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CICLO MENSTRUAL CICLO UTERINO

Conjunto de eventos endócrinos interdependentes


do eixo hipotálamo-hipófise-ovário e as Três fases:
consequentes modificações fisiológicas no
organismo, visando à preparação para a ovulação v Proliferativa
e para uma futura gravidez. v Menstrual
v Secretora
Durante cada ciclo menstrual, dois processos
reprodutivos principais ocorrem: CICLO OVARIANO

1) Maturação folicular por estímulo hormonal e O desenvolvimento folicular é um processo


liberação de um óvulo a partir de um dos contínuo e dinâmico que só se interrompe quando
ovários. a reserva ovariana chega ao fim.
2) Preparação do útero para receber o
embrião, caso ocorra fertilização. Fase Folicular do ciclo ovariano
Ø Seleção do folículo dominante.
Ø Por convenção, o 1o dia da menstruação é Ø Nela, o folículo destinado à ovulação passa
considerado o 1o dia do ciclo. pelos estágios de folículo primordial, folículo
Ø A duração do ciclo normal varia de 21 a 35 dias primário, folículo pré-antral, antral e pré-
(média de 28 dias). ovulatório.
Ø O fluxo menstrual dura aproximadamente dois Ø Este processo dura cerca de 10 a 14 dias.
a seis dias, com uma perda sanguínea de 20 a Ø A duração do ciclo menstrual é determinada
60 ml pela variação na duração da fase folicular.
Ø O sinal para o recrutamento folicular inicia-se
CICLO OVARIANO: na fase lútea do ciclo precedente, com a
Três fases: diminuição da progesterona, do estradiol e
da inibina A.
v Folicular - 1o dia da menstruação até o dia Ø Como consequência, o retrocontrole negativo
do pico de LH sobre o FSH é liberado, e se observa um
v Ovulatória - inclui três fenômenos aumento do FSH nos primeiros dias da fase
principais: recomeço da meiose I após o folicular. Seu aumento é o sinal para o
pico de LH; pequeno aumento na produção recrutamento folicular. Aproximadamente 15
de progesterona 12 a 24 horas antes da ou mais folículos são recrutados a cada ciclo.
ovulação; e rotura folicular
v Lútea - compreende o período da ovulação Folículo Primordial
até o aparecimento da menstruação
Ø É o primeiro estágio do desenvolvimento
folicular.
Ø Ele consiste em um oócito, paralisado no
estágio diplóteno da prófase I meiótica, envolto
por uma única camada fusiformes de células
da granulosa.
Ø A fase inicial do crescimento folicular envolve
respostas que não dependem da regulação
hormonal.
Ø O mecanismo regulador do crescimento parece
se encontrar Zona Pelúcida. Células do estroma
ovariano incorporam-se ao folículo formando
nova camada, Teca. Esta subdivide-se em
interna e externa.
Ø As células da granulosa deste folículo são
capazes de sintetizar todas as três classes de
esteroides (estrogênios, androgênios e
progestagênios). Entretanto, são produzidos
mais estrogênios, em relação a androgênios e
progestagênios.
Ø Nesta etapa, a ação da enzima aromatase, que -Os androgênios em baixa concentração
age convertendo androgênios em servem de substrato para a produção de
estrogênios nas células da granulosa estrogênios por aromatização.
(aromatização), é induzida pela ação do FSH. - Os androgênios em níveis muito elevados,
pela limitada capacidade de aromatização dos
Folículo antral folículos, tornam o microambiente folicular muito
androgênico e causam atresia.
Ø A influência do estrogênio e do FSH promove
um aumento na produção de líquido folicular, Folículo Antral
que se acumula nos espaços intercelulares da
granulosa e forma uma cavidade líquida, o Ø A influência do estrogênio e do FSH promove
antro folicular. um aumento na produção de líquido folicular,
Ø Essa sucessão de eventos origina folículo e forma uma cavidade líquida, o antro folicular,
antral. As células da granulosa que circundam rico em estrogênios produzidos pelas células da
os oócitos passam a ser chamadas de cumulus granulosa.
ooforus. Ø Essa sucessão de eventos origina folículo
Ø Na presença de FSH, o estrogênio passa a ser antral.
o elemento dominante no líquido folicular. Ø As células da granulosa que circundam os
Ø Na ausência de FSH, o androgênio predomina oócitos passam a ser chamadas de cumulus
e acarreta degeneração do oócito. ooforus.
Ø As primeiras modificações ocorrem no oócito
com síntese de RNA e proteínas; mudança no Na presença de FSH, o estrogênio passa a ser o
formato das células da granulosa que elemento dominante no líquido folicular.
adquirem aspecto cuboide. Nesse momento,
surgem junções entre as células da granulosa Na ausência de FSH, o androgênio predomina, o
e o oócito que permitem trocas de nutrientes. que acarreta degeneração do oócito.

