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Bruna Da Rui

A Sindrome de asherman é a formação de sinequias


→ 10 a 15% das gestações apresentam hemorragias
intra-utero resultado da cicatrização de procedimento
na sua primeira metade

Principais causa de sangramento na 1° metade da → Distúrbios imunológicos: abortamentos de


gestação: repetição
→ Infecções
→ Abortamento
→ Gravidez ectópica
→ Neoplasia trofoblástica gestacional

→ Perda gestacional que acontece antes das 20


semanas de gestação ou com feto < 500g

O abortamento é o evento ocorrido e o aborto é o


produto concepto perdido
Figura 1 - exemplo de malformações uterinas
Fatores de risco

→ Idade materna (de 50-80% dos abortos com mais CLASSIFICAÇÕES


de 40 anos) O abortamento pode ser classificado pela idade
→ História prévia de aborto gestacional, periodicidade e quadro clinico
→ Tabagismo
→ Uso de álcool, cocaína e AINES IDADE GESTACIONAL
→ Extremos de IMC (muito abaixo ou acima do
→ Abortamento Precoce – acontece com menos
peso)
de 12 semanas de gestação
→ Tireoideopatias
→ Abortamento tardio – aquele que acontece
ETIOLOGIAS com mais de 12 semanas

→ Cerca de 50-80% dos casos de aborto acontecem Depois de 20 semanas é considerado óbito fetal
por alterações cromossômicas como: aneuploidias
PERIODICIDADE
(trissomia, monossomia) – (sendo a mais comum
do cromossomo 16) → Abortamento esporádico – eventual,
→ Desordens anatômicas: incompetência simplesmente aconteceu
istimocervical, leiomioma submucoso, má → Abortamento habitual – quando a paciente já
formação uterina, síndrome de asherman e abortou pelo menos 3x em consecutivas
distopias uterinas gestações
→ Doenças endócrinas como: insuficiência lútea, ▪ Abortamento habitual primário –
distúrbios da tireoide, DM, insulinodependentes, acontece sem causas especificas
SOP ▪ Abortamento habitual secundário –
possui causas
A SOP é um fator de risco pq pode cursar com
insuficiência lutea QUADRO CLÍNICO
A INSUFICIENCIA ISTMOCERVICAL – Está É a classificação feita pelas características que a
relacionada com um abortamento tardio (por volta de paciente apresentou
17 semanas) pq o útero não aguenta o peso do bebê
AMEAÇA DE ABORTAMENTO Expulsão fetal total

→ O aborto ainda não aconteceu, mas ainda tem Quadro clínico


chances
→ Hemorragia e cólica já se encontram cessadas no
quadro clinico momento, mas que anteriormente elas estavam
intensas
→ sangramento vaginal → Útero contraído e pequeno pra IG
→ cólicas leves. → Colo uterino fechado
→ colo uterino fechado → USG – o endométrio encontra-se com espessura
→ fundo uterino está compatível com a IG menor 15mm
→ B-HcG positivo
→ Depois de diagnosticado deve realizar USG após
duas semanas para ver evolução do quadro
→ É importante realizar o diagnostico diferencial
com lesões vaginais e gravidez ectópica

Tratamento: abstinência sexual, repouso,


antiespasmódicos + apoio psicológico
O uso da progesterona é feito, mas não existe
evidências científicas

A Prof falou que essa conduta ainda existe Fina camada do endométrio
controvérsias – deve-se orientar a paciente, mas se for
pro aborto acontecer, independente de tudo isso, ele Diagnóstico diferencial com gestação ectópica
vai acontecer.
Tratamento: acompanhamento ambulatorial e
certificar da tipagem sanguínea da pct
ABORTAMENTO INEVITÁVEL
- Se paciente Rh negativo – realiza-se o uso da
É a pct que está com o abortamento em curso, onde imunoglobulina anti D
ainda não foi expelido o feto, mas se tem a certeza de
que isso acontecerá ABORTAMENTO
INCOMPLETO/ABORTAMENTO EM
quadro clínico CURSO

