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FABRICIO

2022.1- estação 2 cirurgia


2021- estação 10 mfc
2021 reaplicação estação 5 e 10 mfc
2022.1- estação 1 clinica médica

Arbovirose

Paciente de 30 anos atende ao serviço de consulta, referindo febre e dor no corpo.

Nos próximos 10 minutos, deverão ser realizadas as seguintes tarefas:


realizar o atendimento da paciente;
explicar as medidas necessárias para a correta investigação clínica e seguimento do caso;
verbalizar as condutas necessárias e as orientações à paciente e demais ações a serem
realizadas pela equipe de saúde da UBS.

SINAIS VITAIS:
• REG
• PA 120 x 80mmHg
• FC 87bpm
• FR 16irpm
• SatO2 98% AA
• Tax 37.8°
EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia paciente desidratado +/4+ com exantema maculo papular em tronco
• Linfonodos: ausentes
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (levemente distendido), Ausculta (RHA normais), Palpação (indolor a
palpação com massa palpável a 2cm
do RCD = Hepatomegalia), Percussão (sem alterações)
• MMII: sem lesões ou edemas
• Prova do laço: presença de 30 petéquias (positiva)
EXAMES COMPLEMENTARES:
• HC: Hb: 12 (Ref. 12-16), Ht: 45 (Ref. 36-48), Leuco: 3.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq:
90.000 (Ref. 150.000-450.000)
• Teste rápido (NS1): positivo
• Sorologia para dengue: não disponível na unidade

Acolhimento:
1. Apresenta se como médico do serviço de consulta (Eu sou o Dr.(a), aqui do serviço de
emergência e vou realizar seu atendimento).
2. Olhar sempre nos olhos da paciente, não baixar a cabeça, tronco voltado sempre para
a paciente, sentar sempre ereto, se possível tocar no ombro da paciente. Lembrar
sempre que ao falar termos médicos: explicar em linguagem clara para a paciente
(evitar palavras: sintomas, sinais, síndromes, exacerbação, diagnostico).
3. Qual seu nome? Idade? Ocupação? Depois que ele falar seu nome, chamar sempre
pelo nome.
4. Escutar a queixa da paciente sem interrupções desnecessárias
Anamnese:
1. Investigar a queixa de febre: quando inicio? Duração? Continua? Se teve escalafrios?
Se aferiu a temperatura? Se tomou algum medicamento?
2. Dor no corpo: início? Duração? Intensidade? Alívio? Primeira vez?
3. Sintomas acompanhados: náuseas, vômitos, dor de cabeça? Dor retro orbitaria?
Coceira nos olhos? Conjuntivite? Irritabilidade? Sonolência?
4. Tem vacina para febre amarela? Teve contato com enchentes, esgoto, nos últimos 30
dias?
5. Questionar viagens recentemente (14 dias atrás)? Ou alguém em casa ou vizinho com
os mesmos sintomas?
6. Antecedentes GOB: data da última menstruação? Gravidez? Abortos?
7. Antecedentes patológicos: diabetes, HTA, DPOC, Doenças hematológicas, IRC,
Hepatopatias, doenças autoimunes?
8. Preciso investigar na senhora sinais de alarme: está se sentindo sonolenta (letargia),
irritabilidade, teve dor abdominal intensa, vômitos persistentes, teve sangramento na
boca? (Esses precisa perguntar/ os outros procurar no exame físico)
9. Hábitos: álcool, tabagismo, medicamentos que pode ter tomado (AAS ou dipirona),
investigar diurese (nas últimas horas você urinou? em que quantidade? Menos que
habitual?
Exame físico:
1. Primeiro eu preciso que a senhora me autorize a realizar a prova do laço:
Verificar PA e calcular o valor médio (PAS + PAD)/2
Insuflar manguito are o valor médio e manter por cinco minutos adultos e 3 minutos
crianças.
Desenhar um quadrado de 2,5 cm de lado do antebraço.
E depois contar o número de petequeias formadas dentro.
Adulto > 20 petequeias / criança > 10
2. Solicitar que paciente suba até a maca, vou lavar minhas mãos aquecê-las, e me
posicionar a direita da paciente.
Sinais vitais (FC, FR, Sto2, PA). Lembra de aferir a PA em pé e deitada lipotimia é sinal
de alarme.
Exame físico geral de pele: pesquisando exantema, petequeias ou sinal de herman/
peso/ IMC/ altura (calcular IMC e falar o resultado)
Abdômen: procurar hepatomegalia maior de 2 cm abaixo do reborde costal/ ou dor
abdominal na palpação/ ascite (sinais de alarme)
Pulmão: derrame pleural.
Conduta é orientação:
1. Deu o diagnóstico de dengue: Classificou a dengue de acordo com a clínica e prova
do laço. (Falar paciente está no grupo B)
2. Grupo B: ausência de sinais de alarme + prova do laço positiva ou sangramento
espontâneo de pele (petéquias).
Ou menos de 2 anos, ou maiores de 65, HAS, DM, DPOC, Doenças hematológicas, IRC,
hepatopatias, doenças autoimunes, gravidas.
3. Vamos precisas solicitar alguns exames e a senhora vai ficar em observação até sair os
resultados, para avalia os próximos passos. (Hemograma completo).
4. Conduta: paracetamol + repouso+ hidratação oral conforme esquema:
5. Adulto: 60 ml/kg sendo 1/3 SRO e 2/3 líquidos.
6. Crianças: até 10 kg / 130 ml/ kg dia – 10 a 20 kg: 100 ml/kg/dia.
7. Os resultados dos exames já saíram (hemograma sem alteração). Vamos mandar a
senhora para casa, com tratamento domiciliar.
8. Orienta como preparar o soro caseiro ou SRO.
9. Informa para não se automedicar/ evitar AAS/ AINES
10. Orientar retorno diário/ principalmente no dia da melhora da febre.
11. Notificar a dengue/ preencher o cartão da dengue.
12. Orienta e questionar sobre possíveis criadouros na casa/ para eliminar focos.
13. Informar sinais de alarme: vômitos intensos, dor abdominal, perda de consciência, mal
estar general (retornar imediatamente para internação/ indicar gravidade do caso).
14. Esclarecer dúvidas/ despede-se.
DIARREIA
Mãe atende a consulta com seu filho de 2 anos de idade, referindo que a criança está com
diarreia.
Nos próximos 10 minutos realize:
• Anamnese direcionada
• Exame físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta e orientações

