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Amanda Fernandes- Turma XX

Problema 2 Módulo 1
Objetivo 1) Identificar a Síndrome Ansiosa. (Dalgalarrondo, 3ª edição, capítulo 31).

Epidemiologia

• As síndromes ansiosas são os transtornos mentais mais comum


• Prevalência na vida: Cerca de 17-30%
• SP e RJ: 18,8-20,8% da população possui algum transtorno de ansiedade e/ou fobias, nos últimos 12 meses; 27,7-
30,8% pelo menos uma vez na vida

Divisão

Síndromes ansiosas “puras”:

• Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): Ansiedade contínua e duradoura


• Crises de pânico: Crises de ansiedade súbitas, repentinas e mais ou menos intensas. Se ocorrerem repetidamente,
configura-se o transtorno de pânico.
Transtornos mentais com ansiedade com importância central ou muita relevância:

• Fobias
• Ansiedade social
• Estresse pós traumático
• Quadros dissociativos e conversivos
• Quadros hipocondríacos e de somatização
• Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
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Objetivo 2) Caracterizar a ansiedade (conceito e fisiopatologia). (Dalgalarrondo, 3ª edição, capítulo 31; DSM-V, página 189;
Fundamentos em psiquiatria, capítulo 5, página 89).

Conceito

Sensação de incômodo mental, agitação interna, temor ou preocupação com o futuro e sensações corporais, que podem
ser:

• Tontura • Tremores
• Xerostomia • Formigamentos
• Sensação de vazio no estômago • Câibras
• Aperto no peito • Urgência miccional
• Taquicardia • Cólicas abdominais sem doenças concomitantes
• Sudorese ou condições médicas que justifiquem a dor
• Calafrios
Medo x Ansiedade

Medo: Reação a um perigo específico e observável. Relaciona-se com um objeto causador, uma sensação de espanto ou
terror. É com frequência associado a períodos de excitabilidade autonômica aumentada, necessária para a luta ou fuga,
pensamentos de perigo imediato e comportamentos de fuga.
Ansiedade: Apreensão difusa, sem objeto claramente definido. É a antecipação de ameaça futura. Possui fatores
desencadeantes identificáveis, mas menos evidentes do que no medo. É com frequência associada a tensão muscular e
vigilância em preparação para perigo futuro e comportamentos de cautela e esquiva.

Tanto o medo, quanto a ansiedade, passam a ser patológicos a partir de momento que começam a causar prejuízo
sociofuncional ou sofrimento importante ao indivíduo. É normal termos medo ou ansiedade em determinadas
situações, mas não de modo excessivo e que cause danos.
Os transtornos de ansiedade diferem do medo e da ansiedade “normais” por serem excessivos ou por continuarem
além dos períodos apropriados.

Fisiopatologia

Perspectiva evolutiva:

• A principal função do medo e da ansiedade é sinalizar um perigo ou uma ameaça, gerando uma reação condizente
e adaptativa
• Em experimentos com animais:
❖ Ansiedade: Emoção relacionada ao comportamento de avaliar riscos em situações com perigo incerto
(ameaça potencial). Exemplo: Ambientes desconhecidos ou locais em que já teve um predador antes.
❖ Medo: Estratégias de defesa a uma certa distância do predador (ameaça distal). Exemplo: Animal se
depara com o predador e foge ou fica paradinho (congelamento).
• Gray e McNaughton (2000):
❖ Para que ocorra ansiedade, deve ter um conflito de aproximação-evitação
❖ Para que ocorra medo, não deve ter tendência para aproximação e a única motivação é escapar
❖ Pânico é a emoção relacionada com a reação intensa de fuga gerada por um perigo próximo (ameaça
proximal)
Neurobiologia:
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• A experiencia afetiva e as respostas comportamentais do medo e da ansiedade possuem relação com circuitos
cerebrais específicos
• Primeiras reações comportamentais em situações de medo ou ansiedade:
❖ Ativação do sistema nervoso autônomo
❖ Aumento do estado de alerta
❖ Inibição de comportamentos em andamento
• Locus ceruleus:
❖ Estrutura do tronco cerebral
❖ Importante no estado de alerta
❖ Muito responsivo a estímulos que provocam estresse
❖ Para ativar o locus ceruleus tem que ter estímulos ameaçadores, e não só estímulos novos ou
desconhecidos
❖ O locus ceruleus possui 2 tipos de ativação:
▪ Ativação tônica/ basal: Gera uma análise atenciosa do ambiente com resultados comportamentais
diversas e variáveis
▪ Ativação fásica: Gera a focalização da atenção e respostas estereotipadas
• O modelo de Gray traz que a suscetibilidade à ansiedade tem relação com o sistema de inibição comportamental
septo-hipocampal (SICS). Esse sistema é um dos fundamentais sistemas emocionais, além do sistema de
aproximação comportamental e do sistema de luta e fuga.
• Função primordial do sistema de inibição comportamental septo-hipocampal (SICS): Comparar o estímulo real e
o estímulo esperado. Se forem divergentes ou se o estímulo esperado for prejudicial, o SICS inibe os
comportamentos em andamento, aumentando o alerta e a atenção orientada ao ambiente.
• O SICS é ativado por estímulos novos, estímulos desconhecidos ou antecipação de punição (relação com
ansiedade antecipatória)
• Sistema noradrenérgico ascendente e o SICS parecem ter papeis adicionais.
❖ Sistema noradrenérgico ascendente: Mantem estado de alerta basal e reações a perigos próximos
❖ SICS: Aumenta o estado de alerta quando tem sinais de punição (estímulos condicionados) ou novo
estímulos
• Regiões cerebrais que quando estimuladas provocam (eliciam) respostas completas de medo:
❖ Áreas laterais e áreas centrais da amígdala
❖ Hipotálamo anterior e medial
❖ Áreas específicas da substância cinzenta periaquedutal (SCP)
• Essas 3 regiões formam o sistema executivo do medo, que começa na amígdala, passa pelo hipotálamo e termina
no SCP. A função desse sistema é:
❖ Desencadear reações de congelamento
❖ Desencadear reações de luta
❖ Desencadear reações de fuga
❖ Desencadear reações autonômicas
• O sistema executivo do medo recebe projeções serotoninérgicas que reduzem a chance de reações relacionadas
ao pânico aconteçam (explica a ação anti-pânico de drogas serotoninérgicas)
• Em um estudo recente, verificou-se que o padrão de ativação cerebral varia conforme a proximidade da ameaça.
❖ Ameaças mais distantes: Produziram ampliação na atividade do córtex pré-frontal e na amígdala lateral
(relação com ansiedade antecipatória)
❖ Ameaças proximais: Aumentaram a atividade na substância cinzenta peri-aquedutal (relação com pânico)
• Frederico Graeff propõe ação dual da serotonina na ansiedade, supondo que a serotonina aumentaria o medo
condicionado na amígdala e, ao mesmo tempo, inibiria reações inatas de medo mediadas pela substância cinzenta
periaquedutal.. A via serotoninégica ascendente originária no núcleo dorsal da rafe inerva a amígdala e o córtex
frontal, ajudando no medo condicionado. Já a via NDR-periventricular que inerva a substância cinzenta periaquedutal
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inibe as reações de luta e fuga inatas. Assim, a serotonina parece ter função moduladora na ansiedade, favorecendo
respostas complexas e aprendidas em detrimento de respostas estereotipadas e inatas.
• Achados típicos na ressonância magnética de pacientes com quadros ansiosos:
❖ Hiperatividade em algumas estruturas responsáveis por respostas de fuga/ esquiva e hiperatividade
autonômica (amígdala)
❖ Hipoatividade em estruturas que seriam responsáveis por suprimir estruturas mais primitivas como a
amígdala, diminuindo o medo (lobo pré-frontal)
• Fatores predisponentes para transtornos de ansiedade:
❖ Distinções individuais na sensibilidade a ameaças ou estresse
❖ Estratégias de como enfrentar
❖ Padrão das reações afetivas (temperamento)
Fatores genéticos:

• Risco de ocorrência de transtorno de pânico em parentes de primeiro grau de indivíduos com transtorno de
pânico é de, em média, 10%
• Risco de ocorrência de transtorno de pânico em parentes de não primeiro grau é de 2,1%
• 30-40% da variabilidade na expressão do transtorno de pânico depende da genética e o restante da porcentagem
depende de fatores ambientais
• Não tem evidência de um “gene da ansiedade”. Provavelmente, vários genes contribuem um pouquinho para a
vulnerabilidade biológica
Objetivo 3) Classificar e caracterizar os Transtornos de Ansiedade (transtorno de pânico, transtorno de ansiedade de
separação, fobia específica, TAG, fobia social, TOC, TEPT, Transtornos dissociativos/ conversivo) e Transtornos de
despersonalização/desrealização (Dalgalarrondo, 3ª edição, capítulo 31; DSM-V, página 189; Fundamentos em psiquiatria,
capitulo 5, página 89).

Transtorno de pânico

Paciente apresenta ataques de pânico inesperados periódicos e sempre está apreensivo ou preocupado com a chance
de ter novos ataques de pânico ou alterações geradas pelos ataques de pânico.

Pode ser acompanhado de agorafobia, que é o medo de desenvolver sintomas ansiosos em lugares em que a saída
pode ser difícil ou que não tenha ajuda disponível.

Epidemiologia

• Doença da idade adulta


• Idade de início possui distribuição bi-modal:
❖ Pico entre 15-24 anos
❖ Pico entre 45-54 anos
• Maior parte dos ataques de pânico inesperados acontecem durante ou um pouco depois da puberdade
• Incidência de ataques de pânico inesperados 2x maior em mulheres do que em homens

Ataques de pânico

É um tipo particular de resposta ao medo.


Episódios de medo acentuado e sintomas físicos e cognitivos. Depois que começa o ataque de pânico, os sintomas atingem
um pico rapidamente (em até 10 minutos) e possuem duração auto-limitada.
Os sintomas físicos podem ser:
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• Palpitação • Parestesia
• Sudorese • Tontura
• Tremor • Náusea
• Sensação de falta de ar ou sufocamento • Dor ou aperto no peito
Os sintomas cognitivos podem ser:

• Sensação de morte iminente • Medo de perder o controle


• Medo de ter um ataque cardíaco • Medo de enlouquecer
É necessário determinar se os ataques são situacionais ou são espontâneos e ocorreram ao longo quadro. Ter ataques
situacionais é essencial para diagnosticar transtorno de pânico.

• Ataques situacionais/ esperados: Possuem fatores desencadeantes específicos, como situações sociais ou
presença de objetos específico (inseto, animal, por exemplo).
• Ataques espontâneos/ inesperados: O ataque não ocorre por motivo aparente
Os ataques de pânico podem acontecer em qualquer transtorno de ansiedade e em outros transtornos mentais.

Diagnóstico

Critérios diagnósticos:
A. Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou
desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas:
1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia.
2. Sudorese.
3. Tremores ou abalos.
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento.
5. Sensações de asfixia.
6. Dor ou desconforto torácico.
7. Náusea ou desconforto abdominal.
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio.
9. Calafrios ou ondas de calor.
10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento).
11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo).
12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.
13. Medo de morrer.
O paciente pode apresentar sintomas específicos da cultura (dor na nuca, gritos etc), que não devem contar como
um dos quatro sintomas exigidos.
B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as seguintes características:
1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências (p.
ex., perder o controle, ter um ataque cardíaco, “enlouquecer”).
2. Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques (p. ex., comportamentos que
têm por finalidade evitar ter ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas).
C. A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento)
ou de outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares).
D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., os ataques de pânico não ocorrem
apenas em resposta a situações sociais temidas, como no transtorno de ansiedade social; em resposta a objetos ou
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situações fóbicas circunscritas, como na fobia específica; em resposta a obsessões, como no transtorno obsessivo-
compulsivo; em resposta à evocação de eventos traumáticos, como no transtorno de estresse pós-traumático; ou em
resposta à separação de figuras de apego, como no transtorno de ansiedade de separação).
Características diagnósticas:

• As interpretações culturais podem influenciar a designação do ataque de pânico como esperado ou inesperado
• O paciente pode ter ataques moderadamente frequentes durante meses (EX: 1 por semana), pequenos surtos
de ataques mais frequentes durante muitos anos (EX: todo dia).
• O paciente pode ter sintomas completos (4 ou mais sintomas) ou sintomas limitados (menos de 4 sintomas). No
entanto, o paciente precisa ter um ataque completo inesperado para ser feito o diagnóstico.
• Preocupações acerca dos ataques de pânico:
❖ Preocupações físicas (EX: Doença cardíaca, transtorno convulsivo)
❖ Preocupações pessoais, como constrangimento ou medo de ser julgado
❖ Preocupações acerca do funcionamento mental, como medo de “enlouquecer”
É comum o paciente com transtorno de pânico passar por até 10 médicos de diferentes especialidades e esperar
até 10 anos para receber diagnóstico correto.