→ hemorragia vaginal de volume variável A paciente começou abortar, mas não completou
→ colo uterino aberto e com herniação da bolsa. Quadro clínico
→ A paciente ainda pode apresentar um B-hCG em → Colo uterino aberto
queda e um fundo do colo uterino não compatível → Sangramento e cólicas moderadas
com a IG → Ao toque pode notar a presença de material
→ USG com descolamento decidual (imagem ovular
escurecida – anecoica – envolta do saco → O fundo uterino se encontra um pouco abaixo
gestacional), hematoma (imagem hipoecoica em do esperado para IG
volta do saco gestacional) → B-hCG positivo
→ Pode ou não ter BCF → USG – encontra-se restos ovulares com
endométrio > 15mm
Tratamento: internação da paciente e realizar volume
EV para a pct não ficar hipotensa Tratamento: esvaziamento uterino
- Se não houver expulsão do feto – esvaziamento
uterino ABORTAMENTO INFECTADO

ABORTAMENTO COMPLETO Abortamento incompleto com infecção

A paciente relata a eliminação de um material amorfo Quadro clínico


via vaginal
→ Depende do grau de infecção
→ A paciente apresenta febre → Geralmente com espessamento de mais de 20 mm
→ Dores tem que se ver embrião OU com mais de 6
→ Sangramento abundante e com odor fétido semanas
→ Útero amolecido
Mais que 15mm com ausência de vesícula vitelínica ou
→ Paciente pode se apresentar taquicardica
mais de 20mm com ausência de embrião – HD
→ Colo entreaberto
gestação anembrionária
→ USG – Endometrio espessado e secreções
purulentas no fundo de saco de douglas MÉTODOS DE ESVAZIAMENTO
UTERINO
Tratamento: internação da paciente
- Deve ser realizado uma hemocultura e cultura do → IG até 12 semanas – AMIU
material do canal cervical → IG > 12 semanas – misoprostol + curetagem
- Primeiro é feito a estabilização da pct – depois é
realizado ocitocina 80mUI/min, antibioticoterapia + AMIU
esvaziamento uterino
→ O procedimento pode ser feito ambulatorialmente
A ocitocina nesse caso é utilizada pois o útero fica → Não tem necessidade de dilatação do colo
mais amolecido, o que facilita a perfuração, então a → Apresenta menor risco de perfurações e de
ocitocina é utilizada para deixar o útero “mais sinequias
firmezinho” → MELHOR MÉTODO DE ESVAZIAMENTO

CURTEAGEM
ABORTAMENTO RETIDO → É feito misoprostol para esvaziamento e depois se
prossegue com a curetagem
A paciente abortou, mas não houve expulsão de
conteúdo

o útero ainda se encontra contraído

Quadro clínico DEPOIS DE 12 SEMANAS PODE SIM SER FEITO


AMIU, PORÉM O ÚTERO TEM QUE SER
→ Colo fechado
ESVAZIADO ANTES PQ NÃO PODE TER PARTES
→ Pequeno sangramento vaginal
FETAIS
→ Pct geralmente assintomática
→ USG – ausência de BCF e irregularidades no saco MICROCESARIANA
Além de não apresentar sintomas a pct perde os → É realizada em casos de esvaziamento não
sintomas de gravidez que antes estavam presentes – ela realizado com sucesso
costuma relatar que não está tendo mais enjoos por
exemplo MISOPROSTOL

Sempre que tiver uma suspeita de abortamento → Geralmente é usada via vaginal
retido SEMPRE repita a USG em 15 dias
(principalmente se IG < 7 semanas) Esquema de uso:

