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EXAME DE GRADO
2019
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PRINCIPAIS TEMAS
MEDICINA INTERNA:
-Dengue/zika/chikungunya - HIV/AIDS
-Chagas - Sd. Coronário Agudo
-Insuficiência Cardíaca - Gastrenterocolite aguda
-Hipertensão Arterial - Desidratação
- Crise Hipertensiva - Parasitose
- Infarto Agudo do Miocárdio - Salmonela/Febre Tifoide
- AVC - Doenças Acido pépticas
- Asma Bronquial - Acalasia
- Pneumonia - Icterícia Do Adulto
- Broncopneumonia - Hipo/Hipertireoidismo
- Tuberculose - Meningite Aguda
- DPOC - Crise Convulsiva
- Atelectasia - Influenza
- ITU - Tétanos
- Síndrome Nefrítico - Sífilis
- Síndrome Nefrótico - Shock
- Insuficiência Renal Aguda - Trombo embolia Pulmonar
- Insuficiência Renal Crônica - Tentativa de suicídio
- Diabetes/ Pé Diabético - Intoxicações
- Anemias - Síndrome de Guillain-Barré
- Hepatite - Edema Agudo de Pulmão
- Raiva - Derrame Pleural
- Celulite/ Erisipela - Cefaleia
- Malária/ Paludismo - Toxoplasmose
- Febre Amarela
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CIRURGIA
- Abdome Agudo
- Apendicite
- Hemorragia Digestiva
- Pancreatite Aguda
- Pancreatite Crônica
- Colecistite Aguda
- Colelitíase
- Coledocolitíase
- Colangite
- Obstrução Intestinal
- Vólvulo Intestinal
- Fecaloma
- Hérnias Abdominais
- Atenção ao Poli traumatizado
- TEC
- Trauma De Tórax
- Trauma De Abdomen
- Fraturas
- Feridas
- Queimaduras
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GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
- Anatomia do Sistema Genital Feminino
- Papanicolau
- Planificação Familiar
- Leucorreias
- Doenças Sexualmente Transmissíveis
- Síndrome do Ovário Policístico
- Menstruação/ amenorreia
- Endometriose
- Mioma Uterino
- Mudanças Fisiológicas na Gravidez
- Pré-Natal
- Hemorragias da Primeira Metade da Gravidez
- Hemorragias da Segunda Metade da Gravidez
- Rotura Prematura de Membranas
- Transtornos Hipertensivos da Gravidez
- Parto
- Partograma
- Cesárea
- Parto Prematuro
- Sofrimento Fetal Agudo
- Puerpério
- Hemorragia Pós-parto
- Hiperêmese Gravídica
- ITU na Gestante
- Generalidades da Placenta e Membranas fetais
- Aleitamento Materno
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PEDIATRIA
- Atenção ao Recém-Nascido
- Reanimação Neonatal
- Abordagem ao Prematuro
- Síndrome de Dificuldade Respiratória no RN
- Doença da Membrana Hialina
- Exame físico do RN
- Antropometria
- Desenvolvimento do bebê
- Icterícia Neonatal
- Doenças Exantemáticas
- Enfermidade Diarreica Aguda
- Desidratação Infantil
- Desnutrição Infantil
- AIEPI
- Escala de Apgar
- Escala de Silverman y Anderson
- Teste de Capurro
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GENERALIDADES
- História Clinica
- Farmacologia
- Generalidades em Anatomia
- Fluidoterapia
- Reanimação cardiopulmonar/ RCP
- Laboratórios
- Programas de Salud (BOLIVIA)
- Generalidades de ECG
- Níveles de Atención a Salud (BOLIVIA)
- Nervos Craniais
- PAI (BOLIVIA)
- Hormônios
- Escala de Glasgow (adulto/criança)
- Circulação Cardíaca
- Avaliação Pré-Cirurgica
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CHAGAS
É uma doença tropical parasitaria.
Foi descoberta pelo médico Carlos Chagas.
TRANSMISSÃO:
Picada do inseto (barbeiro/vinchuca) Alimentos contaminados (cana, açaí)
Transfusão de sangue/órgãos Congênito (mãe-filho)
FASE CRONICA: (não tem cura) Os parasitos ficam ocultos nos músculos cardíacos e
digestivos.
-Alterações cardíacas (30%) Alterações Digestivas (10%)
- Insuficiência Cardíaca - Constipação/ refluxo
- Ritmo cardíaco irregular - Problemas digestivos
- Cardiomegalia - Dor Abdominal
- Bloqueio de Rama Direita - Dificuldade de deglutir
- Megacolon/ Megaesôfago
DIAGNÓSTICO:
FASE AGUDA: FASE CRÔNICA
Exame físico, Quadro clinico
-Antecedentes de estar em áreas -Eletrocardiograma
endêmicas, -Cardiomegalia
-Sorologia para chagas (PCR, Gota Grossa) -Sorologia para chagas (ELISA,
Imunofluorescência, hemoaglutinação, IgG).
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Insuficiência Cardíaca
DEFINIÇÃO: Síndrome Clinica causada pela alteração estrutural ou funcional, que diminui a
capacidade ventricular de encher ou ejetar o sangue. É dizer, que é a incapacidade do
coração de manter um débito cardíaco proporcional à demanda metabólica do
organismo.
ETIOLOGIA:
Drogas, tabaco, álcool Hipertensão Arterial (porque produz
cardiomegalia)
Chagas (produz cardiomegalia) Diabetes mellitus
Cardiopatias (porque lesiona o miocárdio) Arritmias (porque ocorre dissociação
aurículo-ventricular)
Anemias (não tem suficiente oxigênio pela falta de hemoglobina)
CLASSIFICAÇÕES:
IC DIREITA IC ESQUERDA
Ingurgitação jugular direita Ingurgitação jugular esquerda
Edema de membros inferiores Edema Pulmonar
Anorexia, mal-estar gastrointestinal, perda Cianose, tosse, ortopneia, dispneia
de peso paroxística noturna
IC AGUDA IC CRÔNICA
Paciente chega ansioso, fatigado, pele fria Paciente chega lento, e com sintomas
e sudoração, expectoração y dispneia de digestivos (abdome globoso por ascite,
decúbito (não tolera o decúbito). hepatomegalia).
IC DE ALTO DÉBITO
O coração está em perfeito estado, mas existe uma enfermidade que exige mais do que
ele suporta, por exemplo: Anemia, sepse, beribéri (deficiência de vitamina B1),
tireotoxicose ... Deve tratar a enfermidade que causa, não o coração!
FISIOPATOLOGIA:
GASTO CARDÍACO DIMINUÍDO O RIM pensa em hipovolemia e tenta compensar,
ativando o sistema rata (renina-angiotensina-aldosterona) com o objetivo de aumentar o
gasto cardíaco, mas não consegue causando assim a apoptose e necrose,
provocando a morte celular.
DIAGNÓSTICO:
CRITÉRIOS DE FRAMINGHAM
MAIORES MENORES
1- Dispneia Paroxistica Noturna 1- Tosse Noturna
2- Ingurgitação Jugular 2- Dispneia A Esforços Médios
3- Refluxo Hepatojugular 3- Taquicardia (Fc > 120 Bpm)
4- Cardiomegalia 4- Derrame Pleural
5- Edema Agudo De Pulmão 5- Hepatomegalia
6- Estertores Crepitantes 6- Edema De Membros Inferiores
7- Ritmo de Galope (3º Ruido)
8- Perda De Peso (>4,5kg)
9- Pvc >16 Cmh2o
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O DIAGNÓSTICO É FEITO COM:
2 critérios maiores ou 1 critério maior e 2 critérios menores
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CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL NEW YORK HEART ASSOCIATION (NYHA)
Realiza suas atividades habituais (assintomático)
CLASSE I Trata com IECA
Realiza suas atividades habituais, mas sente incomodo passageiro
CLASSE II (sintomático leve)
Trata com IECA + B-Bloqueador + Diurético
Ao realizar suas atividades diárias habituais, se nota incomodo bem marcado
CLASSE III (dispneia)
Trata com IECA + B-Bloqueador + Diurético + Digital
Dispneia em repouso
CLASSE IV Trata com IECA + B-Bloqueador + Diurético + digital
PARA SABER:
Se administra IECA em todas as classes de IC, mas não usar caso:
PAS <80mmHg Creatinina >3 mg/dl Potássio >5,5 mEq/l
Os B-Bloqueadores causam edema.
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HIPERTENSÃO ARTERIAL
DEFINIÇÃO: é a pressão arterial sistêmica, mantida a cima dos limites pressóricos normais
em duas aferições separadas.
FATORES DE RISCO:
Tabaquismo, álcool Obesidade, sedentarism Diabetes mellitus
Idade > 50 anos Dislipidemias Raça negra
Genética Estresse
CLASSIFICAÇÃO:
SISTÓLICA mmHg DIASTÓLICA mmHg
NORMAL <120 <80
PRÉ-HIPERTENSO 120-139 80-89
HTA GRAU I 140-159 90-99
HTA GRAU II > ou = a 160 > ou = a 100
DIAGNÓSTICO:
Em geral, o diagnóstico de HTA é estabelecido após duas consultas ambulatoriais
com médias de níveis tensionais > ou = a 140 x 90 mmHg.
Podemos pedir o MRPA (Medida Residencial da Pressão Arterial), nada mais é que
controle da PA feito pelo paciente por 5 dias durante a manhã e a tarde. Considera-se como
normal uma média de pressões <135 x 85 mmHg.
Deve-se investigar hipertensão secundaria também, (somente quando suspeita).
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TRATAMENTO:
1) Mudanças no estilo de vida
Perda de peso Restrição de Sódio (<2,4 g/dia)
Dieta rica em frutas, vegetais, e menos Atividades físicas regulares
gordura saturada
Abandonas tabagismo e alcoolismo
2) Farmacológico
DIURÉTICOS
ASA Impede o transporte de Sódio/ Cloro/ Potássio na asa de Henle.
Exemplo: FUROSEMIDA
Poupadores de Modifica a reabsorção de Sódio nos tubos contorneados distal e
Potássio coletor, retém Potássio e elimina Na e H2O.
Exemplo: AMILORIDA, ESPIRONOLACTONA, ALDACTONE
Inibem a reabsorção de Sódio e Cloro nos túbulos contorneados distal.
Tiazídicos (inibem a aldosterona)
Exemplo: HIDROCLOROTIAZIDA
Possuem caráter hidrofílico, não são absorvidos pelas células
Osmóticos tubulares, criando uma pressão osmótica no interior do túbulo,
impedindo que a água seja reabsorvida. Exemplo: MANITOL
BETA BLOQUEADORES
Diminui força e frequência cardíaca Diminui a pressão arterial
Diminui o gasto cardíaco Diminui a liberação de Renina
Bloqueia os receptores Beta 1
Exemplos:
ATENOLOL (20-50mg/dia) BISOPROLOL (5mg/dia)
CARVEDILOL (3,125-50mg/dia) PROPANOLOL (160-320mg/dia)
OBSERVAÇÃO: Utilizar os Beta Bloqueadores com cautela em:
Diabetes Mellitus (porque retardam a glicogênese, mascarando uma hipoglicemia)
Dislipidemias (porque pode produzir uma hipergliceridemia)
Pacientes com bloqueio Atrioventricular e em pacientes com DPOC (por ser bronco
constritor)
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IECAS (Inibidores da enzima convertedora de angiotensina)
Tem eficácia associada aos diuréticos, é a primeira opção para pacientes diabéticos,
reduzem a mortalidade em eventos cardiovasculares. Os IECAS produzem vasodilatação
periférica.
Exemplos:
CAPTOPRIL (12,5/25/50 mg) ENALAPRIL (5 a 10 mg/dia)
Dicas Terapêuticas:
- Idoso e afrodescendentes: Diuréticos tiazidicos ou ACC
- Brancos <65 anos: Diuréticos tiazidicos, ou Beta Bloqueador, ou IECA, ou ARA
- Nefropaticos: IECA + ARA II
- DM sem nefropatia: ARA II, IECA, beta bloqueador, tiazidicos ou ACC (sempre em
conjunto)
- Doença Arterial Periférica: IECA ou ARA II + Beta Bloqueador + Tiazidicos +
espironolactona
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CRISE HIPERTENSIVAS
EMERGENCIA HIPERTENSIVA (aumento súbito da pressão arterial)
É a presença de sofrimento tecidual com lesão de órgãos-alvos, com IMINENTE risco a vida
(não está necessariamente relacionado a níveis pressóricos elevados.
Exemplos:
Encefalopatia hipertensiva Cardipatia Isquemica
Edema Agudo de pulmão Dissecção da Aorta
AVC Eclampsia
-
Tratamento: (feito em sala de emergência ou terapia intensiva com bomba de infusão)
1. Nitropussiato sódico 0,25 a 1 mg/kg/min (vasodilatador arterial)
2. Nitroglicerina 0,2 a 4 mg/kg/min vasodilatador arterial e venoso)
3. Nifedipina 10mg
4. Hidralazina 10 a 20mg IV Gestantes
URGENCIA HIPERTENSIVA
Caracterizado pelos níveis pressóricos elevados, geralmente acima de 200mmHg x 120
mmHg, sem sinais ou lesão de órgão alvo. (Neste caso, os medicamentos podem ser por via
oral).
1. Captopril 25mg VO (repetir se necessário aos 30 minutos)
2. Labetolol 100mg VO (repetir se necessário depois de 2 horas)
3. Considerar a administração de diurético de ASA (furosemida 20-40mg VO/EV)
ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA
É uma síndrome neurológica aguda, potencialmente reversível.
Quadro Clinico: Cefaleia, vômitos, convulsões, papiledema (pupilas anisocóricas),
alterações de consciência.
Diagnóstico: TAC, RNM
Tratamento: Objetivo é diminuir PA em 15 a 20% nas primeiras 4 horas.
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INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO
O QUE É UM INFARTO?
É a necrose de uma porção tecidual.
ETIOLOGIA:
Trombose intracoronariana (placa de Trauma coronariano Vasculite coronária
ateroma)
Embolia Coronária (95% dos casos) Aterosclerose
FATORES DE RISCO:
Hipertensão arterial Sexo masculino Idosos
Dislipidemias Tabaquismo Obesidade/ sedentarismo
Estresse Diabetes mellitus
CLASSIFICAÇÃO:
IAM COM SUPRA ST:
Afeta toda a grossura da parede ventricular Necrose transmural
A maioria acontece pela oclusão trombólica aguda 60 a 70% dos casos
coronariana
IAM SEM SUPRA ST:
Se limita ao terço interno da parede ventricular Necrose subendocárdica
Acontece pelo aumento da demanda cardíaca, com um 30 a 40% dos casos
aporte limitado.
QUADRO CLÍNICO:
Dor opressivo súbito por mais de Dor no epigástrio, que irradia ao ombro esquerdo,
30 minutos pescoço e região mandibular
Inquietude Sudorese Palidez Taquicardia
DIAGNÓSTICO:
CLÍNICO (dor de origem cardíaco, com característica de IAM)
ELETROCARDIOGRAMA
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ENZIMAS CARDÍACAS
CPK-MB (MULHER: <166 U/L HOMEM: <190 U/L)
TROPONINA (0,03 A 0,08 ng/ml)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Tromboembolismo pulmonar Derrame pericárdico
Dissecção aórtica Desgarro esofágico
TRATAMENTO:
Morfina (analgésico, 2 mg IV cada 5 minutos)
Oxigênio (2 a 3 litros para pacientes com SatO2 menor a 92%)
Nitroglicerina (vasodilatador)
Aas (antiagregante plaquetário, 100 a 300 mg/dia)
Heparina (anticoagulante, subcutâneo ou intravenoso)
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ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
DEFINIÇÃO: É uma síndrome clínica, caracterizada pelo ligeiro desenvolvimento de
sintomas e sinais neurológicos, de origem vascular.
Pode ser de origem arterial, que é o mais comum, ou venoso.
Pequenos
TROMBÓTICO LACUNAR vasos
ATEROMATOSO Grandes
ISQUÉMICO EMBÓLICO vasos
80%
ARTERIAL
HEMORRAGICO INTRAPARENQUIMATOSA
(20%)
SUBARACNOIDEA
FATORES DE RISCO:
Hipertensão arterial Diabete mellitus Dislipidemias
Tabaquismo Fibrilação auricular Estenose carotídea
AVC ISQUÉMICO
FISIOPATOLOGIA: Oclusão arterial cerebral, produz uma interrupção do fluxo sanguíneo
em um território, levando a zona de infarto (rodeado por uma zona de penumbra).
CAUSAS:
Trombótico (coagulo)
Lacunar (obstrução de pequenos vasos <7mm)
Ateromatoso (obstrução de grandes vasos como carótida)
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AVC HEMORRÁGICO
1. INTRAPARENQUIMATOSO
CAUSAS:
- Hipertensão Arterial Sistémica (consequência de compressão e herniação cerebral).
- Angiopatia Amiloide Cerebral.
- Traumatismo (em geral, nos lóbulos frontais e temporais).
CLÍNICA:
Cefaleia / vômitos Alterações de consciência Rigidez da nuca
Ataxia Hemiparesia Postura de descerebração
2. SUBARACNOIDEA
CAUSA:
Rotura de artérias cerebrais no espaço subaracnóideo, 90% é secundário a rotura de
aneurismas seculares do ciclo de WILLIS e 10% são causadas por rotura de malformações
arteriovenosas.
CLÍNICA:
Cefaleia intensa (antes do evento)
Náuseas/ vômitos (indica expansão do aneurisma)
Ao romper o aneurisma (cefaleia intensa seguida de perda de consciência, junto com o
aparecimento de sinais meníngeos)
DIAGNÓSTICO DE AVC:
Exame neurológico (consciência, visão, função motora, sensibilidade, linguagem, nervos
craneais)
Escala de coma de Glasgow
Angiografia (é o padrão ouro para AVC)
TAC simples
RNM
Obs: se não pode realizar TAC, fazer PUNÇÃO LOMBAR, se o diagnóstico por AVC
hemorrágico haverá presença de sangue no LCR.
TRATAMENTO:
Manter pressão arterial < 170/100 mmHg Oxigênio suplementario
Se tem febre: paracetamol + esfriamento Manitol (em caso de edema cerebral) 20%
por meio físico de 0,25 a 0,5 g/kg
Nas primeiras 24 horas iniciar AAS Omeprazol (profilaxia para hemorragia
325mg/dia gastroduodenal)
Heparina (profilaxia para trombose venosa)
IMPORTANTE SABER:
SÍNDROME METABÓLICA (aumentam o risco de problemas cardiovasculares)
Obesidade (circunferência abdominal maior de 88 cm em mulheres, e maior de 102cm em
homens)
Hipertensão arterial Glicemia maior de 110mg/dl
Triglicerídeos maior de 150 mg/dl Colesterol HDL baixo
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SÍNDROME CORONÁRIA AGUDA
DEFINIÇÃO: é uma necrose miocárdica ocasionada pela oclusão total de uma coronária por
um trombo. Pode ser uma Angina estável/Instável, ou um IAM.
QUADRO CLÍNICO:
Dor precordial ou retroesternal constritiva Náuseas/vômitos/ sudorese
Com ou sem irradiação para a mandíbula, e membro superior esquerdo
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Eletrocardiograma
Com supra ST: IAM
Sem supra ST: ANGINA
Enzimas cardíacas (marcadores de necrose miocárdica, que diferencia uma angina
instável de um IAM sem supra ST, no IAM tem necrose, na ANGINA não tem nrecrose)
Troponina (solicitar de 4 a 6 horas, 24 horas e 7 dias)
-CPK MB (solicitar de 4 a 6 horas, 24 horas e 3 dias)
CLASSIFICAÇÃO DE KILLIP:
Classe I Sem B3 ou crepitações pulmonares (infarto não complicado)
Classe II B3 ou crepitações pulmonares (insuficiência cardíaca moderada, taquicardia)
Classe III Edema agudo de pulmão (insuficiência aórtica grave)
Classe IV Shock Cardiogênico
TRATAMENTO:
-Morfina (diminui a dor e o trabalho respiratório)
-Oxigênio (2 a 4 litros por minuto)
-Nitrato (diminui a dor e a pressão arterial)
-Antiplaquetários (AAS, clopidogrel)
-Beta Bloqueador (metropolol)
-IECA (captopril, enalapril)
-Heparina de Baixo Peso Molecular (anticoagulantes)
-Estatinas (diminui a reação inflamatória e estabiliza a placa)
Se necessário: ANGIOPLASTIA (intervenção destinada a reparar um vaso deformado,
estreitado ou dilatado).
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ASMA
DEFINIÇÃO: É um processo inflamatório crônico das vias aéreas, caracterizado por:
Inflamação bronquial Obstrução bronquial Hiper-reatividade bronquial
ETIOLOGIA:
Extrínsecos Intrínsecos
Alérgenos Exercícios
Fármacos Emocionais
Ambiente
Infecciosos
FISIOPATOLOGIA:
INFLAMAÇÃO (mastócitos, eosinófilos, neutrófilos) liberam MEDIADORES QUIMÍCOS
histamina, leucotrienos) leva a uma REMODELAÇÃO (caracterizado pelo engrossamento
da capa da membrana basal, hipertrofia e hiperplasia dos músculos lisos bronquiais,
dilatação dos vasos, e hiperplasia das glândulas nas mucosas). Causando
HIPER-SECREÇÃO que leva a DIMINUIÇÃO NA LUZ DAS VIAS RESPIRATÓRIAS e
como consequência causa PERDA PROGRESSIVA DA FUNÇÃO PULMONAR
FATORES DE RISCO:
Temperaturas baixas Sexo masculino Obesidade
Fatores ambientais Fatores genéticos Fumaça
Medicamentos Exercícios físicos
CLÍNICA:
TRÍADA
Tosse Taquipneia
Dispneia Opressão torácica
Sibilancias e roncos Fatiga
DIAGNÓSTICO:
Exame físico (tiragem intercostal, aleteio nasal, sibilâncias, sinais de obstrução de vias
aéreas, antecedentes de rinite ou sinusite).
Espirometria Radiografia do tórax
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Anomalias congênitas (laringomalácia) Fibrose cística
Refluxo gastresofágico (ERGE) Anafilaxia
Aspiração de corpo estranho Bronquiolite
1. ASMA INTERMITENTE (sintomas aparecem menos de uma vez por semana, de início e
piora rápida).
2. ASMA LEVE (sintomas aparecem mais que uma vez por semana, mas tem curta
exacerbação).
3. ASMA PERSISTENTE MODERADA (sintomas diários, exacerbação forte, faz uso de
bronco dilatador diariamente).
4. ASMA PERSISTENTE GRAVE (sintomas diários, existe limitação para atividades físicas).
TRATAMENTO:
PERSISTENTE Glucocorticóide inalatório
LEVE Exemplo: BUDESONIDA
PERSISTENTE Beta2-agonista de ação curta + glucocorticóide
MODERADA Exemplo: SALBUTAMOL + BUDESONIDA
PERSISTENTE A ntileucotrieno + beta2-agonista de ação longa + glucocorticóide
GRAVE Exemplo: MONTELUCASTE + SALMETEROL + BUDESONIDA
IMPORTANTE: fazer orientações ao paciente, e seus familiares sobre ter controle ambiental,
mudanças de hábitos e medicações.
DICAS DE FÁRMACOS:
Agonista Beta2 adrenérgico de curta duração SALBUTAMOL, FENOTEROL,
TERBUTALINA.
Agonista Beta2 adrenérgico de ação prolongada SALMETEROL, FORMETEROL.
Corticoides inalatórios BUDESONIDA, BECLOMETASONA
Antagonista de leucotrienos MONTELUCASTE
Brometo de ipratrópio ATROVENT
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PNEUMONIA
DEFINIÇÃO: é a infecção do parênquima pulmonar
ETIOLOGIA:
1. Pneumonia Adquirida na Comunidade
Típicos:
Estreptococos Pneumoniae Haemophillos Influenzae
Atípicos:
Mycoplasma Pneumoniae Clamydia Pneumoniae
Legionella Fungos: Cândida, Aspergillus
Vírus: Parainfluenzae, Sincitial respiratório, Adenovirus
FATORES DE RISCO:
Pessoas maiores de 65 anos Imunossupressão Desnutrição
Uso de esteroides Alcoolismo Bronquiectasia
Uso recente de antibióticos Comorbidades
QUADRO CLÍNICO:
TRIADA Dispneia
Febre Mal-estar geral
Tosse Cefaleia
Infiltrado pulmonar Dor pleural
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DIAGNÓSTICO:
História clínica + exame físico (taquipneia, febre, taquicardia, diminuição da saturação de
oxigênio, estertores crepitantes, bronco fonia)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Tuberculose pulmonar Bronquite Embolia pulmonar
Derrame pleural Neoplasia pulmonar
PREVENÇÃO:
Vacina contra influenza
Vacina contra pneumococos em pessoas de 65 anos acima, e em pessoas com
comorbidades (HTA, DM, Dislipidemias, Insuficiência cardíaca, câncer...)
TRATAMENTO:
1. EXTRAHOSPITALARIO (ambulatorial), sem antecedentes de uso de antibióticos nos
últimos 3 meses.
SE O PACIENTE ESTA PREVIAMENTE SANO:
Azitromicina (500mg cada 24 horas VO) Claritromicina (500mg cada 12 horas VO)
Doxicilina (100mg cada 12 horas VO) Amoxicilina (500 mg cada 8 horas VO)
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2. INTRAHOSPITALARIO (em pacientes cardiopatas, pneumopatas, maiores de 65 anos e
se fez uso de antibióticos nos últimos 3 meses)
Levofloxacina (500mg IV) + Claritromicina (500mg cada 12 horas VO) ou
Ceftriaxona (1gr IV) + Doxicilina (100mg cada 12 horas VO).
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BRONCOPNEUMONIA
DEFINIÇÃO: É uma infecção de origem violenta e repentina que produz inflamação nos
pulmões e brônquios, causando transtorno respiratório.
Ataca mais ás crianças, e pessoas idosas
Quase sempre vem de um catarro mal curado ou imunossupressão.
ETIOLOGIA:
VIRAL
Vírus Sincicial Respiratório Adenovírus
Influenza Para influenza
BACTÉRIAS
Haemophylus Influenzae Estreptococos Pneumoniae
Pseudomona Estafilococo Aureus
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Tosse intensa e fatiga Taquipneia, expectoração, Estertores crepitantes
decaimento
Febre com transpiração e escalafrios por uma média de 3 dias.
FATORES DE RISCO:
Desnutrição Aspiração de conteúdo gástrico
Imunodeficiência Infecções do sistema respiratório superior
COMPLICAÇÕES:
Abscesso pulmonar Empiema pleural
Bacteriemia Pericardite supurada
DIAGNÓSTICO:
Clinico Radiografia de tórax
Hemograma/hemocultivo PCR
TRATAMENTO:
De acordo com o agente patológico causal.
Antitussivos e expectorantes
Antipiréticos
Bastante ingestão de líquidos
Antibiótico terapia
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TUBERCULOSE
DEFINIÇÃO: Doença bacteriana, causa pelo Mycobacterium Tuberculoses Bacilo De
Koch (são bacilos aeróbios com parede celular rica em lipídios, e são BAAR que quer dizer:
Bacilo Álcool Acido Resistente).
Período de incubação é de 6 a 14 semanas.
FATORES DE RISCO:
Crianças menores de 5 anos, e adultos Pacientes imunodeprimidos (AIDS, HIV)
maiores de 60 anos Alcoolismo
Desnutrição Diabetes mellitus
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Tosse a mais de 2 semanas (sintomático respiratório)
Sudoração noturna Dor torácico
Hemoptise (não necessariamente) Perda de peso
Anorexia Febre
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Baciloscopia seriada (3 amostras)
Radiografia de tórax (se nota consolidação parenquimatosa...)
Prova tuberculínica PPD (derivado de proteína purificada)
Se realiza mediante a TÉCNICA DE MANTOUX (se aplica na cara anterior do antebraço
esquerdo 0,01ml e espera 72 horas).
RESULTADOS:
0 a 4 mm = não reagente (provavelmente nunca teve contato com o bacilo)
5 a 9 mm = reagente débil (quando se teve contato com o bacilo, por exemplo ao vacinar
com a BCG)
Maior que 10 mm = forte reagente
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RESULTADOS
0 a 2 pontos = não é tuberculose.
3 a 4 pontos = suspeitoso de tuberculose, deve realizar mais investigações.
5 a 6 pontos = sugestivo de tuberculose, pode-se realizar prova terapêutica.
Mais que 7 pontos = certeza de tuberculose, iniciar o tratamento
TRATAMENTO:
Como fazer uma prescrição para pacientes hospitalizado com Tuberculose?
“PACIENTE DEVE ESTAR EM ISOLAMENTO RESPIRATÓRIO”.
1. Dieta hiperprotéica e hipercalórica
2. Tampão heparinizado
3. Controle de signos vitais
4. Ceftriaxona 1gr cada 12 horas EV
5. Claritromicina 500mg cada 12 horas VO
6. Codeína 10ml cada 8 horas VO
7. Ranitidina 50mg cada 12 horas EV
8. Dipirona (metamizol) 1gr se febre
9. Tratamento especifico para tuberculose (ver abaixo)
10. Comunicar câmbios.
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ESQUEMA II (usado em casos de abandono, retratamento e fracasso terapêutico, tem
três fases e dura 8 meses)
PRIMEIRA FASE (dura 2 meses)
Isoniacida Rifampicina
Etambutol Pirazinamida
Estreptomicina
ESQUEMA III (usado em pacientes pediátricos e gestantes tem 2 fases e dura 5 meses)
PRIMEIRA FASE (dura 2 meses)
Isoniacida Rifampicina Pirazinamida
COMPLICAÇÕES DE TUBERCULOSE:
Fibrose Pulmonar Pneumonia
Cavitação Bronquiectase
Atelectasia Derrame pleural
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DPOC / EPOC
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
TIPOS:
ENFISEMA (diminuição da elasticidade dos pulmões e destruição dos alvéolos)
Centroacinar (tabagistas)
Panacinar (deficiência de antitripsina)
FISIOPATOLOGIA:
Agente etiológico ingressa pelas vias aéreas Produz uma limitação do fluxo
aéreo Causando danos no parênquima pulmonar
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CLASSIFICAÇÃO DE DISPNEIA
GRAU 0: caminha com ausência de dispneia
GRAU 1: dispneia ao andar rápido ou subir elevações
GRAU 2: não consegue acompanhar as pessoas com quem caminha
GRAU 3: precisa descansar a cada 100 metros
GRAU 4: dispneia até em repouso
TRATAMENTO:
1. Mudanças no estilo de vida
2. Fármacos (oxigênio terapia/ broncodilatadoresfenoterol, salbutamol, teofilina)
3. Cirúrgico (ressecção do parênquima pulmonar, lobotomia, ou transplante pulmonar)
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ATELECTASIA
DEFINIÇÃO: É o colapso de uma parte ou todo o pulmão.