Diagnóstico diferencial

• Outro transtorno de ansiedade especificado ou transtorno de ansiedade não especificado


• Transtorno de ansiedade devido a outra condição médica
• Transtorno de ansiedade induzido por substância/medicamento
• Outros transtornos mentais com ataques de pânico como característica associada

Desenvolvimento e curso

• Idade média de inicio nos EUA: 20-24 anos


• Pouco casos na infância e pouquíssimos após 45 anos
• Curso habitual em transtorno não tratado é crônico com oscilações
• Alguns pacientes podem ter surtos episódicos com anos de remissão entre eles. Outros pacientes podem ter
sintomas graves contínuos.
• Uma minoria dos pacientes possui remissão completa sem recaída.
• Os adolescentes podem ser menos preocupados com os ataques de pânico do que os jovens adultos

Fatores de risco

Temperamentais:

• Fatores de risco para começo dos ataques de pânico:


❖ Afetividade negativa (neuroticismo)
❖ Sensibilidade à ansiedade
❖ Histórico de “períodos de medo” (ataques de pânico com sintomas limitados, ou seja, menos de 4
sintomas)
Ambientais:

• Abuso sexual
• Abuso físico
• Tabagismo
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• Estressores interpessoais e estressores relacionados com o bem estar-físico (drogas ilícitas, drogas de prescrição,
doença ou morte na família)
Genéticos e fisiológicos:

• Vários genes causam suscetibilidade


• Filhos de pais com transtorno de ansiedade, depressivo e bipolar
• Distúrbios respiratórios, como asma

Tratamento transtorno de pânico

• O objetivo é suprimir os ataques e diminuir o comportamento de esquiva, ansiedade antecipatória e hipervigilância


• Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina são a primeira escolha (melhor perfil de efeitos colaterais,
mais seguros em superdosagem e possuem efeito antidepressivo), mas apenas a Sertralina e a Paroxetina são
aprovados
• Os pacientes com transtorno de pânico são mais vulneráveis ao efeito de hiperexcitação inicial gerado pelos
inibidores seletivos da recaptação de serotonina. Por isso, deve-se começar com progressão de doses,
cuidadosamente (pode começar com metade ou até ¼ da dose que seria usada no tratamento da depressão)
• O tratamento deve ser mantido por, no mínimo, 1 ano, uma vez que existem grandes chances de recaída depois
de tirar o medicamento
• O principal fator de abandono do tratamento são os efeitos colaterais
• Os benzodiazepínicos também são eficazes, mas tem altas chances de recorrência do transtorno depois que para
de tomar, assim como risco de dependência iatrogênica e falta de ação antidepressiva. Além disso, deve-se
considerar que essa classe interfere com a eficácia da terapia comportamental-cognitva.
• Pode usar benzodiazepínico, mas com cautelo e por tempo limitado. As principais indicações dos benzodiazepínicos
são:
❖ Uso combinado com antidepressivos no começo do tratamento
❖ Uso intermitente em períodos de exacerbação dos sintomas
• Os benzodiazepínicos aprovados são: Alprazolam (liberação controlada) e Clonazepam (meia vida longa)
• Os efeitos colaterais dos triciclos são fatores limitantes dos seus usos:
❖ Xerostomia
❖ Obstipação intestinal
❖ Hipotensão postural
❖ Ganho de peso
❖ Disfunção sexual
❖ Risco de cardiotoxicidade em superdosagem
• A Tranilcipromina (inibidora irreversível da enzima monoaminoxidase) também é eficaz, mas o paciente tem que
adotar aquela dieta pobre em tiramina (queijo, vinho) e o risco de crise hipertensiva.
• Técnicas cognitivas e/ou comportamentais são eficazes em 75-95% dos pacientes:
❖ Técnicas de relaxamento
❖ Reestruturação cognitiva
❖ Exposição gradual

Transtorno de ansiedade de separação

Epidemiologia

• Prevalência de 12 meses nos EUA em adultos é de 0,9-1,9%


• Prevalência de 6-12 meses nos EUA em crianças é de 4%
• Prevalência de 12 meses nos EUA em adolescente é de 1,6%
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• É o transtorno mais prevalente em crianças com menos de 12 anos
• É comum em ambos os sexos, mas é mais frequente no sexo feminino

Diagnóstico

Critérios diagnósticos:
A. Medo ou ansiedade impróprios e excessivos em relação ao estágio de desenvolvimento, envolvendo a separação
daqueles com quem o indivíduo tem apego, evidenciados por três (ou mais) dos seguintes aspectos:
1. Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de afastamento de casa ou de figuras
importantes de apego.
2. Preocupação persistente e excessiva acerca da possível perda ou de perigos envolvendo figuras importantes
de apego, tais como doença, ferimentos, desastres ou morte.
3. Preocupação persistente e excessiva de que um evento indesejado leve à separação de uma figura
importante de apego (p. ex., perder-se, ser sequestrado, sofrer um acidente, ficar doente).
4. Relutância persistente ou recusa a sair, afastar-se de casa, ir para a escola, o trabalho ou qualquer outro lugar,
em virtude do medo da separação.
5. Temor persistente e excessivo ou relutância em ficar sozinho ou sem as figuras importantes de apego em
casa ou em outros contextos.
6. Relutância ou recusa persistente em dormir longe de casa ou dormir sem estar próximo a uma figura
importante de apego.
7. Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação.
8. Repetidas queixas de sintomas somáticos (p. ex., cefaleias, dores abdominais, náusea ou vômitos) quando a
separação de figuras importantes de apego ocorre ou é prevista.
B. O medo, a ansiedade ou a esquiva é persistente, durando pelo menos quatro semanas em crianças e adolescentes
e geralmente seis meses ou mais em adultos.
C. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, acadêmico,
profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental, como a recusa em sair de casa devido à
resistência excessiva à mudança no transtorno do espectro autista; delírios ou alucinações envolvendo a separação
em transtornos psicóticos; recusa em sair sem um acompanhante confiável na agorafobia; preocupações com
doença ou outros danos afetando pessoas significativas no transtorno de ansiedade generalizada; ou preocupações
envolvendo ter uma doença no transtorno de ansiedade de doença.
Características diagnósticas:

• Características essencial: Medo ou ansiedade em excesso envolvendo a separação de casa ou de figuras de


apego.
• A criança possui dificuldade na hora de dormir e pode pedir que alguém fique junto até que ela durma
• A criança pode apresentar resistência ou recusar acampamentos, dormir na casa de amigos ou executar tarefas
• Os adultos podem se sentir desconfortáveis quando viajam sozinhos
• É comum a criança apresenta sintomas físicos quando ocorre ou quando tem previsão para separar das figuras
de apego.
• Sintomas cardiovasculares são raros em crianças menores, mas podem acontecer em adolescentes e adultos.