Folículo Primário Folículo Pré-ovulatório

Ø O folículo primordial torna-se um folículo Ø Neste estágio, as células da granulosa tornam-


primário com a multiplicação das células da se maiores e as da teca ricamente
granulosa. Neste estágio, a unidade folicular vascularizadas.
consiste em oócito, duas ou mais camadas de Ø O oócito prossegue com a meiose e quase
células da granulosa (camadas de células completa a sua divisão reducional.
cuboides) e membrana basal. Ø Próximo da maturação, o folículo pré-ovulatório,
Ø Ocorre a diferenciação das células do estroma que corresponde ao folículo maduro (folículo
em teca interna e teca externa, que independe de Graaf), produz quantidades cada vez
da estimulação pelas gonadotrofinas. maiores de estrogênio.
Ø Há um padrão de crescimento limitado que só é Ø Durante a fase folicular tardia, os níveis de
interrompido se, a partir deste estágio, o grupo estrogênio aumentam rapidamente, e atingem
de folículos responde a uma elevação do FSH seu pico cerca de três dias antes da
(o que ocorre na fase lútea do ciclo precedente), ovulação.
e é incentivado ao crescimento. Ø A concentração e o tempo de duração da
elevação do estradiol são determinantes para a
Folículo Pré-antral liberação do LH. Para tanto, a concentração de
estradiol deve ser maior do que 200 pg/ml, que
Ø A partir do momento que o crescimento folicular deve persistir por aproximadamente 50
passa a ser acelerado pelo FSH, o folículo horas.
progride ao estágio pré-antral. Ø A interação do LH com seus receptores
Ø Células da granulosa tornam-se cuboidais e promove luteinização das células da granulosa
apresentam-se em várias camadas. no folículo dominante, que resultam na
Ø Secretam uma matriz glicoproteica, chamada produção de progesterona. Ocorre, então, um
de zona pelúcida. pequeno aumento na produção de
progesterona que começa a ser detectado 12-
24 horas antes da ovulação.
Ø A progesterona facilita a retroação positiva do A concentração e o tempo de duração da elevação
estradiol, age diretamente na hipófise e do estradiol são determinantes para a liberação do
contribui para a elevação do FSH e do LH, LH. Para tanto, a concentração de estradiol deve
observada no meio do ciclo menstrual. ser maior do que 200 pg/ml, que deve persistir por
aproximadamente 50 horas.
AUMENTO DE LIBIDO NO PERIODO PRÉ
MENSTRUAL? A ovulação ocorre aproximadamente 32 a 36
horas após o início da elevação dos níveis de
As células da teca dos folículos em atresia, sob LH e cerca de 10 a 12 horas após seu pico
ação do LH, aumentam a produção de máximo.
androgênios, elevando os níveis destes no
plasma. Este fato pode estimular a libido da O pico de LH tem a duração aproximada de 48
mulher, e aumentar a frequência de relações a 50 horas.
sexuais no período pré-ovulatório.
No momento da ovulação ocorrem três fenômenos
O que é a fase folicular? principais:
RECOMEÇO DA MEIOSE
Ø A fase folicular consiste no período em que o O oócito permanece no estágio diplóteno da
folículo dominante é selecionado e meiose I até a onda de LH, quando ocorre a
desenvolvido até se tornar um folículo maduro. retomada da meiose e o oócito torna-se apto para
Ø O aumento do FSH é o sinal para o fertilização. O oócito reassume a maturação
recrutamento folicular. nuclear, acontece a transição da prófase I para a
Ø O FSH aumenta a produção estrogênica, metáfase I e a extrusão do primeiro corpúsculo
promove o crescimento da granulosa e polar na metáfase II. Estes fatos ocorrem em
estimula a atividade da aromatase. sincronia com a maturação citoplasmática e da
Ø O FSH promove uma multiplicação das células zona pelúcida no preparo para a fecundação. A
cuboides da granulosa e uma diferenciação das meiose só se completa após a penetração do
células estromais em camadas - teca interna e espermatozoide e a liberação do segundo
teca externa. corpúsculo polar.
Ø As células da teca produzem
androstenediona e testosterona sob efeito LUTEINIZAÇÃO
do LH. Um pequeno aumento da progesterona ocorre
Ø As células da granulosa produzem estradiol 12 a 24 horas antes da ovulação. Este aumento
a partir dos androgênios, sob estímulo da tem importância na indução da onda de FSH e LH,
aromatase (dependente de FSH). pelo aumento do feedback positivo do estradiol na
ação desses hormônios.
Ø O folículo dominante caracteriza-se por uma
maior atividade da enzima aromatase (que lhe O pico do FSH e LH não ocorre sem um aumento
permite uma maior produção de estradiol), um nos níveis da progesterona.
maior número de receptores de FSH e por uma
expressão de receptores de LH também nas Por outro lado, a elevação progressiva na
células da granulosa. progesterona pode atuar de modo a terminar o
Ø Além de seus efeitos centrais, a progesterona pico de LH, pois, sob concentrações mais
aumenta a distensibilidade da parede folicular. elevadas, é exercido um efeito de feedback
A parede torna-se delgada e estirada, e a negativo.
expulsão do oócito ocorre após a ação de
enzimas proteolíticas que digerem o Sob ação sinérgica das prostaglandinas E e F e
colágeno. A produção dessas enzimas é do LH, acontece contração das células
induzida pela ação das gonadotrofinas (LH e musculares da parede folicular, já enfraquecida,
FSH) e da progesterona. com extrusão do oócito, ocorrendo dessa forma
a ovulação.

