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Transtornos distímicos:
Episódios de hipomania
Tristeza: resposta humana universal às situações de frustações, perda, derrota etc. É de valor adaptativo, porém, demonstra alerta (solidão) sintomas mais brandos e
mais crônicos
(TAB tipo II)
Luto: resposta à perda de um ente querido. Geralmente, não há alterações de psicomotricidade. Há exacerbação da atividade simpática e agitação (dura de 1 a 2 anos)
Depressão:
Síndrome: alteração de humor, cognição, sono, apetite, psicomotricidade Estado misto (sintomas de
mania e depressão
Doença: transtorno depressivo maior, TB I e TB II, melancolia, distimia, depressão ciclotimia apresentam-se
simultaneamente).
Transtorno de humor: Quadros psiquiátricos caracterizados por alterações acentuadas e razoavelmente bem delimitadas do humor, da cognição, da atenção, dos ritmos biológicos e da psicomotricidade.
Depressão Maior (CID F33)
Conceito Alterações no humor, na cognição, no afeto e em funções neurovegetativas (fome, sono) do indivíduo.
Episódio depressivo (CID-10): alteração no estado basal do paciente em um período de no mínimo, 2 semanas, preenchendo pelo menos 5 dos critérios de depressão (vide diagnóstico); presentes quase todos os dias, na maior
parte do tempo.
Epidemiologia - Atinge cerca de 121 milhões de pessoas no mundo
- Maior prevalência em ♀ (3:1)
- Se instala geralmente dos 20 aos 50 anos de idade, com idade média de 24 anos.
Fatores de - História prévia e familiar para transtornos do humor - Sexo ♀
Risco - Idade: incidência aumenta com a idade - Exposição solar: maior a incidência em locais de menor exposição solar → alteração do circo circadiano hipotalâmico
- Desemprego - Obesidade e síndrome metabólica
- Demência - Menopausa e pós-parto: diminuição do estrogênio (alteração do eixo hipotalâmico hipofisário)
- Uso de substâncias psicoativas: álcool, drogas, inibidores do apetite, antidepressivos
- Alteração dos ritmos biológicos: privação de sono (insônia) - Baixo suporte social
- Eventos adversos precoces: perda parental, falta de carinho dos pais, abuso sexual na infância.
Classificação - Sintomatologia: melancólica ou somática, psicótica, atípica.
- Polaridade: bipolar ou unipolar → não é identificável sintomatologicamente
- Curso: breve (episódio), recorrente, crônico (distimia)
- Fatores desencadeantes: sazonal (mês de inverno/outono) → ciclo circadiano; puerperal
Critérios de funcionalidade (gravidade):
- Leve: não incapacita, mas causa sofrimento importante → 2 sintomas fundamentais + 2 sintomas acessórios
- Moderada: afeta parcialmente as funções do indivíduo → 2 sintomas fundamentais + 3 a 4 sintomas acessórios
- Grave: incapacita social e/ou profissionalmente → 3 sintomas fundamentais + 4 ou mais sintomas acessórios
Fisiopatologia Complexa interação de processos biológicos (resposta ao estresse, fatores neurotróficos), psicológicos (personalidade e relacionamentos pessoais), ambientais (dieta, álcool, ritmos biológicos) e genéticos.
Fatores biológicos: Fatores genéticos: Fatores ambientais:
- Disponibilidade ↓ de norepinefrina ou serotonina ou dopamina em sinapses - Herdabilidade da depressão estimada em 40 a 50%, fatores ambientais modulam - Uso de substâncias psicoativas (álcool, drogas, antidepressivos)
específicas desses neurotransmissores no cérebro. a atividade de genes (epigenética). - Alteração dos ritmos biológicos (privação de sono)
- ↑ dos níveis de cortisol → Hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal Alterações endócrinas: - Eventos adversos precoces (perda parental, abuso físico e/ou sexual na infância)
(estresse crônico reduz a inibição do eixo) → desajuste de ritmos circadianos - Hipoestrogenismo (pós-parto, menopausa) → alteração do eixo hipotálamo-
- Processos inflamatórios e interações imunoneuronais (hipótese das citocinas): ↑ hipófise-ovário
dos níveis de diversas citocinas pró-inflamatórias (interleucinas, IFN-Y, TNF-a), - Desregulação dos eixos tireoidiano e ligado ao hormônio de crescimento
ativação das células T, ↑ peroxidação lipídica e dano oxidativo ao DNA através do - Desajuste hipotalâmico de ritmos circadianos
↑da produção de radicais livres, indicando um acometimento sistêmico celular
Quadro Clínico Sintomas psíquicos essenciais: Sintomas afetivos negativos: Alterações cognitivas:
- Humor depressivo: sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa → - Tristeza - Melancolia - Pensamento lentificado
hipobulição - Crises de choro e choro fácil - Apatia ou irritabilidade
- Queda na capacidade de concentração
- Falta de interesse e motivação com redução da capacidade de sentir prazer nas atividades. - Baixa autoestima - Tédio
- Comprometimento da memória
LARISSA LOYOLA
BLOCO SÍNDROMES NEURO PSIQUIÁTRICAS
GT 1
- Queda do ânimo ou cansaço - Lentificação psicomotora. - Culpa - Desesperança - Dificuldade para tomar decisões.