CAUSAS:
Obstrução das vias aéreas (brônquios e bronquíolos)
Pressão na parte externa do pulmão
FATORES DE RISCO:
Anestesia Tubo de respiração
Objeto estranho nas vias respiratórias Doenças pulmonares
Moco que tampa as vias respiratórias Tumores
Derrame pleural (pressão causada pela acumulação de líquidos entre as costelas e o
pulmão)
Repouso prolongado (com poucas trocas de posição)
SINTOMAS:
Dificuldade respiratória Dor torácica Tosse
DIAGNÓSTICO:
Broncoscopia TAC do tórax
Radiografia do tórax (podemos ver um deslocamento das cissuras, perda da aeração
pulmonar, elevação das cúpulas frênicas, desvio do mediastino para o lado da atelectasia).
TRATAMENTO:
Tem que voltar a expandir o tecido pulmonar afetado
Extração de líquidos (se tem) Palmear (para soltar o moco)
Exercícios respiratórios Broncodilatadores
COMPLICAÇÕES:
A pneumonia é a principal complicação da atelectasia.
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INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO (ITU)
DEFINIÇÃO: é uma infecção em alguma parte do sistema urinário, pode ser nos rins
(pielonefrite), na bexiga (cistite), ou na uretra (uretrite).
São mais frequentes nas mulheres, pela uretra curta e pelas características da flora vaginal.
CLASSIFICAÇÃO:
Segundo a anatomia
Baixas: Cistite y Uretrite Altas: Pielonefrite
Segundo a clinica
Não complicada:
Trato urinário normal. Sem presença Sintomas presentes nas
de obstruções. vias urinarias baixas.
Complicada:
Gestantes Pacientes imunocomprometidos.
Infecção de vias urinarias altas em Infecção urinaria em qualquer parte nos
mulheres. homens.
Insuficiência renal. Transplantados renais.
Malformações do trato urinário. Presença de cálculos, abscessos,
cateteres.
VIAS DE INFECÇÃO:
Ascendente Hematógena Linfática
ETIOLOGIA:
Bactérias Gram (-)
E. Coli (90%) Klebsiella Proteus Mirabilis Pseudômonas
FATORES DE RISCO:
Sexo feminino (pela uretra curta) Uso de sondas
Má higienização Gravidez
Homens com a glande coberta Sexo sem proteção
Debates mellitus Hiperplasia prostática benigna
DIAGNÓSTICO:
Exame clinico
EAS (na Bolívia chama EGO- exame general de orina)
Tem presença de marcadores de inflamação (leucócitos aumentados).
Urocultura: > 100.000 UFC/ml
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CISTITE
A bactéria ascende pela uretra e chega a bexiga, onde se reproduz causando uma
inflamação da mucosa vesical.
CLÍNICA: Disúria (dificuldade para urinar)
Polaciúria (maior o número de micções com diminuição do volume da urina)
Nictúria (maior volume de urina durante a noite)
Dor supra púbica
Urgência miccional/ tenesmo vesical
NO EXAME DE URINA: Piuria, esterase leucocitária, nitritos, Ph Aumentado, hematúria
(menos frequente).
TRATAMENTO:
Bactrim (trimetropim + sulfametoxazol) 1 comprimido cada 12 horas durante 7 dias
Ciprofloxacina 500mg cada 12 horas durante 7 dias
Nitrofurantoína 50 a 100 mg cada 6 horas durante 7 dias
URETRITE
É a inflamação ou infecção da uretra, pode ser gonocócica (causada pela bactéria Nesseria
gonorrheae) e não gonocócica, e também existem os casos mais raros como as uretrites
traumáticas (por sondas, corpo estranho), uretrite associada a neoplasia ou condiloma
intrauretral.
CLÍNICA:
Disúria Prurido uretral Urina turva e as vezes fétida
TRATAMENTO:
o Gonocócica: Penicilina benzatínica 2,4 milhões UI
o Não gonocócica: Bactrim ou Norfloxacina
PIELONEFRITE
É a infecção do parênquima, cálice e pelve renal.
CLÍNICA:
Febre (alta) Náuseas/ Vômitos
Escalafrios TRÍADA Mal-estar geral
Dor no flanco Sinal de Giordano positivo
DIAGNÓSTICO:
Clínico EAS (ego)
Urocultura + antibiograma TAC (para alguma dúvida, falhas
terapêuticas, abscesso, cálculos)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Apendicite Cólica renal/ litíase Gravidez ectópica
TRATAMENTO:
Fazer o tratamento empírico com ciprofloxacina 500mg cada 12 horas até sair o resultado do
antibiograma, e tratar com antibiótico especifico.
E fazer a Hidratação, analgesia e uso de antipiréticos em razões de necessidade.
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SÍNDROME NEFRÍTICA
O que é síndrome?
Conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma doença ou uma condição.
ETIOLOGIA:
Estreptococo hemolítico do grupo A (88%) Otite, faringite, amigdalite (12%)
SISTEMA DE COMPLEMENTO:
É um conjunto de proteínas sanguíneas que atuam promovendo as respostas inflamatórias e
imunes. Tem a função de destruir substancias estranhas como vírus e bactérias.
Principais componentes: C1 até C9
Valores normais:
C3 é de 83 a 177 mg/dl
C4 é de 16 a 47 mg/dl
MANIFESTAÇÕES CLÍNICA:
Hipertensão Arterial
Edema de membros inferiores TRÍADA
Hematúria
Proteinúria (não massiva, menor de 3,5g)
DIAGNÓSTICO:
Hematúria + proteinúria Creatinina sérica
Oligúria Excreção de proteínas
Edema de membros inferiores Biopsia renal
Hipertensão Arterial
TRATAMENTO:
Diminuir a pressão arterial e a sobrecarga de líquidos com restrição de sal e água.
Penicilina Benzatinica
Menor de 25 kg: 600.000 Dose única IM Maior de 25 kg: 1,200.000 Dose única IM
Diuréticos de ASA
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SÍNDROME NEFRÓTICA
DEFINIÇÃO: É o aumento da permeabilidade glomerular, caracterizado por:
ETIOLOGIA:
PRIMÁRIA
Glomerulonecrose focal ou Nefropatia membranosa Glomerulonefrite
segmentaria membranoproliferativa
SECUNDÁRIA
Nefropatia diabética Nefropatia por hipertensão arterial Nefropatia por HIV
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Edema periférico Derrame pleural/ ascite Anorexia
Dor abdominal Hiponatremia
DIAGNÓSTICO:
EAS (EGO): proteinúria >3,5 g - Lipidos ovaladoscruz de malta
Biopsia Renal (se necessário)
TRATAMENTO:
Controle da pressão arterial (IECA/ARA II)
Restrição de sal, líquidos e proteínas
Diuréticos (tíazidicos, ASA)
COMPLICAÇÕES:
Aumento do risco de tromboembolismo pulmonar
Insuficiência Renal Crônica
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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
DEFINIÇÃO: Perda súbita da função renal que aparece em horas ou dias.
Se manifesta pela diminuição da capacidade de eliminar AZOADOS (são compostos
nitrogenados do sangue, como a ureia e a creatinina).
ETIOLOGIA:
Drogas, tabaco, álcool Insuficiência cardíaca Hipertensão arterial
Diabete mellitus Pancreatite Alimentos como sal, fritura,
refrigerante...
FISIOPATOLOGIA:
Os rins têm as funções de absorção, filtração e excreção.
Agente etiológico ataca o sistema renal Alterando a funcionalidade ( o rim não pode
filtrar e eliminar as toxinas) O rim fica sem eliminar os líquidos, causando edema
edema pode ocasionar obstrução Levando a uma diminuição da filtração
glomerular, que causa anúria. Possibilitando um compromisso anatômico.
CLASSIFICAÇÃO:
1. PRÉ RENAL (40 a 70 % dos casos)
A principal causa é a desidratação
Observação:
Valor normal da diurese é: 1500 a 2000 ml por dia
Anuria é: menos que 100 ml/dia
Oliguria é: menos que 400 ml/dia
DIAGNÓSTICO:
Clinico Perfil renal (ureia e creatinina)
Ionograma Ácido úrico
Clearance de creatinina (80 a 150 ml/min) Hemograma (eosinofilia)
COMPLICAÇÕES:
Infecções pulmonares e renais Sepse
Hiperpotassemia Anemia
Necrose tubular aguda (NTA)
TRATAMENTO:
Observação: manter Pressão Arterial Sistólica maior a 80 mmHg e uma adequada
oxigenação tecidual.
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3. Tratamento para IRA pós-renal
Resolver a obstrução ( por exemplo, com Citoscopia (para colocação de cateter
sonda folley) duplo J)
Nefrostomia
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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
DEFINIÇÃO: é a perda progressiva e irreversível da função renal.
A Taxa de filtração glomerular é menor que 60 ml/min por mais que 3 meses
ETIOLOGIA:
Nefropatia diabética Hipertensão arterial Glomerulopatias, tubulopatias
Glomerulonefrite crônica Rins policísticos Uropatias obstrutivas
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
A nível digestivo: anorexia, vômito, hálito urêmico, doenças acidopépticas
A nível cardiovascular: insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, pericardite,
aterosclerose generalizada
A nível do sistema nervoso: encefalopatia, uremia, convulsões
A nível da pele: prurido, coloração amarelada, escarchas urêmicas
A nível hematológico: anemia, equimose, hemorragias
A nível metabólico: hiperfosfatemia, hipopotassemia, acidose metabólica
A nível ósseo: osteodistrofia renal, osteomalacea, osteosclerose
DIAGNÓSTICO:
História clínica: antecedentes de Diabetes Mellitus/ Hipertensão Arterial
Sintomatologias urêmicas
Exame físico
Exames laboratoriais (hemograma, ureia, creatinina, glicemia, proteínas totais, albumina,
ionograma)
TRATAMENTO:
Varia segundo os estágios da insuficiência.
Estágios I e II: Deve tratar as comorbidades para abaixar o risco cardiovascular
Estágio III: Investigar e tratar as complicações
Estágio IV e V: preparar o paciente para a Diálise
Estágio V: deve optar pelo transplante renal
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DIABETES MELLITUS
DEFINIÇÃO: é um estado de hiperglicemia, causado pela deficiência na produção de insula
ou resistência a ela.
Diabetes significa urina excessiva Mellitus significa doce como o mel
GENERALIDADES:
PÂNCREAS
É um órgão glandular Localizado no epigástrio (posterior ao
estomago)
Peso: 70 a 100 gramas, mede: 10 a 15 Se divide em: cabeça, corpo e cauda.
cm.
Condutos: de Wirsung e de Santorini Irrigação: tronco celíaco, mesentérica
superior, esplênica e pancreática transversa
Função: produção de insulina e glucagon na porção endócrina, e na porção exócrina
participa na digestão secretando enzimas digestivas
INSULINA
É um hormônio secretado pelas células Beta do pâncreas (ilhotas de Langerhans), esta
formada por 51 aminoácidos.
Função: é a chave da glicose, para que a glicose entre nas células e se transformem em
ATP (energia)
Tipos de insulina: de ação lenta (seu efeito começa com 4 horas, alcançando o pico entre
6 a 8 horas), de ação intermediaria (seu efeito começa com 2 horas, alcançando o pico entre
4 a 6 horas), de ação rápida (seu efeito começa com 15 a 30 minutos, alcançando o pico em
2 horas).
Se pode administrar no abdome, braço, glúteo e coxa.
GLICOSE
É uma forma simples de açúcar
Glicemia é a quantidade de açúcar no sangue
Função: dar ATP (energia) para o organismo (vitalidade do cérebro)
Valores normais: em jejum 70 a 99 mg/dl
2 horas depois de comer menor a 140 mg/dl
PRÉ DIABETES
DEFINIÇÃO: É um estado hiperglicêmico, mas seus valores não são suficientemente alto
para diagnosticar uma diabete mellitus.
Glicemia em jejum: maior que 100 mg/dl e menor que 126 mg/dl
Glicemia pós comida: maior que 140 mg/dl e menor que 200 mg/dl
FATORES DE RISCO:
Sedentarismo Obesidade Antecedentes familiares de primeiro grau
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TRATAMENTO: Mudanças no estilo de vida como alimentação saudável, práticas de
exercícios físicos regularmente...
DIABETES MELLITUS
DEFINIÇÃO: É um estado hiperglicêmico, com os valores suficientemente alto para
diagnosticar uma Diabete Mellitus.
Glicemia em jejum: maior ou igual a 126 mg/dl
Glicemia pós comida: maior a 200 mg/dl
TIPOS:
Diabetes mellitus tipo 1 Diabetes mellitus tipo 2 Diabetes gestacional
São mais raras:
Mody Lada
IMPORTANTE LEMBRAR:
Nesse caso o pâncreas não produz insulina
É autoimune ou idiopática
Corresponde de 5 a 10 % dos casos de DM
Tem evolução rápida, e pode apresentar cetoacidose.
ETIOLOGIA:
Fatores genéticos/ ambientais/ autoimunes
FISIOPATOLOGIA:
O organismo não reconhece e lesiona o pâncreas, fazendo com que não se produza a
insulina.
QUADRO CLÍNICO:
Poliúria (aumento do volume de urina)
Polidipsia (sede excessiva) 4 P’s
Polifagia (fome excessiva)
Perda de peso
Fadiga, dor abdominal, náuseas, vômitos, desnutrição e confusão mental (raramente).
TRATAMENTO: como o paciente não produz a insulina, tem que repor de maneira exógena
com a própria INSULINA + dieta + exercícios.
O valor da dose de insulina é: 0,5 a 1 UI/kg/dia (subcutâneo)
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Tipo de Exemplos Início da Pico Duração Aspecto
insulina ação
De ação -Lispro 5 a 15 30 minutos a 3 a 5 horas Cristalino
ultrarrápida -Asparte minutos 1 hora
-Glutisina
De ação rápida -Regular 30 minutos a 2 a 3 horas 5 a 8 horas Cristalino
1 hora
De ação -NPH 2 a 4 horas 4 a 10 horas 10 a 18 Leitoso
intermediaria -Lenta horas
De ação -Glarcina 2 a 4 horas Sem pico 20 a 24
prolongada horas
ESQUEMA I:
o Glargina (50% do total durante a noite) + Lispro (antes das 3 refeições)
ESQUEMA II
o NPH + Regular (subcutâneo)
aplicar 2/3 na manhã (antes do café da manhã, 70% NPH e 30% Regular)
aplicar 1/3 a noite (antes da janta, 50% NPH e 50% Regular)
IMPORTANTE SABER:
Porque é importante medir a glicemia as 03:00am?
Efeito Somogyi: hiperglicemia matinal, em rebote a uma hipoglicemia entre as 3 e 4 da
manhã, causado por uma alta dose de insulina na janta.
Efeito alvorecer: hiperglicemia matinal, que acontece devido a baixa dose de insulina, ou
administração muito cedo.
ETIOLOGIA:
Fatores genéticos, ambientais, e resistência ou baixa secreção de insulina.
FATORES DE RISCO:
Obesidade/ sedentarismo/ má alimentação Antecedentes familiares
FISIOPATOLOGIA:
As células Beta do pâncreas disfuncionais provocam uma diminuição na secreção de
insulina causando a HIPERGLICEMIA.
Fígado e músculos não são capazes de captar a glicose causando a HIPERGLICEMIA.
QUADRO CLÍNICO:
Poliúria (aumento do volume de urina)
Polidipsia (sede excessiva) 4 P’s
Polifagia (fome excessiva)
Perda de peso
Adinamia, mareio, fadiga
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TRATAMENTO:
Dieta e exercícios físicos
AAS (previne eventos cardiovasculares em pessoas maiores de 40 anos)
Antidiabéticos orais
DIABETES GESTACIONAL
DEFINIÇÃO:
É o estado hiperglicêmico, que se diagnostica pela primeira vez na gravidez. Geralmente,
aparece a partir da 24° semana de gestação. Após o parto ocorre normalmente a tolerância a
glicose.
ETIOLOGIA:
A mesmo organismo produz, atacando o pâncreas.
A ação da insulina é bloqueada pelos hormônios produzidos pela placenta, causando
resistência a insulina.
QUADRO CLÍNICO:
Poliúria (aumento do volume de urina)
Polidipsia (sede excessiva) 4 P’s
Polifagia (fome excessiva)
Perda de peso
COMPLICAÇÕES:
Pré-eclâmpsia Macrossomia fetal
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TRATAMENTO:
Dieta
Atividade física (adequada para a gestação)
Se não há melhora: INSULINOTERAPIA
Tratamento:
Se hipoglicemia leve tratar com 10 a 20 gramas via oral (Coca-Cola, balas)
Se hipoglicemia grave tratar com 10 a 20 gramas de glicose endovenosa (glucagon).
3. CETOACIDOSE DIABÉTICA
Glicemia entre 300 a 600 mg/dl Ph diminuído
Bicarbonato diminuído PCO2 aumentado
Hálito de fruta (maça)
Tratamento:
Insulinização
Primeiro fazer em bolo a insulina cristalina em bolo EV (5 a 10 UI)
Logo após: 0,05 a 0,1 UI/kg/hora (até alcançar entre 250 a 300 mg/dl)
E depois: insulina cristalina cada 6 horas subcutânea.
Hidratação
Primeiro fazer um litro de solução fisiológica nos primeiros 30 minutos,
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Logo após fazer mais um litro na seguinte hora, e depois mais um litro durante as seguintes 6
horas.
2. VASCULARES
MICROVASCULARES:
Retinopatia Nefropatia Neuropatia (pé diabético)
MACROVASCULARES
Infarto Agudo do Miocárdio Acidente Cerebral Vascular Arteriopatia periférica
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PÉ DIABÉTICO
DEFINIÇÃO: Alteração clínica de origem neuropática, induzida pela hiperglicemia crônica,
com ou sem a presença de isquemia ou infecção (com ou sem lesões e úlceras no pé).
AGENTES INFECCIOSOS:
Gram (-) E. Coli/ Proteus/ Klebsiella Anaeróbios Estreptococos, Pseudomona
FATORES DE RISCO:
Perda da sensibilidade tátil dolorosa Calosidades, micoses
Deformidades (Atropatia de Charcot) Diabete mellitus de longa duração
Historia de ulceras ou amputações anteriores
COMO PREVENIR:
Fazendo um controle da glicemia Controlando o peso
Controlando a hipertensão arterial, e Boa higiene das unhas e dos pés, e usar
dislipidemias. calçados adequados.
CLASSIFICAÇÃO DE WAGNER
GRAU 0 Pé sem lesão, porém com alto risco (deformidades, calos, alterações de
sensibilidade)
GRAU 1 Compromisso dérmico com ulceras superficiais (compromete toda a espessura
da pele, mas não afeta tecidos subjacentes)
GRAU 2 Ulcera profunda, com compromisso de músculos e ligamentos (não compromete
osso, ou formam abscessos)
GRAU 3 Ulcera profunda, com celulite (osteomielite)
GRAU 4 Gangrena localizada (limitada no máximo a 3 dedos do pé ou uma parte do
calcanhar)
GRAU 5 Gangrena extensa (compromete todo o pé)
CONDUTAS DE TRATAMENTO:
1. Inspeção e valoração da lesão (com cirurgião)
2. Exames de rotina (hemograma, ureia, creatinina, glicemia)
3. Radiografia do pé
4. Hemocultura + antibiograma
5. Limpeza, curativo e debridamento diário
6. Antibiótico terapia (de acordo ao tamanho da lesão e o germe, se lesão leve tratamento
oral, se graves tratar com atb endovenoso).
7. Controle de glicemia (valoração com medicina interna)
8. Orientar o paciente a caminhar (para ativar a circulação)
9. Ecografia doppler, arteriografia.
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ANEMIA
DEFINIÇÃO: é a diminuição da hemoglobina.
Valor normal da hemoglobina:
Homens: 13 a 18 g/dl Mulheres: 12 a 16 g/dl (gestantes: até 11 g/dl
GENERALIDADES:
VCM (volume corpuscular médio) indica o tamanho do glóbulo vermelho.
Valor normal: 80 a 100 Fl (fentolitros)
VCM aumentado (>de 100Fl) MACROCÍTICA
Características de anemia megaloblástica, e hemolíticas
VCM diminuído (<80Fl) MICROCÍTICA
Característica de anemia ferropénica, anemia de enfermidades crônicas.
VCM normal (80 a 100Fl) NORMOCÍTICA
Característica de anemia ferropriva, hemolíticas, aplásicas.
HCM (hemoglobina corpuscular média) indica a quantidade de hemoglobina dentro do
glóbulo vermelho.
Valor normal: 27 a 32 pg (picogramo)
HCM diminuído (<27pg) HIPOCRÔMICA
Característica de anemia por déficit de ferro.
ANEMIA FERROPÉNICA
Déficit de ferro (valor normal do ferro= 60 a 150 mg/dl) Microcítica, Hipocrômica
Manifestação clinica
Intolerância ao esforço Sonolência/ irritabilidade
Cansaço físico desproporcional Palidez de mucosa e palma da mão
Glossite (despapilado, atrofia papilar) Queilite/ queilose (rachadura dos lábios)
Perversão do apetite (PICA) Unhas quebradiças
Disfagias Agravamento de doenças crônicas de base
Diagnóstico
Clinico Hemograma completo
Ferro sérico Ferritina
Saturação de transferrina
Tratamento
1. Buscar a causa
Geralmente em crianças é secundaria a parasitos, prematuridade, peso baixo ao nascer,
uso de leite de vaca...
Em adultos, causada por uma hipermenorreia ou gravidez nas mulheres, gastrectomia...
Em idosos, câncer de colón, hemorroida interna...
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2. Iniciar o sulfato ferroso
Em adultos 200 mg cada 8 horas (antes das refeições).
Em crianças 5mg/kg/dia (2 horas antes das comidas, associado a vitamina C).
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
Déficit de vitamina B12 e/ou ácido fólico
Grande quantidade de glóbulos vermelhos imaturos e grandes.
Macrocítica (VCM > 110), normocrômica (HCM normal)
Etiologia:
Carência de vitamina B12 Carência de ácido fólico
Hábitos vegetarianos Prematuridade Gravidez
Pancreatite crônica Alcoolismo Intolerância ao leite materno
Manifestações clínicas:
Características de anemias por carência. Características da falta de vitamina B12
Glossite Fatiga Irritabilidade
Queilite Síndrome neurológico Cefaleia
Palidez Parestesias Cansaço
Sintomas:
Diarreia constipação Fatiga
Palidez Inflamações Déficit de concentração
Diagnóstico:
Hemograma completo Bilirrubina aumentada
Hemoglobina diminuída, VCM aumentado, Acido fólico/ vitamina B12 diminuídos
HCM normal
Tratamento:
1- Déficit de vitamina B12 2- Déficit de ácido fólico
Vitamina B12 IM 1000mg/dia ou Vitamina B12 VO Ácido fólico 1 a 5mg/dia
2000mg/dia
Durante 7 dias, logo
2 vezes por semana durante 4 semanas, logo 1 vez
por mês
ANEMIA HEMOLÍTICA
Normocítica Autoimune e Hereditária Aumento da destruição dos eritrócitos
Manifestações clínicas:
Palidez Icterícia Esplenomegalia
Cefaleia Mareio Unhas quebradiças
Tratamento:
50
Se emergência: fazer transfusão Uso de ácido fólico e suplemento de ferro
sanguínea
ANEMIA FALCIFORME
Hemoglobinopatia hereditária
Causa a produção anormal dos glóbulos vermelhos, que ficam deformados (tornando-os
frágeis, que se rompem com facilidade)
Eritrocito em forma de “foice”
Normal Falciforme
Manifestações clínicas:
Icterícia Crises Oclusivas Dolorosas Anemia Hemolítica Severa
Tratamento:
Ácido fólico 5mg/dia VO Vacinas para Hepatite B e Haemophylos Influenzae do
grupo B.
51
HEPATITE
DEFINIÇÃO: É a inflamação do fígado.
Hepa: hepatócitos
Ite: Inflamação
CLASSIFICAÇÃO:
Hepatite A Hepatite B Hepatite C
Hepatite D Hepatite E Hepatite Alcoólica
Hepatite fulminante
Tratamento:
Mudança no estilo de vida Diuréticos
Vitamina k (para prevenir sangramentos) Antibiótico terapia para infecções
Tratamentos endoscópicos para veias Extração de líquidos do abdome
dilatadas (paracentese)
Derivação portosistémica intrahepatica Transplante de fígado.
transjugular para reparar o fluxo sanguíneo
HEPATITE A
Aguda
É a forma mais comum e menos grave de hepatite.
Transmissão: Fecal-oral (através de alimentos)
Diagnóstico:
IgM e IgG para VHA (vírus da hepatite A)
O paciente adquire imunidade depois de infectado uma vez
Tratamento: sintomático
HEPATITE B
Aguda e crônica
Aumenta o risco de câncer hepático - 30 % dos casos são assintomáticos
Transmissão: via sexual, ou seringas infectadas
Diagnóstico:
Na fase aguda: HBsAg (proteína da superfície do Vírus da Hepatite B), e IgM para o VHB
Na fase crônica: IgG e marcadores de multiplicação HBsAg
52
Tratamento:
Na fase aguda: tratamento sintomático
Em formas graves e fulminantes: Antivirais Oral (Lamivudina, adefovir, tenofovir)
HEPATITE C
Mais de 70% são crônicas
Forma grave, seguidamente leva a cirrose ou câncer
80% dos casos são assintomáticos
Diagnóstico:
IgG e IgM para VHC RNA VHC
Tratamento:
TELAPREVIR, BOCEPREVIR, SIMEPREVIR (fármacos próprios para Hepatite C)
Interferón + ribavirina
HEPATITE D
Aguda * Somente contamina quem tem o vírus da hepatite B
Tratamento:
Se paciente assintomático + aminotransferas normal, fazer seguimento
Se tem hepatopatia crônica, tratar com interferón alfa ou peginterferón
HEPATITE E
Aguda Pouco conhecida
Transmissão: fecal-oral (alimentos contaminados)
Diagnóstico:
RNA para VHE
IgG e IgM anti VHE
Tratamento: sintomático
IMPORTANTE:
A RIBAVIRINA é capaz de inibir a replicação viral, sua dose é 10 mg/kg/dia VO dividido
em 4 doses por 14 dias (em Hepatite A e B) e 600 a 1200 mg diários, dividido em duas
doses, durante 3 a 6 meses (hepatite C).
A dose de INTERFERÓN ALFA é 3 milhões UI 3 vezes na semana durante 6 meses IV.
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RAIVA
DEFINIÇÃO: é uma doença viral, transmitida pela mordida (saliva) ou arranhão de animais
infectados (cachorros e morcegos).
Gênero: Lysavírus
Familia: Rhabdoviridae
Período de incubação: 20 a 90 dias
FATORES DE RISCO:
Pobreza Crianças entre 5 a 14 anos Zonas Rurais
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
“Quanto mais perto a mordida for do SNC, mais rápida é a evolução da doença”
3. COMA E CONVULSÕES
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Amostra de saliva (isolamento do vírus mediante o
cultivo mais a detecção ARN PCR) Antemortem
Biopsia (no animal, pele da parte posterior do pescoço, 5
a 6 mm que contenha 10 folículos pilosos no mínimo)
Soro e LCR (busca de anticorpos contra o vírus da raiva)
Biopsia cerebral do animal (para detectar antígenos virais) Posmortem
54
TRATAMENTO:
(Na Bolívia)
ANIMAL
CONHECIDO
VIVO, SORO ANTIRÁBICO 40 UI/kg
DOMÉSTICO +
ZONA DE ALTO VACINA ANTIRÁBICA (humanos) pelo
RISCO menos 1 dose diária x 5 dias
55
CELULITE E ERISIPELA
ERISIPELA
São infecções mais superficiais
DEFINIÇÃO:
Infecção da derme e epiderme mais linfáticos superficiais.
Se distingue por uma linha clara que demarca o tecido lesionado e o tecido saudável.
ETIOLOGIA:
Estreptococo Pyogenes Estreptococo agalactiae
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Lesão eritematosa de evolução progressiva delimitada entre tecido saudável e lesão
Dolorosa/ elevada/ endurecida
Hiperémica e hipertérmica
Pele brilhante (como a laranja)
Febre
Predominante na cara e nos membros inferiores
Em casos mais graves: linfangite, vesículas e bolhas.
CELULITE
São infecções mais profundas
DEFINIÇÃO:
Infecção da derme e do tecido celular subcutâneo (alcança tecidos mais profundos que a
erisipela).
Pode apresentar de forma aguda, subaguda e crônica.
FATORES PREDISPONENTES:
Trauma Perda da barreira cutânea Disseminação linfática/hematógena
ETIOLOGIA:
Estreptococos Pyogenes Staphylococos Aureus Celulite facial em crianças,
Haemophilos Influenzae.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Placas edematosas com eritema intenso Bolhas e ulceras
e brilhante
Se for na cara, pode aparecer edema Mais comum na cara e nos membros
palpebral, e diminuição da agudeza visual, inferiores
edema facial e limitação dos movimentos
oculares.
DIAGNÓSTICO:
Clinico Hemograma Cultivo e antibiograma das
lesões
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Dermatite por estase venos Dermatite por contato
Trombose venosa profunda Eritema migrans
TRATAMENTO:
Imobilização e elevação Analgésicos Aplicar frio local
Lavado com sulfato de cobr Antibiótico terapia
ERISIPELA LEVE
Penicilina V 500mg VO cada 6 horas ou Amoxicilina 500 mg VO cada 8 horas
CELULITE (purulenta)
Clindamicina 300 mg cada 8 horas VO ou Clindamicina 600 mg cada 8 horas EV
Amoxicilina 500 mg cada 8 horas VO + Doxicilina 100 mg cada 12 horas VO, ou
EM CRIANÇAS
Dicloxacilina 50mg/kg cada 6 horas.