Tratamento: pode ter conduta expectante de até 15 → 200 mcg 4/4hrs OU


dias, para ver se o corpo vai expulsar o feto, caso não → 400 mcg 12/12h OU
tem que ser realizado o esvaziamento por risco de → 800 mcg 24/24 hrs
problemas de coagulação e infecção
As contraindicações do misoprostol são: pacientes
OVO ANEMBRIONADO asmáticas, pcts alérgicas a prostaglandinas, pct que já
teve IAM ou qualquer doença tromboembólica
É quando se tem saco gestacional com a ausência de
embrião
→ Pode ainda ser feito o uso de ocitocina EV para Fatores de risco para gestação ectópica
auxiliar nas contrações para expulsão do feto
(principalmente se IG > 16 semanas) → Realização de múltiplos procedimentos uterinos
(curetagem por exemplo)
→ Exposição ao dietilestilbestrol
→ Uso de DIU – aumenta o risco RELATIVO de
gestação ectópica (a pct ficou grávida com o DIU e
a implantação foi na região tubária)
A gravidez ectópica é uma gravidez que ocorre fora da → Gestação ectópica prévia
cavidade uterina (extrauterina) → DIP – porque altera o movimento ciliar da tuba
→ Endometriose
É muito raro uma gestação ectópica evoluir para parto → Doença tubária ou cirurgia prévia de tubas
→ Infertilidade
→ Locais comuns – tubas uterinas
→ Múltiplos parceiros sexuais
→ Locais menos comuns – ovários
→ Fumo
→ Estranhos – colo do útero e outras regiões como
intestino → Fertilização in vitro
→ Idade – mulheres com mais de 35 anos apresentam
A gravidez ectópica possui uma incidência muito baixa 8x mais chances de desenvolver uma GE do que
(aproximadamente 2% das gestações) mulheres mais jovens

SINTOMAS

→ Amenorreia
→ Dor abdominal + sangramento vaginal de pequena
quantidade e coloração marrom

Então, a pct que ESTAVA em um quadro de


amenorreia, chega ao consultório com queixa de dor
abdominal e sangramento

CLÍNICA AGUDA

→ Apenas 30% das pacientes com gestação ectópica


Figura 2 - locais de implantação nas gestações ectópicas
chegarão com uma clínica aguda
→ Gestação ampular – compreende 70% das gestações → A clínica aguda acontece geralmente em casos
ectópicas tubarias
onde há uma rotura tubária
→ Ístmica – 12%
→ Insterticial ou cornual – 2 – 3% - apresentam um Clínica aguda
diagnóstico mais tardio
→ Sangramento vaginal (pouco ou escasso) de
→ Ovariana – 3% das GE – pode ser profunda ou
superficial – apresentam um risco altíssimo para coloração amarronzada
rotura – as pacientes apresentam dor pélvica
→ Náuseas e vômitos
→ Cervical - < 1% das GE – a pct apresenta um → Dor abdominal importante
sangramento volumoso
→ Alterações hemodinâmicas (perceber que não é
condizente ao nível do sangramento)

Existe também uma gestação denominada heterotópica CLÍNICA SUBAGUDA


que é uma gestação ectópica concomitante com uma → É a mais comum – cerca de 70% das pct se
gestação tópica e pode ocorrer em situações de apresentam com ela
fertilização in vitro → Geralmente não há rotura tubária (ampular)
Clínica subaguda

→ Amenorreia
→ Dor abdominal discreta
→ Corrimento marrom que vai e volta

EXAME FÍSICO

→ Sinal de cullen – equimoses na região


periumbilical
→ Sinal de Blumberg – dor à descompressão
→ Sinal de laffon – dor no ombro por irritação do
nervo frênico
→ Sinal de proust – dor no fundo do saco de douglas
à palpação

Deve ser feito a avaliação dos sinais vitais da pct com


atenção para palidez, sudorese e hipotensão postural o
que pode sugerir sangramento oculto intra-abdominal

→ No toque bimanual os achados sugestivos de GE


são: amolecimento do colo com discreto aumento
uterino, dor uterina, dor anexial e/ou palpação de
massa anexial

DIAGNÓSTICO

→ Clínica de dor pélvica com amenorreia

Deve ser investigado na paciente o fluxo menstrual

→ Se for um quadro agudo (com rotura) realiza o


USG para confirmar
→ Sempre que tiver dor e sangramento com atraso
menstrual deve-se fazer o diagnóstico diferencial
entre gestação ectópica e abortamento