Diagnóstico diferencial

• Transtorno de ansiedade generalizada • Transtorno de ansiedade social


• Transtorno de pânico • Transtorno de estresse pós-traumático
• Agorafobia • Transtorno de ansiedade de doença
• Transtorno da conduta • Luto
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• Transtorno depressivo e bipolar • Transtornos psicóticos
• Transtorno de oposição desafiante • Transtornos da personalidade

Desenvolvimento e curso

• Períodos de exacerbação na ansiedade fazem parte da fase inicial do desenvolvimento normal e podem indicar
o estabelecimento de relações de apego segura
• O transtorno pode acontecer em idade pré-escolar e em qualquer momento da infância e mais raro na
adolescência
• Geralmente, há períodos de exacerbação e remissão
• Pode persistir até a vida adulta, mas a maioria cessa
• As manifestações do transtorno variam com a idade
• Em adultos, o transtorno pode limitar a capacidade de enfrentar mudanças, como por exemplo, mudar de casa
ou casar
• Os adultos com o transtorno são, em geral, muito preocupados com seus filhos e cônjuges

Fatores de risco

Ambientais:

• Estresse vital, em especial, uma perda (morte de parente, morte de animal de estimação, doença de um parente,
mudança de escola, mudanças de bairro, imigração, sair da casa dos pais, tornar-se pai)
• Superproteção parental
• Intromissão parental
Genéticos e fisiológicos:

• O transtorno de ansiedade de separação em crianças pode ser herdado


• Herdabilidade em 73%, com maiores taxas em meninas
• Sensibilidade aumentada à estimulação respiratória usando ar enriquecido com CO2

Fobia específica

Conceito

Condição em que certo objeto ou situação causa ansiedade extrema e/ou medo, bem como comportamento de
fuga/esquiva do objeto fobicogênico (sangue, injeção, altura, animais, voar etc).

O simples medo não é uma fobia. Para ser fobia, deve ter dano funcional e/ou sofrimento significativo ao paciente ou
terceiros.

Epidemiologia

• Prevalência de 4,8% ao longo da vida


• Prevalência de 12 meses nos EUA é de 7-9%
• Prevalência é menor em indivíduos mais velhos (3-5%)
• Mulheres são 2x mais afetadas que os homens, mas a taxa varia conforme o estímulo fóbico
❖ Fobia de animais, ambientes naturais e situacionais predominam nas mulheres
❖ Fobia por sangue-injeção-ferimentos é igual nos dois gêneros

Diagnóstico
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Critérios diagnósticos:
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação (p. ex., voar, alturas, animais, tomar uma injeção,
ver sangue).
Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser expresso por choro, ataques de raiva, imobilidade ou comportamento de
agarrar-se.
B. O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma resposta imediata de medo ou ansiedade.
C. O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento.
D. O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou situação específica
e ao contexto sociocultural.
E. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração mínima de seis meses.
F. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,
profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
G. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental, incluindo medo, ansiedade
e esquiva de situações associadas a sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes (como na
agorafobia); objetos ou situações relacionados a obsessões (como no transtorno obsessivo-compulsivo); evocação
de eventos traumáticos (como no transtorno de estresse pós-traumático); separação de casa ou de figuras de
apego (como no transtorno de ansiedade de separação); ou situações sociais (como no transtorno de ansiedade
social).
Características diagnósticas:

• As categorias das situações/objetos temidos pelo paciente são chamados de especificadores


• Muitos pacientes possuem fobia de mais de um especificador
• O medo/ ansiedade podem assumir forma de ataque de pânico completo ou limitado
• O grau de medo ou ansiedade expresso por variar nas diferentes situações em que o individuo tem contato com
o objeto/situação fobicogênico
• O contexto sociocultural do paciente deve ser considerado

Diagnóstico diferencial

• Agorafobia • Transtornos relacionados a trauma e estressores


• Transtorno de ansiedade social • Transtornos alimentares
• Transtorno de ansiedade de separação • Transtornos do espectro da esquizofrenia e
• Transtorno de pânico outros transtornos psicóticos
• Transtorno obsessivo-compulsivo
Desenvolvimento e curso

• Ocasionalmente, começa depois de um evento traumático, por observar outras pessoas que passam por um
evento traumático, por um ataque de pânico inesperado na situação temida ou por transmissão de informações.
Todavia, muitas pessoas não conseguem lembrar o motivo de terem determinada fobia
• Em geral, começa no inicio da infância, antes dos 10 anos
• Idade média de início: 7-11 anos, com média de 10 anos
• As fobias específicas situacionais tendem a começar mais tarde do que as fobias específicas de ambiente natural,
animais ou sangue-injeção-ferimentos
• As que começam na infância e adolescência tem chance de ter remissão. Já as que persistem ate a vida adulta,
provavelmente não vão ter remissão na maior parte dos pacientes
• Considerar duas coisas no diagnóstico na criança:
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1. Crianças pequenas podem expressar medo e ansiedade chorando, com ataques de raiva, imobilidade ou
comportamento de agarrar-se
2. As crianças, em geral, não conseguem compreender o conceito de esquiva
• Considerações no diagnóstico no velho:
1. Pacientes mais velhos podem ter mais chance de aceitar fobias específicas do ambiente natural e de quedas
2. Tende a ocorrer em comorbidade com condições médicas em pacientes mais velhos, como DPOC.
3. Pacientes mais velhos tem mais chance de atribuir os sintomas de ansiedade às condições médicas
4. Paciente mais velhos tem mais chance de manifestar ansiedade de modo atípico, tendo maior chance de
justificar um diagnóstico de transtorno de ansiedade não especificado

Fatores de risco

Temperamentais:

• Afetividade negativa
• Inibição comportamental
Ambientais:

• Superproteção parental
• Perda parental
• Separação parental
• Abuso físico
• Abuso sexual
Genéticos e fisiológicos:

• Pode ter suscetibilidade genética para determinada categoria de fobia específica (EX: Paciente com parente de
primeiro grau com fobia específica de animal tem mais chance de desenvolver essa mesma fobia do que outras)
• Pacientes com fobia sangue-injeção-ferimentos possuem mais chance de síncope vasovagal na presença dos
estímulos fóbicos

Tratamento da fobia específica e fobia social

• Primeira escolha: Terapia comportamental-cognitiva, a fim de dessensibilizar o paciente do objeto fobicogênico,


reduzindo comportamentos de fuga/evitação e o sofrimento causando pelo enfrentamento
• Em alguns pacientes, a exposição a situações sociais é inevitável antes que o tratamento faça efeito. Nesses
casos, pode-se usar Propranolol minutos antes da exposição, diminuindo efeitos periféricos da adrenalina, como
tremor e taquicardia.
• Em casos extremos de enfrentamento inadiável, pode-se usar benzodiazepínicos um pouco antes do contato
com a situação fobicogênica. Deve ficar claro que os benzodiazepínicos causam prejuízo à cognição e motricidade,
além de prejudicar o efeito das terapias de exposição. Por isso, deve ser usado com cautela.

Transtorno de ansiedade generalizada

Conceito

O paciente apresenta preocupação excessiva com questões do cotidiano, como saúde, filhos, futuro, finanças, trabalho
etc.
É um transtorno crônico em que o paciente apresenta ansiedade excessiva e preocupações na maioria dos dias por pelo
menos 6 meses. Os pacientes apresentam sintomas físicos e psicológicos como:
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• Tensão muscular • Desejo frequente de urinar
• Mãos úmidas e frias • Dor no copo
• Xerostomia • Irritabilidade
• Sudorese • Insônia
• Náusea • Dificuldade de concentração
• Diarreia • Falhas na memória

Epidemiologia

• Prevalência de 3,5% ao longo da vida


• Prevalência de 12 meses nos EUA entre adolescentes é de 0,9%
• Prevalência de 12 meses nos EUA entre adultos é de 2,9%
• Risco de morbidade é de 9%
• Mulheres tem 2x mais chance de desenvolverem TAG do que homens
• Prevalência do diagnóstico tem seu pico na meia-idade e diminui com o envelhecimento

Diagnóstico

Critérios diagnósticos:
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos
seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos
alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses) (Nas crianças pode ser apenas 1 sintoma)
1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele.
2. Fatigabilidade.
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente
4. Irritabilidade.
5. Tensão muscular.
6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo o prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou
a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo).
F. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., ansiedade ou preocupação quanto
a ter ataques de pânico no transtorno de pânico, avaliação negativa no transtorno de ansiedade social [fobia social],
contaminação ou outras obsessões no transtorno obsessivo-compulsivo, separação das figuras de apego no
transtorno de ansiedade de separação, lembranças de eventos traumáticos no transtorno de estresse pós-
traumático, ganho de peso na anorexia nervosa, queixas físicas no transtorno de sintomas somáticos, percepção
de problemas na aparência no transtorno dismórfico corporal, ter uma doença séria no transtorno de ansiedade
de doença ou o conteúdo de crenças delirantes na esquizofrenia ou transtorno delirante).
Características diagnósticas:

• Características essenciais: Ansiedade e preocupações em excesso acerca de diversos eventos ou atividades.


• O paciente tem dificuldade de controlar a preocupação e de evitar que pensamentos preocupantes interfiram na
atenção direcionadas às tarefas em questão
• Características de diferenciam TAG de ansiedade não patológica:
❖ Na TAG, as preocupações são excessivas e interferem na funcionalidade
❖ Na ansiedade não patológica, as preocupações não são excessivas e são manejáveis
Amanda Fernandes- Turma XX
❖ As preocupações diárias são menos prováveis de serem acompanhadas de sintomas físicos

Diagnóstico diferencial

• Transtorno de ansiedade devido a outra • Transtorno obsessivo-compulsivo


condição médica • Transtorno de estresse pós-traumático e
• Transtorno de ansiedade induzido por substância transtornos de adaptação
medicamento • Transtornos depressivo, bipolar e psicótico
• Transtorno de ansiedade social
Desenvolvimento e curso

• Idade média de início: 30 anos


• Raramente começa antes da adolescência
• Os sintomas tender a ser crônicos e possuem remissões e recidivas durante a evolução
• A remissão total é incomum
• A manifestação clínica tende a ser consistente, o que muda entre as faixas etárias é o conteúdo da preocupação
❖ Crianças e adolescentes: Preocupam mais com escola e desempenho esportivo
❖ Adultos: Preocupam com o bem-estar familiar e de sua saúde física

Fatores de risco

Temperamentais:

• Inibição comportamental
• Afetividade negativa
• Evitação de danos
Ambientais:

• Adversidade na infância
• Superproteção parental
Genéticos e fisiológicos:

• 1/3 do risco de TAG é genético

Tratamento TAG

• Alguns autores consideram a Venlafaxina (inibidor de recaptura de serotonina e noradrenalina) como primeira linha
• A Paroxetina e o Escitalopram são os inibidores seletivos de recaptação de serotonina aprovados até o momento,
sendo a Paroxetina a mais estudada para TAG
• Alguns estudos mostram eficácia de: Sertalina, Fluvoxamina, Citalopram, Escitalopram
• Os inibidores seletivos da receptação da serotonina são eficazes, seguros e bem tolerados, por isso são a primeira
linha. Vale lembrar que demoram cerca de 2-4 semanas para começar o efeito terapêutico.
• Imipramina é eficaz no tratamento da TAG, sendo mais eficaz que o Diazepam
• Limitação no uso de tricíclicos devido efeitos colaterais e risco de cardiotoxicidade
• Benzodiazepínicos possuem rápido inicio de ação na TAG, superior aos antidepressivos nas primeiras 6 semanas
de tratamento. No entanto, tem algumas restrições no uso, como risco de abuso, taxa de recaída e não atingir
remissão
• Os benzodiazepínicos são mais eficazes nos sintomas somáticos e autonômicos e menos eficazes nos sintomas
cognitivos primários (preocupações excessivas, antecipação catastrófica)
• Os benzodiazepínicos não possuem ação antidepressiva
Amanda Fernandes- Turma XX
• Mesmo quando escolher antidepressivo, é uma boa usar benzodiazepínico no começo do tratamento e vai tirando
de modo gradual
• Os benzodiazepínicos também podem ser usados de modo intermitente nos períodos de sintomas exacerbados
• A Buspirona é muito usada (agonista parcial de receptores de serotonina) e atua nos sintomas cognitivos da TAG,
não possuem ação antidepressiva e não possuem eficácia a longo prazo

Fobia social

Conceito

O paciente teme exposições sociais (EX: falar em público, comer em público, ficar em fila de banco etc), apresentando
ansiedade exagerada e/ou medo e comportamentos de fuga/esquiva.
A fobia social pode ser:

• Generalizada, que é quando o paciente teme a maioria das situações sociais.


