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CBI of Miami 2
Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Gabriel Mangabeira
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início na infância ou na adolescência pode fazer o TOC permanecer durante a
vida inteira. 40% dos indivíduos com início do transtorno na infância ou na
adolescência podem experimentar remissão até o início da idade adulta.
O curso do TOC é com frequência complicado pela ocorrência de outros
transtornos associados. As compulsões são mais facilmente diagnosticadas em
crianças do que as obsessões porque as primeiras são observáveis. No entanto,
a maioria das crianças tem obsessões e compulsões (como nos adultos). O
padrão de sintomas em adultos pode ser estável ao longo do tempo, porém é
mais variável em crianças.
Pensamentos suicidas ocorrem em algum momento em cerca de metade
dos indivíduos com TOC. Tentativas de suicídio também são relatadas em até
um quarto daqueles com o transtorno; a presença de transtorno depressivo maior
comórbido aumenta o risco.
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Em resposta a recordações do trauma original, estressores na vida
presente ou experiências de eventos traumáticos novos, pode desencadear a
recorrência e/ou intensificação dos sintomas. Nos mais velhos, a deterioração
da saúde, a piora do funcionamento cognitivo e o isolamento social podem
exacerbar sintomas de TEPT.
De acordo com o desenvolvimento, pode variar a expressão clínica do
TEPT. Em crianças pequenas podem surgir sonhos assustadores sem conteúdo
específico do evento Transtorno de Estresse Pós-traumático. Antes dos 6 anos
de idade, as crianças pequenas são mais propensas a expressar sintomas de
revivência por meio da brincadeira que se refere direta ou simbolicamente ao
trauma. Elas podem não manifestar reações de medo no momento da exposição
ou durante a revivência. Os pais podem relatar mudanças emocionais ou
comportamentais. As crianças podem focar em intervenções imaginárias nos
seus jogos ou ao contar histórias. Além da evitação, elas podem ficar
apreensivas com lembranças. Diante às limitações das crianças para expressar
pensamentos e definir emoções, alterações negativas no humor ou na cognição,
elas tendem a envolver nas mudanças de humor.
As crianças podem vivenciar traumas concomitantes ao longo da vida, em
circunstâncias crônicas, talvez não conseguindo identificar o início da
sintomatologia. Pode acontecer restrição da brincadeira; participação reduzida
em novas atividades; ou evitar buscas sociais esperadas para cada idade.
Muitas vezes, os adolescentes podem julgar-se covardes. Também podem
apresentar um comportamento irritadiço ou agressivo, interferindo nas relações
com os sociais e escolar.
O tratamento do TEPT deve ser baseado, principalmente no suporte
psicoterápico (psicologia cognitivo-comportamental). Em algumas situações, há
necessidade de manejo farmacológico com objetivo de melhor tranquilização do
sofrimento psíquico. Geralmente utiliza-se os antidepressivos nestas situações,
podendo variar de acordo com o perfil e idade da pessoa. Não se pode pensar
em cuidado de uma pessoa com TEPT sem o adequado suporte psicoterápico.
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