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2023
GASTROENTEROLOGIA
LESÃO HEPATOCELULAR:
NÍVEIS NORMAIS DE BD E BI EM TORNO DE 0,5mg/dl cada. A HIPERBILIRRUBINEMIA > 1mg/dl pode levar a
icterícia de pele e mucosas e pode ser detectada clinicamente quando a BT (bilirrubina total) > 3 mg/dl. As
principais causas são:
- Superprodução de bilirrubina
GGT (MEIA VIDA 10DIAS): 80 A 90% DA ATIVIDADE DA ENZIMA OCORRE NO TRATO BILIAR
AUMENTO NOS PROCESSOS OBSTRUTIVOS BILIARES POR AUMENTO DE SUA SÍNTESE HEPÁTICA
ELEVAÇÕES ISOLADAS: COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA, OBSTRUÇÃO PARCIAL DE DUCTOS BILIARES
E DOENÇAS INFILTRATIVAS
NÍVEIS BAIXOS: HIPOTIREOIDISMO, DOENÇA DE WILSON, ANEMIA PERNICIOSA
ALBUMINA E PRÉ-ALBUMINA
TEMPO DE PROTROMBINA = INR: FÍGADO SINTETIZA FATORES I,II,V,VII,IX,XII E XIII. VIA EXTRÍSECA E
COMUM DA COAGULAÇÃO
FATOR V (PRODUZIDO APENAS NO FÍGADO) E VII
DIAGNÓSTICO É CLÍNICO
EDA: >40 ANOS, REFRATÁRIO, SINAIS DE ALARME: PERDA DE PESO, ANEMIA,DISFAGIA, ODINOFAGIA...
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
FASES BARRET: METAPLASIA (EDA A CD 3/5 ANOS) DISPLASIA DE BAIXO GRAU (ABLAÇÃO ENDOSCÓPICA OU/E
EDA 12/12MESES) DISPLASIA DE ALTO GRAU CA in situ (ABLAÇÃO OU ESOFAGECTOMIA)
ADENOCARCINOMA INVASIVO
FISIOPATOLOGIA: PODE SER GÁSTRICA OU DUODENAL. HÁ DESEQUILÍBRIO NOS FATORES DE DEFESA E AGRESSÃO
DO ESTÔMAGO. NO DUODENO NÃO DEVE SER CÂNCER POIS HÁ MENOR PREVALÊNCIA NESSE LOCAL.
H. PYLORI (prevalência de 80%) – INFECTAM PRINCIPALMENTE ANTRO ONDE TEM A CELULA D QUE PRODUZ
SOMASTATINA. HÁ REDUÇÃO DA SOMASTATINA QUE INIBE A GASTRINA. LOGO O EXCESSO DE GASTRINA
ESTIMULA A CELULA PARIETAL A PRODUZIR MAIS ACIDO CLORÍDRICO (HIPERCLORIDRIA) – SE INFECÇÃO
DISSEMINADA ATINGE PARIETAL (HIPOCLORIDRIA)
AINES – INIBIDORES DA COX 1 E COX 2. PORÉM COX 1 TEM EFEITO PROTETOR DA MUCOSA GASTRICA ATRAVÉS
DAS PROSTAGLANDINAS QUE ESTIMULAM MUCO, VASOS SANGUÍNEOS, RENOVAÇÃO CELULAR, BICARBONATO
QUE MANTEM O PH.
EDA COM PESQUISA DE H PYLORI (INVASIVO – UREASE, BIÓPSIA, CULTURA) OU TESTE DA UREIA RESPIRATÓRIA,
Ag FECAL, SOROLOGIA (NÃO INVASIVO).
CONTINUAR IBP POR 4-8 SEMANAS E O USO CONTÍNUO SE SINTOMAS REFRATÁRIOS, ÚLCERA >2CM, USO DE AINE
OU MULTIPLAS COMORBIDADES
REPETIR EDA – SE ULCERA >2CM PARA CONTROLE DE CURA, SUSPEITA DE MALIGNIDADE, REFRATARIEDADE
CÂNCER DE ESÔFAGO
2 SUBTIPOS HISTOLÓGICOS:
1-EPIDERMOIDE (ESCAMOSO) MAIS COMUM NO BRASIL TERÇO MÉDIO DO ESÔFAGO FATORES DE RISCO:
ELITISMO E TABAGISMO SÃO OS PRINCIPAIS, BEBIDAS QUENTES, ALIMENTOS DEFUMADOS, ACALÁSIA, ESTENOSE
CÁUSTICA, TILOSE PALMO PLANTAR
2-ADENOCARCINOMA MAIS COMUM NOS EUA TERÇO DISTAL DO ESÔFAGO FATORES DE RISCO:
BARRETT, TABAGISMO, OBESIDADE
ESTADIAMENTO: TNM – USAR TC DE TORAX E ABDOME, USG ENDOSCÓPICO (PADRÃO OURO, ‘’T’’ E ‘’N’’)
T1A- MUCOSA, T1B- SUBMUCOSA, T2-MUSCULAR, T3-ADVENTÍCIA, T4- ADJ RESSECAVEL, T4B- ADJ IRRESSECAVEL
SE T4B OU M1 É PALIATIVO
ACALÁSIA
HIPERTONIA DO EEI P>35mmHg, PERDA DO RELAXAMENTO FISIOLÓGICO DO EEI, PERISTALSE ANORMAL, 2/3
DISTAIS ONDE POSSUI A MUSCULATURA LISA
EDA NÃO PARA DIAGNÓSTICO MAS SIM PARA AFASTAR POSSIBILIDADE DE CÂNCER
- A elastografia pode discriminar os seguintes estágios: fibrose ausente ou leve (F0-F1), moderada (F2), avançada
(F3) e cirrose (F4).
*A biópsia hepática é o padrão ouro para avaliação da esteatose, identificação de ESH e quantificação de fibrose.
Por ser invasivo, limitações de custo e risco de complicações, deve ser considerada apenas em pacientes de alto
risco para cirrose, especialmente quando tiver dúvidas na etiologia da doença hepática.
R4 – Nas situações em que as MEV têm sido insuficientes para promover a redução ponderal desejada, É
RECOMENDADO o uso de fármacos para a redução de peso em indivíduos com DM2, DHGM e IMC ≥ 27 kg/m².
- A liraglutida 3,0 mg/dia promoveu redução de peso de 8,0% ± 6,7%, com 63% dos pacientes atingindo pelo menos
5% de perda ponderal. Também reduziu a disfunção metabólica, a resistência à insulina e a lipotoxicidade,
sugerindo que alguns dos efeitos na DHGM possam ocorrer independentemente da perda de peso.
R5 – A pioglitazona é RECOMENDADA como primeira escolha no tratamento da DHGM em pessoas com DM2 que
apresentam ESH e/ou fibrose.
R6 – Os agonistas do receptor de GLP-1 PODEM SER CONSIDERADOS no tratamento da DHGM em pessoas com
DM2 que apresentam ESH e/ou fibrose.
R7 – Os inibidores do SGLT2 PODEM SER CONSIDERADOS para o manejo da DHGM Doença hepática gordurosa
metabólica (DHGM) em pessoas com DM2 que apresentam ESH e/ou fibrose.
R8 – O tratamento farmacológico combinado com antidiabéticos com ação na DHGM PODE SER CONSIDERADO no
tratamento da DHGM em pessoas com DM2 que apresentam ESH e/ou fibrose.
- Não há evidências suficientes para se recomendar o uso da vitamina E para o tratamento da DHGM em pessoas
com DM2. No estudo PIVENS, realizado em pessoas com DHGM e sem DM2, o uso da vitamina E (800 UI/dia) por
dois anos promoveu melhora do índice NAS em dois ou mais pontos, sem aumento na fibrose vs. placebo (43% vs.
19%, p < 0,001). Embora a suplementação da vitamina E seja considerada para DHGM em pessoas sem DM2, ensaios
específicos ainda são necessários naquelas com diabetes.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
R9 – Em pessoas com DM2, IMC ≥ 35 kg/m² e DHGM, a cirurgia bariátrica DEVE SER CONSIDERADA na ausência de
eficácia da combinação de MEV e farmacoterapia.
FISIOPATOLOGIA:
Anatomia: Lóbulo hepático hexagonal, no centro a veia centro lobular e nos vértices o espaço porta com ramo da
artéria hepática, ramo da veia porta e ramo do ducto biliar – sangue passa pelos sinusoides até atingir a
centrolobular. Os sinusoides são fenestrados para sangue ter contato com o parênquima.
Veia porta: Formada pela veia esplênica com veia mesentérica superior
O fígado é o órgão com a maior capacidade de regeneração. Quando existe a cirrose hepática, alguns hepatócitos
vão ficando disfuncionais e tentam se regenerar, formando nódulos de regeneração.
MANIFESTAÇÕES:
- Insuficiência Hepática: Icterícia por hiperbilirrubinemia direta, hipoalbumenia, diminuição dos fatores de
coagulação gerando coagulopatia (pode alargar INR), encefalopatia por acúmulo de amônia na circulação,
hiperestrogênismo (ginecomastia, telangiectasia, eritema palmar)
- Hipertensão Porta: Sangue começa a pegar rotas alternaticas – surge varizes, ascite, esplenomegalia, circulação
colateral.
E AS TRANSAMINASES? Podem estar normais ou discretamente aumentadas. Mas geralmente estão normais
porquê muitos hepatócitos já morreram, estão fibrosados. Transaminases aumentam mais agudamente.
CHILD - PUGH
1 2 3
BILIRRUBINA (mg/dL) <2 2-3 >3
ENCEFALOPATIA - GRAU I E II GRAU III E IV
ALBUMINA (g/dL) >3,5 2,8 – 3,5 <2,8
TAP (INR) <1,7 1,7-2,3 >2,3
ASCITE - LEVE MODERADA
SCORE VAI DE 5 A 15 :
5-6: GRAU A
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
7-9: GRAU B
SCORE DE MELD
MELD= 3,78 x log BILIRRUBINA + 11,2 x log INR + 9,57 x log CREATININA + 6,43
V írus B/C
Geralmente em abusadores de álcool há o aumento de GGT e VCM (Macrocitose por abuso de álcool)
Mulher: 14 U/ sem
*1 lata = 1,7 U
*Culpado pela hepatite alcoólica: A pessoa que não está acostumada a beber cronicamente, não tem enzimas
adaptadas a metabolização do álcool como as do bebedor crônico. A Pessoa que bebe cronicamente tem enzimas
hiperfuncionantes e com isso há acumulo de mais acetoaldeído que é tóxico ao fígado.
(1)HEPATITE: Febre, icterícia, dor, TGO>TGP (AST>ALT) * TGP precisa de B6 para sua síntese, o bebedor crônico
tem carência vitamínica – *Para lembrar: álcool tem letra O – AUMENTA TGO*
(2)LEUCOCITOSE: Reação leucemóide (acetoaldeído tem quimiotaxia para leucócitos quando cai na corrente
sanguínea)
- Corticóide por 4 semanas (28 dias de prednisolona) *Em usos longos costuma-se usar prednisona. A
prednisona é metabolizada em prednisolona no fígado, mas nesse caso o fígado está disfuncionante.
FISIOPATOLOGIA:
Resistência insulínica não utiliza bem a glicose, organismo leva a fontes alternativas de energia como a quebra
de gordura em glicerol e ácido graxo, acumulando triglicerídeos, podendo ver esse acúmulo no fígado.
MANIFESTAÇÕES:
DIAGNÓSTICO:
TRATAMENTO:
DOENÇA DE WILSON
FISIOPATOLOGIA:
Mutação do gene ATP7B e isso diminui a excreção de cobre, acumulando em outras partes do corpo.
*Quando vamos excretar cobre associamos o cobre a uma proteína chamada ceruloplasmina, se na doença não
está excretando o cobre não há produção da ceruloplasmina. Logo é marcante: aumento de cobre e redução da
ceruloplasmina.
MANIFESTAÇÕES:
DIAGNÓSTICO:
TRATAMENTO:
HEMOCROMATOSE
FISIOPATOLOGIA:
MANIFESTAÇÕES:
DIAGNÓSTICO:
FISIOPATOLOGIA:
Auto anticorpos IgM que atacam o ducto biliar do espaço porta, inflamando a via biliar (colangite). Não consigo
mais promover a saída da bile pelo ducto biliar. A excreção da bile fica comprometida e começa a acumular bile
que tem colesterol e sal biliar que é tóxico para o hepatócito. Lesão crônica no fígado pode causar cirrose.
MANIFESTAÇÕES:
DIAGNÓSTICO:
TRATAMENTO:
- Ácido ursodesoxicólico (sal biliar não-tóxico – diminui a produção natural em que o acúmulo é tóxico)
- Transplante
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
FISIOPATOLOGIA:
TIPO 2: anti-LKM1
MANIFESTAÇÕES:
TRATAMENTO:
HIPERTENSÃO PORTA:
- Esplenomegalia
- Varizes retais
- Ascite: não bem exclarecido, apenas teorias sobre a fisiopatologia da ascite. É necessário a hipertensão
sinoisodal.
- Pré-hepática: Antes do fígado – trombose de porta (criança: infecção de cateter umbilical) ou esplênica
(hipertensão porta segmentar: pancreatite crônica), Hipercoagulabilidade
*sinusoidal: cirrose
- Pós-hepática: após fígado – CARDÍACAS: ICC, Pericardite constrictiva, TROMBOSE DA VEIA HEPÁTICA: Síndrome
de Budd-Chiari (qualquer obstrução ao trato de saída do fígado), OBSTRUÇÃO DA VEIA CAVA: Trombose, neoplasia.
DIAGNÓSTICO:
1) USG com DOPPLER aumento de calibre da porta (n=12mm) e esplênica (n=9mm), fluxo hepatofugal.
3) Gradiente pressórico entre porta e VCI ≥ 6: Hipertensão porta, ≥ 10: varizes, ≥ 12: aumento do risco de ascite
e ruptura de varizes.
Profilaxia primária:
a) Rastrear varizes de alto risco (EDA): calibre médio ≥ 5mm, grosso: ≥ 20mm
c) Varizes em child B ou C
A- 1- Estabilizar o paciente “ABC” – Cristaloides, IBP, Suspender se BB se estiver usando, vasoconstritor esplânico:
terlipressina ou somatostatina ou octreotide, ceftriaxone ou Norfloxacino (profilaxia PBE em casos de ascite) – Pode
ter que repor hemácias, plaquetas, fibrinogênio, complexo protrombinico ou plasma.
C- TIPS (shunt portossistêmico intra hepático transjugular): em hemorragias refratárias, se não tiver, em urgência
faz Shunts NÃO SELETIVOS.
Profilaxia Secundária
ASCITE
Se tem ascite é necessário fazer paracentese de alívio ou diagnóstico. Onde fazer? Espinha ilíaca antero superior
esquerda 3 cm para medial e mais 3 cm cranial ou linha entre a cicatriz umbilical e a espinha ilíaca antero superior
esquerda e fazer a punção no terço lateral (igual ponto de mcburney).
DIAGNÓSTICO DA ASCITE
*ASPECTO MACROSCÓPICO
- Seroso (cirrose)
- Turvo (infecção)
*CITOMETRIA/CITOLOGIA
PMN ≥ 250: Peritonite Bacteriana (Peritonite bacteriana expontânea (PBE) ou Peritonite bacteriana secundária
(PBS))
*BIOQUÍMICA
TRATAMENTO DA ASCITE:
*Objetivo: reduzir 0,5kg/dia se sem edema, reduzir 1kg/dia se tiver edema (paciente nu)
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
TRATAMENTO DA ASCITE REFRATÁRIA (acontece +- 10% dos casos): que não responde a tratamento (falência
tratamento), recorrência da ascite, azotemia, Na <120, K> 6
a) Questionável – Suspender B-bloq: se PA < 90x60 e/ou PAM <82 (Porque impede um pouco a ação do diurético)
b) Midodrina VO – 8/8hs
* Acima de 5L – chama-se paracentese de alto volume. Quando houver uma paracentese em que foi retirado um
volume maior que 5L é necessário repor albumina para evitar a síndrome hepatorrenal.
Paracentese de grande volume >5-6L : Repor 6-8/10g de albumina por litro retirado.
b) TIPS, Transplante (se faz hipotensão em toda paracentese, se já teve síndrome hepatorrenal...)
