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UEP I | Victoria C.

Branco

AVALIAÇÃO 1ª DO PACIENTE E. EXPOSIÇÃO DO PACIENTE

Aplicar em toda abordagem de pacientes com agravo clínico. Análise da extensão das lesões e controle do ambiente com
1. Checar a segurança da cena. prevenção de hipotermia.
2. Pedir ajuda. • Expor o paciente para analisar sinais de trauma,
3. Checar a responsividade do paciente: sangramento, manchas, etc.
∟ Responsivo: seguir para protocolo ABCDE.
∟ Não responsivo: checar pulso central (carotídeo). AVALIAÇÃO 2ª DO PACIENTE
└ Pulso presente: iniciar controle cervical e seguir Aplicar em toda abordagem de pacientes com agravo clínico APÓS
protocolo. a avaliação 1ª e as intervenções específicas dessa fase.
└ Pulso ausente: iniciar RCP.
ENTREVISTA SAMPLA
A. VIAS AÉREAS (AIRWAY)
Realizar após coletar nome, idade e queixa principal do paciente.
Avaliação de vias aéreas e controle cervical.
• S: sinais vitais. Verificar respiração (frequência, ritmo e
• Para controle de VA, realizar manobras chin lift e jaw thrust.
amplitude), pulso (frequência, ritmo e amplitude), pressão
Verificar se há secreção na cavidade oral.
arterial e pele (temperatura, cor, turgor e umidade).
• A: alergias.
• M: medicação. Verificar medicamentos em uso ou
tratamentos em curso.
• P: passado médico. Verificar problemas de saúde ou doença
prévia.
• L: líquidos. Verificar horário da última ingestão de líquidos
ou alimentos.
• A: ambiente do evento.

AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR
• Deve-se considerar uma lesão da coluna cervical em todos os • Instalar oximetria de pulso, de disponível.
pacientes com traumatismos multissistêmicos. Em caso de • Mensurar a glicemia capilar, se disponível.
paciente consciente, um sinal de lesão cervical é a queixa de
dor na região. EXAME FÍSICO
∟ A imobilização cervical eficiente é feita em toda a coluna;
Realizar o exame físico da cabeça aos pés.
para isso, uma prancha rígida deve ser utilizada.
• Cabeça e face: inspecionar e palpar couro cabeludo, orelhas,
B. RESPIRAÇÃO (BREATHING) ossos da face, olhos, pupilas, nariz, boca e observar alterações
Analisar se a respiração está adequada. de pele (coloração e temperatura).
• Pescoço: avaliar se há distensão das veias jugulares.
• Frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos,
• Tórax: observar se há uso de musculatura acessória, tiragem
cianose, desvio de traqueia e observação da musculatura
intercostal e de fúrcula ou movimentos assimétricos.
acessória.
• Abdome: observar se há distensão.
∟ É necessário expor o tórax do paciente!
• Membros superiores: palpar pulsos distais, verificar perfusão
C. CIRCULAÇÃO COM CONTROLE DE HEMORRAGIA S de membros (enchimento capilar), avaliar força motora
(pedir para apertar a mão ou que eleve um braço).
Avaliar circulação e controlar hemorragias.
• Membros inferiores: “, mas para análise de força motora,
• Checar pulsos periféricos ou centrais (frequência, ritmo,
solicitar que movimente os pés ou que eleve uma perna de
amplitude e simetria) e tempo de enchimento capilar.
cada vez, se descartada qualquer potencial lesão.
• A maioria das hemorragias (sangramento ativo) é estancada
pela compressão direta, se possível de ser realizada.
PCR E RCP EM ADULTOS
D. DISFUNÇÃO NERUROLÓGICA Após checar segurança da cena e chamar ajuda:
Análise do nível de consciência pela escala de Glasgow e pela foto- 1. Checar responsividade do paciente.
reatividade e simetria das pupilas (anisocoria = tamanho 2. Se não responsivo, checar respiração e pulso (carotídeo;
desigual). procurar por no máximo 10 segundos) e colocar paciente em
superfície plana, rígida e seca.
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∟ Respiração ausente/em gasping e pulso PRESENTE: abrir 7. Contactar Regulação Médica e aguardar orientações para
via aérea e aplicar uma insuflação a cada 5 a 6 segundos procedimentos e/ou transporte para a unidade de saúde.
(10 a 12 insuflações por minuto) e verificar a presença
INTERRUPÇÃO DA RCP
de pulso a cada 2 minutos.
∟ Respiração ausente/em gasping e pulso AUSENTE: iniciar • RCP em andamento sem indicação de choque pelo DEA
RCP até chegada do DEA. acompanhada de exaustão da equipe e após autorização do
Médico Regulador.
PROTOCOLO DE RCP • RCP em andamento quando as condições ambientais ou de
segurança pessoal se tornam comprometidas.
Se em dupla, iniciar compressões torácicas mantendo ciclos de 30 ∟ Se possível, remover o paciente para local mais seguro,
compressões para 2 insuflações – realizar 5 ciclos e checar pulso; na maior brevidade possível e continuar com as
repetir até pulso presente ou chegada do DEA. Se sozinho, realizar manobras. Se não for possível, comunicar Central de
apenas as compressões e checar o pulso a cada 2 minutos; repetir Regulação Médica.
até pulso presente ou chegada do DEA.
OBS.: os esforços de RCP devem ser mantidos enquanto o ritmo
• Compressões eficientes: mãos entrelaçadas, nunca fletir os se apresentar chocável pelo DEA. Os esforços devem ser mais
cotovelos, frequência de 100-120/min, deprimir o tórax em 5- prolongados em pacientes que apresentam hipotermia, overdose
6 cm com retorno COMPLETO (enchimento das coronárias). de drogas ou outras causas possivelmente reversíveis de PCR e em
∟ Intercalar profissionais a cada 2 min (5 ciclos) para evitar pacientes de afogamento.
exaustão da equipe.
DECISÃO DE NÃO RESSUCITAÇÃO
• Insuflações eficientes: duração de 1 segundo cada, com
visível elevação do tórax. • Sinais de morte evidente: rigidez cadavérica, palidez,
Assim que o DEA estiver disponível, instalar os eletrodos no tórax decapitação, carbonização, segmentação do tronco e “livor
DESNUDO e SECO do paciente, sem interromper as compressões. mortis” (longo prazo; deposição de sangue pela ação da
Em seguida, ligar o aparelho e interromper as compressões gravidade em partes mais baixas do corpo).
apenas quando o equipamento solicitar análise – seguir as • Cena insegura para a equipe.
orientações quanto à indicação do choque. • Presença de diretiva antecipada de não reanimação.

• Se o choque for indicado: solicitar que todos se afastem do


contato com o paciente, disparar o choque quando indicado
pelo DEA e reiniciar imediatamente a RCP após o choque,
começando pelas compressões torácicas por 2 minutos. Em
seguida, checar novamente o ritmo com o DEA.
∟ Se o choque for novamente indicado: seguir orientações
do equipamento e, em seguida, reiniciar imediatamente
RCP com ciclos de 30x2. Checar pulso após 2 min.
∟ Se o choque não for indicado: checar pulso carotídeo e,
se ausente, reiniciar imediatamente a RCP com ciclos de
30x2. Checar pulso após 2 min.

• RITMOS CHOCÁVEIS: fibrilação ventricular


e taquicardia ventricular sem pulso.
• RITMOS NÃO CHOCÁVEIS: assistolia e
AESP (atividade elétrica sem pulso).

CUIDADOS PÓS-RCP
Caso o pulso do paciente retorne espontaneamente, seguir
protocolo de cuidados pós-RCP.
1. Manter os eletrodos do DEA no tórax do paciente.
2. Otimizar ventilação e oxigenação:
∟ Manter permeabilidade da VA.
∟ Manter SatO2 ≥ 94%
∟ Em caso de respiração ausente: 10-12 insuflações/min
3. Avaliar sinais vitais.
4. Controlar glicemia.
5. Atenção para recorrência de PCR e necessidade de reiniciar
RCP.
6. Preparar transporte.

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