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DOENÇAS RESPIRATÓRIAS DO RN

Doutorandas: Daiane Kunhuchene


Ketlin Ventura Pauli
SISTEMA RESPIRATÓRIO
DOENÇAS RESPIRATORIAS DO RN
• PRESENÇA DE, PELO MENOS, UM SINAL DE AUMENTO DO
TRABALHO RESPIRATORIO NO RECÉM NASCIDO
• PADRÃO RESPIRATORIO: TAQUIPNEIA: >60 ipm, APNEIA, OU
“GASPING”
• COR: CIANOSE
• DESCONFORTO RESPIRATORIO: BATIMENTO DE ASAS NASAIS
GEMIDO EXPIRATORIO
RETRAÇÕES TORACICAS
HEAD BOBBING
DIFICULDADE RESPIRATÓRIA
MANEJO INICIAL
ESTABILIZAÇÃO CLINICA
1- Aquecer-incubadora/berço aquecido
2- Monitorização continua Sato2 + FC + FR+ padrão respiratório
3- Avaliar fatores de risco para sepse + hipoglicemia + malformações
4- Ofertar O2 inalatorio -> vasodilatação pulmonar
5- Manter glicemia normal

Se houver melhora progressiva em <6 horas de vida, sem necessidade de suporte


ventilatorio= desconforto respiratorio adaptativo.
 Passar para berço comum + liberar para alojamento conjunto se aceitar bem SM
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RN
ATRASO NA ABSORÇÃO DO LIQUIDO PULMONAR
Período canalicular(17 sem) - epitelio respiratorio secreta liquido
no interior dos pulmões em desenvolvimento.

 exerce pressão de distensão sobre as VAS, estimulando seu


desenvolvimento distal (acinos-bronquiolos respiratorios +
sacos alveolares).

 Final da gestação - possui um volume 25 a 30 ml/kg/dia de


liquido
ATRASO NA ABSORÇÃO DO LIQUIDO PULMONAR
 2 semanas antes do parto - cessa produção e secreção do
liquido.

• - 70% CANAISDE SÓDIO


• - 20% REABSORÇÃO LINFÁTICO
- 10% PASSAGEM NO CANAL DE PARTO
FATORES QUE RETARDAM A ABSORÇÃO DO
LÍQUIDO PULMONAR APÓS O NASCIMENTO
 Pré termo tardio/termo
 Cesárea eletiva fora de trabalho de parto
 Asfixia perinatal
 Diabetes e asma materna
 Policitemia
DIAGNÓSTICO
CLINICO

 Taquipneia importante – primeiras horas após nascimento


 Dispneia
 Melhora geralmente com 24 – 48 HV
 Dessaturação variada
 Cesaria eletiva
 Pre termo tardio/termo
DIAGNÓSTICO IMAGEM
 RAIO X DE TORAX
 A apresentação é típica com:
congestão peri-hilar radiada
e simétrica, espessamento
das cisuras interlobares,
hiperinsuflação pulmonar e
por vezes, cardiomegalia e
derrame pleural.
TRATAMENTO

• Habitualmente, resolução espontânea em 2 a 3 dias

• Oferta de oxigenio (mínima, < 40%) por cateter nasal ou CPAP.

• Dificilmente ha necessidade de intubação


SINDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO
DO RN (SDR)
INTRODUÇÃO

• DOENÇA RESPIRATÓRIA MAIS COMUM DO PREMATURO


(< 34 semanas)

• Antiga doença da membrana hialina

• inversamente proporcional à idade gestacional


CAUSAS
DEFICIÊNCIA QUANTITATIVA OU QUALITATIVA DO SURFACTANTE
PULMONAR

• FISIOPATOLOGIA:A deficiência do surfactante gera atelectasias


(provenientes do colabamento alveolar) -> distúrbios da
ventilação/perfusão – não entra ar -> Hipoxemia, hipercapnia,
acidose.
SURFACTANTE
• Produzido pelos pneumócitos tipo II ( 20 á 35 semanas(pico))
• Diminui a tensão superficial
• Previne a atelectasia
• Impede o colapso alveolar
• Melhora a complacencia pulmonar
FATORES DE RISCO
• prematuridade
• mãe com diabetes
• asfixia perinatal
• mecônio
DIAGNÓSTICO
CLINICO

 Desconforto respiratório progressivo nas primeiras horas de


vida

LABORATORIAL

 gasometria: acidose respiratória


RADIOGRAFIA DO TORAX
TRATAMENTO
 Estabilização inicial em sala de parto
 controle termico
 oxigenioterapia
1. Capacete
2. CPAP
3.Intubação com volume de pressão positiva
 surfactante exógeno
› precoce - primeiras 2 HV → ideal
› tardio – após 2 HV
dose: 100 – 200 mg/kg/dose
retratamento – 6 a 12 horas → máximo 3 doses até 48
HV
COMPLICAÇÕES

• PNEUMOTORAX
• ENFISEMA INTERSTICIAL
• SEPSE
• PNEUMONIA
• HEMORRARIA INTRA-CRANIANA
PREVENÇÃO
• Prevenir trabalho de parto prematuro
• Corticoterapia antenatal – trabalho de parto <34 semanas de
gestação – estimula os pneumócitos tipo II a produzir o
surfactante.
• Betametasona 12mg intramuscular, 2 doses com intervalo de
24 horas.
SINDROME DE ASPIRAÇÃO MECONIAL
CAUSA
 aspiração de mecônio
Quando o paciente é submetido a algum grau
de sofrimento fetal -> eliminação de mecônio
devido a hipoxemia, que leva ao aumento de
movimentos peristálticos intestinais.

Quando o paciente evolui para um Gasping ele


vai broncoaspirar esse mecônio gerando
obstrução, pneumonite, necrose celular,
inativação do surfactante,
vasoconstrição,infecção secundária.
DIAGNOSTICO
CLINICO
 Desconforto respiratorio
de inicio
precoce+progressivo
 Cianose
 Se não houver
complicações,
gradualmente absorvido
com resolução do quadro
em 5 a 7 dias.
FACTORES DE RISCO
• >40 semanas de IG (principalmente >41)
• Asfixia perinatal
• Crescimento intra-uterino restrito
• Apresentação pélvica
• Macrossômicos
TRATAMENTO
• Suporte: ventilatório, nutricional
• Antibiótico (incerto na literatura, na pratica inicia pelo risco de
infecção secundária) reavaliar conforme culturas e evolução
• Surfactante: não utilizar de rotina só na SAM severa

IMPORTNTE:Liquido meconial não é sinonimo de SAM!Para ser


SAM precisa da aspiração do meconio.

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