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1. ANEMIA NA GESTAÇÃO. 54.

2. USO DE FÁRMACOS NA GESTAÇÃO. 55.


3. GESTAÇÃO PROLONGADA. 56.
4. HIPEREMESE GRAVÍDICA. 57.
5. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GRAVIDEZ 58.
6. ROTINA DE ASSITENCIA PRÉ-NATAL 59.
7. SINAIS DE ALERTA NO PA DA GESTANTE 60.
8. TOXOPLASMOSE 61.
9. RUBÉOLA 62.
10. TIREOIDOPATIAS NA GESTAÇÃO. 63.
11. PROFILAXIA STREPTOCOCCUS GRUPO B. 64.
12. HIV NA GESTAÇÃO. 65.
13. SÍFILIS NA GESTAÇÃO. 66.
14. CARDIOPATIAS NA GESTAÇÃO 67.
15. RCIU. 68.
16. 69.
17. 70.
18. 71.
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20. 73.
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ANEMIA NA GESTAÇÃO
3. Exames complementares
1. Anamnese:
Hemograma
( ) Nome, idade, paridade, DUM e IG.
- Hb < 11 e ≥ 10 – Anemia leve.
No segundo trimestre há maior diluição da Hb, e o
Hb < 10 e ≥ 8 – Anemia moderada
valor de corte diminui.
Hb < 8 – Anemia grave
( ) Questionar se frequenta as consultas de pré-natal
- Hematócrito – relação 3x a Hb – pode estar
de forma adequada.
diminuido.
( ) QD
- VCM E HCM – normo/normo; hipo/micro.
( ) Questionou sobre os sinais/sintomas decorrentes
Reticulócitos – diminuidos.
da anemia.
Cinética do Ferro
. Fraqueza/Astenia. . Tonturas.
Ferropriva: Fe sérico – diminuído; TIBC – aumentado;
. Zumbidos. . Dispneia.
Transferrina sérica – aumentada; Saturação de
. Cefaleia. . Irritabilidade.
transferrina – diminuída; Ferritina sérica – diminuída.
. Intolerância aos exercícios. . Lipotimia.
(A ferritina é o primeiro parâmetro a se alterar;
. Anorexia.
valores < 15ng/mL são diagnósticos de AF e maiores
. Pica – perversão de apetite por terra, barro, papel.
de 100ng/mL excluem AF).
. Pagofagia – perversão para gelo – específico.
. Inquietude – síndrome das pernas inquietas.
4. Tratamento.
( ) Questionou sobre sinais/sintomas/hábitos que
( ) Mudança de hábitos alimentares.
indiquem uma etiologia.
( ) Diagnóstico e tto de causas de perda sanguínea.
. Última gestação há quanto tempo, complicações e
( ) Controle de infecções.
via de parto.
( ) Suplementação de ferro de acordo com a
. Ingestão de carnes e sobre alimentação em geral.
gravidade do quadro:
. Avaliou se a suplementação de ferro está sendo feita
- Sem anemia (Hb ≥ 11): profilaxia com 40 mg de Fe
de forma adequada – 1 cp de SF/ dia.
elementar/ dia + 400µg de ácido fólico antes das
. Hemorragias: Uterino (menorragia, parto); TGI
refeições.
(hematoquezia, melena, enterorragia, hemorroidas
- Anemia leve: 120 a 240 mg de Fe elementar/ dia.
sangrantes); Pulmonar (hemoptise); TU (hematúria).
- Anemia moderada: 160 a 240 mg de Fe
. Dores abdominais e outros sinais/sintomas presentes
elementar/dia.
nas verminoses.
- Anemia grave: Neutrofer/ Noripurum 3 – 4 ampolas
( ) Questionou sobre os antecedentes pessoais.
+ 500 mL de SF – correr lento em 2h – 1x/semana.
. Presença de doenças disabsortivas (enteropatia por
(2 ampolas aumentam em média 0,5g/dL da Hb).
glúten, DII..); neoplasias. ( ) Repetir exames e avaliar resposta ao TTO.
. Antecedentes cirúrgicos: gastrectomias, ressecções ( ) Manter terapia oral até 3 meses após correção da
intestinais. anemia
( ) Realizar diagnósticos diferenciais – anemia
2. Exame físico hemolítica – se não apresentar resposta.
( ) Geral: . Palidez cutâneo/mucosa.
. Baqueteamento digital.
. Coiloníquia (unhas em forma de colher). Considerações
. Atrofia das papilas linguais/ Glossite atrófica. - A gestação única necessita de 300 a 800 mg de Fe
. Queilite angular. para o feto e 500mg para a placenta – Necessidade
. Cabelos finos de enfraquecidos. diária de 27mg/dia.
. Edema de mmii. - Consequências – baixo peso e prematuros
ACV: . Taquicardia/ Hipertensão/ Sopro (diminuição da circulação uteroplacentária).
cardíaco(sistólico). - Hb < 6 cursa com diminuição do LA, vasodilatação
. AR: . Dispneia. cerebral e alterações da FC fetal.
. Adenomegalias; esplenomegalia; hepatomegalia;
icterícia – pesquisar outras anemias.
( ) Obstétrico – Medida da AU; Leopold; Ausculta BCF.
GESTAÇÃO PROLONGADA Com mecônio – cesárea.

. Pós datismo – gestações que ultrapassam a DPP –


. Fluoxograma:
necessitam de cuidados especiais visando a vitalidade
fetal.

. Gestação prolongada – gestação que ultrapassa 42


semanas – patológico – riscos maternos e fetais.

. FR – ciclos menstruais irregulares (ovulação incerta),


utilização de ACO, não ter US precoce para datar.

. Etiologia – falha na deflagração do TP:


- Idade materna avançada; primigestas.
- Fatores fetoanexiais: anencefalia; def de sulfatase
placentária.
- Excessiva atividade endócrina placentária: aumenta
progesterona (miorrelaxante).
- Fatores do miométrio (adenomiose) e cervicais (colo
refratário ao estímulo do colo).

. Riscos fetais – aumento do risco de mortalidade;


oligoâmnio; mecônio ante e intraparto; macrossomia
fetal – aumento de distócias.

. Riscos maternos – aumento de lesões perineais;


aumenta cesárias e complicações associadas.

. Diagnóstico – anteparto – conhecer bem a IG.


- Após o parto – características do RN.

. Conduta – o objetivo é diagnosticar a insuficiência


placentária precocemente e evitar danos ao feto.
- Vigilância da vitalidade fetal: inicia com 40sem + 1.
-> Movimentação fetal.
-> AU – diminuída indica olioâmnio.
-> Apojadura – mama encher de leite, e este sair à
expressão, indica insuficiência placentária.
-> CTG – atentar às desacelerações variáveis causadas
pelas compressões do cordão quando há contração ou
movimentação fetal – indica oligoâmnio (não é DG).
Atentar ao padrão de variabilidade comprimido.
É o primeiro parâmetro a se alterar, pois é sensível à
hipóxia.
-> PBF – volume do LA - < 5 oligoâmnio; < 2
oligoâmnio severo (indica cesárea).
-> Doppler – se houver alterações no PBFC.

