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LARISSA LOYOLA

SÍNDROMES NEUROPSIQUIÁTRICAS
GT 4

Transtornos de Ansiedade
Conceito - Ansiedade normal: sensação desagradável, de caráter interno, que gera preocupações exageradas acerca do futuro, acompanhada de sensações corporais (tonturas,
taquicardia, secura da boca, aperto no peito, suores, calafrios, formigamentos, cãibras, urgência para urinar)
- Medo: reação a um perigo específico, observável → há a presença de um objeto desencadeante.
- Ansiedade Patológica: É quando sentimentos como medo e preocupação passa a ser disfuncional, trazendo prejuízo socioemocionais e/ou sofrimento importante para o indivíduo
- Transtorno de Ansiedade (TA) engloba: transtorno de pânico (TP), TP com agorafobia, agorafobia sem TP, fobia-social (FS), Fobia específica, Transtorno de ansiedade generalizada
(TAG), transtorno obsessiva-compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), transtorno de estresse agudo, TA em decorrência da condição médica geral, TA induzida
por substâncias e TA sem outra especificação
Epidemiologia - Prevalência de TA durante a vida: 28,8%
- Crianças e adolescentes: prevalência de 10% de algum TA (TOC atinge 2%) → associa-se com outro transtorno → 50% das crianças com TA desenvolvem algum episódio de
depressão ao longo da vida → (FR PRINCIPAL: PAI/MÃE COM TA)
- Adultos: ansiedade pós trauma/diagnóstico de doença. Se, > 50 anos, associa-se a DPOC, asma, cardiopatia, doença de Parkinson
- Idosos: 1/3 dos pacientes apresentam sintomas graves de TAG, TP, fobias, TOC → dificuldade do diagnóstico (impreciso) e manejo → associado a condição médica geral (angina
de peito, hipertireoidismo, dores localizadas e generalizadas, condições incapacitantes, intoxicação ou abstinência) → pode evoluir para comportamentos de esquiva
Etiologia Fatores Genéticos: Temperamento e Inibição do comportamento:
- Comorbidade de ansiedade com transtorno de humor nos pais ↑ o risco para TA - Temperamento: padrão relativamente estável de comportamento que se observa
- Ter + de um pai com TA ↑ o risco para o espectro de TA, mais do que para algum precocemente na vida
TA específico. - Há uma associação entre características de temperamento em fases precoces da vida e
- Vulnerabilidade genética para transtornos de angústia (depressão maior, determinados comportamentos ao longo da vida (sintomas ansiosos)
distimia, TAG, TEPT) e/ou transtorno de medo (fobias, TP, TOC) - Inibição do comportamento (IC) frente ao desconhecido (exibição de medo e
- TAG: vulnerabilidade genética comum com a depressão maior comportamentos de esquiva) → é acompanhada de ↑ reatividade fisiológica → ↑ taxa de TA
- TP e fobias são hereditários e há sobreposição genética (uma doença gera outra, → há ↑ taxa de IC entre filhos com TA.
porque os genes são compartilhados)
- Variantes genéticas + fatores ambientais = expressão fenotípica
Fisiopatologia - Medo e ansiedade são sinalizadores de perigo → resposta adequada e bem adaptada (ex: você foge de situações que já te colocou em perigo, previamente)
- Situações de medo/ansiedade → ativação autonômica (simpática) e ↑ do estado de alerta
Locus Ceruleus (LC) Sistema de inibição comportamental septo-hipocampal Aéreas de resposta ao medo:
- Região anatômica correspondente ao ângulo superior do (SICS): - Aéreas laterais e centrais da amígdala Sistema
4º ventrículo, situado no tronco cerebral. ↑ estado de alerta - Sistema de inibição do comportamento que compara o - Hipotálamo anterior e medial executivo do
medo
- É ↑ responsivo a estímulo eliciadores de estresse e → estímulo real com o esperado. - Áreas da substância cinzenta periaquedutal (SCP)
- Ativação iônica ou basal → avaliação atenta do ambiente - Ativação desencadeada por estímulos desconhecidos
(hipovigil) e respostas comportamentais diversificadas. ou pela antecipação de punição (ansiedade → reações de congelamento, luta e fuga e reações
- Ativação fásica → promove focalização da atenção e antecipatória) autonômicas → ataques de pânico
respostas estereotipadas - Se, discrepância ou estímulo esperado aversivo:
comportamentos são inibidos e ↑ estado de alerta Quando recebe projeções serotonérgicas, ↓ resposta

Quadro Clínico - Criança:↑ da ansiedade frente a situações/pessoas/objetos desconhecidos e à separação dos cuidadores. Geralmente, queixas somáticas (choro, irritabilidade, explosão de
raiva, dores de cabeça, dor no estômago) → não é desobediência nem birra!
- Idade escolar/adolescência: medo de danos físicos → ansiedade relacionada a competência, ameaças abstratas e situações sociais
Exames - Objetivo: excluir causas orgânicas; identificar doenças médicas que possam coexistir
Complementares - Função renal - Glicemia de jejum - Eletrólitos - ECG (exclui insuficiência coronariana aguda)
- Função Tireoidiana - Radiografia de tórax - Neuroimagem estrutural (suspeita de alterações cerebrais agudas)
Diagnóstico - Angina, DPOC, asma, ICC, DM, crises epiléticas, intoxicação por substâncias, crise de abstinência de drogas (álcool, benzodiazepínico)
Diferencial - Idosos: síndromes demenciais que cursam com agitação; engasgos; congelamento de marcha (Parkisson)
- Ansiedade e Depressão: pcts com depressão maior + TAG tem crises depressivas + graves (ideação de suicídio); em idosos, há agravamento do sofrimento físico causado por
condições médicas gerais e a um maior sofrimento psíquico próprio desse quadro.
- Ansiedade e Demência: pode se manifestar isoladamente ou associada a episódios de agitação ou desorientação
- Ansiedade e Condições Clínicas: HAS, cardiopatias, SCA → ↑ níveis de ansiedade em cardiopatas (IAM)
LARISSA LOYOLA
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GT 4

Tratamento Tratamento Não Farmacológico Tratamento Farmacológico


- Explicação clara sobre TA, sintomas e TTO - Indicado se, sintomas graves, causando comprometimento à vida do jovem, ineficácia
- MEV (eliminar estimulantes → cafeína, nicotina) + prática regular de exercícios físicos à TCC e/ou presença de comorbidades ou depressão maior.
- Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) - TCC + farmacoterapia = ↑ eficácia
- Adolescentes: Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) + psicoeducação (orientação - ISRS: citalopram, sertralina
psicodinâmica), consultoria escolar, terapia familiar - IRSN: venlafaxina
- Antidepressivos tricíclicos
- Antipsicótico atípico (2ª geração) – não usado como 1ª linha (↑ risco cerebrovasculares)

Quadro Clínico Critérios Diagnósticos Tratamento


- Crise súbitas de intenso sintomas ansiosos que atingem um pico em até 10 - Ocorrência de ataques de pânico recorrentes e inesperados - Objetivo: suprimir os ataques de pânico, reduzir a esquiva, a
minutos - Ataques seguidos de preocupação persistente sobre a possibilidade de ter novos ansiedade antecipatória e a hiper vigilância de sintomas corporais
Síndrome do Pânico - Agorafobia ataques → preocupação sobre as consequências dos ataques → mudança
- ISRS (citalopram, escitalopram, fluoxetina, sertralina) – 1ª escolha
- Procura frequente de serviços de emergência e maior demanda por comportamental significativa
* cautela na dose de ISRS já que esses pcts são + susceptíveis aos efeitos de
atendimentos clínicos e investigações diagnósticas desnecessárias. - Palpitação ou ritmo cardíaco acelerado
hiperexcitação inicial → inicia com a metade ou ¼ da dose
- Sudorese - Medo de morrer
- Tremores ou abalos - Desconforto abdominal/náusea - Tricíclicos (clomipramina e imipramina): tão eficazes quanto ISRS,
- Sensação de falta de ar ou sufocamento - Tontura, instabilidade, desmaio mas com menos efeitos colaterais
- Sensação de asfixia - Calafrios/onda de calor - Benzodiazepínicos (alprozolam, clonazepam, Diazepam): evitados
- Dor ou desconforto torácico quando houver história de dependência; podem ser combinados
Agorafobia sem história - Sintomas agorafóbicos e sintomas semelhantes ao pânico sem que haja - Ansiedade acerca de estar em locais difíceis de sair (considerar se a fobia é com antidepressivos nas 1ª semanas do TTO
de transtorno de pânico história de ataque de pânicos inesperados generalizada ou circunscrita) - Inibidores irreversíveis da monoaminoxidase (IMAO): usar em casos
- Situações são evitadas ou suportadas com sofrimento ou com ansiedade acerca
de ter um ataque de pânico.
refratários, devido ao risco de crise hipertensiva
- Esquiva agorafíbica não é + bem explicada por outro transtorno mental - TTO mantido por, no mínimo, 1 ano
- Conceito: Transtorno crônico que envolve ansiedade excessiva + - Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva). ocorrendo na - Antidepressivos (ISRS e venlaxafina)
Transtorno de Ansiedade preocupações na maioria dos dias, por no mínimo, 6 meses. maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades - Sertralina, fluvoxamina, citalopram, escitalopram
Generalizada (TAG) - Sintomas físicos: Tensão muscular, mãos úmidas e frias, boca seca, náusea, (como desempenho escolar ou profissional).
- ISRS são mais eficazes, seguros e bem tolerados → efeitos colaterais:
diarreia, desejo frequente de urinar, dores no corpo B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
- Sintomas psicológicos: irritabilidade, insônia, dificuldade de concentração, - A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes mal-estar gástrico, disfunção sexual e insônia → tempo de 2 a 4
falhas de memória seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos semanas para fazer efeito
- Crianças: preocupações excessivas com a qualidade de seu desempenho, últimos seis meses). (1) Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da - Pregabalina (anticonvulsivante modular de canais de cálcio)
pontualidade, eventos catastróficos; conformistas, perfeccionistas e inseguros, pele (2) Cansaço (3) Dificuldade em concentrar-se ou sensações de "branco" na - BZD: + eficazes em sintomas somáticos e autonômicos e menos
refazem as tarefas 1000x → excesso de zelo na busca de aprovação e exigem mente (4) Irritabilidade (5) Tensão muscular (6) Perturbação do sono (dificuldades eficazes nos sintomas cognitivos primários (preocupação excessiva,
constante garantia sobre seu desempenho em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto)
antecipação catastrófica)
- Adolescentes – sintomas somáticos: cefaleia, náusea, vômitos, taquicardia, Nota: apenas um item é exigido para crianças.
sudorese, dispneia, formigamento e dor muscular - A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento
clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou
em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
- A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância
(droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (p. ex ..
hipertireoidismo) nem ocorre exclusivamente durante um transtorno do humor,
transtorno psicótico ou transtorno global do desenvolvimento
Transtorno de estresse - Eventos traumáticos: eventos que envolveram morte ou grave ferimento, A. Exposição a um evento traumático no qual os seguintes quesitos estiveram - ISRS + venlafaxina – 1ª linha
pós-traumático e reais ou ameaçados, ou uma ameaça à integridade física, própria ou de presentes: (1) A pessoa vivenciou, testemunhou ou foi confrontada com um ou mais - Adequar a dose da medicação até se atingir a remissão e mantê-la por pelo
transtorno de estresse outros. Despertam medo, impotência ou horror intenso eventos que envolveram morte ou grave ferimento, reais ou ameaçados, ou uma menos 1 ano
agudo - TEPT: Rememoração do evento traumático, por comportamentos de esquiva ameaça à integridade física, própria ou de outros. (2) A resposta da pessoa - Se, não houver remissão em 4 a 6 semanas, deve-se ↑ a dose até a máxima
de contexto associados envolveu intenso medo, impotência ou horror. tolerada
- Pensamentos intrusivos ou memórias, sonhos, flashbacks; B. O evento traumático é persistentemente revivido em uma (ou mais) das seguintes - Se, resposta insatisfatória: avaliar associação ou troca de medicação
brincadeiras, dramatizações; repetir comportamentos com maneiras11; (1) Recordações aflitivas, recorrentes e intrusivas do evento, incluindo - Se, melhora significativa, mas com um grupo particular de sintomas persiste:
elementos do evento imagens, pensamenfos ou percepções. (2) Sonhos aflitivos e recorrentes com o introdução de medicação específica
- Estado de excitabilidade ↑: distúrbio do sono (sonambulismo, terror noturno), evento. (3) Agir ou sentir como se o evento traumático estivesse ocorrendo * insônia: dose baixa de antipsicóticos ou antidepressivos sedativos
irritabilidade, dificuldade de concentração (problema na aprendizagem novamente (inclui um sentimento de rememoração da experiência, ilusões, (tricíclicos)
escolar), hiper vigilância, resposta de sobressalto exagerada, agressividade alucinações e episódios de flashbacks dissociativos, inclusive aqueles que ocorrem * sintomas psicóticos: olanzapina,, quetiapina
- Transtorno de estresse agudo: sintomas semelhantes a TEPT em um período ao despertar ou quando intoxicado). (4) Sofrimento psicológico intenso quando da
de até 4 semanas exposição a indícios internos ou externos que simbolizam ou lembram algum
aspecto do evento traumático. (5) Reatividade fisiológica na exposição a indícios
internos ou externos que simbolizam ou lembram algum aspecto do evento
traumático.
- A duração da perturbação (sintomas dos Critérios B, C e D) é superior a 1 mês. F
- A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo
LARISSA LOYOLA
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GT 4

Fobias: - Conceito: condição na qual determinado objeto ou situação gera extrema - Medo acentuado e persistente, excessivo ou irracional, revelado pela presença - Escitalopram, fluvoxamina, paroxetina e sertralina (ISRS) e
ansiedade ou medo, acompanhada de comportamentos de fuga/esquiva ou antecipação de um objeto ou situação fóbica
do objeto temido - A exposição a um estímulo fóbico provoca resposta imediata de venlafaxina
- FS generalizado: temem falar em público, comer ou escrever com outras ansiedade/ataques de pânico (crianças: choro, imobilidade, raiva) - Fenelzina (!MAO)
pessoas, falar com pessoas pouco intimas e ficar numa fila de banco (várias - Individuo reconhece que o medo é excessivo ou irracional (em crianças isso é - Clonazepam (se não houver história de dependência).
situações sociais) ausente)
- FS circunscrito: apenas uma ou poucas situações são temidas (Ex: falar em - Situação fóbica é suportada com intensa ansiedade ou sofrimento citalopram, gabapentina
público) - Em < 18 anos, a duração mínima é de 6 meses. - Olanzapina, tranilcipromina, tiagabina, topiramato e
- Sintomas somáticos de ansiedade ou choro, raiva, irritabilidade, imobilidade. - A esquiva, antecipação ou sofrimento interfere significamente na rotina normal levetiracetam
- Início na adolescência e persiste na vida adulta. Quando inicia na infância, do indivíduo, em seu funcionamento ocupacional (ou acadêmico) ou em
há ↑ comprometimento psicossocial atividades ou relacionamentos sociais - Moclobemida (resultados inconsistentes)
- Situações + temidas: ler em público, apresentar trabalho em sala de aula, participar de competições, iniciar - Especificar tipo: - BZD: + eficazes nos sintomas somáticos
uma conversa, pedir ajuda, escrever na lousa em sala de aula, pedir comida em um restaurante, comer em público,
realizar provas escolares, participar de trabalho em grupo, ir a festas, falar ao telefone, usar banheiro público
Animal, ambiente natural (alturas); sangue-injeção-ferimentos; tipo situacional
- Dificuldade de desenvolver habilidades sociais → pessoas se tornam (aviões, elevadores); outro tipo
restritas/solitárias
- Idoso: evita festas, reuniões → fobia de doença ou hipocondria →
percepção ameaçadora de doenças sabidamente sem risco para ele, mas
que gera sofrimento e mobilizam ações de avaliação médica
- Fobias específica: pct teme 1 ou + objetos ou situações causadoras de
ansiedade (sangue, injeção, altura, animais, voar etc.)
- Medo e fobia desencadeiam
-Respostas cognitivas: pct aterrorizado, ideias negativas,
expectativa ruim
- Resposta fisiológica: ↑ FC, sudorese, xerostomia náusea e ↑FR)
- Resposta comportamental: esquiva ou escape de tudo aquilo
que é temido
Transtorno de Ansiedade - Conceito: medo excessivo acerca da separação dos pais ou seus substitutos, - Ansiedade excessiva e inapropriada em relação ao desenvolvimento em
de separação (TAS) ou de sua casa separação relação à separação do lar ou daqueles com quem o indivíduo é
- Comum na infância e adolescência → apego excessivo aos seus vinculado conforme evidenciado por três (ou mais) dos seguintes: Mutismo seletivo
cuidadores, evitam afastamento deles ou telefonam repetidamente (1) Sofrimento excessivo e recorrente quando a separação do lar ou de figuras
- Preocupações quanto à possibilidade de seus pais sofrerem um acidente, importantes de vinculação é antecipada. (2) Preocupação persistente e excessiva
assalto ou ficarem doentes; temor de se perderem ou serem sequestradas e sobre perder ou sobre possíveis danos com figuras importantes de vinculação. (3)
serem afastadas dos pais Preocupação persistente e excessiva de que um evento adverso levará à
- Necessitam da companhia dos pais para dormir e apresentam pesadelos de separação de figuras importantes de vinculação (p. ex., se perder ou ser
separação. sequestrado). (4) Relutância persistente ou recusa de ir para a escola ou outros
- Recusa escolar e sintomas somáticos → irritabilidade, sintomas locais por causa do medo da separação. (5) Temor ou relutância persistente e
gastrintestinais, tonturas, palpitações, dificuldade para respirar, cefaleia excessivo de ficar sozinho ou sem figuras importantes de vinculação em casa ou
- Evitam dormir fora de casa ou mesmo passar o dia na casa do amigo sem adultos significantes em outros contextos. (6) Relutância persistente ou recusa
em ir dormir sem estar próximo a uma figura importante de vinculação ou dormir
longe de casa. (7) Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação. (8)
Queixas repetidas de sintomas físicos (como cefaleia, dores de estômago, náusea
ou vômitos) quando a separação de figuras de vinculação ocorre ou é
antecipada.
- A duração do distúrbio é de pelo menos 4 semanas.
- O início acontece antes dos 18 anos de idade.
- Conceito: capacidade de compreender a linguagem e de falar, mas não - Feito na pré-escola
Mutismo seletivo: fazer em cercas ocasiões - Estabelece-se ausência de anormalidade da compreensão ou da produção da
- Desempenho escolar ↓ e comprometimento dos relacionamentos linguagem (área de Broca e Wernicke)
- Comunicação gestual, acenos, balaços de cabeça, puxando ou - Falha consistente em falar em situações sociais específicas (nas quais existe a
empurrando, monossílabos, sussurros. expectativa de que se fale, p. ex., na escola).
- Timidez e ↓ aparecimento em situações sociais (FS); medo de embaraço - O distúrbio interfere no desempenho educacional ou ocupacional ou na
social, isolamento social e retraimento, negativismo, ataques de comunicação social.
temperamento, comportamento controlador ou opositor - A duração do distúrbio é de pelo menos 1 mês (não limitado ao primeiro mês de
- Comprometimento do funcionamento social e escolar escola).
- Exames neurológicos e audiológicos normais - A falha em falar não se deve à falta de conhecimento da linguagem requerida
na situação social ou à falta de conforto com ela.
- O distúrbio não é mais bem explicado por um transtorno da comunicação (p. ex.,
gagueira) e não ocorre exclusivamente durante o curso de um transtorno global
do desenvolvimento, esquizofrenia ou outro transtorno psicótico

Higiene do Sono - Dormir apenas o tempo necessário para se sentir descansado. Se com 8 horas já se sente bem, evite dormir mais do que 8-9 horas, mesmo que não tenha compromisso no dia.
- Crie uma rotina de acordar sempre no mesmo horário, independente se for fim de semana ou não e de ter tido insônia na noite anterior. Então, se o horário estabelecido for
08h da manhã, policie-se para sempre acordar neste horário, mesmo que tenha dormido pouco por conta de insônia na noite anterior (p.ex. 4 horas). Você pode passar o dia com
sono, mas isso vai ajudá-lo a regular seu ciclo circadiano (ciclo do sono).
- Se você tem insônia à noite, recomenda-se evitar/tirar qualquer forma de cochilo ao longo do dia. Depois que o sono estiver normal, não há problemas tirar pequenos cochilos.
LARISSA LOYOLA
SÍNDROMES NEUROPSIQUIÁTRICAS
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- A prática regular de exercícios ajuda a regular o ciclo circadiano. Contudo, é importante que esses exercícios sejam feitos em horários distantes da hora de dormir. Evite fazer exercícios
4 horas ou menos antes de dormir. O melhor horário para a prática dos exercícios é pela manhã.
- Mesmo que você não repare diretamente, dormir em ambientes barulhentos diminuí a qualidade do sono e pode levar a insônia. Se certifique de que o lugar em que você
dorme não tem muitos barulhos. Se o lugar em que dorme for barulhento, recomenda-se comprar um “tapa-ouvidos”.
- Fazer um lanche leve antes da hora de dormir costuma a ajudar muitas pessoas a dormir.
- Tomar um banho quente antes de dormir.
- Evitar ingerir qualquer tipo de estimulantes depois das 18 horas. Estimulantes mais comuns são: café, coca-cola, guaraná, chimarrão e alguns tipos de chá.
- Evitar fazer atividades muito estimulantes na hora antes de dormir (p.ex. ver filmes de ação, games no computador/online)
- Preferencialmente usar a cama apenas como lugar para dormir (evite trabalhar ou assistir televisão na cama).
- Antes de dormir, faça alguma forma de relaxamento (p.ex. respiração).
- Caso você tenha ido para a cama e não tenha conseguido dormir em 20 minutos, é melhor sair da cama e dar uma volta antes de tentar novamente (pode ler por alguns
minutos, assistir um pouco de TV, etc.). Se tiver tentado dormir por 2x sem sucesso, recomenda-se que vá para a cama e fique lá sem tentar dormir por 20 minutos. Se acabar dormindo, não
tem problema, mas a ideia é ir para a cama sem o objetivo de dormir.
Sinais de - Pode ocorrer dependência fisiológica de benzodiazepínicos, particularmente com uso prolongado e altas doses.
dependência - Abstinência por benzodiazepínicos pode ocorrer com a descontinuação abrupta e é mais provável em pacientes com uso prolongado e altas doses.
medicamentosa
- Devido à longa meia-vida biológica de vários derivados, as manifestações de abstinência podem não ocorrer durante vários dias até mais de 1 semana após a interrupção do
(benzodiazepínico)
benzodiazepínico
- Ansiedade, irritabilidade, insônia, náuseas, vômitos, tremores, sudorese e anorexia, manifestações graves, incluindo confusão, desorientação e psicose
-Tratamento: substituição de drogas ou pela reintrodução de um benzodiazepínico com diminuição subsequente da dose.; devem ser consideradas doses equivalentes de benzodiazepínicos
se o tratamento com a substituição de benzodiazepínicos for realizado. A retirada de benzodiazepínicos de alta potência, como o alprazolam, pode exigir doses mais elevadas de
benzodiazepínicos tradicionais (por exemplo, diazepam IV) para obter a resposta clínica apropriada
Prescrição de - Prescrição de substâncias com perfil metabólico favorável e menor risco de interação medicamentosa
Benzodiazepínicos - Efeitos colaterais de benzodiazepínicos: sedação excessiva, risco de quedas
- Rápido início de ação → superiores aos antidepressivos
- Evitar uso prolongado em populações com risco de abuso e uma taxa de recaída após descontinuação de 80%
- Benzodiazepínicos são medicamentos psicotrópicos de prescrição restrita e sujeitos a controle especial, conforme a Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998. (receita
azul)

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