Fase ovulatória do ciclo ovariano O pico de LH faz o oócito reassumir a meiose,


estimula a síntese de prostaglandinas e
O pico de estradiol estimula o pico de LH e, luteiniza as células da granulosa que, por sua
consequentemente, a ovulação. vez, sintetizam a progesterona.
granulosa, atingem a cavidade central e,
OVULAÇÃO usualmente, preenchem-na com sangue.

O processo de ovulação é comparado a uma O funcionamento lúteo normal requer um


reação inflamatória, na medida em que ambos desenvolvimento folicular pré-ovulatório
envolvem componentes como neutrófilos, adequado, sobretudo um estímulo apropriado de
histamina, bradicinina, enzimas e citocinas. FSH e LH, o que resulta em síntese e secreção
adequada de estradiol e progesterona.
Desde a fase folicular, sob ação das
gonadotrofinas no folículo, há acúmulo de Sabe-se da necessidade de estrogênio para a
prostaglandinas E e F e produção de grande síntese de receptores de progesterona no
quantidade de fator ativador de plasminogênio, endométrio.
consequentemente plasmina e outras proteases,
as quais ativam a colagenase que irá digerir o COMO SURGE A COLICA?
colágeno presente na parede do folículo, o que
facilita a liberação do oócito. Ø Vários mediadores produzidos pelo ovário após
o pico pré-ovulatório de LH, como as
O FSH e LH estimulam também a produção e o prostaglandinas, a histamina, os neuropeptídios
depósito de ácido hialurônico em volta do oócito e e o óxido nítrico exercem um efeito sobre o
dentro da coroa radiada, e separam o complexo sistema vascular do folículo.
cúmulo-oóforo da membrana da granulosa. Ø Observa-se, então, um aumento do fluxo
sanguíneo intrafolicular, além de um aumento
Resuminho da fase ovulatória.... na permeabilidade capilar.
Ø A rotura folicular se acompanha de
Caracteriza-se pela retomada da meiose do oócito eliminação do óvulo e do líquido folicular
que estava paralisado na fase diplóteno da prófase para a cavidade peritoneal.
I, que se inicia pelo pico de LH. Ø Pode haver uma irritação local e,
consequentemente, a dor abdominal (dor do
Ocorre aproximadamente 32 a 36 horas após o meio ou Mittelschmerz) referida por algumas
início da elevação dos níveis de LH e cerca de 10 mulheres.
a 12 horas após seu pico máximo. Ø Tão logo isso ocorra, o óvulo é apreendido pelas
fímbrias tubárias, e fica à mercê dos
movimentos das tubas e do epitélio ciliar.
Fase lútea do ciclo ovariano
Ø A cada pulso de LH existe um aumento na
Sua duração é de 14 dias. concentração de progesterona. A progesterona
O aumento dos níveis de progesterona de atua tanto centralmente quanto no interior do
forma aguda caracteriza esta fase. ovário, na supressão de novos crescimentos
O pico máximo ocorre em torno do oitavo dia foliculares.
após a ovulação, coincidentemente com os
maiores níveis estrogênicos e com a maior Ø Estes pulsos de LH são maiores no início da
vascularização do endométrio. fase lútea e diminuem gradativamente até
Uma vez liberado o oócito, a estrutura dominante valores baixos na fase lútea tardia, que favorece
passa a ser chamada de corpo lúteo ou corpo a atuação de fatores que levam à luteólise.
amarelo. Como consequência, o corpo lúteo entra em
Antes da ruptura do folículo e liberação do óvulo, processo de degeneração.
as células da granulosa começam a aumentar de Ø Caso ocorra gravidez, o hCG mantém o
tamanho e assumem um aspecto funcionamento lúteo até que a esteroidogênese
caracteristicamente vacuolado, associado ao placentária se estabeleça plenamente.
acúmulo de pigmento amarelo, a luteína.
Ø A regressão do corpo lúteo, que ocorre ao final
O aumento na vascularização local favorece o da fase lútea, em período que varia de 12 a 16
aporte do LDL-colesterol, substrato da dias após a ovulação, leva a uma queda dos
progesterona. Sob influência de fatores que níveis circulantes de estradiol, progesterona
induzem a angiogênese, os capilares penetram na e inibina A.
Ø O decréscimo da inibina A remove a influência Ø Sob efeito do LH, a teca interna produz
supressora sobre a secreção de FSH pela colesterol que vai ser transformado em
hipófise e este volta a se elevar alguns dias androgênio.
antes da menstruação. Ø O androgênio chega por difusão, através dos
vasos, na granulosa.
