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1) Abdome Agudo 2
2) Intoxicação por Chumbo 2
3) Porfiria 3
4) Febre Tifóide 4
5) Apendicite Aguda 5
6) Diverticulite Aguda 7
7) Isquemia Mesentérica Aguda 9
8) Pancreatite Aguda 10
● EXTRAS 14
● RESUMO DA AULA 18
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04/03/17:
DOR + ENCEFALOPATIA
- Intoxicação: exposição?
- Metabólica: Familiar? Precipitante?
CAUSAS CLÍNICAS
INTOXICAÇÃO POR CHUMBO
*Sinônimo: Intoxicação por chumbo = Saturnismo
Dicas: história ocupacional + quadro abdominal + encefalopatia + alter. hematológica + gengival Obs.: casos
de quadro abdominal + quadro neurológico, pensar em intoxicações diversas
PONTILHADO BASÓFILO NA HEMATOSCOPIA:
- Hemoglobinopatias: talassemias
-Anemias Hemolíticas
-Hepatopatias
-Síntese anormal do Heme
-Envenenamento por metais pesados
Epidemiologia:
Curiosidade: chumbo interfere no metabolismo do heme, levando ao acúmulo de metabólitos que irritam
nervos mesentéricos (dor abd.). Pode inibir 3 das 8 enzimas (abaixo) → é porfiria adquirida
Diagnóstico:
PORFIRIA
Dicas:
+ doença metabólico
+ quadro abdominal
+ encefalopatia
+ “surto” pós-fumo/barbitúrico
+ TC normal
Introdução:
-Porfirias podem ser classificadas em: Medula óssea (eritropoiéticas) x Fígado (hepáticas)
(são os principais locais de síntese do heme)
Subtipos
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-Aspecto lesional: paciente possui lesões cutâneas variadas (ex.: deformidades, úlceras, necrose,
hipertricose), mescla lesões “novas” e lesões “antigas”, mais comuns em áreas de fotoexposição.
Fisiopatologia:
- Segundo subtipo mais comum de porfiria.
- Deficiência da HMB- Sintase (= PBG-Deaminase)
- ↓ Porfobilinogênio deaminase + PRECIPITANTE casam aumento de ALA e PBG
História natural: paciente vive assintomático… entretanto, por apresentar predisposição, após ser
exposto a alguns fatores, desenvolve surtos → ALA e PBG são substâncias tóxicas e irritativas
-Ex.: estresse, álcool, tabagismo, diversas tipos de medicações
Quadro clínico:
- Pacientes jovens com surtos de abdome agudo e de quadros neurológicos
- Dor/ distensão abdominal/ aumento de peristalse
- Hiperatividade simpática
- Neuropatia periférica, convulsão
- Distúrbio psiquiátrico
-ALA e PBG estimulam o peristaltismo em excesso e, com isso, dor abdominal aguda
-Além disso, esses pacientes têm urina arroxeada (luz deixa urina ainda mais arroxeada)
Diagnóstico
- PBG urinário (inicial), mais sensível.
- ALA urinário
- Confirmatórios: PBG deaminase eritrocitária e testes genéticos
Tratamento:
- AFASTAR PRECIPITANTE
- inibir ALA-Sintase: hematina
- Dar HEME: Arginato de Heme
- Soro glicosado hipertônico (10%)
-Problema: na prática clínica, Heme não é tão disponível. Diante disso, uma alternativa é administrar
soro glicosado, pois a presença de carboidratos desloca a via da Protoporfirina IX para outra via.
Consequentemente, não ocorrerá acúmulo de ALA e de PBG
Resumo:
(1) O que? Distúrbio na síntese da PORFIRINA do HEME
(3) Como? Surtos por neurotoxinas → Quadro Abdominal + Neuro-psiquiátrico (abaixo) Ex.:
Aumento da atividade simpática A + Convulsão + Neuropatia periférica B
A ex.: HAS difícil controle (DD: feocromocitoma), B ex.: fraqueza (DD: SGB)
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(4) DX? Iniciais: ↑ALA e PBG urinários " Outros: Atividade HMB-Sintase e Teste genético
Dica em provas: é clássico cobrar dentro do diagnóstico diferencial de obstrução intestinal, devido à
semelhança da clínica: Dor abdominal aguda difusa + Distensão + HIPERPERISTALTISMO
FEBRE TIFÓIDE
*Sinônimo: Febre Tifóide = Febre Entérica
Dicas:
+ infecção
+ quadro abdominal
+ encefalopatia
+ febre, ↓FC (faget)
+ hemorragia/perfuração
Obs.: Sinal de FAGET: dissociação pulso-temperatura → Febre + ↓FC. Ex.: Febre Tifóide, Febre
Amarela, Legionella
Etiologia:
Infecção pela Salmonella sorotipo Typhi (ST ).
É uma BGN entérica.
É endêmica no Brasil Ciclo: ingestão de água e alimentos contaminados ou contato direto com
pacientes infectados
↳ Carga bacteriana elevada e/ou Hipocloridria* → ST penetra no íleo distal (P. de Peyer)
*Em condições fisiológicas, o pH gástrico ácido é capaz de destruir essas bactérias
↳ Lá, são fagocitadas por macrófagos, porém não conseguem destruí-las → “Protegidas”,
disseminam e atingem o sistema retículo-endotelial (ex: infiltração medula, baço, fígado)
Obs.: (extra) principais alimentos envolvidos são leite e derivados, mexilhões, moluscos e ostras
Quadro Clínico:
3ª e 4ª semanas → Fase de hiperreatividade à bactéria (“luta contra bactéria por onde ela espalha”)
- Hepatoesplenomegalia
- Melhora clínica ou
- Complicações: sangramento (mais comum); perfuração (ocorre no íleo, mais grave; ocorre pela
resposta imune, não pela bactéria)
Diagnóstico:
*Depende da fase da doença
(ou portador assintomático)
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Cultura:
Hemocultura: 1ª − 2ª semana
Coprocultura: 3ª − 4ª sem
Mielocultura: mais sensível (continua positivo mesmo na vigência de ATB)
(PO)
Biópsia → pode ser feita nas Roséolas tíficas ou, também, nas Placas de Peyer
Sorologia → é opção, não diferencia aguda x crônica " PCR → é opção, mas pouco utilizado
Ex.: Widal, ELISA, outros
Tratamento:
-Dica: não decorar como “ATB da Salmonella”, pensar como “ATB das BGN entéricas” Em
casos que evoluem com choque e/ou alteração da consciência (ex.: coma): Dexametasona (extra): 7 dias
após fim do tto, coletar 3 coproculturas com intervalo mensal para avaliar se é PC
Profilaxia:
Condições sanitárias + Higiene "
Pegadinha: existe vacina! Apesar de pouco conhecida, existe
- Problema: tem baixa imunogenicidade.
- Indicações: contato com esgoto, áreas endêmicas
(geralmente em estratégia pré-exposição)
CAUSAS CIRÚRGICAS
APENDICITE AGUDA
Introdução:
Considerações anatômicas:
-Ponto de McBurney: fica no ⅓ lateral da linha entre umbigo e crista ilíaca anterior direita
-É uma projeção cutânea. Apêndice está localizado no PMB em 50% das pessoas
Fisiopatologia:
Apendicite é causada pela OBSTRUÇÃO DO LÚMEM: fecalitos!! hiperplasia linfóide, corpo estranho,
câncer.
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- Favorece proliferação bacteriana + secreção de muco
i. DISTENÇÃO APENDICULAR
- 1º: dor periumbilical (irritação do peritônio visceral)
- Fibras não mielinizadas (dor inespecífica)
ii. GERA ISQUEMIA. ΔT 12-24 HRS
- 2º: dor migra para a fossa ilíaca direita (irritação do peritônio parietal)
- Fibras mielinizadas (dor específica em FID)
Extra: após ΔT 48 hrs, pode ocorrer necrose e perfuração → duas possibilidades → perfuração
tamponada por omento formando abscesso (mais comum) " livre levando a peritonite difusa
*livre tem maior incidência em idosos e crianças
Quadro Clínico:
Clássico → dor periumbilical, migra para fossa ilíaca direita (12-24 hrs)
(2) Sinal de ROVSING: dor em FID após compressão profunda em FIE. Macete: “do vizinho”
-Ocorre pela mobilização dos gases intestinais, que acabam comprimindo o ceco
(3) Sinal de LENANDER: temperatura retal é maior que temperatura axilar em, pelo menos, 1ºC
Obs.: não é específico, ocorre em qualquer inflamação abdominal baixa!!
(4) Sinal de DUNPHY: dor em FID após a tosse (tosse = duf duf)
(5) Sinal
do OBTURADOR: dor em FID após fazer flexão da coxa + rotação interna do quadril
Obs.: é um bom sinal semiológico, sobretudo, para casos de apendicite pélvica
(6) Sinal do PSOAS: dor à extensão + abdução da coxa direita com o paciente em DLE
(7) Sinal de LAPINSKY: dor à compressão de FID enquanto se eleva MID esticado
Diagnóstico:
Tratamento:
(2.2) Imagem com Abscesso: Drenagem percutânea + ATB terapêutico + Colonoscopia (4- 6
sem) ± Apendicectomia tardia (6-8 sem)
*referências antigas, consideram abscesso
> 4-6 cm; Sabiston atual não fala tamanho
(2.3) Imagem com Fleimão: ATB terapêutico + Colono (4-6s) + Apendicectomia tardia (6-8s)
Técnica cirúrgica
Aberta ou fechada? escolha do cirurgião
Se tiver que escolher na prova: escolher VLP
-VLP: contra-indicada se instabilidade hemodinâmica " NÃO é CI em peritonite
-Complicações: 1ª são as infecções de sítio cirúrgico " 2ª é a obstrução intestinal
-ISC: explorar ferida operatória + (se confirmado) drenar abcesso de parede
- HC: Ceftriaxone + Metronidazol
- Incisão QID: Davis-Rockey (transversa), McBurney (oblíqua)
Escore de Alvarado
Probabilidade:
0-3: IMPROVÁVEL: avaliar outras causas
4-6: PROVÁVEL: observação por 12h, se o escore manter, indica cirurgia (exame de
imagem)
>7: MUITO PROVÁVEL: apendicectomia
DIVERTICULITE AGUDA
Características Gerais:
- Hipertônica: ↑↑ pressão intra-colônica
- Hipotônica: fragilidade da parede
- Expulsão ocorre em áreas de fragilidade, ou seja, no local em que vasos arteriais inserem na
parede (aa. retas).
Divertículos falsos: mucosa e submucosa!! Na entrada das aa. Retas (vasos só penetram na borda
mesentérica da parede)
Diagnóstico:
- Colonoscopia ou Clister opaco (= Enema contrastado)
- São mais comuns sigmóide, por ser um local de alta pressão durante a defecação!!
DIVERTICULITE
Quadro Clínico:
• Apendicite à esquerda”
• “já teve episódios antes + dor iniciou alguns dias antes”
SOS: principal DD de diverticulite é câncer de retossigmóide
Diagnóstico:
• Quadro clássico: história clínica + exame físico são suficientes
• Tomografia
• Evitar Colono e Enema Opaco na inflamação (agravamento de microperfurações)
• Fazer Colono após 4-6 semanas → AFASTAR CA COLORRETAL
Classificação de Hinchey:
Tratamento:
SOS: (A1) Hinchey I " (A2) Hinchey I " (B1) Hinchey I ou II " (B2) Hinchey III ou IV
Cirurgia em Diverticulite NÃO-Complicada: (“A1 ou A2” − 5)
• Imunodeprimidos
• Incapacidade de excluir câncer
• Formação de fístula (principal: colo-vesical)
• Idade e Evento anteriores NÃO indica mais!!
Causas
Embolia (50%)
- Cardiopatia emboligênica (FA, IAM recente)
- Dor abd desproporcional ao exame físico
Vasoconstricção (20%)
- Isquemia não oclusiva (choque, vasoconstrictor, cocaína)
Trombose arterial (15%)
- Aterosclerose (doença vascular periférica)
Trombose venosa (5%)
- Hipercoagulabilidade (= trombofilias). Ex.: Fator V de Leiden, Hipertensão portal, Trauma
Introdução:
IMA é uma doença vascular do delgado → principal vaso acometido é a. mesentérica superior
-AMS: responsável por vascularizar delgado, cólon ascendente, parte do cólon transverso
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Outras doenças vasculares dos intestinos → Isquemia mesentérica crônica & Colite isquêmica
-IMC: marcada por claudicação intestinal (clínica de dor após as refeições − “comeu doeu”)
-CI: é a mais comum dessas três ... ocorre, principalmente, em idosos com hipoperfusão ... é
frequente em paciente internado em UTI, com sepse, pós-cirurgia de aneurisma de aorta
Obs. (extra): no TGI, as áreas mais propensas à sofrer isquemia são as regiões do cólon pobres em
circulação colateral, tais como a flexura esplênica (Griffiths) e a junção retossigmóide (Sudeck)
Etiologia:
Quadro Clínico:
- Pensar como IAM, mas no intestino!
- Dor abdominal INTENSA DESPROPORCIONAL ao exame físico*
*Isquemia não gera necrose imediata → exame físico alterado = preocupar! peritonite (?)
*Por isso, o diagnóstico costumar ser tardio → ainda é uma doença com alta mortalidade
- Sinal de Lenander Reverso, porque parou de chegar sangue → TRe < TAx
Diagnóstico:
- Laboratório
→ inespecífico: leucocitose, lactato elevado e acidose metabólica (↑lactato)
- Radiografia abdominal
→ alterações tardias: pneumatose intestinal (“gás na parede intestinal”)
- TC ou AngioTC*
→ exame mais utilizado: dilatação e espessamento de alça, *falha de enchimento
- Arteriografia
→ exame padrão-ouro: confirma IMA ao evidenciar “interrupção do fluxo sanguíneo”
Tratamento:
- Suporte (TODOS): Hidratação + Monitorização + Corrigir DHE/AB + Antibioticoterapia
*Isquemia favorece translocação bacteriana:
Ceftriaxone/Cipro + Metronidazol
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• DOENÇA OCLUSIVA:
- Heparinização*: evitar progressão da isquemia
- Laparotomia: Embolectomia1 / Trombectomia + Avaliar viabilidade das alças
-Segmento viável: preservar alça x inviável: ressecar alça sangramento!
Problema (extra): ressecções podem ser extensas... síndrome disabsortiva, intestino curto
Em TROMBOSE VENOSA: pode tentar tratamento clínico!!
• NÃO-OCLUSIVA (vasoconstricção):
-Objetivo: vasodilatação … porque a patogenia envolve vasoespasmo
Causa: aterosclerose
Clínica:
- Angina mesentérica: “comeu e doeu”
- Emagrecimento
- Doença aterosclerótica
Diagnóstico:
- Angiografia mesentérica
Tratamento:
- CIRURGIA: jovens
- STENTS: idoso ou comorbidades.
COLITE ISQUÊMICA
Clínica:
- Colite: dor diarreia mucossanguinolenta, febre, distensão
Diagnóstico:
- Clister Opaco: impressões digitais (thumbprinting)
- Retossigmoidoscopia: mucosa inflamada
Tratamento:
- Suporte clínico!! Não tem como revascularizar.
- CIRURGIA: peritonite, hemorragia, colite fulminante, refratário!
PANCREATITE AGUDA
Pancreatite aguda é a inflamação do pâncreas que ocorre em consequência à ativação enzimática no seu
interior, sendo que, fisiologicamente, a ativação deveria acontecer apenas no duodeno
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Etiologias:
Quadro Clínico:
DOR abdominal: intensa " em barra " irradia para dorso " náuseas, vômitos (desidratação?)
**Pode: febre, redução da consciência, icterícia, derrame pleural (exsudato ↑amilase)
Sinais ao Exame Físico → EQUIMOSES
• Sinal de Cullen (central): periumbilical
• Grey-Turner: flancos " Fox: base do pênis
Diagnóstico:
(II) Laboratório → amilase (VR: 160 UI) e lipase (VR: 140 UI) 3x acima da referência
*Pegadinha: níveis séricos das enzimas NÃO tem relação com prognóstico
RANSON:
… decorar … valores abaixo para PA não-biliar!!
-Prognóstico pior se escore ≥ 3
Admissão:
- Idade (> 55 anos)
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- Leucocitose (> 16.000/mm3)
- TGO (> 250 UI/L)
- Glicose (> 200 mg/dL)
- LDH (> 350 UI/L)
Primeiras 48h:
- PaO2 (< 60 mmHg)
- base Excess (< − 4 mEq/L)
- Seq. líquido (> 6.000 mL)
- Hematócrito (↓10% [reduziu])
- Uréia (↑10mg [aumentou])
- Calcemia (< 8 mg/dl)
Importante Lembrar Totalmente da Grande Lista Para Evitar Sequestro de Homens na UrCa
SOS: não fazem parte dos critérios de Ranson → amilase, lipase, bilirrubinas e TGP
APACHE-II:
*obesidade (medcurso): fator de pior prognóstico isoladamente
-Prognóstico pior se escore ≥ 8.
Obs.: não serve apenas para pancreatite, pode ser usado para qualquer doença grave; paciente deve
estar internado em CTI; avalia 12 parâmetros!
Tratamento:
SOS: via Enteral ou NPT? Sempre preferir Enteral. NPT se não tolerar
Obs. (explicação): na PA Leve, paciente inicia melhora clínica em poucos dias (2-3 dias) e,
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assim, dieta zero ajuda sem gerar prejuízos. PA Grave, pcte pode demorar semanas para
melhorar e, assim, suporte é essencial … iniciar assim que possível
Complicações:
NÃO NECRÓTICAS
(A) Coleção Fluida Aguda (30-50%) → complicação mais comum
-Ocorre nas fases iniciais* … Não costuma mudar evolução …
- Conduta: expectante
- Se infectar (raro), fazer punção guiada + ATB (imipenem)
(B) Pseudocisto Pancreático (15%) → intensivão: lesão cística pancreática mais comum
-É uma coleção fluida que “ganhou” cápsula não-epitelizada (de debris inflamatórios)
-Por definição, pseudocisto se forma após 4-6 sem.
Dica: massa abdominal, amilasemia↑
SOS: sempre que amilase mantiver elevada, pensar em complicação!
-Conduta: expectante (regra geral)
→ ABORDAR se tem (1) compressão de estruturas " (2) rotura aguda (peritonite), fístula (ascite
pancreática, crônico) " (3) Hemosuccus Pancreaticus
- Técnica: Drenagem cirúrgica interna via EDA (ex.: trans-gástrica, trans-duodenal
NECRÓTICAS
-Conduta: expectante (regra geral) → abordar se tem (1) compressão de estruturas " (2)
rotura aguda (peritonite), fístula (ascite pancreática, crônico) " (3) Hemosuccus Pancreaticus
-Técnica: Drenagem cirúrgica interna via EDA (ex.: trans-gástrica, trans-duodenal)
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Antes da Alta Hospitalar:
(MedCurso): diferença sublinhada → PA Leve com risco cirúrgico bom, fazer CVL antes da alta " PA
Leve com risco cirúrgico ruim, fazer apenas CPRE antes da alta " PA Grave, fazer
CPRE “agora” com CVL eletiva em 6 semanas (“se é grave, cálculo ainda está impactado”)
Pancreatite Leve:
-SEM Falência Orgânica + SEM Complicações Locais ou Sistêmicas
-Geralmente é autolimitada e boa evolução clínica-laboratorial (extra)
Pancreatite Grave:
-TEM Falência Orgânica (> 48 hrs) + Geralmente TEM Complicação Local ou Sistêmica
PANCREATITE CRÔNICA
Atenção: principal diagnóstico diferencial é Câncer de Pâncreas !
Lesão crônica e irreversível, com calcificações, fibrose!
Destruição do pâncreas endócrino e exócrino!
Etiologia: álcool (1ª), fibrose cística (pediatria)
-Curiosidade: beber MUITO: quantidade + tempo → > 150 g/dia/5 anos (mais fácil cirrose)
Clínica:
Etilismo + Episódios prévios de PA + Dor abdominal + Esteatorréia + Diabetes
-Dor em andar superior, constante, exacerbada ao alimentar e associada a emagrecimento!
-Sínd. disabsortiva por falta de enzimas pancreáticas (insuf. exócrina) … Doença avançada@
-Diabetes por falta de insulina (insuf. endócrina) … Ocorre em doença ainda mais avançada
Diagnóstico:
• FUNCIONAIS: Teste da Secretina
• HISTOPATOLÓGICO: Biópsia (padrão ouro): se possibilidade de CA ou irressecável
• ESTRUTURAIS:
- USG endoscópico: alterações + precoces
- TC: Calcificações, dilatação
- CPRE: Irregularidade dos ductos pancreáticos
Tratamento Clínico:
• Abstinência
•
Analgesia escalonada 1
• Dieta pobre em gordura
• Lipase VO +IBP
• tratar DLP
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• DM: hipoglicemiantes orais
1 AINE's > Amitriptilina > Opióide (“acrescentar … não substituir”)
Tratamento Cirúrgico:
- Se dor intratável e/ou não-exclusão de câncer de pâncreas … obrigatório CPRE pré-op.
i. Ducto Dilatado (> 7 mm):
Cirurgia de Puestow modificada (Parrington-Rochelle): Pancreato-jejunostomia látero-
lateral!!
i. Doença parenquimatosa, sem dilatação
Pancreattectomia total.
(Intensivão) Pequenos ductos: Whipple (calcificação da cabeça) ou Child (calcif. corpo-caudal) …
Não-candidatos à cirurgia: bloqueio plexo celíaco com álcool
MedCurso (extra): USG endoscópico: melhor exame em fases iniciais " CPRE: era padrão-ouro, hoje é
indispensável para programar cirurgia " ColangioRNM: ótimo exame, TC também pode ser usada " RX e
USG: acurácia ruim, alteração tardia mas usados como exame inicial pela facilidade
EXTRAS
“Classificação Topográfica”:
Abdome Superior → Pancreatite aguda e crônica " Doenças biliares " Doenças hepáticas e do baço "
Síndrome dispéptica " Doenças cardiopulmonares (ex.: congestão)
Abdome Inferior → Apendicite aguda " Diverticulite aguda " Dor genitourinária " Dor pélvica
Dor Difusa → Isquemias intestinais (Mesentérica aguda e crônica, Colônica) " Porfiria intermitente aguda,
Cetoacidose, Insuf. adrenal ou Outras causas metabólicas " Intoxicação por chumbo " Rotura
de AAA " Obstrução Intest. " Peritonites " Infecciosas " F. Tifóide
Obs.: geralmente, em casos de abdome agudo CIRÚRGICO, a DOR VEM ANTES dos vômitos
Vascularização Gastro-Intestinal:
Mesentérica superior → Jejuno + Íleo + Cólon direito + (parte do) Cólon transverso
-Ramos: Pancreato-duodenal inferior + Ileo-cólica + Cólica direita + Cólica média
*Anastomoses importantes (“colaterais”) → função protetora nos eventos isquêmicos " entre TC e AMS:
arcadas pancreatoduodenais " entre AMS e AMI: aa. Drummond (marginais), arco de Riolan
Obs.: são inervados por plexo de mesmo nome " tronco celíaco e as artérias mesentéricas têm origem na
aorta abdominal (associar nome do ramo com a parte intestinal que está sendo irrigada)
Carnett : dor abdominal que não desaparece ou que aumenta com a contração abdominal, ajuda a distinguir
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dor parede abdominal [dor não melhora - sinal (+)] x visceral (dor melhora - sinal (−)]
Fothergill : imobilidade ou maior exposição de uma massa abdominal pós-contração dos músculos
abdominais. Sugere que a massa está localizada na própria parede abd. Ex: hematoma de parede Obs.: se ficar
mais difícil, sugere massa intra-abdominal, Fothergill (−)
Principais exames → HMG, Glicemia, Cetonemia, Creat, Ur, ALT / AST, FA / GGT, BT e F, Amilase,
Lipase, Lactato, HCO3−, Na+, K+, Cl−, Ca2+, P, Gaso arterial, β-hCG, EAS. SEMPRE individualizar Obs.:
mulher em idade fértil deve excluir gravidez (β-hCG, USG transabdominal e/ou transvaginal)
Alívio sint.: Analgesia: Opióides (doses tituladas) " Antieméticos: Metoclopramida, Ondansetrona
Cetoacidose Diabética:
Pode se apresentar de forma idêntica a alguns quadros abdominais agudos, sobretudo pancreatite
-Ou seja, dor intensa, náuseas, vômitos, leucocitose ou até hiperamilasemia. Lipase ajuda Dica
prática + questões: SEMPRE descartar CAD antes de definir PA ou abdome agudo cirúrgico Obs.:
Cetoacidose alcóolica também pode. Já o EHHNC não é capaz de simular “abdome agudo” Insuficiência
Suprarrenal:
Sintomas do TGI estão presentes em 92% dos casos, sendo DOR abdominal o principal
-Nas crises addsonianas (insuf aguda), pcte pode ter dor abdominal intensa/mal localizada, simula
abd. agudo. Dicas: hipotensão/choque, febre, ↓Na+, ↑K+, eosinofilia, hipoglicemia
Fase edematosa ou catarral: apêndice está inflamado, mas não apresenta sinais de complicação Fase
flegmatosa ou úlcera flegmonosa: muito edemaciado por obstrução ao ret. venoso, linfático Fase
gangrenosa: presença de necrose transmural do apêndice (chicão: perfuração tamponada) Fase perfurativa:
perfuração tamponada / não-tamponada, do apêndice (chicão: perfuração livre)
Colite Isquêmica: Obs.: IC (70-75% dos casos), IMA (20-25%), IMC (5%)
Isquemia intestinal mais comum. Acomete vasos pequenos e distais (doença localizada)
Predomina nos idosos. Na maioria, uma causa precisa não é identificada = multifatorial
-A etiologia mais frequente é aterosclerose. É comum no PO de aneurisma aórtico
Quadro Clínico: dor abdominal (geralmente difusa … quando localizada, com predomínio em
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QIE) + diarréia sanguinolenta e/ou hematoquezia + febre
Radiografia: “sinal das impressões digitais”, por edema de parede e sangramento → Thumbprints
Mulher, Idosa + Angina mesent., Claudicação intest. + Emagrecimento (“medo de comer”) Obs.: a dor
se inicia 15-30 min após as refeições e dura, em média, entre 1-2 horas
-É uma doença obstrutiva crônica das artérias intestinais, resultado de aterosclerose
Diagnóstico: arteriografia com obstrução > 50% de pelo menos 2 das 3 artérias principais
Edematosa 1 → Coleção Fluída Aguda Peri-pancreática (≤ 4 sem) x Pseudocisto (> 4 sem) Necrosante 2 →
Coleção Necrótica Aguda (≤ 4 sem) x Col. Necrótica Organizada (WON - > 4 sem)
*Intensivão: 1 TC com captação homogênea " 2 TC com captação heterogênea
Disfunções orgânicas (apostila pg. 50): surgem pela doença … pode ser: Renal (Cr > 2,0 mg/dL) "
Respiratória (PaO2 < 60 mmHg) " Hemodinâmica − Choque (PAS < 90 mmHg) " Hemorragia Digestiva (>
500mL/24h) " Hematológica-Metabólica llll Complicações sistêmicas: CIVD, Ca2+ < 7,5 ou (este não
aparece na apostila) doença de base que descompensou (ex.: DPOC, IC prévia)
Pâncreas Divisum:
Anomalia congênita. Não ocorreu fusão das partes ventral (cabeça) e dorsal (colo, corpo e cauda) do órgão.