Achados ultrassonograficos de GE

→ Presença de Anel tubário


→ Sinal do halo EXAMES COMPLEMENTARES
→ Reação de arias stella – espessamento
endometrial por hipertrofia das glândulas → B – hCG - > 1500 e USG TV sem presença de
secretoras saco gestacional - suspeitar de Gestação ectópica
→ Massa complexa anexial → Doppler – aumento do fluxo na A. tubária
→ Culdocentese – procedimento em que se entra com
uma agulha e aspira o fundo de saco posterior (pq
em gestação ectópica o fundo de saco fica cheio de
sangue)
→ Progesterona sérica – realizada quando não se tem
USG (ela fica baixa)
→ Laparoscopia – diagnóstica e tratamento

O exame de imagem é o método mais útil para detectar


a localização da gestação
Figura 3 – anel
OUTROS EXAMES Você sabia que o metotrexato é um antagonista do
ácido fólico que é responsável pela inibição da síntese
→ Hemograma
e replicação do DNA.
→ Tipagem sanguínea
→ Sorologias para hepatite B, sífilis e HIV (se Contraindicações do metotrexato
paciente tiver risco para infecção)
→ Doença renal, hematológica e/ou hepática
Se paciente Rh negativo ela deve receber → Imunodeficiência
imunoglobulina anti-Rh → Doença pulmonar
→ Ulcera péptica
FORMAS MENOS COMUNS DE → Hipersensibilidade ao metotrexato
GESTAÇÃO ECTÓPICA
→ Gestação heterotópica
→ Gestação ectópica ovariana – acontece em 0,5 a → Lactantes
3% dos casos
→ Gestação cornual – que se localizam no corno
uterino, essas acontecem em 2-3% dos casos → Conduta expectante – pode ser feita em casos de
→ Gestação cervical – 0,5% aborto ectópico se Beta < 100 que está tendo
→ Gestação abdominal – 1,4% declínio – deve-se acompanhar a pct até negativar
o beta
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

→ Gestação múltipla
→ Gestação heterotópica
→ Gestação intersticial ou cornual Doença trofoblastica gestacional (DTG) é um nome
→ Sangramento e dor fisiológica – por descamação “genérico” para um grupo de doenças e alterações que
endometrial por implantação surgem a partir do trofoblasto gestacional humano
→ Aborto espontâneo
→ Patologia uterina, vaginal ou cervical → Todas as doenças trofoblasticas gestacionais
→ Hematoma subcorionico apresentam uma característica em comum que é
um antecedente gestacional
TRATAMENTO → Essas doenças são caracterizadas por uma
proliferação celular desordenada originada a partir
O tratamento da pct com gestação ectópica depende dos diferentes tipos de epitélio trofoblastico
dos seguintes fatores:
→ A neoplasia Trofoblástica gestacional se refere a
→ Estado hemodinâmico da pct doenças que possuem potencial de invasão local e
→ Como está a integridade da tuba uterina metástase
→ Se a paciente tem desejo de nova gravidez A OMS classifica a DTG por condições anátomo-
clínicas
Pacientes estáveis, que desejam ter uma nova gravidez,
pode ser realizado o tratamento cirúrgico
classificação
conservador
Mola hidatiforme Essas são malformações
→ O tratamento cirúrgico radical consiste na Mola completa das vilosidades
retirada da tuba ou ovário coriônicas
Mola parcial
→ O tratamento medicamentoso é realizado em
pcts com saco < 3,5 cm sem presença de BCF e b- Mola invasora
hCG < 5000mUI/mL Coriocarcinoma Esses são do grupo das
O tratamento medicamentoso é feito com gestacional neoplasias trofoblásticas
metotrexaro injeção 50mg no saco OU 50mg/m2 Tumor trofoblástico do gestacionais
IM sítio placentário
Tumor trofoblástico
epitelioide
Sítio placentário Essas são as entidades
exagerado benignas
Nódulo de sítio
placentário A mola hidatiforme é uma forma de gravidez inviável
que é geneticamente anormal e que apresenta um
ETIOLOGIA
excesso de desenvolvimento trofoblástico
→ se sabe muito pouco sobre a DTG
As Molas se diferem entre si por aspectos
→ muitas das doenças podem passar
subdiagnosticadas → Histológicos
fatores de risco → Genético
→ Clinico
→ extremos de idade reprodutiva (quando < 18 anos
6x mais chance Além disso as molas se dividem em:
> 50 1:3)
→ Mola hidatiforme completa – não tem tecido
→ gestação molar prévia (1-2% - 5x).
embriofetal
→ tipo de grupo sanguíneo (aparentemente A+) → Mola hidatiforme parcial/incompleta – tem
→ baixo nível socioeconômico presença de tecido embriofetal e é 2x mais
→ carências nutricionais (deficiência de vit A) frequente que a mola completa
→ uso de Anticoncepcionais orais
→ abortamento prévio A Mola hidatiforme é a DTG mais comum
→ tabagismo
→ intervalo inter-partal curto QUADRO CLÍNICO

