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PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA

BLOCO NUTRIÇÃO
TH 3

Avaliação
Exame da genitália interna - toque •
Pélvica
Auxiliar no diagnóstico de gestação e
confirmação da idade gestacional
• É feito apenas sob indicação médico.
• Avaliar a bacia obstétrica e as relações.
• Quando não conheçamos essa gestante,
• Avaliar as relações entre a apresentação
é indicado fazer a consulta completa com
fatal e a bacia óssea materna.
o toque para conhecer a pelve.
• Avaliar as condições do colo uterino.
Toque Vaginal na gestante
• Auxiliar no diagnóstico de gestação e
• Posição: confirmação da idade gestacional
o Litotomia, Toque bimanual:
o Pernas fletidas sobre o tronco
• Permite avaliar as condições do colo
(coxa)
uterino (permeabilidade), volume uterino
o Bexiga vazia
(regularidade e compatibilidade com a
o Avisar sobre o que é toque (avisar
amenorreia), a sensibilidade à
que não causa prejuízo ao seu
mobilização do útero e possíveis
filho).
alterações anexiais.
• Avaliação das condições do colo uterino.
Técnica:
• Avaliação da pelve óssea.
• Avaliação: • Lavar as mãos
o Assoalho pélvico • A paciente deve estar em posição
o Paredes vaginais ginecológica (litotomia).
o Pelve óssea • O examinador, de pé e com as mãos
o Útero cobertas por luvas, realizará o toque
o Anexos vaginal.
• A mão mais hábil é introduzida na vagina
e a outra realiza a palpação simultânea
da pelve, através da parede abdominal.
o São avaliados a amplitude, a
consistência, a temperatura, o
comprimento e a superfície
vaginal. O toque da parede
vaginal anterior permite uma
avalição indireta da sensibilidade
vesical e de partes da sua
superfície. Na avaliação da parede
vaginal posterior, podem ser
Objetivos:
percebidos blocos de fezes
• Avaliar o útero e anexos através do toque presentes do reto.
genital combinado, abdominovaginal.
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o Ao tocar o colo uterino, devem ser • Avaliar a bacia obstétrica:


avaliados o comprimento, posição,
direção, volume, forma,
regularidade da superfície,
consistência e a abertura do seu
orifício externo.
• O examinador aloca a outra mão no
abdome inferior e busca palpar o corpo
uterino. Simultaneamente, a mão vaginal • Pontos de reparo na pelve verdadeira:
auxilia a apreensão do útero e dos anexos. tem relação com a possibilidade da
o Avalia-se o tamanho, forma, evolução da apresentação fetal e a
volume, consistência, regularidade, ocorrência de um parto vaginal etóssio.
versão e flexão uterina.
• O toque genital é finalizado com a Toque obstétrico:
palpação anexial (tubas e ovários). Os Objetivos específicos do toque obstétrico –
dedos introduzidos na vagina devem ser avaliar:
deslocados para fórnix lateral e a mão • Amplitude e elasticidade de partes moles.
abdominal deslocada lateralmente em • Dilatação, apagamento e posição
direção às fossas ilíacas. cervical.
o Os ovários normais geralmente não • Estrutura e diâmetros pélvicos.
podem ser palpados, exceto em • Proporcionalidade feto-pélvica.
pacientes muito magras ou • Apresentação, variedade de posição e
quando aumentados de volume. altura da apresentação.
As tubas uterinas somente são • Grau de encaixamento da apresentação.
palpáveis se alteradas. • Estado das membranas ovulares.
Técnica:
Exame genital deve ser realizado com a
bexiga vazia, depois de uma micção
espontânea com a gestante posição
ginecológica, com o sacro bem apoiado na
• Toque combinado para definir o volume
maca. O examinador deverá estar usando
uterino quando o órgão ainda não se
luvas.
encontra acessível à palpação
• Separar os lábios menores com os dedos
abdominal.
polegar e indicador da mão menos hábil.
• Inspecionar o intróito (se for observada
perda de líquido ou sangue pelos genitais,
deve ser realizada avaliação sobre sua
origem e magnitude por especuloscopia
antes do toque vaginal).
• Introduzir os dedos indicador e médio da
mão mais hábil na cavidade vaginal, em
direção ao seu eixo (45° em sentido
• inferior), mantendo os dedos anular e
• No 1º trimestre é possível que vemos mínimo flexionados e o polegar estendido.
alterações no formato e na consistência • Palpar com a superfície palmar dos dedos.
uterina que são achados sugestivos de • Manter o antebraço em posição
gestação. horizontal.
• Mulher não gestante: útero na forma de • Apoiar o fundo uterino com a mão
pera; Consistência firme externa.
• 1º trimestre: formato do útero fica esférico, • Não retirar os dedos da vagina até
globoso e ocupa toda a pelve com completar o exame.
consistência amolecida e fibroelástico.
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• Verificar se a gestante está tolerando o lado; fazer a pronação da mão e