• Circunscrita, que é quando o paciente teme algumas situações

Epidemiologia

• Prevalência de 12 meses nos EUA é de 7%


• É mais comum em mulheres do que em homens
• A diferença de gênero é mais marcante em adolescentes e jovens adultos

Diagnóstico

Critérios diagnósticos:
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível
avaliação por outras pessoas. Exemplos incluem interações sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas
que não são familiares), ser observado (p. ex., comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante de
outros (p. ex., proferir palestras).
B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente (i.e., será
humilhante ou constrangedor; provocará a rejeição ou ofenderá a outros).
C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.
D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade.
E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural.
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,
profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de
abuso, medicamento) ou de outra condição médica.
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental, como
transtorno de pânico, transtorno dismórfico corporal ou transtorno do espectro autista.
J. Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, obesidade, desfiguração por queimaduras ou ferimentos)
está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente não relacionado ou é excessivo.
Características diagnósticas:

• Característica essencial: Medo/ ansiedade acentuado ou intensos de situações sociais nas quais o individuo pode
ser avaliado pelos outros.
Amanda Fernandes- Turma XX
• Quando ir exposto a essas situações sociais, o paciente tem medo de ser avaliado negativamente e ser julgado
como ansioso, débil, maluco, estúpido, enfadonho, amedrontado, sujo ou desagradável
• O paciente com medo de tremer as mãos pode evitar beber, comer, escrever, apontar em público
• O paciente com medo de ficar vermelho pode evitar desempenho em púbico, luzes brilhantes ou discussão sobre
tópicos íntimos
• O paciente com medo de transpirar pode evitar aperto de mãos, comer alimentos picantes
• A esquiva do paciente pode ser abrangente (EX: Recusar ir em festas, recusar ir pra escola) ou sutil (EX: Preparar
excessivamente para um discurso, limitando o contato visual)

Diagnóstico diferencial

• Timidez normal • Transtorno depressivo maior


• Agorafobia • Transtorno dismórfico corporal
• Transtorno de pânico • Transtorno delirante
• Transtorno de ansiedade generalizada • Transtorno de espectro autista
• Transtorno de ansiedade de separação • Transtornos da personalidade
• Fobias específicas • Outros transtornos mentais
• Mutismo seletivo
Curso e desenvolvimento

• Idade média de início nos EUA: 13 anos


• 75% dos pacientes começam com 8-15 anos
• O começo pode ser depois de uma experiencia estressante ou humilhante
• O começo na via adulta é mais raro e é mais provável de acontecer depois de um evento estressante ou
humilhante ou depois de mudanças na vida de exigem novos papeis sociais
• Os adolescentes possuem padrão mais amplo de medo e esquiva
• Em adultos mais velhos, a fobia social pode ter relação com a incapacidade devido declínio funcional, vergonha da
própria aparência ou devido condições médicas.

Fatores de risco

Temperamentais:

• Inibição comportamental
• Medo de avaliação negativa
Ambientais:

• Maus-tratos
• Adversidades na infância
Genéticos e fisiológicos:

• A influência genética está sujeita à interação gene-ambiente. Logo, crianças com alta inibição comportamental
são mais propensas às influências ambientais
• A fobia social pode ser herdada
• Parentes de primeiro grau possuem 2-6x de chance maior de ter a fobia social

Tratamento da fobia específica e fobia social


Amanda Fernandes- Turma XX
• Primeira escolha: Terapia comportamental-cognitiva, a fim de dessensibilizar o paciente do objeto fobicogênico,
reduzindo comportamentos de fuga/evitação e o sofrimento causando pelo enfrentamento
• Em alguns pacientes, a exposição a situações sociais é inevitável antes que o tratamento faça efeito. Nesses
casos, pode-se usar Propranolol minutos antes da exposição, diminuindo efeitos periféricos da adrenalina, como
tremor e taquicardia.
• Em casos extremos de enfrentamento inadiável, pode-se usar benzodiazepínicos um pouco antes do contato
com a situação fobicogênica. Deve ficar claro que os benzodiazepínicos causam prejuízo à cognição e motricidade,
além de prejudicar o efeito das terapias de exposição. Por isso, deve ser usado com cautela.

Transtorno de estresse pós traumático

Conceito

O paciente viveu, testemunhou ou foi confrontado com um ou mais eventos que envolveram morte ou grave ferimento,
reais ou ameaçados, ou uma ameaça à integridade física, própria ou de outros.
É importante diferenciar o evento traumático do evento vital. O evento vital é pontual e muito estressante, mas não tem
ameaça iminente à vida ou integridade física (EX: perda de emprego, término de relacionamento).
Também é importante diferenciar trauma agudo e pontual de estresse crônico (EX: Dificuldades conjugais, problemas
financeiros).

Epidemiologia

• Apenas 25% das pessoas que sofreram um ou mais traumas desenvolverão TEPT
• Prevalência ao longo da vida: 8-9%
• A prevalência em 12 meses entre adultos nos EUA é de, aproximadamente, 3,5%

Diagnóstico

Critérios diagnósticos para pacientes acime de 6 anos.


A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual em uma (ou mais) das
seguintes formas:
1. Vivenciar diretamente o evento traumático.
2. Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com outras pessoas.
3. Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo próximo. Nos casos de episódio concreto ou
ameaça de morte envolvendo um familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha sido violento ou acidental.
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos do evento traumático (p. ex., socorristas que
recolhem restos de corpos humanos; policiais repetidamente expostos a detalhes de abuso infantil).
O Critério A4 não se aplica à exposição por meio de mídia eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal
exposição esteja relacionada ao trabalho.
B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados ao evento traumático, começando depois
de sua ocorrência:
1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento traumático.

