PÓS GRADUAÇÃO EM

FISIOLOGIA E NUTRIÇÃO
MÁRCIO BACCI
 AVALIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE
EXAMES LABORATORIAIS NO ESPORTE
 MÁRCIO BACCI

→ Médico formado há 18 anos pela Universidade São Francisco;

→ Residência médica em cirurgia geral;
→ Especialista em endoscopia digestiva diagnóstica e terapêutica pelo Hospital Sírio
Libanês - SP;
→ Especialista em estética médica pelo IBRAPE;
→ Pós graduado em medicina do exercício e do esporte pelo Instituto BWS – SP;
→ Pós graduado em Bodybuilding Coach (BBSFS);
→ Certificado pelo HTCA – TX (USA) implantes hormonais;
→ Certificado pela Harvard Medical School – Clinical Endocrinology;
→ Responsável médico da SPFF;
→ Médico responsável pela Clínica Bacci – Bragança Paulista, SP.
 Valores dos exames laboratoriais
ACURÁCIA: (exatidão) consiste na capacidade do exame em realmente
determinar aquilo que deve descrever e é definida como a proporção de todos os
resultados (tanto positivos quanto negativos) que estão corretos.

PRECISÃO: (repetibilidade) descreve a capacidade do exame reproduzir o mesmo

resultado quando repetido no mesmo paciente
ou na mesma amostra.

SENSIBILIDADE: definida como a capacidade do exame em identificar

corretamente os indivíduos com a doença
pesquisada.

ESPECIFICIDADE: definida como a capacidade do exame em identificar

corretamente os indivíduos que não
apresentam a doença.
 Valores dos exames laboratoriais
VALORES PREDITIVOS: importantes na avaliação da utilidade de um exame na
prática clínica no nível do paciente individual. O valor preditivo positivo (VPP) é a
probabilidade de doença em um paciente com um exame positivo, enquanto o
valor preditivo negativo (VPN) trata-se das probabilidades de que o paciente não
tenha a enfermidade se o resultado do exame for negativo.
FALSO POSITIVO
FALSO NEGATIVO
 Qual a importância dos exames
laboratoriais na medicina do esporte
1 – INDIVIDUALIZAR VOLUME E INTENSIDADE DE TREINO (PREVENÇÃO DE LESÕES);
2 – ESTADO GERAL DE SAÚDE;
3 – PERFIL NUTRICIONAL;
4 – PATOLOGIAS PRÉVIAS OU INERENTES À MODALIDADE ESCOLHIDA;
5 – DETECÇÃO DE DOPING.
INTERFERÊNCIAS NO RESULTADO
Acurácia

FASE PRÉ ANALÍTICA – 70%

FASE ANALÍTICA – 13%

FASE PÓS ANALÍTICA – 47%

 VARIÁVEIS PRÉ ANALÍTICAS

1 – INTENSIDADE DE TREINO
2 – IDADE
3 – GÊNERO
4 – ETNIA
5 – DIETA
6 – JEJUM
7 – CICLO CIRCADIANO
8 – CONSUMO DE ÁLCOOL
9 – USO DE MEDICAMENTOS
 INTENSIDADE DE TREINO
A atividade física de diferentes tipos e intensidades
pode modificar as concentrações séricas de muitos
analitos (constituinte que está sendo analisado).
 IDADE

EXEMPLOS:

CREATININA
TESTOSTERONA
TGO
TGP
FA
OU
COLESTEROL
ESTRADIOL
PROGESTERONA
 GÊNERO

PERFIL HORMONAL

ERITROGRAMA

CREATININA

CPK
 ETNIA

CAUCASIANOS E ASIÁTICOS: MENORES CPK E LDH.

