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Medidas de segurança no

atendimento de primeiros
socorros
Funções do Socorrista
• 1. Ligar no Corpo de Bombeiro (193) ou SAMU (192).
• 2. Tomar as medidas corretas de forma a preservar a vida e reduzir
danos.
• 3. Calma.
• 4. Aplicar os procedimentos de primeiros socorros ao acidentado.
• 5. Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o acidentado.
• 6. Não tentar transportar um acidentado ou medicá-lo.
Avaliação do Local
• Assumir o controle da situação;
• Proceder a uma rápida e segura avaliação da ocorrência.
• Obter o máximo de informações possíveis.
• Procurar a colaboração de outras pessoas.

A segurança da equipe é a prioridade número um!


Avaliação do Local - Situações de Risco
• Colisão
• Atropelamento
• Desabamento
• Instabilidade do veículo colidido
• Incêndio
• Explosão
• Contaminação com produtos tóxicos
• Eletrocução
• Agressão
Avaliação do Local - Acidentado
• Manter o acidentado deitado de costas até que seja examinado.
• Não se deve alterar a posição.
• Acidentado inconsciente, por sua cabeça em posição lateral antes de
proceder à avaliação do seu estado geral.
Mecanismo de Trauma
• Suspeitar de traumatismo GRAVE
• Quedas > 1,5 vezes a altura da vítima
• Colisões a mais de 32km/h
• Expulsão do paciente para fora do veículo
• Morte de um ocupante do veículo
• Danos severos ao veículo
Exame da Vítima
• 1°Fase – Avaliação rápida: consiste na avaliação de todas as
condições clínicas que causem risco iminente de vida, que são:
obstrução das vias aéreas, respiração ineficaz ou ausente, lesões de
coluna cervical instáveis e deficiência na circulação sanguínea.
• 2°Fase – Exame detalhado: avaliação pormenorizada da vítima.
Posicionamento dos TEM
• O líder deve ajoelhar-se ao lado da vítima no nível de seus ombros,
pois esta posição possibilita o acesso à cabeça e a o tronco do
paciente e permite o início de RCP rapidamente sem mudança de
posição.
• O auxiliar posiciona-se ajoelhado atrás da cabeça da vítima, para
efetuar a abertura das vias áereas, estabilização da coluna cervical e
respiração artificial da vítima. Deve estar com todo o material de
assistência respiratória.
Equipamento Essencial
• Autoproteção (luvas, óculos).
• Prancha longa com imobilizador de cabeça.
• Colar cervical.
• Oxigênio, bolsa de ventilação, máscaras de ventilação e de O2,
cânulas orofaríngeas, aspirador e cateteres de aspiração.
• Bandagens, gazes, compressas.
Avaliação Rápida
• 2 minutos ou menos.
• OBSERVAR:
• Quadro clínico da vítima.
• Observar à distância presença de sangramento externo maciço,
• Lesões graves como amputações traumáticas e deformidades.
Proteção do Acidentado
• Avaliação e Exame do Estado Geral do acidentado
• Exame rápido e sistemático.
• Prioridades:
1. Estado de consciência: avaliação de respostas lógicas (nome, idade, etc).
2. Respiração: movimentos torácicos e abdominais com entrada e saída de ar normalmente pelas
narinas ou boca.
3. Hemorragia: avaliar a quantidade, o volume e a qualidade do sangue que se perde. Se é arterial ou
venoso.
4. Pupilas: verificar o estado de dilatação e simetria (igualdade entre as pupilas). ·
5. Temperatura do corpo: observação e sensação de tato na face e extremidades.
6. Exame rápido das diversas partes do corpo.
7. Se o acidentado está consciente, perguntar por áreas dolorosas no corpo e incapacidade funcionais
de mobilização.
Nível de Consciência
• Estimular a vítima verbalmente, identificando-se, mesmo que a vítima
pareça inconsciente, antes de qualquer manipulação.
• A resposta da vítima identifica que há circulação cerebral, vias aéreas
abertas e presença de respiração.
• Não havendo resposta a estímulos verbais, é realizada a estimulação
dolorosa sobre o esterno.
• Determinar o nível de consciência utilizando o método AVDI.
Método AVDI
• A – Acordado
• V – Responde a voz
• D – Responde a estímulo doloroso
• I - Inconsciente
Avaliação das Vias Aéreas com Estabilização
Cervical
• Caso a vítima esteja inconsciente, deverá ser alinhada e posicionada em decúbito dorsal com técnica de
rolamento.
