Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
5 a 10% das gestações podem cursar com sangramentos até a metade da gestação e as
principais etiologias obstétricas para esses sangramentos são: Abortamento, Gravidez
Ectópica e Doença Trofoblástica Gestacional.
Sangramento de 1ª metade
(até 20-22 semanas)
Doença
Abortamento Gravidez trofoblástica
ectópica gestacional
Abortamento
Segundo a OMS, abortamento é definido como a interrupção da gestação com feto
pesando menos de 500 gramas ou com idade gestacional inferior a 20 semanas
Interrupção espontânea ou induzida da gestação antes da viabilidade fetal.
3- Fatores paternos: fator que necessita de maiores estudos, mas sabe-se que as
anomalias cromossômicas dos espermatozoides aumentam risco de abortamento.
Entendido esse arcabouço teórico de definição, classificação e etiologia é necessário
começar a desenvolver um raciocínio clínico perante o abortamento e para isso é
fundamental conhecer as formas clínicas do abortamento e a respectiva conduta para cada
caso. Essas informações estão sumarizadas na tabela a seguir:
Agora que já vimos essa tabela resumindo os principais aspectos dos diversos quadros
clínicos de abortamento, é necessário ter um olhar mais apurado sobre os tratamentos e
condutas possíveis.
Por fim, após ter realizado o tratamento ideal é necessário que em casos de Abortamento
Habitual, proceda-se investigação das causas, além disso é fundamental solicitar tipagem
sanguínea e coombs indireto para a paciente e encaminhá-la para realizar planejamento
familiar.
O abortamento deve sempre ter o consentimento da mulher, salvo nos casos de risco
iminente de vida. O abortamento só é permitido no Brasil nas seguintes situações:
o Abortamento em situações de risco à gestante (abortamento terapêutico) –
no caso, quando há doenças graves em que a gestação pode conduzir a risco de
vida para a paciente, precisando de uma anuência por escrito de dois médicos;
o Abortamento em caso de malformações congênitas (anencefalia não
necessita autorização judicial);
o Abortamento para gravidez decorrente de violência sexual.
As técnicas utilizadas para interrupção voluntária da gestação são as mesmas descritas
aos casos de abortamento espontâneo, podendo, o procedimento, ser realizado até 20
semanas de gestação.