Em crianças acima de 6 anos de idade, pode ocorrer brincadeira repetitiva na qual temas ou aspectos do evento
traumático são expressos
Amanda Fernandes- Turma XX
2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o sentimento do sonho estão relacionados ao
evento traumático.
3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo sente ou age como se o evento traumático
estivesse ocorrendo novamente. (Essas reações podem ocorrer em um continuum, com a expressão mais
extrema na forma de uma perda completa de percepção do ambiente ao redor.)

Em crianças, pode haver pesadelos sem conteúdo identificável.

Em crianças, a reencenação específica do trauma pode ocorrer na brincadeira.

4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição a sinais internos ou externos que simbolizem
ou se assemelhem a algum aspecto do evento traumático.
5. Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto
do evento traumático.
C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando após a ocorrência do evento,
conforme evidenciado por um ou ambos dos seguintes aspectos:
1. Evitação ou esforços para evitar recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou
associados de perto ao evento traumático.
2. Evitação ou esforços para evitar lembranças externas (pessoas, lugares, conversas, atividades, objetos,
situações) que despertem recordações, pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca de ou associados
de perto ao evento traumático.
D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento traumático começando ou piorando depois
da ocorrência de tal evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:
1. Incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento traumático (geralmente devido a amnésia
dissociativa, e não a outros fatores, como traumatismo craniano, álcool ou drogas).
2. Crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a respeito de si mesmo, dos outros e do
mundo (p. ex., “Sou mau”, “Não se deve confiar em ninguém”, “O mundo é perigoso”, “Todo o meu sistema
nervoso está arruinado para sempre”).
3. Cognições distorcidas persistentes a respeito da causa ou das consequências do evento traumático que levam
o indivíduo a culpar a si mesmo ou os outros.
4. Estado emocional negativo persistente (p. ex., medo, pavor, raiva, culpa ou vergonha).
5. Interesse ou participação bastante diminuída em atividades significativas.
6. Sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos outros.
7. Incapacidade persistente de sentir emoções positivas (p. ex., incapacidade de vivenciar sentimentos de
felicidade, satisfação ou amor).
E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao evento traumático, começando ou piorando
após o evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:
1. Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou nenhuma provocação) geralmente expressos
sob a forma de agressão verbal ou física em relação a pessoas e objetos.
2. Comportamento imprudente ou autodestrutivo.
3. Hipervigilância.
4. Resposta de sobressalto exagerada.
5. Problemas de concentração.
6. Perturbação do sono (p. ex., dificuldade para iniciar ou manter o sono, ou sono agitado).
F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês.
G. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo social, profissional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo.
H. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., medicamento, álcool) ou a outra
condição médica.
Amanda Fernandes- Turma XX
1. Despersonalização: Experiências persistentes ou recorrentes de sentir-se separado e como se fosse um
observador externo dos processos mentais ou do corpo (p. ex., sensação de estar em um sonho; sensação
de irrealidade de si mesmo ou do corpo ou como se estivesse em câmera lenta).
2. Desrealização: Experiências persistentes ou recorrentes de irrealidade do ambiente ao redor (p. ex., o mundo
ao redor do indivíduo é sentido como irreal, onírico, distante ou distorcido).
Características diagnósticas:

• Característica essencial: Desenvolvimento de sintomas característicos depois do paciente ser exposto a um ou


mais eventos traumáticos.
• As reações emocionais ao evento traumático não fazem mais parte do critério A
• A apresentação clínica do TEPT varia.
• Uma doença potencialmente fatal ou uma condição clínica debilitante não são necessariamente eventos
traumáticos
• As lembranças intrusivas (ficar lembrando do trauma) no TEPT diferem-se das ruminações depressivas no sentido
de que só se aplicam a recordações angustiantes involuntárias e intrusivas.
• Estímulos associados ao trauma são evitados de modo persistente

Diagnóstico diferencial

• Transtornos de adaptação • Transtornos de personalidade


• Outros transtornos e condições pós-traumáticas • Transtornos dissociativos
• Transtorno de estresse agudo • Transtorno conversivo
• Transtornos de ansiedade e transtorno • Transtornos psicóticos
obsessivo-compulsivo • Lesão cerebral traumática
• Transtorno depressivo maior
Desenvolvimento e curso

• Pode ocorrer em qualquer idade a partir do primeiro ano de vida


• Sintomas, em geral, manifestam-se nos 3 primeiros meses depois do trauma, mas pode demorar até anos
• Os sintomas e a predominância relativa podem variar com o tempo
• A duração dos sintomas varia:
❖ Metade dos adultos recuperam 100% em 3 meses
❖ Alguns pacientes ficam sintomáticas por mais de 1 ano e, em algumas vezes, por mais de 50 anos
• A recorrência dos sintomas pode acontecer em resposta a recordações do trauma, estressores na vida ou
experiencia de eventos traumáticos novos
• Em pacientes velhos, a deterioração da saúde, o declínio cognitivo e o isolamento social podem exacerbar os
sintomas do TEPT
• Antes dos 6 anos, o paciente é mais propenso a expressar sintomas de revivência por meio da brincadeira
• O comportamento irritadiço ou agressivo em crianças e adolescentes pode interferir nas relações com os colegas
na conduta escolar
• O comportamento imprudente pode levar a lesões acidentais a si mesmo ou outras pessoas, busca de emoções
fortes ou comportamentos de alto risco

Fatores de risco

Pré-traumáticos
Temperamentais:

• Problemas emocionais na infância até 6 anos de idade


Amanda Fernandes- Turma XX
• Transtornos mentais prévios
Ambientais:

• Status socioeconômico mais baixo


• Grau de instrução inferior
• Exposição anterior a trauma, em especial na infância
• Adversidades na infância
• Características culturais
• Inteligência inferior
• Status de minoria racial/ étnica
• História psiquiátrica familiar
Genéticos e fisiológicos:

• Gênero feminino
• Idade mais jovem no momento da exposição ao trauma (para adultos)
• Alguns genótipos podem ser protetores ou promotores do risco de TEPT
Peritraumáticos
Ambientais:

• Gravidade do trauma
• Ameaça percebida à vida
• Lesão pessoal
• Violência interpessoal
• Testemunhar atrocidades
Pós-trumáticos
Temperamentais:

• Avaliações negativas
• Estratégias de enfrentamento inapropriadas
• Desenvolvimento de transtorno de estresse agudo
Ambientais:

• Exposição subsequente a lembranças desagradáveis repetidas


• Eventos de vida adversos subsequentes
• Perdas financeiras
• Perdas relacionadas ao trauma