57
MALÁRIA/ PALUDISMO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
“Suspeitar sempre em áreas endêmicas, nas pessoas com febre alta”.
Febre alta (>39°C) intermitente Escalafrios Mialgia
Mal-estar geral Anorexia
Os sintomas acontece em forma de ciclo, geralmente de 2 a 6 horas diárias, logo
desaparecem, e se repetem a cada 2 a 3 dias.
DIAGNÓSTICO:
Gota grossa/esfregaço Avaliação da carga parasitaria PCR (sorologia)
ELISA (teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos)
Durante a evolução clínica: hemograma, ureia, creatinina, ionograma, glicemia e
bilirrubinas para controle.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Dengue Leptospirose Febre amarela
Chagas (aguda) Hepatite viral
TRATAMENTO:
Plasmodium Falciparum
1. Mefloquina 2. Clindamicina
30mg/kg/dia divido em duas doses diárias 20mg/kg/dia divido em quatro doses diárias
durante 3 dias. durante 5 dias.
Em crianças: 5mg/kg/semana
3. Primaquina
0,5 a 0,75mg/kg/dia DOSE ÚNICA (somente
no último dia de tratamento)
Plasmodium Vivax
1. Cloroquina 2. Primaquina
150mg, três vezes por dia durante 3 dias.
15mg/dia em adultos, 5mg/dia em crianças.
Durante 14 dias.
IMPORTANTE: em GESTANTES, apenas a clindamicina (10mg/kg/dia, divido em duas
doses diárias durante 5 dias).
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TOXOPLASMOSE
DEFINIÇÃO: É uma doença infecciosa causada pelo parasito Toxoplasma Gondii.
Pode ser classificada em:
Congênita (transplacentária, mãe-filho) Adquirida (o hospedeiro é o gato)
TRANSMISSÃO:
Os gatos são os hospedeiros definitivos eliminam as fezes contaminadas com os
“ooquistes” do parasito infectam os alimentos (carne crua ou malcozida, agua e vegetais)
ou também pela manipulação das fezes (mão-boca).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Assintomático em 80% dos casos
Rash cutâneo Febre e mialgia Adenomegalia/
Visão borrada/fotofobia/ dor ocular Glaucoma/cegueira Linfoadenopatias
IMPORTANTE:
SOBRE A TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
Só passa ao bebê na fase aguda da doença (IgM +)
Pode causar:
Aborto Microcefalia Cegueira Retraso mental
Tríada de SABIN
Coriorretinite Calcificação cerebral Microcefalia
DIAGNÓSTICO:
Sorologia para IgM (infecção aguda) e IgG (infecção crônica)
IgG (-) e IgM (-) paciente susceptível IgG (+) e IgM (-) paciente imune/ crônico
igG (-) e IgM (+) paciente com infecção IgG (+) e IgM (+) Infecção aguda e
aguda crônica.
ELISA Hematoglutinação indireta
PCR
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Mononucleose Rubéola Citomegalovírus
PREVENÇÃO:
Medidas higiênicas Cozinhar adequadamente os alimentos
Agua potável Pré Natal adequado (gestantes)
TRATAMENTO:
1. Sulfadiazina 3g/dia 2. Piremetazina 50mg/dia 3. Ácido folinico 15 mg/dia
Tomar a cada 6 horas, durante 3 a 4 semanas.
Tratamento em gestantes:
1. Ácido foliníco 15mg/ dia VO
2. Espiramicina 3.000.000 UI cada 8 horas (até o nascimento)
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FEBRE AMARELA
É a mais clássica das febres hemorrágicas virais.
Agente: vírus da febre amarela Gênero: flavivírus
Vetor: mosquito haemagogus, aedes aegypti (raro) Período de incubação: 3 a 6 dias
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Forma leve (geralmente dura mais ou menos 3 dias, e cura sem complicações)
Inicio brusco com febre (39°C) Escalafrios Mal-estar geral
Presença de leucopenia e neutropenia. Cefaleia/ náuseas Mialgias
Sinal de FAGET (bradicardia relativa ao Congestão facial /
grau da febre) conjuntival
DIAGNÓSTICO:
“Considerar zonas endêmicas e pacientes não vacinados”.
Sorologia IgM PCR Hemograma
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Leptospirose Hepatite Viral Malária (formas graves) Dengue hemorrágica
TRATAMENTO:
Não tem antiviral especifico
Sintomático e suporte (paracetamol, dipirona, metoclopramida, ranitidina)
Hidratação
Transfusão sanguínea (se necessário)
PROFILAXIA:
Combate dos mosquitos (não deixar agua parada, uso de repelentes...)
Vacinação: 1° dose entre 12 a 23 meses, e se vai a zona endémica a partir dos 6 meses.
Reforço a cada 10 anos.
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HIV/AIDS
HIV: Vírus da Imunodeficiência humana.
É um vírus RNA Família Retrovírus
Gênero Lentiviridae
Tem dois subtipos: HIV 1 (mais comum) e HIV 2 (mais agressivo)
TRANSMISSÃO:
Sexual Sanguínea Materno-fetal
FATORES DE RISCO:
Múltiplos companheiros sexuais, Biossegurança inadequada,
Baixo nível socioeconômico
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Febre (mais de um mês) Herpes zoster (mais de 2 episódios, ou
intermitente/constante em mais de dois lugares)
Tosse (a mais de um mês) / TB pulmonar Sarcoma de KAPOSE (tumor maligno do
endotélio linfático)
Diaforese noturna Perda de peso Diarreia (por mais de um mês)
Artralgias Fatiga Faringite
Linfoadenopatias Meningite por criptococos
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TRATAMENTO:
EM ADULTOS EM CRIANÇAS (< de 3 a) EM CRIANÇAS (> de 3 a)
Tenofovir (300mg) Zidovudina Zidovudina
Efavirenz (600mg) Lamivudina Lamivudina
Lamivudina (300mg) Neviparina Efavirenz
DURANTE A GRAVIDEZ
Durante a gravidez
zidovudina + lamivudina + efavirenz (cada 12 horas)
No trabalho de parto
Se cesárea eletiva: zidovudina (começar 3 horas antes, na primeira hora 2mg/kg + 100 ml
de sol. Glicosada 5%, e continuar com 1mg/kg/hora, até cortar o cordão umbilical).
Se parto vaginal: zidovudina (quando iniciar as contrações, na primeira hora 2mg/kg + 100
ml de sol. Glicosada 5%, e continuar com 1mg/kg/hora, até cortar o cordão umbilical).
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GASTROENTEROCOLITE AGUDA
DENIFIÇÃO: diarreia infecciosa, que se define como uma inflamação e/ou disfunção
intestinal, produzida por um agente infeccioso ou suas toxinas.
É o aumento da frequência de catarses, aumento do volume fecal, e diminuição da
consistência das fezes.
Caracterizado por uma síndrome diarreica + desidratação e tenesmo.
Síndrome Diarreica
Diarreia (varia de acordo com o agente causal) Febre
Vomito/anorexia Dor abdominal
CLASSIFICAÇÃO:
1. Alta (intestino delgado): aumento do volume, diminuição da frequência, sem tenesmo
Baixa (cólon): diminuição do volume, aumento da frequência, com tenesmo
ETIOLOGIA:
VIRAL Rotavírus (menores de 2 anos), Norovírus (adulto), Adenovírus
BACTÉRIAS Shigella, E. Coli, Salmonela, Compylobacter jejuni
PARASITOS Entamoeba Histolytica, Giardia lamblia
TOXINA Staphylococus, Clostridium perfringes
DIAGNÓSTICO:
História clínica (anamnese, investigação, Hemograma (útil para verificar o agente
suspeitas) infeccioso)
Coproparasitológico/ coprocultivo Moco fecal
Função renal (creatinina e ureia) Eletrólitos (para avaliar a desidratação e
desequilíbrio hidroeletrolítico)
MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS
Secretório
Desiquilíbrio entre absorção, secreção de Fezes abundantes e aquosas
agua e eletrólitos (aumento de secreção, e Ocorre mais no intestino delgado
diminuição da absorção) Não diminui em jejum
Causas: toxinas, drogas
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Osmótica
Diarreia acida Diminui com o jejum
Aumento do lúmen intestinal Causa: deficiência de lactose
Inflamatória
Penetra na mucosa/ infecção Causas: doenças inflamatórias intestinais
Dano da mucosa e barreira epitelial Presença de leucócitos, moco e sangue
Presença de neutrófilos + necrose + desgranulação
Disabsortiva
Disfunção da absorção intestinal
Presença de esteatorréia (presença excessiva de gordura nas fezes por má absorção)
Causas: enfermidade celíaca (reação imunológica a ingestão de glúten), pancreatite
crônica.
TRATAMENTO:
Hidratação (segundo o grau de desidratação) PLANO A/B/C
Antibióticos
Trimetropim 10mg/kg/dia VO
Sulfametoxazol 50mg/kg/dia VO Cada 12 horas por 5 dias.
Ciprofloxacina 500mg VO de 12 em 12 horas por 5 dias.
GRAUS DE DESIDRATAÇÃO
SINTOMAS MÍNIMA MODERADA SEVERA
Perda de H2O < de 50ml/kg ou 50 a 100 ml/kg ou > de 100 ml/kg ou
corporal ou peso < de 3% do peso 3 a 9% do peso > de 9% do peso
Nível de Bom, alerta Inquieto ou irritado Inconsciente,
consciência letárgico
Normal Fontanela anterior Cianose, respiração
Cabeça deprimida, em boca de peixe
aleteo nasal
Sede Normal Bebe avidamente Incapaz de beber
Olhos Normal com lagrimas Fundos, diminuição Choro sem lagrimas
de lagrimas
Boca e língua Normal, Saliva filante, Seca
Língua húmida Língua seca Língua saburral
Tonalidade da pele/ Instantânea < de 2 segundos >de 2 segundos
pregas
Enchimento capilar Normal, menor de 2 De 2 a 5 segundos Maior de 5 segundos
segundos
Gasto urinário Normal Diminuído (oliguria) Anúria
PLANOS DE RE-HIDRATAÇÃO
PLANO A (pacientes com doença diarreica sem desidratação ou desidratação leve, se
trata em casa, ambulatoriamente).
Aumentar a ingesta de líquidos (agua, sucos, chá) + soro da vida
Soro oral em menores de um ano (50 a 100 ml), em maiores de um ano (100 a 200 ml).
Administrar a colheradas ou canudo, depois de cada evacuação.
Orientar os pais sobre os sinais e sintomas de desidratação.
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Soro da vida: 3.5g de sódio, 1.5g de potássio, 2.9g de citrato, 20g de glicose.
PLANO C (pacientes com desidratação grave, shock hipovolêmico. Fazer reposição IV)
Solução HARTMANN, ou sol. Salina isotônica a 0,9%
Na primeira hora fazer 50ml/kg (fase rápida), na segunda e na terceira hora fazer 25ml/kg
(fase de manutenção e reposição).
Quando o paciente puder beber, administrar soro da vida (oral) 25ml/kg/hora, mantendo a
reposição IV, ao completar o esquema, se melhorar, fazer plano A ou B, se não melhorou,
repetir o plano C.
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PARASITOSE
DEFINIÇÃO: Enfermidade infecciosa causada por protozoários e vermes (cestodos,
trematodos, nematodos ou artópodos).
Os principais são: Amebíase e Giardíase
AMEBÍASE
DEFINIÇÃO: Infecção parasitaria causada pelo protozoário ENTAMOEBA HISTOLYTICA.
TRANSMISSÃO: oral-fecal (ingesta dos cistos pela agua contaminada, alimentos
contaminados).
CLINICA: Assintomático, ou Colite amebiana, ameboma (tumor na parede do colón, por
inflamação amebiana), e enfermidades extra intestinais (abscesso hepático, pulmonar, peles,
ulceras geniturinárias).
COLITE AMEBIANA
Prevalece em crianças de 1 a 5 anos Em 30 % dos casos apresentam febre
Dor abdominal tipo cólico Diarreias de 6 a 8 vezes por dia
Pode apresentar fezes com moco Evolução gradual desde 2 semanas até
(leucócitos) meses
DIAGNÓSTICO:
PCR das fezes Moco fecal Coproparasitológico + cultivo
Hemograma (para ver anemia por deficiência de ferro).
TRATAMENTO:
METRONIDAZOL TINIDAZOL NITAZOXAMIDA
10mg/kg cada 8 horas 50mg/kg cada 24 horas 7,5mg/kg cada 12 horas
durante 7 dias durante 3 dia durante 3 dias
GIARDÍASE
DEFINIÇÃO: Infecção parasitaria causada pelo protozoário GIARDIA LAMBLIA (um parasito
flagelado, que infecta o intestino delgado, em especial o DUODENO).
A forma infectante é o cisto
CLINICA:
Assintomático ou
Infecção aguda com diarreia (esteatorréia, evacuações explosivas com presença
excessiva de gordura). Apresenta dor abdominal tipo cólico, tenesmo, febre (baixa),
náuseas e anorexia.
Infecção crônica com síndrome de má absorção (não absorve os nutrientes dos
alimentos, como o carboidrato, as vitaminas e lipídeos, + perda de peso e retardo do
crescimento). Apresenta evacuações abundantes e liquidas.
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DIAGNÓSTICO:
Moco fecal Coproparasitológico
TRATAMENTO:
METRONIDAZOL TINIDAZOL NITAZOXAMIDA
10mg/kg cada 8 horas 50mg/kg cada 24 horas 7,5mg/kg cada 12 horas
durante 7 dias durante 3 dia durante 3 dias
IMPORTANTE:
SÍNDROME DE LOEFFER: condição onde os eosinófilos se acumulam no tecido pulmonar,
devido a infestação parasitaria.
Clinica: febre, tosse, dispneia, hemoptise ocasional, infiltrado pulmonar
Parasitos que causam:
Strongiloides estercorales Ancylostoma duodenale Necator americanos
Taenia saginata Áscaris lombricoide
CICLO DE LOSS:
Ingestão de cistos ou através da pele, penetram na parede do intestino delgado
(alcançando vasos linfáticos ou vênulas), migrando para a circulação pulmonar, logo depois
migram para as vias aéreas superiores, onde são deglutidos e chegam ao intestino (se
transformando em adultos).
Obs.: Ascaris lombricoides obstruem as vias biliares (gostam de orifícios/Apendicite).
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SALMONELOSE / FEBRE TOFOIDE
DEFINIÇÃO: É uma doença infectocontagiosa produzida por enterobactérias do
gênero SALMONELLA TIPHY.
MANIFESTAÇÃO CLINICA:
Febre (de 38,5°C a 40°C) / escalafrios Náuseas/ vômitos/ anorexia
Diarreia severa (espumosa) Dor abdominal tipo cólica
Roséolas tificas (rash maculopapular) Signo de Faget (bradicardia causada pela
febre)
DIAGNÓSTICO:
Hemograma(leucopenia) e Hemocultura (a partir da primeira semana)
Coprocultura (a partir da segunda semana)
Reação de Widal (para detectar o antígeno anticorpo especifico)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Apendicite Malária Leptospirose
COMPLICAÇÕES:
Perforações intestinais / sangramentos
TRATAMENTO:
1. Ciprofloxacina 500mg cada 12 horas, durante 14 dias VO
2. Ceftriaxona 1gr cada 24 horas, durante 3 dias EV
3. Reidratação
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DOENÇAS ÁCIDO PÉPTICAS
DEFINIÇÃO: É uma doença crônica com alteração da mucosa gástrica/duodenal por ação
direta do ácido e da pepsina (enzima digestiva produzida pelas paredes do estomago,
ativado pelo suco gástrico. Sua função é transformar proteínas em aminoácidos).
ETIOLOGIA:
Infecção por Helicobacter Pylori Uso prolongado de AINES (antiinflamatórios não
esteroide)
FATORES DE RISCO:
Álcool e/ou tabaco Consumo de esteroides e cocaína
Insuficiência renal / cianose hepática Infecção por citomegalovírus
FISIOPATOLOGIA:
Existe um desiquilíbrio entre os mecanismos de defesa da mucosa gastroduodonal
(barreira mucosa, HCO3 e prostaglandinas) com forças nocivas (ácido clorídrico, pepsina,
ácidos biliares e enzimas pancreáticas).
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Dor tipo urente no epigástrio (diminui com a ingesta de alimentos e antiácidos, se é pós-
prandial a origem é duodenal, se é pré-prandial a origem é gástrica)
Outros sintomas pouco frequentes como: vomito (que sugere obstrução), perda de peso,
anorexia e pirose.
Sinais de alarme: anemia, hematêmese, melena, sangue oculto nas fezes.
Se dor súbita difusa em abdome superior, suspeitar de perfuração.
TRATAMENTO:
1. Omeprazol 20 mg cada 12 horas VO
2. Claritromicina 500mg cada 12 horas VO de 10 a 14 dias.
3. Amoxicilina 1gr cada 12 horas VO
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ACALASIA
DEFINIÇAO: É a incapacidade do esôfago de relaxar para a passagem do alimento (do
esôfago ao estomago)
Ausência de movimentos peristálticos.
Alteração do equilíbrio de neurotransmissores excitatórios e inibitórios
Causam anormalidades motoras do esôfago.
Afeta os neurônios nitrinérgicos do plexo mesentérico.
ETIOLOGIA:
Primaria: desconhecida Secundaria: enfermidade de chagas
Pseudoacalasia: neoplásicas, enfermidades infiltrativas, diabetes.
CLINICA:
TRÍADA CLASSICA OUTROS
Perda de peso Dor retroesternal
Disfagia Aspiração noturna (recorrente)
Regurgitação de alimento Asfixia pós-prandial
DIAGNÓSTICO:
ESOFAGOGRAMA COM BARIO: avalia o esvaziamento do esôfago e o aspecto da junção
esofagogástrica.
FLUOROSCOPIA: avalia espasmos no esôfago.
EVALUAÇÃO MANOMETRICA: avalia as contrações simultâneas de baixa amplitude do
esôfago, e o estreitamento de -2cm no Esfíncter Esofágico Inferior.
ENDOSCOPIA: avalia a dilatação e atonia do esôfago, e o fechamento do Esfíncter
Esofágico Inferior).
RADIOGRAFIA DE TÓRAX: revela o alargamento do mediastino devido ao esôfago dilatado.
TRATAMENTO:
Tem o objetivo de diminuir a pressão do Esfíncter Esofágico Inferior e produzir o
esvaziamento.
o Medicamentos que produzem o relaxamento do EEI
Nitrato de Isossorbida 5mg antes das refeições.
Nifedipino 10 a 30 mg, trinta minutos antes das refeições VO
o Globo pneumático (mecânico): introduz o esfíncter montado, sobre um endoscópio e se
expande para dilatar o EEI.
o Miotomia de HELLER (Cirúrgico): se realiza um corte nas fibras musculares do EEI para
liberar a pressão e permitir o passo dos alimentos.
70
ICTERICIA DO ADULTO
DEFINIÇÃO: É a coloração amarela da pele e mucosas, devido ao aumento das bilirrubinas.
Fezes hipercoreadas (hemolíticas) Fezes acólicas (obstructivas) Urina escura
VALORES NORMAIS:
Bilirrubina direta (solúvel em agua) = 0 a 0,3 mg/dl
Bilirrubina Indireta (insolúvel em agua) = 0,1 a 0,8 mg/dl
Bilirrubina total = 1,0 mg/dl
CLASSIFICAÇÃO:
1. PRÉ HEPÁTICAS 2. HEPÁTICAS 3. PÓS HEPÁTICAS
Anemia hemolítica Hepatite Obstrução biliar
Hemólise Cirrose Cole litíase
Anemia falciforme: Causa- Câncer de fígado: Causa- Síndrome de Mirizzi
da pelo aumento da da pelo aumento da (estreitamento do ducto
bilirrubina indireta (não bilirrubina direta hepático comum- Vesicula
conjugada) (conjugada) empotrada).
Sobre produção Diminuição da excreção
Má captação do fígado dos ductos biliares
Defeitos na conjugação da Regurgitação
bilirrubina
METABOLISMO DA BILIRRUBINA
1. GLÓBULO VERMELHO (Está dentro do sistema reticulo endotelial do baço- tem
a vida de 120 dias)
2. Após 120 dias o GR se degrada, liberando a HEMOGLOBINA
3. Que se divide em um grupo HEMO e um grupo GLOBINA
(obs.: a globina é tóxica para o organismo, ela vai para os rins onde é eliminada)
4. O grupo HEMO (formado por FERRO- que volta para o ciclo do ferro para formar
mais GR.
E pela PROTOPORFIRINA- útil no metabolismo da Bilirrubina)
5. A PROTOPORFIRINA se oxida (hemooxidasa- enzima que converte hemo em
BILIVERDINA)
6. A BILIVERDINA se converte em BILIRRUBINA INDIRETA (que é insolúvel em
agua/sangue, ou seja, não entra na corrente sanguínea)
7. A BILIRRUBINA INDIRETA “pega carona” com a ALBUMINA, (onde é transportada
até o fígado pela corrente sanguínea).
8. Quando chega no fígado (HEPATÓCITOS) a BILIRRUBINA INDIRETA se
transforma em BILIRRUBINA DIRETA, (através de uma enzima que chama
UDP GLUCORONIL TRANSFERASA)
9. A BILIRRUBINA DIRETA é secretada no intestino, onde se une as bactérias,
transformando-se em URIBILINÓGENO e ESTERCOBILINÓGENO, (e são
liberadas através das fezes e urina).
71
HIPOTIROIDISMO / HIPERTIROIDISMO
Tiroide:
É uma glândula endócrina
Situada em baixo da maça de adão (prominência laríngea), sobre a traqueia.
Pesa de 15 a 30 gramas no adulto
Conformada por 2 lóbulos (forma de mariposa), unidas pelo ISTMO
Regula o metabolismo do corpo e a sensibilidade de outros hormônios
Irrigada pela artéria tiroidea superior (ramificação da carótida externa), pela artéria tiroidea
inferior (ramificação da subclávia).
Hormônios: TRIODOTIRONINA (T3), TIROXINA (T4)
Os hormônios da tiroide têm efeito no metabolismo, crescimento, e desenvolvimento do
corpo, também regula a temperatura corporal, regula a frequência cardíaca, regula a pressão
arterial, o funcionamento do intestino, controle de peso e humor.
HIPERTIROIDISMO
É um transtorno hormonal caracterizado pelo aumento da produção de hormônios da
tiroide.
ETIOLOGIA VALORES NORMAIS:
Aumento na ingesta de iodo T3
Bócio (aumento do volume da glândula 12 a 24 anos 72 a 214 ng/dl
tiroide) 20 a 50 anos 70 a 200 ng/dl
Ingesta de hormônios Maior de 50 40 a 180 ng/dl
Enfermidade autoimune (enfermidade de T4
Graves- tríada: Bócio, Exoftalmia, e O,7 a 1,5 ng/dl
Dermopatia TSH
Maior de 20 anos 0,45 a 4.5 Mui/L
QUADRO CLINICO:
Diminuição do peso Irritabilidade / fatiga Câimbras / taquicardia
Intolerância ao calor / sudorese Exoftalmia
DIAGNÓSTICO:
Clinico Perfil tiroideo (T3 aumentada, T4 aumentado, TSH diminuído)
TRATAMENTO:
Terapia com Iodo radioativo (metimazol 10 a 30 mg/dia)
Cirúrgico (tireoidectomia), esta indicada para pacientes com bócio
Nas gestantes: propiltirouracil 300mg/dia
HIPOTIROIDISMO
É um transtorno hormonal caracterizado pela diminuição da produção de hormônios
da tiroide.
ETIOLOGIA:
Fatores autoimunes (mais comum) Fatores idiopáticos Baixa ingesta de
“Tiroidite de Hashimoto”. iodo
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QUADRO CLINICO:
Aumento do peso Metabolismo lento Intolerância ao frio
Pele seca Pelos e unhas quebradiças Cansaço / astenia
Distúrbios reprodutivos Bradicardia Constipação
DIAGNÓSTICO:
Clinico Perfil tiroideo (T3 aumentada, T4 aumentado, TSH diminuído)
TRATAMENTO:
LEVOTIROXINA (T4 sintético) 1 a 2 mg/kg/dia em jejum.
73
MENINGITE AGUDA
DEFINIÇÃO: Inflamação de origem infecciosa das meninges, acompanhada de mudanças
características do LCR.
ETIOLOGIA:
Estreptococos pneumoniae (50%) Meningite secundaria, Asséptico, não tem
Neisseria Meningite pus no LCR
Haemophylos Influenzae tipo B Vírus coxsackie
Listeria monocytogenes (neonatos, idosos) Vírus arbovírus
Vírus herpes simples tipo 1
HIV / citomegalovírus (imunodeprimidos)
Mycobacterium tuberculosis
FATORES DE RISCO:
Cirurgias intracraneais Traumas com exposição intracraneal
Esplenectomizados (porque produz menos anticorpos)
QUADRO CLÍNICO:
Cefaleia / náuseas / vômitos
TRIADA (1/3 dos casos) Rigidez da nuca, febre, alteração do estado neurológico.
SIGNOS MENÍNGEOS:
SIGNO DE KERNING Flexão de cadeira com extensão do joelho. Causa dor nas
costas e nos membros inferiores
Signo de Brudzinski Flexão passiva do pescoço. Causa a flexão da cadeira e joelho.
Rigidez da nuca Dor e impossibilidade de flexionar o pescoço, até o esterno.
DIAGNÓSTICO:
Punção lombar em todos os suspeitos CITOQUIMICO DO LCR (complicação da punção
lombar: herniação cerebral)
TC de crâneo PCR Hemograma e hemocultivo Eletrólitos
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PARA SABER: LIQUIDO CEFALORRAQUIDEO (LCR)
TRATAMENTO:
“Toda suspeita, iniciar o tratamento empírico”.
CEFTRIAXONA (2gr cada 12 horas) + CEFOTAXIMA (2gr cada 4 horas) +
VANCOMICINA (30 A 60 mg/kg cada 8 OBS: Todos por 10 a 14 dias.
horas) + AMPICILINA (2gr c/4 horas)
75
CRISE CONVULSIVA
DEFINIÇÃO: Manifestações clinicas de descargas anormais dos neurônios.
Convulsão: transtorno devido a descarga neuronal excessiva, que leva a contração e
distensão repetida dos músculos.
Epilepsia: enfermidade cerebral caracterizada por crises convulsivas recorrente, (prevenção
com CARBAMEZEPINA).
CLASSIFICAÇÃO:
Generalizadas (afeta o cérebro de Parcial (afeta áreas isoladas do cérebro)
maneira difusa)
Tônico (mantem a contração muscular) Tônicas-Clônicas (períodos alternados de
contração e relaxação)
MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
Contrações musculares generalizadas ou focais Cianose
de início e final súbito
Perda do controle do esfíncter urinário Impossibilidade de lembrar da crise
Confusão, sonolência, cefaleia, mialgia (devido à crise)
DIAGNÓSTICO:
Clinico Ressonância magnética Eletroencefalograma Tomografia
computadorizada
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Psicose Narcolepsia Ataques de pânico
COMPLICAÇÕES:
Edema cerebral
TRATAMENTO:
Oxigênio Diazepan IV ou RETAL (0,2 a 0,5 mg/kg) Fenitoina (15 a 20 mg/kg)
Fazer urgentemente na crise, não colocar a mão na boca do paciente, e posicionar ele em
decúbito lateral.
76
INFLUENZA
DENIFIÇÃO: É uma enfermidade respiratória aguda viral grave e contagiosa.
ETIOLOGIA:
Vírus Influenza ARN (família: Orhomyscoviridae) Tipo A/B/C
CLASSIFICAÇÃO:
Influenza aparece nos meses de inverno, mais frequente em crianças e
estacional: idosos.
Influenza aviar Grave, contagiosa, aumento da patogenicidade e mortalidade,
(H5N1): própria de aves silvestres.
Influenza Pandemia a nível mundial, vírus novo, o sistema imunitário não o
pandêmica (H1N1): reconhece.
FATORES DE RISCO:
Extremos da vida Comorbidades Imunodeprimidos
Desnutrição Pessoas da área da saúde Trabalho com aves
MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
Febre (maior de 38°C, por 2 a 3 dias) Escalafrios Cefaleia
Tosse intensa e duradoura / espirros Expectoração Adenofagia
Mal-estar geral Dispneia
DIAGNÓSTICO:
Epidemiológico Procedência, exposição e contato
Clinico Sintomatologia característica de influenza
Hemograma Leucopenia, linfopenia, trombocitopenia
Bioquimico Hiperglicemia, aumento da creatinina e transaminasas
Radiografia de Tórax: Em casos complicados, pode-se observar infiltrados de focos
múltiplos, extensos e bilaterais, ou em vidro esmerilhado.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Pneumonia bacteriana Bronquiolite Dengue Resfrio comum
TRATAMENTO:
Sintomático: antipiréticos, analgésicos
Especifico
1. RIMANTADINA y AMANTADINA (inibidores da proteína M)
2. OSELTAMIVIR (tamiflu) e ZANAMIVIR (inibidores da neuroaminidasa)
77
TÉTANO
DEFINIÇÃO: Enfermidade infecciosa, aguda, potencialmente letal, não contagiosa.