TIPS (transjugular intrahepatic portosystemic shunt) é um procedimento radiológico percutâneo que consiste
em estabelecer uma comunicação intra-hepática entre um ramo da veia porta e a veia cava inferior com intuito
de descomprimir a veia porta e controlar, assim, as complicações clínicas provocadas pela elevação da
pressão portal em pacientes com hepatopatia crônica
*Quem tem PBE tem maior risco de evolui para síndrome hepatorrenal
PROFILAXIA DA PBE
1)Profilaxia primária:
b) Crônica: se proteína ascética <1,0 a 1,5g (pode indicar diminuição de imunoglobulina) – Norfloxacino
400mg/dia
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
2) Profilaxia Secundária: Teve uma PBE, e quero impedir uma segunda PBE
- Glicose <50mg/dl
- LDH elevado
TRATAMENTO:
Cefotaxima + Metronidazol
TC + Cirurgia ou Drenagem
OUTRAS INFECÇÕES:
Ascite neutrofílica ≥ 250mm³ / cultura negativa (pode ser PBE no início – trata igual PBE)
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA
FISIOPATOLOGIA: Sangue cheio de metabólitos da digestão passa pela veia porta. Se tem cirrose levando a
hipertensão porta, esse sangue não passa pelo fígado não sendo metabolizado e assim retrogradamente esses
metabólitos chegam ao cérebro. Principal toxina é a amônia – contato da flora bacteriana com o bolo alimentar.
TRATAMENTO:
- Lactulona: laxativo, pH fica ácido (NH3 NH4 (é mais difícil de ser absorvido))
SÍNDROME HEPATORRENAL
FISIOPATOLOGIA: Paciente hepatopata grave evoluindo com um quadro compatível de injúria renal aguda. Há uma
vasodilatação periférica por causa do excesso de óxido nítrico, mas o rim está respondendo a essa vasodilatação
com uma vasoconstrição (porquê quando tem vasodilatação periférica tem uma baixa perfusão renal e rim tenta
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
melhorar essa perfusão por mecanismo compensatório). Na síndrome hepatorrenal essa vasoconstrição é
exagerada. (LER FISIOPATOLOGIA EM OUTRA REFERÊNCIA PARA ENTENDER MAIS)
*É um diagnóstico de exclusão, tem que afastar a injúria renal por outras causas (sangramento, uso de diuréticos,
uso de AINES, Sepse – SEM HIPOVOLEMIA, SEM INFECÇÃO, SEM DROGA NEFROTÓXICA E USG NORMAL).
TRATAMENTO: Aumentar a cabeça de pressão combatendo a vasodilatação periférica para perfundir o rim.
- Albumina (para manter a pressão oncótica do sangue e segurar volume) + Noradrenalina ou terlipressina
SÍNDROME HEPATOPULMONAR
Orteodóxia: diminuição da Sat O2 com ortostase (capilar dilatado diminui área de contato do sangue com alvéolos,
hemácias que correm por baixo do capilar não entram em contato com o alvéolo).
SEMIOLOGIA
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
2023
CARDIOLOGIA
DIAGNÓSTICO:
1) AFERIÇÃO DE PRESSÃO - MÉDIA DE 2 CONSULTAS – PA ≥140x90 mmHg (Diretriz americana ≥130x80 mmHg) OU
2) UMA MEDIDA ISOLADA: (MUITO ELEVADA – ESTÁGIO 3) ≥180x110 mmHg OU LOA (EX: RETINOPATIA
HIPERTENSIVA)
ARMADILHAS DE DIAGNÓSTICO:
CLASSIFICAÇÃO DA PA:
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
INICIALMENTE ASSINTOMÁTICO
AVALIAÇÃO INICIAL: TAMBÉM PARA VERIFICAR FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES
ANÁLISE DE URINA (Pode ter proteinúria, lesão renal, K+) ; CREATININA, GLICEMIA EM JEJUM, HbA1c;
LIPIDOGRAMA (COLESTEROL TOTAL, HDL, LDL, TRIGLICÉRIDEOS); ÁCIDO ÚRICO; ECG (Sobrecarga ventricular
esquerda).
TRATAMENTO:
SEMPRE INDICAR TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO: DIMINUIR PESO, DIETA DASH, ATV 30MIN/DIA,
REDUZIR SÓDIO <2g. INDICAR ATÉ NO PRÉ HIPERTENSO!
ESTÁGIO 1: SE SEM FATORES DE RISCO, TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO; USAR UMA DROGA: IECA (pril’s),
BRA (sartan’s), TIAZÍDICO (hidroclorotiazida), BCC (nifedipina, verapamil)
ESTÁGIO 1 + FATOR DE RISCO, E2-E3: USAR 2 DROGAS: IECA OU BRA + OUTRA CLASSE
FÁRMACOS:
1ª LINHA: INIBIDORES DA ECA / BRA-II: MELHOR EM JOVENS, BRANCOS (NÃO MUITO EFETIVO PARA NEGROS QUE
POSSUEM MAIOR CAMADA MUSCULAR NO ENDOTÉLIO), DOENÇA RENAL (SÃO DROGAS NEFROPROTETORAS –
REDUZ PRESSÃO GLOMERULAR), IC/IAM, GOTA (losartana)
NÃO USAR IECA E BRA SE IRA, AUMENTO K, CR>3, K>5,5 E ESTENOSE BILATERAL DA ARTÉRIA RENAL
NÃO USAR EM GESTANTE! MULHER JOVEM A TENDÊNCIA É NÃO FAZER IECA E BRA.
2ª LINHA: BETABLOQUEADOR (USAR SE IC, IAM, ENXAQUECA), SE ASMA, DPOC NÃO USAR
PRASOZIN (HPB)
CLONIDINA (URGÊNCIA)
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA
CAUSAS:
HAS RESISTENTE: A 4ª DROGA A SER UTILIZADA DEVE SER ESPIROLACTONA APÓS SER EXCLUÍDA HAS SECUNDÁRIA
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA: PRESENÇA DE LESÃO AGUDA DE ÓRGÃO ALVO (CÉREBRO, CORAÇÃO, AORTA, RIM,
RETINA, ECLÂMPSIA)
BUSCA REDUÇÃO DE ATÉ 25% DA PA NA PRIMEIRA HORA DE TRATAMENTO E 160 x 100 em 2-6 HORAS.
DISSECÇÃO AÓRTICA AGUDA: LESÃO NA CAMADA ÍNTIMA CAUSANDO UM FALSO LÚMEN – DOR TORÁCICA
INTENSA SUBITAMENTE – TRATAMENTO: DIMINUIR FC <60bpm e PA <120mmHg - AQUI, PELA GRAVIDADE NÃO
PRECISA SEGUIR A REGRA DE 25% NA PRIMEIRA HORA ( PRIMEIRO B-BLOQUEADOR E DEPOIS NITROPRUSSIATO) –
CONFIRMAÇÃO POR EXAME DE IMAGEM: ECO TE/ ANGIO TC/ ANGIORM) – OPERA STANFORD A SEMPRE! TIPO B
OPERA APENAS OS COMPLICADOS!
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
FISIOPATOLOGIA: Aterosclerose
DIAGNÓSTICO:
Não indicado se: ECG basal alterado (ex: BRE, HVE) / Incapacidade de exercícios
Cintilografia miocárdica (dipiridamol- não usar em asmático, causa broncoespasmo) / Ecocardiograma com
estresse (Dobutamina)
Indicações: teste não invasivo com achado de mau prognóstico; sobrevivente de morte súbita abortada; sintomas
de IC, angina refratária ao tratamento clínico.
TRATAMENTO:
Não farmacológico: Atividade física, parar de fumar, perder peso, controlar comorbidades.
Farmacológico:
- Mamária (ou artéria torácica interna): maior patência (após 10 anos, 80% das pontes mamárias estarão abertas)
- Safena: maior facilidade, menor patênica (após 10 anos, 50% das pontes safenas estarão fechadas)
CLÍNICA
- Exame físico: avaliar sinais de ICC (estertores, turgência jugular, B3) / assimetria de pulsos
DIAGNÓSTICO:
TRATAMENTO: Internação!
Monitorização
Veia
Desfibrilador
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
FARMACOLÓGIO:
1-Antiplaquetários:
2- ANTICOAGULANTE
ESCORE HEART
H - HISTÓRIA ALTA SUSPEITA (2 PTS) MODERADA (1 PT) NORMAL (0 PTS)
E - ECG INFRA DE ST (2PTS) ALTERAÇÃO NORMAL (0 PTS)
REPOLARIZAÇÃO (1 PT)
A - ANOS ≥65 ANOS (2 PTS) 45-65 ANOS (1 PT) <45 ANOS (0 PONTOS)
R – FATORES RISCO ≥ 3 OU DOENÇA 1 OU 2 (1PT) 0 (ZERO)
ATEROESCLERÓTICA (2
PTS)
T - TROPONINA ≥ 3x LIMITE SUPERIOR (2 1-3x (1 PT) ≤ LIMITE SUPERIOR (0)
PONTOS)
TRATAMENTO ESPECÍFICO:
PACIENTE CHEGOU COM DOR NO PEITO, RODA ECG, MOSTROU SUBOCLUSÃO, NÃO VIU TROPONINA AINDA – VAI
COMEÇAR AAS, BB, NITRATO, O2 SE SAT <90% - PRÓXIMO PASSO É: ABRE OU NÃO A CORONÁRIA COM
CATETERISMO? VER INDICAÇÕES ABAIXO!
TIPOS DE INFARTO:
4- Pós stent
5- Pós CRVM
AVALIAÇÃO NO ECG:
Não usar: Nitratos, morfina (pq fazem vasodilatação), BB (esses pacientes tendem a bradicardia) e diuréticos
(também reduz retorno venoso, paciente hipotenso).
1) Pericardite aguda
2) Angina Prinzmetal:
3) Síndrome de Takotsubo
- Delta -T de até 12 horas: após esse tempo já ocorreu necrose transmural e não tem muito o que se salvar
- Preferencial: Angioplastia em até 90 min em que o paciente chega no hospital (TEMPO PORTA BALÃO)
*Se não tem serviço de hemodinâmica no hospital, pode transferir se possível angioplastia em até 120min!
- Trombolítico Se angioplastia indisponível ou se não tiver tempo hábil para realizá-la. Tempo é músculo!!
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA - IC
Funções do coração: Bombear sangue, suprir demanda, sem elevar pressões de enchimento. Função sistólica e
função diastólica.
Sistólica: diminui força de contração (ejeção ruim) Fração de ejeção <40% = ruim ICFE Reduzida
Diastólica: diminui relaxamento (enchimento ruim) Fração de ejeção >50% = boa ICFE Preservada
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
*VE enche 100ml e ejeta 60ml, em média em estado normal. Fração de ejeção: 60%.
ICFER Sobra volume na câmara e ainda recebe mais volumes = aumento das câmaras = aumento do coração
B3
ICFEP Consegue ejetar volume, ele não relaxa = Câmaras normais = tamanho coração normal B4
PRINCIPAIS CAUSAS:
- Outras condições: doenças orovalvares, pneumopatias crônicas, doenças infiltrativas, álcool e quimioterápicos,
doença de chagas, arritmias crônicas.
FISIOPATOLOGIA:
ICFER principalmente: Dano miocárdico piora contrátil sistema de compensação: sistema adrenérgico,
hipoperfusão renal ativa renina-angiotensina-aldosterona ativação neuro hormonal: angiotensina,
aldosterona, catecolamina congestão sistêmica eixo se perpetua ficando hiperativado remodelamento
cardíaco
Mais comum é IC do ventrículo esquerdo acúmulo de volume congestão pulmonar: tosse, expectoração,
estertoração, dispnéia aos esforços.
IC do ventrículo direito congestão sistêmica: turgência jugular, hepatomegalia, ascite, edema de membros
inferiores.
IC DE ALTO DÉBITO: Coração consegue aumentar o débito cardíaco, porém esse DC não é suficiente para suprir a
demanda. Fatores extrínsecos = Causas: Sepse, anemia, beribéri def B1, Obesidade, tireotoxicose, Fístula AV
sistêmica.
DIAGNÓSTICO:
MAIORES MENORES
- Dispnéia paroxística noturna - Edema maleolar
- Turgência Jugular patológica - Tosse noturna
- Estertoração pulmonar - Dispneia aos esforços
- Cardiomegalia - Hepatomegalia
- EAP - Derrame pleural
- B3 - Diminuição capacidade vital
- PCV >16 FC>120
- Refluxo hepatojugular
- Perda >4,5 kg com diurético
- Produzido no ventrículo – promove natriurese: elimina sódio junto a água para diminuir volume. Estimulado pela
distensão do átrio e do ventrículo.
- Na ICC: BNP >400IC // <100 Não é IC /// NT-pró-BNP Elevados >450 (<50anos) // >900 (50 a 75 anos) //
>1800 (>75 anos)
Classificação da IC
1- Funcional (NYHA)
2- Evolutiva
A – Só fatores de risco
C – Doente, sintomático
D - Refratário
1) Inibidor da Neprilisina + BRA-II (Sacubitril + Valsartana): BRA – diminui pré carga pela vasodilatação e diminui
liberação de aldosterona segurando mais água e sal. Neprilisina é enzima que degrada o BNP (que é vasodilatador
e libera água e sal), esse medicamento inibe e neprilisina. Aumenta BNP, mas não NT-proBNP.
6) Inibidor de SGLT-2 (Dapaglifozina, empaglifozina) – Não precisa ter DM2 – age no túbulo proximal no
transportado SGLT-2 que faz reabsorção por cotransporte puxa NA+Glicose. Ao bloquear esse transporte elimina
mais NA e Glicose. Glicosúria.
7) Nitrato + Hidralazina – Melhor para negro NYHA III-IV refratários ou com contra indicações.
8) Ivabradina (inibidor da corrente If) – Otimizados com B-bloq em dose máxima, FC ≥70, sinusal.
SÓ MELHORAM SINTOMA:
2) Digital para os refratários (nível tóxico próximo ao nível terapêutico): melhora força de contração porque -
Inibe bomba 3NA/2K no cardiomiócito, aumenta NA intracelular e ativa transportador NA/CA2+ e aumenta cálcio
intracelular. Causa xantopsia, náusea e cardiotoxidade – risco se K e ou/ Mg baixos
Dispositivos:
ARRITIMIAS - TAQUIARRITMIA
Nódulo Atrio ventricular: segura um pouco a condução, por isso o QRS demora poucos ms após onda P
Complexo QRS: Despolarização Ventricular – é apiculado porque a massa ventricular é grande. A repolarização
atrial é junto a despolarização QRS por isso não aparece no ECG.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
INTERVALOS:
PR: Condução atrioventricular. Tempo que a tividade elétrica inicia no átrio até chegar no ventrículo; N: 120-
200ms (cada quadradinho tem duração de 40ms).
QT: Mede a despolarização e repolarização ventricular. N: até 440ms. (prolongamento de QT predispões a morte
súbita)
Bloquei de ramo esquerdo ou de ramo direito? Melhor analisar em V1 - Onda QRS positiva é
bloqueio de ramo direito, Onda QRS negativa é bloqueio de ramo esquerdo.
O bloqueio é na divisão das fibras de purkynge. Há o bloqueio do ramo e atividade vai pro lado
preservado e de lá caminha de miócito a miócito para o lado com bloqueio.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Alguma área do átrio comandou o estímulo porquê tem onda P, idependente de ser negativa ou não.
Mais comum FC:150 (2:1) – Atrio duas vezes para uma ventricular com ajuda do No atrioventricular.
Batimento que surge antes do momento correto. É benigno. Pode acontecer por atividade física, stress, libação
alcóolica, cocaína. Não é considerado uma arritmia!
Acontece em doença cardíaca como doença de base. Não são malignas pois não degeneram para fibrilação
ventricular. Mais estético que grave. Não se faz nada! Apenas controle da doença de base, um BB por exemplo.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
EXTRASÍSTOLE EM TRIGEMINISMO - UMA EXTRASÍSTOLE VENTRICULAR PARA CADA DUAS SÍSTOLES SINUSAIS
TAQUICARDIA VENTRICULAR - TRÊS OU MAIS – NESSE CASO, QUATRO EXTRASÍSTOLES VENTRICULARES JUNTAS
CIRCUITO DE REENTRADA: Acontece com o ventrículo doente, uma área de necrose por exemplo por onde fecha
o circuito gerando arritmias.
TORSADES DE POINTES
É uma taquicardia ventricular polimórfica com inversão de polaridade. (Morfologia da torçã de pontas de um
lençol). Não acontece em qualquer pessoa. Só em pessoas com QT prolongado >440ms (11 quadradinhos)
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
medicamentos podem prolongar QT, tricíclicos, anti histmínicos mais antigos, loratadina, cloroquina,
azitromicina, hipocalcemia, hipocalcemia, hipomagnesemia, antiarritmico, BAVT.
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
Taquicardia ventricular com anarquia de ondas. Múltiplos circuitos de reentrada nos ventrículos. Não tem
complexo QRS. Ritmo mais comum de parada em adultos. Choque e massagem.
Resposta não as 5 perguntas. 25% das pessoas podem ter. Epidemiologia: mulher, jovem, sadia.