exame. palpar do outro lado
• Após retirar os dedos da vagina, observar o Entreabrir os dedos, de modo a tentar
a possível presença de mucosidade, alcançar as duas espinhas ilíacas,
sangue ou líquido simultaneamente.
o Não ocorre na maioria das
mulheres: há um espaço
suficiente bom para progressão
da apresentação e para o
mecanismo do parto.

• d
• d
Avaliar a bacia obstétrica:
• Pelve verdadeira é dividia em 3 estreitos
(superior, médio e inferior) tendo em vista
a progressão da apresentação durante o
trabalho de parto. o Estreito inferior
• Pelvimetria clínica o Ângulo subpúbico
o Estreito superior (promontório o Ângulo > que 90º é esperado.
atingível ou não)
o Estreito médio (espinhas ciáticas)
o Estreito inferior (ângulo subpúbico).
o Promontório: regiaõ da transição
da última vértebra lombar e sacreal

• Pelvimetria interna:
o Estreito superior: ao alcançar o
promontório, é um achado que o
estreito superior não está o Pelve androide: ângulo < 45ºc
adequado a penetração da o Pelve ginecoide: ângulo +/- de
apresentação cefálica na pelve 120ºc – favorece um bom parto
verdadeira. vaginal
o Acontece em minorias

o Há uma certa correspondência


entre a distâncias entre as espinhas
o Estreito médio: avaliar a distância entre e tuberosidades isquiáticas.
as 2 espinhas estríaticas • Relações entre a apresentação e a bacia
o Introduzir os 2 dedos na vagina, o Apresentação fetal (confirmação)
progredir até palpar a espinha de um o Insinuação
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o Proporcionalidade

Como é denominado mulheres que já


tiveram gravidez, anteriormente?

Avaliar condições do colo uterino:


• Consistência
o Ela altera durante a gestação e
torna-se endurecido.
o Textura próxima a do lábio ou da
orelha (bem macio)

o Colo uterino: porção vaginal com


+/- 13 cm (entre orifício externo e
interno)

• Dilatação
• Apagamento
o Diminuição do comprimento do
colo longitudinal (diminui a
distância do orifício interno e
externo).
▪ Tripercentual (50% apagado,
70% ...)
▪ Colo longo: não há nenhum
apagamento. • B: colo longo (orifício externo e interno) –
▪ Colo médio: houve 50% de nenhum apagamento
apagamento • C: apagamento de 50% - colo médio –
▪ Colo fino: apagamento com dilatação
superior a 80% • D: 100% de apagamento – não dá para
o Aumento do comprimento diferir o orifício externo e interno.
transversal Aferir dilatação uterina:

A dilatação e o apagamento ocorrem,


simultaneamente, no trabalho de parto
o No caso de mulheres que já tiveram apenas em mulheres que já tiveram bebê,
partos anteriores, o apagamento anteriormente? Ou em todas?
acontece durante o trabalho de
parto já (dilatamento e
apagamento)
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• Medidas em centímetro
Dilatação, apagamento e posição do colo
uterino: Bacia óssea:
• A bacia ou pelve é dividida em pelve
• O colo uterino possui dois orifícios, um maior e pelve menor, separadas pela linha
interno e outro externo, que sofrem terminal, uma margem óssea encurvada
alterações durante a gravidez e o que vai do promontório até a margem
trabalho de parto. superior da sínfise púbica. Do ponto de
• O apagamento e a dilatação cervical são vista obstétrico, para a avaliação da via
produzidos pelo efeito das contrações e de parto é necessário apenas o
pelas modificações bioquímicas do colo conhecimento das dimensões da bacia
no final da gravidez. menor.
• O apagamento é a redução do • Esta é didaticamente dividida nos estreitos
comprimento do canal cervical. Quando superior, médio e inferior.
o apagamento está completo, o orifício • Através do toque vaginal podemos avaliar
cervical externo se confunde com o a bacia materna realizando a pelvimetria
interno. De maneira geral, a primípara interna clínica.
completa o apagamento antes de iniciar • Este exame é obrigatório na assistência ao
a dilatação, na multípara, no entanto, os parto e consiste na avaliação dos estreitos
processos costumam ser simultâneos. superior, médio e inferior da pelve e do
• O apagamento descreve-se indicando a ângulo subpúbico.
longitude do canal endocervical, tanto • Estreito superior: é delimitado, no sentido
em valores absolutos (1 a 4 cm), ou em póstero-anterior, pelo promontório, pela
porcentagem de apagamento (0 a 100%). borda anterior da asa do sacro, pela
• A dilatação é a ampliação do colo articulação sacroilíaca, pela linha
uterino, que varia entre alguns milímetros e inominada, pela eminência ileopectínea
10 cm. Produz-se por um mecanismo e pela borda superior da sínfise púbica. Há
duplo; tração da fibra miometrial que se um diâmetro ântero-posterior, de interesse
apóia para contrair-se no tecido obstétrico, traçado do promontório até a
conjuntivo do colo e pressão da bolsa de borda superior da sínfise púbica, cujo
águas ou da apresentação fetal, sobre o nome é diâmetro promonto-suprapúbico
orifício cervical interno. (conjugata vera anatômica) e mede 11
• A dilatação é medida introduzindo os cm. Também de interesse obstétrico e
dedos exploradores no orifício cervical medindo de 10,5 a 11 cm, pode ser citado
interno e separando-os até tocar as ainda o diâmetro promonto-púbico
margens do colo. No colo imaturo, o mínimo (conjugata vera obstétrica),
orifício cervical externo geralmente traçado do promontório à face posterior
encontra-se no fundo de saco posterior. da sínfise púbica.
Quando está maduro, sua posição muda o O toque vaginal avalia a distância
até tornar-se central. entre o promontório e a borda
inferior da sínfise púbica.
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Geralmente, um promontório simultaneamente as duas espinhas


inatingível significa que o tamanho ciáticas; quando não conseguimos
da pelve é adequado para a tocá-las ao mesmo tempo,
passagem do bebê durante o pressupõe-se que o estreito médio
trabalho de parto. é adequado ao parto vaginal.
o As espinhas ciáticas delimitam o
plano zero de De Lee, utilizado para
avaliar a proporção feto-pélvica e
a progressão do trabalho de parto.

• Estreito inferior: delimitado, no sentido


póstero-anterior, pelo promontório e pela
ponta do cóccix; estende-se pela borda
inferior do grande ligamento
sacroisquiático, pela face interna da
tuberosidade isquiática e pela borda
inferior do ramo isquiopúbico, até atingir a
sínfise púbica.
o O diâmetro cóccix-subpúbico, que
se estende da ponta do cóccix à
borda inferior da sínfise púbica e
mede 9,5 cm é de interesse
obstétrico e na fase final da
expulsão fetal, após a retropulsão
• Estreito médio: delimitado no sentido do sacro, amplia-se em 2 a 3 cm,
póstero-anterior pelo ápice do sacro recebendo o nome de Conjugata
(precisamente entre a 4ª e a 5ª vértebra Exitus.
sacral), passa pelo processo transverso da o Já o diâmetro transverso se situa
5ª vértebra sacral, pela borda inferior dos entre as duas faces internas da
ligamentos sacroisquiáticos e pelas tuberosidade isquiática, mede 11
espinhas isquiáticas e segue cm e é chamado biisquiático ou
anteriormente até a margem inferior da bituberoso.
sínfise púbica. o É avaliado através da inferência do
o O diâmetro o biisquiático diâmetro entre as tuberosidades
(transverso), que se estende de ciáticas. Com o punho cerrado
uma espinha isquiática à outra, contra o períneo o profissional
mede 10,5 cm e é o ponto de maior avalia se a distância entre as
estreitamento do canal de parto. tuberosidades é de pelo menos oito
o Pode ser avaliado através do toque cm.
vaginal, com os dedos indicador e • Ângulo subpúbico: Quanto maior o
médio abertos, tentamos tocar ângulo, melhor o prognóstico do parto.

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