriz: profissional que fez o curso de Obstetrícia e que é apta a

atender partos de risco habitual. 

 Ocitocina: hormônio produzido pelo corpo humano durante o orgasmo,

o parto e a amamentação e que provoca contrações uterinas. A

ocitocina também seria o hormônio do vínculo e do amor. Existe

também a versão sintética utilizada para induzir ou acelerar um parto

que deve ser utilizada somente se necessário pois pode causar além

de aumento da dor, danos para o bebê se usada indiscriminadamente.

 Óxido nitroso (gás hilariante): Gás utilizado em alguns países que

ajuda a reduzir as dores das contrações e que tem efeitos colaterais

menos severos que as anestesias. No Brasil é pouco utilizado.

 PA: Pressão Arterial.

 Para: quantidade de vezes que pariu.

 Parteira Tradicional: mulheres que atendem partos, geralmente são

mulheres mais velhas, sem formação acadêmica, mas com experiência

e conhecimento acerca de técnicas, manobras e uso de ervas no ciclo

de gestação, parto e pós-parto. Recebem os ensinamentos durante a

vida por uma outra parteira da região. 

 Parto Leboyer: técnica de parto onde ele deve acontecer de forma

suave, com luz baixa, poucos sons para diminuir o trauma sensorial do

bebê no momento do nascimento.


 Parto operatório: parto que necessita de assistência com fórceps ou

vácuo-extrator.

 Parto pélvico: quando o bebê nasce “sentado”.

 Partolândia: um “lugar” para onde toda mulher em trabalho de parto é

transportada. Um estado alterado de consciência que só acontece

durante um trabalho de parto.

 Paucípara: mulher que pariu poucas vezes (até 3 partos).

 PC: Parto Cesáreo ou Paralisia Cerebral.

 PD: Parto Domiciliar.

 PED: Pediatra.

 Períneo íntegro: falamos assim quando durante o parto a musculatura

não foi cortada (por episiotomia), nem lacerada.

 Períneo: musculatura que fica entre a vagina e o ânus.

 Placenta Acreta: quando, ao aderir, a placenta penetra em outros

tecidos além do útero, com isso a sua saída fica mais difícil e

arriscada após o parto.

 Placenta: órgão responsável pelo suprimento de sangue, nutrientes e

oxigênio para o bebê, que é formado durante a fase inicial da

gestação e sai do útero depois do nascimento do bebê.

 Plano de parto: documento que lista as escolhas que a mulher/casal

faz para o momento do nascimento do bebê.

 PN: Parto Normal.

 PNH: Parto Normal Humanizado.

 PP: Placenta Prévia, quando a placenta fica inserida na região do colo

do útero. É indicação de cesariana.

 Pré- eclampsia, eclampsia e síndrome HELLP: na pré-eclâmpsia há o

aumento da pressão arterial é acompanhado de proteína na urina

(proteinúria). Sem tratamento, a pré-eclâmpsia pode causar


repentinamente convulsões (eclâmpsia). A síndrome de HELLP

consiste em hemólise (a destruição das células vermelhas do sangue),

níveis elevados de enzimas hepáticas, indicando danos ao fígado,

baixa contagem de plaquetas, tornando o sangue menos capaz de

coagular e aumentando o risco de sangramento durante e após o

parto. 

 Primigesta ou primigrávida: mulher grávida pela primeira vez.

 Primípara: mulher que pariu a primeira vez.

 Prostaglandina: substância produzida pelo corpo que desencadeia a

produção de ocitocina e ajuda a iniciar o trabalho de parto. Também

pode ser produzida artificialmente.

 Puerpério: período pós-parto que tem a duração física de 40 dias

após o nascimento e emocional de 2 anos ou mais.

 Risco Habitual, Alto Risco, Baixo Risco: classificação feita para

prever complicações que possam estar associadas com a gravidez

baseada em fatores de risco como obesidade, diabetes, hipertensão,

etc.

 Ruptura uterina: quando o útero se rompe durante a gravidez,

geralmente quando há cicatriz cirúrgica no útero ou quando se usam

medicamentos para induzir fortes contrações. É algo raro de

acontecer. 

 Sofrimento fetal: quando o bebê tem o suprimento de oxigênio

comprometido parcial ou totalmente, causando uma série de sintomas.

 Spinning babies: Técnicas posturais que auxiliam no alongamento dos

ligamentos da bacia e no melhor posicionamento do bebê.

 Tampão: muco que fica no colo do útero produzido durante a gestação

para proteger o bebê. A perda do tampão pode ser um dos sinais que

o trabalho de parto está para começar.


 TN: ecografia de Translucência Nucal que mede a espessura de uma

região na parte posterior do crânio até a região inferior do tórax,

para avaliar se há algum problema genético.

 Toque ou exame de toque: exame feito introduzindo dois dedos na

vagina da mulher, durante o trabalho de parto é realizado para avaliar

a dilatação do colo ou a posição da cabeça do bebê. 

 TP: Trabalho de Parto.

 Tricotomia: raspagem dos pelos, antigamente acreditava-se que

raspar os pelos antes do parto era mais higiênico. 

 US, USG: Ultrassom ou ecografia (ECG).

 VBAXC ou PNAXC: VBAC é o termo em inglês para parto normal após

cesariana (vaginal birth after cesarean). O termo em português seria

PNAC e o X são o número de cesarianas. É possível sim ter parto

normal após uma ou mais cesarianas. Há o risco de ruptura uterina que

varia de 0,2 a 0,7%. Mas é pequeno e não contraindica a tentativa de

um parto normal. O risco aumenta um pouco se o intervalo entre a

primeira cesárea e o parto é menor que 18 meses, por isso a

recomendação de uma espera superior a esse tempo (mas intervalos

menores não contraindicam o parto normal), ou depois de repetidas

cesarianas.

 VCE: Versão Cefálica Externa que é uma manobra que pode ser feita

no final da gravidez pelo obstetra para virar de cabeça pra baixo um

bebê que está sentado.

 Vernix: secreção esbranquiçada que envolve a pele do bebê quando

ele nasce. O vernix é basicamente uma secreção sebácea, composta

por gordura, aminoácidos e células que se desprenderam da pele do

bebê no período intrauterino. Ele serve para hidratar a pele do bebê,

facilitar a passagem pelo canal do parto, proteger a pele do estresse


ambiental e de bactérias nocivas e prevenir a perda de calor nas

primeiras horas de vida. Por conta da sua função ele não deve ser

removido logo após o nascimento! O banho deve ser adiado por pelo

menos 6 horas após o parto de acordo com a OMS.

 VO: Violência Obstétrica. Toda e qualquer situação onde não se

respeita o protagonismo da mulher, onde não se usam evidências

científicas para o atendimento à gestante e onde não é possível ter

uma equipe transdisciplinar.

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