INTERVALO PR CURTO + ONDA DELTA = SÍNDROME DE WOLFF PARKINSON WHITE = SÍNDROME DA PRÉ EXCITAÇÃO
VENTRICULAR
CONDUTAS DA TAQUIARRITMIA
Estável: Amiodarona
Se causa não reversível (Pós IAM, IC, Cardiomiopatia), prevenção da morte: B-bloqueador
TV Grave ( que mata): Cardiodesfibrilador implantável
Paroxística: até 7 dias, Persistente: mais de 7 dias, Permanente: dura mais de 1 ano
Consequências: Baixo débito, baixa contração atrial, Estase atrial propiciando formação de trombos
Estável: Controle da frequência: >48hs mais risco de formar trombo – B-bloqueador ou antagonista do Ca
reduzindo FC <110 BPM em repouso + anticoagulação (apixabana, rivaroxabana, warfarina...)
Controle de ritmo: Refratários – Reversão após realizar ECO se >48horas para excluir trombos. Se não tem ECO faz
anticoagulação com warfarin 3-4 semanas tempo para sistema fibrinolítico degradar trombo. Reversão com
Amiodarona e também uma anticoagulação pós reversão por pelo menos 4 semanas. Maior risco no
CHA2DS2VASC manter anticoagulação crônica. Se for refratário a tudo, realizar ablação.
RISCO PARA FORMAÇÃO DE TROMBO SCORE CHA2DS2VASC: Congestão, Has, Age >75 (2pts), Diabetes, Stroke
formador de coágulo (2pts), Vasculopatia, Age>65, Sexo feminino.
Nenhum ponto não se preocupar com trombo; Se 1 ponto manejo com AAS ou preferencialmente com
anticoagulante, Se 2 pontos ou mais usar anticoagulação!
3)FLUTTER ATRIAL:
Cura: Ablação
Pode degenerar para FA, logo deve rastrear trombo igual na FA.
4)TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR
Estável: Manobra vagal – Valsalva durante 10-15 segundos, ou valsalva modificado 10-15 s sentando depois deita
paciente e levanta a perna ou compressão do seio carotídeo. Se não reverter, usar ADENOSINA (6mg em bolus, se
não reverter 12mg em bolus)
Cura: ablação.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
2023
PNEUMOLOGIA
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
PNEUMONIA DA COMUNIDADE
4- VÍRUS: INFLUENZA
6- ATÍPICO: LEGIONELLA (GRAM -) MAS CAUSA PNEUMONIA TÍPICA – ANTÍGENO URINÁRIO AJUDA A DIFERENCIAR
LOCAL DE TRATAMENTO:
Confusão Mental
Respiração FR ≥ 30 irpm
65 - ≥ 65 anos
2 - Considerar Internação
3 - Internação
TRATAMENTO:
1) HÍGIDO (AMBULATORIAL):
4) INTERNAÇÃO EM ENFERMARIA
Ceftriaxone + claritromicina
Amoxicilina + clavulanato
Quinolona respiratória
5)INTERNAÇÃO EM UTI
CÂNCER DE PULMÃO
Maior letalidade
Tipos histológicos:
DIAGNÓSTICO:
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Nódulo pulmonar solitário – quando biopsiar? Tamanho > 8mm, em algumas referências > de 2cm, crescimento
em 2 anos, tabagismo, idade ≥35 anos, borda irregular, espiculados (coroa radiada) com calcificações
assimétricas, excêntrica ou salpicada e associação com adenopatia, atelectasia ou sintomas.
RASTREAMENTO: * Só existem 3 tipos de câncer que se realiza rastreamento no Brasil – câncer colorretal, câncer
de mama e câncer de colo de útero
SÍNDROMES COMPRESSIVAS:
Tumor de Pancoast: epidermóide, causa dor torácica, compressão do plexo braquial, Síndrome de Horner (ptose
+ miose + anidrose)
Veia Cava Superior: oat cell Direito, causa edema de face e pletora, turgência jugular, varizes no tórax e MMSS
(congestão venosa)
SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS:
TRATAMENTO:
Definir acometimento mediastinal (N2) (CADEIAS LINFONODAIS DE 2 A 9 – são 14 cadeias, cadeia 1 é N3 e cadeias
de 10 a 14 são dentro do parênquima).
Paliativa: N2 (+Radioterapia)
ASMA
- Reversível na ASMA
DIAGNÓSTICO: ESPIROMETRIA
OBSTRUÇÃO (ASMA E DPOC, POR EX) / RESTRITIVO (PNEUMOPATIAS INTERTISCIAIS): Pulmão pouco complacente
VEF1: 1,8L (dificuldade de jogar para fora, cai mais que CVF) / VEF1:(cai de maneira parecida, entra e sai pouco)
ASMA: Inflamação crônica + hiper-responsavidade das vias aéreas: cigarro, pólen, Exercício, AAS, pelo de gato.
FENÓTIPOS:
1) ALÉRGICA (>80%) – Combater fatores ambientais como mofo e umidade. Gera eosinofilia periférica.
*Broncoespasmo desencadeado pelo exercício: fazer aquecimento prévio particularmente em climas frios e
secos, drogas broncodilatoras antes do exercício: B2 agonista de curta
*E grávida? 30% melhora, 30% piora e 30% fica igual. O bem estar do bêbê é proporcional ao tratamento da mãe.
O tratamento é igual em grávidas e não grávidas.
QUADRO CLÍNICO:
- Dispneia, broncoespasmo (Sibilância), Tosse crônica (hiper produção de muco, relativamente pequena, tosse
pouca produtiva), Desconforto torácico, Rinite (pode precisar de corticoide nasal e inalatório).
- Inflamação crônica oscilante: variáveis intermitentes piores a noite (paciente parado e com mais contato com o
alérgico) – tem gatilhos. Tônus colinérgico aumenta pela noite e acontece mais broncoconstrição.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Espirometria inicial:
3) Se espirometria vem normal: provocar broncoespasmo (histamina, metacolina - é a mais comum - , carbacol,
manitol, solução hipertônica...): no asmático VEF1 tem queda superior ou igual a 20%
4) Espirometria indisponível: Variação do PFE >10% (>13% se criança) (usar peak flow) – Durante a semana, se o
pico de fluxo variar muito
1º) SEMPRE CHECAR A ADESÃO! Aderência ao tratamento – tem no posto? Paciente consegue adquirir?
2º) Cessar tabagismo + vacina influenza (fator de exacerbação) + atividade física – diminuir mofo e umidade
≤5 anos
6-12 anos
≥12 anos
PASSO 1 / PASSO 2 OU ALÍVIO: NESSES STEPS É SÓ SOS, SÓ USA QDO SINTOMAS, NÃO USA DIÁRIO!!
- Corticóide Inalatório (Budosenida DOSE BAIXA: 200-400mcg/dia) + B2 de longa duração (Formoterol 6mcg) –
USAR QUANDO NECESSÁRIO (SOS) – MEDICAMENTO CONHECIDO COMO BUD-FORM (Budesonida + formoterol)
*No passo 1 com pouquíssimos sintomas pode usar B2 de curta + CTC inalatório
USO REGULAR
USO REGULAR
PASSO 5: Corticóide inalatório (Budesonida DOSE ALTA: >800mcg/dia) + B2 de longa (Formoterol) + TIOTRÓPIO
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
USO REGULAR – NESSE PASSO O IDEAL É TER UM ESPECIALISTA ACOMPANHANDO + anti IgE/L4/L5
PASSO 1 OU ALÍVIO:
USO REGULAR
PASSO 3: Corticóide inalatório (Budesonida DOSE MÉDIA: >200-400mcg/dia) ou corticoide inalatório DOSE BAIXA
+ B2 de longa * NO PASSO 3 SE USAR BUD FORM PODE USAR B2-DE LONGA PARA SOS
USO REGULAR
PASSO 4: Corticóide inalatório DOSE MÉDIA : >200-400 mcg/dia + B2 de longa duração + TIOTRÓPIO +
ESPECIALISTA (aqui é no passo 4, em adultos é 5)
PASSO 5: Corticóide inalatório DOSE ALTA >400mcg + B2 de longa (Formoterol) +-Anti IgE e corticoide oral
PASSO 2: Corticóide inalatório DOSE BAIXA (Budesonida NBZ: 500ug/dia) ou Beclometasona 100ug/dia
Regular
PASSO 3: Corticóide inalatório DOSE “DOBRADA” – De acordo com faixa etária / CI dose baixa + antileucotrieno
considerar o ESPECIALISTA
MÉTODO 0-3 ANOS: Espaçador com Máscara facial // 4-5 anos: espaçador com ou sem máscara
1) ATIVIDADES LIMITADAS?
MNEMÔMICO ASMA (Atividades limitadas / Sintomas diurnos / Medicações de alívio / Acordar a noite)
* ATENÇÃO: SE ASMA NÃO CONTROLADA, ANTES DE AUMENTAR O PASSO, VERIFICAR AMBIENTE, ADERÊNCIA E
TÉCNICA DO TRATAMENTO!!!
LEVE A MODERADA: Fala frases completas, não usa musculatura acessória, PFE (Pico de fluxo expiratório –
medido pelo Peak-Flow) >50%; FC ≤ 120; Sat O2 ≥90, FR≤30
TRATAMENTO: B2 de curta duração: 20/20min por uma hora + prednisolona VO: 1mg/kg, max: 50mg (adultos);
1-2mg/kg, máx: 40mg (crianças >5anos) +- O2 suplementar ALVO: Sat O2 93-95% / 94-98% (Crianças)
GRAVE: Fala palavras pausadamente, AGITAÇÃO; PFE≤50%; FC>120; Sat. O2 <90, FR >30, ou leve que não
melhorou em 1 hora
TRATAMENTO: Anteriores + Ipratróprio + trocar corticoide por IV (se crise grave e não consegue usar oral).
Considerar: Sulfato de magnésio IV e/ou corticoide inalatório em dose alta
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
MUITO GRAVE: PFE≤30, Clínica grave sonolento, confuso, acidose (visto no gasometria), ASMA GRAVE NÃO
SIBILA: TÓRAX SILENCIOSO.
*NÃO ESQUECER AO DAR ALTA (SE INTERNOU TEM QUE AUMENTAR O PASSO):
- 5-7 dias de corticoide VO (3-5 dias em crianças) – doses da prednisolona descritas acima
- Esclarecer dúvidas
SOBRE OS B2 AGONISTAS: Broncodilatadores agem através de seu efeito direto relaxante sobre a célula muscular
lisa. Eles pertencem a três classes farmacológicas: agonistas dos receptores β2-adrenérgicos, metilxantinas e
antagonistas muscarínicos (ou anticolinérgicos inalatórios). Quando usados pela via inalatória, os beta 2 agonistas
e os antagonistas muscarínicos têm ação mais rápida com menos efeitos sistêmicos. Os broncodilatadores de
ação rápida são mais usados no tratamento de alívio dos sintomas agudos enquanto os de ação prolongada são
melhor usados no tratamento de manutenção. Os β2-agonistas são os broncodilatadores mais usados no
tratamento da asma. Os anticolinérgicos têm início de ação mais lento e menos efeito sobre a função pulmonar,
quando comparados aos beta 2 agonistas, sendo mais usados no tratamento de portadores de doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC). O emprego das metilxantinas no tratamento regular é limitado por seus efeitos tóxicos
potencialmente perigosos. Os β2-agonistas de curta e de longa duração, junto com os corticosteroides inalatórios,
constituem o pilar terapêutico da asma nos doentes com a asma mal controlada com o uso isolado de
corticosteróide inalatório.
Doença com sintomas persistentes e limitação ao fluxo aéreo, devido a alterações estruturais nas vias aéreas
causadas por exposições significativas a partículas e gases nocivos. Bronquite (mucosa edemaciada, inflamação
arrastada gera fibrose) + Enfisema (destruição dos septos alveolares).
TIPOS:
- Brônquite crônica obstrutiva: azul inchado – tem hipoxemia muito importante, vasocontrição do leito pulmonar,
VE sofre e paciente fica congesto.
- Enfisema pulmonar: soprado róseo - tem pletora facial, hipoxêmico, aumento eritropoetina e policetemia
ficando rosado.
DPOC por deficiência de alfa1- antitripsina A1 Antitripsina inibe proteínas que destroem o septo alveolar)
Quando suspeitar:
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
- Hepatopatia inexplicada
- Vasculite C-ANCA +
- História familiar
FATORES DE RISCO:
- Tabagismo
CLÍNICA:
- Cor pulmonale.
DIAGNÓSTICO: ESPIROMETRIA
Espirometria inicial:
ABCD
≥2 EXACERBAÇÕES OU 1 C D
INTERNAÇÃO
0-1 EXACERBAÇÕES A B
GRAVIDADE DOS SINTOMAS CAT <10 ; Mmrc: 0-1; SGRQ <25 CAT≥ 10; mMRC ≥2; SGRQ ≥ 25
A e C: pouco sintomáticos
B e D: muito sintomáticos
B) Broncodilatador de longa duração: Tiotrópio (LAMA – antimuscarínico de longa duração) ou B2 de longa (LABA
– B2bloqueador de longa)
C) Tiotrópio: TEM QUE SER LAMA (REDUZ EAXRCEBAÇÃO!) Pode associar LABA se mantiver exacerbações
frequentes.
- Cessar tabagismo
- O2 domiciliar: 15h/dia por cateter nasal baixo fluxo. Alvo: Sat. O2 ≥ 90%
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Indicado quando PaO2 ≤ 55 ou Sat ≤88% em repouso OU PaO2 56-59 + Hematócrito >55%(policitemia) ou cor
pulmonale, paciente tem que estar estável e esse status em duas gasometrias diferentes.
- Sempre verificar se está ocorrendo outra doença, IAM, TEP, IC, Pneumotórax, FA.
- Principal causa de descompensação: Infecção pulmonar, vírus é o principal (rinovírus e vírus influenza).
Bacteriano: H. Influenzae, Pneumococo. Se grave ou ATB recente: Pseudomonas.
a) Piora da dispnéia
TRATAMENTO:
A) Antibiótico: secreção mais purulento + piora da dispnéia e ou aumento do volume do escarro; ou indicação de
suporte ventilatório (VNI ou IOT). GOLD: Amoxicilina + clavulanato ou macrolídeo 5-7 dias
Enfisema: “aumento dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes”.
Bronquite: é um tipo de inflamação das vias respiratórias, mais especificamente dos brônquios.
Nesse contexto todo de estudo sobre essas duas condições tão associadas (enfisema e bronquite) e da própria
DPOC em si é que surgiu o GOLD, o Global Initiative For Chronic Obstructive Lung Disease: um documento elaborado
para prevenção, diagnóstico e manejo da DPOC que é revisado anualmente.
O GOLD foi iniciado em 1997 e tem como principais objetivos: sugerir adequado e efetivo manejo da DPOC, bem
como estratégias de prevenção para uso nos mais diversos cantos do mundo, além de diminuir a morbidade e
mortalidade advindas dessa condição e tornar não só a comunidade médica mas também a população geral
consciente de que a DPOC é um problema de saúde pública!
A DPOC, pelo documento de 2023, é definida como uma condição pulmonar heterogênea caracterizada por
sintomas respiratórios crônicos, como dispneia, tosse e escarro, por causa de anormalidades nas vias aéreas —
bronquite e/ou enfisema — causando obstrução ao fluxo aéreo de forma persistente e até progressiva.
A principal causa de DPOC, como bem sabemos, é o tabagismo. Estima-se que 15-25% dos tabagistas evoluem
para DPOC e que até 80% dos casos sejam secundários ao tabagismo.
Entretanto, existem diferenças entre tabagistas com a mesma carga tabágica, sugerindo que fatores intrínsecos
modificam o risco de desenvolver DPOC, bem como a apresentação clínica, que depende da interação entre os
fatores individuais e ambientais.
Acontece que o GOLD 2023 traz o conceito de que alguns indivíduos podem apresentar lesões pulmonares
estruturais (por exemplo, enfisema) e/ou anormalidades fisiológicas (incluindo VEF1 normal baixo,
aprisionamento de gás, hiperinsuflação, capacidade de difusão pulmonar reduzida e/ou declínio rápido do VEF1)
sem obstrução do fluxo aéreo (VEF1/CVF ≥ 0,7 pós-broncodilatação).
A partir de agora, indivíduos com sintomas respiratórios e/ou alterações estruturais ou funcionais detectáveis,
mas sem nenhuma obstrução ao fluxo aéreo na espirometria são definidos como “Pré-DPOC”.
Um outro novo termo é o “PRISm” que foi proposto para identificar aqueles com relação VEF1/CVF normal, mas
espirometria anormal, ou seja, VEF1 e/ou CVF < 80% do valor de referência após o broncodilatador. Indivíduos
com Pré-DPOC ou PRISm correm o risco de desenvolver obstrução do fluxo aéreo ao longo do tempo, mas nem
todos o fazem.
Taxonomia do DPOC
A DPOC está muito associada ao tabagismo e, apesar desta ser a principal etiologia, há uma falha em não elucidar
outros mecanismos que podem contribuir para sua apresentação clínica. Por isso, a taxonomia (classificação) da
DPOC foi criada.
E aqui, talvez tenhamos a mudança que mais será explorada nas provas de residência, junto com as mudanças de
tratamento, que veremos já já…
Para classificar esses pacientes, vamos avaliar a gravidade da obstrução, de acordo com o VEF1 e a presença de
sintomas e histórico de exacerbações para estimar o risco de futuras exacerbações e guiar a terapia — até aqui,
sem mudanças.