. Indução do TP – Colo impérvio – acompanhamento


com vigilância.
Oligoâmnio – preparo do colo + indução do TP +
amnioscopia.
- Colo pérvio com BISHOP > 6 – amnioscopia +
ocitocina para indução.
Se houver mecônio – cesárea.
- Colo pérvio com BISHOP ≤ 6 – amnioscopia
Sem mecônio – reavaliação em 3-4d.
HIPEREMESE GRAVÍDICA Diagnósticos diferenciais
( ) gastroenterites, apendicite, pancreatite, hepatite,
. Definição: síndrome com persistência de náuseas e obstrução intestinal, nefrolitíase, doença vestibular,
vômitos que iniciaram antes de 20 sem de gestação, enxaqueca, distúrbios psicossomáticos, intoxicações,
associada à perda de peso ( > 5%), desidratação, DHE, neuropatias, tumores cerebrais, cetoacidose
cetose e cetonúria, na ausência de outras causas. diabética, Addison, DTG.
. Epidemio: mais comum entre 6 – 14 sem. Acomete 2
a cada 1000 gestantes. Tratamento hospitalar
. Etiologia: fatores endócrinos, imunológicos e ( ) Medidas gerais – controle de peso e diurese;
psicossomáticos. - Jejum de 24 – 48h com evolução progressiva para
dieta;
Anamnese - Hidratação parenteral de acordo com o grau de
( ) Nome, idade, DUM e IG. desidratação ( 2L – 4L em 24h);
( ) FR: primigestas jovens, obesas, gemelares, DTG, - Repor B6, Cálcio, K e tiamina se reposição venosa
história pregressa do quadro. prolongada.
( ) Sinais e sintomas: ( ) Medicamentos (caso não melhore)
- Vômitos após ingestão de alimentos por 2 – 4 - Antieméticos – metoclopramina/ondansetrona.
semanas, com depleção de água e eletrólitos, mas Metoclopramina – 10 mg, VO, VR, IM ou EV 6/6h – 8/8h
sem importante alteração nutricional (média). Ondansetrona – 8mg, VO 12/12h/ EV lenta por 15 min a
- Vômitos persistentes que obrigam ao jejum. Vômitos cada 12h/ 1mg/h por no máximo 24h.
sem ingestão de alimentos (grave). - Anti-histamínicos – dimenidrinato + piridoxina/
prometazina.
Exame físico Dimenidrinato – 50 a 100mg, VO ou EV 4-6h máx 200/dia.
Prometazina – 12,5 a 25mg, VO, IM ou EV a cd 4-6h.
( ) Perda ponderal de cerca de 5% (média) ou >
- B6 – piridoxina.
(grave).
Piridoxina – 30 a 70 mg/dia.
( ) Sinais de desidratação: discretos (média); face e
- Sedativos (refrat) – diazepan/clorpromazina.
olhos encurvados, língua áspera, mucosas secas, pele
- Corticoide (refrat) – metilprednisolona.
sem turgor e inelástica (grave).
Metilprednisolona – 15 a 20mg EV a cada 8h.
( ) FC < 100 (média); pulso fino, rápido e > 100 bpm, ( ) NPT – casos excepcionais – se > 48h repor vit C e
extremidades frias (grave). complexo B.
( ) Oligúria/IRA (grave).
( ) Letargia, convulsões, PCR – hiponatremia (grave). Complicações
( ) Polineurite com fraqueza muscular acentuada – ( ) Encefalopatia de Wernicke - devido à espoliação de
def vitamínica (grave). tiamina (B1) – diminuição do NC e memória,
( ) Psicose com alucinações – sinal de Korsakoff nistagmo, ataxia.
(grave). ( ) Síndrome de Mallory-Weiss – laceração da junção
esofagogástrica secundária à vômitos incoercíveis.
Exames complementares ( ) Rotura do esôfago com pneumomediastino.
Inespecífico, objetiva avaliar complicações.
( ) Hemograma – hemoconcentração/anemia.
( ) TGO/TGP; Amilase; Lipase; BT – aumentadas.
( ) Ureia e Cr – aumentadas.
( ) Glicose – diminuída.
( ) Proteínas – diminuídas.
( ) Tiamina – baixa.
( ) HT – TSH diminuído e T3/T4 altos.
( ) Eletrólitos – Cl, K, Na diminuídos.
( ) Gaso – alcalose metabólica.
( ) Urina – alta densidade, cetonúria.
( ) US ABD – diagnóstico diferencial.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA GRAVIDEZ Alterações cardiovasculares
. Aumento do DC (30/40%) e da FC (10-15).
Alterações cutâneas
. Diminuição da PA (10 a 15mmHg); da RVP; do
( ) Estrias – estiramento da pele (fibras colágenas) e
retorno venoso; da pressão capilar coloidosmótica
diminuição da hidratação da pele.
(edema); pressão capilar pulmonar (edema
( ) Eritema palmar – aumento do estrogênio.
pulmonar).
( ) Telangiectasias - aumento do estrogênio.
( ) Arritmias.
( ) Linha nigrans - aumento do estrogênio, da
( ) Síndrome da hipotensão supina.
progesterona e do alfa-MSH.
( ) Sopros cardíacos.
( ) Cloasma - aumento do estrogênio, da
( ) Maior probabilidade de congestão pulmonar.
progesterona e do alfa-MSH.
Alterações hematológicas
Alterações osteoarticulares
. Aumento do vol plasmático (40-50%); do vol
( ) Lordose lombar e marcha anserina – peso adicional
eritrocitário (20-30%); leucocitose relativa; agentes
da gravidez.
pró coagulantes; fibrinogênio (50%); fatores de
( ) Compressões radiculares e lombalgia – alterações
coagulação VII, VIII, IX, e Vw.
posturais.
. Diminuição da viscosidade sanguínea, do Ht (30%);
( ) Desconforto e dormência nos MMSS – alterações
quimiotaxia e aderência de leucócitos; sistema
posturais.
fibrinolítico.
( ) Maior mobilidade das articulações pélvicas –
( ) Hemodiluição (anemia dilucional).
embebição gravídica.
( ) Melhora do QC de algumas doenças autoimunes.
( ) Infecções urinárias e pneumonias.
Alterações mamárias
( ) Aumento da incidência de fenômenos trombóticos.
( ) Estrias.
( ) Pigmentação da aréola primária – aumento do
Alterações metabólicas
estrogênio, da progesterona e do alfa-MSH.
. Aumento do útero, crescimento das mamas, volume
( ) Tubérculos de Montgomery - aumento do
sanguíneo e do líquido extravascular, e alterações
estrogênio, da progesterona e da prolactina.
metabólicas que aumentam a água celular, deposição
( ) Rede de Haller - aumento do estrogênio, da
de proteínas e gorduras; de proteínas totais; secreção
progesterona e da prolactina.
endógena de insulina; lipídios totais, colesterol e
( ) Sinal de Hunter - aumento do estrogênio, da
triglicerídeos; TBG, T3 e T4.
progesterona e do alfa-MSH.
. Diminuição da pressão coloidosmótica intersticial,
dos AA, da concentração de albumina, níveis
Alterações uterinas
plasmáticos de AG, do cálcio e mg, do ferro, do iodo e
( ) Crescimento uterino – aumento do estrogênio e
do TSH.
em menor grau da progesterona.
( ) Ganho ponderal de 12,5 kg.
( ) Hipertrofia e hiperplasia dos ligamentos redondos,
( ) Retenção de água (edema).
uterossacros e largos - aumento do estrogênio e em
( ) Hiperinsulinemia.
menor grau da progesterona.
( ) Anemia ferropriva.
( ) Aumento da vascularização e de linfáticos -
( ) Hipertireoidismo subclínico.
aumento do estrogênio e em menor grau da
progesterona.
Alterações TGI
. Aumento da FA, saturação de colesterol e
Alterações respiratórias
vascularização gengival.
( ) Dispneia fisiológica – aumento do consumo de
. Diminuição do peristaltismo intestinal, do
oxigênio (20%) e diminuição da capacidade residual
esvaziamento gástrico, do tônus do esfíncter
funcional (25%).
gastroesofáfico e da contração da VB.
( ) Congestão nasal – aumento pO2 arterial.
( ) Pirose.
( ) Alcalose respiratória compensada – aumento da
( ) Constipação intestinal.
ventilação minuto e diminuição da pCO2 arterial.
( ) Aumento da litíase biliar.
( ) Dificuldade na IOT – ângulo laríngeo + edema
( ) Varizes hemorroidárias.
laríngeo.
( ) Sangramento gengival.
( ) Alterações da gaso – edema de VA.
Alterações urinárias ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NO PRÉ NATAL
. Aumento da TFG, da reabsorção de sódio (ação da
aldosterona), do diâmetro do ureter e da pelve renal. 1. Anamnese
. Diminuição da ureia e creatinina plasmáticas, da ( ) Nome, idade, paridade, DUM e IG.
reabsorção tubular de glicose e do tônus vesical. ( ) Queixas e sinais de alarme.
( ) Glicosúria fisiológica.
( ) Aumento da incidência de ITU. 2. Exame físico
( ) Aumento da frequência urinária. ( ) Geral, obstétrico e especular.
( ) Incontinência.
3. Conduta
( ) Orientações dietéticas:
- Dieta fracionada.
- Evitar tempos prolongados de jejum (3-4h).
- Aumentar a ingesta hídrica.
- Não comer peixe > de uma vez por semana – metais
pesados.
( ) Orientações quanto ao ganho de peso – O ideal
depende do IMC:
- IMC normal – até 12 kg;
- IMC baixo – até 15kg;
- IMC alto – até 9kg;
( ) Exercícios físicos moderados.
( ) Orientações quanto à profilaxia de toxoplasmose.
( ) Orientações higiênicas.
( ) Fazer o uso correto das medicações profiláticas –
SF e AF (3m antes de engravidar – 12 sem de
gestação).
( ) Prescrever Iodo desde o início da gestação – Iodara
60 mcg.
( ) Cuidados com as mamas.
( ) Cessação de tabagismo, uso de drogas e
álcool.
( ) Orientar a procurar ajuda médica sempre que:
tiver sangramento, perda líquida ou dor.
ROTINA DE ASSITENCIA PRÉ-NATAL . Tireoide – aumento de tamanho.
(Sempre questionar se é a primeira consulta . Mama – aumento do peso, volume e turgor;
paciente no pré-natal, isso não significa que seja hipertrofia das glândulas de Montgomery e
no primeiro trimestre). morfologia aréolo-mamilar (sinal de Hunter); rede
venosa de Halter.
1 ( ) Se apresentou e cumprimentou a paciente.
2 ( ) Realizou a anamnese, questionando: 5 ( ) Realizou exame obstétrico:
ID: nome; idade; profissão; estado civil. . ABD – inspeção; medida da AU (bexiga vazia);
HMA: DUM – calcular TA e DPP palpação uterina (10-12 sem SP/ 16sem entre SP
. Sintomas relacionados ao início da gravidez: e CU/ 20 sem CU); sinal de Piskacek (assimetria
vômitos, sonolência, constipação, irritabilidade, uterina); Manobras de Leopold:
vontade de comer alimentos não habituais. 1 – Delimitar o fundo uterino e qual polo fetal o
. Sintomas de risco à gravidez: sangramentos, ocupa.
perda de líquido, secreções vaginais e queixas 2 – Determinar a posição fetal – importante para
urinárias. ausculta.
. Aspectos psicossociais da gravidez: planejada ou 3 – Exploração da mobilidade da apresentação no
não, aceitada ou não. estreito superior – grau de penetração
. Movimentação fetal (16sem mult e 20sem pimi) alta/insinuada.
AP: Hábitos de vida: atividade física, tabagismo, 4 – De costas para a paciente – avaliar o grau de
uso de drogas, álcool. – Quantidade e frequência. penetração no estreito superior.
. Patologias e medicamentos em uso.
. Se a vacinação está em dia – hep B, tétano e
influenza.
AO: Paridade; intercorrências em gestações,
parto e puerpério anteriores.
Intervalo interpartos.
Menarca e ciclos menstruais.
Vida sexual e uso de anticoncepção.
Presença de DST.
. Anamnese do parceiro.
. Ausculta do BCF – 10 a 12 sem com sonar e 20
sem com pinard. FCF entre 110 e 160.
3 ( ) Avaliação de risco:
Alto risco – doenças de base graves, histórico de
6 ( ) Realizou o exame especular e toque vaginal:
gestações anteriores com complicações
. Na inspeção observa-se coloração arroxeada do
importantes, dependência de TTO mais elaborado
vestíbulo e da parede anterior da vagina, a partir
(insulina, por exemplo).
da 8º semana – sinal de Jacquemier.
. Coleta de material para citologia – se indicado.
4 ( ) Realizou o exame físico:
. Coleta de cultura – se indicado.
. Geral – sinais vitais; mucosas; AR; ACV; MMII
. Toque vaginal – sinal de Hegar(corpo sobre
(varizes e edema).
colo); sinal de Nobile-Budin (fundo de saco
. PA deitada e sentada.
preenchido); Sinal de Goodel(colo amolecido);
. Peso e altura -> IMC – avaliar ganho de peso de
sinal de Osiander (pulso da artéria vaginal); sinal
acordo com IMC:
de Puzos (rechaço fetal – 14sem).
1º T – 0,5 kg/sem
2º e 3º T – 0,5 kg/sem se IMC < 18,5;
7 ( ) Solicitar exames complementares:
0,4 kg/sem se IMC entre 18,5 a 24,9;
(Avaliar os anteriores em todas as consultas).
0,3kg/sem se IMC entre 25 e 29;
. β-hCG -> detectado no sangue periférico entre 8
0,2kg/sem se IMC ≥ 30.
a 11 dias após a concepção. O pico ocorre por
IMC normal até 12kg; IMC baixo até 15kg e IMC
volta de 60 – 90 dias (8-10sem).
elevado até 9kg.
< 5mUI/ mL – negativo; > 25mUI/mL – positivo.
. Face – sinal de Halban (lanugem); cloasma;
. Hemograma completo -> 1º normal, repetir
hipertrofia gengival.
trimestral.
. Tipagem sanguínea – ABO e Rh –> 1º/Parto. Atividade sexual só deve ser evitada se causar
. Coombs indireto – se paciente Rh + e parceiro desconforto à paciente;
Rh (-) -> repetir a cada 3 meses até fazer Cessar o tabagismo e alcoolismo (nenhuma
imunoglobulina com 26-28sem. Repetir no pós quantidade é segura).
parto. Higiene: evitar irrigações vaginais.
. Glicemia de jejum -> 1º/3ºT se não fez GTT. Estéticas: cuidados com as mamas (exposição
. GTT -> 24 a 28 sem. solar); hidratação adequada (VO e tópica).
. HIV –> 1º/3ºT e parto. Sinais de alarme: sangramento via vaginal;
. Teste treponêmico/VDRL -> 1º/3ºT e parto. Perda de líquidos via vaginal;
. HBsAg –> 1ºT Mobilograma diário;
. Anti-HCV –>1ºT Procurar o médico se houver queixas urinárias,
.Toxo IgG e IgM –> 1ºT se susceptível trimestral. febre, dispneia importante, etc.
. Urina 1 – se queixas.
. Urocultura – 1º/2º/3º T ; se ITU – mensal.
. Parasitológico de fezes – 1º T – anemia, pré-
termo, não ganha peso.
. Citologia oncótica – seguir rotina.
. TSH – se risco/FR.
. US obstétrico –> 1) TV após confirmação
laboratorial de gravidez – IG; local de
implantação (SG 4 sem/ Embrião 6sem).
2) TV com 11 – 14 sem – IG (CCN); TN; Vitalidade
fetal (BCF).
3) 18 – 24 sem – morfológico; IG (fêmur e
diâmetro biparietal); biometria, volume de
líquido amniótico, grau de maturidade
placentária.

