Você está na página 1de 18

TRANSTORNO DE

ESTRESSE
PÓS
TRAUMÁTICO

Daniele

Fernanda
Nicole
O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é um
transtorno de ansiedade que se desenvolve após evento ou
situação de natureza excepcionalmente catastrófica ou
ameaçadora (evento traumatizante).
O transtorno de estresse pós-traumático
não se desenvolve usualmente após
situações tidas como supostamente
“traumáticas” na linguagem popular,
como divórcios, perda de emprego,
brigas com colegas de trabalho ou falha
em provas escolares.
Normalmente, o trauma é uma situação
excepcional e capaz de impactar
emocionalmente a grande maioria das
pessoas que o vivessem.

3
SINTOMATOLOGIA:
Uma questão muitas vezes colocada é se “todas as pessoas
expostas a eventos traumáticos desenvolvem stress pós-
traumático?”.

Em Portugal, ao longo da vida, cerca de 75% da população adulta


já foi exposta a pelo menos uma situação potencialmente
traumática. As mais comuns são a morte violenta de um familiar
ou amigo, o ser assaltado e testemunhar um acidente grave ou a
morte de alguém.

Como tal, esta é uma experiência algo comum. Por isso, nem todas
as pessoas que vivenciam este tipo de situações desenvolvem
stress pós-traumático. De facto, a maior parte não desenvolve
este tipo de quadro.
COMPONENTES DO
ESTRESSE:

Afetivo

Fisiológico

Cognitivo Comportamental
No entanto, praticamente todas as pessoas expostas a
estas situações apresentam, no momento, respostas de
stress, que se refletem em diversos domínios:

1 2 3 4
Emocional: choque emocional,  Cognitivo: dificuldade de Físico: hipertensão arterial, Comportamental: luta ou fuga,
depressão, ansiedade, pânico, concentração, dificuldade de taquicardia, dificuldade ficar “congelado ou imobilizado”,
culpa, raiva, medo, desespero, manter a atenção / foco, respiratória, fadiga, insónia, obediência automática, alienação,
irritabilidade, embotamento dificuldade na tomada de decisões, hiperalerta, queixas somáticas, abandono de atividades,
afetivo, sentimento de luto / pesar; baixa autoeficácia, descrença, náuseas, sede, alteração do apetite, desconfiança, problemas no
negação, alterações na memória, arrepios e suores; trabalho, conflitos, agitação.
confusão, distorção, pensamentos
intrusivos, preocupação;
Estas reações são normais e geralmente duram
cerca de uma a quatro semanas.
A maior parte das pessoas tem apenas estas
reações de stress e depois consegue recuperar.
Algumas pessoas recuperam o seu equilíbrio
psicológico num período de vários meses até 1
ou 2 anos.
Uma percentagem pequena tende a desenvolver
problemas mais crónicos, onde se enquadra a
perturbação de stress pós-traumático.
COVID 19 EXEMPLO DE ESTRESSE PÓR TRAUMÁTICO
EM PROFFISSIONAIS DA SAÚDE.
DIAGNÓSTICO DO TEPT:
•A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos
•O médico faz o diagnóstico do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) quando
•A pessoa foi exposta direta ou indiretamente ao evento traumático.
•Os sintomas têm ocorrido por um mês ou mais.
•Os sintomas causam angústia significativa ou prejudicam o desempenho de atividades de
modo significativo.
•A pessoa apresenta alguns sintomas de cada uma das categorias de sintomas associados
ao TEPT (sintomas de intrusão, sintomas de esquiva, efeitos negativos sobre o
pensamento e o humor e mudanças no estado de alerta e nas reações).
•O médico também verifica se os sintomas poderiam ter sido causados
pelo uso de um medicamento ou outro transtorno.
•O TEPT frequentemente não é diagnosticado, pois causa sintomas tão
variados e complexos. Além disso, a presença de um 
transtorno por uso de substâncias pode distrair a pessoa quanto à presença
do TEPT.
•Quando ocorre um atraso no diagnóstico e no tratamento, o TEPT pode se
tornar cronicamente debilitante.
TRATAMENTO:
O tratamentos efetivo do TEPT inclui medicamentos e psicoterapia.

Psicoterapia:

Existem diversas técnicas de psicoterapia que auxiliam no tratamento da TEPT.


A mais utilizada é a chamada terapia de exposição.
A terapia de exposição ajuda os pacientes a confrontar suas memórias de uma
forma terapêutica.
Reviver o trauma através desta forma de terapia permite que o paciente processe
emocionalmente seus sentimentos, tornando-os menos dolorosos.
Ao confrontar repetidamente suas memórias
traumáticas, o indivíduo pode revivê-las de forma
segura até que ele entenda que as lembranças em
si não são perigosas e que o evento traumático
real já acabou.
Muitos pacientes evitam suas memórias a todo
custo, não só porque a sensação é muito ruim,
mas também porque creem que relembrar o
trauma agrava o seu quadro psicológico.
Porém, o que ocorre é o oposto.
Com o tratamento, cada lembrança vai se tornando
menos angustiante e mais fácil de ser lidada.
A terapia de exposição muitas vezes utiliza locais ou situações
associadas ao evento traumático, como, por exemplo, voltar ao local do
acidente automobilístico.
Os eventos traumáticos também podem ser revividos através de
descrição verbal, escrita ou por meios mais modernos, como a realidade
virtual.
A terapia de exposição costuma estar associada a técnicas de controle
da ansiedade e de relaxamento.
MEDICAMENTOS:
Os antidepressivos da classe
dos 
inibidores seletivos de recaptaç
ão de serotonina (ISRS)
 são os medicamentos de
primeira linha no tratamento
do transtorno do estresse pós-
traumático. Entre os fármacos
mais utilizados podemos citar:
paroxetina, sertralina,
fluoxetina ou escitalopram.
Outra opção viável são os
antidepressivos inibidores seletivos da
recaptação da serotonina-norepinefrina
(ISRSN), como a venlafaxina.
O tratamento costuma ser feito por, pelo
menos, 6 meses a 1 ano.
A quetiapina e a risperidona são as opções
para os pacientes que não respondem
satisfatoriamente aos antidepressivos de
primeira linha.
Nos pacientes com pesadelos, o anti-
hipertensivo prazosin associado ao
tratamento de primeira linha costuma ter boa
resposta.

Você também pode gostar