SINAIS VITAIS:
• REG
• PA (adequada para idade)
• FC 128bpm
• Pulsos (rápidos e fracos)
• FR 30irpm
• SatO2 97% AA
• Tax 38°
• Peso atual 8kg (anterior 9kg)

EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: criança irritada, desidratada ++/4+, com olhos fundos, lágrimas ausentes e
que bebe água avidamente
• Fontanela: anterior deprimida e posterior fechada
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: Inspeção (levemente distendido), Ausculta (RHA aumentados), Palpação
(doloroso a palpação profunda
difusamente), Percussão (timpanismo discreto)
• MMII: sem lesões ou edemas

INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Lactente de 9 meses com diarreia aquosa, fétida (sem muco ou sangue) a 2 dias (vários
episódios), chorosa desde o início do
quadro.
• Apresentou febre de 38° (baixada com Paracetamol) e 1 episódio de vômito.
• Alimentação com lactancia materna mais papinhas e sopinhas (mamou exclusivamente ao
peito até os 6 meses).
• Calendário vacinal (não tomou a vacina Rotavírus aos 4 meses, pois não tinha no posto).
• Paciente sem outras comorbidades, pré-natal e parto sem intercorrências, nega alergias.
Acolhimento:
1. Identifica-se como médico (Eu sou médico da unidade básica de saúde, estarei
realizando o atendimento de
vocês.) Qual o nome da senhora e do seu filho. Tratar sempre pelo nome, e nunca usar o
termo mãe ou mãezinha.
Sempre cumprimentar a criança (depende da idade claro)
2. Estabelece clima harmônico (deixando a paciente confortável, postura sempre reta, tórax
voltado para paciente,
olhando sempre nos olhos, não cruzar os braços.
3. Investigar a queixa da mãe, escutar sempre sem interrupções desnecessárias.
Anamnese:
1. Solicitar o cartão da criança e verificar (nome, idade, imunização, peso e comprimento ao
nascer) em especial
avaliar vacina rotavirus.
2. Característica das fezes (início, quantidades, quantas vezes, presenta de sangue,
presença de muco, cheiro,)
3. Sintomas e sinais acompanhado (febre, vômitos, investigar sintomas respiratório) algum
positivo perguntar
mínimo 3 coisas para definição.
4. Investigar sinais de perigo (consegue beber ou mamar no peito, vomita tudo que ingere?
Apresentou convulsões
ou movimentos anormais nas últimas 72 horas)
5. Perguntar sobre alimentação, atividades, doenças, alergias.
Exame físico:
1. Lava as mãos, aquece e pede para levar a criança até a maca, posicionar a direita.
2. Pede autorização para tocar a criança.
3. Exame físico (avaliar hidratação: estado geral, olhos, sinal da prega, sede) e dados
antropométricos (solicitar
tabelas, anotar no cartão da criança, informar para a mãe os valores) importante pesar a
criança, o peso pode nos
orientar na melhora do quadro) Criança vai estar: irritado, sedento, olhos fundos, lagrimas
diminuída, mucosas
secas, sinal da prega recolher < 2s, déficit de peso de 3-9%.