Parte dorsal é drenada pelo D. de Santorini, com aumentos periódicos da pressão. 5-7%
EXTRAS - QUESTÕES:
Extra Apendicite x Tempo x Conduta: em algumas questões aparece quadro clínico com ΔTevolução “limítrofe”
de 48 hrs ou 2 dias e pergunta a conduta. Se o quadro for “clássico” + precoce + sem outros comemorativos,
ou seja, “de diferente” tem apenas ΔTevolução limítrofe, não precisa de exame para diagnóstico nem para
indicar cirurgia. Pedir TC se ΔTevolução maior que isso. Q3, Q28
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Extra Fleimão, Abscesso, Plastrão: Fleimão é apenas o processo inflamatório em si, ou seja, inflamação do
tecido conjuntivo, pode evoluir para abscesso " Abscesso é o acúmulo localizado de material purulento em
uma cavidade delimitada " Plastrão é uma massa palpada ao EF. Pg. 3
Extra Doença Diverticular: ↑ingesta hídrica / fibras ± antiespasmódicos (refratário … ex.: pinavério)
Extra Diverticulite Aguda: em alguns casos em que o DD entre DA e CCR com obstrução é difícil, até pode
indicar enema e retossigmoidoscopia com ressalvas " enema contrastado até poderia ser feito se usar
contraste hidrossolúvel (bário nunca) … retossigmoidoscopia até poderia ser feita “sem subir muito” (∴
colono completa não), fazer sem insuflar ar e lentamente. MedSoft SCM-SP
Extra Dor na IMA: em questões, aparece como abdominal difusa ou região periumbilical. Q 15/Q 23
Extra Cirurgia na IMA: se QC típico de IMA (FA, dor abdominal intensa, hiperlactemia e acidose), operar o
mais rápido possível (= emergência). Não deve/pode esperar corrigir a acidose. Q18 C30
Extra Tratamento Trombose Veia Mesentérica: anticoagulação plena … heparina → ACO. Q44 C1
Extra Outras Medicações Relacionadas à PA: pentamidina e didanosina, 6-mercaptopurina e
azatioprina, furosemida e tiazídicos, metronidazol, sulfonamidas, tetraciclina, medicações anti-HIV
Extra Outras Etiologias de Hiperamilasemia: insuficiência renal, obstrução intestinal, perfuração visceral,
macroamilasemia, neoplasias, queimadura, lesão de glând. salivar, cetoacidose diabética
Extra Dor na PA: paciente com pernas e coxas fletidas sobre o tronco, porque sente melhora do quadro de
dor abdominal − posição genupeitoral ou atitude da “prece maometana”. Q14 C55
Extra PA com ↑ALT (TGP): se ALT > 150, possui boa especificidade e VPP para PA Biliar. Q25 C38
Extra Realimentação na PA: reintroduzir com cautela. Dicas: paciente não necessita mais utilizar analgesia
regular com opióide, apresenta peristalse, tem desejo de alimentar, queda das citocinas
Extra Diagnóstico da Necrose Infectada: pode suspeitar pela TC. Pâncreas normal aparece como um tecido
branco (hiperdenso) … Necrose fica enegrecida (hipodensa). Porém, se houver bolhas, sugere que a necrose
infectou. Se a TC não for sugestiva, o diagnóstico é por punção do tecido
Extra Pancreatite Crônica e Câncer: em paciente com alta probalidade de pancreatite crônica nem sempre é
possível excluir câncer pela clínica / imagem … logo, citologia por escovado de ducto pancreático é uma
conduta pertinente para DD. UFG 2006
Extra Sepse Abdominal: questão mostra quadro clínico e conduta em sepse abdominal. Q21 C13 Extra
Sinal de Chandelier: dor à mobilização do colo uterino. Indicativo, portanto, de DIP. Q43 C7
Extra Radiografia Abdome Agudo: alça sentinela → pode ser encontrada em diversas doenças inflamatórias
intestinais … sinal do cólon amputado → pode ser encontrado na PA, parece existir obstrução da porção
distal do cólon transverso com dilatação cranial, pela inflamação. PSU 2014
Extra Abdome Agudo Hemorrágico: abd. agudo com distensão abdominal e maciço à percussão denota
líquido livre na cavidade. Na questão, pcte usava ACO, pensar em hemorrágico. Q46 C45
Extra Pileflebite (“Trombose Séptica da Veia Porta”): é uma trombose infectada e supurativa da veia porta e
que pode ser complicação de sepse abdominal de qualquer etiologia na região de drenagem da porta.
Diagnóstico consiste em demonstrar trombo portal num paciente febril e com bacteremia. No passado,
Apendicite era a 1ª causa; hoje Diverticulite é a 1ª causa. Apesar de rara, pode em qualquer idade, QC
inespecífico (Dx. tardio). É grave. ATB + Anticoagular. Q8 C59
Extra Enterite Tuberculosa: TB ileocecal pode causar quadro abdominal agudo, crônico ou crônico
agudizado. Diagn. por colonoscopia + biópsia. Na questão, quadro de suboclusão intest. Q27 C36
RESUMO DA AULA
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Clínica: Dor abdominal, Sintomas neurológicos, Anemia, Linhas de Burton
PORFIRIA
Febre TIFÓIDE
Portador crônico: Litíase biliar " Método mais sensível: Mielocultura " Existe vacina? SIM
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