Ø Além disso, o decréscimo do estradiol e da Ø A granulosa tem receptor de FSH e estimula a
progesterona permite um aumento nos aromatase a aromatizar o androgênio em
pulsos de GnRH pelo hipotálamo, o que estrogênio.
corresponde a mais um estímulo para a Ø O estrogênio vai para o liquido folicular e para a
produção de FSH. circulação.
Ø O estrogênio vira estrona e depois vira estriol.
Ø O aumento do FSH protege um grupo de Ø A granulosa também tem receptor de LH depois
folículos da atresia. Esse fato permite a seleção do pico de LH (depois da ovulação) porque o
de um
folículo dominante, e o processo
se folículo vai ser luteinizado, por ação do LH.
reinicia. Ø Por ação do LH, a célula da granulosa começa
a produzir progesterona, APENAS quando há
Esteroidogense pico de LH.
Começa com o colesterol LDL circulante na Ø A teca NÃO produz progesterona pois não tem
mulher. Ele entra na mitocôndria e para isso, ele enzima para isso.
precisa de uma enzima reguladora de esteroides Ø O FSH aumenta no final do ciclo, recua dentro
(StAR). Se houver mutação disso = morte. do folículo e vai desenvolver e começar o novo
Quando o colesterol atravessa a mitocôndria, ele ciclo. Ele vai selecionar os folículos e criar mais
perde a P-450scc, formando a pregnenolona. receptores para ele mesmo.
Colesterol à pregnenolona.
Pregnenolona pode: § No inicio do ciclo, o uso de GnRH é de 1
1) Sofrer acao da enzima 17-hidroxilase e pulso por 100 minutos.
formar o 17-alfa OH (via delta 5) § Na fase folicular, pré-ovulatória, AUMENTA
2) Sofrer acao da 3 beta HSD e formar A FREQUENCIA e DIMINUI A
PROGESTERONA. (via delta 4). Essa é AMPLITUDE. 1 pulso/hora.
importante pois vai acabar formando o § Depois que ovula, 1 pulso 4/8 horas:
DHEAS e o sulfato vai ser convertido em AUMENTA PULSO e DIMINUI A
ANDROGENIO. O principal androgênio que FREQUENCIA.
temos é a ANDROSTENEDIONA. Esta e a § Como regula a liberação de GnRH? É a
testosterona sofrerão ação da retroalimentação negativa. O FSH faz
aromatase e formam o ESTROGENIO. retroalimentação por alça curta (ovário à
hipófise).
Qual o primeiro estrogênio formado? Estrona. Obs.: alça longa – ovário à hipotálamo
Estrona é convertida em estradiol.
Na placental, as enzimas vao metabolizar os Ø Estrogênios vão fazer a retroalimentação
androgênios e formar o estriol. positiva: desencadear pico de LH e ovular. O
pico de LH vai terminar o retrocesso da meiose,
A testosterona tem 2 caminhos: formar ovócito secundário e iniciar meiose II
1) É aromatizada e forma o ESTROGENIO. que vai parar na metáfase II e ai o folículo libera
2) É degradada pela alfa hidroxilse-21 e forma o ovócito secundário na metáfase II.
a TESTOSTERONA ATIVA.
Ø Estrogênio: faca de dois gumes? Primeio ele faz
retroalimentação negativa, ou seja, inibe a
Teoria das duas células, duas produção de GnRH e gonadotrofina. No
gonadotrofinas. segundo momento, ele faz a retroalimentação
Os androgênios são produzidos pela célula da positiva, chega no hipotálamo e pede para
teca. mandar mais gonadotrofina e aí, libera mais
Na célula da granulosa são convertidos em estrogênio e faz o pico de LH.
estrogênios.
Ø Então, pico do LH, tem que falar que a
Ø Na teca interna tem receptor de LH. retroalimentação negativa do estrogênio
quando chega em um nível alto ela deixa de ser
negativa e passa a ser positiva e acaba possibilitando, assim, a elevação dos níveis de
estimulando mais ainda a produção a nível de FSH.
hipófise, aumentando mais ainda o nível e isso 4. Em resposta ao estímulo de FSH, o folículo
vai desencadear um pico de LH. cresce, diferencia-se e secreta quantidades
Ø O GnRH, ele estimula o gonadotrófico que vai aumentadas de estrogênio e inibina-B.
produzir as gonadotrofinas que vai gerar um fólico 5. O estrogênio estimula o crescimento e a
do ovário e vai produzir o estrogênio e a diferenciação da camada funcional do
progesterona. O estrogênio e a progesterona vão endométrio, que se prepara para a implantação.
inibir o gonadotrofo e de alguma forma o GnRH. O estrogênio trabalha concomitante com o FSH
Ø Como é que funciona essa relação do hormônio com
ao estimular o desenvolvimento folicular.
o receptor? O hormônio vai la e tem receptor para
6. A teoria das duas células-duas gonadotrofinas,
ele, então ele encaixa e desencadeia uma reação