Orientação e conduta:
1. Informou para mãe o diagnóstico de: diarreia aguda com desidratação, que a criança
precisar ficar em observação
no serviço, para se tomar algumas medicas.
2. Informar que precisar receber 50-100ml/kg de SRO, no intervalo de 4-6 horas, será
administrado com copo ou
seringas. (Isso é o plano B)
3. Se vômitos persistentes podemos usar ondansetrona (0,02mg/kg/dose, até 3x dia)
AIDIPI.
4. Prescreve zinco oral (< 6 meses10mg/dia, > 6 meses 20/mg dia – 10-14 dias)
5. Informar que se vai suspender outros tipos de alimentos, se tiver amamentando poderá
continuar.
6. Se reavaliará paciente continuamente com controle de sinais de desidratação e pesando
a criança. Quando
desaparecer esses sinais, ela recebe alta com o PLANO A.
7. Se a criança vomitar aguardar 10 minutos e tentar novamente.
8. Orienta sinais de gravidade para retorno (não consegue bebe ou mamar, piora do estado
geral, aparecimento de
febre, sangue nas fezes)
9. Orienta pratica de higiene pessoal, alimentos e domiciliar.
10. Desfaz duvidas e fazer as perguntas de verificação (quando tem que voltar, se piorar o
que fazer? Quais sinais de
piora? Como fazer o soro caseiro)
11. Despede-se cordialmente.

MAMA

Você é o médico de uma ESF e recebe paciente do sexo feminino, 40 anos, relatando que
percebeu um
caroço em sua mama esquerda há 4 dias ao tomar banho.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame físico direcionado
• Hipótese diagnóstica
• Conduta terapêutica
SINAIS VITAIS:
• BEG
• PA 120 x 80mmHg
• FC 85bpm
• FR 16irpm
• SatO2 99% AA
• Tax 36.5°

EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia geral: sem alterações
• ACV: RCR 2T BNF e AR: MVUA S/RA
• Mamas:
a) Inspeção Estática: Mama esquerda (pele em QSL em aspecto de casca de laranja),
Mama direita (sem alteração)
b) Inspeção Dinâmica: Mama esquerda (pele com retração em QSL), Mama direita (sem
alteração)
c) Palpação: Mama esquerda (nódulo duro, aderido à parede e bordes irregulares em QSL),
Mama direita (sem alteração)
d) Descarga papilar: Mama esquerda (espontânea e a expressão tipo água de rocha),
Mama direita (sem alteração)
• Linfonodos: cervicais, infra e supra claviculares, paraesternais (linfonodos ausentes) e
axilares (linfonodo axilar esquerdo)
• Exame especular (sem alterações) e Toque vaginal (colo fechado e sem dor a
mobilização)
• MMII: sem lesões ou edemas

EXAMES COMPLEMENTARES:
• Mamografia, USG de mamas e/ou PAAF (solicitados e aguardado resultado

INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Paciente relata que no banho observou caroço pequeno, duro, indolor e saída de um
líquido claro em sua mama esquerda.
• Nulípara (não deseja ter filhos), namorando (com parceiro fixo). Em uso de ACO e
namorado preservativo durante relações.
• Papanicolau em dia e sem alterações. DUM (há 15 dias), Menarca (aos 10 anos), Sexarca
(aos 16 anos).
• Nega históricos patológicos pessoais, uso de medicações (exceto ACO) e alergias. Nega
tabagismo e bebe socialmente.
• Histórico patológico pessoal (mãe falecida aos 50 anos, de Câncer de ovário, descoberto
aos 43 anos).
HEMORRAGIA

Paciente de 40 anos atende ao serviço com quadro de vômitos com sangue e dor
abdominal.

