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*Fatores de risco: pacientes com muitas comorbidades, doenças importantes (ex.: doença
reumatológica, transplantados com uso de imunomodulador, idosos: possuem o sistema
imunológico mais debilitado, logo não apresentam uma resposta eficiente, não conseguindo
combater e aniquilar a bactéria. Com a infecção é deflagrado um processo de inflamação,
recrutando células e fatores pró inflamatórios (prostaglandinas, prostaciclinas, etc. – fazem
vasodilatação possibilitando as células de defesa chegarem no local). Com isso, surgem os
sinais flogisticos (aumento da temperatura - calor, chega mais sangue- rubor, edema). Esse
processo local acaba sendo exacerbado, fazendo com que os pro inflamatórios caiam na
corrente sanguínea e se disseminam e potencializando a vasodilatação > culmina no choque
distributivo, já que ocorre a perda de liquido do vaso para o meio > hipovolemia > redução do
RV e do DC > os órgãos não recebem a oferta adequada de sangue > disfunção orgânica.
* podem evoluir mais fácil pra sepse
O Quick SOFA não deve ser usado como triagem para não deixar passar batido caso o paciente
não chegue exatamente com aqueles parâmetros.
Recomendação atual: escore de SIRS – FR>20; FC>90 ; TEMP>38 ou <35; Pco2 <32
EXAME DE LABORATORIAL: LEUCO abaixo de 4000 ou acima de 12000 ou bastonetose>10%
COMO SIMPLIFICAR: anamnese (para saber pela história se o foco é pulmonar, urinário, etc.)
febre é um dado importante
Como saber se tem disfunção orgânica: exames laboratoriais (demora)
EXAME FISICO: analise do sistema cardiocirculatório (PAs abaixo de 90, tempo de enchimento
capilar > 3 segundos, FR> 100 (lembrar que outras coisas como febre e dor podem elevar a FC)
Lactato: gerado pela quebra de glicose sem oxigênio (os tecidos não estão recebendo sangue
direito, logo, menos oxigênio. Indica que está ocorrendo choque distributivo)
FR> 20 (ou é compensação devido ao acometimento pulmonar ou é devido a disfunção
orgânica - ex.: distúrbio ácido/básico em decorrência de insuficiência renal)
Rins: ureia e creatinina (demora alterar), oliguria (<0,5 ml/kg/hora): parâmetro muito usado
para avaliar a resposta a medidas do tratamento, já que demora para ser “critério diagnostico”
Fígado: bilirrubina >1,2 (requer coleta de sangue), pode
Sangramentos: ocasionado consumo de fatores de coagulação e plaquetas
SNC – sonolento, torporoso, confusão mental. Avaliar o Glasgow (<14 é alerta!)
Obs.: ICA e emergências hiperglicêmicas são, muitas vezes, desencadeadas por infecção
Aula medcurso
Disfunção orgânica potencialmente fatal gerada por resposta imune desregulada a 1 infecção
Não há diagnóstico precoce de sepse assim como não há critério diagnostico definido de sepse
OBS: a definição de sepse grave (sepse+ hipotensão) não é mais usada. Sepse e choque séptico
são as 2 grandes definições ainda usadas atualmente.
Conhecer os 6 itens:
Sangue (plaquetas) – devido a ativação da cascata de coagulação
SNC- glasgow
Oxigenação- relação PF
Figado
Arterial pressure (PAM)
Anuria (Creatinina/ diurese)
“Pacote da 1 hora”:
INFECÇÃO
- obter cultura (sangue e locais suspeitos)
- Antibiótico de amplo espectro (inicialmente, depois guiar por culturas)
PERFUSÃO
Reposição volêmica: cristaloide 30ml/kg
drogas vasoativas: noradrenalina
Lactato (normalizar)
*corticoide: pacientes em choque séptico, refratários ao tratamento inicial
hidrocortisona 200mg/dia 5-7 dias
* Paciente séptico está sob estresse. A supra renal pode estar íntegra, mas não estar dando
conta da demanda nessa situação. Corticoide é fundamental pra atuação dos receptores
adrenérgicos!
Lembrar da apresentação clássica do paciente com insuficiência renal aguda: hipovolemia com
hipotensão. Se o paciente está refratário ele pode estar fazendo uma insuficiência supra renal
relativa.
Hb < 7 – hemotransfusão
Outra aula do youtube: infecção que inflama muito e gera uma disfunção orgânica
na prática: infecção (suspeitada ou confirmada) + 2 pontos no quick sofa
NÃO É:
- FEBRE+LEUCOCITOSE;
- HIPOTENSAO ISOLADA SEM INFECÇAO DOCUMENTADA
- INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUINEA
- INFECÇÃO POR BACTERIA MULTIRRESISTENTE
- INFECÇÃO DE MULTIPLOS ORGAOS (se não gerar disfunção orgânica não é sepse)
Choque séptico: tem que ter expansão! Primeiro tentar tratar com volume (ressuscitação
volêmica com cristaloide. Só na reavaliação pós ressuscitação dá pra fazer diag. de choque)
Infecção gerou uma resp. inflamatória exacerbada > liberação grande de interleucinas > NO >
vasodilatação intensa > diminui a resistência vascular periférica = hipotensão (pra tentar
compensar: aumentar o DC por meio do aumento da FC ou da contratilidade/vol. sistólico)
HIPOTENSAO + TAQUICARDIA
Sangue está chegando menos na periferia > diminui o aporte de O2 e nutrientes > catabolismo
> metabolismo anaeróbico > produção de ácido lático = H+ (acidose metabólica) + lactato (AG
Tenta a resolução da acidose metabólica: *alcalose respiratória > TAQUIPNEIA (FR aumenta)
Como resolver a acidose da sepse? NÃO É COM BICARBONATO E SIM COM EXPANSAO
VOLEMICA/ HIDRATAÇÃO (+ liquido no vaso, + aporte de O2, - metabolismo anaeróbico)
ALTERAÇOES NEUROLOGICAS: na fase aguda pode ter Delirium, alterações do NC, agitação,
sonolência e alucinações (impacto a longo prazo?). Fase crônica: disfunções neurocognitivas
Expansão volêmica com cristaloides: se hipoperfusão (PA baixa, PULSO filiforme e PERFUSAO
tecidual lentificada). Dose individualizada; sugestão: 30ml/kg (cuidado com EAP na ICC desc)
NÃO FAZER SWAB DE: pele, cavidade oral, região genital e anal (não servem pra diagnóstico
nem pra nortear conduta, ou seja, não serve pra nada!)
O que mais mudou foi o tempo de ATB: se o paciente estiver estável, com um baixo risco pra
sepse e um diagnóstico diferencial possível, não precisa correr e começar antibiótico, tem até
3h. Porém, se for um paciente neutro pênico, febril, com disfunção orgânica: fazer na 1º hora!