toda, e ai como a metabolização dos hormônios é determina que, com a estimulação do LH, as
muito rápida, para a gente melhorar, potencializar o células ovarianas da camada da Teca
efeito dos hormônios a indústria mudou a sequência produzam androgênios que serão convertidos
de aminoácidos fazendo com que o hormônio em estrogênios pelas células da camada
modificado encaixe no receptor que é do hormônio granulosa sob o estímulo de FSH.
normal. 7. A elevação dos níveis de estrogênio e inibina
Ø Agonista modificado - prolongar a reação dele retroalimenta negativamente a hipófise e o
Ø Antagonista - reage com o receptor mas não libera. hipotálamo, além de reduzir a secreção de FSH.
Ø Os agonistas tem modificação no aminoácido 6 e 8. O único folículo destinado a ovular a cada ciclo
10. E quando nós usamos ele? Para tratar a
é chamado de folículo dominante. Possui
puberdade precoce, o mioma, nos protocolos de
relativamente mais receptores de FSH e produz
fertilização in vitro para modular o ciclo ovariano
para ovular na hora que precisa, quem usa muito no uma concentração maior de estrogênio que os
Lupron é o endócrino pediatra nos casos de folículos que sofrerão atresia. É capaz de
puberdade precoce. O ginecologista usa mais o continuar a crescer apesar dos níveis
Zoladex. diminuídos de FSH.
Ø O efeito do antagonista é de um bloqueio 9. Altos e sustentados níveis de estrogênio
competitivo e não tem resposta biológica, ele para causam o aumento repentino da secreção de
de funcionar na hora, diferente do agonista que LH hipofisário, que desencadeia a ovulação, a
primeiro ocorre uma descarga, libera os hormônios produção de progesterona e a evolução para
que foram produzidos de uma vez só, a paciente fase secretora ou lútea.
acha até que piorou, mas como o receptor vai ta
10. O pico de LH determina a retomada da
ocupado com o antagonista a reação para, depois
melhora. meiose suspensa no dictióteno (diplóteno da
Ø Então o antagonista chamamos de você fritou o prófase da meiose I).
ovário, bloqueou o eixo, vai produzir nada. 11. A função lútea depende da presença de
LH. O corpo lúteo secreta estrogênio,
• Questão de prova: Paciente progesterona e inibina-A, que servem para
(blablablabla) relata amenorreia. Faz manter a supressão das gonadotrofinas. Sem a
uso de risperidona. Qual a causa da secreção continuada de LH, o corpo lúteo
amenorreia? Resposta: O uso de regredirá em 12 a 16 dias. A diminuição
risperidona pode causar resultante da secreção de progesterona resulta
hiperprolactinemia, o que na menstruação.
desencadeia a amenorreia. 12. Se a gravidez ocorre, o embrião secreta
hCG, que mimetiza a ação do LH ao sustentar
PONTOS CHAVES o corpo lúteo. Este, por sua vez continua a
1. O GnRH é produzido no núcleo arqueado do secretar progesterona e sustenta o endométrio
hipotálamo e é secretado de modo pulsátil na secretor, possibilitando que a gravidez continue
circulação porta hipofisária e age na hipófise a se desenvolver.
anterior.
2. O desenvolvimento folicular ovariano passa de
um período de independência para uma fase de
dependência de FSH.
3. Enquanto o corpo lúteo do ciclo anterior
definha, diminui a produção lútea de
progesterona, estrogênio e inibina-A,
CICLO UTERINO A PGF2alfa é um potente vasoconstrictor que
intensifica os espasmos arteriolares, causa
O estroma endometrial é constituído de uma isquemia adicional do endométrio e leva à
matriz de tecido conectivo dispersa entre fibras ocorrência de contrações miometriais. Estas
colágenas e elásticas. contrações podem servir para expelir
Histologicamente, há três camadas no fisicamente o tecido endometrial que descama
endométrio: do útero.
1) Profunda ou basal
Não responde aos hormônios ovarianos. O fluxo menstrual para como resultado dos efeitos
2) Média ou esponjosa combinados da vasoconstricção prolongada,
Ocupa a maior parte da espessura do endométrio colapso tecidual, estase vascular e reparação
e reage aos estímulos hormonais. induzida pela ação estrogênica.
3) Superficial ou compacta
Inclui a região do colo das glândulas bem como o A camada basal do endométrio permanece
epitélio superficial. intacta, e pode assim iniciar a reparação da
camada funcional.
Do ponto de vista morfofuncional, o endométrio
pode ser dividido: Endométrio Proliferativo

