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Síntese Provisória - B4

Grupo: Ana Paula, Aron , Bruna, Igor, Isabella, Jonas, Katherine, Lucas, Maitê, Noeli,
Pablo, Rafael, Régis e Stefano.

Facilitador: Gil

Coordenador: Aron

Relator: Igor

SP 1.1 – Retrato...
Cecília Meirelles (1917 – 1935) foi uma das maiores poetas da língua portuguesa.
Em uma ocasião, enlutecida com acontecimentos familiares, escreveu o seguinte
poema:
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem esses olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?
Apesar dos sentimentos expressos no poema, a escritora continuou, por muitos
anos, a escrever diversos outros textos, sempre carregados de emoção e beleza.

Questões de Aprendizagem:

1. O que é o luto fisiológico e quais são suas fases?

Anseio intenso ou saudades da pessoa falecida, tristeza intensa e dor emocional e


preocupação com a pessoa falecida ou com as circunstâncias da morte.
Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais
Paulo Dalgalarrondo

Ao diferenciar luto de um episódio depressivo maior (EDM), é útil considerar


que, no luto, o afeto predominante inclui sentimentos de vazio e perda A disforia no
luto pode diminuir de intensidade ao longo de dias a semanas, ocorrendo em ondas,
conhecidas como “dores do luto”. Essas ondas tendem a estar
associadas a pensamentos ou lembranças do falecido. Se um indivíduo que está em
luto pensa em morte e em morrer, tais pensamentos costumam ter o foco no falecido
e possivelmente em “se unir” a ele, enquanto no EDM esses pensamentos têm o
foco
em acabar com a própria vida em razão dos sentimentos de desvalia, de não
merecer estar vivo ou da incapacidade de enfrentar a dor da depressão.
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS 5ª
EDIÇÃO DSM-5

Fases do luto: https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-


tratamentos/luto/
2. Quais são as classificações de depressão?

Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais


Paulo Dalgalarrondo

3. Quais são os mecanismos fisiopatológicos da depressão? (estruturas afetadas,


serotonina)

Fisiopatologia: Inicialmente, as bases biológicas dos transtornos


depressivos são explicadas por meio da teoria monoaminérgica da depressão. Essa
proposição propõe que a depressão seja consequência de uma menor
disponibilidade de aminas biogênicas cerebrais, particularmente de serotonina,
noradrenalina e / ou dopamina. Adicionalmente essas aminas são responsáveis por
produzir uma sensação de conforto, prazer e bem-estar.
Tal hipótese foi reforçada pelo conhecimento do mecanismo de ação dos
antidepressivos, os quais promovem o aumento da disponibilidade desses
neurotransmissores na fenda sináptica, seja pela inibição do processo de
receptação, ou através da inibição da enzima responsável pela degradação da
monoamino oxidase (MAO).
Amígdala, o tálamo e o hipocampo

Depressão: Do ponto de vista psicopatológico, as síndromes depressivas


têm como elementos mais salientes o humor triste e, na esfera volitiva, o desânimo,
mais ou menos marcantes. Tal tristeza e desânimo são, na depressão,
desproporcionalmente mais intensos e duradouros do que nas respostas normais de
tristeza que ocorrem ao longo da vida.
Os quadros depressivos caracterizam-se por uma multiplicidade de sintomas
afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à
autovaloração, à vontade e à psicomotricidade.
Também podem estar presentes, em formas graves de depressão, sintomas
psicóticos (delírios e/ou alucinações), marcante alteração psicomotora (geralmente
lentificação ou estupor), assim como fenômenos biológicos (neuronais ou
neuroendócrinos) associados.
4. Como fazer o diagnóstico da depressão e quais são seus diagnósticos diferenciais?

Diagnóstico da depressão: capítulo 2, a partir da pag 19. Manual de Psicopatologia


Elie Cheniaux

Diagnósticos diferenciais?

5. Quais os tratamentos medicamentosos (mecanismo de ação de cada um, exemplos


de medicamentos) e não medicamentosos da depressão (eletrochoque, psicologia,
dirigidos, etc;)?

6. Quais as complicações da depressão? Como avaliar e identificar o paciente com


risco de suicídio?

Complicações: A depressão provoca disfunções cognitivas, psicomotoras e de


outros tipos (p. ex., dificuldade de concentração, fadiga, perda do desejo sexual,
perda de interesse ou prazer em praticamente todas as atividades que anteriormente
eram apreciadas, distúrbios do sono), bem como humor depressiv
Outros sintomas ou transtornos mentais (p. ex., ansiedade e ataques de pânico)
comumente coexistem,
Os pacientes com todas as formas de depressão têm maior probabilidade de fazer
uso abusivo de álcool ou de outras drogas ilícitas na tentativa de automedicar
distúrbios do sono ou sintomas de ansiedade;
. Os pacientes também têm mais chance de se tornarem fumantes pesados
Suicida: A avaliação é feita por meio da estratificação por fatores de risco. Entre os
principais fatores de risco estão a tentativa prévia (principalmente no último mês) e a
presença de transtorno psiquiátrico. Outros fatores são: história passada de ideação
e comportamento suicida, história familiar de suicídio, desesperança e falta de visão
de futuro, desamparo e falta de sensação de controle, sentimento de inutilidade,
presença de estressores de vida atuais (conflitos no trabalho, em casa, incapacidade
de lidar com situações adversas), história de heteroagressividade.

Deve-se determinar a presença de ideação suicida (pensamentos), inclusive o


conteúdo e duração (importante saber se os pensamentos suicidas são ativos: “eu
quero me matar” ou passivos: “eu queria estar morto”), questionar se os
pensamentos são novos ou antigos, o que mudou (intensidade, frequência), se
consegue controlar esses pensamentos e como faz isso, as expectativas sobre a
morte, se há o pensamento de punir alguém, se há intenção de acabar com uma
situação psicológica ou física e se há pensamentos de ferir outra pessoa antes de si
mesmo.
https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/como-realizar-avaliacao-e-manejo-
inicial-do-paciente-com-comportamento-suicida-na-aps/
https://www.uptodate.com/contents/suicidal-ideation-and-behavior-in-adults#H16
7. Discutir a importância do vínculo familiar dos pacientes com depressão.

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