ETIOLOGIA: CLOSTRIDIUM TETANI (bacilo anaeróbio, gram +)
CLASSIFICAÇÃO:
Pela localização: Pela intensidade: Generalizado:
local ou cefálica leve, moderada e severa Puerperal, neonatal e cirúrgico
FATORES DE RISCO:
Pessoas não vacinadas, idosos, recém-nascidos, feridas contaminadas, drogas injetáveis,
feridas cirúrgicas, pós-parto, pós aborto, perfurações e tatuagens.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
Dor e formigamento (no local de Espasticidade dos músculos próximos ao
inoculação) local de inoculação
Rigidez da mandíbula e pescoço (trismus Irritabilidade / inquietude / insônia
Convulsões tônicas dolorosas Hiperreflexo osteo-tendinosa
Distensão por fortes espasmos musculares (coluna em arco) OPISTÓTONOS
Espasmos da glotes e músculos respiratórios (cianose e asfixia)
DIAGNÓSTICO:
CLINICO
Apresentação clinica associada ao antecedente de porta de entrada do Clostridium tetani.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Raiva Sepse Infecções agudas do SNC
COMPLICAÇÕES:
Infecções Intercorrente Sepse Ulceras de Decúbito Morte
TRATAMENTO:
1. Medidas gerais 2. Especificas
Controle de funções gerais Diazepan (1 a 8mg/kg IV)
Ventilação mecânica / traqueostomia Morfina
Imunoglobulina antitetânica (3,000 UI IM) Sulfato de Magnésio (2 a 3gr por hora, até
Antibiótico terapia (Bencil Penicilina desaparecer o reflexo rotuliano)
Sódica, Metronidazol, Tetraciclina) Toxina botulínica tipo A (nas feridas
locais)
3. Cirúrgico: Debridamento precoce e ressecção amplia e de tecidos necrosados.
78
SÍFILIS
DEFINIÇÃO: Enfermidade infecciosa de evolução crônica.
ETIOLOGIA: Treponema Pallidum (espiroqueta anaeróbia)
FATORES DE RISCO:
Promiscuidade sexual Prostituição Alcoolismo
Práticas sexuais desprotegidas Baixo nível socioeconômico
CLASSIFICAÇÃO:
Primaria Secundaria Latente (precoce e tardia)
Terciaria Congênita (transmitida via placentária da
mão ao feto)
PRIMARIA
Também chamado de CANCRO SIFILÍTICO Infecto contagiosa
Período de incubação: de 10 a 90 dias (3 a 12 semanas)
Apresenta uma lesão ulcerativa: CANCRO DURO (lesão que desaparece em 2 semanas,
é indolor, dura, única e limpa)
Outros sintomas que aparecem são: cefaleia, febre, dores articulares, adenopatias
inguinais.
SECUNDARIA
Infecto contagiosa, ocorre de semanas a meses após a primaria.
Alguns sintomas são: a nível da pele (macula, pápula, bolhas), a nível das mucosas (erosões
na boca, anus e vagina), queda de cabelo, febre, cefaleia...
LATENTE
Não contagiosa, pode persistir indefinidamente ou pode evoluir para a terciaria.
PRECOCE TARDÍA
Infecção com menos de um ano de Infecção a mais de um ano
duração Sem signos e sintomas
Pode estar presente sintomas e signos Testes sorológicos positivos
como na secundaria.
TERCIÁRIA
Neurosifilis, lesões cardiovasculares.
Pode levar mais de 20 anos para No SNC pode causar Meningite Sifilítica /
manifestar. paralises geral progressiva
DIAGNÓSTICO
VDRL (Venereal Disease Research TESTES TREPONEMICOS: THPA, FTA-
Laboratory) Abs e ELISA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Toxoplasmose Herpes genital HIV Carcinoma
TRATAMENTO:
Gestante Penicilina Benzatinica 2,4 milhões IM (3 doses com intervalo de uma
semana entre elas)
Sifilis Primaria, Penicilina Benzatinica 2,4 milhões IM (dose única, tratamento no casal)
e Latente Precoce
Sifilis Latente Penicilina Benzatinica 2,4 milhões IM (3 doses, com intervalo de uma
Tardia, e Terciaria semana entre cada dose)
Neurosifilis Penicilina Cristalina 3 a 4 milhões EV (de 4 em 4 horas, durante 14
dias)
Sifilis Penicilina Cristalina 50,000 UI/kg/dose EV (de 12 em 12 horas, durante
Congênita (No Rn) os primeiros 7 dias de vida, logo após de 8 em 8 horas nos próximos
10 dias).
80
SHOCK
DEFINIÇÃO: Síndrome caracterizada por um estado de HIPERPERFUSÃO
GENERALIZADA.
CLASSIFICAÇÃO DE SHOCK:
Hipovolêmico Cardiogênico Obstrutivo
Séptico Anafilático Neurogênico
SHOCK HIPOVOLÊMICO
Se caracteriza pela perda de volume
É a diminuição do volume intravascular (pode ser por perda de sangue, fluídos e eletrólitos).
CAUSAS:
Hemorragias Queimaduras Vômito / Diarreia
CLASSIFICAÇÃO
Segundo a gravidade:
LEVE MODERADA GRAVE
Diminuição da irrigação Diminuição do fluxo Diminuição do fluxo
periférica. (Pele, gordura, sanguíneo a nível central. sanguíneo no coração e
musculo e osso). (Fígado, coração, intestino e cérebro.
rins).
QUADRO CLINICO
Alteração de consciência Pele fria Palidez
Alteração de signos vitais (taquicardia, taquipnéia, hipotensão, pulso débil ou ausente)
LABORATÓRIO
O shock hipovolêmico está caracterizado por uma PANCITOPENIA, que é a diminuição de
todos os elementos do sangue:
Hemácias vão estar menor de 10 Leucócitos menor de 3.500
Plaquetas menor de 100.000
TRATAMENTO
1. ABCDE do trauma (segundo protocolo)
2. Estabilizar a pressão arterial (com cristaloides ou coloides)
3. Oxigênio terapia
4. REPOSIÇÃO DE VOLUME (2 vias de grosso calibre, para o soro e se necessário para o
sangue).
COMPLICAÇÕES
Danos multiorgânicos Óbito
SHOCK CARDIOGÊNICO
Compromisso ou danos cardíacos Diminuição da capacidade cardíaca
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CAUSAS:
IAM (+ frequente) Arritmias
Insuficiência cardíaca congestiva descompensada Fibrilação ventricular
Tamponamento cardíaco Miocardites
QUADRO CLINICO
Débito cardíaco diminuído Arritmia Alteração da consciência
Pele fria / cianose / palidez Preenchimento capilar Estertores finos bilaterais
lento
Alteração dos signos vitais (hipotensão, taquipneia, taquicardia)
DIAGNÓSTICO
Eletrocardiograma
COMPLICAÇÕES
o Danos multiorgânicos, e óbito.
TRATAMENTO
Morfina (não se pode utilizar em IAM de cara inferior, porque produz hipotensão)
Oxigênio terapia AAS (aspirina) Betabloqueador
Heparina Inotrópicos (dobutamina) Nitroglicerina (ou nitropussiato), são
vasodilatadores
Se necessário, pode-se fazer uma intervenção cirúrgica, como por os dispositivos de
assistência circulatória. (De curto,médio e longo prazo).
SHOCK OBSTRUTIVO
Se caracteriza pela obstrução, impedimento para o preenchimento dos ventrículos.
CAUSAS:
Trombose a nível coronário Pneumotórax a tensão
Embolia pulmonar Tamponamento cardíaco
QUADRO CLINICO:
Alteração de consciência Alteração de signos vitais
SINAIS DE MÁ CIRCULAÇÃO
Adormecimento de extremidades Edemas Varizes
TRATAMENTO
Oxigênio terapia Soluções inotrópicas Identificar e tratar a causa
Desobstruir (clinicamente com heparina, ou cirúrgico com cateterismo)
SHOCK DISTRIBUTIVOS
Distribuição anormal do volume cardíaco.
Entra nessa classificação o Shock Séptico, Shock Anafilático e Shock Neurogênico.
82
SHOCK SÉPTICO
Estado grave, caracterizada por falência circulatória aguda causada por infecção
generalizada (SEPTICEMIA).
CAUSAS
Processos infecciosos
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Febre (desidratação) Alteração de consciência Dor
Alteração de signos vitais (aumento de temperatura, taquicardia, taquipneia, hipotensão,
diminuição da saturação).
LABORATÓRIOS
Hemograma Ureia/Creatinina PCR
Leucocitose, com desvio a esquerda. Glicemia
Leucopenia. Diminuição das hemácias). Eletrólitos
TRATAMENTO
1. Oxigênio terapia
2. Reposição de líquidos (ringer normal), observar se precisa de transfusão
3. Analgésicos (sedação) Por Bomba de Infusão
Fentanil 0,02 a 0,05mcg/kg/min IV Midazolan 2 a 20 mcg/kg/min IV
4. Antibiótico terapia (empírico metronidazol, vancomicina e imipinem)
Obs.:Não manter a terapia empírica por mais de 5 dias, deve trocar por antibiótico especifico
(segundo o antibiograma).
SHOCK ANAFILÁTICO
Se caracteriza por processos alérgicos.
Se desencadeia uma reação alérgica, acompanhada de hipotensão.
Libera rapidamente os mediadores de basófilos e mastócitos.
ETIOLOGIA:
Alimentos Medicamentos / produtos químicos Picadas de insetos
MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
Dispneia Coceira Edema de glotes
Alteração de consciência / sincope Inchaço de boca/nariz Cianose / sudorese
Alterações dos signos vitais (taquicardia, taquipneia, hipotensão)
TRATAMENTO:
1. Oxigênio terapia 2. Acesso venoso e 3. Corticoides
(por via mais adequada) administração de fluidos (Metilprednisona, Dexametasona)
4. Ante alérgico (difenidramina 25 a 50mg IV ou IM, PROMETAZINA)
5. Adrenalina (aplicar a cada 5 ou 10 minutos, IM)
Em adultos: 0,3 a 0,5mg/kg/dose Em crianças: 0,01ml/kg/dose
83
SHOCK NEUROGÊNICO
Perdas dos sinais nervosos do SNC
Sofrimento intenso do trono cerebral
Vasodilatação periférica = lesão do SNC (diminuição da Pressão arterial, do gasto cardíaco e
da resistência venosa profunda).
ETIOLOGIA:
Lesão medular Reação alérgicas graves
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Hipotensão / bradicardia Dispneia Palidez Letargio / confusão
CONDUTAS
1. Vias aéreas e ventilação 2. Dopamina
3. Vasopressina (noradrenalina) 4. Atropina
5. Buscar e tratar a causa
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TROMBOEMBOLIA PULMONAR
Se origina principalmente de uma trombose venosa profunda (TVP), que causa um embolo
até a circulação pulmonar (ocasiona alterações hemodinâmicas e ventilatórias).
Melhor falando: é uma síndrome clinica caracterizada por uma obstrução da artéria
pulmonar, ou uma de suas ramas. Causada por embolo, ar ou gotículas de gordura,
proveniente da circulação venosa sistêmica.
FISIOPATOLOGIA
1. Aumento da resistência venosa profunda pela obstrução da artéria
2. Levando a um aumento da pressão arterial pulmonar e pós carga ventricular direita
3. Causando alteração do intercambio gasoso, levando a uma HIPOXEMIA
4. Causando uma hiperventilação
5. Seguida de insuficiência cardíaca direita (causa mais frequente de morte)
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Dispneia / taquicardia Dor pleurítica (torácica) Tosse / hemoptise
Sibilos / diminuição dos murmúrios vesiculares
Ortopneia (dificuldade respiratória em posição decúbito)
Dor e edema de membros inferiores
DIAGNÓSTICO
Clinico (dispneia, dor torácica, Angiografia pulmonar (exame padrão
hipotensão). ouro)
TAC e RX de tórax Exames de rotina (hemograma, eletrólitos,
coagulograma)
D-dímero (se menor de 500ng/ml,
descartar)
CALCULAR ESCORE DE WELLS
ESCORE DE WELLS
Critérios pontos Resultados:
Sintomas ou signos de TVP 3
De 0 a 2 pontos: baixa probabilidade
Frequência cardíaca maior de 100 1,5
1,0 De 3 a 6 pontos: moderada probabilidade
Hemoptise
TVO ou TEP prévio 1,5 Maior de 6 pontos: alta
Imobilização ou cirurgia nas últimas 4 1,5
semanas
Câncer (malignidade) 1,0
Dx. diferencial menos provável que 3,0
TEP
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Pneumonia DPOC o EPOC Asma
ICC aguda Pericardite / pleurite Trauma pulmonar / pneumotórax
Síndrome coronariana aguda
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TRATAMENTO
Depende do estado hemodinâmico do paciente
1. Estabilização clinica
2. Se estável:
Heparina de baixo peso molecular, ou
Anticoagulantes oral (Rivoraxabana, 15mg VO de 12 em 12 horas, durante 3 semanas,
logo depois, 20mg/dia duranre 3 a 6 meses).
3. Se instável:
Anticoagulação parenteral com Heparina de baixo peso molecular (ENOXAPARINA), mais
Terapia trombolítica (Alteplasa, 100mg IV em 2 horas)
CONTRAINDICAÇÃO de ALTEPLASA:
o AVC ISQUÉMICO em menos de 3 meses
o Danos ou neoplasia do SNC
86
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
DEFINIÇÃO: É um edema pulmonar decorrente do aumento da pressão hidrostática dos
pulmões, acontece devido ao aumento de pressões de preenchimento no coração esquerdo.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
Dispneia / Ortopneia Dispneia Paroxística Noturna
Dor ou Desconforto Torácico Palpitações / Taquicardia
Tosse Hipertensão
Turgência Jugular / Refluxo Hepatojugular Na Ausculta: Estertores Crepitantes
Congestão Sistêmica: emeda de MMII, Ascite, Hepatomegalia, Derrame Pleural
CAUSAS:
Ingesta hidro salina excessiva Uso irregular de medicamentos / uso irregular de
AINES
Isquemia do miocárdio / arritmias Infecção / hipertensão descontrolada / embolia
pulomar
DIAGNÓSTICO
Exames de rotina (hemograma, perfil renal...)
Marcadores de necrose miocárdica (Troponina e CPK-MB)
Eletrocardiograma (para avaliar sinais isquêmicos, bloqueios e arritimias)
Radiografia de tórax (avalia a congestão pulmonar)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
(consiste em outras causas de dispneias e desconforto torácico).
Tromboembolismo Pulmonar Pneumonia DPOC Descompensada
Crise Asmática Pneumotórax
TRATAMENTO
Identificar e remover causas precipitantes de descompensação
Estabilização clínica do paciente
Suporte Ventilatório e Diminuição da Pressão Capilar Pulmonar com uso de:
1. Vasodilatadores (dinitrato de isossorbida 5mg a cada 5 minutos ou nitroglicerina 1,5 a
3,0ml por hora).
2. Diuréticos de ASA (furosemida 0,5 a 1,0mg/kg EV). E morfina (2 a 5 mg a cada 5
minutos EV).
87
DERRAME PLEURAL
DEFINIÇÃO: É o acumulo de líquidos no espaço pleural (espaço entre a pleura visceral e
parietal).
CLASSIFICAÇÃO:
Causado por fatores sistêmicos como Insuficiência Cardíaca
TRANSUDADOS Congestiva, EMBOLIA PULMONAR).
Baixa quantidade de proteínas, não tem células inflamatórias,
fluido claro.
Causado por fatores locais como neoplasias pulmonar, doenças
EXSUDATOS infecciosas do pulmão, tromboembolismo pulmonar).
Alta quantidade de proteínas, as células inflamatórias estão
presentes, fluido amarelo
EMPIEMA Pus na cavidade pleural).
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Dor pleurítica Dispneia Tosse Febre
Diminuição da Expansibilidade Torácica Desvio Traqueal Contralateral
Na Ausculta: Diminuição de Murmúrios Vesiculares
DIAGNÓSTICO
Radiografia de tórax (podemos ver a densidade, a elevação do diafragma e o desvio do
mediastino contralateral o derrame)
TAC (mostra a opacidade, é melhor para estimar o volume do derrame)
TORACOCENTESE DIAGNOSTICA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Insuficiência cardíaca congestiva Cirrose Síndrome nefrótico
Infecções (bactérias, tuberculose, virais) Embolia pulmonar Neoplasias
TRATAMENTO
1. Antibiótico terapia 2. Drenagem torácica toracocenteses 3. Buscar e tratar a causa
PARA SABER:
Como é feita a TORACOCENTESE?
Deve ser feita após a radiografia, porque ela vai mostrar o local exato.
1. Assepsia local 2. Anestesia local (10ml de lidocaína a 2%)
3. Introduzir agulha em região subescapular 4. Após atingir o espaço pleural, tirar a
agulha e introduzir o jelco.
88
SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
DEFINIÇÃO: É uma polineuropatia inflamatória desmielizante aguda.
É uma condição clinica heterogênea, pós infecciosa, composta por variantes
desmielizantes e/ou axonais.
ALGUMAS CAUSAS:
Compylobacter jejuni Citomegalovírus HIV
Epstein-Barr vírus Zika vírus
MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
Perda de força ascendente (dos membros inferiores para os membros superiores)
Perda de reflexos Dores musculares Parestesias
Paresia facial Insuficiência respiratória
DIAGNÓSTICO:
Eletroneuromiografia (avalia a ausência LCR (tem um aumento de proteínas, sem
de desmielização) células)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Encefalites Miopatias
TRATAMENTO
Imunoglobulina Humana (anticorpos) 400 mg/kg durante 5 dias
Plasmaferese 5 sessões
Analgésicos
Heparina (se existe dificuldade de locomoção)
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TENTATIVA SUICIDA
Suicídio: a ação de dar a morte a si mesmo de forma voluntaria.
Tentativa suicida: conduta potencialmente auto lesiva com resultado NÃO MORTAL
ETIOPATOGENIA
Particular Fatores socioeconômicos Genéticos
Psicológicos Transtorno de humor Uso de drogas
Ansiedade Depressão
FATORES DE RISCO
Depressão Transtornos bipolares/ psiquiátricos Perdas familiares
Desemprego Dependência de álcool e drogas Abusos
Enfermidades graves como câncer, aids e lúpus
CONDUTAS
1. Estabilizar o paciente (signos vitais, controle hemodinâmico)
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INTOXICAÇÕES
Avaliar o ABCDE do paciente
Monitorização de signos vitais
Buscar a porta de entrada (dérmica, orogástrica, ocular, respiratória)
AGENTES
Anticolinérgicos (antihistaminicos) Colinérgicos (carbamatos)
Beta Adrenérgicos (cafeína) Sedativos / alucinógenos / narcóticos / solventes
CARACTERISTICAS
Hipotermia álcool Hipertermia cocaína / LSD
Taquicardia cafeína / cocaína Bradicardia Beta Bloqueadores
Meiose opiáceos Midríase cocaína, dopamina
Delírio e confusão álcool Crises convulsivas lítio, cocaína
Distonia haloperidol
CONDUTAS
1. CAB (circulação / via aérea / respiração
2. Prevenção de absorção
Dérmica Ocular Inalação
Agua + sabão não abrasivo Irrigação com solução salina Não se pode ter acesso e
nem remover
Gastrointestinal Provocar o vômito, lavado gástrico (por SNG), carvão aditivado, laxantes,
irrigação intestinal
3. Administração de antídotos
91
CEFALEIA
DEFINIÇÃO: Dor ou moléstia, localizada em qualquer parte da cabeça.
CLASSIFICAÇÃO:
PRIMARIAS SECUNDARIAS
Provocada por enfermidades como, TEC, AVC,
Enxaqueca, tensional, em salvas) aumento na pressão do LCR, abstinência, meningite,
encefalite, HTA, otite, sinusite)
As secundarias vem acompanhadas se sinais de alerta como por exemplo o inicio abrupto,
febre, rigidez da nuca, convulsões...
ENXAQUECA (MIGRAÑA)
Pode ser com aura (distúrbios visuais e auditivos), ou sem aura
Unilateral, latejante Pode vir acompanhada de náuseas e vômitos.
DIAGNÓSTICO
Clinico (história + exame físico)
Critérios para o diagnóstico:
Mínimo 5 ataques Duração de 4 a 12 horas
Localização unilateral Dor tipo pulsátil moderada a severa
TRATAMENTO
1. Mudanças no estilo de vida como práticas de exercícios físico, boa noite de sono,
evitar alimentos que provocam a crise.
2. Farmacológico
Para cortar a crise se usa: AINES, ERGOTAMINA, CLOPROMAZINA
Para prevenir a crise se usa: AMITRIPTILINA, ANTIEPILÉPTICOS
CEFALEIA TENSIONAL
É a mais comum, causada por estresse físico e mental Bilateral
Dor em aperto/pressão Não severa
CAUSAS
Estresse físico e mental Desidratação Alterações do sono Abstinência
DIAGNÓSTICO
Clinico (história + exame físico)
Critérios para o diagnóstico:
Mínimo 10 episódios em 3 meses Ausência de náuseas e vômitos
Duração de 30 minutos a 7 dias Dor em pressão Bilateral
TRATAMENTO
1. Mudanças no estilo de vida
2. Medicamentos como AINES (na crise) e AMITRIPTILINA (para profilaxia)
92
CEFALEIA EM SALVAS
Dor de forte intensidade e unilateral, principalmente na região orbitaria
Afeta mais os homens
Período cíclicos (ocorrem nos mesmos períodos)
Cada ciclo dura de 15 a 180 minutos
Hiperemia conjuntival / lacrimejamento / edema de pálpebra / meiose ou ptose
DIAGNÓSTICO
Clinico (história + exame fisico)
Critérios para diagnóstico:
Mais de 5 episódios Dor de cabeça severa
Unilateral Peri orbitaria
A frequência das crises varia (pode ter até 8 ataques no mesmo dia)
TRATAMENTO
1. Na crise: SUMATRIPTANO agonista do receptor 5-HT1 (subcutâneo para um efeito
rápido)
2. Para prevenir: VERAPAMIL (bloqueador dos canais de cálcio) 80mg a cada 8 horas. Ou
PREDNISONA 60 mg, uma vez ao dia, reduzindo para 10mg a cada dois dias.
93
ABDOME AGUDO
DEFINIÇÃO: É uma síndrome de início súbito e progressivo, que cursa com dor abdominal
intenso com compromisso do estado geral do paciente.
Peritônio
É uma capa serosa que protege a cavidade abdominal
Função: proteção da cavidade abdominal
Formado por duas folhas: Parietal e Visceral
Apresenta dois compartimentos:
Superior (do diafragma até a metade do cólon transverso) e
Inferior (da metade do cólon transverso até a pélvis).
Os órgãos retroperitôniais são: parte do pâncreas e rins
Os órgãos intraperitôniais são: esôfago, estomago, fígado, baço, parte do pâncreas, intestino
delgado e grosso.
A principal complicação que pode acontecer no peritônio é a PERITONITE
ETIOLOGIA
INFLAMATÓRIO Apendicite, Colescistite, Pancreatite, Colangite
PERFORATIVO Ulceras Perfuradas, Apendicite, Diverticulite
OBSTRUTIVO Fecaloma, Volvo Intestinal (Vólvulo), Coledocolitiase
HEMORRAGICO Hemorragias Digestivas, Gravidez Ectópica Rota
TRAUMÁTICO Trauma De Abdome, Contusões E Feridas
94
CLASSIFICAÇÃO
Clinica Cirúrgica
PARA SABER
O que se faz com um paciente que chega na emergência com suspeita de abdome
agudo?
Resposta: exame físico rápido e ecografia. Avaliar, e solicitar os estudos necessários como
laboratórios, eletrocardiograma... e verificar se é cirúrgico.
O que não se pode fazer em paciente com suspeita de abdome agudo?
Resposta: administrar anti-espasmódicos, porque emascara o quadro clinico.
QUADRO CLÍNICO
Dor abdominal
Anorexia Febre Vômitos / diarreia
Distensão abdominal (não necessariamente) Constipação
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Pericardite IAM Pneumonia basal
Hepatite Empiema
DIAGNÓSTICO
Clinico
Sempre descrever a historia da enfermidade atual usando:
Aparição da dor
Localização da dor
Intensidade da dor
Cronologia da dor
Irradiação da dor
Aspecto da dor
95
TRATAMENTO
1. NPO (nada por via oral)
2. Via periférica + reposição hidroeletrolítica
3. Sonda Folley (para controlar os líquidos)
4. Analgesia + antibiótico (depois de ter o diagnóstico definitivo)
5. Buscar e tratar causa:
96
APENDICITE
DEFINIÇÃO: É a inflamação aguda do apêndice cecal. É a causa mais frequente do abdome
agudo em pessoas de 10 a 30 anos.
Anatomia do APÊNDICE
Localizado a 2.5cm da válvula ileocecal
Mede de 6 a 10cm, e o diâmetro é de 6mm
Posições: retrocecal, subcecal, pélvico, pré-ileal, pós ileal
ETIOLOGIA
Sementes Parasitos (áscaris) E. Coli
Tumores Fecalitos
FISIOPATOLOGIA
Segundo a fase, tem 4. (Memotécnico = OSIP)
1. OBSTRUTIVA.
Obstrução da luz apendicular, isso faz com que exista um aumento da produção de moco,
levando a um aumento da pressão luminal.
2. SUPURATIVA OU CONGESTIVA.
Acumulação de moco no órgão. Isso causa uma proliferação de bactérias e bloqueio venoso.
3. INFLAMATÓRIA.
Nesta fase existe um compromisso arterial, causando a necrose.
4. PERFURATIVA.
Nesta fase, o apêndice perfura (causando a peritonite).
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Inicio de dor tipo cólica (no epigástrio ou periumbilical)
Aumentando a intensidade ao migrar para a fossa ilíaca direita
Anorexia / náuseas / vômitos
Febre
CRONOLOGIA DE MURPHY
1. Dor na região do epigástrio
2. Migra até a região umbilical e depois para a fossa ilíaca direita
3. Náuseas e vômitos
DIAGNÓSTICO:
CLINICO (principalmente) Hemograma (leucocitose e neutrofilia)
Ultrassonografia (parede engrossada Radiografia (apagamento do psoa)
maior de 2mm).
TRIADA DE DIEULAFOY:
1. Dor na fossa ilíaca direita
2. Contratura muscular em FID
3. Hiperestesia cutânea (avermelhada ou rígida)
Parâmetro Pontos
Nemotécnico Migração da dor 1
MANDRELD Anorexia 1
Náuseas e vômitos 1
Dor na fossa ilíaca direita 2
Para saber: Rebote (descompressão) 1
(Incisão para Apendicectomia) Elevação de temperatura (febre) 1
ROCKY DAVIS (transversa) Leucocitose (maior de 10.000) 2
MCBURNEY (oblíqua) Desvio a esquerda (>75%> 1
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Gravidez ectópica (mulheres) Doença pélvica inflamatória
Gastroenterite aguda Colecistite aguda
ITU
COMPLICAÇÕES
Peritonite Shock séptico
TRATAMENTO
APENCICECTOMIA (sempre) Antibiótico
98
HEMORRAGIA DIGESTIVA
DEFINIÇÃO: É a perda de sangue procedente do trato digestivo.
Se divide em:
ALTA Ponto sangrante localizado entre o esfíncter esofágico superior e o ângulo de
Treitz.
BAIXA Ponto sangrante localizado abaixo do ângulo de Treitz até o ânus.
QUADRO CLINICO
Melena (fezes negras, sangue digerido) Hipotensão, taquicardia
Hematêmese (vômitos com sangue) Perda de 1750 a 2500 ml de sangue
VOLEMIA
Confusão mental / palidez (sinais de shock hipovolêmico)
DIAGNÓSTICO
Hemograma completo + coagulograma (sempre pedir grupo e fator RH, caso necessite de
transfusão)
Endoscopia (exame que serve para confirmar)
Radiografia abdominal (avalia a perfuração de vísceras ocas)
CONDUTA
1. NPO
2. Controle de sinais vitais
3. 2 vias de grosso calibre (um é para a hemotransfusão se necessário) + reposição com
cristaloides (ringer lactato)
4. Oxigênio terapia
5. Sonda nasogástrica (para lavado gástrico)
6. Sonda FOLLEY (para o controle de diurese)
7. Metoclopramida 10mg a cada 8 horas EV
8. Omeprazol 40mg em bolo (para prevenir sangramento), e logo depois 40 mg a cada 12
horas EV
9. Laboratorios para controle
OBS.: Em caso de varizes esofágicas, considerar o uso de vasodilatadores, para diminuir a
pressão dentro das varizes. (Vasopressina ou somatostatina).
DIAGNÓSTICO
Tato retal Colonoscopia (exame que confirma) Hemograma + Coagulograma
CONDUTA
Estabilização Reposição volêmica Transfusão sanguínea (se necessário)
100
PANCREATITE AGUDA
DEFINIÇÃO: É um processo inflamatório do pâncreas, agudo e de prognóstico reversível.
Generalidades do PÂNCREAS
Órgão glandular Tamanho: 10 a 15 cm, peso: 70 a 100gr
Partes: cabeça, corpo e cauda Condutos: Wirsung e Santorini
Irrigação: tronco celíaco, mesentérica superior, esplênica e pancreática transversa
Função exócrina: absorção e digestão dos alimentos
Função endócrina: produzir insulina
ETIOLOGIA
Obstrutivas (litíase biliar, litíase vesicular, áscaris)
Alcóolica / tabagismo Alimentícias / hipertrigliceridemia
FISIOPATOLOGIA
Segundo o agente etiológico LITO
1. Vai obstruir um conduto (de Wirsung ou Santorini)
2. Esse lito vai provocar uma pressão e dilatação, lesionando o pâncreas. Produzindo um
processo inflamatório.
3. Esta obstrução faz com que o pâncreas funciona de maneira inadequada.
4. Causando a diminuição ou paro na produção de insulina.
FATORES DE RISCO
Obesidade Alcoolismo Trauma
Hipertrigliceridemia Histórico de litíase biliar Hereditári
Tabagismo Medicamentos
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Dor em região do epigástrio (em hemi cinturão, que irradia para o dorso)
Náuseas / vômitos (conteúdo bilioso ou gástrico)
Anorexia
Febre (síndrome de gravidade) + taquicardia (são sinais de shock hipovolêmico)
Pode existir ou não icterícia pós hepática (somente quando a etiologia é de origem biliar)
NO EXAME FISICO
Sinais de irritação peritoneal (Blumberg +)
Distensão abdominal e peristaltismo débil
Icterícia (se for de origem obstrutiva)
Signo de GREY TURNER (equimose de um ou ambos flancos e dorso)
Signo de CULLEN (equimose periumbilical)
Signo de FOX (mudança de cor na porção inferior do ligamento inguinal)
PARA SABER:
PANCREATITE BILIAR PANCREATITE ALCÓOLICA
Dor bem localizada Dor mal localizada
Início súbito Início gradual
Intensidade máxima em 10 a 20 minutos Dor surda (nem forte e nem aguda)
101
Para o resultado, soma o primeiro score (que é na TAC feita sem contraste) mais o
segundo score (TAC com contraste)
Se resultado for maior ou igual a 6, é considerado um QUADRO GRAVE.
