Você está na página 1de 22

Síndrome Álgica 1 − Abdominal 2

1) Abdome Agudo 2
2) Intoxicação por Chumbo 2
3) Porfiria 3
4) Febre Tifóide 4
5) Apendicite Aguda 5
6) Diverticulite Aguda 7
7) Isquemia Mesentérica Aguda 9
8) Pancreatite Aguda 10
● EXTRAS 14
● RESUMO DA AULA 18

1 of 18
04/03/17:

SÍNDROME ÁLGICA − ABDOMINAL


ABDOME AGUDO CLÍNICO
Abdome agudo pode ser Cirúrgico x Clínico:
-Cirúrgico: Apendicite, Diverticulite, Isquemia mesentérica, Pancreatite, Colecistite
-Clínico (após excluir acima): Porfiria, Cetoacidose, Insuf. Adrenal, Intoxicação, F. Tifóide
Obs.: em prova, quando cai abdome agudo cirúrgico, diagnóstico costuma ser fácil; conduta difícil
Obs. : em prova, quando cai abdome agudo clínico, diagnóstico costuma ser difícil, pois não são cobradas
condições típicas do dia-a-dia. Ex.: virose com dor abdominal não cai em prova
PROCURAR NA QUESTÃO:

 DOR + ENCEFALOPATIA
- Intoxicação: exposição?
- Metabólica: Familiar? Precipitante?

 DOR + FEBRE PRÉVIA


- Infecção

CAUSAS CLÍNICAS
INTOXICAÇÃO POR CHUMBO
*Sinônimo: Intoxicação por chumbo = Saturnismo

Dicas: história ocupacional + quadro abdominal + encefalopatia + alter. hematológica + gengival Obs.: casos
de quadro abdominal + quadro neurológico, pensar em intoxicações diversas
PONTILHADO BASÓFILO NA HEMATOSCOPIA:
- Hemoglobinopatias: talassemias
-Anemias Hemolíticas
-Hepatopatias
-Síntese anormal do Heme
-Envenenamento por metais pesados

 Epidemiologia:

Fontes de exposição ao chumbo:


- Mineradoras
- Baterias
- Indúst. Automobilística
- Tintas
- Contato com Projéteis
- Destilados Clandestinos
Obs.: a exposição é o fator mais importante, está sempre presente nas questões de prova
 Quadro Clínico:

Tríade dos 3 A’s:


-Abdome: DOR AGUDA (ex.: abdome agudo), náuseas e vômitos, anorexia
**Pb leva ao acúmulo de metabólitos tóxicos que geram dor abdominal

-Anemia: hemolítica com pontilhados basofílicos (hematoscopia), microcítica / hipocrômica


**Pb gera pontilhados basofílicos, hemólise (reticulocitose), inibe síntese do heme Obs.:
como é anemia micro-hipo, deve diferenciar da ferropriva: exposição + 3 A’s
2 of 18
-Amnésia: aguda (confusão, delirium) " crônica (+ comum, encefalopatia, déficit concent.)

Outros locais possíveis:


- Rins: Gota (Pb prejudica excreção de ác. úrico), Nefrite proximal, NIC, Sínd. de Fanconi
- ACV: HAS
- TGU: redução da libido, disfunção erétil
- Pele: Linhas gengivais de Burton (azuladas)

Curiosidade: chumbo interfere no metabolismo do heme, levando ao acúmulo de metabólitos que irritam
nervos mesentéricos (dor abd.). Pode inibir 3 das 8 enzimas (abaixo) → é porfiria adquirida

 Diagnóstico:

Dosagem do Chumbo Sérico:


-Não existe valor de referência a partir do qual sempre ocorre saturnismo. Cada indivíduo responde
de forma diferente; mas, aceita-se que existe maior risco quando Pb > 25 μg/dL
 Tratamento:

Interromper exposição A + Quelantes de chumbo B


A Trocar funcionário de posto de trabalho, Mudar emprego "
B EDTA, Dimercaprol, DMSA

NOTIFICAÇÃO SEMANAL: doença ocupacional

PORFIRIA

 Dicas:
+ doença metabólico
+ quadro abdominal
+ encefalopatia
+ “surto” pós-fumo/barbitúrico
+ TC normal

 Introdução:

Hemoglobina = Heme (Ferro + Protoporfirina IX [= porfirina]) + Globina (2 cadeias α + 2 cadeias β)

Porfiria: indivíduo não consegue sintetizar Porfirina (= Protoporfirina IX).


- Hereditária ou adquirida
-Não é uma doença. É um grupo de doenças, pois existem 8 enzimas que participam da síntese da
Porfirina (pg. 97). A deficiência de cada uma gera um tipo diferente de Porfiria

-Porfirias podem ser classificadas em: Medula óssea (eritropoiéticas) x Fígado (hepáticas)
(são os principais locais de síntese do heme)
 Subtipos

a) Porfiria Cutânea Tarda:

-Subtipo mais comum.


-Deficiência da URO-Descarboxilase (uroporfirinogênio-descarboxilase)

-É um quadro clínico dermatológico.


-Esse subtipo NÃO está relacionado a quadros abdominais

3 of 18
-Aspecto lesional: paciente possui lesões cutâneas variadas (ex.: deformidades, úlceras, necrose,
hipertricose), mescla lesões “novas” e lesões “antigas”, mais comuns em áreas de fotoexposição.

b) Porfiria Intermitente Aguda (PIA):

Fisiopatologia:
- Segundo subtipo mais comum de porfiria.
- Deficiência da HMB- Sintase (= PBG-Deaminase)
- ↓ Porfobilinogênio deaminase + PRECIPITANTE casam aumento de ALA e PBG

Esse subtipo de porfiria está relacionada à síndrome álgica abdominal


-Paciente acumula Ácido aminolevolínico (ALA) e Porfobilinogênio (PBG) que se ligam com
nociceptores abdominais.

História natural: paciente vive assintomático… entretanto, por apresentar predisposição, após ser
exposto a alguns fatores, desenvolve surtos → ALA e PBG são substâncias tóxicas e irritativas
-Ex.: estresse, álcool, tabagismo, diversas tipos de medicações

Quadro clínico:
- Pacientes jovens com surtos de abdome agudo e de quadros neurológicos
- Dor/ distensão abdominal/ aumento de peristalse
- Hiperatividade simpática
- Neuropatia periférica, convulsão
- Distúrbio psiquiátrico
-ALA e PBG estimulam o peristaltismo em excesso e, com isso, dor abdominal aguda
-Além disso, esses pacientes têm urina arroxeada (luz deixa urina ainda mais arroxeada)
Diagnóstico
- PBG urinário (inicial), mais sensível.
- ALA urinário
- Confirmatórios: PBG deaminase eritrocitária e testes genéticos

Tratamento:

- AFASTAR PRECIPITANTE
- inibir ALA-Sintase: hematina
- Dar HEME: Arginato de Heme
- Soro glicosado hipertônico (10%)

inibir ALA-Sintase → fornecer Heme (ex.: hematina) ou Carboidratos (soro glicosado)


-Explicação: ALA-Sintase produz ALA. Assim, se inibir o “início da cadeia de reações”, não
ocorrerá acúmulo dos metabólitos tóxicos. Ao ministrar Heme, nosso organismo interpreta que não
precisa mais fabricá-lo. Logo, interrompe reações de síntese da Protoporfirina IX

