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Fisiopatologia:
Mutação no gene que codifica um canal de cloro (CFTR) presente nas células
epiteliais. Mais comum: F508del. Mutação em trans.
Fibrose cística 1
Sistema hepatobiliar: obstrução dos ductos biliares → doença hepatobiliar
canalicular = aumento discreto de enzimas hepáticas até cirrose multilobular com
hipertensão portal e hiperesplenismo. Pode ocorrer icterícia neonatal
colestática.
Acometimento respiratório:
Colonização do trato respiratório: > 50% das culturas de secreção (+) no último ano.
Dano funcional: DPOC, com queda precoce e pronunciada dos fluxos terminais (FEF
25 - 75%), indicando comprometimento de pequenas vias aéreas, e depois
comprometimento do VEF1 e até da CVF.
Fibrose cística 2
Complicações pulmonares: hipertensão pulmonar (hipóxia crônica), hemoptise
recorrente, pneumotórax.
Diagnóstico:
Fibrose cística 3
OBS.: o teste de condutividade é uma triagem. Se alterado, deve ser feita análise
quantitativa do cloro no suor.
Fibrose cística 4
Seguimento e tratamento:
Doença respiratória:
Dornase alfa 2,5 mg 1x/dia 30 min antes da fisioterapia respiratória: a partir de 6 anos
desde estágios iniciais.
NaCl 7% 2x ao dia.
Colonização:
Erradicação da P. aeruginosa:
Infecção inicial:
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ATB EV 2 semanas → TTO inalatório.
Dispositivos inalatórios:
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Salina hipertônica: ultrassônicos.
A via preferencial é a cânula nasal com o menor fluxo possível para manter a SpO2
acima de 90%.
Fibrose cística 7
fórmulas infantis devem receber suplementação de cloreto de sódio, na dose de 2,5-3,0
mEq/kg/dia.
Diagnóstico: dosagem de elastase fecal < 200 ug/g de fezes a partir de 2 sem de
idade. Padrão ouro: determinação quantitativa de gordura fecal pelo método de Van
de Kamer.
A cirrose multilobar com insuficiência hepática é rara, mas “barro biliar” e litíase nas
vias biliares são frequentes e geralmente assintomáticos.
TTO - melhorar fluxo biliar: ácido ursodesoxicólico na dose de 15-20 mg/ kg/dia (2-
3 tomadas) é recomendado, mas seu uso é controverso na literatura médica.
Estado nutricional:
Fibrose cística 8
A prevenção dos distúrbios nutricionais pressupõe a ingestão de uma dieta
hipercalórica e hiperproteica, suplementação vitamínica, terapia de reposição
enzimática e controle das infecções/exacerbações/ outras comorbidades da fibrose
cística. O tratamento envolve terapia comportamental, uso de suplementos nutricionais,
uso de dieta enteral via sonda nasoenteral numa fase aguda e via gastrostomia para
uso prolongado.
Diabetes mellitus:
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Outras indicações: piora clínica inexplicável, antes de Tx, pacientes em uso de
corticóide, gestação, uso de suporte enteral.
TTO: insulina. Calorias e carboidratos não devem ser restringidos, mas deve-se
optar por carboidratos complexos e de baixo índice glicêmico e distribuí-los em
porções e intervalos menores (2-3 h).
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Classe II F508del (mais prevalente): associação ivacaftor/lumacaftor
(potencializador + corretor).
Para exacerbações graves ou com intolerância por medicamentos por via oral, o
tratamento intravenoso é recomendado
(habitualmente intra-hospitalar).
OBS.: A farmacocinética dos antibióticos é alterada nos indivíduos com fibrose cística e
as dosagens devem ser ajustadas.
Para P. aeruginosa, recomenda-se a combinação de dois ou mais antibióticos.
Fibrose cística 11
Apesar do tratamento intensivo, aproximadamente 25% dos pacientes que apresentam
uma exacerbação pulmonar aguda com necessidade de tratamento intravenoso não
recuperam totalmente os valores de função pulmonar.
Ventilação:
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Complicações respiratórias:
Hemoptise:
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Infecções por micobactérias não tuberculosas: M. avium-intracellulare, M. chelonae e
M. abscessus. TTO com pelo menos 3 ATB, incluindo um macrolídeo.
Complicações gastrointestinais:
Íleo meconial:
OBS.: possível causa de falso negativo no teste do pezinho = sempre investigar FC.
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Síndrome da obstrução intestina distal: dor abdominal intermitente, náuseas/ vômitos,
massa palpável no QID, distensão abdominal.
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