AFROAMERICANOS: MENOR CONTAGEM DE

LEUCÓCITOS.
 DIETA

URÉIA
DIETA HIPERPROTÉICA: VLDL

ÁCIDO ÚRICO

DIETA CETOGÊNCIA: ALBUMINA

TGs

AMÔNIA
ESTADO DE DESNUTRIÇÃO:
 IMC
CREATININA

TGO (AST)

TGP (ALT)

CPK
JEJUM
 CICLO CIRCADIANO
FERRO SÉRICO;
CORTISOL;
TESTOSTERONA;
CREATININA;
CPK;
LDH;
TGO;
TGP;
GGT;
T3;
HEMOGLOBINA;
HEMATÓCRITO.
ÁLCOOL

EFEITOS AGUDOS:
HIPOGLICEMIA E AUMENTO DO
LACTATO SÉRICO.
ÁLCOOL

EFEITOS CRÔNICOS:

TGO (AST)
TGP (ALT)
GGT
 ÁLCOOL

Estudos mostram ainda que a ingestão de álcool pode

suprimir a síntese proteica prejudicando as adaptações do
músculo, principalmente das fibras do tipo II.
ÁLCOOL
MEDICAMENTOS
 COLETA DE SANGUE EM ATLETAS

X
PUNÇÃO VENOSA PUNÇÃO DIGITAL
VALORES DE REFERÊNCIA PARA
ATLETAS
HEMOGRAMA
ERITRÓCITOS=HEMÁCIAS E
HEMOGLOBINAS
HEMATÓCRITO EXPRESSO EM - %
VALORES DE REFERÊNCIA
CONSTITUINTES DO SANGUE
HEMATOPOIESE
IMUNOLOGIA
LEUCOGRAMA
FUNÇÃO LEUCOCITÁRIA
IMUNIDADE INATA
A realização do hemograma pode ser útil no
acompanhamento do estado imunológico do
atleta durante a fase de treinamentos e período
de competição. O hemograma pode indicar
quando estratégias nutricionais devem ser
empregadas para garantir uma demanda
energética adequada de modo a minimizar a
incidência das ITRS.
QUAL A RELAÇÃO ENTRE A LEUCOCITOSE E O
EXERCÍCIO FÍSICO?

O exercício físico provoca leucocitose que está

relacionada com a liberação de cortisol e adrenalina
que acontece durante o exercício. A intensidade e
duração do exercício são proporcionais ao aumento do
número de leucócitos na circulação. Os leucócitos
atuam como mediadores do processo de regeneração e
reparo tecidual induzido pelo exercício. Imediatamente
após o exercício de resistência as populações de
neutrófilos, monócitos e células NK estão aumentadas
na circulação.
CAUSAS DE AUMENTO: LEUCOCITOSE – processos inflamatórios,
infecções bacterianas,
queimaduras, infarto, abscessos, pós operatórios.

CAUSAS DE DIMINUIÇÃO: LEUCOPENIA – QT, imunossupressão,

desnutrição, infecções
virais (sarampo, influenza, HIV).

MEDICAMENTOS: LEUCOPENIA – QT, AINEs, Corticóides, anti-

convulsivantes, ansiolíticos, antibióticos.
NEUTRÓFILOS
SEPSE

EXERCÍCIO
MONÓCITOS - MACRÓFAGOS
Ao reconhecer um microorganismo invasor o
macrófago produz citocinas (TNF-α, IL-1,
quimiocinas) que vão estimular a resposta
inflamatória, principalmente através do
recrutamento de neutrófilos. Os macrófagos
também produzem interleucina-12 (IL-12) que
ativa as células NK, as células NK por sua vez
produzem interferon gama (IFN-γ) que ativa novos
macrófagos e estimula a resposta de alguns
anticorpos.
LINFÓCITOS
LINFÓCITOS
LINFÓCITOS
EOSINÓFILOS
BASÓFILOS
ERITROGRAMA