DIAGNÓSTICO
CLINICO (história e exame físico)
LABORATÓRIO
Aumento da glicemia Aumento da Bilirrubina
Aumento da Amilase e lipase (3 ou mais vezes maior que normal)
Hemograma completo (leucocitose, desvio a esq. e aumento do hematócrito)
IMAGEM
Radiografia de tórax
RESULTADO
De 1 a 2 critérios = Ausência de falência orgânica ou complicações locais ou
LEVE sistêmicas. Recuperação de 3 a 5 dias.
De 3 a 6 pontos = Falência orgânica temporária, por menos de 48 horas, e/ou
MODERADA complicações locais ou sistémicas).
Maior de 6 pontos = Falência orgânica por mais de 48 horas.
GRAVE
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Colecolitiase Cólica biliar Colescistite agura
Ulcera perfurada Obstrução intestinal aguda
PROGNÓSTICO
Utiliza os CRITÉRIOS DE RANSON
102
NAS PRIMEIRAS 24 HORAS DE INTERNAÇÃO
Origem biliar Origem não biliar
Idade Maior de 70 anos Maior de 55 anos
Leucocitose Maior de 18.000 Maior de 16.000
Glicemia Maior de 220 mg/dl Maior de 200 mg/dl
TGO Maior de 250 UI/L Maior de 250 UI/L
LDH Maior de 400 UI/L Maior de 350 UI/L
CONDUTA
1. NPO (por até 5 dias, por causa do processo inflamatório)
2. Oxigênio
3. Sonda Nasogástrica (diminui o PCR, a dor e aumento do peristaltismo intestinal para
evitar isquemia mesentérica)
4. Hidratação com cristaloides (para reposição de eletrólitos, fazer controle
acidobásico, evitar um dano renal ou hipovolemia)
5. Analgesia (tramadol ou morfina)
6. Inibidores da bomba de prótons (omeprazol)
7. Antibiótico terapia (se suspeita de infecção)
8. ERCP de urgência (para verificar se está sendo obstruído por litos, evitando uma
colangite)
9. Valorar necessidade de cirurgia
Indicações para cirurgia:
Obstrução de via biliar (colecistectomia) Descompressão do conduto pancreático
Complicações intraperitoneais graves Necrose / pseudoascite (necrosectomia)
COMPLICAÇÕES
Necrose infectada Abscesso pancreático Pseudocistos
Coleção liquida aguda Shock (SIRS)
103
PANCREATITE CRÔNICA
DEFINIÇÃO: É a inflamação do pâncreas, com compromisso anatômico e funcional, a longo
prazo com o prognostico irreversível.
Leva a destruição progressiva do órgão
ETIOLOGIA:
Consumo abundante do ÁLCOOL a longo prazo.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Pode ser assintomática (nas fases iniciais)
Pode ter um quadro clinico clássico de pancreatite aguda, como a dor em hemi cinturão,
náuseas e vômitos. (A diferença é que geralmente tem icterícia marcada e dor mais intensa)
Uma deficiência na absorção dos alimentos
Pode ter a presença dos signos (GREY TURNER, CULLEN, FOX. Esses signos
acontecem por uma distensão sanguínea)
LABORATÓRIOS
Tudo de pancreatite aguda (aumento de bilirrubinas, lipasa, amilasa, glicemia) mais um
compromisso anatômico do pâncreas.
TRATAMENTO
É PALIATIVO (somente tratar os sintomas)
Deve ser feito suplementação com enzimas, devido a mal absorção dos alimentos
Transplante de órgão
COMPLICAÇÕES
Câncer (tumores)
104
COLECISTITE AGUDA
DEFINIÇÃO: É a inflamação da vesícula biliar (+ comum quando existe a presença de
cálculos)
ETIOLOGIA
Obstrução do ducto cístico (litíase)
Escherichia Coli (alitiasica)
Processos inflamatórios e infecciosos
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Dor tipo cólico continuo (a mais de 12 horas), no hipocôndrio direito, que irradia ao
epigástrio e região subescapular (a dor piora de 15 minutos a 3 horas após a ingesta de
comida rica em gorduras)
Febre e escalafrios Náuseas / Vômitos / Anorexia Taquicardia
FATORES DE RISCO
Sexo feminino Obesidade Dieta rica em gordura
Sedentarismo HDL diminuído Síndrome de Gilbert (fígado não processa
adequadamente a bilirrubina)
DIAGNÓSTICO
Clinico
Hemograma (leucocitose com desvio a esquerda)
Perfil hepático (TGO, TGP, FA, GGT) e Bilirrubinas aumentadas
ECOGRAFIA (exame padrão ouro para o diagnóstico) as paredes vão estar
engrossadas (> de 4mm)
Líquidos perivesicular (porque começa a supurar)
105
Vesícula distendida
Sombra acústica (quando a etiologia é de origem litiasica)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL7
Ulcera Péptica Perfurada Hepatite / Pancreatite / Apendicite Obstrução Intestinal
COMPLICAÇÕES
Pancreatite aguda Perfuração da vesícula Peritonite
TRATAMENTO
Internação / NPO
Hidratação EV
Iniciar antibiótico terapia (metronidazol + gentamicina + penicilina. Ou metronidazol +
ceftriaxona. Obs.: se paciente tem insuficiência renal, ou está gravida, deve-se substituir o
metronidazol que é nefrotóxico por amoxicilina)
Se paciente não responde ao tratamento clinico, valorar necessidade de cirurgia
COLECISTECTOMIA (retirada da vesícula)
106
COLELITIASE
DEFINIÇÃO: É a presença de cálculos na vesícula
TIPOS DE CÁLCULOS:
COLESTEROL (único e grande)
PIGMENTADOS (pequenos e vários, tem a capacidade de mover)
MISTOS (características de processos inflamatórios)
ETIOLOGIA
OBESIDADE (paciente tem muita gordura, faz com que a bílis trabalhe mais, pois tem que
degradar mais gordura, causando então uma sobrecarga de trabalho, dando lugar a
formação de cálculos.
DIMINUIÇÃO DE PESO (paciente magro, não tem muita gordura, faz com que a bílis
trabalhe menos, acumulando na vesícula, formando cálculos)
FISIOPATOLOGIA
Três fatores para a formação de cálculos biliares:
Bile instável Atividade biliar lenta
Maior propensão à formação de cristais de colesterol
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
80 % dos casos é assintomático
Dor abdominal tipo cólico no hipocôndrio direito, que pode irradiar ao epigástrio e região
subescapular
Distensão abdominal
Náuseas que chegam a vômitos
Icterícia (não necessariamente, ocorre por obstrução)
Signo de MURPHY positivo (para realizar: paciente em decúbito, pede a ele que inspire
profundamente, devemos fazer uma compressão no ponto de Murphy, o paciente
interrompera a respiração pela forte dor que causara)
DIAGNÓSTICO
Clinico
Laboratórios
Aumento da bilirrubina Aumento do colesterol
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Pancreatite Coledocolitiase Dispepsia GECA (gastroenterocolite)
107
COMPLICAÇÕES
Colecistite aguda
Pancreatite (se cálculo migra para o pâncreas)
Coledocolitiase (se cálculo migra para o colédoco)
Colangite
TRATAMENTO
COLECISTECTOMIA (em pacientes sintomáticos)
Obs.: não operar de emergência em pacientes assintomáticos, exceto:
Vesícula em porcelana (calcificações causadas por excesso de cálculos biliares)
Cálculo grande (maior de 2,5 a 3 cm)
108
COLEDOCOLITIASE
DEFINIÇÃO: É a presença de cálculos no colédoco, provocando obstrução parcial ou
completa do fluxo biliar.
ETIOLOGIA
Primarias (10 %) Secundarias (90 %)
Quando o cálculo se forma dentro do Quando o cálculo migra da vesícula até o
colédoco colédoco
QUADRO CLINICO
Assintomático em alguns casos Icterícia (pós-hepática)
Dor abdominal tipo cólico (porque o cálculo exerce uma pressão) em hipocôndrio direito
Acolia (fezes esbranquiçadas)
Coluria (urina escura) SINDROME COLEDOCIANO
Icterícia (esclera, mucosa e pele)
O signo de MURPHY, estará negativo.
DIAGNÓSTICO
PERFIL HEPÁTICO (aumento das transaminasas, FA e bilirrubinas)
ECOGRAFIA (presença de cálculos no colédoco, sombra acústica, dilatação das vias
biliares, dilatação coledociana maior de 7 mm)
ERCP (EXAME PADRÃO OURO PARA O DIAGNÓSTICO) Permite:
Realizar uma esfinterotomia para a extração de cálculos do colédoco e favorecer a drenagem
da bílis.
Localiza e investiga a etiologia da obstrução.
TRATAMENTO
Hidratação EV
Analgésicos e ante eméticos
Antibiótico terapia (ciprofloxacina ou ceftriaxona + metronidazol)
ERCP
Intervenção cirúrgica: colecistectomia com exploração de vias biliares
109
COLANGITE
DEFINIÇÃO: É a inflamação das vias biliares por uma infecção bacteriana que vem
acompanhada de uma obstrução.
IMPORTANTE:
INFLAMAÇÃO É uma resposta ante a uma invasão e multiplicação de corpos estranhos no
organismo.
INFECÇÃO É a invasão de micro-organismos e sua multiplicação no organismo.
ETIOLOGIA
Aumento da pressão coledociana Coledocolitiase / colelitiase
Infecção de vias biliares (vias ascendentes, desde o duodeno. As principais são E. Coli,
Klebsiella, S. Fecallis)
FATORES DE RISCO
Coledocolitiase Tumores malignos Estenose
Colangiografia ERCP Parasitose (ascaridíase)
QUADRO CLINICO
1. Febre Triada
2. Icterícia De Pentada
3. Dor Abdominal Charcot de
4. Deterioro Neurológico Reynald
5. Schock
Deterioro Neurológico: Em pacientes graves, no caso de colangite supurativa aguda)
DIAGNÓSTICO
LABORATÓRIOS
Hemograma (leucocitose, desvio a esquerda) Hemocultura
Fosfatasa alcalina (aumentada de 3 a 4 vezes maior que o normal)
Bilirrubinas (aumentadas)
TGO /TGP (aumentado 2 vezes maior que o valor normal)
110
SINAIS DE GRAVIDADE
Leucocitose maior de 20,000 Trombocitopenia Hipoalbunemia
TRATAMENTO
1. Internação para estabilização
2. Reposição de líquidos / correção de eletrólitos e coagulopatias
3. Analgesia
4. Antieméticos
5. Antibiótico terapia (Penicilina, Gentamicina e metronidazol de 5 a 7 dias. Ou ceftriaxona,
metronizadol e ampicilina)
OBS.: Nunca esquecer que metronidazol é nefrotóxico, sempre substituir por amoxicilina.
6. Drenagem biliar (por ERCP)
111
OBSTRUÇÃO INTESTINAL
DEFINIÇÃO: É uma síndrome que implica ausência do transito intestinal (parcial ou
completa)
Interrupção do fluxo intestinal.
CLASSIFICAÇÃO
Segundo a etiologia:
MECÂNICA (barreira física) FUNCIONAL (comprometimento da função motora)
Segundo a localização:
ALTA BAIXA
Acima da válvula Ileocecal (intestino Abaixo da válvula Ileocecal (intestino
delgado) grosso)
Principais causas: bridas, neoplasias, Principais causas: neoplasias, volvo
hérnias estranguladas, íleo biliar (vólvulo), fecaloma, diverticulite
Características: vômitos biliosos precoces, Características: vômitos tardios e
e pouca distensão abdominal fecalóides ou ausente e uma marcante
distensão abdominal
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Ausências ou Diminuição De Gases Ausência de Evacuações
Dor / Distensão Abdominal Náuseas e Vômitos
Gastrobiliar: Obstrução Alta Intestinal: Obstrução Baja
Ausente: Obstrução no Cólon, com Válvula Ileocecal competente.
AO EXAME FÍSICO
Distensão Abdominal Peristaltismo Diminuído ou Ausente
Em Obstrução Mecânica: Aumento dos Ruídos Hidroaéreos (Som Metálico) e Ondas de
KUSSMAUL (visíveis)
Em Obstrução Funcional: Diminuição ou Ausência dos Ruídos
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO (toque retal para verificar impactação, sangramentos, tumores...)
RADIOGRAFIA SIMPLES DO ABDOME (no intestino delgado, podemos ver o signo de
“EMPILLAMENTO DE MONEDAS”)
TAC (quando o diagnóstico é duvido, no cólon podemos ver haustrações e distensão
periférica)
112
TRATAMENTO
SUPORTE CLINICO
Reposição hídrica / Sonda nasogástrica Antibiótico terapia
hidroeletrolítica profiláctica
113
VOLVO INTESTINAL
DEFINIÇAO: É a torsão do cólon, parcial ou total, sobre o seu próprio eixo.
É um giro do intestino, sobre si mesmo.
Melhor dizendo: é um quadro de obstrução intestinal que se produz pela torsão de uma asa
intestinal sobre seu próprio eixo mesentérico, com compromisso da irrigação.
Mais frequente no SIGMÓIDE
ETIOLOGIA
Câncer de intestino Mudanças bruscas Aderências intestinais
(causas por uso de laxantes) (provocada por cirurgia ou
infecção)
QUADRO CLINICO
Dor abdominal tipo cólico, continuo Distensão abdominal Constipação
Diminuição na expulsão de gases Massa palpável
NO EXAME FÍSICO: abdome distendido, hiper timpânico, doloroso
DIAGNÓSTICO
Clinico
Hemograma (diminuição dos glóbulos vermelhos, por anorexia)
Radiografia de abdome (SIGNO DE GRÃO DE CAFÉ)
TAC (SIGNO DE CHAMA DE VELA, ou PICO DE PASSÁRO)
TRATAMENTO
Em alguns casos a distorção é instantânea
DISTORÇÃO COLONOSCÓPICA (RETOSIGMOIDEOSCÓPIO)
Se contraindica em casos de: existência de sofrimento de asa, presença de líquidos
sanguinolentos, mucosa isquêmica ou placas de necrose.
Nesses casos utiliza COLOSTOMIA (pela técnica de HARTMANN, que consiste em uma
cirurgia de 2 tempos. O PRIMEIRO TEMPO se exterioriza o extremo proximal e fecha o
distal. No SEGUNDO TEMPO, que é feito 3 meses depois, é constituído o transito intestinal).
RESSECÇÃO URGENTE do segmento afetado se: peritonite ou gangrena
TRATAMENTO GERAL
Nada por via oral Hidratação e correção hidroeletrolítica Sonda nasogástrica
Analgésicos Antibiótico terapia (cefotaxima + metronidazol)
114
FECALOMA
DEFINIÇÃO: Massas de fezes endurecidas, na ampola retal (70%), ou no sigmoide (30%),
que leva a uma obstrução intestinal.
ETIOLOGIA
Dieta pobre em fibras Imobilidade / sedentarismo
Constipação (habito intestinal deficiente) Desidratação
Megacólon chagásico
IMPORTANTE: Afeta muitos os idosos (baixa ingesta de líquidos, falta de atividade,
acamados, desnutrição, tono muscular debilitado).
FISIOPATOLOGIA
1. Peristaltismo anormal 2. Ausência de relaxamento do esfíncter anal
3. Perda do reflexo evacuatório 4. Desidratação da massa fecal
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Dificuldade ou impossibilidade de evacuar Abdome distendido / cólica abdominal
“FALSA DIARREIA” (fezes retida próximo Tenesmo fecal
a impactação)
Massa dura e palpável (baixo ventre)
COMPLICAÇÕES
Perfurações, septicemia, apendicite
DIAGNÓSTICO
CLINICO (principalmente) + TATO RETAL
Radiografia de abdome (localiza e mostra o tamanho)
TRATAMENTO
1. EXTRAÇÃO MANUAL DO FECALOMA (na ampola retal)
Está contraindicado em casos de hemorroidas, abscessos e fissuras
Orientar o paciente: não beber, não fumar, aumentar a ingesta de líquidos e fibras, laxantes
osmóticos por 1 a 2 semanas
Usar laxantes de volume para regular o habito intestinal
SE OCLUSÃO TOTAL: realizar ENEMA TIPO MURPHY (sol. Fisiológica, leite, vaselina
liquida e agua oxigenada)
NÃO FUNCIONA? LAPAROTOMIA + COLOSTOMIA (técnica de HARTMANN)
115
HÉRNIAS ABDOMINAIS
DEFINIÇÃO: É a saída de uma víscera ou tecido, pela parede abdominal.
É a protrusão do conteúdo abdominal, através de um orifício ou anel aponeurótico, pode ser
natural (congênito) ou artificial (adquirido).
Partes de uma hérnia (em espanhol)
Boca Cuello SACO HERNIARIO
Cuerpo Fondo
CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A ETIOLOGIA
CONGÉNITA ADQUIRIDA
(Hérnia de Hiato) (Quando a pressão abdominal aumenta; Exemplos: Obesidade,
aumenta o tecido adiposo, atividade de esforço).
SEGUNDO A LOCALIZAÇÃO
EPIGÁSTRICA Por um defeito na linha ALBA (entre o apêndice xifoide e a cicatriz
(3 a 5%): umbilical).
UMBILICAL: Pelo fechamento incompleto da cicatriz umbilical, ou por distensão do
anel umbilical (fatores de risco são: obesidade, gravidez, ascite).
INCISIONAL Protrusão do peritônio com ou sem vísceras abdominais. (Causada pela
(12 a 15% das parede abdominal debilitada, cirúrgica ou traumaticamente).
laparotomias):
INGUINAL Discorrem pelo conduto inguinal, por um defeito do piso do canal
(75%): inguinal. Pode ser direta ou indireta e é mais frequente no sexo
masculino.
FEMORAL (5%): Se protrai por baixo do anel inguinal, através do canal femoral. São as
que mais se estrangulam, e é mais frequente no sexo feminino.
SEGUNDO A CLINICA
REDUTÍVEL Quando o saco hérniario pode ser reintroduzido com facilidade na
cavidade abdominal. Aparecem com tosse, esforços, defecação...
IRREDUTÍVEL Quando não se pode reintroduzir
COERCÍVEL Uma vez reduzido o conteúdo permanece na cavidade abdominal.
INCOERCÍVEL Uma vez reduzido o conteúdo IMEDIATAMENTE volve a protrair.
ENCARCERADA Não redutível está sempre exteriorizada, sem compromisso vascular.
ESTRANGULADA Não redutível, com compromisso vascular, tumorações duras e
doloridas. (CIRURGIA URGENTE).
HÉRNIA INGUINAL
É um defeito do piso do canal inguinal
O canal inguinal no sexo masculino contém o cordão espermático, e no sexo feminino o
ligamento redondo
Mais comum no sexo masculino
Se divide em INDIRETA E DIRETA
PARA SABER: Reto Vasos
TRIANGULO DE HESSELBACH Abdominal Epigástricos
Área de maior fragilidade da Medial
hérnia inguinal Ligamento Inguinal
116
LIMITES DO CANAL INGUINAL
ANTERIOR: aponeurose do musculo POSTERIOR: Fascia transversalis e
oblíquo externo. peritônio.
SUPERIOR: musculo transverso e INFERIOR: ligamento inguinal
musculo oblíquo interno.
FATORES DE RISCO
Tosse crônica Constipação crônica Defeitos de colágeno
Procedimentos cirúrgicos Obesidade Grandes esforços
DIAGNÓSTICO
1. CLINICO 2. EXPLORAÇÃO FISICA: MANOBRA DE VALSAVA
117
TRATAMENTO:
Se hérnia redutível: cirurgia eletiva
Se hérnia não redutível + sintomas de estrangulamento: cirurgia de emergência
Obs.: a cirurgia pode ser laparoscópica ou aberta
Hernioplastia com tela (malha)
Herniplastia sem tela (com tensão)
118
ATENÇÃO AO POLITRAUMATIZADO
TRAUMA: Caracterizado pela atuação de energias externas sobre o organismo, de modo
intenso ao ponto de provocar lesões.
GENERALIDADES
Hemorragia é a principal causa de óbitos imediatos e precoce.
ÓBITO IMEDIATO: no local, segundos ou minutos. Lesões de grandes vasos. Apneia por
lesões do SNC.
ÓBITO PRECOCE: no atendimento inicial, minutos a horas. Colapso cardiovascular ou
pulmonar. Lesões intracraneais.
ÓBITO TARDIO: intra-hospitalar, após dias ou semanas. Complicações, sepse, falhas
orgânicas.
Nunca esquecer de perguntar nos 10 primeiros segundos: Qual o seu nome? O que e
como ocorreu?
AVALIAÇÃO PRIMARIA
Consiste na avaliação imediata do paciente, com estabelecimento de prioridades de
atendimento.
Objetivo: IDENTIFICAR E MANEJAR LESÕES QUE COMPROMETEM A VIDA, JUNTO
COM AS AVALIAÇÕES DO ABCDE.
OBJETIVO
Permeabilizar as vias aéreas Prevenir lesões cervicais
119
B BREATHING AND VENTILACION (ventilação e respiração)
VERIFICAR
Cianose, taquipnéia, tiragem intercostal, mobilidade e simetria de ambos hemitórax, feridas
torácicas, hematomas, equimose, turgência jugular (para garantir uma adequada ventilação e
troca de gases)
LEMBRAR:
Na ausculta, os murmúrios vesiculares vão estar diminuídos em caso de pneumotórax e
hemotórax
Na percussão, o hipertimpanismo está presente no pneumotórax, e macidez no hemotórax.
OBJETIVO
Possibilitar e optimizar as trocas gasosas
OBJETIVO
Controlar o sangramento, manter uma perfusão adequada e reposição volêmica.
DEVE-SE FAZER:
Obter acessos venosos de grosso calibre 2 ACESSOS + FLUIDOTERAPIA
OBJETIVO
Prevenir danos secundários Manter uma adequada oxigenação e perfusão
encefálica
120
E EXPOSURE (exposição ao meio ambiente e controle de hipotermia)
OBJETIVO
Buscar e evitar lesões despercebidas (despir o paciente)
Prevenir casos de hipotermia (deve-se cobrir e aquecer o paciente)
AVALIAÇÃO SECUNDARIA
Feito logo após a avaliação primaria
ATENÇÃO: nem sempre é possível, por situações de grande instabilidade que requer
cuidados definitivos imediatos.
Exemplo: Cirurgia
121
TEC - (TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO)
DEFINIÇÃO: lesões das estruturas do crânio e encéfalo, por impacto da cabeça com um
elemento externo.
MELHOR DIZENDO: É uma lesão ou dano, de compromisso estrutural do crânio.
GENERALIDADES
CRÂNIO MENINGES ESPAÇOS MENINGEOS
BASE: Esfenoide e Duramader (externa) Subdural (dura-máter e aracnoide)
Etmoide Aracnoide (medial) Epidural (bóveda craniana e dura-máter)
BÓVEDA: Frontal, 2 Piamader (interno) Subaracnóideo (aracnoide e pia-máter)
Parietais, 2 Temporal e
Occipital
ETIOLOGIA
LESÕES PRIMARIAS: são as lesões imediatas, causada pelas forças geradas
imediatamente pelo trauma (contusão, fraturas, hematomas, laceração).
CAUSADAS POR: acidente de transito (principalmente), acidentes esportivos, acidente
laboral, armas de fogo ou armas brancas.
LESÕES SECUNDARIAS: são as lesões tardias.
NÃO TRATÁVEL: Dano axonal traumáticos, lesão celular neuronal, morte neuronal, morte
encefálica.
CLASSIFICAÇÃO
Se determina utilizando a escala de GLASGOW
TEC LEVE: 13 a 15 (75% dos casos)
TEC MODERADO: 9 a 12 (15% dos casos)
TEC GRAVE: 8 a 3 (10% dos casos)
122
RINORRAQUIA saída de liquido cefalorraquideo pelo nariz
FRATURAS LATERAL
OTORRAGIA saída de sangue pelo ouvido
OTORRAQUIA saída de liquido cefalorraquideo pelo ouvido
FRATURAS POSTERIORES
SIGNO DE BATTLE equimose retroauricular (cor roxo/negra em apófise mastoidea)
CONDUTAS
Primeiramente, fazer a avaliação primaria (ABCDE do trauma) e definir o grau do TEC (leve,
moderado ou grave)
IMPORTANTE: a SONDA NASOGÁSTRICA está contraindicada em suspeita de lesões
de base de crânio.
Já no hospital (terceiro nível)
1. Receber o paciente
2. ABCDE do trauma (protocolo ATLS), e realizar o GLASGOW completo para identificar o
grau do TEC
3. Oxigênio terapia
4. Monitorização
5. Analgésicos por via
6. Se a PRESSÃO INTRACRANIANA está elevada MANITOL
7. Estudos complementares (laboratórios, e de imagem)
8. Interconsultas com especialidades (cirurgia, traumatologia, neurologia)
123
TEC GRAVE (3 a 8), unidade de terapia intensiva
Aumento da pressão intracraniana
Quando maior a PIC (pressão intracraniana), MENOR será a perfusão cerebral
Monitorização da PIC (deve manter abaixo de 20 mmHg, se maior que isso é perigoso).
124
TRAUMA DE TÓRAX
DEFINIÇÃO: lesões ou danos de compromisso torácico.
ORGÁNICAS
Coração e pulmão
ETIOLOGIA
Acidentes de transito Acidentes esportivos
Acidenteis laborais Arma de fogo / branca
MECANISMO
ABERTOS (Penetrante) FECHADO (Contusão)
CLASSIFICAÇÃO
Grupo I: PACIENTES INSTÁVEIS
Instabilidade hemodinâmica / insuficiência respiratória
Necessita tratamento imediato
Exemplos: obstrução de vias aéreas, pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto,
tamponamento cardíaco
Realizar TORACOTOMIA IMEDIATA
CONDUTAS
Seguir o ABCDE do trauma
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
Causado por trauma fechado (fraturas de costelas)
Caracterizado pela presença de ar na cavidade pleural, por solução de descontinuidade com
o ambiente ou ruptura alveolar / brônquica.
125
Manifestações clinicas: dor torácica, taquipnéia, hopoxemia, diminuição dos murmúrios
vesiculares, diminuição da expansibilidade torácica, hipertimpanismo a percussão. Desvio de
estruturas mediastinais para o lado contralateral. Distensão das veias jugulares.
PNEUMOTÓRAX ABERTO
Falha na parede torácica, com comunicação direta do meio ambiente com a cavidade pleural.
TÓRAX INSTÁVEL
Presença de duas ou mais fraturas em duas ou mais costelas.
Ausência de continuidade óssea de um seguimento da parede torácica.
HEMOTÓRAX MASSIVO
Caracterizado pela presença de mais de 1500 ml de sangue no espaço pleural
Pode ser causado por traumas torácicos, neoplasias, rupturas de aneurismas
Acumulo de grande volume de sangue na cavidade pleural com restrição ventilatória.
TAMPONAMENTO CARDÍACO
Acumulo de sangue no saco pericárdio, proveniente de uma lesão miocárdica ou coronária.
Causando uma restrição cardíaca e consequentemente um choque circulatório.
Manifestações clinicas: TRÍADA DE BECK (hipotensão arterial, turgência de veias
cervicais, hipofonese de bulhas cardíacas).
Conduta: reanimação volêmica.
Descompressão pericárdica = PERICARDIOCENTESE
126
PNEUMOTÓRAX SIMPLES
Entrada de ar no espaço pleural sem repercussão hemodinâmica.
HEMOTÓRAX
Acumulo de sangue no espaço pleural, menor que 1500 ml.
CONTUSÃO PULMONAR
lesão do parênquima pulmonar
127
TRAUMA DE ABDOME
DEFINIÇÃO: Lesão ou dano de compromisso abdominal.
QUE ESTRUTURAS ENCONTRAMOS NO ABDOMEM?
ESQUELÉTICAS: costelas (hipocôndrio direito, hipocôndrio esquerdo)
ORGÂNICAS: esôfago, estomago, pâncreas, fígado, intestino delgado, intestino grosso,
cólon, baço, rins, pélvis renal.
ETIOLOGIA
Acidentes de transito Acidentes esportivos
Acidentes laborais Arma de fogo / branca
MECANISMO
FECHADO (contusão): esmagamento, compressão, cisalhamento, desaceleração. (Os
órgãos abdominais mais acometidos nesses casos são: o baço 55%, o fígado 35%, o
intestino delgado 5%, hematoma retro peritoneal 15%).
CONDUTA
AVALIAÇÃO INICIAL (ABCDE)
Obter acessos vasculares Reanimação volêmica
Compressão de sangramentos Estabilização pélvica
Controle de hipotermia Buscar: equimose / hematomas, ferimentos
penetrantes (identificar orifícios de entrada e saída),
corpos estranhos e eviscerações.
TAC
Em pacientes hemodinamicamente estáveis, com suspeita de lesão abdominal (sem
indicações aparente de laparotomia de urgência).
128
Melhor exame para avaliação do traumatizado, principalmente na suspeita de lesões de
órgãos sólidos.
Alta sensibilidade
ESTÁ CONTRAINDICADO EM INSTABILIDADE HEMODINAMICA.
LAPAROTOMIA DIAGNÓSTICA
Trauma penetrante em pacientes hemodinamicamente estáveis com perfuração de arma
branca ou arma de fogo (duvida diagnóstica de penetração peritoneal).
Trauma contuso em pacientes hemodinamicamente estáveis, com dúvidas diagnósticas de
lesões de vísceras ocas.
ABORDAGEM CIRURGICA
LAPAROTOMIA EXPLORATÓRIA Trauma fechado com sinais de hemorragia
FAST ou LPD positivo Ferimento penetrante do abdome
Peritonite Evisceração
TRATAMENTO GERAL
Correção de hipovolemia Profilaxia de coagulopatias
Controle acidobásico Monitorização continua
PACIENTE ESTÁVEL
Realiza um FAST
Sim?? Não?
