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OSCE SAÚDE DA MULHER I – Parte I

EXAME FÍSICO
1. Solicitar que a paciente troque de roupa em local reservado
2. Lavar as mãos com água e sabão e secá-las antes e após o atendimento

Exame das mamas:


o Inspeção estática

Paciente sentada com os braços pendentes ao lado do corpo

o Inspeção dinâmica
1. Elevação dos membros superiores

2. Mãos apoiadas na cintura e contração dos músculos peitorais


3. Flexão anterior do tronco

OBSERVAR:
✓ Se tem duas mamas
✓ Cor do tecido mamário
✓ Erupções cutâneas incomuns
✓ Descamação
✓ Assimetria
✓ Evidência de peau d’orange
✓ Proeminência venosa
✓ Massas visíveis
✓ Retrações ou depressões
✓ Alterações na aréola (tamanho, forma e simetria)
✓ Alterações na orientação dos mamilos
✓ Achatamento ou inversão
✓ Evidência de secreção mamilar
✓ Presença de cicatrizes cirúrgicas prévias
✓ Marcas congênitas e tatuagens

o Palpação de linfonodos
1. Com a paciente sentada as fossas supraclaviculares e infraclaviculares são
examinadas pela frente da paciente
2. Para examinar os linfonodos axilares direitos o examinador deve suspender o braço
direito da paciente, utilizando o seu braço direito; deve então fazer uma concha
com os dedos da mão esquerda, penetrando o mais alto possível em direção ao
ápice da axila. A seguir, trazer os dedos para baixo pressionando contra a parede
torácica. O mesmo procedimento deve ser realizado na axila contralateral

OBSERVAR:
✓ Número de linfonodos palpados
✓ Tamanho
✓ Consistência
✓ Mobilidade

o Palpação das mamas


1. Pede para a paciente deitar
2. Elevar o membro superior acima da cabeça do lado da mama que vai ser examinada
primeiro
3. O examinador se coloca do lado da mama que vai ser examinada e descobre a paciente
somente do lado que vai realizar a palpação
4. Inicia-se o exame, utilizando as polpas digitais em movimentos radiais abrangendo todos
os quadrantes mamários
5. Após examinar toda a mama, o mamilo deve ser espremido delicadamente para
determinar se existe alguma secreção
OBSERVAR:
Nas mamas:
✓ Nódulos
✓ Espessamentos
✓ Consistência do parênquima
✓ Temperatura
✓ Dolorimento
Na expressão do mamilo caso ocorra descarga papilar:
✓ Característica (líquida, oleosa ou pastosa)
✓ Coloração (hialina, leitosa, sanguinolenta ou escura)
✓ Volume
✓ Número de ductos excretores
✓ Bilateralidade
✓ Presença de ponto gatilho, ou seja, ponto que ao ser tocado produz
derrame papilar
Tumores e outros achados físicos devem ser descritos pelas seguintes
características:
✓ Localização, por quadrante ou método do relógio
✓ Tamanho em centímetros
✓ Forma (redonda, oval)
✓ Delimitação em relação aos tecidos adjacentes (bem circunscritos,
irregulares)
✓ Consistência (amolecida, elástica, firme, dura)
✓ Mobilidade, com referência a pele e aos tecidos subjacentes
✓ Dor à palpação focal
✓ Aspecto das erupções, eritemas, outras alterações cutâneas ou
achados visíveis (retração, depressão, nevos, tatuagens)

EXAME GINECOLÓGICO
1. Todos os passos do exame deverão ser comunicados previamente, em
linguagem acessível à paciente
2. Obrigatório o uso de luva
3. Coloca-se a paciente em decúbito dorsal, com as nádegas na borda da
mesa, as pernas fletidas sobre as coxas e, estas, sobre o abdômen,
amplamente abduzidas

o Inspeção
1. Observar:
✓ Forma do períneo
✓ Disposição dos pelos
✓ Conformação externa da vulva (grandes lábios)
2. Com o polegar e o indicador prendem-se as bordas dos dois lábios, que
deverão ser afastadas e puxadas ligeiramente para a frente. Observar:
✓ Face interna dos grandes lábios e o vestíbulo,
✓ Hímen ou carúnculas himenais
✓ Pequenos lábios
✓ Clitóris
✓ Meato uretral
✓ Intróito vaginal
➢ Lesões existentes no tegumento vulvar devem ser avaliadas quanto ao
tipo, número, localização, dimensões, cor, mobilidade e sensibilidade