MEDULA ÓSSEA
EXERCÍCIO x VOLUME SANGUINEO
VOLUME SANGUÍNEO x EXERCÍCIO
PLASMA x ERITRÓCITOS X VO2
VOLUME PLASMÁTICO x HEMODILUIÇÃO
VOLUME PLASMÁTICO x ALTITUDE
POLICITEMIA - CAUSAS
HEMOGLOBINA
HEMOGLOBINA
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA
(ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS)
RETICULÓCITOS
QUANTIDADE DE HTc X MODALIDADE
VOLUME PLASMÁTICO x DISSIPAÇÃO DO CALOR

VOLUME PLASMÁTICO
VOLUME PLASMÁTICO x FREQUENCIA CARDÍACA
PLAQUETAS
PLAQUETAS x EXERCÍCIO
FERRO
METABOLISMO DO FERRO
TRANSFERRINA
TRANSFERRINA
FERRITINA
FERRITINA
O QUE É? O QUE FAZER?
FERRITINA ALTA
 VITAMINA B12
A B12 (Cobalamina) desempenha importantes funções como coenzima (coenzima B12)
em muitas reações bioquímicas, que incluem a síntese do DNA, síntese de metionina a
partir de homocisteína e metabolismo de ácidos graxos de número ímpar . A B12 é
importante também na formação das bainhas de mielina, síntese de
neurotransmissores, eritropoiese.
VALORES DE REFERÊNCIA
HOMOCISTEÍNA
VALORES DE REFERÊNCIA
 PROTEÍNAS PLASMÁTICAS E
MARCADORES INFLAMATÓRIOS

1 – ALBUMINA
2 – CITOCINAS
3 – PROSTANÓIDES
4 – PCR
5 – ALFA 1 GLICOPROTEÍNA ÁCIDA
6 - CERULOPLASMINA
ALBUMINA
CITOCINAS
PROSTANÓIDES
PCR – PROTEÍNA C REATIVA
ALFA 1 GLICOPROTEÍNA ÁCIDA
CERULOPLASMINA
MARCADORES DE LESÃO TECIDUAL

1 – MUSCULAR

2 – CARDÍACO

3 - HEPÁTICO
 MUSCULAR

1 – CREATINA KINASE (CK)

2 – LACTATO DESIDROGENASE (LDH)

3 – ASPARTATO AMINO TRANSFERASE

CK
LDH
ASPARTATO AMINOTRANSFERASE
ASPARTATO AMINOTRANSFERASE
 CARDÍACO

1 - CK-MB

2 - TROPONINA
CK-MB/TROPONINA
 HEPÁTICO

1 – AMINOTRANSFERASES (AST, ALT)

2 – FOSFATASE ALCALINA

3 – GAMA GT

4 – BILIRRUBINAS

5 – TEMPO DE PROTROMBINA
AMINOTRANSFERASES
FOSFATASE ALCALINA
GAMA GLUTAMILTRANSFERASE
BILIRRUBINAS
 TEMPO DE
PROTROMBINA
PERFIL LIPÍDICO
FORMAÇÃO DO
TRIGLICÉRIDES
 APO – A I
AUMENTAM A APO A I – HORMÔNIOS DA TIREÓIDE, ESTRÓGENIOS E CORTICÓIDES.

DIMINUEM A APO A I - TESTOSTERONA

 APO B

COMPÕE O LDL, VLDL E QUILOMÍCRONS (95%)

 Lipoproteína a

1 – INIBE A FIBRINÓLISE

2 – PROLIFERAÇÃO DE FIBRAS MUSCULARES LISAS ENDOTELIAL

(ATEROSCLEROSE)

3 – MEDIADOR PRÓ-INFLAMATÓRIO (MIGRAÇÃO DE

MACRÓFAGOS)

4 – VR < 30mg/dl
 MARCADORES DE ESTRESSE
METABÓLICO
1 – AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL (URÉIA, CREATININA, CISTATINA-C.
 URÉIA
PRODUTO FINAL DA DEGRADAÇÃO DE PROTEÍNAS E AMINOÁCIDOS.
 URÉIA
CAUSAS DE ELEVAÇÃO :
1 – DIETA HIPERPROTÉICA;

2 – DESIDRATAÇÃO;

3 – HIPOFLUXO SANGUINEO RENAL;

4 – NEFROPATIAS;

5 – OBSTRUÇÃO DA VIA URINÁRIA

 CREATININA

PRODUTO DA DESIDRATAÇÃO DA CREATINA PRESENTE NO MÚSCULO.