A doença pode ser classificada com base em dois parâmetros distintos e será validada pela presença de uma letra
(A, B ou E) e um número (1, 2, 3 ou 4). Segundo a classificação atual do GOLD 2023, o número indica a gravidade
da obstrução através do VEF1, enquanto as letras classificam o paciente de acordo com a morbidade e risco de
exacerbação.
Assim, com base nos valores de VEF1 pós-broncodilatação, podemos classificar o grau de obstrução no DPOC como
leve (GOLD 1), moderado (GOLD 2), grave (GOLD 3) ou muito grave (GOLD 4).
Além do VEF1 ser um parâmetro espirométrico fundamental para diagnóstico e classificação da gravidade, ele
possui importância prognóstica. Sabe-se que o declínio acelerado da VEF1 se associa ao aumento da mortalidade
em DPOC.
A dispneia é o principal determinante da morbidade destes pacientes. Sua intensidade e o impacto no estado de
saúde do paciente possui baixa correlação com VEF1. Por isso, avaliamos o paciente através da sintomatologia,
por meio do COPD Assessment Test (CAT) ou mMRC Dyspnea Scale, e do histórico de exacerbações.
Atenção (de novo)! Aqui o GOLD 2023 propôs uma classificação diferente: a ferramenta “ABCD” foi substituída
por “ABE”. Os grupos A e B permanecem inalterados, mas os grupos C e D agora são fundidos em um único grupo
denominado “E”, destacando a relevância clínica das exacerbações.
Pela primeira vez o GOLD 2023 traz informações de uma terapia farmacológica com impacto na mortalidade da
DPOC.
O GOLD 2023 continua propondo o tratamento farmacológico inicial baseado na classificação quanto à
sintomatologia e número de exacerbações.
Após um episódio de exacerbação da DPOC, é fundamental garantir que o paciente mantenha seguimento após a
alta hospitalar.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
O seguimento pós-alta não se resume apenas a prescrever broncodilatador! Considerando que a DPOC é uma
doença inflamatória sistêmica e que as exacerbações acarretam em piora do risco cardiovascular, devemos
acompanhar o paciente a fim de evitar nova exacerbação, além de melhorar o tratamento da doença estável e
reduzir os sintomas.
Mais uma novidade! A definição de exacerbação foi atualizada. Até o GOLD 2022 definia-se DPOC exacerbado como
uma “piora aguda dos sintomas respiratórios que resulta em uma terapia adicional”.
Agora a exacerbação aguda da DPOC (EADPOC) é definida como um “evento caracterizado por piora da dispneia
e/ou tosse com expectoração, com piora dos sintomas nos últimos 14 dias, que pode estar acompanhado por
taquipneia e/ou taquicardia, e frequentemente está associado com inflamação local e sistêmica causada por
infecção, poluição ou outro insulto à via aérea”.
Ou seja, o GOLD 2023 deixou mais claro que, independente do tratamento estar disponível, podemos estar frente
a uma exacerbação do DPOC e que, esta é uma condição inflamatória sistêmica.
ESPIROMETRIA
- Troca Gasosa;
- Equilíbrio ácido-básico;
- Filtração de embolos;
- Fonação.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
INDICAÇÕES DA ESPIROMETRIA
- Quantificação da doença;
- Avaliação de Incapacidade
VOLUMES PULMONARES:
*A espirometria avalia a capacidade vital e não a capacidade pulmonar total. Não consegue avaliar o volume
residual. Para isso, existe a pletismografia.
*VEF1 – Diminui com a idade com velocidade maior em tabagistas. Atinge seu máximo aos 25 anos. Espirometria
consegue fazer detecção precoce de doença.
TÉCNICA DA ESPIROMETRIA:
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Doenças: Fibrose pulmonar, Doença da caixa torácica, Doenças da Pleura (Pneumotórax, Derrame Pleural),
Doenças neuromusculares como esclerose lateral amiotrófica, Pneumoconioses, Sarcoidose, ICC.
- DISTÚRBIO RESTRITIVO: Redução do volume pulmonar (↓CPT – Espirometria não é capaz de avaliar porque não
mede volume residual) - ↓VEF1 OU NORMAL, ↓CVF , VEF1/CVF NORMAL
- DISTÚRBIO MISTO: Pode existir duas doenças sobrepostas com todos parâmetros alterados.
*Índice de Tiffeneau normal e redução de VEF1 e CVF proporcionais – o que deixa índice normal - (mostrando
volume reduzido) diagnostica doença restritiva.
- Idade: 8%
- Altura: 20%
- Peso: 2%
- Raça: 10%
- Fatores Técnicos: 3%
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
- Inexplicada: 27%
INTERPRETAÇÃO:
2º) Ver CVF, se tem redução do volume em relação ao previsto e limite mínimo em relação as pessoas de função
pulmonar normal com as mesmas características.
*Patologia inespecífica: características de obstrutiva e espirometria com caráter restritivo ou vice-versa. Sempre
ver quadro clínico – pode solicitar Pletismografia!
*DPOC: ↓VEF1, CFV NORMAL, PORÉM ESVAZIAMENTO LEVANDO MAIS TEMPO – Na hiperinsuflação o CVF está
diminuído porque o volume residual está aumentado.
*Pós broncodilatador: 4 Puffs (400mcg) Sabultamol ou fenoterol e depois de 15 a 20 min nova espirometria.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
2023
NEFROLOGIA
GLOMERULONEFRITES
1) SÍNDROMES GLOMERULARES
I- Síndrome Nefrítica;
II – Alterações Assintomáticas;
IV - Síndrome Nefrótica;
2) SÍNDROMES TUBULARES
3) SÍNDROMES VASCULARES
4) DISTÚRBIO ELETROLÍTICO / AB
5) SÍNDROME URÊMICA
1 - SÍNDROMES GLOMERULARES
- Oligúria
- Edema
- Hematúria Dismórfica
- Outros: Cilindros celulares (Hemático) proteína TAM-HORSFALL com hemácias dismórficas coladas, aumento
escórias, Proteinúria (150mg a 3,5g/24 horas), Piúria.
Causas:
I - SÍNDROME NEFRÍTICA
- Sequela tardia de infecção por cepas específicas do S. Pyogenes – Streptococos beta hemolítico do Grupo A
- Formação de células imunes e formação de imunocomplexos. Resposta humoral após infecção demora cerca de
uma semana. Primeira semana o rastreio é microbiológico a partir da primeira semana o rastreio é sorológico.
ETIOLOGIA:
*Não pode estar com infecção no momento e com glomerulonefrite ao mesmo tempo. Sempre ver a incubação.
CLÍNICA:
DIAGNÓSTICO:
3) Documentar infecção estreptocócica: cultura de orofaringe (pq pode melhorar a inflamação mas ainda continuar
colonizado) ou anticorpos:
4) Queda transitória do complemento (C3 e CH50): Permanece baixa por até 8 semanas.
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA: Oligúria até 7 dias, hipocomplementenemia até 8 semanas, hematúria
microscópica até 1-2 anos até recuperação glomerular completa, proteinúria geralmente <1g/dia até 2-5 anos após
a infecção.
TRATAMENTO:
Suporte – Restrição hidrossalina (por causa da oligúria, está filtrando menos, então promover menos entrada de
líquido já que está saindo pouco),
*PROFILAXIA COM USO DE ANTIBIÓTICOS NA GNPE: PENICILINA BENZATINA - É REALIZADO COMO MEDIDA
COMUNITÁRIA PARA ERRADICAR CEPAS NEFRITOGÊNICAS.
Epidemiologia:
1 – Hematúria macroscópica recorrente (40-50%): crianças e adultos jovens. Episódios desencadeados por
infecções, vacinação ou exercício físico vigoroso. Melhor prognóstico.
2- Hematúria microscópica persistente (30-40%): Proteinúria subnefrótica (30-40%), crises de hematúria macro
(25%)
5- GNRP (<5%)
DIAGNÓSTICO:
Hematúria dismórfica
Complemento normal
CERTEZA: BIÓPSIA RENAL – Indicações: Síndrome Nefrítica, proteinúria >500mg/dia, insuficiência renal
TRATAMENTO: Inespecífico
Corticoide: Proteinúria >1g/dia, HAS, CR>1,5, Alteração a Biópsia sugestivas de mau prognóstico (Ex: crescentes)
IECA/BRA: Proteinúria >1g/dia ou HAS IECA/BRA vasodilatação da arteríola eferente diminui pressão de
filtração glomerular, polpa função renal.
PROGNÓSTICO:
Idade avançada ao diagnóstico, Sexo masculino, Cr > 1,5 ao diagnóstico, HAS, Proteinúria persistente > 1-2g/dia,
SÍNDROME NEFRÍTICA
Etiologia:
TIPO II (45%): Depósitos de imunocomplexos BERGER / GNPE / ENDOCARDITE / HEPATITES / VIRAIS / LES
TIPO III (45%): Pauci-imune Vasculites ANCA+: Poliarterite microscópica e granulomatose com Poliangeíte
(Weneger)
GOODPASTORE
Anticorpo anti-MBG que ataca MB dos glomérulos do rim e pode atacara membrana basal dos alvéolos
pulmonares fazendo síndrome pulmão-rim
Diagnóstico:
Microscópica – crescentes
Imunofluorescência: Padrão linear no tipo I, granular tipo II, granular tipo III
Tratamento:
Inicial: Plasmaférese
GNPE – CONSOME
LÚPUS – CONSOME
- Urina 24 horas ou Relação Proteína/Creatinina (amostra de urina) <0,2 – normal; entre 0,2-2: Proteinúria
nefrítica; >2: síndrome nefrótica.
- Aumento da permeabilidade proteica. Barreira física, proteína de alto peso molecular não conseguem passar
(ex: imunoglobulina). E as proteínas de baixo peso molecular? A albumina é uma molécula pequena, ela vazaria
pelas fendas de filtração mas a membrana basal é carregada eletronegativamente e a albumina é uma proteína
aniônica, logo ela é repelida e não eliminada em condições normais.
Tipos de proteinúria: Seletiva – as custas de albumina (carga) / Não seletiva: Perda proporcional (Tamanho)
2) Hipoalbunemia + queda da antitrombina III, IgG, Transferrina (tbm eliminados e trazendo consequências:
trombose, imunossupressão – propício a infecção Streptococcus pneumoniae, anemia...)
A alfa-2 globulina aumenta pq fígado tenta compensar diminuição das proteínas, mas a alfa-2 globulina é grande
e não eliminada.
3) Edema: Mecanismo underfill: perda de proteínas pela urina e o sangue fica com pressão oncótica diminuída
fazendo que o líquido vá para terceiro espaço devido a osmose e mecanismo overflow: glomérulo tem dificuldade
de realizar a filtração, no entanto a reabsorção está normal nos túbulos, retendo água e sódio, que gera
hipervolemia, com edema, hipertensão e sinais de congestão.
4) Hiperlidemia: fígado passa a produzir mais proteínas. Pode apresentar lipidúria, cilindros graxos na urina.
CLÍNICA:
Urina espumosa, edema, complicações: trombose venosa profunda (trombose de veia renal por causa da perda
da antitrombina no glomérulo, já volta trombosando), dor lombar (distensão capsular), hematúria e piora da
proteinúria, assimetria renal, varicocele a esquerda.
*Veia gonadal direita é tributária drena para veia cava e a veia gonadal esquerda é tributária da veia renal –
trombose veia renal, a gonadal não consegue drenar e homem pode desenvolver varicocele a esquerda, dor
testicular)
TRATAMENTO: Anticoagulação
ATEROGÊNESE ACELERADA
ETIOLOGIAS:
- Glomerulopatia membranosa
2- SECUNDÁRIA:
- Diabetes
- HAS
- Lúpus
Patogênese: Minimamente vista. Perda da carga negativa da membrana basal causadas pelas interleucinas
inflamatórias (Proteinúria seletiva) Fusão e retração dos processos podocitários ficando permeáveis.
Patôgenese: Primária – ataques de linfócitos aos podócitos? É uma evolução da lesão mínima? Não se tem
certeza.
Associações: Lúpus
Tratamento: Corticoterapia
Glomerulopatia membranosa
Associações: Neoplasias ocultas, lúpus, hepatite B, Drogas (sais de ouro, D-penicilinamina, IECA, AINES)
CLÍNICA: Síndrome Nefrótica (70-80%) / Complemento normal /É a mais associada a trombose venosa Renal/
Evolução variável
SINAIS DE BOM PROGNÓSTICO: Jovens, sexo feminino, proteinúria <10g/dia, Albumina >2,5g/dl, Ausência de
fenômeno tromboembólico, ausência de insuficiência renal, Ausência de alterações tubulointerticiais à Biópsia
(Bx).
Patogênese: Complemento baixo por mais de 8 semanas (diferencia da GNPE). Proliferação mesangial intensa.
CLÍNICA: Síndrome nefrítica e/ou nefrítica, trombose da veia renal, infecção respiratória alta prévia em 50%.
DOENÇAS TUBULOINTERSTICIAIS
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
FUNÇÃO TUBULAR:
3) NECROSE DE PAPILA
- Inflamação “alérgica” do interstício renal (dor, calor, rubor, edema) Compressão tubular
ETIOLOGIA:
Principal: Farmacoinduzida
- ATB betalactâmicos (ampicilina no brasil, por ex) , bactrim, AINE, tiazídico, rifampicina
CLÍNICA:
- Lesão renal aguda oligúrica (compressão tubular) + febre (Citocinas inflamatórias vão para circulação sistêmica)+
dor lombar (distensão dos envoltórios renais)
Teste Hansel: Detecta eosinofilúria - A eosinofilúria é definida como a presença de mais de 1% de eosinófilos na
urina e é indicativa de presença de nefrite tubular intersticial aguda (NTIA), porém não é específica dessa patologia.
MECANISMO: Agressão a estrutura tubular necrose intensa de muitas células tubulares renais células
necrosadas desprendem e caem dentro do túbulo obstrução do túbulo acúmulo retrógrado do ultrafiltrado
atrapalhando a filtração do glomérulo injúria renal aguda oligúrica (aumento creatinina, aumento uréia)
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
ETIOLOGIA:
Contraste iodado (tanto pela toxicidade direta quanto pela isquemia, pois o contraste iodado faz vasoconstrição
da arteríola aferente, isquemia tubular).
Toxinas: droga (aminoglicosídeo, anfotericina B...) , rabdomiólise (mioglobina em grande quantidade lesa o túbulo
diretamente).
TRATAMENTO:
Prevenção: Hiper-hidratação (passagem rápida do contraste pelo túbulo – pode iniciar 48 hs antes, hidratação em
casa ou cristaloide em internação), usar contraste hipo-osmolar
Na rabdomiólise: hidratação/ manitol (para estimular diurese, diminuir o contato da mioglobina com células
tubulares)
*CHOQUE + LESÃO RENAL AGUDA: COMO SABER SE É PRÉ-RENAL OU NECROSE TUBULAR AGUDA?
O rim quando está mal perfundido usa de mecanismos para absorver água e sódio para aumentar a volemia, só
que a estrutura que faz essa reabsorção é o túbulo! Logo:
- Pré-renal: urina concentrada e com menos Na+ (consegue absorver água e Na+)
NECROSE DE PAPILA
A papila renal fica no fim dos túbulos coletores, região bem profunda do rim, onde já recebe pouca perfusão, por
isso a sensibilidade. É onde “pinga” a urina para seguir pela pelve renal.
ETIOLOGIAS: Mnemônico PHODA – situações que de alguma maneira interferem a perfusão da papila.
A nalgésico/AINES – uso abusivo que faz vasoconstrição dos vasos que irrigam a papila renal
CLÍNICA:
Febre (citocinas das células inflamatórias no local de necrose da papila – papilite necrosante) + Dor lombar
(migração da papila renal)
DIAGNÓSTICO:
Urografia excretora: com contraste sombras em anel (falhas escuras na imagem onde fica a papila).
TRATAMENTO:
Controlar/ eliminar agente causal. Pielonefrite = antibiótico. Anemia Falciforme = cuida da doença, evitar crises.
Obstrução = desobstrução. Diabetes = controle doença. Analgésicos/AINES: Suspender uso.
1) TUBULO CONTORCIDO PRINCIPAL: Acontece a maior parte da reabsorção, com destaque para 4 substâncias:
Glicose, Ácido úrico, Fosfato e Bicarbobato. (Aminoácidos e outras substâncias também são reabsorvidos aqui)
2) ALÇA DE HENLE: Responsável pela concentração medular. A alça mergulha na medula renal. É responsável por
deixar o interstício medular em uma região altamente hipertônica. Isso é importante porque ao longo do trajeto,
lá no túbulo coletor medular é reabsorvido água livre com a ajuda desse meio hiperosmótico.
Possui um carreador que traz para a medula apenas soluto, a alça de Henle é IMPERMEÁVEL a água!
