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COMPULSIVO
DANIELA TUSI BRAGA
ANALISE VIVAN
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
Nota: Crianças pequenas podem não ser capazes de enunciar os objetivos desses
comportamentos ou atos mentais.
As obsessões ou compulsões tomam tempo (por exemplo, tomam mais de uma hora
por dia) ou causam sofrimento clinicamente significativo, ou prejuízo no funcionamento
social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental (por
exemplo, preocupações excessivas, como no transtorno de ansiedade generalizada
(TAG); preocupação com a aparência, como no TDC; dificuldade de descartar ou se
desfazer de pertences, como no transtorno de acumulação; arrancar os cabelos, como
na tricotilomania; beliscar a pele, como no transtorno de escoriação [do inglês skin
picking]; (...)
Especificar se:
Especificar se:
Até a década de 1980, o TOC era considerado um transtorno raro, com estudos
apontando prevalência de 0,05% da população. Foi apenas a partir de 1988, quando
foram publicados os dados do Epidemiological Catchment Area Study (ECA),
importante estudo epidemiológico americano, que se começou a dar mais atenção
ao TOC, tendo em vista resultados que estimaram prevalência ao longo da vida
entre 1,9 e 3,3%.2 Desde então, diversos estudos epidemiológicos vêm sendo
desenvolvidos, apontando taxas de prevalência que chegam até 3,6%3 em amostras
de adultos, sendo semelhante à prevalência para homens e mulheres.
O tempo médio entre o início dos sintomas e a busca por tratamento pode
chegar a 18,1 anos.6 A demora em buscar tratamento especializado pode
acontecer pelo receio que muitos pacientes apresentam de expor seus
sintomas em razão da vergonha, na tentativa de evitar possíveis humilhações.
Além disso, alguns apresentam as crenças de que, ao verbalizarem suas
obsessões, elas possam se tornar realidade ou, ainda, em caso de obsessões
de conteúdo sexual ou agressivo, que eles possam ser vistos como loucos ou
perigosos pelos outros.
Até o presente momento, as causas do TOC não são bem conhecidas. Como os
sintomas são heterogêneos, não está claro se constituem um único transtorno ou um
grupo de transtornos com características em comum. Na prática, as apresentações
clínicas, o início da doença, o curso, os aspectos neurofisiológicos,
neuropsicológicos e cognitivos, assim como a resposta aos tratamentos variam
muito de indivíduo para indivíduo.
Existem fortes evidências de que fatores neurobiológicos tornam certos
indivíduos mais suscetíveis a desenvolverem o TOC.
EXEMPLO CLÍNICO 1
Adriana é uma jovem de 18 anos de idade que tem sua mente invadida,
frequentemente, por imagens dela mantendo relações sexuais com o pai. A
paciente é filha única, reside com os pais, e sente-se muito culpada e
envergonhada por ter esse tipo de pensamento. Nunca havia verbalizado essa
obsessão para nenhum familiar ou amigo, pois acreditava que pudesse ser
vista como “louca” ou “pervertida”. Até mesmo para a terapeuta a paciente teve
dificuldades, relatando após algumas sessões e com muito desconforto, pois se
considerava muito inadequada pelo conteúdo das obsessões.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Estudos epidemiológicos mostram que a maioria dos portadores tem, pelo menos,
outro transtorno psiquiátrico associado, sendo os mais frequentes o transtorno
depressivo maior (TDM) e o TA, como a fobia social e as fobias específicas.8 Entre
20 – 30% das pessoas com TOC têm um história atual ou passada de tiques.9
QUALIDADE DE VIDA
A presença do transtorno e os anos vividos com a doença podem interferir, de
maneira significativa, na qualidade de vida dos indivíduos, podendo levar, nos casos
mais graves, à incapacitação. O tempo gasto na realização dos rituais, o isolamento
social e as desavenças familiares podem contribuir para o aumento do sofrimento e
dos prejuízos associados ao TOC. Em um estudo de Sobrecarga Global das
Doenças, o TOC foi apontado como a décima causa de anos vividos com
incapacidade em todo o mundo, incluindo doenças médicas em geral.12
DIMENSÕES DE SINTOMAS
MODELO COMPORTAMENTAL
■ aquisição;
■ manutenção.
A primeira etapa ocorre por meio do condicionamento clássico, enquanto a segunda
tem o condicionamento operante para sua explicação.
EXEMPLO CLÍNICO 2
Durante boa parte da vida, Vera vem evitando essas situações, preferindo
sempre aguardar chegar em casa para usar o banheiro e fazendo as refeições
também em sua própria casa. No entanto, quando necessário enfrentar, a
paciente utiliza de alguns rituais, como lavar o assento sanitário com papel
higiênico e álcool gel, que sempre mantém na bolsa. Em relação a
restaurantes, a paciente carrega uma pequena garrafa térmica com água
quente e um pano descartável, limpando o prato e os talheres. Quanto aos
hotéis, Vera está planejando que, caso não consiga convencer o marido a não
viajar, irá levar seu próprio travesseiro, seus lençóis e suas toalhas de banho
para evitar utilizar os oferecidos durante a hospedagem.