3. Realizar manobra de Valsalva (pedir para paciente tossir) para melhor


identificar eventuais prolapsos genitais e incontinência urinária -
inspeção dinâmica
o Exame especular
1. O examinador afasta os grandes e pequenos lábios com o polegar e 3º
dedo de uma das mãos e a outra mão introduz o espéculo
2. O espéculo é introduzido fechando lentamente
3. A introdução deve ser realizada com o espéculo inclinado (obliquo) e,
à proporção que se vai introduzindo, realiza-se um movimento de
rotação para horizontalizar as valvas - colocar soro fisiológico no
especulo caso seja uma paciente menopausada que tenha
ressecamento
4. Após o espéculo totalmente introduzido, deve-se começar a abertura
das valvas, de modo lento e cuidadoso
5. Aberto o espéculo, avaliar:
✓ Coloração do colo
✓ Fluxo genital
✓ Presença de manchas
✓ Lesões vegetantes
✓ Lacerações
6. Coleta de papanicolau:
a) Para a coleta do ectocérvice, usar a extremidade com borda recortada
da espátula de Ayre, adaptar a parte protrusa no orifício externo do
colo e realizar um movimento giratório de 360 graus.
b) Introduzir a escova no canal endocervical, rodando várias vezes no
canal
c) O material deverá ser colocado sobre a lâmina de forma tênue e
continuada em toda sua extensão, sendo imediatamente fixado com
“fixador citológico”
7. A retirada do espéculo é efetuada em manobra inversa à da sua
colocação
8. Colhido o material, retirar cuidadosamente o espéculo, em manobra
inversa à da sua colocação, fechando-o lentamente e observando as
paredes vaginais

ECTOCÉRVICE ENDOCÉRVICE
ORIENTAÇÃO DO RASTREAMENTO DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
• O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões
precursoras é o exame citopatológico.
• Os dois primeiros exames devem ser realizados com intervalo anual e,
se ambos os resultados forem negativos, os próximos devem ser
realizados a cada 3 anos
• O início da coleta deve ser aos 25 anos de idade para as mulheres que
já tiveram ou têm atividade sexual
• Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos de idade e,
naquelas mulheres sem história prévia de doença neoplásica pré-
invasiva, interrompidos quando essas mulheres tiverem pelo menos
dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos

o Toque vaginal:
1. Colocar uma luva nova
2. Umedecer com gel lubrificante os dois dedos que penetrarão na
cápsula vaginal (2º e 3º dedos) – pedir que alguém ponha o gel para
você
3. O polegar, o 4º e o 5º dedos da mão examinadora farão o afastamento
dos grandes e pequenos lábios da vulva dando abertura suficiente para
que o 2º e 3º dedos entrem
4. Os dedos devem se dirigir ao fundo de saco e identificar o colo
5. O colo deve ser mobilizado látero-lateralmente, ântero-posteriormente
e superiormente avaliando a mobilidade do útero e se essas manobras
causam dor
6. O examinador procede ao exame de toque dos fundos de saco
posterior e anterior, deslizando também nas porções mais superiores e
laterais da vagina em busca de nódulos, retrações, espessamentos ou
tumorações
7. Toque bimanual: Com os dois dedos tocando a cérvice, o examinador
eleva o útero em direção a parede abdominal, onde a mão livre é
suavemente colocada sobre o abdômen e vai deslizando de cima para
baixo até que o útero se ponha entre as duas mãos e possa ser
palpado. Observar o tamanho, consistência, regularidade e mobilidade
do órgão e as dores
8. Feito isso, os dedos são dirigidos para as laterais do fundo do saco
anterior na busca de palpação dos ovários, sendo feita a mesma
manobra descrita para o útero, porém, agora, a mão livre é dirigida
para cada zona de projeção dos ovários

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