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AULA 1: SEPSE

Infecção Generaliza X Sepse


“Termo Popular” X Infeção + disfunção orgânica = SEPSE (em um ou mais sí o)

“É uma resposta exacerbada contra o nosso próprio organismo.’’

 Aqui ela dá o exemplo da modelo de 20 anos, sem comorbidades que iniciou com
quadro de pielonefrite complicada, fez quadro de SEPSE, fez isquemia de membros
inferiores e superiores sendo necessário a amputação de membros e pôr fim ao óbito.
“O que a fez ser um caso tão exacerbado?? A resposta inflamatória dela ter sido
exacerbada!” Nisso cita exemplos de como não tem explicação para como vamos
responder a sepse, o que precisamos é IDENTIFICAR precocemente por que ela é
TEMPO-DEPENDETE.

Caso: h ps://veja.abril.com.br/brasil/modelo-de-20-anos-morre-por-infeccao-apos-drama-no-
hospital

“Temos a infecção comum ex: celulite, pielonefrite, colangite, quadro de diarreia aguda,
para que seja sepse precisamos que tenha disfunção orgânica (uma ou mais)’’

SIRS: SINDROME DA RESPOSTA INFLAMATORIA SISTEMICA (4 critérios) Comentado [JM1]: É uma forma de RASTREIO do pct que
pode ou não estar num quadro de inflamação!
-Temperatura menor que 36° C e maior que 38 °C
-FC acima que 90bpm
-FR maior que 20 rpm ou PaCO2 menor 32mmHg Comentado [JM2]: FR NORMAL: 16-18
-Leucócitos maior que 4.000 ou menor que 12.000 ou maior 10% de formas jovens
Comentado [JM3]: CUIDADO com isso pqhá mts quadros
***qSOFA não é usado (só se for o SOFA grandão que nas palavras dela “é legal”) a picos: pcts imunocomprome doss ex: diabe cos!!;idosos
SIRS secundária a um agente infeccioso.

Sepse -> disfunção orgânica/Hipoperfusão tecidual + agente infeccioso

 Alteração do nível de consciência  Livedo re cular


 Enchimento capilar > 3s  Disfunção miocárdica Comentado [JM5]: Disfunção miocárdica por
 SARA  Diurese < 0,5mL/h hipoperfusão, tem nome: Miocardiopa a sép ca, acontece e
acontece MT por isso no rastreio tem que pedir TROPONINA.
 Lactato > 2mmol/L  Plaquetas < 100.000
Comentado [JM4]: Quanto MAIOR pior o prognos co.
 Disfunção hepá ca – bilirrubina e
RNI
Índices prognós cos ISOLADOS RUINS: Tempo de enchimento > 3s; Lactato > 2 mmol/L; Plaquetas
<100.000.

Choque Sép co: Sepse com hipotensão man da após ressuscitação volêmica adequada.
Hipotensão é igual a choque????? NÃO! Choque é igual a Hipoperfusão.
Estado fisiológico caracterizado por uma REDUÇÃO significa va da PERFUSÃO TECIDUAL
sistêmica resultando em uma DIMINUIÇÃO da oferta de OXIGÊNIO aos tecidos.
FISIOPATOLOGIA: O processo fisiopatológico da sepse se inicia com a agressão de um agente
patogênico ao organismo, a qual desencadeia uma importante resposta sistêmica pró-
inflamatória, que se ins tui por meio do sistema imune inato, conforme a classe e ológica do
agressor.

E importante entender que essas alterações descritas ocorrem associadas as caracteris cas do hospedeiro (meio
ambiente, caracteres gene cos, idade, comorbidades, uso de medicacoes), que modulam uma resposta an -
inflamatoria concomitante, a qual, ao ser regulada via neuroendócrina por meio da mediacao do nervo vago e da
liberacao de ace lcolina, associada a liberacao endogena de cor sol pelas adrenais, e acompanhada de
comprome mento do sistema imune, com a apoptose de linfocitos T, B e celulas dendri cas, e hipera vação de
celulas regulatorias e supressoras medular, com consequente prejuizo da funcao fagoci ca. Soma-se a esse
processo uma inibicao da transcricao genica pro-inflamatoria. O produto desse processo e uma marcada
imunossupressao simultaneamente ao estado de hipera vacao pro-inflamatoria, o que favorece a ocorrencia de
novos estados infecciosos e sep cos.
PACOTE DE PRIMEIRA HORA

Exames de inves gação de disfunções orgânicas

Coleta de exames laboratoriais para pesquisar disfunções organicas: gasometria e lactato arterial,
hemograma completo, crea nina, bilirrubina e coagulograma. O lactato sera importante para
avaliar perfusao tecidual. Conferir o resultado; se houver hiperlactatemia, colher um segundo
exame após as condutas dessa primeira hora.

7.1.2. Avaliação seriada do lactato

Coleta de lactato arterial o mais rapidamente possivel, dentro da primeira hora, que deve ser
imediatamente encaminhado ao laboratorio, a fim de se evitar resultado falso-posi vo. E bem
estabelecido na literatura que pacientes com lactato elevado ou que falham em diminuir (“lavar”)
o seu nivel serico possuem maior mortalidade, quando comparados aos que nao apresentam
elevacao do lactato ou tem uma queda significa va com a terapia. Nem sempre se obtem a
normalizacao do lactato, haja vista que existem outras causas para a hiperlactatemia que não a
hipoperfusão tecidual. A busca pela normalizacao deve ser feita cuidadosamente, sob risco de
intervencoes terapeu cas desnecessárias e potencialmente deleterias. A hiperlactatemia residual
isolada, sem outros sinais clinicos de hipoperfusão ou a ma evolucao não necessariamente
precisam ser tratadas.

7.1.3. Coleta de culturas e uso de an microbianos

Coleta de duas hemoculturas de si os dis ntos em ate uma hora, e de culturas de todos os outros
sí os per nentes (aspirado traqueal, líquor, urocultura) antes da administracao do an microbiano
(para aumentar a sensibilidade da cultura). Caso não seja possivel coletar esses exames antes da
primeira dose, a administracao de an microbianos não deverá ser postergada: principalmente se
o paciente sép co apresentar disfuncao hemodinamica. E importante ter a cultura para
descalonamento. O inicio rapido de an microbianos e um dos pontos importantes do bom
tratamento da sepse. Esse tempo deve ser imediato, idealmente dentro da primeira hora, nos casos
em que o paciente encontra-se com sepse definida. Nos casos em que houver apenas suspeita
clinica (e nao diagnos co estabelecido) de sepse, mas o paciente encontrar-se chocado com
instabilidade hemodinamica, deve-se tambem iniciar o an bio co em ate uma hora. Mas caso a
sepse seja apenas um dos diagnos cos diferenciais e o paciente apresentar-se estavel, o
an microbiano pode ser postergado por ate tres horas, enquanto se realiza o esforco diagnos co;
caso, apos essas horas ainda se suspeitar de sepse, o an bio co deveser inciado. Essas condutas
constam na Figura 1. Essa alteracao permite evitar o uso desnecessário de an microbianos em
casos estaveis em que se realiza o diagnos co diferente de sepse.

O tempo total da terapia an microbiana deve ser o mais breve possivel, pois diversos dados de
literatura provam que tempos mais curtos sao eficazes no tratamento e evitam exposicao
prolongada desnecessária aos an bio cos (diminuindo risco de resistencia), conforme constam na
Tabela 6.

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