→ Sangramento com ou sem dores abdominais


INCIDÊNCIA (hipogástrio)
A incidência varia amplamente, mas no Brasil é de → vômitos (as hiperêmese gravídica ocorre em molas
1:200-400 mais volumosas)
→ a doença hipertensiva especifica da gestação
PROGNÓSTICO acontece em 30% dos casos quando a pct evolui
para edema e proteinúria
→ trata-se de uma das neoplasias mais curáveis
→ hiperfunção tireoidiana (10% dos casos)
mesmo quando avançada
→ o prognóstico pra cura da pct é bom mesmo EXAME FÍSICO
quando metastática
→ a maioria cura após o esvaziamento → sangramento vaginal abundante ou irregular (75-
→ 10-20% dos casos tem má evolução 95% dos casos)
esse sangramento geralmente apresenta uma
CRITÉRIOS DE PROBABILIDADE DE CURA coloração escura que se inicia por volta da 8°
semana
→ Tipo histológico → as pct podem apresentar discordância do volume
→ Extensão da doença uterino e a DUM
→ Nível de gonadotrofinas - aumento exagerado – 50% dos casos
→ Duração da doença - útero de tamanho esperado – 30-40% dos casos
→ Sitio das metástases - útero menor que o esperado – 10-20% dos casos
→ Natureza do antecedente gravídico – → ausência de partes fetais e BCF
abortamento, gestação a termo, GE → cistos ovarianos (>6cm) podem estar presentes em
quase 15 a 25% dos casos (esses cistos se origem
por conta da hiperestimulação ovariana)

DIAGNÓSTICO

→ sinais e sintomas
→ exames complementares
EXAMES COMPLEMENTARES ESVAZIAMENTO
LABORATORIAIS A MELHOR forma de esvaziamento em caso de mola
→ B-HCG – vai estar MUITO elevado (geralmente hidatiforme é por aspiração (AMIU ou Aspiração
>200.000) elétrica)

B-HCG + USG são muito importantes para o → DEVE SER EVITADO O USO DE CURETAS
diagnóstico (aumenta o risco de metástase e perfuração)
→ O preparo do colo não é feito com misoprostol pq
→ Nos casos de mola parcial o nivel de HCG pode a prostaglandina pode contrair o útero e aumentar
estar mais baixo (40.000) o risco de embolização das células para a corrente
→ O tumor de sítio placentário não produz HCG sanguínea
Produz lactogenio placentário → O uso de ocitocina QUANDO feito é após o
procedimento para deixar o útero mais firme e
EXAME DE IMAGEM evitar sangramentos
→ USG
Procedimento
Tem que se pensar que a USG realiza um diagnostico
→ Realiza a anestesia e depois
facilitado em casos de mola COMPLETA
→ A dilatação do colo geralmente é feita com uma
→ A USG é útil para avaliar invasão uterina por vela e depois é usada a cânula (12mm)
tecido trofoblástico, a resposta ao tratamento e → Encaminha para o anatomopatológico
pesquisa de sítios de metástase
DEVE SER FEITO IMUNOGLOBULINA ANTI-RH
Na USG você vai visualizar um tecido intrauterino EM PCT RH NEGATIVO
ecogênico distinto interposto por áreas sonolucentes
em pontos determinados (grosseiramente falando é PÓS ESVAZIAMENTO
uma imagem cinza com bolinhas pretas) Algumas pacientes podem se encontrar taquicardiacas,
- A tempestade em neve é mais comum com o taquipneicas, com confusão mental, ansiosas, com
avançar da gestação que onde a visualização dessa hipoxia e alcalose respiratória
imagem cinza com bolinhas pretas fica mais nítida
→ Deve ser realizado observação das pacientes e ser
Outros achados da USG
encaminhadas ao RX de tórax
→ Diâmetro transverso e anteroposterior do saco → As pct com suspeita de mola devem ficar
gestacional > 1,5cm internadas por pelo menos 72hrs
→ Cistos ovarianos bilaterais
→ Holoprosencefalia, onfalocele, cistos de fossa ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO
posterior, TN alterada → Histerectomia
→ No geral a USG tem maior segurança com > 10 ➢ Aparentemente diminui o risco de
semanas pq antes disso fica difícil a visualização malignização
➢ Os ovários podem ser preservados
O diagnóstico definitivo é feito através de exame
→ Esvaziamento por histerotomia
histológico dos produtos da concepção
➢ Indicação restrita
TRATAMENTO ➢ Indicadas em casos de mola parcial com fetos
muito grandes, ou hemorragia genital
→ Em caso de suspeita clinica → esvaziamento considerável ou colo desfavorável à indução
uterino cirúrgico imediato
EVOLUÇÃO
Porém antes de dar início a cirurgia deve corrigir
anemia, distúrbios hidroeletrolíticos, tireotoxicose (uso → Clínica
de beta bloq), hipotensão ou HÁ secundária a DHEG, ➢ Sintomas de gestação regridem rápido
realizar exames de laboratório, Rx de tórax ➢ Sangramento regride rapidamente (mais ou
menos uma semana)
➢ O útero volta ao normal em 2-3 semanas • Os ACO combinados acreditam-se que
➢ Os cistos regridem em cerca de 8 a 16 semanas apresentam risco de malignização pelo
→ Dosagem de hCG estrogênio
➢ Vai ser dosado semanalmente até se tornar • O DIU deve ser desencorajado até a
indetectável (geralmente com 2 semanas) normalização do HCG
➢ Depois de hCG indetectáveis retornos • Então é encorajado a essas pacientes o
quinzenais por 1 mês e depois retornos anticoncepcional de progesterona de uso
mensais por 6 meses ORAL
➢ Geralmente o hCG se torna realmente negativo
após 8 a 10 semanas do esvaziamento (mola MOLA HIDATIFORME COMPLETA
benigna)
→ Se origina da fertilização de um óvulo que tem
ausência de núcleo ou núcleo inativo, então a carga
Critérios de malignidade após mola hidatiforme
genética é totalmente paterna – o que é chamado
Níveis estáveis de hCG em quatro avaliações de androgênese
consecutivas realizadas num período de três ou
mais semanas
Subida dos níveis de hCG em três avaliações
semanais consecutivas efetuadas num período de
duas ou mais semanas
Diagnostico histológico de coriocarcinoma
Valores de hCG elevados durante um período
superior a seis meses
Existem autores que trazem que depois de uma Mola
hidatiforme é possível fazer quimioterapia profilática
(mas isso ainda é uma controvérsia) – essa
quimioterapia profilática é indicada para pacientes
que apresentaram uma mola hidatiforme de alto
risco OU pacientes que não possuem condições de
seguir a rotina da dosagem do hCG indicada Então um espermatozoide haploide (23x) se duplica
23x → 46 xx
Mola hidatiforme de alto risco
HISTOLOGIA
Concentração de HCG superior a 100.000 mUI/mL
em urina de 24hrs ou acima de 40.000 mUI/mL no → Não possui tecidos embrionários e fetais
sangue
→ A mola hidatiforme apresenta um edema
Útero grande para Idade Gestacional generalizado (edema vilosidrófico)
Cisto ovariano >6cm → Tem-se a formação de cisterna repleta de líquidos,
Idade materna acima de 40 anos não tem vasos sanguíneos
→ Hiperplasia trofoblástica difusa
Mola de repetição
Hipertireoidismo
Pré-eclâmpsia com inicio abaixo de 20 semanas
Embolização trofoblástica
Tabela 1 - é dito que a quimioterapia profilática nessas
pacientes diminui o risco de metástase de 47% para 14%
- mas essa quimioterapia não tem beneficio nenhum para
pacientes de baixo risco

ACONSELHAMENTO ANTICOCEPCIONAL

Durante a vigilância a paciente não pode voltar a


engravidar pq vai interferir na dosagem de HCG
EVOLUÇÃO CLÍNICA
→ 20% dos casos progridem para a forma maligna → Macroscopicamente se tem um embrião ou feto
→ Seu potencial de invasão local é de 14% e o de com muitas malformações e NÃO há vesículas
metástase de 4%
→ Macroscopicamente a mola hidatiforme completa PERGUNTAS QUE A PROF FEZ NA AULA
possui um aspecto de cacho de uva GRAVADA

Pergunta de prova 1:

O uso do DIU é um fator de risco absoluto para


gestação ectópica?

R:

Pergunta de prova 2:

Todos os tipos de Mola cursam com uma dosagem de


B-HCG maior que 200.000? justifique.

R:

Pergunta de prova 3:

Figura 4 – mola hidatiforme completa, mostrando Do ponto de vista histológico, como se caracteriza a
numerosas vilosidades coriais hidrópicas mola hidatiforme completa?

MOLA HIDATIFORME INCOMPLETA R:

→ É a fertilização de um óvulo normal por dois Pergunta de prova 4:


espermatozoides – resultando em uma célula
triplóide Quais os locais mais frequentes de gestação ectópica ?
69XXX, 69XXY ou 69XYY
R:

Pergunta de prova 5:

(V OU F) A maioria das gestações ectópicas vão


cursar com rotura?

R:

Pergunta de prova 6:

O que é o valor discriminatório do HCG? Qual é esse


HISTOLÓGICO
valor?
→ Possui vilosidades normais e/ou semelhantes a
mola hidatiforme completa R:
→ A inclusão trofoblástica no estroma é altamente Pergunta de prova 7
sugestiva de mola parcial
→ A descrição de uma lâmina de mola hidatiforme Qual é o exame de controle da doença trofoblastica
parcial é de uma hiperplasia focal com pontos de gestacional?
degeneração com necrose e hemorragia
R:
EVOLUÇÃO CLÍNICA

→ Evolução benigna
→ Evolui para abortamento 99% dos casos
→ A malignização acontece em 5% dos casos
RESPOSTAS:

1. Não, O DIU é um fator de risco RELATIVO.


Pq SE a paciente engravidar o embrião PODE
se implantar nas tubas.
2. Não, algumas molas podem apresentar níveis
mais baixos de HCG, como o caso da mola
parcial onde o HCG pode estar em torno de
40.000 e o tumor de sitio placentário que não
produz HCG
3. A mola hidatiforme apresenta um edema
generalizado (edema vilosidrófico), onde tem-
se a formação de cisternas repletas de líquidos,
não tem vasos sanguíneos. Trata-se de uma
Hiperplasia trofoblástica difusa
4. Ampola e istmo da Tuba uterina
5. Falso, a maioria não rompe
6. O valor discriminatório é o valor em que
obrigatoriamente tem que se ver material
ovular na USG, o valor discriminatório do
HCG é >1500
7. Beta HCG

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