CLASSIFICAÇÃO
COMPLETAS INCOMPLETA
O osso se fratura em partes O osso não chega a romper-se por completo
DESVIADA COM CAVALGAMENTO
Pode ser completa e incompleta Um osso por cima do outro
EXPOSTA: FECHADA:
Caída do osso para fora da pele Pele e tecidos cobrem o osso fraturado
Quadro Clinico
Dor Inchaço Hipotensão funcional
Alterações de signos vitais Hemorragias Edema
FRATURAS DE LEFORT
São fraturas maxilofaciais
Nunca fazer intubação orotraqueal (optar pela cricotomia ou traqueotomia)
CLASSIFICAÇÃO:
Grau I Grau II Grau III
Compromisso do maxilar Compromisso maxilar Compromisso frontal + ossos
inferior superior + ossos nasais nasais + maxilar superior
TRIÂNGULO DA MORTE
Zona muito vascularizada
Não são selados (protegidos), sendo assim as infecções
podem entrar facilmente
130
TRATAMENTO
COM GESSO CIRURGICO
Fraturas incompletas Fratura completa, se a separação é muito
Fraturas completa se a separação não é marcada
muito marcada Fraturas com desvio completo
Fraturas com desvio incompleto Fraturas expostas
Fraturas cavalgadas
131
FERIDAS
DEFINIÇÃO: É a perda da integridade dos tecidos moles.
PRODUZIDA POR:
Agentes externos (como faca) Agentes internos (como ossos fraturados)
TIPOS
Cortantes Picadas Laceradas Raspaduras Escoriações
Evulsivo Contusas Amputação Esmagamento Armas de fogo
LACERAÇÃO: ferida provocada por um corte ou rasgo forçado
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
Primeira Intenção: perda mínima do tecido. SUTURA
Segunda Intenção: perda acentuada de tecido, não é possível juntas as bordas.
GRANULAÇÂO + EPITELIZAÇÃO
Terceira Intenção: quando existe fatores que retardam o processo de cicatrização.
DRENOS
Fisiopatologia DA Cicatrização
1º fase Infamatória (fase trombocítica, granulocítica e macrofasica)
2° Fase Proliferativa (granulação)
3º fase Maduração (remodeladora)
132
ANATOMIA DO APARELHO GENITAL FEMENINO
São órgãos responsáveis pela produção de óvulos, e depois da fecundação, oferecem
condições para o desenvolvimento do embrião até o seu nascimento.
ÓRGÃOS
Internos: útero, trompa, vagina, ovários.
Externos: monte de vênus, vulva.
ÚTERO
Órgão muscular oco de formato piriforme (pera).
Camadas:
Endométrio (interna): é uma capa mucosa, se renvoa a cada ciclo menstrual.
Miométrio (media): é uma capa muscular, promove contrações.
Perimétrio (externa): é uma capa serosa, reveste e protege o útero.
Partes do útero:
Fundo do útero Corpo do útero Istmo Colo do útero (cervix)
Peso: 70 gramas em multíparas, 50 gramas em nuliparas.
Mede: 60 a 90 mm de altura, 30 a 50 mm de largura (pode aumentar de 10 a 20 mm em
multíparas).
Meios de fixação:
Ligamento redondo do útero Ligamento sacro uterino
Ligamento largo do útero Ligamento cardinal
Musculo elevador do ânus
Irrigação: artéria uterina (rama da artéria ilíaca interna, e artéria ovárica).
TROMPAS DE FALÓPIO
Órgão que conduz o óvulo do ovário até o útero, dentro das trompas ocorre a
fertilização.
Divide-se em:
Transmural: união com o ovário. Ampola: zona dilatada. Istmo: a parte do tubo.
Mede: de 10 a 12 cm de longitude, e de 2 a 4 mm de diâmetro.
Irrigação: Artérias tubárias.
VAGINA
É um órgão elástico, que tem conexão com o canal do parto (forma a parte inferior).
Mede: de 6 a 8 cm. Irrigação: artérias uterinas.
OVÁRIOS
Tem funções generativa, vegetativa e somática.
Produz hormônios do ciclo menstrual, e de caráter sexuais.
Mede: de 2,5 a 4 cm. Pesa: sete gramas.
Irrigação: Artérias ováricas, e artérias uterinas.
MONTE DE VÊNUS
Serve para proteção e amortecer.
É uma massa celuloadiposa sobre a sínfise púbica.
Tem uma forma triangular coberta por pelos.
VULVA
133
Regiões:
Labial: lábios maiores, lábios menores, clitóris (origem ectodérmica)
Vestibular: meato uretral, hímen (origem endodérmica)
Glândula de Bartolini: tem a função de produção de fluidos e lubrificantes, se encontra
na parede da vulva (pequenos lábios).
Obs: Tipos de hímen anular, septado, complacente, cribiforme, imperforado.
134
PAPANICOLAU
É a citologia do colo uterino.
É um exame ginecológico, que serve para identificar o câncer cervical, e a presença de
infecções na região genital feminina.
Possíveis resultados:
CLASSE I: normal (ausência de células anormais e atípicas)
CLASSE II: inflamação (alteração de células benignas)
CLASSE III: displasia (presença de células anormais, citologia sugestiva de câncer, mas
não conclusiva)
CLASSE IV: Carcinoma IN SITU (citologia sugestiva de malignidade)
CLASSE V: Carcinoma INVASOR (malignidade com metástase)
PARA SABER
Displasia: crescimento e desenvolvimento anormal das células.
Displasia cervical: lesão escamosa intraepitelial.
135
PLANEJAMENTO FAMILIAR
É o conjunto de ações que auxiliam os casais a planejar a chegada de filhos, e
prevenir a gravidez indesejada.
ANTICONCEPCIONAL NATURAL
São métodos que utilizam somente o ciclo corporal para evitar a concepção, mediante
abstinência sexual periódica.
MUCO Consiste na observação diária do muco cervical (humidade da vagina).
CERVICAL Verificar a aparência (se esta como clara de ovo, significa que esta fértil).
Pouca eficácia
TEMPERATURA Consiste na medição da temperatura corporal, para identificar os dias
BASAL férteis. (No período fértil ocorre um aumento na temperatura de 0,5 a 0,8
°C). Pouca eficácia.
MÉTODO DO É a tabelinha, consiste em identificar o período fértil, contando os dias do
CALENDÁRIO ciclo menstrual. O dia fértil acontece mais ou menos no meio do ciclo.
(Abstinência de 3 dias antes e 3 dias depois do dia fértil). Pouca
eficácia em ciclos desregulados.
COITO Consiste em retirar o pênis da vagina antes da ejaculação, impedindo
INTERROMPIDO que os espermatozoides entrem em contato com o sistema reprodutor da
mulher. Pouca eficácia.
ANTICONCEPCIONAL ARTIFICIAL
São métodos que impedem a gravidez, através de medicamentos com hormônios ováricos,
métodos não hormonais e definitivos.
MÉTODOS HORMONAIS
PÍLULAS ORAIS: Tem uma eficácia de 99% se usada corretamente. Pode ser
COMBINADA, que esta constituída por hormônios sintéticos (estrógeno e progesterona), o
mecanismo de ação é por meio de uma intervenção no eixo neuroendócrino, interferindo na
estimulação ovariana, promovendo um bloqueio hormonal dos hormônios que estimulam os
ovários a ovular (LH). E pode ser de PROGESTAGÊNIO, são minipílulas (noretisterona,
levonorgestrel), age promovendo alterações no endométrio e do muco cervical, dificultando a
fecundação e implantação do blastocisto no endométrio. As minipílulas possuem poucos
efeitos cardiovasculares e na cascata de coagulação.
136
DISPOSITIVO INTRAUTERINO COM LEVONORGESTREL (DIU DE MIRENA): Eficácia
de 99%. É um dispositivo em formato de “T”, com estrutura de polietileno. Sua haste vertical
é revestida por um cilindro composto de polidimetilsilaxeno que contém levonorgestrel, que é
liberado em dose constante de 20mcg por dia, e tem a durabilidade de 5 anos. Seu
mecanismo de ação consiste na combinação de atrofia endometrial, estimulo na formação de
muco cervical espesso e redução de motilidade tubária.
137
LEUCORRÉIA
É a alteração nas características da secreção vaginal normal, (corrimento anormal).
A genitália da mulher no período de vida com atividade menstrual é úmida e tem um pH (é a
forma de proteção vaginal, que é dada pelos Bacilos de Doderlein, seu valor normal é de 3.5
a 3.7, caso se torne alcalino abre portas para invasão de germes).
ETIOLOGIA DA LEUCORRÉIA:
Cândida albicans (leucorréia de cor branca) Trichonoma vaginalis (tem cheiro forte)
Gardnerella Vaginalis (tem cheiro forte) E. Coli
Neisseria gonorroheae (leucorréia amarelada Clamydia trachomatis
com odor forte)
CANCRO MOLE
Causado por um bacilo gram (-) Haemophilus Ducreyi
Período de incubação é de 3 a 10 dias
Características: ulceras dolorosas, irregulares, com limites eritematosos sem bordas
duras, com material purulento e odor fétido.
Tratamento: Azitromicina 1g VO, dose única. Ou, Ciprofloxacina 500 mg VO de 12 em 12
horas por 3 dias.
HERPES GENITAL
Causada pelo vírus HSV (Hepes Simplex Vírus)
É latente para a vida toda
Características: inicialmente apresenta vesículas dolorosas, dura em torno de uma
semana, e depois evolui para ulceras dolorosas por 7 a 10 dias.
Tratamento: Aciclovir 400 mg de 8 em 8 horas por 7 a 10 dias.
LINFOGRANULOMA VENÉREO
Causada por Clamidya Tracomatis
Período de incubação é de 3 dias a 2 semanas
Consiste em 3 fases:
1° Vesículas pequenas (desaparecem sem cicatrizes)
2° Linfoadenopatia inguinal e femoral (aumento dos linfonodos, dolorosos)
3° Síndrome anogenitoretal (prurido retal e descarga mucoide através das ulceras)
Tratamento: Doxicilina 100mg de 12 em 12 horas VO por 21 dias. Ou, Eritromicina 500mg
de 6 em 6 horas VO por 21 dias.
DONOVANOSE
Causado por Klebsiella Granulomatis
Características: Ulceras de grande volume e extensão, indolor.
Tratamento: Doxiciclina 100mg de 12 em 12 horas VO durante 21 dias.
139
CONDILOMA ACUMINADO (verruga genital)
Principais sorotipos: 6 e 11
Causado por HPV (vírus do papiloma humano)
Período de incubação é de semanas a meses
Características: crescimento branco, papilomatoso (a principio são pequenas, mas podem
crescer caracterizando uma couve flor)
Diagnóstico é feito através do Papanicolau
Tratamento: Acido Dicloroacético ou cirúrgico.
140
SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO
É multifatorial, estão envolvidos fatores genéticos e endócrinos (mais comum).
Esta síndrome esta caracterizada por:
Ovários com cistos Obesidade Resistência à insulina
Infertilidade Anovulação Hiperandrogenismo
MANIFESTAÇÃO CLINICA:
Falta de maduração ovular, dão origem aos cistos. Hiperandrogenismo
Irregularidade menstrual (oligomenorreia, Acne
amenorreia) Infertilidade
Hirsutismo (excesso de pelos no corpo) Alopecia (queda de cabelo)
DIAGNÓSTICO:
Clinico Dosagem de hormônios (FSH, Prolactina, TSH)
Ultrassonografia da pélvis (para visualizar os cistos)
TRATAMENTO:
Objetivo é melhorar os sintomas hiperandrogênicos como hirsutismo, acne, alopecia,
infertilidade e regulação do ciclo menstrual.
Usa: ANTIANDROGÊNICOS como: ciproterona e espirolactona. Junto com
ANTICONCEPCIONAL ORAL COMBINADO.
Recomenda-se a mudança de hábitos como dieta e exercícios físicos (perda de peso).
141
MENSTRUAÇÃO E SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL
Menstruação normal:
Ciclo regular
Pode durar até 8 dias
Frequência de 21 a 35 dias
Perda menor ou igual a 80 ml de volume por ciclo
Sangramentos anormais:
Oligoamenorreia: menstruação com intervalos maiores de 35 dias
Poliamenorreia: menstruação com intervalos menores de 21 dias.
Metrorragia: hemorragias irregulares, fora do período menstrual.
Menorragia: ciclos menstruais com fluxo maior de 80 ml.
Obs.: O diagnóstico de sangramentos anormais é feito através da historia clinica, e
ultrassonografia. E o tratamento, exige uma restauração do ciclo menstrual que é feito com
anticoncepcionais.
142
AMENORREIA
É a ausência da menstruação.
Pode ser causado por uma disfunção do hipotálamo, da hipófise, do ovário, do útero ou na
vagina.
CLASSIFICAÇÃO:
PRIMARIA: ausência de menstruação após 15 anos na presença de crescimento normal e
características sexuais secundaria.
Pode ser por causas genéticas ou anatômicas, como disgenesia gonadal, ou retardo da
puberdade.
O diagnostico é feito através do Beta HCG sérico, dosagem de FSH, TSH e prolactina.
Deve-se tratar a patologia subjacente (exemplo, reposição hormonal).
143
ENDOMETRIOSE
Doença inflamatória, caracterizada pela proliferação de tecido endometrial fora da cavidade
uterina.
Estudos feitos, dizem que a endometriose é causada por fluxo menstrual retrógado.
LOCALIZAÇÃO
Ovários Ligamentos uterossacros (50%) Outros lugares: fundo do
(mais frequente 60%) saco, cólon, sigmoide e
vagina.
MANIFESTAÇÃO CLINICA
Dismenorreia progressiva Dor pélvica Dispareunia (dor na relação sexual)
Alteração das funções de eliminação (diarreia, hemorragia retal- hematoquezia).
FATORES DE RISCO
Histórico familiar (materno), raça branca e asiática. Pessoas magras
Hímen imperfurado Estenose cervical
Agenesia do colo uterino Malformações uterinas Fatores Anatômicos
Poliamenorreia
DIAGNÓSTICO
Clinico (dismenorreia progressiva e intertilidade como principais queixas)
Histopatológico (para diagnostico definitivo)
Vídeo laparoscopia Ressonância Magnética
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
Dor pélvica crônica, tumores anexiais, leiomiomatose.
TRATAMENTO
O objetivo do tratamento é bloquear a menstruação com anticoncepcionais, análogos
GnRH, Allurene.
Em caso de endometriose maior de 4 cm o tratamento é cirúrgico (laparoscópico).
144
MIOMA UTERINO
São neoplasias benignas, originadas pela proliferação de células do musculo liso no
miométrio.
Composto por tecido muscular.
Prevalece em mulheres com idade reprodutiva.
FISIOPATOLOGIA
Ocorre pela expansão clonal de células miometrais, que tem um incremento dos
receptores de estrogênio e progesterona.
CLASSIFICAÇÃO
Localização Tipo de Degeneração
Subserosos, Intramurales e Submucosos Hialina, cística, calcificações, vermelha,
necrose, sarcomatosa.
MANIFESTAÇÃO CLINICA
Dor e pressão pélvica Poliuria e nicturia
Constipação intestinal Aumento do tamanho abdominal
Sangramento intermenstrual (pode causar uma síndrome anêmica)
Obs.: Se a dor é de inicio súbito em pacientes com miomatose, deve-se suspeitar de
degeneração miomatosa ou torsão do pedículo do mioma.
DIAGNÓSTICO
Ultrassonografia transvaginal
Ressonância magnética (é melhor em casos de mioma submucoso)
Histeroscopia (permite observar a distorção endometrial)
TRATAMENTO
Vai depender da classificação e do tamanho.
CLINICO:
Anticoncepcional oral combinado
Moduladores de receptores de Progesterona
Terapia androgênica (danazol)
CIRÚRGICO:
Miomectomia por laparotomia
Histerectomia (se o sangramento é excessivo, e não tem outra solução).
145
MUDANÇAS FISIOLÓGICAS NA GESTAÇÃO
São alterações fisiológicas por fatores mecânicos e hormonais, que permitem a nutrição do
feto, o desenvolvimento das mamas para a amamentação, entre outros.
ATITUDE: cabeça para cima e para trás e o troco para frente Para equilíbrio.
MARCHA: marcha lenta, pesada e balanceada Pelo tamanho do abdome e liberação de
relaxina pela placenta.
SISTEMA DIGESTIVO: náuseas e vômitos Pelos níveis de HCG e estrogênios. E também
o aumento da pressão abdominal.
SISTEMA CARDIOVASCULAR: Aumento da frequência cardíaca Ocorre uma
vasodilatação periférica pelo aumento de oxido nítrico.
Sopros: O coração esta trabalhando mais rápido, e isso obrigam as válvulas cardíacas a
abrir e fechar mais rápido, causando um sopro de origem sistólica.
Redução da Pressão Arterial: pela elevação do gasto cardíaco, ou pela compressão da
veia cava.
SISTEMA SANGUINEO: Diminuição dos glóbulos vermelhos hemoglobina= 11g/L,
hematócrito= 33%.
SISTEMA URINÁRIO:
Anatômicas: dilatação dos ureteres e pelve devido à atonia causada pela
progesterona e compressão do útero.
Funcionais: aumento do fluxo plasmático renal, aumento na taxa de filtração
glomerular renal.
SISTEMA RESPIRATÓRIO: Diminuição da capacidade residual funcional e
hiperventilação ocasiona alcalose respiratória compensada, como a dispneia.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL: A gestante se torna muito sentimentos Devido às
mudanças hormonais.
SISTEMA DÉRMICO:
Estrias no abdome e mamas
Linha alba pelo aumento de pigmento
Cloasma na região mamaria, vulva, aréola e face. (São manchas escuras, que
aparecem na gestação).
ÚTERO:
No primeiro trimestre diminuição do tônus, amolecimento do útero. A partir da 12°
semana pode ser apalpado no abdome.
Eleva 10 vezes seu fluxo sanguíneo.
Colo uterino amolece por influencia do estrogênio e progesterona.
EXTREMIDADES: Edemas nos membros inferiores por acumulação de líquidos em
partes do corpo, causado por má circulação.
146
PRÉ-NATAL
É um conjunto de ações e procedimentos destinados a prevenção, diagnostico e ao
tratamento de fatores que podem condicionar a morbimortalidade materna e fetal. E também
garante o bem estar materno e promove o nascimento de um RN saudável.
OBJETIVO:
Estabilização precisa da idade gestacional.
Identificação de fatores de risco e prevenção de complicações obstétricas.
Identificação e tratamento precoce de doenças intercorrentes.
Avaliação do bem estar materno e fetal.
Educação e promoção de cuidados com a saúde.
VALORAÇÃO PRÉ-CONCEPÇÃO:
Perguntar sobre antecedentes familiares.
Numero de partos a término, de cesáreas previas, perdas gestacionais e morte neonatal.
Valorar o estado imunológico (TORCH = toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes.
Também varicela, hepatite, HIV...)
Valorar álcool e tabaquismo.
MEDICAMENTOS
Acido fólico: utiliza até a 12° semana de gestação 400mg/dia. Utilizado para prevenir
defeitos do tubo neural.
Ferro: é profilático, para reduzir a chance de anemia.
VACINAS
Imunização Antitetânica: para prevenir tétano neonatal.
As inativas, aplicar depois do primeiro trimestre. JAMAIS aplicar atenuadas.
147
4- Exame físico
Peso, altura, IMC Exame físico geral Aferir pressão arterial e sinais vitais
Exame obstétrico (delimitar o fundo uterino a partir das 12 semanas)
5- Solicitar
Hemograma completo (para evitar anemia e complicações)
Grupo sanguíneo e fator Rh (verificar eritoblastose fetal)
Exame geral de urina (para investigar infecções)
Ureia, creatinina, glicemia em jejum, TSH e T4 (para prevenir e tratar diabete gestacional,
e para verificar funcionamento renal).
VDRL (rastreio sifilítico) Anti HIV (ELISA e teste rápido)
Sorologia para Hepatite B e C Sorologia para toxoplasmose IgM e IgG
Sorologia para CHAGAS Coagulograma
CONSULTAS SEGUINTES
Em cada visita, deve-se fazer:
Anamnese (direcionada para queixas da paciente). Controle de sinais vitais
Verificar peso e avaliações de ganho. Orientações para a paciente
Ausculta do Batimento Cardio Fetal Medir o fundo uterino.
Verificar posição/situação/apresentação
Para saber: os movimentos fetais aparecem a partir da 18° semana.
Obs.: O ideal seria uma visita pré-natal mensalmente, até a 32° semana. Da 33° a 36°
semana quinzenalmente, e maior de 36° semanas, semanalmente.
148
HEMORRAGIAS DA PRIMEIRA METADE DA GESTAÇÃO
FAZEM PARTE:
Aborto Gravidez Ectópica Mola Hidatiforme
ABORTO
É a interrupção da gestação provocada ou espontânea antes das 20 semanas, e peso fetal
menor a 500 gramas.
ETIOLOGIA:
Alterações cromossômicas. Drogas, tabaco e álcool. Traumas.
Gravidez precoce (menor de Gravidez tardia (maior de 35 Hipertensão Arterial
18 anos) anos)
Diabete Mellitus Toxoplasmose
CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A EVOLUÇÃO:
AMEAÇA DE ABORTO às vezes apresenta sangramento vaginal discreto, dor tipo cólica,
colo cervical fechado. (Dor leve, hemorragia leve, colo fechado). Tratamento é repouso e
antiespasmódicos.
ABORTO EM CURSO tem mudanças cervicais com dilatação e borramento, está em
evolução. (Dor moderada, hemorragia moderada, colo aberto).
ABORTO INEVITÁVEL Hemorragia, colo dilatado, existe ruptura de membranas. Tem
que fazer a coleta. (Dor grave, hemorragia grave, colo cervical aberto).
ABORTO RETIDO Colo cervical fechado, sem alterações, presença do embrião, porém
sem os batimentos, deve-se fazer a coleta.
SEGUNDO A ETIOLOGIA:
PROVOCADO o aborto que a pessoa provoca (pode ser por fármacos, ou outros).
ESPONTÂNEO o aborto que se sucede fisiologicamente.
149
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
NO GERAL: apresenta sangramento vaginal, dor tipo cólica no baixo ventre, expulsão dos
anexos.
AO EXAME FÍSICO:
Avaliar o estado da paciente (instabilidade hemodinâmica)
Realizar o toque: Vai estar entreaberto em casos de aborto inevitável, aborto incompleto
ou aborto em curso. Vai estar fechado em casos de aborto retido, abordo
completo e ameaça de aborto.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Gravidez ectópica Mola hidatiforme
COMPLICAÇÕES
Shock séptico / hipovolêmico Síndrome de MONDOR
SÍNDROME DE MONDOR
É uma patologia causada pelo gérmen CLOSTRIDIUM PERFRINGENS.
Causado por realizar muitas manobras abortivas.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS: icterícia, hemoglobinúria, hemoglobinemia,
Afeta os rins, causando uma insuficiência renal, destruindo-o em 48 horas.
TRATAMENTO é feito com PENICILINA + GENTAMICINA (se não há resposta, deve-se
fazer a HISTERECTOMIA).
TRATAMENTO
NA AMEAÇA DE ABORTO: acompanhamento ambulatorial com realização de USG.
Sempre tem que estabilizar clinicamente a paciente.
Em casos de aborto retido, incompleto ou inevitável:
AMIU (aspiração manual intrauterina), quando a gestação é menor de 12 semanas.
CURETAGEM, em gestações maiores de 12 semanas. Primeiro deve-se utilizar o
MISOPROSTOL (1 comprimido de 10 mcg via vaginal, a cada 6 horas) para expulsar.
Depois, fazer a dilatação com vela de Hegar. E por ultimo, realizar a raspagem uterina.
Quando o aborto é infectado, fazer antibiótico terapia por 7 a 10 dias com clindamicina e
gentamicina.
GRAVIDEZ ECTÓPICA
É a gestação fora da cavidade uterina. O blastocisto se implanta fora da cavidade uterina.
LOCALIZAÇÕES:
TUBARIA (98% dos casos), pode se implantar na ampola (mais frequente, acontece em
70% dos casos), no istmo ou tubo.
CAVIDADE ABDOMINAL
OVÁRIOS
FATORES DE RISCO:
Endometriose Cirurgia tubária
Doença inflamatória pélvica Anomalias tubárias
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
150
Dor abdominal Amenorreia Sangramento transvaginal
Sinal de LAFFON (dor no ombro por irritação do nervo frênico).
Sinal de CULLEN (equimose periumbilical).
Sinal de BLOOMBERG (irritação peritoneal).
Instabilidade hemodinâmica se a gravidez ectópica estiver rota.
DIAGNÓSTICO
Quando clinico + Beta HCG acima de 1500 mUI/ml
Ultrassonografia transvaginal (o útero vai estar vazio).
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
Aborto Mola hidatiforme
TRATAMENTO
Medicamentoso com METOTREXATE Cirúrgico (em casos de instabilidade
Se paciente esta hemodinamicamente hemodinâmica)
estável SALPINGECTOMIA (retira as trompas)
Massa ectópica menor de 4 cm SALPINGOSTOMIA (mantém as trompas
Beta HCG menor de 5,000 mUI/ml
MOLA HIDATIFORME
Também conhecida como DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL.
É o aumento do numero celular do tecido trofoblástico, gerando uma vascularização
deficiente. (Hiperplasia trofoblástica).
TIPOS
BENIGNA: Mola hidatiforme completa e incompleta (somente entra essa no tema de
hemorragias da primeira metade da gestação).
MALIGNA: mola invasora, coriocarcinoma e tumor trofoblástico de sitio placentário.
FATORES DE RISCO
Idade maior de 40 anos Mola anterior
Inseminação artificia Tabagismo
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Sangramento vaginal (intermitente e progressivo, aparece no primeiro trimestre).
Hiperêmese Sinais de hipertireoidismo
Hipertensão precoce Sangramento escuro e indolor
Útero em sanfona (maior que o esperado) Eliminação de vesículas hidatiformes.
151
DIAGNOSTICO
Clinico BETA HCG maior de 200,000 U/L
Ultrassonografia (imagens em cachos de uva, ou favo de mel).
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
Aborto Gravidez ectópica
TRATAMENTO
Esvaziamento uterino (preferencialmente AMIU)
Histerectomia (se existe sangramento incoercível, e paciente maior de 40 anos).
Deve-se fazer seguimento com teste de medição do Beta HCG por causa de
malignidade
48 horas após o esvaziamento
Depois, semanalmente
Após o resultado negativo por 3 semanas consecutivas, fazer o exame mensalmente por 6
meses.
152
HEMORRAGIAS DA SEGUNDA METADE DA GESTAÇÃO
FAZEM PARTE:
Placenta Previa Rotura Uterina
Desprendimento Prematuro Da Placenta (Dppni)
PLACENTA PRÉVIA
É a presença de tecido placentário que se insere na parte inferior do útero após a 28°
semana de gestação.
Localiza-se próximo ou sobre o orifício interno do colo uterino.
TIPOS
Placenta Prévia Total A placenta cobre totalmente o orifício do colo uterino interno.
Placenta Prévia Parcial A placenta obstrui parcialmente o orifício do colo uterino interno.
Placenta Prévia A borda inferior da placenta atinge o orifício do colo uterino, sem
Marginal ultrapassar.
FATORES DE RISCO
Idade avançada Cesárea anterior Placenta prévia em gestação anterior
Gestação múltipla Aborto prévio Tabagismo e consumo de cocaína
CAUSAS
É incerta, mas pode estar relacionado ao endométrio de qualidade “ruim”. Isso acontece
devido a procedimentos cirúrgicos. Ou, área placentária aumentada, geralmente em casos
de gemelaridade.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Sangramento vaginal (pela noite, indolor, vermelho vivo-rutilante, e repetitivo como se
fossem ciclos).
Sofrimento fetal (devido à hemorragia).
DIAGNÓSTICO
IMPORTANTE: na suspeita de PP não se deve realizar o toque vaginal (por grande
risco de piorar o sangramento e infecções).
A ultrassonografia revela onde a placenta esta inserida.
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
Deslocamento prematuro da placenta (DPPni)
Rotura uterina
Traumatismo genital
153
COMPLICAÇÕES
Parto prematuro / sofrimento fetal Atonia uterina
Infecções Acretismo placentário
Ruptura prematura de membrana
TRATAMENTO
Estabilidade hemodinâmica da paciente (reposição volêmica).
CESÁREA (se FC do feto esta alterado, ou em casos de hemorragia grande), se for
menor de 38 semanas, deve-se fazer a MADURAÇÃO PULMONAR (Betametasona 12 mg
por dia durante 2 dias, pode ser feito a partir da 24°semana de gestação).
Se placenta previa marginal, pode ser feito parto vaginal (com grande vigilância para
hemorragia).
FISIOPATOLOGIA
A causa imediata da separação prematura da placenta é a ruptura dos vasos maternos
da decídua basal.
O sangramento forma coágulos, causando uma irritação para o feto, aumentando a
hipertonia uterina.
Se o desprendimento é maior que 50% ocorre ÓBITO FETAL.
ETIOLOGIA
Eventos mecânicos súbitos (trauma por acidente).
Anomalias uterinas (miomas uterinos).
Consumo de tabaco e cocaína.
Processo de doenças crônicas da placenta (anomalias no desenvolvimento das artérias,
levando a uma necrose decidual, ou inflamação placentária).
PRÉ-ECLÂMPSIA (é a principal causa, o aumento da pressão arterial faz com que a
placenta de desprenda).
FATORES DE RISCO
Hipertensão arterial (principal) Trauma
Tumor Gravidez múltipla
Polihidramnio / anomalia fetal DPP prévio
Alcoolismo / tabagismo Idade avançada
CLASSIFICAÇÃO
PELA EVOLUÇÃO
LEVE (GRAU 0): Assintomático
LEVE (GRAU 1): Desprendimento de até 15%, a gestação pode ser exitosa.
MODERADA (GRAU 2): Desprendimento menor a 50%, o feto esta vivo, sangramento
escuro, sofrimento fetal agudo, hipertonia uterina).
GRAVE (GRAU 3): Desprendimento maior de 50%, o feto esta morto, a paciente pode
chegar à um shock hipovolêmico.
154
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Sangramento vaginal agudo, cor escura como o Forte dor abdominal e/ou lombar.
café.
Alterações da frequência cardíaca fetal. Hipotensão materna.
Hematomas intramiometral (coágulos que se acha na ultrassonografia).