8 ( ) Orientou a paciente:
Dieta: alimentação deve ser equilibrada e
fracionada. Hiperproteica (1g/kg/dia),
hipoglicídica e hipolipídica.
. Sempre lavar bem os alimentos e evitar os
alimentos crus.
. Não comer peixe > 1vez/sem – metais pesados.
. Suplementação de SF : 40 mg Fe/dia = 1 cp de
200mg de SF a partir de 20 sem até o término da
lactação ou 2 – 3 meses pós parto.
. Suplementação de ácido fólico: 5mg/dia
iniciando 3 meses antes da gestação até o fim do
1ºT. (0,4mg/dia para pop geral e 4mg/dia para
usuárias de anticonvulsivantes).
. Suplementação de iodo: Iodara 60mcg/dia.
. Aumentar a ingesta de cálcio para 1,4g/dia.
Reposição se baixa ingesta + risco de HAS.
. As reposições de outras vitaminas só deverão
ser feitas se houver deficiência comprovada.
Atenção à VIT A que é teratogênica em doses
altas (> 10.000 U/dia).
Gerais: exercícios físicos moderados;
Evitar exposição à radiação e medicamentos
teratogênicos;
SINAIS DE ALERTA NO PA DA GESTANTE QUEIXAS COMUNS NA GESTAÇÃO

DOR: localização, irradiação, caráter, intensidade,


NÁUSEA E VÔMITO: mais comum no início da
duração, evolução, sintomas associados, fatores
gestação, de manhã, ao acordar ou após jejum. Piora
desencadeantes e agravantes, fatores de alívio,
com estímulos olfatórios e gustativos.
relação com funções orgânicas.
Conduta: dieta fracionada, preferir alimentos secos
. Associação com contração.
ricos em carbo, eliminar frituras e condimentos e não
. Baixo ventre/ hipogástrica – isolada ou disúria inicial
ingerir líquidos com as refeições. Explicar que é
pode ser devido à compressão uterina; ITU – micção
fisiológico e diminui a frequência durante a gestação.
toda dolorosa, tenesmo vesical.
Medicamento: Metoclopramina – 10 mg, VO, VR, IM ou
. Lombalgia – leve a moderada e mais intensa no final
EV 6/6h – 8/8h.
do dia, é comum no fim da gestação, normalmente PIROSE: fracionar a dieta e evitar grandes quantidades
não há sintomas associados e melhora com repouso. de alimentos; evitar alimentos irritantes; não se deitar
Se houver febre, calafrios e/ou queixas recentes de após comer; na crise beber pouca quantidade de
ITU baixa diagnosticar pieonefrite. líquido gelado.
. Cefaleia – medir a PA; atenção à posição antálgica Medicamento: IBP.
occipital. CONSTIPAÇÃO: aumentar a ingesta de fibras e de
Se holocraniana/ frontal – desidratação, tensional. água.
Medicamento: supositório de glicerina.
PERDAS VAGINAIS: = exame especular. HEMORROIDAS: melhorar a higiene local; não realizar
. SANGRAMENTO: há quanto tempo; quantidade; esforços excessivos; manter alimentação e hábito
periodicidade; ativo ou intermitente; relação com intestinal adequados;
esforço, contração ou perda do tampão; se é o Medicamento: tópico com corticoide e anestésico.
primeiro episódio; EDEMA DE MMII: DLE; evitar ficar muito tempo em
- O sangramento da dilatação cervical pode ser de pé; não se deve realizar restrição hídrica ou uso de
grande quantidade, mas não é ativo. diuréticos no edema fisiológico da gravidez.
EDEMA GENERALIZADO: pesquisar proteinúria e HAS.
. LÍQUIDA: quantidade, aspecto, odor, cor, VARICOSIDADES: utilizar meias elásticas, elevar os pés
periodicidade. ao deitar e evitar ficar muito tempo em pé.
- Urina; CÃIBRAS: estiramento súbito da musculatura por
- LA: grande quantidade, contínuo ou recorrente; diminuição do cálcio e aumento do fosfato. Evitar
- Leucorreia fisiológica: calcinha úmida, mas não alongamentos excessivos e permanecer na mesma
encharca. posição por muito tempo.
- Tampão mucoso: geleia, clara de ovo, sem odor e Crise: calor, massagem, flexão e extensão do pé.
sem prurido. Medicamentos: hidróxido de alumínio (diminui a
absorção de fosfato).
MOVIMENTAÇÃO FETAL: = vitalidade – CTG + USG SINTOMAS URINÁRIOS: frequência, urgência e disúria
Há quanto tempo não sente mexer; relação com jejum inicial – compressão.
prolongado; outros sintomas associados. TONTURA/VERTIGEM: evitar locais quentes e pouso
Auscultar o BCF por 10 min – se aceleração ou arejados; respirar profunda e pausadamente até
desaceleração parar o dinâmica e ir imediatamente passar; não ficar em jejum prolongado.
para CTG. FADIGA: repouso; DD com anemia.
LOMBALGIA: postura adequada, exercícios de
CONTRAÇÕES: TP é caracterizado por contrações relaxamento muscular.
rítmicas + mudança ou trabalho cervical. LEUCORREIA: comum e fisiológico; avaliar as
Realizar dinâmica e identificar a fase: características e sintomas associados.
BH – sem ritmo; CEFALEIA: paracetamol; antienxaquecosos são CI.
Pródromo – contrações rítmicas, não dolorosas, sem
trabalho cervical.
Latente – contrações dolorosas e início do trabalho
cervical.
Ativa – contrações vigorosas, rítmicas, dolorosas, com
dilatação cervical > 4cm.
TOXOPLASMOSE . EC: PCR do LA a partir de 16 sem é o padrão ouro.
AE: toxoplasma gondii – parasita intracelular que Sensibilidade de 64 a 98,8%.
existe sob as formas de oocisto (encontrado em fezes
de gato), taquizoítos (forma infectante presente na 5( ) Tratamento:
fase aguda) e bradzoítos (crescimento lento em cistos . Infecção materna:
teciduais). Espiramicina 1g 8/8h VO até o parto (3g/dia).
Transmissão: ingestão de oocistos em alimentos, solo, . Infecção fetal:
água e/ou de bradzoítos em carnes cruas. Pirimetamina 25mg 12/12h VO +
Epidemio: acomete 0,2 a 1% das gestações. Infecções Sulfadiazina 1.500mg 12/12h VO +
prévias só apresentam risco de transmissão se a mãe Ácido folínico 15mg/dia VO
for imunocomprometida. Intercalar 3 semanas com um esquema e 3 semanas
com outro, sendo a partir de 37 sem apenas a
1( )Quadro Clínico: maioria assintomática/subclínica. espiramicina (sulfa apresenta risco de kernicterus).
- Sintomas inespecíficos: fadiga, mialgia, . Realizar controle hematológico periódico.
linfadenopatia, rash, febre. . US quinzenal.
- Imunocomprometidas (HIV/AIDS): encefalite, lesões
no SNC, pneumonias. 6( ) Prognóstico:
Maioria assintomático ao nascimento. Baixo peso;
2( ) Diagnóstico: sorologia hidrocefalia; microcefalia; coriorretinite; cegueira;
IgM: surge na primeira semana de infecção e hepatoespleno;
geralmente declina em meses, mas pode persistir por Tardias: atraso no desenvolvimento; dificuldade de
anos. aprendizado; coriorretinite de repetição.
IgG: surge em 2 semanas, pico em 6 – 8 semanas e
declínio nos 2 anos seguintes. IgG ascendente no 7( ) Prevenção:
período de 2 semanas indica infecção aguda. . Não comer carne crua ou malpassada;
IgA: surge em 7 dias e dura meses. . Preferir carnes congeladas;
. IgG (-) e IgM (-): susceptível. . Não comer ovos crus ou malcozidos.
Conduta: sorologia a cada 2 – 3 meses até o parto + . Beber somente água filtrada;
prevenção primária. . Lavar bem os alimentos;
. IgG (+) e IgM (-): Imune/infecção crônica. . Cuidado na manipulação dos alimentos;
Conduta: PCR do LA apenas nas . Evitar contato com gatos e fezes.
imonucomprometidas.
. IgG (-) e IgM (+): Infecção aguda/falso +.
Conduta: Solicitar IgA (<4sem) ou iniciar TTO com
espiramicina 1g 8/8h e repetir a sorologia em 3 sem –
se houver aumento da IgG confirma o diagnóstico.
. IgG (+) e IgM (+): Infecção aguda/infecção crônica.
Conduta: Fazer teste de avidez de IgG na mesma
amostra de sangue (<16 sem):
IgG < 30% (baixa avidez) – infecção aguda.
IgG > 60% (alta avidez) – infecção antiga.
Entre 30 e 60 – considerar aguda.