3) TUBULO CONTORCIDO DISTAL: Responsável pela reabsorção de cargas positivas (Na+ e Ca2+). Ou trabalha
reabsorvendo um ou outro, nunca os dois ao mesmo tempo. Reabsorve Na+/Ca2+ através de carreador NaCl.
Aldosterona: Age no córtex fazendo reabsorção de Na+. Absorve Na+ em troca de H+ e K+ (Troca alternada)
ADH: Age na parte medular do túbulo coletor. Reabsorção de água livre. Abre portões de aquaporinas e a água se
movimenta para o meio mais concentrado por osmose, daí a importância da alça de Henle deixando a medula
concentrada. (ou seja, quando tiver uma doença na alça de Henle, o paciente vai ter uma doença de alta diurese)
- Glicosúria Renal: Glicose é a principal fonte de energia do corpo, então o rim não quer deixar ela ser perdida, por
isso há a reabsorção. Quando a pessoa possui uma glicemia muito alta, acaba ocorrendo saturação da reabsorção,
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
não sendo reabsorvida toda a glicose. Nesse caso é normal a glicosúria. Já no cenário de um problema no túbulo
contorcido proximal há glicosúria sem hiperglicemia (ou seja, na ausência de diabetes).
- Uricosúria Renal
- Fosfatúria Renal
*ACIDOSE TUBULAR RENAL TIPO 2 – sempre deve-se saber como está a concentração de K+ em um paciente com
essa acidose. O bicarbonato é uma molécula negativa (HCO3-), então quando o bicabornato é perdido o organismo
precisa manter a eletroneutralidade da urina (não pode ter carga elétrica na urina), para isso o K+ com carga positiva
é eliminado junto ao HCO3-. Logo, na ACIDOSE TUBULAR RENAL DO TIPO 2, o paciente curso com ACIDOSE +
HIPOCALEMIA!
Transporta solutos para a medula sem absorção de água, pois é impermeável; deixando a medula hiperosmótica.
Isso é possível graças ao transportador Na+/K+/2Cl-. O distúrbio acontece por uma doença ou medicamento que
interfira nesse carreador. Se há um problema nesse carreador, não é mais possível deixar a medula hiperosmótica,
o que induz:
- Poliúria (porquê não concentra a medula renal e ADH não consegue agir no túbulo coletor medular)
- Hipocalemia + Alcalose (porquê se o Na+ não é reabsorvido na alça de Henle, o túbulo coletor no córtex por ação
da aldosterona vai reabsorver o Na+, porém espoliando K+ e H+ como acontece no túbulo coletor – pode ser por
tentativa de compensar a hipovolemia por causa da poliúria e pela ação do aumento da aldosterona)
*A DOENÇA QUE CAUSA ISSO PELO ACOMETIMENTO DO CARREADOR Na+/K+/2Cl É A SÍNDROME DE BARTTER E O
MEDICAMENTO É A FUROSEMIDA INIBE ESSE CARREADOR.
Reabsorve Na+ ou Ca2+, um ou outro, nunca os dois juntos! Distúrbio causado por uma doença ou medicamento
causando inibição da reabsorção de Na+. O carreador Na+/Cl é inibido pela doença ou medicamento.
Se não consegue mais reabsorver Na+, só sobra reabsorve o Ca2+, então a pessoa não urina cálcio.
* Na prática ajuda a tratar pessoas com cálculo de cálcio, porquê reduz a excreção de cálcio e consequentemente
formar menos cálculos de cálcio.
- Hipocalemia + Alcalose (como chegou muito mais Na+ no túbulo coletor do córtex, há um aumento da ação da
aldosterona que reabsorve Na+ espoliando K+ e H+)
*A DOENÇA QUE CAUSA ISSO PELO ACOMETIMENTO DO CARREADOR Na+/Cl É A SÍNDROME DE GITELMAN E O
MEDICAMENTO É O TIAZÍDICO INIBE ESSE CARREADOR.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
*ACIDOSE TUBULAR TIPO 4 – Mecanismo: A causa é o HIPOALDOSTERISMO. A pessoa não secreta mais aldosterona.
A troca de Na+ por K+ continua a acontecer, mas de forma menos intensa. Joga menos K+ para fora, retém mais K+
joga menos H+ para fora, retém mais H+ , gerando HIPERCALEMIA E ACIDOSE!
Mecanismo: Diabetes insipidus nefrogênico torna o túbulo coletor medular resistente ao ADH. Logo, não consegue
reabsorver água no coletor final – concentra o plasma em glicose (por isso diabetes).
- Poliúria, hipostenúria (urina mais diluída), polidipsia (para compensar o volume sanguíneo menor)
LEMBRAR: DIABETES MELLITUS (“URINA TEM GOSTO”, TEM GLICOSE NA URINA), INSIPIDUS (“URINA NÃO TEM
GOSTO”, NÃO TEM GLICOSE NA URINA, A GLICOSE TÁ CONCENTRADA NO PLASMA, ESTÁ URINANDO MUITO
PORQUE NÃO ESTÁ TENDO REABSORÇÃO DE ÁGUA PELO ADH).
* A aldosterona e a vasopressina fazem com que os rins retenham sódio (sal). A aldosterona também faz com que
os rins excretem potássio. O aumento de sódio faz com que a água seja retida, aumentando, assim, o volume de
sangue e a pressão arterial. A aldosterona é um hormônio esteróide segregado pelo córtex supra-renal. A função
da aldosterona no metabolismo é controlar o sódio e o potássio, regulando o volume de fluidos. A aldosterona atua
para diminuir a excreção de sódio e aumentar a excreção de potássio no rim, glândulas sudoríparas e glândulas
salivares.
* O hormônio antidiurético atua nos rins promovendo a reabsorção de água. Esse hormônio é importante, pois
evita a perda exagerada de água e garante a osmolaridade normal do sangue. Células osmorreceptoras no
hipotálamo monitoram a osmolaridade do sangue e desencadeiam a liberação de ADH a partir da neuro-hipófise.
DISTÚRBIOS VASCULARES
MECANISMO: Estenose da artéria renal fluxo com menos pressão chegando ao rim teoricamente filtraria
menos, mas o rim realiza uma adaptação filtrativa de cunho hormonal QUANDO O RIM COMEÇA A RECEBER
MENOS SANGUE O APARELHO JUSTAGLOMERULAR PERCEBE A REDUÇÃO DA PERFUSÃO E COMEÇA A LIBERAR A
RENINA ATIVAÇÃO SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA ALDOSTERONA PARA TENTATIVA DE RESTAURAR O FLUXO
RENINA transforma a ANGIOTENSINA I que pela ação da IECA é convertida em ANGIOTENSINA II; a antiotensina
II faz vasoconstrição sistêmica e além disso pressuriza a arteríola eferente do glomérulo aumentando a pressão
glomerular e a filtração tende a restaurar-se. Além disso, a angiotensina vai no córtex da adrenal e estimula a
liberação de aldosterona e reabsorve mais Na+ e consequentemente água acompanha aumentando a volemia.
*Quando há hiperestimulação do SRAA, a aldosterona age no túbulo coletor do córtex absorvendo Na+ em troco
de K+ e H+, gerando HIPOCALEMIA E ALCALOSE.
2) Sopro em Flanco
3) Hipocalemia
DIAGNÓSTICO:
- USG DOPPLER: Triagem (vai mostrar assimetria dos rins e diminuição do fluxo sanguíneo)
*Assimetria acontece mesmo na estenose bilateral, redução de fluxos diferentes nos dois rins
- Displasia Fibromuscular: AGIOPLASTIA sem stent (porque o risco de reestenose é muito baixo)
- Aterosclerose: IECA/BRA Vai reduzir a HAS as custas de reduzir a filtração renal novamente, porém temos 2
rins, a filtração será compensada pelo rim sadio.
*Angioplastia como primeira conduta não muda sobrevida. A abordagem inicial de preferência é medicamentosa!
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
*Se estenose bilateral não deve ser tratado por IECA/BRA porquê senão vai desenvolver disfunção renal chamada
de nefropatia isquêmica!
- SE ESTENOSE BILATERAL: ANGIOPLASTIA DAS DUAS ARTÉRIAS RENAIS (COM STENT – Porquê o risco de nova
estenose em ateroesclerose maior) / CIRURGIA (BYPASS se angioplastia não resolver ou outro problema no
procedimento). Em RIM ÚNICO, conduta é essa também.
ATEROEMBOLISMO
- Grande causa: Procedimento vascular que envolva passagem de cateter pela aorta, e se tiver placa de ateroma o
cateter pode colidir e fragmentar em menores fragmentos. E os pequenos fragmentos de ateroma podem ir para
qualquer sítio! Pode ir para rim, cérebro, retina, membros, pulmão...qualquer lugar, é acometimento sistêmico!
CLÍNICA:
- Dedo azul (cianóticos), livedo reticulares (embolia em pequenos vasos da pele, setores vasculares sofrem
vasodilatação e alguns vasoconstrição gerando o aspecto de rede), placas de hollenhorst (placas de ateroma em
vasos retinianos)
DIAGNÓSTICO:
BIÓPSIA RENAL (PADRÃO OURO): Fissuras biconvexas (Cristais de colesterol) – São locais ocupados pelas placas
que colesterol que embolizaram em direção a vasculatura renal.
TRATAMENTO:
Suporte! Não tem bom prognóstico, pode ter muitas sequelas. Não tem o que se fazer para dissolver as placas de
colesterol que disseminaram pela circulação.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS
DISTÚRBIOS DO SÓDIO
1 – CONCEITOS BÁSICOS:
Localização: Extracelular
* A divisão é para passar mg/dl para mOsm/L. Sódio multiplica por 2 porque onde tem um cátion caminha um
ânion junto. Na transporta mesma quantidade de ânion junto.
*Osmolaridade pelo Osmômetro leva em consideração todos os solutos – Substâncias osmóticas. Então dá uma
pequena diferença.
*Disferença entre o aparelho osmômetro e pelo cálculo de osmolaridade plasmática é chamado de GAP
OSMÓTICO.
CONTROLE DO SÓDIO
2- HIPONATREMIA
Hiponatremia é hipo-osmolar! Com duas exceções: Hiponatremia hiperosmolar (aumento da glicemia – ver
influência na fórmula de osmolaridade); Hiponatremia isosmolar (aumento de lipídeo e aumento de proteína).
CAUSAS (hipo-osmolar):
2- Excesso de ADH: age no túbulo coletor do rim abrindo os poros, a água começa a voltar por gradiente osmótico
e dilui o sódio.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
*Hipervolêmica: ICC, Cirrose... (Paciente inchado, mas volume circulatório efetivo baixo, na verdade é
hipovolêmico)
CAUSAS SIADH: Doenças do SNC, Medicamentos, doenças pulmonares (tuberculose, legionella, CA), HIV.
MECANISMO: Liberação do peptídeo Natriurético cerebral (BNP) Origem cardíaca ventricular hipovolemia
(perda de Na + H2O) Reabsorção de água no coletor (Aumento do ADH) HIPOVOLÊMIA, HIPONATREMIA,
NATRIURESE.
CLÍNICA:
Hiponatremia, sódio extracelular diminui, água entra pra célula e gera edema celular. Mudanças bruscas são piores,
pois não há adaptação.
HIPOSMOLAR
Hipovolêmica:
Hipervolêmico:
- Restrição hídrica
+- Diurético de alça (preferência): Furosemida (diurético que inibe a ação do ADH – perde muita água livre – deixa
interstício medular hipotônico, então pode ter muito ADH que mesmo assim água não vai ser reabsorvida e causa
hipernatremia).
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Normovolêmica – SIADH:
TRATAMENTO:
Cuidado: Risco de desmielinização osmótica se correção rápida, local mais comum é a ponte – mielinólise pontinha:
letargia, tetraparesia.
3 mEq/L em 3h
12 mEq/L em 24h (9 mEq nas próximas 21hs se tiver começado com 3mEq/L em 3h)
Correção nas primeiras 3 horas = 0,6x 70 x 3= 126mEq (ou seja, para esse paciente sair de 110 mEq para 113 mEq,
ele precisa receber 126 mEq)
NaCL 3% 3g---------------------100ml
380 mEq/17 = 22 g
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
NaCl 3% 3g ------------------100ml
3- HIPERNATREMIA
CAUSAS:
CLÍNICA:
TRATAMENTO:
DISTÚRBIOS DO POTÁSSIO
1- CONCEITOS BÁSICOS:
2- HIPOCALEMIA
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
CAUSAS:
Armazenamento: Alcalose, B2-agonista, Insulina, vitamina B12 (reposição vai produzir mais hemácias e a hemácia
tem muito potássio, esse potássio do plasma é utilizado)
Perda: Hiperaldosteronismo (absorção do Na com troca pelo K+) , diuréticos, vômitos, diarréia (cai volume, menor
volume arterial, causa hiperaldosteronismo secundário) anfotericina B, aminoglicosídeo e leptospirose.
*vômitos: suco gástrico tem pouco K, então porque causa hipocalemia? Quem perde ácido desenvolve alcalose
metaólica. Alcalose joga potássio para dentro da célula. Aldosterona entende que a pessoa está com alcalose e em
condições normais joga K+ e H+ para fora, mas nesse caso a alcalose impede que jogue ácido para fora, então joga
só K+, causa a hipocalemia não por via digestiva e sim por via urinária.
CLÍNICA:
Cardíaca – Pode levar a arritmia (ECG – repolarização – onda T – acompanha o distúrbio de potássio – na
hipocalemia: achatamento da onda T, presença onda U, Aumento do intervalo QT e aumento da onda P.
TRATAMENTO:
Se intolerância oral / K+ <3 / ECG +: IV (1g KCL = 13 mEq, infundir 10-20 mEq/H)
*Não infundir mais de 10 mEq/H para diminuir risco de arritmia e flebite, mais seguro.
Exemplo: NaCl 0,45% (210ml) + KCL 10% (40ml) IV, correr em 4horas. Evitar soro glicosado 5%!!! Insulina guarda
potássio!!! Sempre ver a ampola tem KCL 19,1%!
Se refratário, potássio que não aumenta com a reposição: Dosar eletrólito Magnésio (se baixo, não deixa potássio
se estabilizar, magnésio acompanha potássio).
*KCl 19,1% injetável: cada 1 mL tem 2,5 mEq de potássio. As ampolas são de 10 mL, portanto, cada ampola tem 25
mEq de potássio, estas são diluídas em solução fisiológica.*
Dose inicial:
Reposição refratária de Potássio: Suplementação de magnésio pode otimizar o balanço de potássio. Reposição:
3- HIPERCALEMIA
CAUSAS:
Retenção: hipoaldosteronismo (não entra Na+, logo K+ não vai embora – quem inibe aldosterona - PRIL poupa K+,
IECA, espironolactona poupa k+, BRA poupa K+), insuficiência renal.
CLÍNICA:
Fraqueza
Cardíaca – arritmia cardíaca (ECG -, aumento da onda T (onda em tenda), Diminui intervalo QT, Diminui onda P,
QRS alargado)
TRATAMENTO:
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
- 1ª Medida (se ECG alterado): proteger a via de condução cardíaca estabilizando a membrana cardíaca –
Gluconato de Cálcio (mas não abaixa potássio)
Esconder na célula:
Glicoinsulinoterapia, Beta 2 Agonista inalatório, bicarbonato* (ph alcalino joga K para fora, mas usar se paciente
tiver acidose).
Eliminar:
- Furosemida / Resina de troca (SORCAL) para pacientes renais que não urinam
Se refratário: Diálise!!
TRATAMENTO:
Estabilizadores de membrana: indicados para pacientes com alterações de ECG secundárias à hipercalemia.
Gluconato de cálcio 10%:
– 10 a 20 mL de gluconato de cálcio 10% + 100 mL SF 100 mL infundido em 5 a 10 minutos.
– Deve ser repetido até normalização de ECG.
– Duração do efeito 30 a 60 min.
Shift de potássio:
Solução polarizante (glicoinsulina):
– 1 UI insulina regular: 5 g glicose.
– 10 UI insulina regular + 100 mL SG 50% ou 500 mL SG 10% ou 1.000 mL SG 5%.
Beta2-agonista:
– Salbutamol 100 μg → 6 a 10 puffs via inalatória.
Bicarbonato de sódio:
– Bicarbonato de sódio 8,4% → 1 a 1,5 mL/kg.
– Administrar se acidose metabólica comcomitante.
Espoliadores de potássio:
Furosemida 20 mL/2 mL.
– 1 a 2 mg/kg EV em bolus.
Poliestireno sulfonato.
– Dose média diária de 15 a 60 g/dia, deve ser diluído em 20 a 100 mL de sorbitol ou manitol 10% e dividido em 4
vezes ao dia por via oral ou via retal.
SÍNDROME URÊMICA
Insuficiência Renal
- FILTRAÇÃO:
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Retenção de escórias nitrogenadas (Azotemia) (Diferença azotemia x uremia. Azotemia é alteração do exame
laboratorial, aumento da uréia. Uremia é com manifestações clínicas).