SOFRE INFLUÊNCIA DE:

1 – IDADE;

2 – GÊNERO;

3 – ETNIA;

4 – MASSA MUSCULAR;

5 – INTENSIDADE DE TREINO.
 CISTATINA C
SENSÍVEL MARCADOR DA TFG
NÃO SE ALTERA COM A ATIVIDADE FÍSICA
 GLICEMIA
FONTE PRIMÁRIA DE ENERGIA DURANTE O EXERCÍCIO É O GLICOGÊNIO
MUSCULAR E HEPÁTICO – GLICOSE PARA O MÚSCULO DURANTE SUA
CONTRAÇÃO (GLICOLISE AERÓBIA OU ANAERÓBIA).

HEMOGLOBINA GLICADA A1C

AVALIA A GLICEMIA DOS ÚLTIMOS 4 MESES
 MARCADORES DE ESTRESSE
OXIDATIVO
O EXERCÍCIO FÍSICO GERA MAIOR CONSUMO DE O2, AUMENTANDO O NÚMERO
DE RADICAIS LIVRES.

1 – ÁCIDO ÚRICO;

2 – CPK;

3 – AST;

4 – ALT;

5 - LDH
 ÁCIDO ÚRICO

EXERCÍCIO HIPÓXIA MUSCULAR REPERFUSÃO

HIPOXANTINA
XANTINA XANTINA
DESIDROGENASE O2-
OXIDASE

XANTINA

ÁCIDO
ÚRICO
 MICRONUTRIENTES

1 – ZINCO

2 – COBRE

3 - MAGNÉSIO
 ZINCO

O EXERCÍCIO FÍSICO PODE AUMENTAR A PERDA DE ZINCO PELA SUDORESE

E URINA.

DEFICIÊNCIA:
REBAIXAMENTO DA IMUNIDADE;
DIMINUIÇÃO DE CITOCINAS;
DIMINUIÇÃO DA ESPERMATOGÊNESE
 COBRE
FUNÇÕES:

ENZIMAS QUE POSSUEM COBRE SÃO OXIDASES ENVOLVIDAS NA PRODUÇÃO ENERGÉTICA

METABOLISMO DO FERRO

FORMAÇÃO DE TECIDO CONECTIVO

SÍNTESE DE NEUROTRANSMISSORES (DOPAMINA/NORADRENALINA)

SÍNTESE DE MELANINA
 MAGNÉSIO
FUNÇÕES:

DESENVOLVIMENTO DO ESQUELETO

MANUTENÇÃO DO POTENCIAL ELÉTRICO NAS MEMBRANAS NEURONAIS E

MUSCULARES

COFATOR ENZIMÁTICO

SÍNTESE DE RNA

REPLICAÇÃO DE DNA
 PERFIL HORMONAL
→ SÃO SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS PRODUZIDAS PELO SISTEMA
ENDÓCRINO CUJA FUNÇÃO É REGULAR PROCESSOS
FISIOLÓGICOS. “MENSAGEIROS DO CORPO”.

→ UM HORMÔNIO PODE SER DE ORIGEM LIPÍDICA (GORDURA)

OU AMINOACÍDICA (PROTEÍNA).

→ VITAMINAS E SAIS MINERAIS CONSTITUEM IMPORTANTES

AUXILIADORES DESSA SÍNTESE;
TIREOIDEANOS
ADRENOCORTICOTRÓFICO
DHEA
TESTOSTERONA
LH E FSH
ESTRADIOL
PROGESTERONA
PROLACTINA