3( ) DD: mononucleose, rubéola, sífilis,


citomegalovirose, TB e parvovirose.

4( ) Diagnóstico de infecção fetal:


. QC: tríade clássica da toxo congênita: coriorretinite +
calcificações intracranianas + hidrocefalia.
. US: pode ser normal; calcificações intracranianas,
microcefalia, hepatoesplenomegalia,RCIU e
placentomegalia.
RUBÉOLA . CAT 2: púrpura, hepatoesplenomegalia, icterícia,
AE: vírus da rubéola; RNA togavírus, com microcefalia, retardo do desenvolvimento NPM,
glicoproteínas E1 e E2 no envelope. meningoencefalite, doença óssea.
Transmissão: secreções respiratórias; incubação de 2 CASO CONFIRMADO: evidência clínica + laboratorial.
semanas e período de transmissão de 1 sem antes do CASO PROVÁVEL: s/ evidência laboratorial, com 2
início do QC até 5 -7 dias após o exantema. achados da CAT 1 ou 1 da CAT 1 + 1 da CAT 2.
Epidemio: Pico de incidência no final do inverno e CASO SUSPEITO: clínica evidente, mas sem preencher
início da primavera. os critérios.
INFECÇÃO: lab (+) sem clínica.
1( )Quadro Clínico:
. Pródromos de febre, linfadenopatia, artralgia, 5( ) Tratamento: Não há.
queixas respiratórias; 20 a 50% são assintomáticos.
. Rash cutâneo que se inicia na face e evolui para 6( ) Prognóstico: As sequelas oftalmológicas e
tronco e extremidades. neurológicas são comuns.
. Complicações (raras): encefalites, neurites,
trombocitopenia hemorrágica, conjuntivite. 7( ) Prevenção:
. Reinfecção é raro e o acometimento fetal depende . Primária: vacinação de mulheres em idade
da viremia materna. reprodutiva (VVAT) + anticoncepção até um mês após
a vacinação.
2( ) Diagnóstico: sorologia: Vacinação no puerpério, se susceptível.
. IgM: começa a subir no 4º/5º dia do início do rash e Infância – tríplice com 12 meses + reforço com 4-6
persiste por 6 semanas. Portadores crônicos podem anos.
persistir por até 1 ano.
. IgG: pico em 1 a 2 semanas após o início do QC.
Isolamento viral só é possível na fase aguda, não é
realizado de rotina devido ao alto custo.

3( ) DD: parvovirose, mononucleose, fator


reumatoide.

4( ) Diagnóstico de infecção fetal:


. O vírus da rubéola é altamente teratogênico, mas
nem todos os casos (mesmo com passagem
transplacentária) terão repercussões.
CLÍNICA
. Tríade da rubéola congênita: anormalidades
cardíacas + catarata + surdez.
- Entre os defeitos cardíacos têm-se defeitos do septo
IV, ducto arterioso patente, estenose pulmonar e
coarctação de aorta.
COMPLEMENTARES
. PCR e IgM (>22sem) após 6 sem do início do quadro
materno. Pode ser realizado biópsia de vilosidade,
amniocentese ou cordocentese.
. US: anormalidades cardíacas, hidrocefalia,
microcefalia, LA com alterações volumétricas.
. PÓS NATAL: RX: alterações do esqueleto,
meningoencefalite, microcefalia.
CLASSIFICAÇÃO
. CAT 1: catarata, glaucoma congênito, malformações
cardíacas, surdez, retinopatia pigmentar.
CITOMEGALOVÍRUS HERPES
AE: citomegalovírus – família herpesviridae. AE: família herpes vírus – α, β, γ. HSV1 (oral) HSV2
Transmissão: por contato íntimo, órgãos e tecidos (genital).
transplantados. Transmissão: contato. Incubação de 2 a 20 dias.
Há a possibilidade de reinfecção por outras cepas. Epidemio: úlcera genital + comum.
Epidemio: causa importante de surdez e déficit
neurológico na infância. 1( )Quadro Clínico:
Acomete 0,2 a 2,5% dos nascidos vivos. . Primeiro episódio não primário – já pegou um
sorotipo e agora pegou outro.
1( )Quadro Clínico: . Infecção recorrente.
. Maioria assintomático. . Pródromo: paresteria precursora.
. Mononucleose-símile. . Disúria, linfanedopatia, corrimento uretral e vaginal.
. Lesão: vesículas -> úlceras -> crostas (2-3 sem de
2( ) Diagnóstico: sorologia: evolução).
. IgM: agudo.
. IgG: necessário a avidez 2( ) Diagnóstico: Clínico já é suficiente para iniciar
- Baixa (<30%) – 8 a 12 sem da infecção primária. TTO.
- Alta (>65%) – infecção há > 6 meses. . PCR – padrão ouro.
. Microscopia eletrônica.
3( ) Diagnóstico de infecção fetal: . Cultura do vírus.
. A transmissão para o feto pode ocorrer via . Elisa/ western blot.
transplacentária, durante o parto pelo contato ou . Tzanck (raspado) – baixa sens e esp.
após o nascimento pelo aleitamento.
CLÍNICA 3( ) DD:
. RCIU, hepatoesplenomegalia, petéquias, icterícia, . Úlcera dolorosa – herpes e cancro mole (secreção
coriorretinite, trombocitopenia, anemia, alterações no fétida).
SNC, alterações cardíacas e óbito fetal. . Úlcera indolor – sífilis (borda regular e fundo liso) e
DIAGNÓSTICO donovanose (sangrante).
. PCR do LA.
4( ) Diagnóstico de infecção fetal:
4( ) Tratamento: da criança: . Herpes neonatal é uma condição rara, grave; com
. Ganciclovir por 12 meses. 70% de transmissão pelo canal de parto.

5( ) Prognóstico: 5( ) Tratamento:
As sequelas (deficiência visual ou auditiva, convulsões, . Analgésicos; banho de assento; gel de lidocaína.
déficits, paresias e paralisias) são mais comuns em . Aciclovir 400mg 8/8h VO por 7 – 10 dias.
crianças sintomáticas. . Valciclovir 1g 8/8h VO por 7 – 10 dias.
. Fanciclovir 250mg 8/8h por 7 – 10 dias.
6( ) Prevenção:
Orientações higiênicas e evitar contato com pessoas SUPRESSÃO – para recorrentes.
infectadas. . Aciclovir 400mg 12/12h até nascer.

CONDUTAS OBSTÉTRICAS
. Lesão ativa – parto via alta.
. Amamentação não é CI, exceto se lesão ativa no
mamilo.
ITU NA GESTAÇÃO
. FR: anemia moderada/grave (diminuição da QUIMIOPROFILAXIA
imunidade – aumenta ITU – prematuridade). . 3 ou > ITU comprovadas por exame, durante a
. Epidemio: a prevalência é = as não gestantes, gestação.
contudo nestas há mais complicações. . Urocultura atual negativa.
. Alterações fisiológicas: - diminuição do tônus vesical . Nitrofurantoína 100mg 1 cp/dia.
(resíduo); . Cefalexina 500mg 1 cp/dia até 6 sem pós parto.
- Refluxo vesicoureteral (Ascenção – pielonefrite);
- Aumento da TFG – Aumenta urina – aumenta
excreção de glicose, AA e eletrólitos.
- Estrógeno na uretra aumenta a adesividade da E coli.
- Destro rotação uterina e compressão do ureter D.

BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA
. 2 uroculturas positivas com > 100.000 UFC/ml –
positivas para o mesmo agente em amostras distintas.
. Ausência de sintomas clínicos.
. 30% evoluem para sintomática.
TTO: Norfloxacino 400mg 12/12h 7 – 10 dias.
Cefalexina 500mg 6/6h 7 – 10 dias.
Cefuroxima 250mg 8/8h ou 500mg 12/12h 7-10d.
Amoxacilina 500mg 8/8h ou 850mg 12/12h 7-10d
Ampicilina 500mg 6/6h 7 – 10d.
Monuril (fosfamicina + trometamol) DU.
. Evitar nitrofunrantoína (mto ec TGI) e sulfas
(compete com ácido folínico e causa defeito no
fechamento do tubo neural).
. Urocultura controle após 1 – 2 sem pós término do
TTO e repetir mensalmente até o parto.

CISTITE
. Disúria, hematúria, polaciúria, tenesmo vesical.
. Realizar urocultura antes de iniciar o ATB.
TTO: Norfloxacino 400mg 12/12h 7 – 10 dias.
. Urocultura controle após 1 – 2 sem pós término do
TTO e repetir mensalmente até o parto.

PIELONEFRITE
. Febre alta, calafrios, dor em loja renal, inapetência,
alteração do estado geral.
. Pode ou não ter sintomas de ITU baixa.
TTO: 1. Internação (risco de sepse).
2. Solicitar urocultura, hemograma, Ur e Cr,
hemocultura e eletrólitos.
3. Hiper hidratação – 30ml/kg.
(+ usado), ceftriaxona por 10 a 14 dias.
5. Assistência ao TPPT.
6. Curva térmica.