*Alto: Acidose (H+), HiperFosfato (P), HiperKalemia (K+) Exceções: Insuficiência renal com K+ baixo: Anfo B,
Aminoglicosídeos, Lepstospirose
* Baixo: Hipocalcemia (Ca2+) porquê fosfato aumenta, Hiponatremia (Na+) é dilucional porque aumenta a
volemia – (PS: Essa hipocalcemia não produz grandes manifestações na maioria das vezes, não é grave. Porque
temos duas frações de cálcio, o cálcio total que é ligado a albumina e o cálcio livre que é ativo. O estado de
alcalose faz o Ca2+ ligar à albumina e o estado de acidose faz o Ca2+ se soltar da albumina. Na insuficiência renal
temos acidose, e essa acidose protege o paciente da hipocalcemia grave.)
Diminuição da Vitamina D (o rim ativa a vitamina D – Calcitriol é a vitamina D ativa): Doença óssea porque a
deficiência de Vit D não deixa absorver bem o Ca2+.
NEFROLITÍASE
Oxalato de cálcio (40-70%): oxalato de cálcio puro, oxalato de cálcio + fosfato de cálcio, oxalato de cálcio + ácido
úrico
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Migração da pelve obstrução (o diâmetro do ureter é de aproximadamente 10mm e possui três pontos de
constrição fisiológica 0,7mm: Junção uretopélvica (JUP); 1/3 médio do ureter (artérias ilíacas) e Junção
vesicoureteral)
1- Cólica nefrética: Dor em flanco e região anterior do abdome, irradiação para região inguinal, bolsa escrotal ou
grandes lábios (1/3 médio distal) “dor que caminha”
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
2- Polaciúria (urinar com muita frequência em pequenas quantidades) e disúria (dor ao urinar) (junção
vesicoureteral)
4 – Hematúria macro ou microscópica – (pode aparecer isolada como único sinal de litíase) : depois de ITU baixa
nefrolitíase é a causa mais comum.
DIAGNÓSTICO:
Ultrassonografia;
Urografia excretora;
TC – PADRÃO OURO.
- Analgesia (AINE VO ou IV/OPIÓIDES) (Por exemplo, cetorolaco, nimesulida, ibuprofeno – idoso pode associar
inibidor bomba de prótons)
- Bloqueador alfa-1 adrenérgicos (Tansulosina) em 4-6 semanas cálculos menores ou igual a 10mm
- Hidratação mínima
RIM ÚNICO? ANÚRIA? DOR REFRATÁRIA? INFECTADO OU SÉPTICO? CÁLCULO BILATERAL? SIMEMERGÊNCIA
UROLÓGICA DESCOMPRESSÃO COM DUPLO J (FRENESTRADO) OU NEFROSTOMIA APÓS RESOLVER
EMERGÊNCIA AVALIAÇÃO COM UROLOGISTA E REALIZAÇÃO DE URETEROLITOTRIPSIA OU LITOTRIPSIA
EXTRACORPÓREA POR ONDAS DE CHOQUE (LECO)
RIM ÚNICO? ANÚRIA? DOR REFRATÁRIA? INFECTADO OU SÉPTICO? CÁLCULO BILATERAL? NÃO MAIOR QUE
10MM URETOLITOTRIPSIA OU LECO
MENOR QUE 10mm TERAPIA EXPULSIVA BLOQUEADOR ALFA 1 ADRENÉRGICO (TANSULOSINA) 4-6
SEMANAS
INTERVENÇÕES:
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
LITOTRIPSIA EXTRACORPÓREA POR ONDAS DE CHOQUE – CÁLCULOS <2cm, localizado na pelve ou ureter proximal
e densidade baixa <1000UH
NEFROLITOTOMIA PERCUTÂNEA – CÁLCULO >2cm (pelve/ureter proximal), CÁLCULO >1cm no cálice renal
inferior, cálculo coraliforme, cálculo refratário à leco
PIELOLITOTOMIA
LAPAROSCOPIA
CÁLCULO DE RIM COMPLICADO: Hidratação mínima, analgesia, coleta de hemoculturas, início de ATB
(piperacilina-tazobactam, ampicilina-sulbactam, imipenem, ceftriaxona, quinolona), intervenção urológica.
ACOMPANHAMENTO: Estudo metabólico, EAS (ph...), sangue (cálcio, fosfato, magnésio, ácido úrico)
Intrínseca (40%): glomerunefrite, necrose tubular aguda, nefrite intersticial aguda – conduta: abordar a causa
3- Intoxicação exógena
Aguda ou Crônica?
Lesão Renal: albuminúria ≥ 30mg/dia Em duas ocasiões diferentes com intervalo de pelo menos 3 meses.
CAUSA DE DRC:
Obstrução Hidronefrose
ESTÁGIO ALBUMINÚRIA
A1 < 30
A2 30-300
A3 >300
Diminuição da produção de eritropoetina medula óssea produção de hemoglobinas (que usa ferro e
vitamina b12, pórem o sistema gastrointestinal do DRC é inflamatório e há perca de ferro)
- Reposição de Eritropoetina
1°)CA2+ absorvido pelo intestino através da Vit.D ativada pelo rim (Calcitriol)
2°)O DRC tem aumento de fosfato que se liga ao cálcio, nível sérico de Cálcio diminui e Paratireoide libera PTH
(Hiperparatireoidismo secundário) que retira cálcio do osso o deixando mais frágil.
OSTEÍTE FIBROSA (alto turnover): aumento fosfato + diminuição vitamina D ativada queda nível sérico do cálcio
hiperpara secundário Osteíte (reabsorção óssea)
Achados ósseos no RX: Reabsorção subperiostial de falanges; Crânio em Sal e Pimenta; Coluna de Rugger-Jersey
TRATAMENTO:
*Não adianta dar CA2+ porque o P (fosfato) está alto, pode acumular fosfato de cálcio em tecidos causando
nefrocalcinose, acúmulo em vasos...
2- Quelante de fósforo: sevelamer – renagel ; carbonato de Ca (preferência por quelantes sem cálcio)
3- Reposição de vitamina D: Calcitriol (se houver deficiência evidenciada em exames) *cuidado com
hipervitaminose D – potencialmente fatal
Diagnóstico: PTH baixo (pode ser devido dar quelante demais, fosfato cai e cálcio aumenta, paratireoide para de
trabalhar e para o remodelamento ósseo)
Transplante – Para evitar rejeição, fazer imunossupressão: corticoide + inibidor de calcerina (tacrolimus ou
ciclosporina) + antiproliferativo (micofelonato ou azatioprina).
Hemodiálise – *ponte para transplante* - V. jugular interna (Principalmente direita), v. Femoral, Fístula AV (braço:
artéria braquial com veia cefálica e antebraço: artéria radial com veia cefálica)
Diálise peritoneal (criança, sem acesso, intolerância à HD) (usa o próprio peritônio como membrana – estudar
isso:???)
Resposta inflamatória do urotélio a microorganismos patogênicos dentro do trato urinário. Pode ser comunitária e
nosocomial. É classificada conforme o sítio anatômico: cistite, pielonefrite e abcesso pielonéfrico. Em homens,
incluímos a prostatite, a epididimite e orquite.
NEFROPATIA DIABÉTICA
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
HPB
CLASSIFICAÇÃO BOSNIAK
Criada por Bosniak, a classificação permitiu a padronização da descrição e conduta de lesões císticas renais. No
entanto, se torna imprescindível a exclusão de outras etiologias possivelmente associadas, de origem infecciosa,
inflamatória e/ou vascular.
Dentre os diversos artigos escritos por Bosniak, um deles foi escrito no final da década de 1980 e propusera a
classificação das lesões renais de aspecto cístico, que seria baseada nas imagens adquiridas via tomografia
computadorizada.
Inicialmente, a classificação foi associada à tomografia computadorizada, mas foi estabelecida a possibilidade de
uso da ressonância magnética para avaliação e classificação das massas císticas ao longo dos anos.
A partir de 1990, Bosniak e colaboradores alteraram a classificação e introduziram uma quinta categoria (IIF – ‘F’
de follow up) justamente para contemplar aquelas lesões complexas em que se apresentava uma dificuldade de
classificar como II ou III
Por que? Alguns fatores que influenciaram a proposta de classificação foram a falta de padronização da
caracterização das imagens e, consequentemente, das condutas. Nessa época, o uso de métodos de imagem estava
avançando, principalmente na investigação de comorbidades de localização abdominal. Concomitantemente,
existiam as lesões mais complexas em sua conformação e, em consequência disso, na classificação. Nesse
momento, se tornou crucial uma padronização na abordagem às massas renais císticas.
CLASSIFICAÇÃO:
Ao longo dos tempos, foram realizados aprimoramentos na classificação de Bosniak, sendo a versão mais utilizada
dividida em:
CATEGORIA I: lesão cística com margens finas com nítida separação do parênquima renal; parede lisa e fina;
homogênea; ausência de septos, vegetações ou calcificações, e sem realce após administração de meio de
contraste intravenoso;
CATEGORIA II: alguns septos finos; calcificações pequenas e finas ou ligeiramente espessadas na parede ou septo;
– Cistos hiperdensos até 3,0 cm com margens bem definidas e sem realce.
CATEGORIA IIF: lesões mais complexas que não se enquadram na categoria II ou III.
Presença de múltiplos septos; parede ou septo contendo calcificações; aspecto nodular ou irregular;
– Cistos hiperdensos: acima de 3,0 cm ou somente com 25% das paredes visíveis (exofítico);
CATEGORIA III: parede espessada, irregularidade de septo e parede e/ou conteúdo não homogêneo; calcificações
grosseiras, e realce nítido após contraste.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
CATEGORIA IV: lesões com todos os achados da classe III apresentando componente sólido definido ou partes
moles.
A partir da classificação, foi possível dar uma “cara” para as lesões e, desde então, as lesões císticas foram
especificadas da seguinte forma:
Consequentemente, a partir da especificação das lesões, foi dada a possibilidade de uma padronização a respeito
da conduta médica.
Bosniak I e II, por serem consideradas claramente benignas, está indicado acompanhamento com
seguimento clínico. Bem como as lesões classificadas como IIF.
Nas classificações Bosniak IIF, por serem mais complexas que I e II, há a necessidade de seguimento clínico
mais específico. Por não haver uma recomendação oficial, é indicado controle anual por no mínimo 5 anos
após seguimento de 6 meses do exame inicial. Porém, em algumas literaturas, é indicado seguimento de 3,
6 e 12 meses após exame inicial associado a rotina anual.
A partir do momento em que foi adicionada a categoria IIF, boa parte das lesões císticas que eram classificadas
como III (indeterminadas), passaram a ser categoria II (claramente benignas); dessa forma, houve a possibilidade
de seguimento clínico da lesão sem ter, necessariamente, intervenção cirúrgica.
Apesar de reduzir a abordagem cirúrgica de lesões benignas, foi observado que existe uma gama de possíveis
características das lesões císticas englobadas nesta categoria. Ou seja, podem ter várias “faces”. Dessa forma, existe
uma dificuldade em estabelecer uma classificação e seguimento precisos; portanto, abre-se brechas para condutas
não padronizadas.
Para Bosniak III está indicada intervenção cirúrgica devido à prevalência de malignidade de 31-100%, a
menos que alguma comorbidade a contraindique. Porém existe a possibilidade de seguimento clínico, de
acordo com a preferência e experiência do médico, comorbidades associadas, bem como uma expectativa
de vida limitada e características da lesão.
Para Bosniak IV está indicada intervenção cirúrgica devido à prevalência de 95 – 100% de malignidade.
UPDATE 2019
Em 2019, um grupo de radiologistas dos Estados Unidos propôs uma atualização da classificação cujo objetivo é
melhorar a predição da classificação em relação à probabilidade de malignidade de uma lesão renal cística.
Além dos motivos supracitados, o UPDATE 2019 cita um suposto manejo “agressivo” acerca das lesões císticas, que
contribuem para a ressecção de lesões benignas, as quais, em sua maioria, não evoluem para malignidade, e de
massas indolentes, que apresentam um bom prognóstico.
Apesar de necessitar de uma validação, a versão 2019 da Classificação de Bosniak incorpora a ressonância
magnética, inclui definições específicas com uma maior proporção de massas renais e proporciona um
reposicionamento mais adequado de lesões císticas dentre as categorias.
Conclusão
A classificação de Bosniak é amplamente utilizada pelos radiologistas e urologistas. E esse avanço se deu por mérito
de Dr. Bosniak, que mudou a prática médica e se tornou o pioneiro na avaliação de massas renais.
Importante salientar a necessidade de incorporar de forma oficial o uso da classificação na ultrassonografia. Apesar
de ser uma ferramenta importante para a detecção de lesões renais iniciais e que fornece a possibilidade de
diferenciação entre nódulo e cisto, há, ainda, dificuldade na precisão diagnóstica devido à necessidade de utilização
de contraste intravenoso.
É evidente o quão imprescindível se tornou a classificação, tanto na prática médica quanto na qualidade de vida
dos pacientes, ao possibilitar a categorização, contribuindo para estudos das massas renais e correlacionar
prevalência de malignidade.
Dessa forma, dá-se a oportunidade de tornar as condutas mais direcionadas e específicas de acordo com cada
paciente. E uma das formas de aprimorar a precisão diagnóstica é atualizar parâmetros, constantemente, de forma
que possam contribuir para uma melhor assistência médica. E, principalmente, evidenciar a prevenção quaternária,
visando evitar danos ao paciente com intervenções médicas desnecessárias.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
EFROPATIA DIABÉTICA
2023
HEMATOLOGIA
HEMOGRAMA
(SÉRIE VERMELHA)
RETICULÓCITOS: (0,5-2%)
RDW: (10-14%)
(SÉRIE BRANCA)
ESTÍMULO: ERITROPOIETINA MATÉRIA PRIMA: FERRO E PARA O DNA (B12 E ÁCIDO FÓLICO)
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
ABORDAGEM DA ANEMIA:
- Hipoproliferativa ≤2: Anemias carenciais (ferro, folato e B12), Anemia de doença crônica, Anemia sideroblástica
- RDW: Anisocitose
METABOLISMO DO FERRO
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Valores referência:
Fase 3: Anemia ferropriva clássica: RDW aumentado (anisocitose) / anemia hipo-micro / pode ter trombocitose.
QUADRO CLÍNICO:
Carência Nutricional – Glossite, Queilite angular, Perversão do apetite (pica: comer gelo, terra), coiloníquia,
disfagia (Síndrome de Plummer Vinson)
TRATAMENTO:
RESPOSTA DO TRATAMENTO:
INFLAMAÇÃO CRÔNICA (Infecção, artrite reumatoide, câncer... qualquer outra doença inflamatória) liberação
de citocinas, interleucinas , ex: IL 6 que vão até ao fígado FÍGADO PRODUZ HEPCIDINA HEPCIDINA impede a
mobilização dos estoques de ferro e diminui a transferrina.
Hipoproliferativa;
CINÉTICA DO FERRO:
Deficiência da vitamina B12 ou do ácido Fólico (folato) co-fatores, participam na síntese do DNA
A deficiência de B12 ou ácido fólico faz com que ocorra uma falha na produção do DNA e divisão celular, o
citoplasma cresce e a célula não se divide MEGALOBLASTOSE VCM >100-110FL
CUIDADO: Outras condições podem causa MACROCITOSE que é diferente do descrito acima: aumento dos
reticulócitos (reticulócito é uma célula maior), hipotireoidismo, álcool.
Vem dos vegetais, das folhas verdes absorvido no duodeno e jejuno folato
Causas de deficiência: má nutrição (alcoolismo), aumento da necessidade (gestação e hemólise crônica), Redução
da absorção (doença celíaca), uso de medicamentos (metotrexate).
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Fonte animal como carne, leite, ovos Estômago: chega na associada na proteína animal, a dissociação acontece
no ambiente ácido. A B12 dissocia e se liga ao ligante R (Quem vem da saliva). A célula parietal que libera o H+ e o
fator intrínseco Duodeno: suco pancreático é liberado com enzimas pancreáticas e libera B12 do ligante R e a
B12 fica livre e se liga ao fator intrínseco Íleo distal: A B12 ligado ao fator intrínseco é absorvida.
Causa deficiência da B12: Anemia perniciosa (mais comum, é autoimune e ataca as células parientais e o fator
intrínseco), Vegetarianismo, Gastrectomia (cirurgia bariátrica), Pancreatite crônica, Doença ileal (Chron),
Metformina.
QUADRO CLÍNICO:
Carência Nutricional – Glossite, Queilite angular. (Diminui síntese de DNA de várias células, principalmente de alto
turn over, por exemplo células intestinais: diarréia).
LABORATÓRIO:
Eritropoiese ineficaz (medula começa a destruir as hemácias que estão ficando muito grandes) – aumento de LDH
e aumento da bilirrubina indireta.