-Problema: na prática clínica, Heme não é tão disponível. Diante disso, uma alternativa é administrar
soro glicosado, pois a presença de carboidratos desloca a via da Protoporfirina IX para outra via.
Consequentemente, não ocorrerá acúmulo de ALA e de PBG
Resumo:
(1) O que? Distúrbio na síntese da PORFIRINA do HEME

(2) Quem? Adulto jovem (20-30 anos) + ↓HMB-Sintase + Exposição (ÁLCOOL,


tabaco, drogas, stress [ex.: infecção, jejum, atividade física, cirurgia])

(3) Como? Surtos por neurotoxinas → Quadro Abdominal + Neuro-psiquiátrico (abaixo) Ex.:
Aumento da atividade simpática A + Convulsão + Neuropatia periférica B
A ex.: HAS difícil controle (DD: feocromocitoma), B ex.: fraqueza (DD: SGB)

4 of 18
(4) DX? Iniciais: ↑ALA e PBG urinários " Outros: Atividade HMB-Sintase e Teste genético

(5) Tratamento? Inibir a enzima ALA-Sintase → Opções: Heme ou Carboidratos

Dica em provas: é clássico cobrar dentro do diagnóstico diferencial de obstrução intestinal, devido à
semelhança da clínica: Dor abdominal aguda difusa + Distensão + HIPERPERISTALTISMO

FEBRE TIFÓIDE
*Sinônimo: Febre Tifóide = Febre Entérica
Dicas:
+ infecção
+ quadro abdominal
+ encefalopatia
+ febre, ↓FC (faget)
+ hemorragia/perfuração
Obs.: Sinal de FAGET: dissociação pulso-temperatura → Febre + ↓FC. Ex.: Febre Tifóide, Febre
Amarela, Legionella
 Etiologia:
Infecção pela Salmonella sorotipo Typhi (ST ).
É uma BGN entérica.
É endêmica no Brasil Ciclo: ingestão de água e alimentos contaminados ou contato direto com
pacientes infectados
↳ Carga bacteriana elevada e/ou Hipocloridria* → ST penetra no íleo distal (P. de Peyer)
*Em condições fisiológicas, o pH gástrico ácido é capaz de destruir essas bactérias

↳ Lá, são fagocitadas por macrófagos, porém não conseguem destruí-las → “Protegidas”,
disseminam e atingem o sistema retículo-endotelial (ex: infiltração medula, baço, fígado)

Obs.: (extra) principais alimentos envolvidos são leite e derivados, mexilhões, moluscos e ostras

 Quadro Clínico:

1ª e 2ª semanas → Fase de bacteremia (“bactéria disseminando dentro dos macrófagos”)


- Febre + Dor abdominal + Sinal de Faget
- Roséola na pele, Estado tifóide (ex: torpor, devaneio, alucinação)

3ª e 4ª semanas → Fase de hiperreatividade à bactéria (“luta contra bactéria por onde ela espalha”)
- Hepatoesplenomegalia
- Melhora clínica ou
- Complicações: sangramento (mais comum); perfuração (ocorre no íleo, mais grave; ocorre pela
resposta imune, não pela bactéria)

5ª semana → Fase de convalescência


-Ocorre diminuição da febre associada a melhora do quadro clínico
- 5% dos pacientes se tornam Portadores Crônicos na via biliar!
- Risco pra ser portador crônico: mulher idosa com Doença Biliar, cistite por S. haematobium
- Tratamento do portador crônico (= PC): Ciprofloxacino VO

 Diagnóstico:
*Depende da fase da doença
(ou portador assintomático)

5 of 18
Cultura:
Hemocultura: 1ª − 2ª semana
Coprocultura: 3ª − 4ª sem
Mielocultura: mais sensível (continua positivo mesmo na vigência de ATB)
(PO)

**Provas: mielocultura é solicitada se dúvida diagnóstica ou se já iniciou antibiótico

Biópsia → pode ser feita nas Roséolas tíficas ou, também, nas Placas de Peyer

Sorologia → é opção, não diferencia aguda x crônica " PCR → é opção, mas pouco utilizado
Ex.: Widal, ELISA, outros
 Tratamento:

Provas de preventiva: doença de notificação compulsória

Antibioticoterapia: Ceftriaxone ou Ciprofloxacino " MS (provas de preventiva): Cloranfenicol


Portadores Crônicos: Cipro (4 semanas) + Colescistectomia
Casos Graves: Corticoide: Dexametasona (2-3d)

-Dica: não decorar como “ATB da Salmonella”, pensar como “ATB das BGN entéricas” Em
casos que evoluem com choque e/ou alteração da consciência (ex.: coma): Dexametasona (extra): 7 dias
após fim do tto, coletar 3 coproculturas com intervalo mensal para avaliar se é PC

 Profilaxia:
Condições sanitárias + Higiene "
Pegadinha: existe vacina! Apesar de pouco conhecida, existe
- Problema: tem baixa imunogenicidade.
- Indicações: contato com esgoto, áreas endêmicas
(geralmente em estratégia pré-exposição)

CAUSAS CIRÚRGICAS

APENDICITE AGUDA

 Introdução:

- Apendicite é a principal causa de abdome agudo cirúrgico.


- “Sempre deve ser 1ª ou 2ª hipótese”
-Pensar que apêndice é um “intestino em miniatura” " Possui todas camadas do intestino
-Localização: confluência das tênias " Base: implanta no ceco " Ponta: retrocecal (+ comum)

 Considerações anatômicas:
-Ponto de McBurney: fica no ⅓ lateral da linha entre umbigo e crista ilíaca anterior direita
-É uma projeção cutânea. Apêndice está localizado no PMB em 50% das pessoas

-Entretanto, não é o único local!


-Logo, quadro clínico muda: pode ser lombar, pélvico, etc.*Gestante: flanco direito*

 Fisiopatologia:

Apendicite é causada pela OBSTRUÇÃO DO LÚMEM: fecalitos!! hiperplasia linfóide, corpo estranho,
câncer.

6 of 18
- Favorece proliferação bacteriana + secreção de muco
i. DISTENÇÃO APENDICULAR
- 1º: dor periumbilical (irritação do peritônio visceral)
- Fibras não mielinizadas (dor inespecífica)
ii. GERA ISQUEMIA. ΔT 12-24 HRS
- 2º: dor migra para a fossa ilíaca direita (irritação do peritônio parietal)
- Fibras mielinizadas (dor específica em FID)

** principais bactérias envolvidas são Bacterióides fragilis, Escherichia coli

Extra: após ΔT 48 hrs, pode ocorrer necrose e perfuração → duas possibilidades → perfuração
tamponada por omento formando abscesso (mais comum) " livre levando a peritonite difusa
*livre tem maior incidência em idosos e crianças
 Quadro Clínico:

Clássico → dor periumbilical, migra para fossa ilíaca direita (12-24 hrs)

Outras → anorexia (pegadinha**), náuseas e vômitos, febre, diarréia ou constipação


**alguns autores dizem que é o 1º sintoma e que é tão clássico quanto a dor, outros não

 Sinais Clássicos − Exame Físico (7):

(1) Sinal de BLUMBERG: dor à descompressão brusca no ponto de McBurney


Obs.: é definido apenas no ponto de McBurney; em outros locais, deve dizer apenas
“descompressão brusca dolorosa”
Obs. 2: porém, alguns autores utilizam esse termo para o abdome como um todo.
Cuidado!