1) Camada Funcional Corresponde à fase folicular no ovário. Após três


Compreende os dois terços superiores do a quatro dias de menstruação, o endométrio inicia
endométrio. A finalidade da camada funcional é sua regeneração, e cresce em resposta ao
preparar-se para a implantação do embrião em estímulo estrogênico.
fase de blastocisto.
Ela é composta por duas camadas: uma localizada O endométrio no início da fase folicular possui
mais profundamente, camada esponjosa, e outra aproximadamente 2 mm de espessura, e atinge
camada mais superficial, camada compacta. cerca de 10 mm no período pré-ovulatório. Há
aumento de células ciliares também.
2) Camada basal
É responsável pela regeneração do endométrio Endométrio secretor
após a menstruação.
Corresponde à fase lútea no ovário.
FASES DO CICLO UTERINO Caracteriza-se pela atuação da progesterona
produzida pelo corpo lúteo em contraposição à
1) Endométrio menstrual ação estrogênica.
2) Endométrio proliferativo
3) Endométrio secretor As células das glândulas endometriais formam
vacúolos. O estroma permanece inalterado até o
Endométrio menstrual sétimo dia após a ovulação, quando se inicia
edema progressivo do tecido. Nesse mesmo
Caracteriza-se por uma ruptura irregular do período, a atividade secretora das glândulas
endométrio devido parada da secreção das costuma ser máxima e o endométrio já se encontra
glândulas endometriais na ausência de preparado para a implantação do blastocisto.
implantação do embrião.
A concentração de Receptores de Estrogênio é
Esta sequência de eventos ocorre devido ao alta na fase proliferativa e diminui após a
término da vida funcional do corpo lúteo, o que ovulação, o que reflete a ação supressiva da
ocasiona a redução da produção de estrogênio progesterona sobre receptores de estrogênio.
e progesterona.
A concentração de Receptores de Progesterona
A diminuição dos níveis desses hormônios é máxima durante a fase ovulatória, o que
leva a reações vasomotoras, perda decidual e reflete a indução desses receptores pelo estradiol.
à menstruação.
Os espasmos vasculares levam à isquemia e à
perda de tecido.

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