TRATAMENTO:
Porque não é oral? Porque a causa mais comum é anemia perniciosa, logo não teria fator intrínseco para a
absorção da vitamina B12
Vitamina B12 1000mg IM – 1x/dia por 7 dias, 1x/semana por 4 semanas, 1x/mês para sempre
ATENÇÃO: Na reposição de B12 e ácido fólico vai haver aumento da produção de células e com isso vai ser
retirado muito Potássio do meio extracelular para formar as novas células. Corre o risco de HIPOCALEMIA.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Reposição de Folato pode mascarar a deficiência de B12 e trazer consequências neurológicas futuras.
Hipoproliferativa;
- Ferritina aumentado
MICROSCOPIA:
TRATAMENTO:
Adquirida: resposta ruim/ avaliar causas reversíveis (cessar álcool, trocar isoniazidano tratamento da tuberculose)
CONCEITOS BÁSICOS:
Hemácias não tem núcleo, não tem capacidade de se regenerar: Meia vida de 120 dias
Hemocaterese no baço (processo fisiológico e não patológico): Arteríola central meio hostil com macrófagos,
hemácias sem viabilidade são destruídas Sinusóides esplênicos
MECANISMOS COMPENSATÓRIOS:
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Hiperplasia de medula: Meia vida 20-25 dias - Medula óssea compensa se tiver estoque de Fe (80% é
reaproveitado), B12 e Folato (mais limitante porque é muito consumido – por isso é suplementado na anemia
falciforme).
Classificação:
MANIFESTAÇÕES CLÍNICO-LABORATORIAIS:
- Diminuição da haptoglobina (porque hemoglobina é tóxica e a haptoglobina se liga para não deixa-la livre e ser
degradado no fígado)
- Aumento da LDH
1) Crise aplásica –> infecção parvovírus B19 –> eritoblasto infectado não continua o desenvolvimento
3) Anemia + injúria Renal Aguda: hemólise aguda grave – hemoglobinúria maciça com lesão renal
4) Anemia + esplenomegalia --> Sequestro esplênico . Causa mais comum é anemia falciforme.
Anticorpos quentes IgG – 75% dos casos – Idiopática é a maioria. Secundária: Viral, LES, Leucemia linfocítica
crônica. Drogas: Penicilina, Metildopa.
TRATAMENTO:
ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA – Acontece por um problema nas proteínas estruturais espectrina e anquirina.
Hemácia perde a forma côncava
*Cada hemácia tem em torno de 280 milhões de hemoglobinas cada molécula carrega 4 moléculas de O2
TRATAMENTO: Acompanhamento +- Ácido Fólico +- EPO +- Transfusão ou esplenectomia parcial <6anos ou total
se >6anos se: Anemia grave, refratária e ou repercursões clínicas.
Crise anêmica por hemólise acontece após superoxidação: causas: Infecção é mais comum. Drogas: Sulfas,
naftalina, Primaquina, dapsona, nitrofurantoína, Rasburicase.
DIAGNÓSTICO:
TRATAMENTO: Prevenção (lista de medicamentos que não pode usar), se febre ir para o médico.
É uma hemoglobinopatia.
HbA (ALFA2 e BETA2): 97% ; HbA2 (ALFA2 e DELTA2): 2%; HbF (ALFA2 e GAMA2): 1%
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
- Precisa receber informação genética de alfa e beta de pai e de mãe – Cromossomo 16 (Alfa) e cromossomo 11
(Beta).
Anemia Falciforme (Homozigoto SS): Recebe Beta Mutante de pai e Beta mutante de Mãe. Não é mais possível
produzir HbA – FICA (ALFA2 e BETAS2 – formando a HbS)
Traço Falcêmico (Heterozigoto AS): Recebe só um beta mutante do pai ou da mãe. FICA (ALFA2 e BETA1 E BETAS1)
– A clínica no traço falcêmico na maioria das vezes não possui nada, assintomático. Necessita apenas de
aconselhamento genético.
- Acontece na desoxigenação ou na desidratação, quando oxigena volta ao formato normal – depois de 15 dias após
esse processo de mudança de conformação, o processo de falcização é irreversível. A hemácia não volta ao normal.
Passam a morrer no baço fazendo hemólise. A hemácia também expõe em sua superfície moléculas de adesão.
- O fluxo que era laminar agora passa a ser turbilhonar fazendo lesão endotelial com Hipercoagulabilidade causando
fenômenos vaso oclusivos.
- Clínica começa a aparecer nas crianças após 6 meses porque até essa idade o que predomina é a HbF
CLÍNICA:
1- Síndrome mão-pé: primeira manifestação da anemia falciforme, idade até 2-3 anos, acomete as extremidades
(ossos da mão e dos pés), isquemia na medula óssea provocando edema de mãos e pés (dor com dactilite), RX
normal porque não aparece isquemia de medula.
2- Crise óssea: Crise álgica/ osteoarticular + comum, idade maior que 3 anos, a polimerização acontece mais onde
tem mais medula, ou seja, ossos longos, a clínica é dor sem dactilite e o RX é normal.
3- Sequestro esplênico: anemia com esplenomegalia em criança com até 5 anos de vida – porquê o baço do
portador de doença falciforme, pelo baço ser hiperosmolar a hemácia desidrata e passa a polimerizar no sistema
venoso e passa a ter congestão, hemólise esplênica. Há isquemia no baço por polimerização das hemácias, os
infartos vão necrosando e formando fibrose progressivamente fazendo auto-esplenectomia completando até os 5
anos. Depois de 5 anos não tem como haver esplenomegalia.
*primeiro quadro de sequestro em criança menor de 5 anos está indicado a esplenectomia. Sempre vacinar essas
crianças contra germes encapsulados. Faz profilaxia com penicilina por causa da perda da função imune do baço.
* Uma situação que pode anemia falciforme com esplenomegalia depois dos 5 anos – 5% dos casos a criança
continua produzinfo HbF liberando oxigênio para o tecido competindo com a HbS não a deixando polimerizar.
4- Síndrome torácica aguda: Infiltrado pulmonar novo associado a febre ou tosse ou dor ou expectoração
purulenta ou dispnéia ou hipoxemia. Evolui para SDRA em 36-48 horas. Principal causa de morte em países
desenvolvidos. Anemia falciforme com febre = internar!!!
DISFUNÇÕES CRÔNICAS:
1- Lesão óssea: Vértebra em boca de peixe – decorrente da isquemia de medula óssea (Osteonecrose).
Osteomielite em anemia falciforme por: salmonella principalmente/ Ssp. aureus. Artrite séptica por pneumococo.
TRATAMENTO:
- Tratamento agudo: Crises vaso-oclusivas: 1- Hidratação e oxigênio (Sat. <92%)– MAS NÃO É HIPER!!! 2-
Analgesia, incluindo opióides. 3- ATB: B-lactâmico (pega bem encapsulados – se febre >38,5, diminuição da PA, Hb
<5, leucócitos >30.000).
- Tratamento Crônico: 1- Prevenção com ácido fólico, 2- vacinação, 3-penicilina VO até os 5 anos. Atenção a febre:
internar. 4 – Hidroxiureia – aumentar produção de HbF ( se crises álgicas (>2-3x ao ano), prevenção secundária
Sindrome torácica aguda/ AVE, Anemia grave sintomática)
Transplante de Medula óssea: medula volta a produzir cadeia beta normal. Mais eficaz em crianças com menos de
16 anos.
- Tratamento Transfusional: Transfusão simples – anemia sintomática / grave: Hb: < 5,5 (crianças), <6 (adultos);
Exsanguinotransfusão: trocar hemácia que falciza por HbA, AGUDO: realizado em quadros graves (AVE, STA);
CRÔNICO (REGULARES): Alcançar nível maior de HbA e deixar nível de HbS <30%, geralmente feito quando não se
responde bem a hidroxiuréia e Prevenção secundária de AVE e STA.
TESTE DO PEZINHO
DOENÇA FALCIFORME: FAS (Traço falciforme – ainda produz HbA); FS (Anemia Falciforme – não produz HbA)
B-TALASSEMIA MAIOR (B0B0 – BETA ZERO BETA ZERO): Não produz cadeia beta
- Cadeia alfa sobrando é tóxica por isso traz gravidade a B-talassemia maior. Ela livre sobra no sangue e
haptoglobina não consegue ter capacidade de se ligar a todas.
CLÍNICA:
- Anemia grave, alterações ósseas (Rim aumenta produção de eritropoetina que estimula a medula óssea que já
está sofrendo com o excesso de cadeia alfa), baixa estatura, hepatoesplenomegalia (medula não produz hemácia,
Eritropoetina vai no fígado para produzir hemácia – eritropoese extramedular, baço matando muita hemácia com
cadeia alfa grudada), Hemocromatose (destruição da hemácia liberando muito ferro e medula não conseguindo
reaproveitar ferro), baixa sobrevida (intoxicação pelo ferro)
TRATAMENTO:
2) Quelante de Fe
3) Esplenectomia
4) Transplante de medula
B-TALASSEMIA INTERMEDIA
TRATAMENTO: DEPENDE
Laboratório: Anemia leve Hipo/ Micro – diferencial de ferropriva (VCM Baixo: <75): RDW não altera na talassemia
na ferropriva aumenta e cinética de ferro também não altera na talassemia.
DOENÇA DA HEMOGLOBINA H
2023
NEUROLOGIA
BASES NEUROLÓGICAS
SISTEMA MOTOR
CEREBELO: Ajustes finos do arco dos movimentos. Lesão cerebelar faz movimentos grosseiros
SISTEMA PIRAMIDAL
- Corpos celulares dispersos no córtex motor, emitem prolongamentos que vão se juntando (na cápsula interna –
se juntam todos os prolongamentos dos primeiros neurônios) e constituem um feixe neuronal único
- *No Bulbo o feixe neuronal cruza para o outro lado. Hemisfério esquerdo controla movimentos do lado direito e
vice versa. (AVE o sintoma é contralateral)
- Síndrome piramidal (lesão de primeiro neurônio motor): Paresia (redução da força)/plegia (perda do
movimento) espástica (contração não cessa) + HIPERREFLEXIA.
- Reflexo cutâneo plantar: em lesão de primeiro neurônio ocorre extensão dos dedos – sinal de babinski
SISTEMA SENSITIVO
- Inicia na periferia e sobe até o córtex: primeiro neurônio sensitivo até medula, segundo neurônio sensitivo cruza
para outro lado e faz sinapse no tálamo, terceiro neurônio sensitivo chega no córtex sensitivo.
CÓRTEX CEREBRAL
- Linguagem (área de BROCA – área motora da linguagem- lesão nessa área a pessoa consegue te entender mas
não consegue responder/falar – AFASIA MOTORA – Na maioria das pessoas o hemisfério dominante é o esquerdo
onde fica a área de Broca)
- Córtex motor: comanda lado oposto (Perna, corpo, braço, mão, face – se superior para inferior lateral do lobo
frontal)
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
- Córtex sensitivo: para onde vão os terceiros neurônios sensitivos. O córtex sensitivo do lado esquerdo percebe
as sensações do lado direito e vice versa. (Perna, corpo, braço, mão, face – se superior para inferior lateral do
lobo frontal)
- Linguagem (Área de compreensão: área de WERNECK – no hemisfério dominante – lesão nessa área não
consegue entender nada o que falam para ela e nem o que ela está falando)
Tronco cerebral: Emergem a maior parte dos pares cranianos (diplopia, disfagia, vertigem)
VASCULARIZAÇÃO:
Circulação Posterior (vértebro basilar): artéria vertebral entram no forame magno, formam a Basilar que emite
tronco e cerebelo.
Circulação Anterior (carotídea): Carótida comum, carótida externa e carótida interna que entra no crânio e faz
anastomose com a circulação posterior.
Polígono de willis: Duas cerebrais anteriores (irriga mais medial e frontal), uma comunicante anterior, duas
cerebrais médias (irriga mais laterais), duas comunicantes posteriores e duas cerebrais posteriores (irriga mais
posterior).
Permanente: AVE (80% isquêmico e 20% hemorrágico) – Para diferenciar precisa passar por neuroimagem
Transitório: Ataque isquêmico Transitório (AIT) = Clínica + imagem mostrando que não houve morte celular por
isquemia
NEUROIMAGEM
AVC Isquêmico: as primeiras horas a imagem costuma ser normal; após 24-72 horas altera mostrando lesão
hipodensa.
Melhor método: RM por Difusão (DWI) – mostra AVE isquêmico desde o início.
SÍNDROMES ISQUÊMICAS
1) Oclusão de Artéria cerebral média: Síndrome piramidal (motora) contralateral (pode poupar perna); alteração
sensitiva contralateral (pode poupar perna), Afasia motora (broca) – Hemisfério esquerdo, afasia sensitiva
(Wernicke) Hesmisfério esquerdo.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
4) Oclusão de artéria lenticulo-estriada que perfundem cápsula interna: Hemiplegia contralateral pura
5)AVC de tronco: SÍNDROME CRUZADA - alteração sensitiva ou motora do lado oposto + Alteração do nervo
craniano ipsilateral
Mesencéfalo: 3º (WEBER)/4º
Ponte: 5º ao 8º
TRATAMENTO:
- HAS Permissiva tratar se passar > 220x120 ou >185x110 (se for trombolisar)
Terapia antitrombótica:
- Trombólise rtPA (alteplase) – 0,9 mg/kg (máximo 90mg) (opção: tenecteplase 0,25mg/kg – max 25mg)
- Delta T (também chamado de janela): até 4,5h / sem AVE prévio / TCE nos últimos 3 meses/ sem AVEh prévio
- *E se paciente já acordou com Déficit? Conta desde a hora que foi visto neurologicamente bem!
- Endovascular: Trombectomia Mecânica (além de trombólise) – Até 24horas da clínica, oclusão de grande artéria,
NIHSS ≥6
* Ideal: até 6h, oclusão de carótida interna ou início de cerebral média (M1)
CEFALÉIAS
CARACTERÍSTICAS DA DOR
SINAIS DE ALARME tem que investigar! Pode ser secundária! Exame de imagem
- Mudança de padrão
- Febre
- Hipersensibilidade local
CEFALEIA TENSIONAL:
Para cefaleia tensional crônica (15 dias por mês/180 dias ano): amitriptilina
ENXAQUECA (MIGRÂNEA):
- Há história familiar +
- 4-72horas
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
AURA 20% (Sensações que podem preceder a dor): visual (escotomas)/ hemiplégica/ Bickerstaff (vertigem,
zumbido)
- AINE
- Beta bloqueadores
- Antidepressivos
- BCC
CEFALEIAS TRIGÊMIOAUTONÔMICAS
CEFALÉIAS EM SALVAS
- Cefaléia é muito diferente tãaaaaao forte que bate a cabeça na parede, dor em facada
- Unilateral e periorbital
- 15-180 minutos
- ALCOOL
- Atividade-remissão
EPILEPSIA
CONDUTA:
3) Punção lombar? Tem que saber estado vacinal da criança, se vacinação completa reduz a probabilidade de
puncionar. Normalmente punciona se <6 meses ou crise complexa/atípica (crise tipo focal, duração prolongada
>15min, recorrência em 24 horas, pós ictal com Todd – um segmento paralisado - ou sonolência prolongada)
DEFINIÇÃO EPILEPSIA:
- 1 Crise não provocada com chance alta de recorrência (por ex, atraso no neurodesenvolvimento)
- Síndrome epiléptica
CRISE: Sinais e/ou sintomas provocados por descarga neuronal, síncrona, excessiva no cérebro
INVESTIGAÇÃO:
1) Anamnese
- Síndromes Epilépticas
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
NÃO MOTORA:
MOTORA:
3) DESCONHECIDA
4) NÃO CLASSIFICADA
TRATAMENTO:
*Epilepsia resolvida: 10 anos de doença, usou droga por 5 anos e está a 5 anos sem crise (não se usa o termo de
epilepsia curada)
Qual usar?
SÍNDROMES EPILÉPTICAS:
EEG TÍPICO: Hipsiarritmia: bilateral e caótico – ondas lentas, alta voltagem, multifocais
LENNOX-GAUSTAUT: Pré-escolares
TRATAMENTO: Lamotrigina
EPILEPSIA “BENIGNA DA INFÂNCIA” OU “ROLÂNDICA” – TERMO MAIS CORRETO: EPILEPSIA COM DESCARGAS
CENTROTEMPORAIS
FISIOPATOLOGIA: Ocorre por uma alteração cortical REVESÍVEL (por isso “benigna”), desaparece com a maturação
cerebral ao longo do neurodesenvolvimento.
DEFINIÇÃO: duração da crise de mais 30 minutos – (problema porque não esperamos essa duração de crise sem
intervenção para dar o diagnóstico) Então usa-se os critérios:
- ≥ 5 minutos de crise
- Se não melhorou pode associar uma segunda droga anticonvulsionantes: Fenitoína (tem a capacidade de
prevenir a próxima convulsão) IV/IO 20mg/kg a 50mg – (Pode repetir com a metade da dose)
SE NÃO MELHORAR: Fenobarbital 15-20mg/kg SE NÃO MELHORAR: Tiopental, Midazolam, Propofol (paciente
intubada)
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
2023
REUMATOLOGIA
IDENTIFICAÇÃO PESSOAL:
IDADE: febre reumática, Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) e osteomielite são doenças características de
crianças e jovens até os 16 anos, enquanto osteoatroses, gota e neoplasias são doenças comuns de idosos
com mais de 45 anos.