FENÔMENO DA HABITUAÇÃO
Autores ingleses, no início da década de 1970, resolveram desafiar o modelo
proposto por Freud e as explicações relacionadas à sua teoria, como, por exemplo,
de que os sintomas, se removidos, seriam inevitavelmente substituídos por outros,
ou de que o paciente poderia desenvolver um quadro psicótico caso fosse impedido
de realizar seus rituais. Procuraram observar, em voluntários, o que poderia ocorrer
caso se abstivessem de realizar as compulsões ou fossem estimulados a entrar em
contato com o que evitavam.
Esse fenômeno natural ficou conhecido como habituação e passou a ser a base da
terapia comportamental de exposição e prevenção de respostas (EPR). Ensaios
clínicos realizados ainda na década de 1970 comprovaram a eficácia da EPR em
reduzir os sintomas obsessivo-compulsivos, tornando-se, a partir de então, um dos
tratamentos de primeira linha para o TOC.
O forte argumento a favor do modelo comportamental é o fato de a terapia nele
embasada, a terapia de EPR, ser altamente efetiva. O mecanismo sugerido para a
manutenção dos sintomas – o alívio que os pacientes sentem ao executar os rituais
(reforço negativo) – parece bastante plausível, tendo implicações importantes nas
estratégias de tratamento.
A terapia de EPR tem se mostrado eficaz em mais de 70% dos pacientes que
aderem ao tratamento. Uma eficácia semelhante ou levemente superior da
terapia de EPR em relação aos ISRS foi verificada em diversos ensaios clínicos
e metanálises, consolidando-se, definitivamente, como tratamento de primeira
escolha quando predominam rituais e os sintomas são de intensidade leve ou
moderada.
Foi levantada a hipótese de que tais cognições poderiam ser as responsáveis pelo
elevado grau de ansiedade associada aos sintomas, pela baixa adesão ao
tratamento e pela não realização das tarefas de EPR, e que sua correção por meio
de técnicas cognitivas poderia aumentar a eficácia do tratamento. Tal acréscimo,
visto como complementar ao modelo comportamental, tem se revelado útil,
particularmente em pacientes que apresentam predominantemente obsessões.
O acréscimo das técnicas cognitivas à terapia de EPR deu origem à TCC, que
paulatinamente vem sendo adotada no tratamento do TOC.
MODELO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
Supõe-se que, para a pessoa que tem TOC, tal intrusão transforma-se em obsessão,
pois ela vivencia a imagem de esfaquear um filho e pensa: “Se pensei isso, posso
perder o controle e matá-lo”. Essa interpretação evoca angústia e motiva o indivíduo
afetado a suprimir ou afastar as intrusões indesejáveis.
As compulsões tornam-se persistentes e excessivas porque são reforçadas
negativamente pela redução imediata da ansiedade e pelo afastamento
temporário do pensamento indesejável. Além disso, as compulsões impedem o
indivíduo afetado de aprender que suas avaliações não são reais.
CRENÇAS DISFUNCIONAIS
Tendo em vista as crenças disfuncionais descritas por diferentes autores e no
quanto elas estariam contribuindo para o agravamento e a manutenção dos
sintomas, um grupo de especialistas se reuniu e apresentou uma relação das
principais crenças presentes no TOC, definidas como:20
■ superestimação do risco;
■ responsabilidade exagerada;
■ perfeccionismo e intolerância a incerteza;
■ importância de controlar os pensamentos.
Na prática, cada vez mais as técnicas cognitivas vêm sendo acrescentadas à terapia
de EPR, e não utilizadas isoladamente, e a designação de TCC vem sendo adotada.
A seguir, será apresentado o tratamento do TOC, abordando o que deve ser feito
nas primeiras sessões, nas sessões intermediárias e nas sessões finais.
PRIMEIRAS SESSÕES
As primeiras sessões devem incluir a avaliação, a psicoeducação, a elaboração da
lista de sintomas e o diário de sintomas obsessivo-compulsivos.
Avaliação
O início da TCC do TOC consiste em conhecer o paciente. O objetivo das primeiras
sessões é o de estabelecer ou não diagnóstico de TOC, assim como comorbidades,
grau de insight e motivação para o tratamento. São naturais as dúvidas e as
ambivalências, mas é fundamental resolvê-las antes de se iniciar a terapia, para
evitar desistências e abandonos.
Além disso, é essencial obter a história clínica dos sintomas (idade de início,
primeiros sintomas obsessivo-compulsivos, se foram ou não desencadeados por
algum fator externo). Posteriormente, investiga-se a história detalhada e específica
da doença, identificando os sintomas obsessivo-compulsivos e seu funcionamento
cognitivo, a saber:
■ tempo;
■ interferência;
■ sofrimento;
■ resistência;
■ grau de controle sobre os sintomas.
Psicoeducação
Após a confirmação do diagnóstico de TOC, inicia-se a psicoeducação sobre o
transtorno, quando o terapeuta fornece informações relevantes para o paciente,
como tipos de sintomas (incluindo a definição de obsessões, compulsões e
evitações), possíveis causas do TOC, curso e prognóstico, alternativas de
tratamentos etc. Além disso, é importante que sejam esclarecidas informações sobre
a abordagem que será utilizada, explicitando o modelo cognitivo-comportamental e a
aplicabilidade deste para a redução dos sintomas obsessivo-compulsivos.
As informações básicas (psicoeducar o paciente) sobre o TOC e os
fundamentos da TCC são essenciais para o tratamento. Conhecer o TOC,
quais são seus sintomas e como livrar-se dele é de vital importância. Muitas
vezes, o conhecimento, por si só, é responsável por ajudar na remissão dos
sintomas.
Essa lista tem como objetivo a elaboração detalhada e personalizada dos sintomas
do paciente. Apesar de mais trabalhosa no início da terapia, facilita muito o
planejamento das sessões seguintes, é o norte do tratamento. O paciente deve,
dentro do possível, solicitar ajuda dos familiares para o preenchimento das listas, e,
à medida que forem sendo descobertos outros sintomas, estes devem
imediatamente ser inseridos nas listas.
Não tocar na Peço para minha mãe lavar as Nojo de carne, alho e
minha gata depois mãos antes de tocar nas minhas comida congelada, por
de tomar banho. coisas e em mim. causa do cheiro.
Essa técnica é importante porque delimita os problemas para certos horários e locais
e identifica os momentos de maior perigo, o que facilita o planejamento antecipado
de estratégias para enfrentá-los. Uma segunda finalidade é desenvolver o hábito de
se automonitorar. Os rituais do TOC, muitas vezes, tornam-se hábitos executados de
forma automatizada e, sem vigiar os sintomas, torna-se difícil modificá-los, mesmo
em se tratando de atos voluntários.27
A seguir, será apresentada a primeira parte do dia de um paciente com sintomas de
verificação (Tabela 1).
Tabela 1
Assuntos Intervenções
■ O que é TOC? O que são ■ Exercícios práticos:
obsessões, compulsões, preenchimento da lista de
compulsões mentais e sintomas obsessivo-
comportamentos associados? compulsivos e escalas que
■ Prevalência, incidência e curso avaliam a gravidade do TOC.
do transtorno.
■ O impacto na vida pessoal e
familiar do paciente com TOC.
SESSÕES INTERMEDIÁRIAS
A seguir, são apresentados os assuntos abordados nas sessões intermediárias do
tratamento do TOC: EPR, modelação e intervenções cognitivas puras.
Deve-se deixar bem claro para os pacientes que o objetivo do tratamento será a
remissão completa dos sintomas, incluindo aqueles que não interferem muito nas
rotinas diárias. Os pacientes – e seus familiares – devem ser alertados para não se
precipitarem, querendo logo ir para os sintomas mais graves e os que trazem mais
prejuízos, pois o paciente pode sentir muita ansiedade por ainda não estar pronto
para essa exposição e se desmotivar com o tratamento, fracassando.
Modelação
Exemplo clínico 3
Rodrigo, 20 anos de idade, iniciou um de seus sintomas de TOC aos 13, após
uma aula de ciências sobre as partes genitais. Passou a lavar as mãos de
forma ritualizada: meio dos dedos, punhos e torneira. Terapeuta solicitou
observar como era seu sintoma. Logo em seguida pede para Rodrigo observar
a forma que terá que lavar as mãos para combater o TOC. A partir dessa
sessão, no início de todas as próximas e até o paciente não sentir mais aflição
foi solicitado que repetisse o exercício.
Para a utilização das técnicas cognitivas, é necessário que o paciente tenha alguma
capacidade de introspecção e curiosidade em compreender mais profundamente
seus sintomas. Um exercício inicial é feito por meio do registro de pensamentos
disfuncionais (RPD), da capacitação do paciente em identificar pensamentos
automáticos e crenças disfuncionais e das situações ativadoras, bem como das
consequências emocionais, comportamentais e fisiológicas. A seguir, o paciente
aprende a classificar seus pensamentos conforme o domínio de crenças a que
pertencem (por exemplo, avaliação exagerada do risco, supervalorização da
importância e do poder do pensamento).
SESSÕES FINAIS
A seguir, serão abordadas a prevenção da recaída e a alta, assuntos a serem
tratados nas sessões finais do tratamento do TOC.
Sintomas presentes durante duas semanas contínuas seria um tempo mínimo para
considerar uma recaída. O lapso pode se transformar em uma recaída quando o
paciente executa o ritual de forma consciente, interpreta o lapso de forma negativa e
desiste de continuar a luta.
EXEMPLO CLÍNICO 4
P.R. está no terceiro casamento, refere que, nos outros dois, era intolerante
quando as parceiras não seguiam as suas regras de higiene. Refere buscar
atendimento por não querer mais que suas manias continuem atrapalhando
sua vida conjugal. Apresentou, já no início do tratamento, motivação para
mudança e bom insight.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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