(2) Sinal de ROVSING: dor em FID após compressão profunda em FIE. Macete: “do vizinho”
-Ocorre pela mobilização dos gases intestinais, que acabam comprimindo o ceco

(3) Sinal de LENANDER: temperatura retal é maior que temperatura axilar em, pelo menos, 1ºC
Obs.: não é específico, ocorre em qualquer inflamação abdominal baixa!!

(4) Sinal de DUNPHY: dor em FID após a tosse (tosse = duf duf)

(5) Sinal
do OBTURADOR: dor em FID após fazer flexão da coxa + rotação interna do quadril
Obs.: é um bom sinal semiológico, sobretudo, para casos de apendicite pélvica

(6) Sinal do PSOAS: dor à extensão + abdução da coxa direita com o paciente em DLE

(7) Sinal de LAPINSKY: dor à compressão de FID enquanto se eleva MID esticado

 Diagnóstico:

- ALTA PROBABILIDADE → clínico, não solicitar exame.


Ex: evolução clássica, homem, 20-40 anos (*para alguns, 10-30 anos)

- DÚVIDA DIAGNÓSTICA (ex.: criança A, idoso B, mulher C)


Imagem A se sente dor, chora ao palpar qualquer lugar do abdome " B pode ser oligossintomático
complicam mais " C existem outros diagn diferenciais (ex.: DIP, torção ovário, ectópica…)
- CRIANÇAS OU GESTANTE:
1º USG
2º RNM (se USG inconclusivo)
- HOMEM OU NÂO GRÁVIDA
7 of 18
1º Tomografia (melhor exame para Apendicite)

Além disso, também é necessário solicitar exames de imagem se suspeitar de complicações


-Ex.: quadro tardio (> 48h) " presença de massa " perfuração: abcesso, peritonite (idoso)

Se solicitar exames de imagem, deve-se considerar como achados suspeitos: (7)


-Visualizar Fecalito/ apendicolito
Diâmetro ≥ 7 mm
Irregularidade da luz
Espessamento da parede
Borramento da gordura periapendicular
Ausência de gás no apêndice
Não-compressível
Obs.: se solicitar USG, pode fazer com Doppler: hipervascularização da parede

 Tratamento:

(1) Apendicite SIMPLES → Sem complicações + ΔT < 48 hrs:


-Conduta: Dieta zero + Hidratação + ATB profilático + Apendicectomia

(2) Apendicite com Suspeita de Complicações:


-Conduta: Solicitar exame de imagem para orientar conduta
(2.1) Imagem normal: Conduzir como apendicite simples (apendicectomia precoce)

(2.2) Imagem com Abscesso: Drenagem percutânea + ATB terapêutico + Colonoscopia (4- 6
sem) ± Apendicectomia tardia (6-8 sem)
*referências antigas, consideram abscesso
> 4-6 cm; Sabiston atual não fala tamanho

(2.3) Imagem com Fleimão: ATB terapêutico + Colono (4-6s) + Apendicectomia tardia (6-8s)

(2.4) Peritonite Difusa: Cirurgia de Urgência + ATB

Obs.: colonoscopia é indicada para afastar a possibilidade de ser neoplasia obstruindo

 Técnica cirúrgica
Aberta ou fechada? escolha do cirurgião
Se tiver que escolher na prova: escolher VLP
-VLP: contra-indicada se instabilidade hemodinâmica " NÃO é CI em peritonite
-Complicações: 1ª são as infecções de sítio cirúrgico " 2ª é a obstrução intestinal
-ISC: explorar ferida operatória + (se confirmado) drenar abcesso de parede
- HC: Ceftriaxone + Metronidazol
- Incisão QID: Davis-Rockey (transversa), McBurney (oblíqua)

 Escore de Alvarado

Probabilidade de ser Apendicite: até 10 pontos


- Dor que migra para PID (1)
- Anorexia (1)
- Nauseas e Vômitos (1)
- Dor a palpação em FID (2)
- Descompressão + em FID (1)
8 of 18
- Temp > 37,5ºC (1)
- Leucocitose (2)
- Desvio para a esquerda (1)

Probabilidade:
0-3: IMPROVÁVEL: avaliar outras causas
4-6: PROVÁVEL: observação por 12h, se o escore manter, indica cirurgia (exame de
imagem)
>7: MUITO PROVÁVEL: apendicectomia

(extra) Diagnósticos Diferenciais:


-Infecção do TGU, litíase ureteral
-Torção testicular, orquiepididimite
-Gravidez ectópica ou tubária rotas
-Doença inflamatória pélvica aguda
-Endometriose pélvica, dismenorréia
-Torção e/ou rotura de cisto ovariano
-Linfadenite mesentérica
-Diverticulite aguda ou de Meckel
-Gastroenterocolite aguda (GECA)
-Doença de Crohn, intussuscepção
-Torção de omento, apendagite epiplóica
-F. tifóide com perfuração do íleo terminal

Apendagite Epiplóica (“Apendicite Epiplóica”):

Apêndice epiplóico é um apêndice de gordura, localizado no cólon e ceco


-Pode sofrer torção no seu próprio eixo e, com isso, ocorrer isquemia e dor

Pela localização, o paciente sente dor em FID, entrando no DD de apendicite aguda


-Evolução: o quadro isquêmico evolui com necrose e o “apêndice epiplóico cai” Conduta: não é necessário
cirurgia. Analgesia + Aguardar involução (em média, 1-2 sem)

DIVERTICULITE AGUDA

É uma “apendicite à esquerda” e que ocorre mais em pacientes IDOSOS


-É uma complicação da Diverticulose (Doença diverticular dos cólons)

 Doença Diverticular dos Cólons (“Diverticulose”):


Definição:
Presença de divertículos da parede dos cólons Divertículos são falsos e estão
intimamente relacionados à dieta pobre em fibras:
↳ Bolo fecal com volume reduzido, duro, fino → aumenta pressão intra-colônica →
após 20-30 anos “nesse estado” → expulsão da mucosa/submucosa → formação do
divertículo

Características Gerais:
- Hipertônica: ↑↑ pressão intra-colônica
- Hipotônica: fragilidade da parede

- Expulsão ocorre em áreas de fragilidade, ou seja, no local em que vasos arteriais inserem na
parede (aa. retas).
Divertículos falsos: mucosa e submucosa!! Na entrada das aa. Retas (vasos só penetram na borda
mesentérica da parede)

Outros fatores epidemiológicos de risco: é uma doença predomina em idosos e no ocidente


9 of 18
Quadro Clínico:
Assintomáticos → sintomas se complicação. (extra): existe forma sintomática associada à SII
- HDB (15%): ocorre tipicamente à direita
- Diverticulite (25%): tipicamente à esquerda

Diagnóstico:
- Colonoscopia ou Clister opaco (= Enema contrastado)
- São mais comuns sigmóide, por ser um local de alta pressão durante a defecação!!
 DIVERTICULITE

Divertículo sofre obstrução por fecalito ou corpo estranho


↳ Favorece hiperproliferação bacteriana + produção e acúmulo de muco → distenção
↳ Isquemia → microperfurações → contidas pelo peritônio formando abscessos pericólicos

 Quadro Clínico:

• Apendicite à esquerda”
• “já teve episódios antes + dor iniciou alguns dias antes”
SOS: principal DD de diverticulite é câncer de retossigmóide

 Diagnóstico:
• Quadro clássico: história clínica + exame físico são suficientes
• Tomografia
• Evitar Colono e Enema Opaco na inflamação (agravamento de microperfurações)
• Fazer Colono após 4-6 semanas → AFASTAR CA COLORRETAL

 Classificação de Hinchey:

• Estágio 0: ausência de complicação


• Estágio I: abscesso pericólico ou mesentérico
Ia: fleimão
Ib: abcesso pericólico
• Estágio II → abscesso à distância ou abscesso pélvico (abcesso explodiu)
*Macete: pensar como “abscesso cresceu tanto, que chegou na pelve”
• Estágio III → Peritonite purulenta
• Estágio IV → Peritonite fecal

 Tratamento:

SEMPRE FAZER ANTIBIÓTICOTERAPIA!!!!

SEM complicações X COM complicações


( abscesso, peritonite, obstrução)

(A) DIVERTICULITE SEM COMPLICAÇÕES:


(A1) Sintomas mínimos
- Dieta líquida e sem resíduos
- + ATB VO
- Ambulatório
- Colono após..
10 of 18
(A2) Sintomas exuberantes
- Dieta zero
- + Hidratação EV
- + ATB EV
- Colono após..
*Extra (QC): irritação peritoneal em localizada em FIE, febre, anorexia. Internação

(B) DIVERTICULITE COM COMPLICAÇÕES:


(B1) Abscesso ≥ 4 cm
- Drenagem
- + ATB EV
- + Colono após...
- + Cirurgia eletiva: Simoidectomia com anastomose primária!

(B2) Peritonite ou Obstrução


- Cirurgia de urgência (III ou IV), cirurgia a Hartman!!
- Lavagem laparoscópica: alternativa em casos de: Hinchey III ou instabilidade hemodinâmica

SOS: (A1) Hinchey I " (A2) Hinchey I " (B1) Hinchey I ou II " (B2) Hinchey III ou IV
Cirurgia em Diverticulite NÃO-Complicada: (“A1 ou A2” − 5)
• Imunodeprimidos
• Incapacidade de excluir câncer
• Formação de fístula (principal: colo-vesical)
• Idade e Evento anteriores NÃO indica mais!!

ISQUEMIA MESENTÉRICA AGUDA

Isquemia Mesentérica Aguda: grandes vasos, intestino delgado e aa. MS.


Isquemia Mesentérica Crônica: grandes vasos, intestino delgado e aa. MS.
Colite isquêmica: pequenos vasos, mucosa

 Causas

Embolia (50%)
- Cardiopatia emboligênica (FA, IAM recente)
- Dor abd desproporcional ao exame físico
Vasoconstricção (20%)
- Isquemia não oclusiva (choque, vasoconstrictor, cocaína)
Trombose arterial (15%)
- Aterosclerose (doença vascular periférica)
Trombose venosa (5%)
- Hipercoagulabilidade (= trombofilias). Ex.: Fator V de Leiden, Hipertensão portal, Trauma

 Introdução:

IMA é uma doença vascular do delgado → principal vaso acometido é a. mesentérica superior
-AMS: responsável por vascularizar delgado, cólon ascendente, parte do cólon transverso
11 of 18
Outras doenças vasculares dos intestinos → Isquemia mesentérica crônica & Colite isquêmica
-IMC: marcada por claudicação intestinal (clínica de dor após as refeições − “comeu doeu”)

-CI: é a mais comum dessas três ... ocorre, principalmente, em idosos com hipoperfusão ... é
frequente em paciente internado em UTI, com sepse, pós-cirurgia de aneurisma de aorta

Obs. (extra): no TGI, as áreas mais propensas à sofrer isquemia são as regiões do cólon pobres em
circulação colateral, tais como a flexura esplênica (Griffiths) e a junção retossigmóide (Sudeck)

 Etiologia:

(1) Embolia (50% − e também é a mais comum em provas):


-Cardiopatia emboligênica. Ex.: FA, IAM recente " “Dor desproporcional ao exame físico”

(2) Vasoconstrição (20%):


-Paciente faz vasoespasmo muito intenso e, com isso, gera isquemia tecidual transitória
-Isquemia não-oclusiva. Ex.: ICC grave, choque, sepse, uso de droga vasoativa, cocaína
*(extra): outras drogas (diuréticos, digitálicos, vasopressores)
(3) Trombose Arterial (15%):
-Vasculopatia aterosclerótica " Dica: portador de insuficiência vascular periférica (DAOP)
-Dica 2: quadro isquêmico atual é uma agudização de isquemia mesentérica crônica

(4) Trombose Venosa (5% − deve ser cogitada, sobretudo, em jovens):


-Paciente terá déficit de retorno venoso. Logo, aumenta pressão arterial retrogradamente
-Hipercoagulabilidade (= trombofilias). Ex.: Fator V de Leiden, Hipertensão portal, Trauma

 Quadro Clínico:
- Pensar como IAM, mas no intestino!
- Dor abdominal INTENSA DESPROPORCIONAL ao exame físico*
*Isquemia não gera necrose imediata → exame físico alterado = preocupar! peritonite (?)
*Por isso, o diagnóstico costumar ser tardio → ainda é uma doença com alta mortalidade
- Sinal de Lenander Reverso, porque parou de chegar sangue → TRe < TAx

- Laboratório: Acidose metabólica, porque está ocorrendo metabolismo anaeróbio


- Ou seja, paciente com lactato sérico elevado, taquipnéico e ofegante

Quando preocupar: Irritação peritoneal → é um achado tardio na história natural da doença

 Diagnóstico:

- Laboratório
→ inespecífico: leucocitose, lactato elevado e acidose metabólica (↑lactato)
- Radiografia abdominal
→ alterações tardias: pneumatose intestinal (“gás na parede intestinal”)
- TC ou AngioTC*
→ exame mais utilizado: dilatação e espessamento de alça, *falha de enchimento
- Arteriografia
→ exame padrão-ouro: confirma IMA ao evidenciar “interrupção do fluxo sanguíneo”

 Tratamento:
- Suporte (TODOS): Hidratação + Monitorização + Corrigir DHE/AB + Antibioticoterapia
*Isquemia favorece translocação bacteriana:
Ceftriaxone/Cipro + Metronidazol
12 of 18
• DOENÇA OCLUSIVA:
- Heparinização*: evitar progressão da isquemia
- Laparotomia: Embolectomia1 / Trombectomia + Avaliar viabilidade das alças
-Segmento viável: preservar alça x inviável: ressecar alça sangramento!

- Papaverina pós-operatória: evitar vasoespasmo

Problema (extra): ressecções podem ser extensas... síndrome disabsortiva, intestino curto
Em TROMBOSE VENOSA: pode tentar tratamento clínico!!

• NÃO-OCLUSIVA (vasoconstricção):
-Objetivo: vasodilatação … porque a patogenia envolve vasoespasmo

-Conduta: PAPAVERINA intra-arterial na mesma punção da arteriografia


-Ou seja, a princípio, tratamento é clínico e não necessita cirurgia
ISQUEMIA MESENTÉRICA CRÔNICA

Causa: aterosclerose
Clínica:
- Angina mesentérica: “comeu e doeu”
- Emagrecimento
- Doença aterosclerótica
Diagnóstico:
- Angiografia mesentérica
Tratamento:
- CIRURGIA: jovens
- STENTS: idoso ou comorbidades.

COLITE ISQUÊMICA

- Isquemia intestinal MAIS COMUM


- Doença isquêmica da microcirculação.
- Paciente idoso (hipoperfusão)
- Típico: idoso que vai para correção de aneurisma de aorta abdominal!! Faz hipoperfusão e colite
isquêmica!!

Clínica:
- Colite: dor diarreia mucossanguinolenta, febre, distensão
Diagnóstico:
- Clister Opaco: impressões digitais (thumbprinting)
- Retossigmoidoscopia: mucosa inflamada
Tratamento:
- Suporte clínico!! Não tem como revascularizar.
- CIRURGIA: peritonite, hemorragia, colite fulminante, refratário!

PANCREATITE AGUDA

Pancreatite aguda é a inflamação do pâncreas que ocorre em consequência à ativação enzimática no seu
interior, sendo que, fisiologicamente, a ativação deveria acontecer apenas no duodeno

13 of 18
 Etiologias:

- Biliar: principal causa (30-60% dos casos) sobretudo por microcálculos


- Alcoólica: é a 2ª causa de PA, corresponde a 15-30%
- Drogas (ex.: ác. valpróico, estrogênio, azatioprina); pós-CPRE; idiopática; auto-imune; escorpião;
hipertrigliceridemia; hipercalcemia; trauma

Obs.: complicações CPRE → pancreatite, colangite, hemorragia digestiva, retropneumoperitônio.

 Quadro Clínico:

DOR abdominal: intensa " em barra " irradia para dorso " náuseas, vômitos (desidratação?)
**Pode: febre, redução da consciência, icterícia, derrame pleural (exsudato ↑amilase)
Sinais ao Exame Físico → EQUIMOSES
• Sinal de Cullen (central): periumbilical
• Grey-Turner: flancos " Fox: base do pênis

(MedCurso): não são patognomônicos ... apenas significam hemorragia retroperitoneal


-Importância: são raros … porém, se presentes, podem indicar maior gravidade

 Diagnóstico:

Critérios de ATLANTA → paciente com 2 dos 3 critérios abaixo:


(I) Clínica → dor abdominal, abd. superior, em barra, associada a náuseas e vômitos

(II) Laboratório → amilase (VR: 160 UI) e lipase (VR: 140 UI) 3x acima da referência
*Pegadinha: níveis séricos das enzimas NÃO tem relação com prognóstico

**Pegadinha 2: ambas elevas juntas (2-12 hrs)


- Amilase reduz níveis séricos mais precocemente (3º - 6º dia)
- Lipase reduz níveis mais tardiamente, mais específica!!
SOS: lipase é mais específica pois existem muitas causas de aumento de amilase

(III) Imagem → Tomografia + USG (colelitíase)


- Tomografia: padrão-ouro para delinear o pâncreas e avaliar complicações
- USG é ruim p/ pâncreas, mas é 1º exame solicitado (avaliar colelitíase)
- Apesar de ser o padrão-ouro, tomografia só é solicitada, de rotina, por volta de 72-96
horas. Se for solicitada antes, “subestima-se” a possível necrose
**Porém, em casos de dúvida diagnóstica inicial, pode solicitar TC “de cara” para auxílio
diagnóstico. Nestes solicitar outra com 72h-96h (avaliar necrose)
 Classificação de Gravidade
ATLANTA (1992):
-Pancreatite Leve (*intersticial, *edematosa) → “restrita ao pâncreas”. 85%
-Pancreatite Grave (*necrosante) → “preenche, pelo menos, um dos abaixo”
-Complicações locais: pseudocisto, abscesso ou necrose pancreáticos
-Complicações sistêmicas: CIVD (pg. 50), hipocalcemia (Ca2+ < 7,5 mg/dL)
-Disfunção orgânica: insuficiência renal, respiratória, choque, sangramento TGI

RANSON:
… decorar … valores abaixo para PA não-biliar!!
-Prognóstico pior se escore ≥ 3

Admissão:
- Idade (> 55 anos)
14 of 18
- Leucocitose (> 16.000/mm3)
- TGO (> 250 UI/L)
- Glicose (> 200 mg/dL)
- LDH (> 350 UI/L)

Primeiras 48h:
- PaO2 (< 60 mmHg)
- base Excess (< − 4 mEq/L)
- Seq. líquido (> 6.000 mL)
- Hematócrito (↓10% [reduziu])
- Uréia (↑10mg [aumentou])
- Calcemia (< 8 mg/dl)

Importante Lembrar Totalmente da Grande Lista Para Evitar Sequestro de Homens na UrCa
SOS: não fazem parte dos critérios de Ranson → amilase, lipase, bilirrubinas e TGP

APACHE-II:
*obesidade (medcurso): fator de pior prognóstico isoladamente
-Prognóstico pior se escore ≥ 8.
Obs.: não serve apenas para pancreatite, pode ser usado para qualquer doença grave; paciente deve
estar internado em CTI; avalia 12 parâmetros!

BALTAZAR (TC ABD):


-Prognóstico pior se escore ≥ 6 (extensão da necrose é o fator que mais pesa)

ACHADOS CLÍNICOS ISOLADOS QUE CONFEREM GRAVIDADE:


-PCR > 150 ng/mL, após 48 hrs do início do quadro " Fosfolipase A2

 Critérios de Atlanta Revisados:


- Gravidade = Falência Orgânica!!
i. LEVE: sem falência orgânica ou complicações
ii. GRAVE: falência orgânica persistente
iii. MODERADAMENTE GRAVE:
- Falência transitória (<48h) ou complicação local isolada.

 Tratamento:

(A) Pancreatite Leve → Enfermaria:


-Dieta ZERO + Repouso + Hidratação EV + DHE/AB + Analgesia (opióides) + Suporte
-Antieméticos para vômitos (ou SNG se grave) " Não usar ATB " Realimentar em 4-7 dias

(B) Pancreatite Grave ou Moderadamente Grave → UTI:


- Pancreatite Leve + Conduzir em UTI
- Reanimação volêmica com diurese alvo > 0,5 mL/ kg/h (“agressiva”)
- Suporte nutricional
- Não indicar ATB, pode favorecer infecção fúngica!
→Não indicar antibiótico (imipenem) se necrose > 30%!! Antes fazia.