SEXO: gota geralmente no sexo masculino (ou sexo feminino pós-menopausa), enquanto Lúpus
Eritematoso Sistêmico (LES), esclerodermia e eosteoporose afetam mais mulheres.
RAÇA/ ETNIA: doença de Kawasaki em asiáticos doença de Behçet em turcos.
PROFISSÃO: tendinite, lombalgia, Lesão por Esforço Repetitivo.
Dor:
O DURAÇÃO DA DOR:
Até duas semanas: aguda
De 2 a 4 semanas: subaguda
Mais de 4 semanas: crônica
O PADRÃO DE DESENVOLVIMENTO ARTICULAR:
Migratório (o processo inflamatório melhora ou regride em uma articulação, enquanto
inicia progressivamente em outra articulação previamente normal), aditivo (o processo
inflamatório estende-se para outras articulações, enquanto as articulações previamente
comprometidas mantêm-se em atividade) ou intermitente (intercala períodos de
remissão e atividade dos sinais e sintomas articulares).
Simétrico ou Assimétrico
Monoarticular (afeta 1 articulação), Oligoarticular (2-4 articulações) ou Poliartrite (5 ou
mais articulações).
O RITMO DA DOR
Padrão mecânico (piora com o movimento) ou
Inflamatório (piora após períodos de repouso, como ocorre na rigidez matinal).
O SINAIS E SINTOMAS ARTICULARES
Presença de sinais inflamatórios, como calor, rubor, edema, rigidez matinal, fraqueza
muscular, que são sintomas que diferenciam a artrite (+) da artralgia (-).
O SINAIS E SINTOMAS EXTRA-ARTICULARES
Lesões de pele alterações oculares e orais, sintomas respiratórios, urinários e
neurológicos.
ANTECEDENTES PATOLÓGICOS:
o Amigdalite – febre reumática.
o Infecções urinárias e genitais – artrites reativas.
o Litíase renal – gota.
ANTECEDENTES FAMILIARES:
o Espondilite Anquilosante, Osteoartroses, Lúpus Eritematoso Sistêmico
HÁBITOS DE VIDA
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
INSPEÇÃO: procurar por desvios, assimetrias, atrofias, lesões de pele, edema, rubor, deformidades e
marcha.
o Inspeção estática: com o paciente parado.
o Inspeção dinâmica: avaliar o paciente na realização de movimentos solicitados pelo examinador.
PALPAÇÃO: procurar por edema, sensibilidade.
Avaliar a MOBILIDADE ARTICULAR em movimentos de flexão, extensão, rotação e lateralização. Verificar
a existência de limitação de movimento, crepitação.
Avaliar a FORÇA MUSCULAR
o Grau zero, sem contração muscular, até o grau cinco, com a contração muscular vencendo
gravidade e resistência
o Teste de Mingazzini: ombros flexionados ou flexão dos quadris em 90°.
AVALIAR REFLEXOS.
Redondo menor Parte média da margem Face inferior do tubérculo Rotação externa (lateral)
lateral da escápula maior do úmero do ombro
TESTES ESPECÍFICOS
ombro
MANOBRA DE NEER: estabiliza-se a escápula, e se
realiza a elevação passiva e rápida do membro
acometido, com o cotovelo estendido e pronação do
antebraço. Provoca o choque do tubérculo maior do
úmero com o acrômio.
TESTE DE GERBER: teste específico para a pesquisa SINAL DO SULCO: o braço do paciente está
de rotura do tendão do músculo subescapular. posicionado ao lado do corpo, e é puxado pelo
Coloca-se o dorso da mão apoiado na região lombar examinador em sentido caudal. O aparecimento de
do paciente, em nível de L3. Em seguida, pede-se para
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
PUNHO E MÃO
AVALIAÇÃO VASCULAR:
COTOVELO TESTE DE ALLEN: comprimir
EPICÔNDILO LATERAL: simultaneamente as artérias radial e ulnar,
TESTE DE COZEN: com o cotovelo fletido pedir para o paciente abrir e fechar a mão
em 90° e o antebraço em pronação, realiza a várias vezes até ficar pálida. Soltar uma
extensão ativa do punho contra resistência. artéria. Avaliar a coloração da mão. Repetir
O teste é positivo se o paciente referir dor o teste e soltar a outra artéria. Esse teste
no epicôndilo lateral. serve para avaliar a integridade do sistema
sanguíneo (avaliação vascular).
EPIDEMIOLOGIA:
Doença reumática (autoimune) mais comum no adulto de origem idiopática – 1% da população geral
FATORES DE RISCO:
- Tabagismo (+soropositividade)
ETIOPATOGÊNESE:
Sinovite crônica em articulações diartrodiais (presença de articulação sinovial, membrana sinovial, líquido sinovial...)
formação do Pannus – infiltração de células inflamatória – Neutrófilos, macrófagos e linfócitos B – membrana
sinovial inflamada e ossos atingidos por contiguidade Produção do Fator Reumatóide: IgM contra a porção FC das
IgG.
Com a predisposição genética a Arginina pode ser transmutado com o hábito de fumar para Citrulina (Citrulinado)
Acontece em várias proteínas na articulação sinovial que podem ficar ricas em citrulinas que são artritogênicos
Produção Anti-CCP (anti citrulinas) – Anti CCP positivo aumenta a especificidade (ultrapassa a 95%).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
- Artrite simétrica (tem que ter nos dois lados mas não necessariamente correspondentes – pode ser interfalanges
diferentes, por exemplo) de pequenas articulações mãos, pés, punhos
- Artrite simétrica de grandes articulações: Joelhos, cotovelos, tornozelos, quadris e ombros (em ordem decrescente
de acometimento)
- Mais raro em ATM (artrite bilateral das ATM), cricoaritenóides e atlanto-axial – cordas vocais “em bambu” (nódulos
em cordas vocais)
- Manifestações inespecíficas podem preceder a AR: Febre, dor generalizada, anorexia, fadiga...
- Desvio Fibular dos dedos (Pés reumatoides – ocorre subluxação plantar da cabeça dos metatarsos, pode gerar
úlceras no pé)
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
- Cisto de Baker (Expansão posterior da cápsula articular do joelho em que o pannus disseca as fáscias musculares da
fossa poplítea), tem que diferenciar de TVP, fazer doppler.
NEUROLÓGICAS: Nódulos meninge, Vasculite SNC, Mononeurite Múltipla (Mão caída, pé caído)
- No HIV, o TCD4 diminui e isso também diminui a inflamação, melhora a atividade da artrite*
DIAGNÓSTICO:
“DOGMAS”:
Início: Respouso articular (imobilizar articulação se necessário), AINE ou GC em dose baixa/moderada (controle dos
sintomas)
Metotrexate + Biológico (1ª escolha = agentes anti-TNFalfa – ex: certolizumabe) falha a 2 anti-TNF sucessivos:
Abatacept (análogo ao CTLA-4 – inibe o linfócito B)
Colagenose: doença inflamatória sistêmica crônica, auto-imune, idiopática, pode atacar diversos tecidos.
- Síndrome de Sjogren
- Dermatopolimiosite
- Esclerodermia
EPIDEMIOLOGIA LES:
Mulheres/homens 9:1; negros, Genético com fator Ambiental: Luz ultravioleta, microorganismos, hormônios
sexuais; Diminuição do complemento
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Doença de surto/remissão
AUTOANTICORPOS: TUDO ISSO É FAN !!!! – FATOR ANTINUCLEAR – TODO PACIENTE COM LUPUS É FAN POSITIVO.
NEGATIVO NÃO TEM LUPUS, POSITIVO PODE SER OU NÃO SER LUPUS.
-Anti-nucleares:
Anti-DNA Dupla Hélice (Nativo) Nefrite, segundo mais específico, avalia atividade da doença
Anti-SM (Smith) Mais específico (30% dos pacientes possuem ele positivo)
Anti-LA (SS-B) SJOGREN, Sem nefrite. Quem tem ele não tem Anti-DNA que é nefrítico.
Anti-RO (SS-A) SJOGREN, Lupus neonatal (atravessa barreira placentária – causa bloqueio atrioventricular – ataca
vias de condução nervosa – nasce com arritmia), fotossensibilidade, 2% dos pacientes são FAN (-), subagudo.
- Anti-citoplasmáticos:
Anti-P Psicose
- Anti-membrana:
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS:
Critério aditivo (Análise de 10 domínios – 10 pontos – tem que ter pelo menos 1 critério clínico e 1 imunológico)
CLÍNICOS
2- Pele/Mucosa: Alopécia (2 ptos), úlcera oral ou de mucosa (2ptos), subaguda/discoide (4 ptos), agudo: rush malar
(?)(6 ptos) – SE TIVER VÁRIOS, ESCOLHER APENAS UM, O QUE PONTUA MAIS.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
3- Articular: artrite/dor + rigidez mais curta que AR ≥ 2 articulações (não deformante) (6 ptos), lúpus pode deformar
(artropatia de jaccoud – não erosa articulação)
7- Renal: Proteinúria >0,5 g/dia (4 ptos), biópsia, principalmente proliferativa difusa (sd nefrítica/ GNRP) e
membranosa (Sd. Nefrótica) (8-10 ptos)
IMUNOLÓGICO:
COMPROMETIMENTOS:
- Para todos: Protetor solar para todos, cessar tabagismo, hidroxicloroquina, controlar comorbidades.
LUPUS FARMACOINDUZIDO: acomete homens e mulheres igualmente, complemento normal, anti-histona + 95-
100%, doença branda, poupa SNC E Rim. Drogas: Procainamida (maior risco), Hidralazina (mais comum)
ESPONDILOARTROPATIAS
ESPONDILOARTRITES SORONEGATIVAS
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
DEFINIÇÃO
EPIDEMIOLOGIA
PATOGENIA
Com o desenvolvimento forma uma protuberância óssea denominada sindesmófito, formando ‘’pontes’’
entre os corpos vertebrais (junções entre duas vértebras)
Após anos de clínica, pode surgir a coluna rígida
Depois desse quadro, a postura adotada pelo paciente é inconfundível, com cifose exagerada e perda da
lordose lombar fisiológica
As EA se diferencia da AR por não apresentar vilosidade sinoviais exuberantes, ainda que a sinóvia possa ter
também um aspecto de hipertrofia e formação de pannus. Erosões cartilaginosas centrais causadas pela
proliferação de tecido de granulação subcondral são raras na AR e comuns na EA
Elas se desenvolvem de modo ascendentes, começando pelas articulações sacroilíacas e coluna lombossacra
Infecção avançada pelo HIV pode desencadear uma forma grave de espondilite anquilosante ***
Na AR acontece a erosão óssea, já na EA acontece a neoformação óssea
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
O TESTE DE SCHOBER
Com o paciente de pé marca-se a apófise espinhosa da 5° vértebra lombar e traça-se outra marca horizontal
10 cm acima dela.
Solicita-se que o paciente faça uma flexão da coluna. Em condições normais, as duas marcas devem ficar a
mais de 15cm de distância (aumento de 5cm ou mais da distância na posição ereta).
Aumentos inferiores a 4 cm indicam comprometimento funcional da coluna lombar
PROGNÓSTICO E EVOLUÇÃO
30% dos pacientes relatam comprometimento das tarefas do seu dia dia
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Em estados com muito tempo da doença a postura fica encurvada, com cifosedorsal exagerada, perda da
curvatura lordótica normal da coluna lombar e coluna rígida
A marcha se torna cambaleante e o paciente pode ter dificuldade no seu campo visual anterior
O processo de anquilose evolui com dor, mas uma vez que a anquilose se estabelece, a dor some
15% dos pacientes que iniciam a doença na adolescência necessitarão de prótese total do quadril dentro de
20 anos
As complicações de EA são as fraturas vertebrais, que podem ocorrer após trauma mínimo, pois os pacientes
com EA podem apresentar osteoporose ou osteopania
Pacientes com EA tem uma sobrevida menor do que a população geral, principalmente devido aos traumas
de coluna, insuficiência aórtica, insuficiência respiratória, nefropatia amiloide e complicações inerentes ao
tratamento, como a hemorragia digestiva
MANIFESTAÇÕES EXTRA-ARTICULARES
Oftalmológicas
Pulmonares
Cardíacas
Até 10% dos pacientes com EA grave desenvolvem insuficiência aórtica, cardiomegalia e distúrbios
permanentes de condução
O acometimento clínico pode ser silencioso, ou dominar o quadro clínico
Renais
Cerca de 1-3% dos casos de EA acabam desenvolvendo amiloidose secundária, que se manifesta
principalmente por proteinúria
Outra forma de dano renal que pode ser adquirido no curso desta espondilartropatia é a nefropatia por IgA
Neurológicas
Além dos riscos de deslocamentos e fraturas, especialmente da coluna cervical, os pacientes com EA ainda
podem desenvolver uma insidiosa ‘’síndrome da cauda equina’’
Perda dos dermátomos sacrais, dor e fraquezados membros inferiores, com hiporreflexia e flacidez
Perda do tônus dos esfíncteres retal e urinário
O diagnóstico pode ser confirmado por TC ou RNM
Intestinais
Até 60% dos pacientes pode ser que apresentam inflamação no cólon ou íleo, o que geralmente é
assintomático
Cerca de 5-10% dos pacientes com EA abrem o quadro florido de doenças inflamatória intestinal
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
DIAGNÓSTICO
O diagnostico de EA deve se
basear nos critérios da Sociedade
Internacional para a Avaliação das
Espondiloartrites
A espondilite da artrite reativa (Reiter) e da artrite psoriásica compartilham aspectos radiológicos com a EA.
Na espondilite associada a essas outras espondiloartropatias, as alterações costumam ses assimétricas e
aleatórias
Ocorre maior tendência ao aparecimento dos sindesmófitos em apenas uma das margens laterais dos discos
intervertebrais, em qualquer nível
A distribuição dos sindesmófitos ocorre mais ao acaso e grau de comprometimento vertebral costuma ser
menor que na espondilite anquilosante
ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS
TRATAMENTO
Os objetivos são alivio sintomático, melhora da capacidade funcional, minimizar as manifestações extra-
articulares e prevenir as deformidades articulares e suas possíveis complicações
Postura eretas, dormir em decúbito dorsal em colchão firme e pratica de exercícios físicos
Exercícios respiratórios para aumentar a expansabilidade torácica
Os AINE é a terapia de primeira linha
INDOMECTINA ( 75 a 150 mg/dia)
Os glicocorticoides sistêmicos (prednisona) não devem ser prescritos, eles não melhoram os sintomas, ainda
podem piorar a osteoporose vertebral e justarticular relacionada à doença
Corticoides intra-articulares podem ser usados em alguns casos, porem os efeitos são melhores nas AR
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
Condutas cirúrgicas, como a osteotomia em cunha, podem estar indicadas em alguns casos e, para queles com
artropatia destrutiva do quadril, a artroplastia total (prótese) é mandatória. O resultado a longo prazo costuma
ser satisfatório.
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
2023
DERMATOLOGIA
Felipe Cézar de Oliveira Costa – T6
HANSENÍASE
HANSENÍASE
AGENTE: Mycobacterium Leprae – Divisão binária de 14 em 14 dias (por isso o período de incubação é alto).
E causada pelo Mycobacterium leprae (M. leprae), um bacilo álcool-ácido resistente, de multiplicação lenta e não
cultivável in vitro, apesar das inúmeras tentativas realizadas desde a sua descoberta até o momento atual. Esse fato
dificulta o desenvolvimento de estudos que possam ampliar o conhecimento cientifico sobre a composição, o
metabolismo e a genética do bacilo.
TRANSMISSÃO:
- Aérea – alta Infectividade (prolifera rápido e transmite fácil) e baixa patogenicidade (dificilmente vai causar a
doença); cerca de 90% dos indivíduos infectados pelo M. leprae não desenvolvem a doença, fato atribuído a resistência
natural contra o bacilo, que por sua vez e conferida por uma resposta imune eficaz e influenciada geneticamente;
- Tempo Incubação Prolongada (2 a 7 anos – Média de 5 anos);
TECIDOS ALVOS:
CLÍNICA:
FORMAS:
Indeterminado: Mácula hipocrômica, sem pelo, e baciloscopia negativa. Pode se curar espontaneamente.
Tuberculóide: Placa eritematosa ou hipocrômica, baciloscopia negativa e Mitsuda positiva (Reação PPD).
Virchowiana: Lesão infiltrativa difusa e baciloscopia positiva.
Dimorfa: Placas eritematosas variadas e baciloscopia positiva.
TRATAMENTO:
REAÇÕES HANSÊNICAS:
- Reação celular
- Imunocomplexos
CONTROLE: