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UNIVERSIDADE TIRADENTES - PSICOLOGIA

A Neurobiologia do Transtorno do Pânico:


Uma Revisão dos Conceitos e Tratamentos

PSICOBIOLOGIA – PROF. ALICELY

RECIFE , 06 DE JUNHO DE 2022

Danillo Magnum, Fabiana Santos, Maria Fabiola, Michele Maia e Raiane Luar
CONCEITO
O transtorno do pânico (TP) é uma síndrome de
ansiedade que causa comorbidades psiquiátricas graves, ela
é caracterizada por episódios de:

● Medo agudo recorrente (pânicos espontâneos)

● Ansiedade crônica (medo antecipatório)

● Sensibilidade a sensação interoceptiva e entre 30 –


50% dos casos agorafobia (medo de lugares e
situações que podem causar pânico)

● Também está associado ao aumento da tendência


suicida, problemas sociais e decréscimo de
produtividade no trabalho.
Fonte: (Goddard, 2017)
CAUSA E DIAGNÓSTICO
Qual a origem, biológica ou psicológica?
De acordo com um estudo publicado no Jornal Americano de Psiquiatria,
neuroimagens demonstraram que os genes de risco no sistema de orexina podem ser
repassados, dos casos analisados 43% foram associados a herança genética.

Outro estudo com mais de 650 pessoas mostrou associação entre trauma infantil e
variação na sensibilidade dos estímulos, um fator de risco cognitivo associado ao
desenvolvimento de TP.

Fonte: (Hettema, 2001)


CAUSA E DIAGNÓSTICO
De acordo com o DSM-5 (Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, quinta
edição) Os pacientes devem ter ataques de pânico recorrentes (a frequência não é especificada) em
que ≥ 1 ataque foi seguido de um ou ambos dos seguintes por ≥ 1 mês:
1. Preocupação persistente sobre ter ataques de pânico adicionais ou preocupações com suas
consequências (p. ex., perda de controle, enlouquecer)
2. Resposta comportamental desadaptativa aos ataques de pânico (p. ex., evitar atividades
comuns como exercício físico ou situações sociais para tentar prevenir novos ataques).
3. A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de outra substância (remédios ou
drogas).
4. A perturbação não é explicada por outro transtorno mental (TA,fobia,TOC,TEPT, etc).

Fonte: (MSD, 2022)


NEUROBIOLOGIA DO TRANSTORNO DO PÂNICO

Comportamento Defensivo Liberação de Noradrenalina,


e Paralisia Postural causando aumento da
pressão arterial e frequência
Estímulo cardíaca
Visceral Liberação de adrenocorticóides
(estresse físico e emocional),
ativação do sistema simpático
(estresse e emergência), e
Núcleo do Trato também na frequência e
Solitário amplitude respiratória.
Núcleo
Parabraquial

Memórias que
lembram situações de
medo e ansiedade

Fonte: (Mezalssama, 2004)


SISTEMA SIMPÁTICO E PARASIMPÁTICO

● Dilata a Pupila
● Inibe Salivação
● Contrai Vasos
● Aceleração Cardíaca
● Produção de Suor
● Inibe a Digestão
● Inibe Secreção
● Inibe a Micção
● Estimula a
noradrenalina e
adrenalina
● Estímulo Erógeno

Fonte: (MSD, 2022)


SÍNTOMAS E O SISTEMA SIMPÁTICO E PARASIMPÁTICO
De acordo com o DSM – 5 os síntomas são:

Cognitivos: Somáticos:
• Medo de morrer • Dor ou desconforto no peito
• Medo de enlouquecer ou de perder • Tontura, sensação de instabilidade ou de
o controle desmaio
• Sensações de irrealidade, • Sensação de sufocação
estranhamento (desrealização) ou • Ondas de calor ou calafrios
desligamento de si mesmo • Náuseas ou desconforto abdominal
(despersonalização) • Sensações de anestesia ou parestesia
• Palpitação ou aceleração da frequência
cardíaca
• Sensação de falta de ar ou asfixia
• Sudorese
• Tremores

Fonte: (MSD, 2020)


CICLO DO PÂNICO

Fonte: (OCEANWP, 2022)


TRATAMENTO E SUAS POSSIBILIDADES

Tratamento Cognitivo Comportamental:


Tratamento Medicamentoso: • As terapias cognitivas comportamentais
• Atua diretamente no núcleo central da impõe reações aprendidas a estados
amígdala, dimuindo a atividade de emocionais inconscientes, exercem
neurônios noradrenérgicos no locus poderosos efeitos inibitórios em uma
ceruleus. variedade de respostas aprendidas.
• Tratamentos com fluoxetina por 12 semanas • Os tratamentos da terapia cognitiva
demonstraram diminuição dos níveis de comportamental são capazes de reduzir a
noradrenalina, ou seja, o medicamento atua frequência dos ataques de pânico. As técnicas
na hiperatividade da amígdala e suas incluem exercícios de respiração e
projeções. relaxamento, como também técnicas de
exposição para superar essas distorções
cognitivas.

Fonte: (Gorman, 2000)


RELATO DE CASO

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