• Suspeitar de lesão de coluna cervical em todo paciente inconsciente.
• Vítimas de trauma devem ter a cabeça e o pescoço mantidos em posição neutra, a não ser que haja dor
ou resistência a seu alinhamento.
• As vias áreas devem ser mantidas abertas com a manobra de elevação modificada da mandíbula, que é
a menos traumática para a coluna cervical.
• Observar a presença de corpos estranhos, vômito ou sangue na cavidade oral, retirar manualmente
corpos estranhos, caso necessário. NUNCA INTRODUZIR OS DEDOS NA BOCA DA VÍTIMA QUE
APRESENTE REAÇÃO.
• A coluna deve permanecer estabilizada manualmente até que seja imobilizada através de equipamento
apropriado.
• Se necessário utilizar aspirador portátil para desobstruir as vias aéras.
• Nunca deixar a cabeça da vítima solta.
RESPIRAÇÃO
• Avaliar a frequência, sem contar, e profundidade das respirações.
• Posicionar sua face junto à da vítima, com seu ouvido próximo ao nariz da vítima, procurando durante um
período de 5 a 10 segundos detectar a respiração, utilizando todos os seus sentidos.
• VER a expansão.
• OUVIR o movimento aéreo pela boca e nariz e ruídos anormais.
• SENTIR o ar sendo expirado.
• Observar a dificuldade respiratória e a coloração da pele e mucosa (cianose).
• Iniciar a respiração artificial nas vítimas com ausência de movimentos respiratórios ou com respiração
lenta e superficial.
• Administrar oxigênio em todas as vítimas sob máscara 10 a 15 L/min.
• Iniciar O2 em toda vítima de trauma exceto em paciente com traumatismos localizados de pouca gravidade.
• Assistir a ventilação de toda vítima com FR<10 ipm ou diminuição do nível de consciência, com indicação
de hiperventilação.
Circulação
• Observar a coloração da pele.
• Vítimas com coloração rosada raramente têm hipovolemia crítica.
• A palidez ou tom acizentado de pele indicam problema circulatório.
Vítima não -reativa
• Palpar pulso carotídeo ao mesmo tempo que o pulso radial.
• A presença de pulso carotídeo indica atividade cardíaca e o pulso radial indica grosseiramente que a pressão
arterial sistólica (máxima) é maior que 80mmHg e que qualquer distúrbio circulatório está em fase compensada.
• Verificar se o pulso está fino e avaliar se está lento ou rápido. Pulsos rápidos e fracos associam-se ao quadro de
choque.
• Avaliar a temperatura da pele. O choque é sugerido pela presença de pele fria e sudorese difusa.
• Iniciar a reanimação cardiopulmonar (RCP) na ausência de pulso carotídeo.
• Retirar as roupas da vítima para início da inspeção e palpação.
• Ignorar hemorragias discretas.
• Hemorragias externas graves deverão ser controladas pelo socorrista auxiliar sem que se interrompa a avaliação
rápida.
• Testar o enchimento capilar das extremidades superiores, comprimindo a ponta de dedo e observando o
retorno da coloração normal que geralmente se dá em menos de 2 segundos. Este é um sinal tardio de choque.
Vítima Reativa
• Nas vítimas reativas, o primeiro pulso a ser avaliado é o radial,
bilateralmente, pois obviamente a vítima não está em PCR.
• Consciência/Respiração/Circulação
• Inspeção e a palpação da cabeça ao dorso da vítima.
Alterações a serem avaliadas na INSPEÇÃO
• D – Deformidade
• C – Contusões
• E – Escoriações
• P – Perfurações
• Q – Queimaduras
• L – Lacerações
• I - Inchaço
Alterações a serem avaliadas na PALPAÇÃO
• D – Dor
• I – Instabilidade
• C – Crepitação
• P – Pulso
• M – Motricidade
• S - Sensibilidade
CABEÇA
• Inspeção
• Ver se há DCEP ou QLI
• Observar a coloração das mucosas e a drenagem de sangue ou líquidos
pelos ouvidos ou nariz
• Determinar diâmetro, simetria e fotorreação das pupilas.
• A midríase ou dilatação pupilar sem alteração do nível de consciência ou
de comportamento que sugere que a alteração não se deve a
traumatismo de crânio.
• Pupilas isocóricas são aquelas cujo diâmetro é igual, anisocóricas são
aquelas com diâmetro diferente entre si.
Cabeça
• Palpação
• Palpar para DIC. Ossos da face.
• Palpar para DIC. Couro cabeludo.
• Verificar o hábito da vítima, procurando detectar o odor do álcool ou
outros odores característicos.
• Fraturas de ossos da face podem causar edema e sagramentos que
poderão comprometer as vias aéreas.
Pescoço
• Inspeção
• Ver se já DCEP ou QLI
• Observar as veias jugulares, avaliando se estão colabadas ou
distendidas.
• A distensão das jugulares indica que há obstrução ao esvaziamento
venoso que ocorre no pneumotórax hipertensivo e no tamponamento
cardíaco. A jugular colabada sugere hipovolemia.
Pescoço
• Palpação
• Palpar a região posterior do pescoço para DIC (Detectar Instabilidade
e Crepitação).
• Verificar se a traquéia está centralizada ou desviada. O desvio de
traquéia sugere pneumotórax hipertensivo ou pode ocorrer na
presença de grande hematoma de pescoço.
Dorso
• O exame do dorso é realizado no momento em que a vítima é
colocada sobre a prancha longa ao término da avaliação rápida.
• Inspeção
• Ver se há DCEP ou QLI.
• Palpação
• Palpar para DIC.
• Verificar PMS antes e depois de manobras de extricação e antes e depois de
imobilizar fraturas.
Coluna Dorsal
• Perguntar ao acidentado se sente dor.
• Na coluna dorsal correr a mão pela espinha do acidentado desde a
nuca até o sacro. A presença de dor pode indicar lesão da coluna
dorsal.
Tórax e Membros
• Verificar se há lesão no tórax, se há dor quando respira ou se há dor quando o tórax é
levemente comprimido.
• Solicitar ao acidentado que movimente de leve os braços e verificar a existência de dor ou
incapacidade funcional.
• Localizar o local da dor e procurar deformação, edema e marcas de injeções.
• Verificar se há dor no abdome e procurar todo tipo de ferimento, mesmo pequeno. Muitas
vezes um ferimento de bala é pequeno, não sangra e é profundo, com conseqüências graves.
• Apertar cuidadosamente ambos os lados da bacia para verificar se há lesões. Solicitar à vítima
que tente mover as pernas e verificar se há dor ou incapacidade funcional.
• Não permitir que o acidentado de choque elétrico ou traumatismo violento tente levantar-se
prontamente, achando que nada sofreu. Ele deve ser mantido imóvel, pelo menos para um
rápido exame nas áreas que sofreram alguma lesão. O acidentado deve ficar deitado de costas
ou na posição que mais conforto lhe ofereça.
Exame do acidentado Inconsciente
• O primeiro cuidado é manter as vias respiratórias superiores
desimpedidas fazendo a extensão da cabeça, ou mantê-la em posição
lateral para evitar aspiração de vômito.
• O exame do acidentado inconsciente deve ser igual ao do acidentado
consciente, só que com cuidados redobrados, pois os parâmetros de
força e capacidade funcional não poderão ser verificados.
• O mesmo ocorrendo com respostas a estímulos dolorosos.
• Atenção as seguintes alterações: · Falta de respiração; · Falta de
circulação (pulso ausente); · Hemorragia abundante; · Perda dos
sentidos (ausência de consciência); · Envenenamento.
Prioridades de Vítima de mal súbito
• Obstrução das vias aéreas superiores; ­
• parada cárdio-respiratória; ­
• hemorragia de grandes volumes; ­
• estado de choque (pressão arterial, etc); ­
• comas (perda da consciência); ­
• convulsões (agitações psicomotoras); ­
• envenenamento (intoxicações exógenas);
• ­diabetes mellitus (comas hiper e hipoglicêmicos);
• infarto do miocárdio; e ­
• queimaduras em grandes áreas do corpo
TOP 10 ESSENCIAL
1. Calma.
2. Avaliar riscos na cena do acidente.
3. Isolamento protetivo.
4. Colaboração.
5. Biossegurança.
6. Comunicação.
7. Choque violento - lesão interna.
8. Não manusear a vítima até a chegada do atendimento emergencial.
9. Sede - Molhe sua boca com gaze ou algodão umedecido.
10. Preservar a temperatura.
Plano de ação - PAS
• Prevenir - afastar o perigo do acidentado ou o acidentado do perigo.
• Alertar - contatar o atendimento emergencial informando o tipo de
acidente, o local, o número de vítimas e o seu estado.
• Socorrer - após as avaliações.

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