. Ambulotarial: 48h sem febre + melhora clínica –


transacionar para VO.
. Urocultura controle após 1 – 2 sem pós término do
TTO e repetir mensalmente até o parto.
PROFILAXIA STREPTOCOCCUS GRUPO B
Indicação: todas as gestantes com IG entre 35 e 37
semanas devem ser rastreadas para colonização pelo
GBS através da coleta de swab vaginal e retal.

Indicação de ATB intraparto:


- Gestante com cultura vaginal ou retal positiva entre
35 e 37 sem.
- Gestante com FR: trabalho de parto < 37sem;
temperatura intraparto ≥ 38ºC; aminiorrexe há >18h.
- Gestantes com bacteriúria por GBS em qualquer fase
da gravidez (mesmo após TTO adequado) – swab
negativo não exclui a necessidade.
- Gestantes com filhos anteriores com sepse neonatal
por GBS.

Não devem receber ATB profilático:


- Swab negativo em intervalo < 5 sem (mesmo com
FR);
- Gestação anterior com cultura positiva (exceto se +
na atual).

ATB:
- Penicilina G cristalina 5 milhões U EV (ataque) + 2,5
milhões de 4/4h até o parto.
- Ampicilina 2g EV (ataque) + 1g 4/4h até o parto.
- Cefazolina 2g EV (ataque) + 1g 8/8h até o parto.
IMUNIZAÇÕES 1ºT – comprometimento ocular (catarata, glaucoma,
. Qualquer vacina na gestação é recomendada ser microftalmia), auditivo (surdez), cardíaco (PCA,
realizada após 20 sem e antes de 37 sem (3sem para defeitos de septo) e neurológico (retardo mental,
efeito booster). microcefalia) ou déficit auditivo discreto.
DM pode surgir de 2 a 4 anos após o nascimento.
TÉTANO > 1ºT – deficiência auditiva..
- Toxoide tetânico (associado ao diftérico – dT). Não existe TTO específico para rubéola, apenas de
- São indicadas 3 doses com reforço a cada 5 anos (na suporte.
gestante, pop geral são 10 anos).
- As doses devem ter intervalo de 60 dias entre elas, FEBRE AMARELA
com no mínimo de 30 dias. - CI na gestação, exceto em situações de surto ou
- Duas doses da vacina já são suficientes para a viajem inevitável para área de risco.
prevenção de tétano neonatal.
- O esquema pode ser completado no puerpério. COQUELUCHE
- Última dose até 20 dias antes da DPP. - dTpa contra difteria, tétano e coqueluche (pertussis
- O objetivo é passar anticorpos para o feto, evitando acelular).
tétano neonatal (risco no cuidado com o coto 7–10d). - O objetivo é a passagem de anticorpos para o feto.
ESTADO VACINAL RECOMENDAÇÃO - Deve ser realizada em todas as gestações, pois os
Esquema incompleto Completar esquema anticorpos possuem curta duração.
(<3 doses). vacinal. - O uso da vacina é permitido após 20 sem de
Esquema completo há Não há necessidade de gestação.
menos de 5 anos. reforço. - Caso for vacinar no puerpério, orienta-se que seja
Esquema completo há Dose adicional de feito o mais precoce possível.
mais de 5 anos. reforço. Gestantes não Adm as duas primeiras doses
vacinadas de dT (60 dias entre elas) e a
INFLUENZA previamente para última dose de dTpa a partir da
- Recomendada durante a campanha, anualmente. Dt 20º sem.
- As gestante são grupo de risco para infecção pelo Gestante Adm uma dose de dT e uma
H1N1. vacinadas com dose de dTpa a partir de 20
- A vacina sem o adjuvante pode ser adm em qualquer uma dose de dT sem. Intervalo de 60 dias entre
IG. as doses, mínimo de 30.
Gestantes Completar esquema com uma
HEPATITE B vacinadas com dose de dTpa a partir de
- A vacinação é recomendada para evitar a duas doses de dT 20sem.
contaminação da gestante e prevenir a transmissão Gestantes com Aplicar uma dose de dTpa a
esquema dT partir de 20 sem de gestação.
vertical.
completo,
- O esquema completo são de 3 doses.
independente da
- MS recomenda vacinação para todas as gestantes necessidade de
após o primeiro trimestre, contudo, alguns protocolos reforço de dT
liberam a vacinação para qualquer IG. Gestantes com Aplicar uma dose de dTpa a
- Deve haver um intervalo de 30 dias entre a 1º e a 2º esquema dT partir de 20 sem de gestação.
dose e de 180 dias entre a 1º e a 3º doses. completo e que
receberam dTpa
RAIVA na gestação
- Deve ser administrada em caso de exposição ao anterior.
vírus.
. Vacinas de vvat (sabin, caxumba, sarampo e rubéola)
RUBÉOLA não devem ser utilizadas.
- Na gestação está CI. . Ig contra varicela, sarampo, Hep B e tétano podem.
- Recomenda-se tomar antes da gestação, com um . Gestantes susceptíveis expostas ao vírus varicela
intervalo mínimo de 1 mês. devem receber VZIG até 96h – 125UI/kg IM.
- Síndrome da rubéola congênita: . Se infecção por varicela próximo do parto (5d – 2d)
adm VZIG no RN.
USO DE FÁRMACOS NA GESTAÇÃO . DIURÉTICOS – malformações, hipoglicemia,
oligoâmnio, hipocalcemia.
. BCC (C).
A teratogênse é uma alteração funcional ou estrutural
. ANTICOAGULAÇÃO – heparina (não passa a
causada/provocada por uma medicação. Não
placenta).
necessariamente necessita ser no 1º T.
Varfarina (D) é CI no início da gestação (várias
Classificar as medicações em grupos:
malformações) e no fim (sangramento fetal).

A – Estudos randomizados e controlados em humanos


. ADRENALINA E GLICOCORTICOIDE – para tto da
– Liberados para uso.
asma, podem ser usadas.
EX: Ampicilina, Penicilina, AF, SF.
. ANTICONVULSIVANTES – preferir uma medicação em
B – Estudos em animais primatas – Sem risco.
dose máxima, só depois associar. Todas devem
EX: paracetamol, antitérmicos.
receber ácido fólico 5mg/dia com início 3 meses antes
da gestação. Drogas preferidas: carbamazepina,
C – Estudos em animais mostrou teratogênese –
lamotrigina, fenobarbital.
Benefício > Risco.
EX: antiparasitários.
. PQU – diazepan apresenta vários efeitos deletérios
ao feto. ADT está associado a anormalidades nos
D – Estudos em animais, mas com evidência de
membros. Lítio com anormalidade cardíaca (anomalia
teratogênese em humanos – Risco > Benefício.
de Ebstein). ISRS (C) são os mais seguros.
EX: anticonvulsivantes, aines, amiodarona. Prescrever
Haldol e clorpromazina são classe C.
em casos crônicos, graves e sem outra opção.
. AINES – não devem ser utilizados no 3ºT – risco de
X – Proscrito.
gravidez prolongada, disfunção renal, oligoâmnio e
EX: MTX, captopril, radiação.
oclusão precoce do ducto arterioso.
Somente usados em emergências/ risco de morte.
. CICLOFOSFAMIDA (D).
. SULFAS (D) devem ser evitadas no final da gravidez,
. MTX (X).
pois compete com a bilirrubina por sítios de ligação na
. AZATIOPRINA (D).
albumina fetal -> favorece kernicterus.
. CICLOSPORINA – parece ser segura.
. SULFA + TRIMETROPIM/ + PIRIMETAMINA são
antagonistas do ácido fólico e se indicadas (>20sem)
. VITAMINAS/HORMÔNIOS– A dose máx de VIT A é
devem ser adm com ácido folínico.
8000 UI/dia, pelo risco de malformações fetais.
. VANCOMICINA (C) – nefrotoxicidade e ototoxicidade.
Testosterona e Danazol (X).
. QUINOLONAS (C) – artrogripose em animais.
Espironolactona (D).
. TB – RIPE liberado; evitar a pirazinamida (C) no ínicio.
Estreptomicina (D) está associada à surdez congênita.
. TALIDOMINA (X) – usado no TTO do lúpus cutâneo
. ANTIFÚNGICOS – anfo B, miconazol e nistatina
refratário e algumas formas de hanseníase. Causa
podem ser usados com segurança.
inúmeras malformações em vários órgãos/sistemas.
Cetoconazol, griseofulvina, metronidazol, secnidazol e
tinidazol a partir de 2ºT.
. DROGAS – Álcool aumenta o risco de abortamento e
Fluconazol, isoconazol não devem ser usados VO (C).
malformações (30%). Síndrome alcóolica fetal (déficit
. ANTI-HELMÍNTICOS – a partir do 2ºT.
de crescimento, alterações no comportamento,
. HIV – CI absoluta – efavirenz, fosamprenavir,
cardiopatia, retardo mental, fáscies típica).
didanosina/estavudina.
Cocaína – vasoconstrição – DPP, RCIU, abortamento,
. TTO da condilomatose genital – preferir o ácido
morte fetal, malformações.
tricloroacético (não usar podofilina).
Heroína – várias malformações, alterações
comportamentais e 40-80% têm abstinência.
. IECA – (D) – causam oligoamnio, agenesia renal,
Tabagismo – abortamento, prematuridade, RCIU, DPP,
hipoplasia pulmonar, retardo mental e morte.
amniorrexe prematura, malformações. Dose
. BB – somente o pindolol é seguro.
dependente. Manter consumo <10 cigarros/dia.
ESTUDO DO TRAJETO . Estreito superior – ALP – pube – linha terminal –
. PELVE feminina: 1) Órgãos genitais externos – vulva promontório – asa do sacro.
e períneo; 2) Órgãos genitais internos – vagina, útero, Diâmetro AP – conjugata vera anatômica – borda
trompas e ovários. superior da SP ao promontório – 11cm.
. ESTREITOS anulares no trajeto: 1) orifício cervical; 2) conjugata vera obstétrica – promontório à face
diafragma pélvico; 3) óstio vaginal. interna da SP – 10,5cm.
TRAJETO MOLE Conjugata diagonalis – borda inferior da SP ao
. Segmento inferior – do istmo uterino ao orifício promontório – 12cm. Obstétrica é 1,5 cm menor que a
interno do colo. diagonalis (medida no toque).
. Colo uterino – apagamento (diminui a espessura) e Diâmetros oblíquos – 12,5 cm.
dilatação (0-10). Diâmetro transverso – entre a linha inominada de um
. Vagina. lado ao outro da pelve – 13cm.
. Região vulvoperineal – músculos e aponeuroses –
precisa se distender no TP.
. Vulva.
. Períneo e corpo perineal (tendão perineal central
que reforça a rafe mediana do elevador do ânus.
Convergência do bulbucavernoso, perineal transverso
superficial e esfíncter anal externo).
. Distocias – anomalias em útero, colo, vagina e vulva
– atresias, hematomas, condiloma acuminado, cistos,
septos, neoplasias, rim pélvico, cistocele e retocele.. . Estreito médio – delimitado pela borda inferior do
osso púbico e pelas espinhas isquiáticas.
Diâmetro AP – 12cm.
Diâmetro transverso – 10cm. Plano 0 de De Lee.
. Estreito inferior – ALP – borda inferior do púbis,
músculos sacroilíacos e músculo isquiococcígeo.
Diâmetro AP – conjugata exitus - borda inferior do
púbis ao coccige – 9,5cm. Por retropulsão chega a
11cm.
Diâmetro transverso (intertuberoso) – 11cm.