Nos próximos 10 minutos realize:


• Anamnese direcionada
• Exame Físico
• Hipótese diagnóstica
• Conduta Terapêutica
SINAIS VITAIS:
• REG
• PA: 90 x 50 (sem melhora mesmo após cristaloides)
• FC: 110bpm
• FR 22irpm
• SatO2 98% AA
• Tax 37.1°

EXAME FÍSICO:
• Ectoscopia: paciente hipoativo, com palidez cutânea, mucosas hipocoradas +++/4+ e
desidratadas ++/4+
• Linfonodos: ausentes
• ACV: RCR 2 BNF e AR: MVUA S/RA
• Abdome: flácido e doloroso em região epigástrica com RHA normais
• Toque retal: tônus preservado, ausência de massas e presença de fezes escurecidas em
ampola retal
• MMII: sem lesões ou edemas

EXAMES COMPLEMENTARES:
• Glicemia capilar: 122mg/dl
• HC Hb: 7 (Ref. 12-16), Ht: 18 (Ref. 36-48), Leuco: 6.000 (Ref. 3.700-10.000), Plaq:
180.000 (Ref. 150.000-450.000)
• Coagulograma (alterado)
• Tipagem sanguínea (A+)
• EDA (diagnóstica e terapêutica): úlcera gástrica com sangramento em babação (Forrest
IB) / realizada ligadura elástica

INFORMAÇÕES DO PACIENTE:
• Paciente relata início do quadro a mais ou menos 3 meses, com piora dos sintomas ontem
chegando até a desmaiar.
• Informa que vem observando suas fezes escurecidas, mas não apresentou diarreia nem
constipação.
• Alimentação não balanceada, com dieta na maioria das vezes com frituras. Não tabagista
e bebe com frequência.
• Nega outros sintomas, comorbidades e alergias. Faz uso esporádico de Nimesulida pois
sente dor no estômago.

Acolhimento:
1. Identifica-se como médico da UPA/ fala que será responsável pelo atendimento
da paciente.
2. Pergunta seu nome? Idade? Profissão? Estado civil?

3. Solicita imediatamente Move-G (M-onitorização, O- oxigênio, V-eia, E-letro, G-


licemia.)

Anamnese:
1. S – Sintomas: inicio do quadro de vômitos? Quantas vezes? Que
quantidades? Qual a cor do sangue? Era com resto de alimentos? Primeiro
episódio?
Sintomas acompanhados: dor: tipo? Localização? Intensidade? Freqüência?
2. I- Histórico médico: antecedentes de ulceras? Doenças do estomago?
Antecedentes de H pylori? Doenças no fígado: hepatite ou cirrose? Alguma
doença no sangue?
3. M- Medicamentos: estava usando algum medicamento com diclofenaco?
Toma para alguma dor crônica? Fez algum tratamento recentemente?
Tabagismo?
4. P- Primeiro episódio:
5. L – Líquidos ingeridos: Café, álcool?
6. E- estresse
Exame físico:
1. Lava as mãos/ solicita autorização/
2. Buscar sinais de instabilidade: PA, FC, FR, STO2 (pode apresentar sinais de
hipotensão: rebaixamento do nível de consciência, pele fria, taquicardia e
hipotensão postural).
3. Exame físico de abdômen: a presença de dor abdominal grave com sinal de
defesa abdominal: indica que pode ser perfuração: deve ser excluído antes da
endoscopia. / Necessário procurar sinais de cirrose:
4. Informou e solicitou autorização para realiza toque retal: descarta hemorragia
baixa.
Orientação e conduta:
1. Antes de qualquer abordagem na prova precisamos primeiro fazer as principais
correções hemodinâmicas.
2. Avaliar via aérea do paciente.
3. Indicar reposição volêmica com solução cristalóide aquecido.
4. Solicitação de exames: hemograma, tipagem sanguínea, coagulograma, função
renal, função hepática.
5. Na suspeita de perfuração: solicitar Radiografia.
6. Avaliar necessidade de hemotransfusão: se perda volêmica > 40%
7. Informar ao paciente o diagnóstico de hemorragia digestiva por possível ulcera
péptica.
8. Informar que precisa continuar hospitalizado para controle do quadro.
9. Solicitar endoscopia digestiva alta (paciente estável)
10. Indicar jejum nas primeiras 24 horas.
11. Omeprazol 80mg em bolus endovenoso.
12. Controle de diurese e sonda nasograstica.
13. Controle de glicemia e sinais gerais de 4/4 horas.

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