SOS: via Enteral ou NPT? Sempre preferir Enteral. NPT se não tolerar

Obs. (explicação): na PA Leve, paciente inicia melhora clínica em poucos dias (2-3 dias) e,
15 of 18
assim, dieta zero ajuda sem gerar prejuízos. PA Grave, pcte pode demorar semanas para
melhorar e, assim, suporte é essencial … iniciar assim que possível

- Quando fazer CPRE?


i. Icterícia (Obstrução de via biliar)
ii. Colangite

 Complicações:
NÃO NECRÓTICAS
(A) Coleção Fluida Aguda (30-50%) → complicação mais comum
-Ocorre nas fases iniciais* … Não costuma mudar evolução …
- Conduta: expectante
- Se infectar (raro), fazer punção guiada + ATB (imipenem)

(B) Pseudocisto Pancreático (15%) → intensivão: lesão cística pancreática mais comum
-É uma coleção fluida que “ganhou” cápsula não-epitelizada (de debris inflamatórios)
-Por definição, pseudocisto se forma após 4-6 sem.
Dica: massa abdominal, amilasemia↑
SOS: sempre que amilase mantiver elevada, pensar em complicação!
-Conduta: expectante (regra geral)
→ ABORDAR se tem (1) compressão de estruturas " (2) rotura aguda (peritonite), fístula (ascite
pancreática, crônico) " (3) Hemosuccus Pancreaticus
- Técnica: Drenagem cirúrgica interna via EDA (ex.: trans-gástrica, trans-duodenal

NECRÓTICAS

(C) Necrose Pancreática


→ estéril x infectada (ar/gás no pâncreas à TC … “bolha de sabão”)
[C.1] Necrose estéril: quadro arrastado, mas melhora com o tempo " Conduta: expectante
[C.2] Necrose infectada: evolui com piora súbita (ex: dor / febre / PCR↑)
Conduta: punção dx OU TC com gás, sem nível!!
+ NECROSECTOMIA + IMIPENEM
SOS: caso o pcte se mantenha estável apenas com antibiótico, tentar postergar necrosectomia
(ex.: após 4 sem)

(D) WON (Walled-off Necrosis)


- Necrose emparedada, geralmente quando fica >4 semanas
Intervenção: se infectada, dor persistente ou falha nutricional.
(E) Pseudocisto Pancreático (15%) → intensivão: lesão cística pancreática mais comum
-É uma coleção fluida que “ganhou” cápsula não-epitelizada (de debris inflamatórios)
-Por definição, pseudocisto se forma após 4-6 sem. Dica: massa abdominal, amilasemia↑

-Conduta: expectante (regra geral) → abordar se tem (1) compressão de estruturas " (2)
rotura aguda (peritonite), fístula (ascite pancreática, crônico) " (3) Hemosuccus Pancreaticus
-Técnica: Drenagem cirúrgica interna via EDA (ex.: trans-gástrica, trans-duodenal)

16 of 18
 Antes da Alta Hospitalar:

Garantir que o paciente tenha: Dor controlada + Alimentação normal


-Ideal: normalizar enzimas pancreáticas … porém, caso contrário, não segurar no hospital

Colecistectomia (CVL) antes da alta hospitalar (pelo risco de novo episódio)


-Se PA Leve → obrigatoriamente, deve ser feita na mesma internação
-Se PA Grave → apesar do risco, permite-se operar depois de 6 semanas

(MedCurso): diferença sublinhada → PA Leve com risco cirúrgico bom, fazer CVL antes da alta " PA
Leve com risco cirúrgico ruim, fazer apenas CPRE antes da alta " PA Grave, fazer
CPRE “agora” com CVL eletiva em 6 semanas (“se é grave, cálculo ainda está impactado”)

Um algo a mais … Revisão dos Critérios de Atlanta (2012):


Obs.: de modo geral, costuma cair o clássico; algumas cobram o novo

Pancreatite Leve:
-SEM Falência Orgânica + SEM Complicações Locais ou Sistêmicas
-Geralmente é autolimitada e boa evolução clínica-laboratorial (extra)

Pancreatite Moderadamente Grave:


-OU Falência Orgânica Transitória (< 48 horas) OU Complicação Local Isolada

Pancreatite Grave:
-TEM Falência Orgânica (> 48 hrs) + Geralmente TEM Complicação Local ou Sistêmica
PANCREATITE CRÔNICA
Atenção: principal diagnóstico diferencial é Câncer de Pâncreas !
Lesão crônica e irreversível, com calcificações, fibrose!
Destruição do pâncreas endócrino e exócrino!
Etiologia: álcool (1ª), fibrose cística (pediatria)
-Curiosidade: beber MUITO: quantidade + tempo → > 150 g/dia/5 anos (mais fácil cirrose)

Clínica:
Etilismo + Episódios prévios de PA + Dor abdominal + Esteatorréia + Diabetes
-Dor em andar superior, constante, exacerbada ao alimentar e associada a emagrecimento!
-Sínd. disabsortiva por falta de enzimas pancreáticas (insuf. exócrina) … Doença avançada@
-Diabetes por falta de insulina (insuf. endócrina) … Ocorre em doença ainda mais avançada

Diagnóstico:
• FUNCIONAIS: Teste da Secretina
• HISTOPATOLÓGICO: Biópsia (padrão ouro): se possibilidade de CA ou irressecável
• ESTRUTURAIS:
- USG endoscópico: alterações + precoces
- TC: Calcificações, dilatação
- CPRE: Irregularidade dos ductos pancreáticos

Tratamento Clínico:
• Abstinência

Analgesia escalonada 1
• Dieta pobre em gordura
• Lipase VO +IBP
• tratar DLP
17 of 18
• DM: hipoglicemiantes orais
1 AINE's > Amitriptilina > Opióide (“acrescentar … não substituir”)

Tratamento Cirúrgico:
- Se dor intratável e/ou não-exclusão de câncer de pâncreas … obrigatório CPRE pré-op.
i. Ducto Dilatado (> 7 mm):
Cirurgia de Puestow modificada (Parrington-Rochelle): Pancreato-jejunostomia látero-
lateral!!
i. Doença parenquimatosa, sem dilatação
Pancreattectomia total.
(Intensivão) Pequenos ductos: Whipple (calcificação da cabeça) ou Child (calcif. corpo-caudal) …
Não-candidatos à cirurgia: bloqueio plexo celíaco com álcool

MedCurso (extra): USG endoscópico: melhor exame em fases iniciais " CPRE: era padrão-ouro, hoje é
indispensável para programar cirurgia " ColangioRNM: ótimo exame, TC também pode ser usada " RX e
USG: acurácia ruim, alteração tardia mas usados como exame inicial pela facilidade

EXTRAS
“Classificação Topográfica”:

Abdome Superior → Pancreatite aguda e crônica " Doenças biliares " Doenças hepáticas e do baço "
Síndrome dispéptica " Doenças cardiopulmonares (ex.: congestão)

Abdome Inferior → Apendicite aguda " Diverticulite aguda " Dor genitourinária " Dor pélvica

Dor Difusa → Isquemias intestinais (Mesentérica aguda e crônica, Colônica) " Porfiria intermitente aguda,
Cetoacidose, Insuf. adrenal ou Outras causas metabólicas " Intoxicação por chumbo " Rotura
de AAA " Obstrução Intest. " Peritonites " Infecciosas " F. Tifóide

Obs.: geralmente, em casos de abdome agudo CIRÚRGICO, a DOR VEM ANTES dos vômitos

Vascularização Gastro-Intestinal:

Tronco Celíaco → Estômago + Duodeno


-Ramos: Esplênica (lienal), Hepática comum, Gástrica esquerda

Mesentérica superior → Jejuno + Íleo + Cólon direito + (parte do) Cólon transverso
-Ramos: Pancreato-duodenal inferior + Ileo-cólica + Cólica direita + Cólica média

Mesentérica Inferior → Cólon esquerdo + Sigmóide + Reto


-Ramos: Cólica esquerda + Sigmóidea + Retal superior
Obs.: reto inferior é nutrido pela pudenda interna (ramo da a. ilíaca interna)

*Anastomoses importantes (“colaterais”) → função protetora nos eventos isquêmicos " entre TC e AMS:
arcadas pancreatoduodenais " entre AMS e AMI: aa. Drummond (marginais), arco de Riolan

Obs.: são inervados por plexo de mesmo nome " tronco celíaco e as artérias mesentéricas têm origem na
aorta abdominal (associar nome do ramo com a parte intestinal que está sendo irrigada)

Outros Sinais Semiológicos Abdominais:

Carnett : dor abdominal que não desaparece ou que aumenta com a contração abdominal, ajuda a distinguir
18 of 18
dor parede abdominal [dor não melhora - sinal (+)] x visceral (dor melhora - sinal (−)]

Fothergill : imobilidade ou maior exposição de uma massa abdominal pós-contração dos músculos
abdominais. Sugere que a massa está localizada na própria parede abd. Ex: hematoma de parede Obs.: se ficar
mais difícil, sugere massa intra-abdominal, Fothergill (−)

Conduta Inicial do Abdome Agudo:

Principais exames → HMG, Glicemia, Cetonemia, Creat, Ur, ALT / AST, FA / GGT, BT e F, Amilase,
Lipase, Lactato, HCO3−, Na+, K+, Cl−, Ca2+, P, Gaso arterial, β-hCG, EAS. SEMPRE individualizar Obs.:

mulher em idade fértil deve excluir gravidez (β-hCG, USG transabdominal e/ou transvaginal)

Radiografia → rotina de abdome agudo é RX Tórax PA + RX Abd. em Ortostase e Decúbito dorsal


-Na prática, é muito limitado. Indicações: Perfuração, Obstrução intestinal, Corpo estranho

Alívio sint.: Analgesia: Opióides (doses tituladas) " Antieméticos: Metoclopramida, Ondansetrona

Se sinais de instabilidade: Acesso venoso periférico + Monitorização cardíaca + Oxigênio caso


necessário + Reposição volêmica + Avaliar necessidade de hemotransfusão + Garantir VA pérvia

Cetoacidose Diabética:

Pode se apresentar de forma idêntica a alguns quadros abdominais agudos, sobretudo pancreatite
-Ou seja, dor intensa, náuseas, vômitos, leucocitose ou até hiperamilasemia. Lipase ajuda Dica

prática + questões: SEMPRE descartar CAD antes de definir PA ou abdome agudo cirúrgico Obs.:

Cetoacidose alcóolica também pode. Já o EHHNC não é capaz de simular “abdome agudo” Insuficiência

Suprarrenal:

Sintomas do TGI estão presentes em 92% dos casos, sendo DOR abdominal o principal
-Nas crises addsonianas (insuf aguda), pcte pode ter dor abdominal intensa/mal localizada, simula
abd. agudo. Dicas: hipotensão/choque, febre, ↓Na+, ↑K+, eosinofilia, hipoglicemia

Ruptura de Aneurisma de Aorta Abdominal:

Dor abdominal difusa ou localizada + hipotensão + massa abdominal pulsátil

Achados Intraoperatórios da Apendicite:

Fase edematosa ou catarral: apêndice está inflamado, mas não apresenta sinais de complicação Fase
flegmatosa ou úlcera flegmonosa: muito edemaciado por obstrução ao ret. venoso, linfático Fase
gangrenosa: presença de necrose transmural do apêndice (chicão: perfuração tamponada) Fase perfurativa:
perfuração tamponada / não-tamponada, do apêndice (chicão: perfuração livre)

Colite Isquêmica: Obs.: IC (70-75% dos casos), IMA (20-25%), IMC (5%)

Isquemia intestinal mais comum. Acomete vasos pequenos e distais (doença localizada)

Predomina nos idosos. Na maioria, uma causa precisa não é identificada = multifatorial
-A etiologia mais frequente é aterosclerose. É comum no PO de aneurisma aórtico

Quadro Clínico: dor abdominal (geralmente difusa … quando localizada, com predomínio em
19 of 18
QIE) + diarréia sanguinolenta e/ou hematoquezia + febre
Radiografia: “sinal das impressões digitais”, por edema de parede e sangramento → Thumbprints

Retossigmoidoscopia: é melhor exame, aspecto sugestivo de mucosa hemorrágica. 1°: Sigmóide


*Pegadinha: na IC, arteriografia de nada adianta, porque é uma doença microvascular

Tratamento: maior parte resolve espontaneamente, conduzidos com suporte clínico


-Cirurgia: peritonite, sangramento maciço, colite fulminante, colite crônica, estenose
-Se cirúrgico, técnica envolve: colectomia total / parcial, com / sem confecção de ostomias

Isquemia Mesentérica Crônica:

Mulher, Idosa + Angina mesent., Claudicação intest. + Emagrecimento (“medo de comer”) Obs.: a dor
se inicia 15-30 min após as refeições e dura, em média, entre 1-2 horas
-É uma doença obstrutiva crônica das artérias intestinais, resultado de aterosclerose

Diagnóstico: arteriografia com obstrução > 50% de pelo menos 2 das 3 artérias principais

Tratamento: revascularização cirúrgica ou angioplastia

Outra Forma de Classificar Pancreatite Aguda (MedCurso):

Edematosa 1 → Coleção Fluída Aguda Peri-pancreática (≤ 4 sem) x Pseudocisto (> 4 sem) Necrosante 2 →
Coleção Necrótica Aguda (≤ 4 sem) x Col. Necrótica Organizada (WON - > 4 sem)
*Intensivão: 1 TC com captação homogênea " 2 TC com captação heterogênea

Disfunções orgânicas (apostila pg. 50): surgem pela doença … pode ser: Renal (Cr > 2,0 mg/dL) "
Respiratória (PaO2 < 60 mmHg) " Hemodinâmica − Choque (PAS < 90 mmHg) " Hemorragia Digestiva (>
500mL/24h) " Hematológica-Metabólica llll Complicações sistêmicas: CIVD, Ca2+ < 7,5 ou (este não
aparece na apostila) doença de base que descompensou (ex.: DPOC, IC prévia)

Pâncreas Divisum:

Anomalia congênita. Não ocorreu fusão das partes ventral (cabeça) e dorsal (colo, corpo e cauda) do órgão.
Parte dorsal é drenada pelo D. de Santorini, com aumentos periódicos da pressão. 5-7%

Retinopatia de Purtscher (rara):

É um quadro de perda súbita da visão em pacientes com pancreatite aguda grave


-Na fundoscopia, é possível observar exsudatos algodonosos e hemorragia Escore

BISAP para Pancreatite:

BUN > 25 … Conversão: Uréia = BUN x 2,14 Impaired Mental Status


SIRS " Age > 60
Pleural effusion

EXTRAS - QUESTÕES:
Extra Apendicite x Tempo x Conduta: em algumas questões aparece quadro clínico com ΔTevolução “limítrofe”
de 48 hrs ou 2 dias e pergunta a conduta. Se o quadro for “clássico” + precoce + sem outros comemorativos,
ou seja, “de diferente” tem apenas ΔTevolução limítrofe, não precisa de exame para diagnóstico nem para
indicar cirurgia. Pedir TC se ΔTevolução maior que isso. Q3, Q28

20 of 18
Extra Fleimão, Abscesso, Plastrão: Fleimão é apenas o processo inflamatório em si, ou seja, inflamação do
tecido conjuntivo, pode evoluir para abscesso " Abscesso é o acúmulo localizado de material purulento em
uma cavidade delimitada " Plastrão é uma massa palpada ao EF. Pg. 3
Extra Doença Diverticular: ↑ingesta hídrica / fibras ± antiespasmódicos (refratário … ex.: pinavério)
Extra Diverticulite Aguda: em alguns casos em que o DD entre DA e CCR com obstrução é difícil, até pode
indicar enema e retossigmoidoscopia com ressalvas " enema contrastado até poderia ser feito se usar
contraste hidrossolúvel (bário nunca) … retossigmoidoscopia até poderia ser feita “sem subir muito” (∴
colono completa não), fazer sem insuflar ar e lentamente. MedSoft SCM-SP
Extra Dor na IMA: em questões, aparece como abdominal difusa ou região periumbilical. Q 15/Q 23
Extra Cirurgia na IMA: se QC típico de IMA (FA, dor abdominal intensa, hiperlactemia e acidose), operar o
mais rápido possível (= emergência). Não deve/pode esperar corrigir a acidose. Q18 C30
Extra Tratamento Trombose Veia Mesentérica: anticoagulação plena … heparina → ACO. Q44 C1
Extra Outras Medicações Relacionadas à PA: pentamidina e didanosina, 6-mercaptopurina e
azatioprina, furosemida e tiazídicos, metronidazol, sulfonamidas, tetraciclina, medicações anti-HIV
Extra Outras Etiologias de Hiperamilasemia: insuficiência renal, obstrução intestinal, perfuração visceral,
macroamilasemia, neoplasias, queimadura, lesão de glând. salivar, cetoacidose diabética
Extra Dor na PA: paciente com pernas e coxas fletidas sobre o tronco, porque sente melhora do quadro de
dor abdominal − posição genupeitoral ou atitude da “prece maometana”. Q14 C55
Extra PA com ↑ALT (TGP): se ALT > 150, possui boa especificidade e VPP para PA Biliar. Q25 C38
Extra Realimentação na PA: reintroduzir com cautela. Dicas: paciente não necessita mais utilizar analgesia
regular com opióide, apresenta peristalse, tem desejo de alimentar, queda das citocinas
Extra Diagnóstico da Necrose Infectada: pode suspeitar pela TC. Pâncreas normal aparece como um tecido
branco (hiperdenso) … Necrose fica enegrecida (hipodensa). Porém, se houver bolhas, sugere que a necrose
infectou. Se a TC não for sugestiva, o diagnóstico é por punção do tecido
Extra Pancreatite Crônica e Câncer: em paciente com alta probalidade de pancreatite crônica nem sempre é
possível excluir câncer pela clínica / imagem … logo, citologia por escovado de ducto pancreático é uma
conduta pertinente para DD. UFG 2006
Extra Sepse Abdominal: questão mostra quadro clínico e conduta em sepse abdominal. Q21 C13 Extra
Sinal de Chandelier: dor à mobilização do colo uterino. Indicativo, portanto, de DIP. Q43 C7
Extra Radiografia Abdome Agudo: alça sentinela → pode ser encontrada em diversas doenças inflamatórias
intestinais … sinal do cólon amputado → pode ser encontrado na PA, parece existir obstrução da porção
distal do cólon transverso com dilatação cranial, pela inflamação. PSU 2014
Extra Abdome Agudo Hemorrágico: abd. agudo com distensão abdominal e maciço à percussão denota
líquido livre na cavidade. Na questão, pcte usava ACO, pensar em hemorrágico. Q46 C45
Extra Pileflebite (“Trombose Séptica da Veia Porta”): é uma trombose infectada e supurativa da veia porta e
que pode ser complicação de sepse abdominal de qualquer etiologia na região de drenagem da porta.
Diagnóstico consiste em demonstrar trombo portal num paciente febril e com bacteremia. No passado,
Apendicite era a 1ª causa; hoje Diverticulite é a 1ª causa. Apesar de rara, pode em qualquer idade, QC
inespecífico (Dx. tardio). É grave. ATB + Anticoagular. Q8 C59
Extra Enterite Tuberculosa: TB ileocecal pode causar quadro abdominal agudo, crônico ou crônico
agudizado. Diagn. por colonoscopia + biópsia. Na questão, quadro de suboclusão intest. Q27 C36
RESUMO DA AULA

Intoxicação pelo CHUMBO

Fontes: Mineradora, Baterias, Automóveis, Tintas

21 of 18
Clínica: Dor abdominal, Sintomas neurológicos, Anemia, Linhas de Burton

Quelantes: Dimercaprol, DMSA, EDTA

PORFIRIA

O que: É um distúrbio metabólico na síntese do Heme

Clínica: Dor abdominal, Sintomas neuropsiquiátricos, HAS

PIA: DX: ↓HMB-Sintase, ↑PBG urinária " TTO: Carboidratos, Heme

Febre TIFÓIDE

Lembrar: Sinal de Faget " Complicações: Sangramento, Perfuração

Portador crônico: Litíase biliar " Método mais sensível: Mielocultura " Existe vacina? SIM

CLÍNICA DIAGNÓSTICO CONDUTA


Clínico:
Apendicite simples ou não
Blumberg, Rovsing,
Dor umbilical Migra complicada: apendicectomia
APENDICIT Dunphy … Total: 7
para FID Náusea -
E AGUDA
Anorexia Abscesso (> 4-6 cm?): Drenagem
Dúvida:
+ ATB + Colono ± Cirurgia tardia
TC ou USG

Clínico + TC (Hinchey) Não complicado: conservador

“Apendicite do I: abscesso pericólico II: Abscesso ≥ 4 cm: ATB +


DIVERTICULITE
lado esquerdo” abscesso pélvico III: Drenagem + Cirurgia eletiva
peritonite purulenta IV:
peritonite fecal Peritonite: Cirurgia de urgência
Fator de risco (FA) Embolectomia/trombectomia + avaliar
ISQUEMIA alça (preservar? ressecar?)
Suspeita clínica +
MESENTÉRIC Dor abdominal
Aortografia
A AGUDA desproporcional ao Se vasoconstrição: administrar
exame físico Papaverina intra-arterial

2 dos 3: 1: Causa e gravidade 2:


Dor epigástrica
PANCREATIT -Quadro clínico Tratamento
em barra (dorso)
E AGUDA -Amilase/lipase↑ 3: Manejo de complicações 4:
Vômitos
-Imagem radiológica Cuidados antes da alta

22 of 18

Você também pode gostar