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Gestação Múltipla
É aquela que origina 2 ou > embriões, vindos de um ou > de um zigoto, dependendo do número de óvulos
fecundados.
Epidemiologia
Monozigóticas:
Fecundação de um óvulo por um espermatozoide → forma um zigoto único que se divide posteriormente em
2 embriões.
São constantes e não sofrem influência de fatores externos.
O tempo de divisão (clivagem) do zigoto determina a quantidade de placentas (corionicidade) e cavidades
amnióticas (aminionicidade)
Embriões obrigatoriamente possuem o mesmo sexo → mesma carga genética para ambos
Dicorionica e diamniótica:
• Divisão ocorre em até 72h da fertilização
• Forma duas placentas e duas cavidades amnióticas
Monocorionica e diamniotica:
• Divisão ocorre entre o 4º ao 8º dia após a fecundação
• Forma uma placenta e duas cavidades amnióticas
Monocoriônica e monoamniótica:
• Divisão ocorre entre o 8º ao 13º dia de fecundação
• Forma uma placenta e uma cavidade amniótica
Dizigóticas:
Dois óvulos são fecundados por dois espermatozoides, formando dois zigotos que originam 2 embriões.
Como são oriundas da fecundação de 2 óvulos por 2 espermatozoides → serão sempre dicoriônicas e
diamnióticas
• Cada embrião tem placenta e cavidade amniótica separadas e possui material genético distinto
A placenta e a cavidade amniótica são formadas a partir do zigoto, se originar de 2 zigotos, haverá 2
placentas e 2 cavidades amnióticas.
Não existe gestação dicoriônica e monoamniótica.
Fatores que influenciam as gestações dizigoticas: Aumentam a quantidade por conta de tratamentos de
reprodução humana, pela idade materna, por influencia de fatores raciais e familiares.
Diagnóstico:
• De 6 a 14 semanas
Diagnóstico clínico só é possível em gestações mais avançadas, quando pode observar maior volume
uterino, a palpação de dois pólos cefálicos e a ausculta de dois ritmos cardíacos com frequência diferentes.
A partir de 20 semanas, AU nas gestações gemelares é em torno de 5cm maior do que gestações únicas.
A partir da 9ª semana já é possível ver o amnio com maior precisão e definir a amnionicidade pela
visualização ou não da membrana amniótica.
Acompanhamento pré-natal
• Maior numero de consultas e USG: Alto risco
• Detecção: USG primeiro trimestre – CCN (comprimento cabeça nádega do maior feto)
• Contagem do numero de gestações e parto: Gestação e parto só são contados uma vez mesmo que gêmeos
• Rastreamento das anomalias cromossômicas: Dizigóticas: rastreamento é individual e Monozigóticas:
rastreamento único
Exames:
• Além dos exames de rotina pedidos na gestação única, as gemelares deve ser solicitado mensalmente
pesquisa de anemia materna.
• USG mensal em gestações dicoriônicas a partir da 16 semana
• USG quinzenal nas monocorionicas a partir da 16 semana (risco de sd. Transfusão feto-fetal)
• Rastreamento de anomalia cromossômicas: USG morfológica no 1º trimestre (11 a 13 sem e 6d) e do
calculo de risco pela associação entre os resultados do USG (transluscência nucal, osso nasal, ducto venoso)
e idade materna
Profilaxia de prematuridade: Avaliar o colo uterino via vaginal e fazer progesterona se colo <25mm ou
história de prematuridade.
Complicações
Prematuridade
• Principal complicação fetal das gestações múltiplas, mais prevalente nas gestações monocorionicas
• Exames pra predizer: medida do colo uterina via vaginal e teste de fibronectina
• Profilaxia com progesterona vaginal em gestantes gemelares, indicada no caso de colo curto (< ou =
25mm): diminui risco de parto prematuro abaixo de 33 semanas, reduzindo a mortalidade neonatal
• Prematuridade <34 semanas: progesterona vaginal
• Contraindicado: cerclagem uterina ou uso de pessário → mesmo se colo curto
• Uso de tocoliticos, corticoide, sulfato de magnésio e antibiótico → prematuridade seguem o mesmo
princípio de gestação únicas
Óbitos fetais
Malformações fetais
• Ocorrência maior que nas gestações únicas
• É 2 a 3x maior em gestações monocorionicas, pelo processo de clivagem do zigoto
• Avaliação morfológica do feto com ecocardiograma fetal
• Se um feto tiver malformação, manifestações e condutas podem afetar os dois → malformação aumenta
risco de prematuridade
Diagnóstico
• Entre 15 a 26 semanas
• Feito pela discrepância do volume de liquido amniótico, com oligoamnio do feto doador e polidrâmnio do
feto receptor
Tratamento
• Amniodrenagem • Cirurgia a laser → mais efetiva • Septostomia • Feticídio seletivo
Classificação de quintero:
Usada pra determinar o tipo de tratamento de cada feto.
Tratamento
• Conduta expectante
• Transfusão intrauterina para o feto doador e exsanguineo transfusão parcial para o feto receptor
• Feticidio seletivo
• Ablação a laser das anastomoses por meio de fetoscopia
Gestações monoaminóticas
• Complicações exclusivas: enovelamento do cordão, gêmeos conjugados
• Maior risco de malformação fetal, prematuridade, óbito súbito
Gêmeos conjugados
•Complicação exclusiva de gestações monocorionicas e monoamnioticas
• Taxa de sobrevida de 10%
Tocólise
Uso de agentes tocolíticos de maneira profilática não demostra efeito benéfico na diminuição da incidência
do trabalho de parto prematuro.
Tocoliticos ou inibidores das contrações uterinas deve ser iniciado sempre que o diagnóstico de trabalho de
parto prematuro for realizado.
Tocolitico é vantajoso pra prolongar a gestação por um período de até 48h para uso da corticoterapia ou pro
transporte materno-fetal com segurança.
Deve monitorar o feto de forma adequada, estado de hidratação materna e atenção as complicações do
tratamento.
Indicações:
• Período de latência do TP – colo dilatado <3 cm
• IG: 22-34 semanas e 6d
• Ausência de contraindicações
Contra-indicações:
• Corioamnionite, sangramento grave, condições clínicas maternas, hipertensão induzida pela gravidez
• Morte fetal, anomalias fetais incompatíveis com a vida, comprometimento fetal, crescimento intra-uterino
restrito grave ou IG > 34 semanas
• Contra-indicaçoes relativas as drogas
Corticoide:
• Administração de CTC → indicada aos casos com > 28 semanas e < 34 semanas de gestação e que
apresentam fortes indícios de risco de parto nas próximas 48h.