MORFOLOGIA DA PELVE
. Bacia ginecoide – 50% das bacias femininas – melhor
prognóstico para parto vaginal.
TRAJETO DURO . Bacia androide – típica bacia masculina, mas
. Bacia ou pelve é o canal ósseo do parto. encontrada em 20% das femininas. Aumenta o
. Constituída pelos 2 ossos ilíacos, sacro, coccige e número de distocias.
pube + art. sínfise púbica, sacroilíacas e sacrococcígea. . Bacia antropoide – 25%. Aumenta a incidência de
O promontório corresponde ao vértice da articulação posteriores (oblíquas e direitas). Parto com bom
entre a 5º vértebra lombar e o sacro. prognóstico. As distocias são mais comuns no estreito
O anel do estreito superior (promontório – borda superior.
superior da SP) separa a grande da pequena bacia. . Bacia platipeloide – 5%. Maior incidência de
insinuação nos diâmetros transversos.
PLANOS DA BACIA ESTUDO DO OBJETO
ESTÁTICA FETAL
. Atitude – relação das diversas partes entre si; flexão
generalizada.
. Situação – maior eixo fetal com o eixo uterino;
longitudinal, transversal ou oblíquoa.
. Posição – relação do dorso fetal com abdome
materno; direita ou esquerda.
. Apresentação – relação entre polo fetal e estreito
superior da pelve; cefálica, pélvica ou córmica.
. Variedade de apresentação – fletida; defletida de 1º
grau (bregma), 2º grau (glabela), 3º grau (mento).
PELVIMETRIA . Variedade de posição – pube (anterior), sacro
. Estreito superior – avalia-se pelo toque vaginal (posterior).
bimanual a distância entre o promontório e a borda
inferior da SF e obtém-se a conjugata diagonalis, . Suturas – metópica, sagital, coronal, lambdoide e
subtraindo-se 1,5 têm-se a obstétrica. temporal.
. Estreito médio – avaliado indiretamente pela . Fontanelas – bregmática, lambdoide, esfenoidal e
proeminência das espinhas ciáticas. mastoidea.
. Estreito inferior – diâmetro entre as tuberosidades . Diâmetros – occipitofrontal – 11cm.
ciáticas. - Occipitomentoniano – 13,5cm. É o maior.
. Ângulo subpúbico – maior que 90º apresenta bom - Suboccipitobregmático – 9,5cm.
prognóstico. . Assinclismo – anterior – sutura sagital próxima ao
sacro e o parietal anterior ocupa a maior parte da
bacia.
- Posterior - sutura sagital próxima ao pube e o
parietal posterior ocupa a maior parte da bacia.
ESTUDO DO MOTOR
PARTO VAGINAL . Amniotomia – correção de distocias funcionais;
avaliação da variedade de posição; avaliação do LA;
MEC DE PARTO MEC DE PARTO FASES CLÍNICAS parto vaginal operatório.
TEMPO PRINCIPAL TEMPO ACESSÓRIO DO PARTO . Ocitocina – para correção de distúrbios da
Insinuação Flexão Dilatação contratilidade. Dose de 1 a 8 mU/min, podendo
Descida Rotação interna Expulsão
dobrar a cada 30 min. EC: antidiurese,
Desprendimento Deflexão Secundamento
Restituição Desprendimento 4º período hiperestimulação uterina e sofrimento fetal –
dos ombros post suspender a droga (MV de 5min) + O2 + DLE +
hidratação venosa.
PERÍODO PREMONITÓRIO . Analgesia peridural – quando o TP está comprovado,
. Inicia-se entre 30 e 36 sem. apresentação insinuada e adaptada à cérvice.
. Descida do útero. Meperidina 50mg IM a cada 2h, se não houver
. Contrações irregulares, algumas sentidas como peridural.
cólicas.
. Pode perder o tampão mucoso. PERÍODO EXPULSIVO – 2º PERÍODO
. Amolecimento, apagamento e centralização do colo, . Inicia com dilatação total (10cm) e termina com
com vel de dilatação de até 1,2cm/h – FASE LATENTE expulsão total do feto.
DO TP - +- 14h multi e 20h primi. . Multi – 20min; Limite de 1h (2h se analgesia).
Primi – 50min; Limite 2h (3h se analgesia).
PERÍODO DE DILATAÇÃO – 1º PERÍODO . Contrações máximas – 5 em 10, durando 60 a 70 seg.
. Inicia no final da fase latente (3-5cm) até dilatação . Puxos presentes.
total (10cm). . Apresentação – insinuada.
. 10-12h nas primi e 6-8h nas multi. ASSISTÊNCIA
. Diagnóstico de TP: contrações uterinas regulares (a . BCF a cada 5 min, antes, durante e após as
cada 3min +-) + efetivas (tríplice gradiente contrações.
descendente) + colo dilatado (4cm). . Posição – litotomia (Bonnaire-Bué) DD, flexão parcial
. Multi – apaga e dilata ao mesmo tempo. das coxas sobre o abdome e abdução de joelhos.
Primi- apaga primeiro e depois dilata. Laborie-Duncan – flexão exagerada das coxas sobre o
ASSISTÊNCIA abdome.
. A gestante deve ser orientada sobre quando Cócoras.
procurar a unidade: sinais de alarme ou de TP. . Paramentação + assepsia + antissepsia + campos.
. Aparar pelos (com tesoura) apenas no local da . Sala de parto com temperatura equilibrada.
episiotomia. . Anestesia local – bloqueio pudendo e no local da
. Acesso venoso salinizado ou com hidratação. episio (caso seja necessária).
. Não realizar enteróclise. . Episiotomia – parto operatório; períneo rígido;
. Cuidados nutricionais: ingerir líquidos claros e se exaustão materna; feto grande; período expulsivo
necessário SG EV. prolongado; variedade OP; distocia de ombros; IC
. Posição mais confortável, evitando o decúbito dorsal. materna; SFA; apresentação pélvica.
. Direito a um acompanhante. Evita – HIV; coagulopatas.
. O cateterismo vesical está indicado se a paciente não - Mediada: periniotomia – risco de lesar reto. Musc
conseguir urinar espontaneamente. bulbocavernoso + musc transverso superficial do
. Toque vaginal – apagamento; dilatação; posição períneo.
(post/interm/central); consistência; altura da - Médio lateral direita - + usada. Musc bulbocavernoso
apresentação; variedade de posição; palpação da + musc transverso superficial do períneo + porção
bolsa das águas. puborretal do elevador do ânus.
A frequência do toque depende da necessidade
(1h/2h/4h).
. Avaliação do bem-estar fetal – BCF contínuo no alto
risco e a cada 30 min no baixo risco. Se atentar à
presença de mecônio.
. Dinâmica a cada 1h.
. Avaliação do bem-estar materno – sinais vitais;
conforto e segurança.
- Bisturi para incisar a pele e tesoura para incisar
musculatura.
. Manobra de Ritgen modificada – proteção do
períneo posterior e controle da deflexão fetal com a
outra mão. Desprendimento lento e controlado.
. Fórcipe obstétrico.
. Circular de cordão – reduzir ou pinçar e seccionar o
cordão.
. Manobra de Jacquemier – retirada do braço
posterior – diminui o diâmetro impactado.

. Desprendimento dos ombros – suavidade ao abaixar . Manobra de Gaskin – posição de 4 apoios;


e elevar a cabeça. desprender o ombro posterior (agora anterior) e
DISTOCIA DE OMBRO depois o anterior.
. Manobra de McRoberts (abdução + hiperflexão das
coxas) – retifica a lordose lombar.