PARA SABER: COMO SE FORMA OS HEMATOMAS INTRAMIOMETRAL?
Aumenta o tônus muscular e a pressão do miométrio, como existe este aumento,
automaticamente, os vasos se colapsam, e o sangue entra, mas torna-se difícil para fazer o
retorno, formando os hematomas no miométrio.
DIAGNÓSTICO
CLINICO: dor abdominal intensa, de inicio súbito, hipertonia uterina, sangramento vaginal,
alterações na ausculta fetal.
ULTRASSONOGRAFIA: hematomas intramiometral (retroplacentarios).
LABORATÓRIOS: coagulograma, plaquetopenia, fibrinogênio.
COMPLICAÇÕES
MATERNAS
Hemorragia excessiva Coagulação intravascular disseminada (CID)
Shock hipovolêmico Síndrome de angustia respiratória
Histerectomia Necrose e insuficiência renal
FETAIS
Morbidade e mortalidade relacionadas à hipoxemia. Parto prematuro
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Placenta previa Ruptura uterina
TRATAMENTO
DPP LEVE: repouso absoluto, controles frequentes.
DPP MODERADO E GRAVE:
Internação imediata e estabilização hemodinâmica da paciente.
Se feto esta vivo: cesárea de urgência.
Se feto esta morto: utiliza a via de parto mais segura para a mãe
Obs.: avaliar a necessidade de transfusão de hemoderivados.
FATORES DE RISCO
Cesárea prévia Multiparidade Trauma uterino
Gestação múltipla Malformações uterinas Curto intervalo intergenésico
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Desacelerações fetais (bradicardia, sofrimento fetal)
Sangramento súbito (desestabilidade hemodinâmica)
Dor abdominal forte e súbita que pode cessar abruptamente (atonia)
Atonia
DIAGNÓSTICO
Principalmente Clinico (para confirmar, fazer uma laparotomia, que pode-se visualizar a
ruptura).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Desprendimento prematuro de placenta (DPPni)
TRATAMENTO
Se houver instabilidade: reposição volêmica e considerar transfusão sanguínea.
Preparar para interrupção da gravidez por cesárea.
OBS.: em casos de hemorragia incontrolável, ou lesões irreparáveis, esta indicada a
HISTERECTOMIA.
156
RUPTURA PREMATURA DE MEMBRANAS (RPM)
É um transtorno que se produz na gravidez, quando o saco amniótico se rompe antes do
trabalho de parto.
TIPOS DE RUPTURA
PRÉ-TÉRMINO DE TÉRMINO PRECOCE
antes da 37° semana a partir da 37° semana, sem a partir da 37° semana, com
mudanças cervicais mudanças cervicais
FISIOPATOLOGIA (multifatorial)
Diminuição da concentração de colágeno A pressão mecânica sobre as membranas
fragilizadas.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Perda de liquido em grande quantidade.
FATORES DE RISCO
Infecções intraamnióticas Historia de RPM anterior
Deficiência de acido ascórbico Tabaquismo
DIAGNÓSTICO
Clinico (observação do liquido amniótico) Ultrassonografia (para ver o volume do
liquido)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Secreção vaginal fisiológica Candidíase ou vaginose Incontinência urinaria
TRATAMENTO
PRÉ-TÉRMINO:
Antibiótico Terapia para reduzir riscos de corioamnionite
Azitromicina 1g VO + Ampicilina 2g IV de 6 em 6 horas, durante 2 dias.
Logo, utilizar amoxicilina 500mg VO de 8 em 8 horas durante 5 dias.
Além do antibiótico, deve-se fazer a CORTICÓIDE TERAPIA para maduração pulmonar
(porque estimula a síntese e a liberação de surfactante pelo alvéolo pulmonar, reduzindo o
risco de síndrome de angustia respiratória e outras complicações relacionadas à
prematuridade).
Utiliza: Betametasona 12mg IM, uma vez por dia durante dois dias.
Ou, dexametasona 6mg IM, de 12 em 12 horas durante 2 dias.
A TÉRMINO:
Pode-se esperar no máximo 24 horas, se não tem trabalho de parto, deve-se induzir
o parto.
Utiliza OXITOCINA (5UI diluída em 500 ml de solução glicosada 5% IV, a 12 ml/hora, 14
gotas por minuto, aumentando a cada 30 minutos). Obs.: a dose máxima de oxitocina é 240
ml/hora.
Se a atividade uterina não chega ao padrão esperado, considerar falha na indução
do parto, e então partir para CESÁREA.
157
TRANSTORNOS HIPERTENSIVOS DA GRAVIDEZ
HIPERTENSÃO GESTACIONAL PRÉ-ECLÂMPSIA (LEVE E GRAVE)
ECLAMPSIA SÍNDROME DE HELLP
GENERALIDADES
A gestante tem tendência à hipotensão.O que é uma pré-eclâmpsia sobre imposta a um
estado crônico? É a HTA que a gestante tinha antes de engravidar, deve-se continuar o
tratamento.
O valor normal da pressão arterial na gestação, deve ser menor que 140/90 mmHg.
HIPERTENSÃO GESTACIONAL
Aparece após a 20° semana de gestação.
Maior ou igual a 20 semanas de gestação.
A pressão arterial esta maior ou igual a 140/90 mmHg, SEM proteinúria (esta deve ser
menor que 300mg).
TRATAMENTO
Se não tem proteinúria, deve-se fazer recomendações.
Somente se inicia medicamentos se a PA estiver maior que 160/110 mmHg
Caso a gestante já tenha histórico de hipertensão crônica, tratar com medicamentos
recomendados. (Suspender se a PA estiver normal nos controles pré-natais).
Utilizar METILDOPA 1 a 3 g/dia, podendo associar com HIDRALAZINA 50 a 300mg/dia.
PARA SABER
A primeira escolha é a METILDOPA, HIDRALAZINA.
Devem-se evitar os diuréticos, porque podem precipitar a hipovolemia e piorar a
perfusão placentária.
Os IECAs são contraindicados Em caso Hipertensão Arterial SEVERA,
porque podem causar: tratar com:
Oligodramnia Alfametildopa 500mg a 2 gr por dia
Anomalias renais Nifedipino 5 gotas sublingual
IR neonatal Hidralazina 50/25/20 mg por dia
Retardo mental Amlodipina 10 a 40 mg/dia
PRÉ-ECLÂMPSIA
É uma síndrome multisistêmica com a presença de:
HIPERTENSÃO ARTERIAL MAIOR OU IGUAL A 140/90 mmHg.
PROTEINURIA MAIOR OU IGUAL A 300 mg (ou 3 gr).
APÓS A 20° SEMANA DE GESTAÇÃO.
PODE SER
LEVE
A Pressão Arterial é maior ou igual a 140/90 Proteinúria é igual ou maior de
mmHg e menor ou igual a de 160/110. 300mg/dia.
Sem sinais de gravidade, o quadro clinico tende a ceder com fármacos.
158
GRAVE
A pressão arterial é maior ou igual a Proteinúria maior ou igual a 300mg/dia.
160/110 mmHg.
Oligúria menor de 500ml/dia Creatinina maior de 1,3mg/dia
O quadro clinico NÃO cede com fármacos.
FATORES DE RISCO
Antecedentes familiares de 1° grau Pré-eclâmpsia em gestação prévia
Obesidade/sedentarismo HTA crônica
Diabetes mellitus Gestação múltipla
Consumo excessivo de álcool
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
TRIADA OUTROS
Hipertensão Arterial Cefaleia (occipto-cervical) Visão borrada e acufenos
Proteinuria Náuseas e vômitos Dor abdominal / epigastralgia
Edema Edema de membros inferiores
DIAGNÓSTICO
Toma de pressão: se maior ou igual de 140/90 mmHg em duas ocasiões com diferenla
de pelo menos 6 horas em cada toma.
Laboratórios: proteinúria
TRATAMENTO
PRÉ-ECLÂMPSIA LEVE: não se trata, mas deve-se fazer recomendações e controles.
PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE:
Somente se medica até a 34° semana de gestação, depois disso indica a interrupção
da gravidez. (É obrigatória a internação da paciente para fazer o amadurecimento pulmonar
fetal, e logo a interrupção da gravidez).
Medicamentos a ser utilizados: hidralazina e metildopa VO.
Nunca deve-se utilizar diuréticos, IECA e propanol.
COMPLICAÇÕES
MATERNAS
AVC e Falência renal DPP Eclampsia / Síndrome de HELLP
FETAIS:
Crescimento fetal restrito Oligodramnia Prematuridade e Morte fetal
TRATAMENTO DE EMERGÊNCIA
HIDRALAZINA 1ml (20mg) + SF 0,9% 19ml (administrar 5 ml EV lento, repetindo até 3
vezes a cada 20-30 minutos).
Pode-se associar metildopa 250mg VO a cada 6 horas.
159
DEVE-SE ADMINISTRAR O SULFATO DE MAGNÉSIO, para a prevenção de
eclampsia.
PARA SABER
Administração do sulfato de magnésio segundo o ESQUEMA ZUSPAN
DOSE DE ATAQUE: Administrar 4gr de Sulfato de Magnésio ao 10%, IV, diluir em S.F.
ou ringer, (alguns dizem para diluir em 42 ml, outros em 200 ml), por bomba de infusão
continua durante 10 minutos.
DEPOIS, FAZER DOSE DE MANUTENÇÃO: diluir 24 gramas de Sulfato de Magnésio
em 760 ml de S.F. ou ringer, e passar em 24 horas, 14 gotas por minuto. (1gr por hora).
IMPORTANTE: temos que estar atentos para sinais de intoxicação por sulfato de magnésio,
são eles
Diurese menor de 35 ml/hora, frequência respiratória menor de 14 por minuto,
ausência do reflexo patelar.
DEVE-SE USAR GLUCONATO DE CÁLCIO AO 10% COMO ANTIDOTO.
ECLAMPSIA
É O APARECIMENTO DE CONVULSÕES EM GESTANTES QUE APRESENTAM PRÉ-
ECLÂMPSIA.
TRATAMENTO
DIAZEPAN (via retal)
Se persistir: Fenítoina em dose de ataque + manutenção.
Obs.: o Sulfato de Magnésio é para PREVENIR as convulsões, NÂO SERVE para
tratar.
COMPLICAÇÕES
Broncoaspiração Hemorragia cerebral
Coma Insuficiência renal
SÍNDROME DE HELLP
É uma complicação obstétrica grave, causada pela consequência de uma pré-eclâmpsia
grave.
160
Esta caracterizada pela associação de:
H = HEMÓLISE (destruição prematura de glóbulos vermelhos).
EL = ELEVAÇÃO DAS ENZIMAS HEPÁTICAS (níveis elevados).
LP = BAIXA CONTAGEM DAS PLAQUETAS (plaquetopenia).
FATORES DE RISCO
Pré-eclâmpsia Trombofilias Obesidade
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Hipertensão arterial (PA= maior ou igual a 160/110 mmHg)
Taquicardia Icterícia Edema Peri orbitário
Ausculta pulmonar alterada (edema agudo de pulmão) Náuseas e vômitos
DIAGNÓSTICO
Hemograma (plaquetas= menor de Função hepática
100,000/mm³) LDH= maior ou igual a 600 UI/L
TGO= maior de 70 UI/L
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Esteatose Hepática Aguda Trombocitopenia Lúpus Eritematoso Sistêmico
COMPLICAÇÕES
MATERNA
AVC Edema agudo de pulmão Insuficiência renal
Hemorragias e ruptura do fígado Óbito materno
FETAL
Sofrimento fetal e óbito fetal Parto prematuro
TRATAMENTO
Sulfato de Magnésio (para prevenir as convulsões) Anti-hipertensivos
Corticoide terapia (para maduração pulmonar fetal) Parto (cesárea)
Repor plaquetas se estiver menor de 20,000/mm³
161
PARTO
É a expulsão do feto e seus anexos através da vagina, depois da 20° semana de gestação.
CLASSIFICAÇÃO
SEGUNDO A IDADE GESTACIONAL
PRÉ-TÉRMINO
Parto imaturo= menor de 28 semanas Parto prematuro= de 28 a 36 semanas
A Término 37 a 41 semanas Pós Término maior de 41 semanas
SEGUNDO O INICIO
PROVOCADO ESPONTÂNEO
Ocorre com a intervenção de agentes Ocorre sem intervenção de agentes externos
externos
SEGUNDO A EVOLUÇÃO
EUTÓCICO DISTÓCICO
Parto normal com o feto em apresentação Anormalidade no mecanismo do parto
cefálica
FASES DO PARTO
1. Inicio do trabalho de parto + dilatação cervical + colo do útero apagado, (fase latente
e de dilatação que é a fase ativa, termina com a dilatação completa do colo uterino-10cm).
2. Nascimento (expulsão) do feto, (inicia com a dilatação cervical completa, termina com o
nascimento do feto).
3. Alumbramento, (inicia com o nascimento do feto, e termina com a expulsão da placenta).
4. Primeira hora pós-alumbramento, (inicia com a expulsão da placenta até a primeira
hora, essa é a hora de maiores complicações hemorrágicas).
ESTÁTICA FETAL
ATITUDE: relação das partes fetais entre si. (Mais comum é a flexão generalizada).
SITUAÇÃO: relação do maior eixo fetal com o maior eixo fetal uterino. (Mais frequente é
longitudinal, mas pode ser também transversa ou obliqua).
APRESENTAÇÃO: relação da parte fetal com o estreito superior da pelve. (Cefálica,
pélvica ou transversa).
POSIÇÃO: relação do dorso fetal com o lado materno. (Lado direito, lado esquerdo, porém
se a apresentação esta pélvica, a posição é sacro, se está transversa/córmica, a posição é
acrômio).
163
CONDUTAS DE INTERNAÇÃO
Internação hospitalar deve ser feito na fase ativa
Tricotomia, dieta leve (ou zero)
Orientar deambulação e a posição que requer melhor conforto
Verificar necessidade de exames laboratoriais
Toque vaginal (para avaliar o apagamento, dilatação e a consistência)
Monitorização fetal com doppler, e monitorizar a mãe
INDUÇÃO AO PARTO
Refere-se a técnicas para estimular as contrações uterinas, e realizar o parto, (se este não
acontecer espontaneamente).
Realiza-se somente em casos de HIPOATIVIDE UTERINA.
Utiliza-se a OCITOCINA (caso prescrita, deve ser usado 10 UI em 500ml de SF a 14
gostas por minuto).
Para a PRÉ-INDUÇÃO (para fazer a maduração cervical em casos de colo uterino
desfavorável) usa-se o MISOPROSTOL (25mcg via vaginal a cada 6 horas, e 25mcg via oral
a cada 2 horas).
164
TIPOS DE DEQUITAÇÃO:
BAUDELOCQUE - SHULTZE (o mais comum)
Desprendimento ocorre pela face fetal Central
O sangramento é depois da saída da placenta
BAUDELOCQUE - DUNCAN
Desprendimento pela face O sangramento é antes da saída da Marginal
materna placenta
Causas:
Macrossomia fetal Trabalho de parto prolongado Uso inadequado de
ocitocina.
165
EPISIOTOMIA
É UMA INCISÃO PERINEAL (mediana, ou mediolateral)
A mediana não esta indicada, por causa dos riscos de lesão do esfíncter anal.
A mediolateral é a mais utilizada
O corte será de 3 a 4 centímetros
As estruturas atingidas são:
Pele Tecido celular subcutâneo Mucosa vaginal
Músculos bulbo cavernoso Musculo transverso Músculo elevador do ânus
superficial do períneo
Para a sutura se utiliza CATGUT CROMADO 2.0 (porque é absorvível)
Orientar a paciente sobre como fazer a antissepsia.
PARTOGRAMA
Facilita o acompanhamento do trabalho de parto, e auxilia em reconhecer
alterações.
É o registro gráfico da avaliação do trabalho de parto (representa a dilatação do colo
do útero e a descida), e também das condições materna e fetal.
Cada divisória corresponde a 1 hora (horizontal) e 1 centímetro (vertical)
Deve iniciar o registro gráfico na FASE ATIVA do trabalho de parto (quando a
gestante sente de 2 a 3 contrações eficientes em 10 minutos, e está com uma dilatação
maior de 3 centímetros).
Realiza-se toque vaginal a cada 1-2 horas, anotando sempre no gráfico (normalmente a
dilatação é de 1cm/hora).
166
167
CESÁREA
É a retirada do feto, placenta e membranas ovulares através de uma incisão abdominal e
uterina (procedimento cirúrgico).
TÉCNICAS CIRURGICAS:
INCISÃO DE PFANNESTIEL (transversa/horizontal) é a mais utilizada, se corta de 12 a
15cm.
LAPAROTOMIA MEDIA INFRAUMBILICAL (longitudinal/vertical)
168
PARTO PREMATURO (PREMATURIDADE)
É aquele parto que sucede antes das 37 semanas de gestação.
CLASSIFICAÇÃO
Parto imaturo: de 20 a 26 semanas
Parto prematuro extremo: menor de 28 semanas
Parto prematuro grave: de 28 a 30 semanas
Parto prematuro moderado: de 31 a 33 semanas
Parto prematuro quase a termino: de 34 a 36 semanas
ETIOLOGIA
Infecções (ITU, corioamnionite...) Polidramnio Gestação múltipla
Insuficiência cervical RPM ovulares Interrupção iatrogênica (pré-
eclâmpsia grave)
MANIFESTAÇÃO CLINICA
Aumento de contrações uterinas Dor abdominal
-Alterações cervicais (centralização, apagamento maior de 80%, dilatação maior de 2 cm).
DIAGNÓSTICO
Observação clinica do trabalho Cardiotocografia Ultrassonografia (para verificar
de parto vitalidade fetal)
CONDUTAS
Toda paciente em trabalho de parto prematuro deve ser internada (para uso de tocoliticos e
maduração pulmonar)
Deve-se estabelecer as causas (por exemplo: infecções)
169
SOFRIMENTO FETAL AGUDO
Insuficiência nas circulações placentárias, causando uma redução (acidose) aguda
nas trocas materno-fetais, é mais frequente durante o trabalho de parto.
ETIOLOGIA:
Hiperatividade uterina Hipotensão materna
Circulares de cordão, nós e prolapsos. Parto prolongado
Compressão do cordão umbilical Hipovolemia materna
DIAGNÓSTICO:
-Auscultação fetal a cada 30 ou 15 minutos.
-Monitorização (para analisar as contrações, FCF, variabilidade FCF, acelerações e
desacelerações).
MONITOR (cardiotocografia)
Analise das contrações uterinas, frequência cardíaca fetal, variabilidade da frequência
cardíaca fetal, acelerações e desacelerações.
FCF BASAL
NORMAL: BRADICARDIA: TAQUICARDIA:
110 a 160 BPM menor de 110 BPM maior de 160 BPM
170
PUERPÉRIO FISIOLÓGICO
É o tempo desde o nascimento e alumbramento até o restabelecimento da fisiologia.
É o período que ocorre manifestações involutivas e de recuperação da genitália
feminina e dos sistemas extragenitais no pós-parto.
Ocorre no prazo de 6 semanas.
DIVIDE-SE EM:
IMEDIATO: até 24 horas pós-parto MEDIATO: do segundo dia ao 10° dia
TARDIO: do 10° dia ao 42° dia PROLONGADO: maior de 42 dias (em alguns
casos)
AS ALTERAÇÕES: priorizam-se fenômenos catabólicos e involutivos das estruturas que
sofreram hipertrofia na gestação.
ÚTERO: nível da cicatriz umbilical, contraído, indolor. Depois do 10°dia vai retornando
para a pélvis.
REFLEXO ÚTERO MAMÁRIO: na medida em que ocorre a lactância, existe a secreção
de ocitocina (hormônio responsável pela contração uterina).
COLO UTERINO: aproximadamente 12 horas pós-parto, o orifício interno estará
dilatado (de 2 a 3 cm) entre o 9° ao 10° dia se fecha.
LÓQUIOS (produção e eliminação de exsudados associados a produtos de
descamação junto com sangue): até o 4° dia, loquiação vermelha avançando para
serosanguinea. Na fase do puerpério tardio é serosa. No 25° dia o endométrio se encontra
renovado e epitelizado de novo.
VAGINA: atrofia significativa nos primeiros 3 a 4 dias.
ENDOCRINOLÓGICOS: a lactância aguda regulariza os hormônios. Se a lactância esta
presente, há um aumento de prolactina, inibindo a ação do GnRh, consequentemente
impede a ação de progesterona e estrogênios.
CARDIOVASCULARES: edema regride, o debito cardíaco permanece aumentado por
7 dias pós-parto.
SANGUÍNEO: se normaliza em torno do 5° ao 7°dia puerperal.
URINÁRIO: aumento da excreção de urina (2° ao 6° dia) devido á retenção hídrica
gestacional.
DIGESTIVO: motilidade intestinal reduzida, retorno de funções normais no 3° ao 4° dia.
PELE: estrias rosadas evoluem para brancas, as manchas tendem a regredir.
PESO: perda ponderal mais intensa nos primeiros 10 dias devido à loquiação e
eliminação urinaria.
CONDUTAS:
Deambulação pelo menos após 6 horas Tratar as queixas da paciente
do parto.
Se houver dor, administrar analgésicos Cuidados e antissepsia da episiorrafia (se
houve)
Anticoncepção com progestagenos (DIU de mirena, ou pílulas orais como desogestrel
75mg)
Obs.: Se a episiorrafia infeccionar, usar cefalexina 500mg VO de 6 em 6 horas durante 7 a
10 dias.
171
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
É definida pela perda de sangue maior de 500 ml após o parto vaginal, e maior que
1000 ml após cesárea.
OBS.: As perdas maiores que 1000 ml são graves e podem causar instabilidade
hemodinâmica.
CLASSIFICAÇÃO
PRIMARIA OU PRECOCE: ocorrem nas primeiras 24 horas pós-parto
SECUNDARIA OU TARDIA: após as primeiras 24 horas, e podem aparecer entre 6 a 12
semanas pós-parto.
FATORES DE RISCO
Causam Distensão Uterina
Multiparidade Gemelaridade Macrossomia
Polidramnia Infecção amniótica
COMPLICAÇÕES
Coagulopatias Choque hipovolêmico
DIAGNÓSTICO
CLINICO (4 T´s: tônus, tecido, trauma, trombo)
Hemograma e coagulograma (para monitorar)
PROFILAXIA Administração de OCITOCINA 10 a 40 UI em 1000 ml de SF IV ou 5 a 10
UI IM (logo após a extração do ombro do bebê).
CONDUTA
Acessos para a reposição volêmica Definir o tratamento segundo o
com cristaloides diagnostico (a causa)
172
HIPERÊMESE GRAVÍDICA
Se da pelas perdas hidroeletrolíticas, desnutrição e eventuais carências vitamínicas,
decorrente dos vômitos excessivos.
É o aumento da frequência de vômitos na gestante.
MANIFESTAÇÕES CLINICAS
Náuseas, vômitos frequentes (maior de 3 vezes por dia)
Anorexia Sialorreia (saliva excessiva) Cefaleia
Palpitações Mal estar geral Fraqueza e sonolência
AO EXAME FÍSICO:
Diminuição do turgor e elasticidade Mucosas secas Olhos fundos
da pele Hipotensão
Preenchimento capilar lento Língua saburrosa Taquicardia
Oliguria
DIAGNÓSTICO:
CLINICO (vômitos frequentes, perda de peso corporal maior de 5%, sinais de
desidratação, presença de distúrbios eletrolíticos, cetonuria, exclusão de diagnósticos
diferenciais), e ALTERAÇÕES LABORATORIAIS.
Hemograma (para excluir causas infecciosas)
Eletrólitos e função renal (hiponatremia, hipocalemia, ureia e creatinina elevadas são
sinal de desidratação)
Exame geral de Urina (cetonuria)
USG (para excluir gestação molar)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
GECA (gastroenterocolite aguda) Colecistite/ Apendicite/ pancreatite
Hepatite DRGE/ acalasia
Pielonefrite Intoxicações exógenas
Cetoacidose diabética Hipertireoidismo
Enxaquecas Transtornos alimentares/ ansiedade
CONDUTAS
INTERNAÇÃO HOSPITALARIA (manter a paciente em dieta zero por 24 horas, e
investigar os distúrbios hidroeletrolíticos e nutricionais).
Corrigir distúrbios hidroeletrolíticos (com ringer lactato).
PIRIDOXINA 10 a 25 mg de 8 em 8 horas (para tratar náuseas e vômitos)
ANTIEMÉTICOS (avaliar se tem necessidade)
Metoclopramida 10mg IV de 6 em 6 horas Dimenidrato 50mg IV de 6 em 6 horas
Prometazina 25 mg IM de 8 em 8 horas Ondasetrona de 4 a 8 mg IV de 6 em 6
Controlar a diurese e balance hídrico. horas
173
COMPLICAÇÕES
Insuficiência renal e perda de volume Alterações hepáticas
Perda de peso Alterações psicológicas
Parto prematuro e feto pequeno para a idade Baixo peso ao nascer (<de 2500gr)
gestacional (<p10)
174
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO EM GESTANTES
O trato urinário esta formado por:
Rins (onde os resíduos são filtrados do sangue e formam a urina)
Ureter (canal que vai do rim para a bexiga)
Bexiga (a urina é armazenada na bexiga antes de ser expulsa do corpo)
Uretra (canal que vai da bexiga para o exterior)
A ITU em gestantes está caracterizada pela invasão e multiplicação de micro-
organismos nos rins ou vias urinarias.
CLASSIFICAÇÕES
LEVE (assintomática) GRAVE (sintomas sistêmicos)
ALTA (pielonefrite, infecção da pelve, ureter e parênquima BAIXA (cistite e uretrite)
renal),
ETIOLOGIA
E. Coli S. Saprophyticus Klebsiella
FATORES DE RISCO
Diabete mellitus Idade avançada Retenção urinaria
Cateter urinário Cálculos renais Gemelaridade
Relações sexuais
MANIFESTAÇÃO CLINICA:
CISTITE: PIELONEFRITE:
Dor pélvica, disúria/polaciúria, tenesmo Febre, escalafrios, dor lombar, taquicardia,
vesical. náuseas e vômitos.
DIAGNÓSTICO
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA EXAME GERAL DE URINA
Contagem maior ou igual de 10 mi UFC/ml. (Rastreio com Leucocitose, Hematúria,
duas uroculturas uma no 1° e outra do 3° trimestre, é o Proteinuria, Cilindros).
padrão ouro)
COMPLICAÇÕES
Trabalho de parto prematuro Crescimento intrauterino restrito/ baixo peso ao
nascer
Anemia Insuficiência renal
CONDUTA
Cistite
Nitrofurantoina 100mg VO de 6 em 6 horas por 7 a 10 dias, ou
Amoxicilina 500mg VO de 8 em 8 horas por 7 a 10 dias (Estreptococcus do grupo B)
Pielonefrite
É importante iniciar antibiótico terapia precoce como tratamento empírico
CEFUROXIMA 750mg EV de 8 em 8 horas
CEFEPIME 2gr EV de 8 em 8 horas
OBS.: se afebril por 48 hras, tratar com terapia oral, com base no antibiograma por 10
a 14 dias.
175
PLACENTA E MEMBRANAS FETAIS
MEMBRANAS FETAIS: córion, amnio, saco vitelino.
FUNÇÕES DA PLACENTA
Troca de gases Troca de nutrientes e eletrólitos
Transmissão de anticorpos maternos Produção de hormônios (HCG, estrógenos,
progesterona)
Produção de enzimas (glicogênio) É também uma barreira contra bactérias e
fármacos.
ANOMALIAS DA PLACENTA
Placenta ACRETA: se adere com demasiada profundidade e muito firme no útero, porém
não penetra o musculo.
Placenta INCRETA: adere ainda mais profundo na parede uterina, e penetra o miométrio.
Placenta PERCRETA: se adere a outros órgãos como a bexiga.
ÂMNIO
É um saco membranoso cheio de liquido que envolve o feto.
COMPOSIÇÃO
99% agua 0,5% proteínas 0,5% Carboidratos, Gorduras, Enzimas, Hormônios.
ALTERAÇÕES DO LIQUIDO:
POLIDRAMNIO= maior de 2,000ml (por anomalias fetais, obstrução gastrointestinal)
OLIGOHIDRAMNIO= menor de 400ml (amniorese prematura)
OBS.: a medicação é feita através do Índice do Liquido Amniótico (ILA), que é dado
através da USG.
NORMAL: maior ou igual a 2 cm e menor que 8 cm
POLIDRAMNIO: maior ou igual a 8 cm
OLIGODRAMNIO: menor que 2 cm
176
CORDÃO UMBILICAL
Tem a função de ligar a placenta ao embrião
Formado por 2 artérias e uma veia, protegidos por um tecido mucoso (GELATINA DE
WHARTON)
Cumprimento médio de 55cm
177
ALEITAMENTO MATERNO
Deve ser dado de maneira exclusiva até os 6 meses e complementar até os 2 anos (esse é o
ideal).
ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO: quando o bebe só recebe o leite da mãe, nada
mais.
ALEITAMENTO MATERNO PREDOMINANTE: quando o bebe além de receber o leite
materno, recebe também agua.
ALEITAMENTO MATERNO COMPLEMENTADO: quando o bebe recebe leite materno e
outro tipo de comida para complementa-lo.
FASES DO LEITE
COLOSTRO: presente no pós-parto até mais ou menos o 7°dia
LEITE DE TRANSIÇÃO: do 7°dia até o 14°dia
LEITE MADURO: depois do 14°dia
178
ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO
1. Preparar equipe e materiais de atenção ao recém-nascido:
Mesa de recepção Fonte de calor Estetoscópio
Clamp (ligadura do cordão) Tesouras estéreis Vitamina K
Seringa Sonda orogástrica Aspirador
Gentamicina oftálmica/ nitrato de prata
179
REANIMAÇÃO NEONATAL
Avaliar pela anamnese as condições perinatais associadas à necessidade de reanimação.
IMPORTANTE: sempre preparar todo o material antes do parto. A temperatura da sala de
parto deve ser de 26°C.
VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA (deve ser iniciada nos primeiros segundos de
reanimação).
QUEM???
RN com apneia Respiração irregular e/ou FC <100 por minuto.