Tratamento transtorno de estresse pós traumático

• Primeira escolha: Uso de inibidor seletivo da recaptação de serotonina. Os tricíclicos devem ser primeira escolha
somente quando não tiver inibidor seletivo da recaptação de serotonina disponível.
• A terapia comportamental cognitiva é uma opção aos inibidores seletivos da recaptação da serotonina. Para
escolher entre os dois, depende:
❖ Escolha do paciente
❖ Disponibilidade de profissionais capacitados a oferecer a terapia ou o tratamento medicamentoso
❖ Gravidade do caso
❖ Comorbidades
Amanda Fernandes- Turma XX
❖ Tolerabilidade aos medicamentos
• O tratamento deve ser por pelo menos 1 ano, adequando a dose para evitar remissão dos sintomas
• Se depois de 4-6 semanas não tiver remissão dos sintomas:
1. Aumentar a dose até a máxima que o paciente tolerar.
2. Se mesmo assim não der certo, pensar em associar ou trocar a medicação
• A Mirtazapina (noradrenérgico e serotonérgico seletivo) também é eficaz, principalmente nos problemas de sono
do transtorno de estresse pós traumático
• Os inibidores da enzima monoaminoxidase também são eficazes, mas com menos consistência
• Se tiver usando a dose máxima e mesmo assim um sintoma específico persistir, usar um fármaco específico
para esse sintoma.
❖ Insônia e pesadelos persistentes > Doses baixas de antipsicóticos ou antidepressivos sedativos, como
tricíclicos e Mirtazapina; Pode-se usar também os antagonistas alfa 1 adrenpergicos, em especial o Prazosin
❖ Sintomas psicóticos > Antipsicóticos, dando preferência para Olanzapina, Risperidona e Quetiapina
• Os benzodiazepínicos podem ser usado como coadjuvantes, sendo uteis nos sintomas associados como outras
condições ansiosas ou insônia
Amanda Fernandes- Turma XX

Transtornos dissociativos/conversivos

Conceito

Perturbação e/ou descontinuidade da integração normal de consciência, memória, identidade, emoção, percepção,
representação corporal, controle motor e comportamento.
Os transtornos dissociativos são:

• Transtorno dissociativo de identidade


• Amnésia dissociativa
• Transtorno de despersonalização/desrealização
• Outro transtorno dissociativo especificado
• Transtorno dissociativo não especificado

Transtornos de despersonalização/ Desrealização

Conceito

Despersonalização (distanciamento da mente, de si ou do corpo) e/ou desrealização (distanciamento do ambiente) de


modo persistente e recorrente.

Epidemiologia

• Metade dos adultos já sofreu pelo menos 1 episódio na vida de despersonalização/ desrealização.

Diagnóstico

Critérios diagnósticos:
A. Presença de experiências persistentes ou recorrentes de despersonalização, desrealização ou
ambas:
1. Despersonalização: Experiências de irrealidade, distanciamento ou de ser um observador externo dos próprios
pensamentos, sentimentos, sensações, corpo ou ações (p. ex., alterações da percepção, senso distorcido do
tempo, sensação de irrealidade ou senso de si mesmo irreal ou ausente, anestesia emocional e/ou física).
Amanda Fernandes- Turma XX
2. Desrealização: Experiências de irrealidade ou distanciamento em relação ao ambiente ao redor (p. ex., indivíduos
ou objetos são vivenciados como irreais, oníricos, nebulosos, inertes ou visualmente distorcidos).
B. Durante as experiências de despersonalização ou desrealização, o teste de realidade permanece intacto.
C. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em
outras áreas importantes da vida do indivíduo.
D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento)
ou a outra condição médica (p. ex., convulsões).
E. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental, como esquizofrenia, transtorno de pânico,
transtorno depressivo maior, transtorno de estresse agudo, transtorno de estresse pós-traumático ou outro
transtorno dissociativo.

Diagnóstico diferencial

• Transtorno de ansiedade de doença


• Transtorno depressivo maior
• Transtorno obsessivo-compulsivo
• Outros transtornos dissociativos
• Transtornos de ansiedade
• Transtornos psicóticos
• Transtorno induzido por substância/ medicamento
• Transtornos mentais devidos a outra condição médica

Desenvolvimento e curso

• Média de idade na primeira manifestação: 16 anos


• A manifestação inicial pode ser desde muito súbita até gradual
• A duração dos episódios pode varia muito, desde breve (horas ou dias) até prolongada (semanas, meses ou anos)
• As exacerbações podem ser desencadeadas por estresse, piora dos sintomas de humor e ansiedade ou ambientes
hiperestimulantes e fatores físicos como iluminação e privação de sono

Fatores de risco

Ambientais:

• Traumas interpressoais na infância, como abuso e negligencia


• Abuso físico
• Testemunho de violência doméstica
• Crescer com pai/mãe com doença mental grave
• Morte ou suicídio inesperado de um familiar ou amigo próximo
• Abuso sexual (menos comum)
• Estresse grave
• Depressão
• Ansiedade
• Uso de drogas ilícitas
Objetivo 4) Discutir as medidas terapêuticas (medicamentosa e psicoterapia) para os transtornos de ansiedade.
(Fundamentos em psiquiatria, capitulo 5).

Tratamento não medicamentoso


Amanda Fernandes- Turma XX
A terapia cognitivo-comportamental visa mudar comportamentos, como a esquiva de emoções e situações sociais que
impeçam o surgimento ou reduzem a intensidade da ansiedade. Ou seja, é responsável por diminuir sintomas e aliviar
sintomas crônicos.
A terapia pode ser individual ou em grupo.
Comparando com o tratamento medicamentoso, a terapia tem inicio de ação mais rápido e melhora de manutenção mais
longa (até 5 anos)
A terapia tem as seguintes técnicas:

• Psicoeducação sobre o transtorno


• Relaxamento muscular progressivo: Reduz os sintomas fisiológicos em situações sociais que geram ansiedade
• Treinamento de habilidades sociais, a fim de dominar a ansiedade
• Exposição na imaginação e ao vivo, a fim de diminuir a esquiva fóbica
• Técnicas de reestruturação cognitiva: Questiona-se os pensamentos automáticos disfuncionais
• Exposição e reestruturação cognitiva combinadas
• Vídeo feedback

Tratamento medicamentoso

Os antidepressivos são os fármacos de escolha no tratamento dos transtornos ansisosos.


O tratamento medicamentoso de cada transtorno está no objetivo 3.

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