. Manobra de Matthes – paciente em posição


genupeital – liberar ombros posterior e depois
anterior.
. Manobra de Rubn I (pressão suprapúbica no sentido . Manobra de Zavanelli – reintrodução da cabeça fetal
vertical) para comprimir o ombro fetal e facilitar o e resolução via alta.
desprendimento.
. Após a saída do feto – mantê-lo na altura do introito
vaginal ou apoia-lo sobre o ombro materno.
. Clampar o cordão a 10cm de sua inserção no RN,
após cessar a pulsação (+- 3min) – transfusão de
40ml/kg para o bebê.
Vantagens: aumento do hematócrito, do ferro, da
oxigenação cerebral; diminui hipotensão, necessidade
de VM e surfactante.
Manobras Rotacionais:
Riscos: policitemia e icterícia.
. Manobra de Woods (pressão sobre a clavícula
Clampeamento precoce: HIV +; Rh (-) materno;
posterior com auxílio de 2 dedos para rodá-lo 180°) –
sofrimento fetal agudo.
Abdução.
. Manobra de Rubin II (dedos atrás do ombro anterior,
empurrar em direção ao tórax fetal) – Adução.
. Manobra de Woods reversa (dedos no ombro
posterior, gira no sentido contrário ao Woods).
SECUNDAMENTO – 3º PERÍODO QUARTO PERÍODO
. Descolamento e expulsão da placenta e membranas. . Do final do secundamento até uma hora pós-parto.
. Ocorre de 10 – 20min após o expulsivo - > 30min é . Miotamponagem: ligaduras vivas de Pinard.
prolongado. . Trombotamponagem: trombos e hematomas.
. Baudelocque-Schultza (75%) – implantação fúndica; . Indiferença uterina: fases de contração e de
Sangramento após a saída da placenta. relaxamento.
. Baudelocque-Duncan (25%) – implantação lateral; . Contração uterina fixa: aumento do tônus.
Sangramento antes.
ASSISTÊNCIA
ASSISTÊNCIA . A cada 30 min realizar a avaliação dos sinais vitais,
. Tração controlada do cordão. contratilidade uterina e loquiação.
Tração intempestiva e manobra de Credé são . Perda sanguínea esperada: 500mL PN e 1000mL PC.
proscritas, pelo risco de inversão uterina (choque . Risco de hemorragia por atonia uterina, lacerações,
neurogênico) e sangramento. restos placentários.
. Ocitocina 10U IM.
- Sinal de Ahlfeld – pinçamento do cordão próximo à
vulva, com o descolamento vai se distanciando.
- Sinal de Fabre – tração do cordão não é transmitida
ao fundo uterino.
- Sinal de Strassmann – percussão do fundo uterino
não é transmitida ao cordão.
. Manobra de Harvey – compressão leve no segmento,
para auxiliar na descida da placenta.
. Manobra de Jacob-Dublin – tração e torção axial da
placenta.
. Observar integridade da placenta, e se houver
retenção, realizar extração manual (sob anestesia).
. Revisar o canal de parto:
- Lacerações no colo ou no trajeto.
- Episiorrafia se realizou episiotomia – fio absorvível.
- Lesão de 1º G: lesão de pele do períneo, fúrcula e
mucosa vaginal.
- 2º G: fáscia e músculo do períneo, sem lesão do
esfíncter.
- 3º G: lesão da camada muscular do esfíncter anal.
- 4º G: lesão que atinge a mucosa retal, expondo a luz
do reto.
PARTOGRAMA cefalopélvica ou alteração da posição da apresentação
. Abrir o partograma: quando a paciente estiver em fetal (deflexão, variedades transversas ou posteriores)
fase ativa do TP. Se houver dúvida, reavaliar em 1h - . desproporção cefalopélvica é a principal causa.
dilatação de 1cm/h caracteriza o TP. Absoluta – feto macrossômico – cesárea.
. As linhas de alerta e ação são parâmetros para a Relativa – defeito na apresentação – Analgesia/
dilatação, não para a descida. Amniotomia/ Ocitocina.

PERÍODO PÉLVICO PROLONGADO


FASE ATIVA PROLONGADA

. Fase latente prolongada: Dilatação cervical menor . Descida progressiva, mas excessivamente lenta no
que 3/4 cm apesar do tempo excessivo de contrações período expulsivo. Decorrente em geral da
dolorosas e regulares. Definida como duração maior contratilidade diminuída ou desproporção
que 20 horas em primíparas e 14 horas em cefalopélvica relativa (deflexões, má rotações).
multíparas. Não é indicativa de distocia e não é . Limite de expulsivo: 1h para multíparas e 2,5h para
primíparas.
necessária sua correção. Exige atenção, pois é fator de
. Amniotomia/ Ocitocina/ Fórcipe.
risco para trabalho de parto disfuncional.
. Fase ativa prolongada: Dilatação cervical menor que PARADA SECUNDÁRIA DA DESCIDA
1 cm/hora (ultrapassa linha de alerta),
decorrente geralmente de discinesias uterinas.
. Medidas conservadoras: deambulação.
. Medidas ocitócias: ocitocina e/ou amniotomia.

PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO

. Diagnosticada por dois toques sucessivos com


intervalo de pelo menos uma hora, desde que a
dilatação esteja completa. É a parada da descida
fetal por pelo menos uma hora após atingir a
dilatação completa. Decorrente em geral da
desproporção ou alteração da posição da
. Dilatação cervical mantida (ultrapassa linha de apresentação fetal (deflexão, variedades transversas
alerta) diagnosticada por dois toques sucessivos, com ou posteriores).
intervalo de duas horas seguidas em paciente na fase . Ocorre mais em pacientes com analgesia.
ativa do parto, decorrente em geral da desproporção . Fórcipe/ Vácuo.
. Cesárea.
PARTO TAQUITÓCITO

. Dilatação, descida e expulsão do feto que ocorrem


num período de quatro horas ou menos. Estão
presentes a taquissistolia e hipersistolia e pode ser
decorrente, por exemplo, da administração exces-
siva de ocitocina.
. Suspensão da ocitocina/ Cuidados com lacerações.
PARTO PRÉ TERMO - Ameaça de TPP: atividade uterina aumentada +
DEF: parto ocorrido a partir de 20 e 22 semanas e apagamento parcial ou total do colo + dilatação
antes de 37 semanas completas (259 dias). ausente ou discreta.
ETIOLOGIA: - TPP franco: 4 contrações 20’ ou 8 em 60’ associadas
a alterações no colo uterino E dilatação cervical maior
de 2cm OU apagamento cervical ≥ 80%.
MARCADORES:
. US para avaliação do comprimento do colo (TV): para
mulheres sintomáticas com ameaça de parto
prematuro e para assintomáticas com alto risco.
- Alto risco: distância < 25mm (p10) entre o OI e o OE
(entre 18 e 24 sem) é um marcador de risco (alguns
recomendam circlagem).
- Sintomáticas: alto VPN. Distância > 30mm exclui o
FR: A história de parto prematuro anterior é o FR mais
diagnóstico.
significativo.
. Dosagem de fibronectina fetal na secreção
- MOs mais associados: E. coli; Strepto do grupo B;
cervicovaginal.
Clamydia; Trichomonas..
PROGNÓSTICO:
. Responsável por 75 % da mortalidade neonatal e
50% das lesões neurológicas (anóxia).
. Associada com várias complicações imediatamente
após o parto, sendo a SAR a de maior letalidade.
Também associada a complicações tardias.
CONDUTA
. PREVENÇÃO: reduzir os FR; orientações sobre sinais
e sintomas do TPP; rastreamento e tto de infecções;
controle da polidramnia.
- Diminuição da atividade física: controverso; repouso
no leito não é indicado.
- TTO de vaginose bacteriana: rastrear e tratar com
clindamicina.
- Cerclagem: para correção da Incompetência Istmo
Cervical.
HP típica de perda fetal do 2º T, de forma indolor,
com pouca ou nenhuma contração uterina. As perdas
subsequentes são cada vez mais precoces.
US – comprimento cervical < 20mm, dilatação do OI
após 16 sem.
Indicada a cerclagem eletiva entre 12 – 16 sem. A de
emergência pode ser feita ente 16 e 24 sem.
Técnica de McDonald – sutura em bolsa de tabaco
com fio não absorvível – fita cardíaca de Ethibond,
imediatamente abaixo da reflexão anterior da bexiga,
utilizando-se fios inabsorvíveis espessos.
Remover os pontos com 37 sem em casos de RPMO,
sinais de infecção ovular ou contrações que não
respondem a uterolíticos.
Repouso por 2 a 5 dias após o procedimento e
abstinência sexual por 7 dias.
CI: colo dilatado > 4cm; malformações fetais; infecção
cervical ou vaginal; RPMO; atividade uterina;
. QC: Contrações uterinas precocemente aumentadas, membranas protrusas (risco de amniotomia); IG >
com dor que não cessa com repouso e medicação. 24sem; sofrimento fetal; morte fetal.
. Suplementação com progesterona – supositórios SC 0,25 mg a cada 20 min até máx 3h -> preferível,
vaginais diários ou injeções IM semanais a partir do pela menor chance de EP.
2ºT até 34 sem.
- Supositórios vaginais 100 a 200mg/noite entre 20 e
34 sem.
- Progesterona vaginal (colo < 15 ou 20mm) entre 20 e
24 sem.

INIBIDORES DA SÍNTESE DE PROSTAGLANDINAS:


atuam inibindo a cicloxigenase e bloqueia a conversão
. INIBIÇÃO DO TP: considerar entre 24 e 34 sem. do ácido aracdônico em prostaglandina (aumenta as
- Hidratação venosa: cuidado com o uso de tocolíticos gap junctions).
concomitantes – risco de EAP. Indometacina 100mg VR + 100mg VR a cada 12h ou
- ATB: apenas se houver indicação. 25-50mg VO 4/4h por no máx 3 dias (risco de
- Tocólise: o objetivo é ter tempo para usar o oligoâmnio e hipertensão pulmonar fetal).
corticoide.
Não indicada com > 34 sem.

BETAMIMÉTICOS: atuam na musculatura lisa


involuntária – receptores uterinos – causando
relaxamento. AMPc Ca intracelular.
Prolongam a gestação por até 48h – tempo para
administrar o corticoide.
Salbutamol 05 ampolas em 500ml SG 5% (5mcg/ml).
10 gotas/min aumentando 10 gotas a cada 20 min até
para metrassístole ou ter taqui materna/fetal. BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO: alguns
Ritodrina 150mg em 500ml SG 5% - 0,05mg/min, autores recomendam como primeira escolha.
aumentar 0,05 até máx 35mg/min. Nifedipina 30mg VO seguida de 20mg de longa
Terbutalina EV 2,5 mcg/min até 25 mcg/min. duração de 4 a 6h.
. < 32 sem – indometacina; 32 e 34 sem – nifedipina.

CORTICOTERAPIA: mais efetivo 48h após a adm. Após


7 dias não apresenta mais efeitos. Glicocorticoides
aceleram a formação de pneumócitos tipo II e a
síntese de fosfolipídeos, aumentando o surfactante.
Betametasona 12mg IM 1x ao dia por 2 dias.
Dexametasona 06mg IM 2x ao dia por 2 dias.
- Deve ser utilizada em as gestantes entre 24 e 28 sem
com risco de parto prematuro. Melhor ação entre 28
e 34 sem; entre 24 e 28 só diminui a gravidade.
- Prevenção de SAR do RN; hemorragia
intraventricular e mortalidade neonatal.
SULFATO DE MAGNÉSIO: compete com íons cálcio
- CI: infecção ovular; infecção materna; úlcera péptica
para entrar na célula.
sangrante.
Ataque de 4 a 6 g EV por 20min + manutenção com 3
- EC: EAP; descontrole glicêmico em diabéticas;
a 4g/h em BIC.
alterações nos parâmetros de bem-estar fetal –
Avaliação do risco de intoxicação pelo magnésio:
transitórios.
dosagem sérica a cada 2 a 4h; reflexo patelar (ausente
com 9.6 – 12); FR (diminui com 12 – 18); DU (normal >
NEUROPROTEÇÃO COM SULFATO DE MAGNÉSIO:
25ml/h); PCR (24).
diminuição de hemorragia intraventricular,
Suspender e adm 1g de gluconato de cálcio a 10% em
leucomalácia, convulsões e necessidade de suporte
5 a 10min.
respiratório.
SM 4 a 6g bolus por 20 min + 1 a 2g/hora por no
máximo 24h
- Indicado para: gestantes ente 24 e 32 sem em
trabalho de parto ativo ou em TP pré termo eletivo.
- Não utilizar BCC ou betamiméticos concomitantes;
preferir a indometacina.

ASSISTÊNCIA AO TRABALHO DE PARTO


Assistir o TP quando não há benefícios em prolongar o
processo (< 24sem ou > 34sem), quando há CI à
tocólise e quando há falha na tocólise.
. VITALIDADE: contínua; a variabilidade tende a ser
diminuída e a linha de base mais alta; acelerações são
discretas (10bpm).
. VIA DE PARTO: cesariana beneficia fetos entre 750 a
ANTAGOSNISTA DA OCITOCINA: antagonista seletivo 2000g em apresentação pélvica.
dos receptores uterinos de ocitocina. . EPISIOTOMIA E AMNIOTOMIA: ampla para proteção
Atosiban 6,75mg EV durante 1 min; 300mcg/min EV da cabeça fetal (controverso); evitar, mantê-la íntegra
em 3h; 100mcg/min EV durante 3h e meia. o máximo possível.
. INSTRUMENTAL: vácuo está CI.
PROFILAXIA GBS RPMO
DEF: rotura espontânea das membranas amnióticas
antes do início de TP. Pré termo se < 37 sem; precoce
se for no início do TP; tardia quando ocorre no
período expulsivo.
ETIOLOGIA: responsável por 40% das prematuridades.
- Inflamação e infecção são as principais causas –
devido à produção de enzimas proteolíticas pelas
bactérias e fatores inflamatórios pela decídua.
FR:

QC: paciente relata perda típica de líquido claro ou


amarelado escorrendo subitamente pelas pernas.
EF: especular – observar se há saída de líquido pelo
colo ou se o fundo de saco está cheio de líquido.
Manobra de Tarnier – elevar a apresentação fetal pela
palpação abdominal e realizar a compressão uterina.
EC: . Detecção do pH vaginal: pH vaginal ( 4,5 – 5,5);
pH do LA (6,5 – 7,5) – teste do papel de nitrazina – fita
de pH no fundo da vagina – se azul pH > 6-6,5. Vários
outros fatores podem alterar esse exame.
. Teste do fenol vermelho: tampão vaginal na paciente
e após um tempo adiciona gotas do reagente, se a
coloração mudar (laranja -> vermelho) o teste é +.
. Teste da cristalização da secreção vaginal: aparência
típica de folha de samambaia.
. Elementos fetais em secreção vaginal: lanugem e
células da epiderme alaranjadas após coloração com
sulfato azul do Nilo 1%.
. US: ILA < 5cm ou MB < 2 cm indicam oligoamnio.
Baixa sensibilidade; tem que associar com QC.
. Alfafetoproteína.
. AmniSure: detecção de PAMG-1.

PROGNÓSTICO: 1/3 desenvolvem infecções –


corioamnionite e parto prematuro ocorrem mais nas
primeiras 72h.
- A maior parte evolui para parto em 7 dias.
- A oligodramnia, as infecções e a prematuridade
geram graves consequências aos fetos.
- Todas as complicações são mais comuns quando
ocorrem < 23 semanas.
- Risco de compressão de cordão pela dim. do LA.
- Sofrimento fetal – alterações no BCF por oliamnio,
coriamnionite ou DPP.
- Malformações – sequência de Potter – ocorre
decorrente da compressão fetal – fácies anômala,
hipoplasia pulmonar, achatamento da ponte nasal,
dobra anormal da orelha, posição anormal de mãos e
pés e atitude de flexão por contratura. Pode ocorrer
hipoplasia pulmonar com altas taxas de mortalidade.
Sua incidência é inversamente proporcional à IG.
- Maior incidência de intervenções no parto.

CONDUTA:
Na presença de infecção:
. Febre materna (≥ 37,8) + 2 critérios:
- Leucocitose materna (Leuco > 15000);
- Taquicardia materna (> 100bpm);
- Taquicardia fetal (> 160bpm);
- Sensibilidade uterina;
- LA com odor fétido.
. Ampicilina 2g EV 6/6h + Gentamicina 5mg/kg/dia ou
1,5mg/kg 8/8h até 48h após o último pico febril.
. Se cesariana: associar Clindamicina 900mg EV 8/8h
ou Metronidazol 500mg EV 8/8h – cobrir anaeróbico.
Na ausência de infecção:
. IG ≥ 34 sem: ou se houver sinais de sofrimento fetal
ou infecção – conduta ativa de interrupção da
gestação.
. IG entre 24 e 34 sem: se não houver infecção,
sofrimento fetal ou metrossístoles – conduta
conservadora – amadurecimento pulmonar.
ABORTAMENTO . Abortamento habitual – 3 ou mais episódios
DEF: abortamento é a interrupção da gestação com consecutivos de abortamento espontâneo.
feto pesando menos de 500g ou IG < 20 sem.
Subclínico: ocorre antes da próxima menstruação. MÉTODOS DE ESVAZIAMENTO UTERINO:
Clínico: após gravidez confirmada. . AMIU: ambulatorial, sem necessidade de anestesia
ETIOLOGIA: . Anormalidades cromossômicas: 50 a geral. Eleição para IG < 12 sem; menos traumática.
80% dos abortamentos; aneuploidia (trissomia do . ASPIRAÇÃO A VÁCUO: AMIU + vácuo.
16,22,21,15,13,2,14) é a causa mais frequente. Mais . CURETAGEM: para impossibilidade de AMIU; muito
comum em mais velhas. material; IG > 12 sem. Se o feto estiver na cavidade –
. Desordens anatômicas: IIC; malformações uterinas; expulsão fetal com miso ou ocitócito.
miomas; sinéquias; distopias uterinas. Procedimento com maior risco de perfuração uterina
. Doenças endócrinas: insuficiência lútea – se suspeitar parar o procedimento + ocitocina/
(progesterona insuficiente); tireoidopatias; DM; SOP. laparotomia se houver sinais de abdome agudo.
. Distúrbios imunológicos: SAF (1 clínico – . MICROCESARIANA: via alta quando a via baixa não é
abortamentos, tromboses venosas ou arteriais + 1 possível ou grande quantidade de hemorragia.
laboratorial – anticoagulante lúpico, anticardiolipina,
anti-beta-2-glicoproteína-1). TRATAMENTOS CLÍNICOS
TTO SAF com eventos obstétricos: AAS + heparina . OCITOCINA: EV até a expulsão de feto e depois
profilática. realizar esvaziamento cirúrgico. Melhores resultados
SAF com eventos trombóticos: AAS + heparina com IG > 16 sem.
terapêutica. . MISOPROSTOL: após 12 sem; TTO de escolha. Pode
. Infecções: rubéola, CMV, Hep B, HIV, Toxo, malária, ser usado tanto para eliminação do feto quanto para
ITU, EGB. tornar o colo favorável para o TTO cirúrgico.
FR: CI: ectópica; DTG; alto risco de rotura uterina;
presença de DIU; alergia.

EXPECTANTE
. Exclusivo para gestante entre 6 e 8 sem, estáveis
hemodinamicamente, sem sangramento excessivos e
a resolução deve ser em até 72h. Se não tiver sucesso
realizar o esvaziamento.

Classificação: RESUMO
. Ameaça de abortamento; Abortamento < 12 sem – AMIU.
. Abortamento inevitável; Alternativa: curetagem (com ou sem miso).
. Abortamento completo;
. Abortamento incompleto; Abortamento > 12 sem – expulsão fetal, com ocitocina
. Abortamento infectado; ou miso, seguida de curetagem.
. Abortamento retido;
. Ovo anembrionário – ausência de embrião no SG
íntegro em gestação > 6 sem.
US: eco embrionário em SG de 20mm.TO UTERIN
PRENHEZ ECTÓPICA
DEF: Implantação do blastocisto fora da cavidade
endometrial uterina.
Prevalência de 2%.
FR: em 50% dos casos nenhum é identificado.

PRENHEZ TUBÁRIA: 95% - 98% das PE –


ampular/ístmica (ocorre + rotura)/infundibular.
QC: Dor abdominal + amenorreia + sangramento
vaginal variável.
. Aguda: rotura (30%) que pode ocorrer
espontaneamente ou por trauma.
- Dor aguda e intensa na fossa ilíaca ou no hipogástrio
+ choque.
- Sinal de Laffon – dor no ombro (irritação do frênico).
- Sinal de Blumberg – DB +.
- Sinal de Cullen – equimose periumbilical.
- Sinal de Proust – dor à mobilização do colo +
abaulamento + dor no fundo de saco por acúmulo de
sangue.
- Hemorragia escassa e escurecida; intermitente ou
contínua.
- Náuseas, vômitos, lipotimia.
. Subaguda: 70%. Não há rotura tubária.
DOENÇA HEMOLÍTICA GESTACIONAL

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