- Solidão - Ansiedade
- Anedonia (incapacidade de sentir prazer e alegria)
Alterações físicas: Alterações comportamentais: Sintomas psicóticos: (grave)
- Diminuição da energia física (fadiga, cansaço fácil e constante, sono, preguiça). - Retraimento social - Ideias delirantes de conteúdo negativo.
- Comportamentos suicidas - Alucinações geralmente auditivas.
- Insônia (inicial - dificuldade de iniciar o sono -, intermitente ou terminal - despertar precoce).
- Perda ou aumento do apetite/peso.
- Distúrbios sexuais (queda ou perda do desejo sexual, disfunção erétil ou ejaculação rápida).
- Alterações na menstruação.
- Cefaleia.
Critérios Fundamentais: Critérios Acessórios:
Diagnóstico 1. Humor deprimido 1. Concentração e atenção reduzidas
(critérios) 2. Perda de interesse 2. Autoestima e auto confiança reduzidas
3. Fatigabilidade 3. Ideias de culpa e inutilidade
CID 10 4. Visões desoladas e pessimistas do futuro
5. Sono perturbado
6. Apetite ↓
- FR: traumas precoces, eventos aversivos significativos da vida e pelo uso indevido de álcool e drogas; estresse na infância; (> risco de desenvolvimento entre familiares de pessoas
com a doença)
Suicídio
Conceito: - Ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional.
- Também faz parte do comportamento suicida: pensamentos, planos e a tentativa de suicídio.
Fatores de - Tentativa prévia: fator preditivo isolado mais importante. - Desesperança, desespero, desamparo, impulsividade
Risco - Doença mental: depressão, transtorno bipolar, alcoolismo e abuso/dependência de outras drogas e transtornos de personalidade e esquizofrenia.
- Idade: entre 15 e 30 anos e acima de 65 anos - Gênero: (♂ maior óbito → ♀ maior tentativa)
- Doenças clínicas não psiquiátricas: câncer; HIV; doenças neurológicas, como esclerose múltipla, doença de Parkinson, doença d e Huntington e epilepsia; doenças cardiovasculares, como IAM e AVE;
DPOC;
- Eventos adversos na infância ou adolescência: maus tratos, abuso físico e sexual, pais divorciados, transtorno psiquiátrico familiar.
- História familiar e genética.
- Fatores sociais: quanto menos laços sociais tem um indivíduo, maior o risco de suicídio.
* Desempregados com problemas financeiros. * Isolamento social: solteiros, divorciados, viúvos, sem filhos.
*Aposentados
Avaliação Ambivalência: desejo de viver e de morrer se confundem no sujeito. Há urgência em sair da dor e do sofrimento com a morte, entretanto há o desejo de sobreviver a esta tormenta.
Impulsividade: suicídio, por mais planejado que seja, parte de um ato motivado por eventos negativos → impulso para cometer suicídio é transitório. Desencadeado por eventos psicossociais negativos
como: rejeição; recriminação; fracasso; falência; morte de ente querido; entre outros.
Rigidez: quando uma pessoa decide terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se muito restritivos, ou seja, ela pensa constantemente sobre o suicídio e é incapaz
de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema.
Abordagem Perguntas fundamentais em cada consulta, para todos os pacientes: Perguntas adicionais, caso o paciente respondeu como foi referido acima:
1. Você tem planos para o futuro? A resposta do paciente com risco de suicídio é não. 4. Você está pensando em se machucar/se ferir/fazer mal a você/em morrer?
2. A vida vale a pena ser vivida? A resposta do paciente com risco de suicídio novamente é não. 5. Você tem algum plano específico para morrer/se matar/tirar sua vida?
3. Se a morte viesse, ela seria bem-vinda? A resposta do paciente com risco de suicídio é sim. 6. Você fez alguma tentativa de suicídio recentemente?
Avaliação de Risco baixo: Risco Médio: Risco alto:
Risco Pessoa teve alguns pensamentos suicidas, mas não têm plano. Pessoa têm pensamento e planos, mas não pretende cometer Pessoa com plano definido e meios para fazer o suicídio e planeja
- Escuta acolhedora para compreensão e amenização do suicídio imediatamente. ele prontamente/Pessoa que tentou suicídio recente e apresenta
sofrimento. - Cuidados com os possíveis meio de cometer suicídio. rigidez para nova tentativa. /Pessoa que tentou várias vezes em
- Facilitar a vinculação do sujeito ao suporte e ajuda possível ao - Escuta terapêutica que possibilite falar e clarificar para si a um curto espaço de tempo.
seu redor. situação de crise e sofrimento. - Nunca deixar a pessoa sozinha.
- Tratamento de possível transtorno psiquiátrico. - Realização de contrato terapêutico de “não suicídio”. - Cuidado com os meios de suicídio.
- Encaminhar para serviço de psiquiatria, caso não melhore e -Apoio de familiares e amigos. - Realização de contrato terapêutico de “não suicídio”.
esclarecer motivos. - Encaminhar para serviço de psiquiatria para avaliação e - Peça autorização para entrar em contato com família, amigos.
conduta. - Encaminhar para o serviço de psiquiatria para avaliação e
- Peça autorização para entrar em contato com família, amigos. conduta, e se necessário internação.
Explicar a situação sem alarmar, informando o necessário e
preservando o sigilo.
- Orientar medidas de prevenção como esconder armas, facas,
cordas, medicamentos.