Obs.: Deve-se iniciar a ventilação com ar ambiente. E se não houver melhora em 1 a 2
minutos, ofertar oxigênio.
180
MASSAGEM CARDÍACA NEONATAL
INDICAÇÃO: Se após 30 segundos de ventilação de pressão positiva com O2 suplementar,
o RN persistir com FC menor de 60 batimentos por minuto.
COMO FAZER?
No terço inferior do esterno Utilizando a técnica dos polegares
Polegares posicionados logo abaixo da As palmas e outros dedos devem
linha intramamilar circundar o tórax no RN
Profundidade: 1/3 da dimensão
anteroposterior do tórax
Complicações
Fraturas de costelas Pneumotórax Hemotórax Laceração hepática
181
182
Completo
183
ABORDAGEM NA PREMATURIDADE NEONATAL
Idade gestacional menor de 37 semanas
Peso menor de 2,500 gr.
Muito baixo peso menor de 1500 gr.
Extremo baixo peso menor de 1000 gr.
FATORES DE RISCO
Idade materna (menor de 20 e maior de 40) Fumantes / usuária de drogas
Má nutrição Antecedentes de prematuridade
Curto intervalo entre uma gestação e a outra Más formações uterina
Pré-eclâmpsia Incompetência istmo-cervical
Malformações fetais Infecções congênitas
COMPLICAÇÕES
Desequilíbrio hidroeletrolítico (disfunção Síndrome de desconforto respiratório
renal)
Retinopatia de prematuridade Síndrome da membrana hialina
(imaturidade pulmonar)
Desequilíbrio da temperatura (termo Desenvolvimento neurológico
regulações)
Desnutrição
CONDUTAS E TRATAMENTO
Tratar infecções neonatais Prevenir doença da membrana hialina
Profilaxia de doenças hemorrágicas
1. Fazer a hidratação venosa 2. Antibiótico terapia (ampicilina, gentamicina)
3. Vitamina K 4. Vacinas (anti hepatite B)
5. Se houver suspeita de membrana 6. Cuidados gerais (glicemia capilar, sinais vitais
hialina SURFACTANTES com monitorização continua, controle de diurese).
OBS.: Sempre em uma incubadora aquecida e umidificada.
IMPORTANTE:
Persistência do canal arterial: é o não fechamento do canal arterial (ductus arteriosus)
que liga a aorta á artéria pulmonar, depois das 72 horas após o nascimento.
O RN apresenta: taquipnéia, dispneia, taquicardia, cianose, fatiga, déficit no
desenvolvimento, baixo ganho de peso, e dificuldade para alimentar-se.
SURFACTANTE PULMONAR
Substancia presente nos alvéolos pulmonares
Onde se produzem: NEUMOCITOS II (a partir do 3°trimeste)
O QUE É? Composto de lipídios 8%, fosfolipídios 80%, proteínas 12%
184
COMO ESTIMULA A PRODUÇÃO:
GLUCOCORTICÓIDES (até a 34° semanas de gestação, utiliza para a maduração
pulmonar BETAMETASONA 12 mg IM cada 24 horas por 2 dias, ou DEXAMETASONA 6
mg IM cada 12 horas por 2 dias).
PROLACTINA
ESTADIOL
TIROXINA
185
SÍNDROME DE DIFICULDADE RESPIRATÓRIA NO RECÉM-NASCIDO
É um tipo de lesão pulmonar inflamatória difusa, levando a um aumento da permeabilidade
da vasculatura pulmonar, aumento do peso pulmonar e perda dp tecido pulmonar aerado.
ETIOLOGIA (é variada)
Pneumonia Sepse Aspiração do conteúdo gástrico
PATOLOGIAS ASSOCIADAS
Doença da Membrana Hialina Nos prematuros, diminuição de surfactante
Síndrome de Aspiração Meconial Tórax abombado, diminuição dos ruídos vesicular
Taquipnéia Transitória do RN Baixa oxigenação
Hérnia Diafragmática Congênita abdome escavado, deslocamento dos ruídos
cardíacos
Broncopneumonia em RN hospitalizado
Hipertensão Pulmonar Persistente insuficiente fluxo sanguíneo pulmonar por aumento
da pressão da artéria pulmonar, hipoxemia
186
DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA
É também conhecida como SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO.
FISIOPATOLOGIA
A imaturidade pulmonar, com deficiência quantitativa e qualitativa de surfactante, e o
desenvolvimento incompleto dos pulmões levam a presença de atelectasia alveolar difusa,
edema e lesão celular.
Como a membrana alveolar é muito permeável, ocorre extravasamento de líquidos e
proteínas para o interstício e para a luz alveolar, provocando a inativação do surfactante.
Contribuindo para: HIPOXEMIA, HIPERCAPNIA, ACIDOSE
MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
Queixa respiratória Retração subcostal Aleteo nasal (vibração das narinas)
Cianose Apneia
DIAGNÓSTICO
GASOMETRIA ARTERIAL (os sintomas como hipercapnia, hipóxia, acidose, acontecem
pelo aumento do gás carbônico no sangue arterial).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Pneumonias (S. grupo beta hemolítico do grupo B) Síndrome de aspiração meconial
COMPLICAÇÕES
Displasia bronco pulmonar Deficiência no desenvolvimento neurológico e retinopatia
CONDUTA
Manter o RN na UTI Prevenir hipoxemia e acidose
Prevenir atelectasia / edema pulmonar Antibiótico terapia (ampicilina + gentamicina)
Suporte ventilatório (O2 suplementar) Surfactante (Survanta, Alveofact, aerosurf,
exosurf)
Controle de temperatura Hidratação
187
EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO
OBJETIVO
Valorar adaptação extrauterina Buscar anormalidades
Controlar sinais de saúde e funções normais dos sistemas.
EXAME SEGMENTARIO
1. PELE
Cor e textura (lanugem, palidez, petéquia, eritema, icterícia, manchas, hemangioma)
Turgência Descamação Edema Sudoração
2. CRÂNIO E CABEÇA
Simetria, forma, tamanho.
Fontanela anterior / bregmática (fecha entre o 14° ao 18° mês)
Fontanela posterior / lambdóidea (fecha entre o 2° ao 3° mês)
3. FACE
Simetria
Olhos (pregas, pupilas, estrabismo, leucocorias)
Nariz (simétrico, permeáveis, coriza)
Boca (simétrica, mucosa, lábios leporinos, fendas, língua)
Ouvidos (pavilhão auricular, simetria, implantação)
188
4. PESCOÇO
Simetria Massas palpáveis
5. TÓRAX
Forma, simetris, expansibilidade.
6. APARELHO CARDIOVASCULAR
Ausculta (sopros...) Palpação de pulsos Frequência cardíaca
7. PULMÕES
Frequência respiratória Simetria do movimento respiratório
8. ABDOME
Simetria, forma Avaliar o cordão umbilical (sinais de infecção) Fígado palpável
Distensão Se existe massas palpáveis
9. DORSO E COLUNA
simetria (meningocele- herniação das meninges, mielomeningocele- herniação das
meninges + medula espinhal, espinha bífida)
10. GENITAIS
Lábios maiores e menores Aderência do prepúcio à glande
Testículos Hipertrofia das glândulas mamarias
11. ÂNUS
Saída de mecônio Avaliar potencia
12. EXTREMIDADES
Simetria, movimentos Pé torto (geno valgo, geno varo) Podactilia, polidactilias
MANOBRA DE ORTOLANI (avaliação de displasia do quadril)
189
ANTROPOMETRIA
É um conjunto de técnicas usadas para valorar as medidas do corpo
PESO
RN= 2,500 a 4,000 gramas 3 Meses= 1kg/mês 6 Meses= 600gr/mês
9 Meses= 500gr/mês 1 ano= 300gr/mês 1 anos= 200gr/mês
TAMANHO
RN= 50 centímetros (variando +/- 2)
3 meses= 9 cm 6 meses= 7 cm 9 meses= 2 cm 1 ano= 3 cm
PERIMETRO CEFÁLICO
RN= 35 cm (variando +/- 2)
3 meses= 2 cm 6 meses= 1 cm 9 meses= 0,5 cm 1 ano= 0,5 cm
190
DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ
São series de mudanças que ocorrem de forma sequencial, e afetam as estruturas físicas,
neurológicas e os processos de pensamento, emoções, comportamento e interação social.
DE 0 a 3 meses
Reage com entusiasmo a sons familiares que gosta.
Sobressalta-se com um ruído. Segue com o olhar. Levanta a cabeça.
Busca sons com o olhar. Reconhece a mãe.
DE 4 a 6 meses
Sustenta a cabeça sentado. Agarra objetos voluntariamente.
Pronuncia 4 ou mais sons diferentes. Aceita e segura brinquedos.
Tem um maior interesse sobre o mundo.
DE 7 a 9 meses
Senta sozinho, e sem ajuda. Segura os objetos com os dedos (pinça).
Pronuncia uma palavra. Imita aplausos
DE 10 a 12 meses
Engatinha Busca objetos escondidos
Nega com a cabeça Pega o copo sozinho
DE 13 a 18 meses
Caminha sozinho Passa folhas de um livro Combina duas ou mais palavras
Mostra duas ou mais partes do seu corpo
DE 19 a 24 meses
Chuta a bola Faz rabiscos Nomeia 5 ou mais objetos
Durante o dia é capaz de controlar a sua urina
DE 4 a 6 anos
Utiliza muito a palavra “como” e “por que”.
Ocorre o aprendizado sobre tempo, distancia e conceito de números.
191
192
ICTERÍCIA NEONATAL
É o acumulo da bilirrubina na pele e escleras.
A partir de 5mg/dl se nota na pele.
FISIOPATOLOGIA
Diminuição na excreção hepática de bilirrubina
Diminuição da conjugação da bilirrubina indireta
Aumento do volume de hemácias por quilo, diminuição do tempo de sobrevida das
hemácias.
Diminuição da bilirrubina plasmática.
CONDUTAS
Os RN que apresentam ictérica até a zona 3 com estabilidade hemodinâmica, podem ser
tratados em alojamento conjunto.
Na neonatologia se interna os RN com icterícia superior a zona 3, ou com instabilidade
hemodinâmica.
Para a FOTOTERAPIA (segundo o normograma de BUTHANI)
o Quando a bilirrubina indireta absorve a luz ocorre 3 reações que levam ao aumento de sua
excreção. Essas são: fotoisomerização, isomerização estrutural e fotooxidação.
193
PARA SABER: EXSANGUINEOTRANSFUSÃO
Remove parcialmente anticorpos, hemácias e bilirrubina do plasma.
Indicações:
Quando a fototerapia não consegue impedir o aumento de bilirrubina.
Para interromper hemólises e remover anticorpos e hemácias sensibilizadas.
194
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS
São doenças infecciosas cujo exantema (manifestações cutâneas) é essencial para o
diagnóstico.
SARAMPO
VIRAL INCUBAÇÃO: 10 dias
ETIOLOGIA: RNA da Família- PARAMYXOVIRIDAE, gênero- MORBILLIVIRUS.
Transmite-se através do contato com gotas, ou gotículas, tendo como porta de entrada o
trato respiratório. Pode transmitir a partir de 3 dias antes do surgimento de erupções até 6
dias após.
CLINICA:
Período PRODRÔMICO (catarral) dura 6 dias
Febre Tosse produtiva Secreção nasal
Conjuntivite Fotofobia Manchas de KOPLIK (pequena, eritematosa e
branca)
DIAGNÓSTICO
Clinico Deve confirmar com IgM Hemograma (leucopenia, linfopenia)
COMPLICAÇÕES
Pneumonia Convulsão febril Encefalite Miocardite
TRATAMENTO
Deve ser feito tratamento de suporte (isolamento, antipiréticos, hidratação, vitamina A).
PROFILAXIA
VACINA SRP (tríplice viral): de 12 a 23 meses + reforço aos 4 anos.
195
Rubéola
VIRAL
INCUBAÇÃO: 14 a 21 dias
ETIOLOGIA: RNA da família- TOGAVIRIDAE, do gênero: RUBIVIRUS.
Transmite de forma direta pelo contato com as secreções nasofaringes de pessoas
infectadas.
CLINICA
Febre baixa Exantema macupapular (encéfalo-caudal)
Dor de garganta / coriza Olhos avermelhados
Cefaleia Mal estar / anorexia
Linfadenopatia generalizada (suboccipital, pós-auricular, cervical)
Pode apresentar poliartralgia
COMPLICAÇÕES
Trombocitopenia pós-infecciosa Artrite Encefalite
RUBÉOLA CONGÊNITA
Transmitido verticalmente
Pode expressar-se com: catarata, retinopatia, cardiopatia congênita, microcefalia, retardo
no crescimento, surdez, baixo peso ao nascer.
E causa uma síndrome, caracterizada por cefaleia, convulsões e coma.
DIAGNOSTICO
Clinico + laboratórios (leucopenia, neutropenia, trombocitopenia)
IgM
Rastreio nas gestantes: TORCH (rubéola, herpes, toxoplasmose, citomegalovírus).
TRATAMENTO
De suporte com analgésicos, antitérmicos e hidratação.
PROFILAXIA
VACINA SRP (tríplice viral), de 12 a 23 meses + reforço aos 4 anos.
196
VARICELA
VIRAL
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: de 2 a 3 semanas
ETIOLOGIA: Varicela zoster. Família- Herptoviridae
É transmitido por contato direto ou secreções respiratórias. O período de transmissibilidade
varia de 1 a 2 dias antes do aparecimento das erupções, até 5 dias depois.
CLINICA
Erupções cutâneas (tipo bolha com liquido dentro), de 3 a 4 dias depois formam crostas.
Febre baixa ou moderada Mal estar / anorexia / Coceira intensa (prurido)
cefaleia
DIAGNÓSTICO
Clinico Confirmação do vírus através do IgG
COMPLICAÇÕES
Pneumonia Encefalite Infecção bacteriana secundaria
TRATAMENTO
Limpeza das feridas
ANTI-HISTAMÍNICOS (para o controle dos pruridos, pode ser citirizina, loratadina)
ACICLOVIR (em casos selecionados) 20mg/kg/dose VO de 6 em 6 horas durante 5 dias.
197
ESCARLATINA
BACTERIANA PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 1 a 7 dias
ETIOLOGIA: Estreptococo Beta Hemolítico do grupo A
Transmite-se através de secreções respiratórias (saliva, secreção nasal)
Tem uma frequência maior em crianças com idade escolar de 2 a 12 anos, é raro antes dos 2
anos.
CLINICA
Febre Amidalite purulenta
Língua saburrosa Náuseas e vômitos
Dor abdominal / mialgias
Eritema intenso (começa na cara e pescoço, pápulas menores de 1 mm de cor vermelho
intenso) em regiões da axila, joelho, pregas inguinais.
COMPLICAÇÕES
Pneumonia Otite Meningite Sinusite
DIAGNÓSTICO
Clinico Cultivo de amostra da faringe
TRATAMENTO
ANTIBIÓTICO TERAPIA + SINTOMÁTICOS
o PENICILINA BENZATINICA
o Menores de 25 kg: 600.000 UI IM Dose Única
o Maiores de 25 kg: 1,200.000 UI IM Dose Única
o Se alérgico á Penicilina: usar AZITROMICINA
198
ENFERMIDADE DIARREICA AGUDA
É a diminuição na consistência das fezes, acompanhada do aumento de frequência
evacuatória. Mais de 3 vezes por dia.
ETIOLOGIA
Alimentares Infecciosas Parasitarias Bacteriana (E.Coli)
RECORRENTE
Quando se faz o tratamento, desaparece, mas volta. Vai e volta.
TRATAMENTO
Somente interna se existir a presença de sinais de desidratação grave.
Se não existe sinais de alarme, devem ser tratados ambulatoriamente, e reavaliados em
72 horas.
199
DESIDRATAÇÃO
Quadro caracterizado pela perda de volume (agua e eletrólitos).
PARA SABER:
A AGUA TOTAL SE DIVIDE EM:
LIQUIDO INTRACELULAR (LIC): potássio elevado
LIQUIDO EXTRACELULAR (LEC, LIQUIDO INTRAVASCULAR, E INTERSTICIAL):
sódio e cloro elevado
OBS.: no RN o LEC é maior que o LIC.
A partir de um ano: o LEC representa 20 a 25% do peso e o LIC 30 a 40% do peso.
ETIOLOGIA
Vomito Diarreia Queimaduras Hemorragias
MODERADA (perda de 5 a 10% do peso): o paciente vai estar irritado, sinais vitais
alterado, lagrimas diminuídas.
GRAVE (perda maior de 10% do peso): o paciente vai estar inconsciente, sinais vitais
alterado, anuria, lagrimas ausente.
TRATAMENTO
PLANO A (DESIDRATAÇÃO LEVE)
EM LACTANTES: continuar com a amamentação, duplicar a demanda.
EM CRIANÇAS QUE JÁ COMEM: utilizar líquidos caseiros (como agua, soro caseiro,
chá, sucos, sopas).
É indicado dar SRO após episódios de vomito ou diarreia.
OBS.: ESTAR ATENTO PARA OS SINAIS DE ALARME (ir ao pronto atendimento se
necessário).
200
Observação no hospital
Hidratação oral (50 a 100 ml/kg durante 4 a 6 horas, se não aceita, deve-se por via).
SE TEM MELHORIA? Ir para PLANO A
SE NÃO TEM MELHORIA? Repetir o PLANO B, em 2 horas.
SE PIORA? Ir para o PLANO C
201
DESNUTRIÇÃO INFANTIL
Deve-se à ingestão incorreta dos alimentos, ou falta de alimentos.
Energético / proteica: É o desequilíbrio celular entre o suprimento de nutrientes e a
demanda do organismo para garantir a funcionalidade.
As adaptações fisiológicas do organismo à menor disponibilidade de nutrientes para a célula
causam uma serie de alterações sistêmicas.
Alterações no equilíbrio metabólico Alterações no funcionamento dos
órgãos e sistemas
CLASSIFICAÇÃO
PRIMARIA: quando há oferta insuficiente de nutrientes por determinado período.
SECUNDARIA: quando esta associada a outras enfermidades (cardiopatia congênita,
AIDS, neuropatias...).
TIPOS DE DESNUTRIÇÃO
KWASHIAKOR (causada pela carência de proteínas) “lembrar barrida d’água”.
o Privado de nutrientes, o corpo consome seus próprios recursos e modifica suas funções, a
agua das células migra de forma diferente formando edemas no corpo.
CARACTERÍSTICAS:
Mantem-se certa quantidade de gordura
Aparecem lesões na pele
Atraso de crescimento
Edemas constantes (face, pés)
Cabelo escasso, descorado.
Hepatomegalia, edemas, ascites.
Apetite diminuído.
TRATAMENTO
Deve ser tratado de acordo com a saúde publica de cada pais.
Na Bolívia, tratar segundo o AIEPI
202
AIEPI
(ATENÇÃO INTEGRADA A ENFERMIDADES PREVALENTE NA INFÂNCIA)
3. SINTOMAS PRINCIPAIS
Febre maior de 37,5° C Tosse Dor de ouvido
Diarreia com frequência maior de 3 vezes diária.
Frequência respiratória (2 meses até um ano, 50x por minuto, de 1 a 5 anos, 40x por
minuto).
203
IMPORTANTE:
Não devem utilizar antibióticos sem descobrir a causa
Utilizar meios físicos (como compressas) e também pode ser usado antitérmico
(metamizol e paracetamol).
CONVULSÕES FEBRIS
BENIGNAS OU TÍPICAS (TÔNICO-CLÔNICAS)
Duram menos de 10 minutos Eletrocardiograma normal
COMPLICADAS OU ATÍPICAS
Crises focais Duram mais de 10 minutos
Pode ocorrer duas ou mais vezes em 24 Podem complicar-se á estado epiléptico.
horas.
O eletrocardiograma estará alterado.
204
PLANO B (desidratação moderada, observação no hospital)
SRO a livre demanda 50 a 100 ml/kg durante Depois de 4 horas: REAVALIAR.
4 horas.
Segue desidratado? Repetir o plano B por Sem desidratação? Passar para o
duas horas. plano A.
Com sinais de piora? Passar para o plano C.
TRATAMENTO:
1. Dar a primeira dose de PENICILINA PROCAÍNICA 50.000 UI por kg/dia durante 7 dias.
2. Dar a primeira dose de PARACETAMOL 3. Referir URGENTE para o hospital.
INFECÇÃO AGUDA DO OUVIDO (OTITE)
Supuração visível do ouvido e informação que começo em menos de 14 dias.
Dor de ouvido
TRATAMENTO:
1. COTRIMOXAZOl por 10 dias. 2. PARACETAMOL para a dor
De 2 a 5 meses: 2,5 ml duas vezes ao dia 3. Orientar a mãe, como tratar a
De 6 meses a 2 anos: 5 ml duas vezes ao dia supuração (colocar gaze no ouvido).
De 2 a 5 anos: 7,5 ml duas vezes ao dia. 4. Retorno em 5 dias.
205
INFECÇÃO CRÔNICA DO OUVIDO
Supuração visível do ouvido e informação que começou a mais de 14 dias.
TRATAMENTO:
1. Secar o ouvido frequentemente
2. Aplicar CIPROFLOXACINA em gotas, depois da higienização (3 gotas a cada 8 horas por
duas semanas).
3. Retorno em 5 dias.
GRAU III: DESNUTRIÇÃO GRAVE E ANEMIA GRAVE (déficit de peso maior de 41%)
1. Evitar que a criança esfrie (hipotermia)
2. Administrar 50 ml VO de DEXTROSA 10%
3. Dar ATLU a cada 2 horas de acordo com a idade
4. Se for lactante, seguir com leite materno a livre demanda.
5. Referir ao hospital.
206
IRA COM PNEUMONIA: respiração rápida (taquipneia)
Com sibilâncias, SALBUTAMOL em aerosol para 5 dias.
Cotrimoxazol durante 5 dias.
De 2 a 5 meses: 2,5 ml duas vezes ao dia
De 6 meses a 2 anos: 5 ml duas vezes ao dia
De 2 a 5 anos: 7,5 ml duas vezes ao dia
Recomendações para a alimentação
Indicar que retorne em 2 dias.
IRA com pneumonia grave: tiragem subcostal / estridor em repouso, aleteo nasal.
Com sibilâncias, administrar SALBUTAMOL em aerosol, esperar 20 minutos, e classificar
a tosse e dificuldade respiratória.
Dar a primeira dose de PENICILINA PROCAÍNICA 50,000 UI kg/dia
Referir urgentemente ao hospital
Administrar oxigênio.
207
HISTORIA CLINICA
É um documento medico legal que contem todos os dados psicobiopatológicos de um
paciente.
TIPOS:
De Emergência Estão dirigidas para a causa da
De Consulta Externa enfermidade que presenta o paciente no
De Hospitalização momento.
Consta de uma ordem estipulada e cronológica do desenvolvimento da doença e a avaliação
do paciente. É detalhada.
208
FULGURANTE: parecida a um golpe de eletricidade, curta e de grande intensidade
(polineurite)
DOR SURDA: de escassa intensidade, mas molesta e prolongada (câncer)
DESGASTANTE: sensações de algo que se rompe (aneurisma dissecante)
GRADATIVO: sensação de peso (hepatomegalia)
PULSÁTIL: sensação de batimentos (abscesso, furúnculo)
EXAME FÍSICO
EXAME FÍSICO GERAL: estado geral, consciência, estado nutricional, constituição física
(mesomorfo, endomorfo, ectomorfo), peso, altura, IMC, posição ou atitude, face, pele, sinais
vitais (temperatura: 36,5°C a 37,4°C - Frequência cardíaca: 60 a 100 batimentos por minuto -
Frequência respiratória: 12 a 20 respirações por minuto - Pressão Arterial: 120/90 mmHg).
DIAGNOSTICO PRESUNTIVO
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS
OLHOS
Amaurose (cegueira, perda total da visão) Astenopia (cansaço focal da vista)
Astigmatismo (visão sem foco e borrada) Diplopia (enxerga imagens duplas)
Fotofobia (sensação dolorosa a luz) Miopia (enxerga mal os objetos a
Xeroftalmia (sensação de olhos secos distancia)
Hipermetropia (enxerga mal os objetos de Nictalopia (cegueira noturna)
perto)
209
OUVIDO
Perda da audição Acufenos (sensação de zumbidos) Otalgia (dor)
Otorragia (saída de sangue) Hipoacusia
NARIZ
Anosmia (ausência total do olfato) Hiposmia (diminuição do olfato)
Hiperosmia (aumento do olfato) Cacosmia (sensação de olores
desagradáveis)
Parosmia (sensação distorcida de Epixtase (sangramento nasal)
odores)
Congestão, coriza
BOCA
Sialorreia (saliva excessiva) Xerostomia (boca seca)
Glosalgia (dor na língua) Halitose (mau hálito)
Bruxismo (apertar os dentes durante o sono)
ABDOMEM
Distensão abdominal Constipação
Fezes liquidas Puxo (falsa necessidade de defecar)
Tenesmo (desejo continuo, doloroso e ineficaz Melena (fezes com cor escura)
de defecar)
URINA
Poliúria (> 3,000 ml) Oliguria (< 400 ml) Anuria (< 100 ml)
Nicturia (aumento da micção noturna) Opsiuria (atraso de micção)
Enurese (micção involuntária noturna) Polaciúria (frequente, mas de pouca
quantidade)
Hematúria (sangue na urina) Coluria (urina bem forte amarelo/esverdeado)
Piuria (Presença de pus na urina) Disúria (dor ou ardor ao urinar)
TÉCNICAS DE EXPLORAÇÃO
INSPEÇÃO: processo de observação (utilizar os olhos e nariz)
Observar modo de andar, postura, linguagem corporal.
Avaliar: aspecto e simetria, cor, tamanho, forma, mobilidade.
PERCUSSÃO
Mediata ou indireta (digito-digital): onde o dedo percutor bate sobre o outro dedo
interposto.
Imediata ou direta (digital): bate diretamente a superfície do corpo.
Sons:
TIMPÂNICO (pulmão enfisematoso) CLARO (tecido pulmonar normal)
SUBMATIDEZ (entre sonoro e mate) MATE (órgãos sólidos)
210
AUSCULTAÇÃO: pulmonar, cardiovascular, abdominal, fetal.
FOCOS DE AUSCULTAÇÃO CARDÍACA
MITRAL: quinto espaço intercostal esquerdo, linha
média clavicular (Apex cardíaco).
AÓRTICO: segundo espaço intercostal direito, na
borda esternal direita.
PULMONAR: segundo espaço intercostal esquerdo,
na borda esternal esquerda.
TRICÚSPIDE: quanto espaço intercostal esquerdo, na
parte inferior da borda esternal esquerda.
TIPOS DE FÁCIES
COMPOSTA (não tem alteração na PÁLIDA (anêmica)
expressão)
CIANÓTICA (mais notável nas CIANÓTICA (mais notável nas
bochechas, nariz e lábios) bochechas, nariz e lábios)
ICTÉRICA (coloração amarelada da pele, CUSHINGOID (cara de lua cheia)
conjuntiva, esclerótica)
LUPIDICA (eritemato-papuloescamosa) MONGÓLICA (característica de Síndrome
de Down)
SIFILÍTICA (frente proeminente e convexa
- sífilis congênita)
CONSTITUIÇÃO FÍSICA
ECTOMORFO MESOMORFO ENDOMORFO
(longilíneo): magros e altos (normolíneo): normais (brevilineo): baixo e gordo
211
ESTADO DE HIDRATAÇÃO
SINAIS DE DESIDRATAÇÃO: astenia, apatia, ansiedade, pele pouco turgente, língua
seca, olhos fundos, oliguria.
EDEMA: verifica-se pelo sinal de GODET
Grau I: (+) fóvea leve, desaparece com rapidez.
Grau II: (++) fóvea até 4 mm, desaparece em 15 segundos.
Grau III: (+++) fóvea até 6 mm, desaparece em 1 minuto
Grau IV: (++++) fóvea maior de 8 mm, persistência por 2 a 5 minutos.
EXAME NEUROLÓGICO
ESTADO DE CONSCIÊNCIA: orientado em tempo, espaço e pessoa.
FASIA
Afasia: dificuldade para escrever, falar ou compreender.
Afasia expressiva (BROCA): não fala, não escreve, mas entende.
Afasia compressiva (WERNICKE): Fala forte, mas não entende.
Afasia combinada: incapacidade de leitura, fala, e escrita.
GNOSIA
Agnosia: incapacidade de reconhecer objeto, cores, ruídos.
Agnosia visual: não reconhece formas, cores ou objetos com a vista.
Prosopoagnosia: dificuldade para reconhecer coisas familiares, somente reconhece por
voz.
PRAXIA
Apraxia: incapacidade de executar atos motores voluntários sem que exista uma paralise,
ou falta de compreensão.
LINGUAGEM
Dislalia: alteração da linguagem Dislexia: dificuldade na leitura
212
QUEIMADURAS
É uma lesão nos tecidos do corpo, causada por:
Calor Substancias Químicas Eletricidade
Raios Solares Radiação Fogo Direto
Tem consequência em toda a fisiologia do organismo.
3° GRAU (TIPO B)
Afeta toda a pele (epiderme, derme, tecido celular subcutâneo).
Grande comprometimento neurovascular. Cor escura, e aparência de coro (seca).
Sem dor na lesão (dor na área em volta).
PRIMEIRA ATENÇÃO
1. Afastar o paciente da área de exposição
2. VIA AÉREA: ABCDE do trauma
3. Retirar toda a roupa do paciente (irrigar área queimada com solução estéril e temperatura
ambiente).
4. Envolver o paciente com panos limpos e secos (para evitar hipotermia)
5. Acesso venoso (Peso x SCQ dividido por 8 = ml/hora de ringer lactato).
*SCQ= superfície corporal queimada.
Obs.:
Crianças até 1 ano, a cabeça tem 18%, e os MMII 14% cada.
Crianças até 5 anos, a cabeça tem 14% e os MMII 16% cada.
213
MEDIDAS GERAIS
1. IDENTIFICAR A QUEIMADURA
MENOR: < de 10% da superfície corporal em adultos, ou < de 5% em crianças.
MODERADA: de 10 a 20% da superfície corporal em adultos, ou de 5 a 10% em crianças.
MAIOR: > de 20% as superfície corporal em adultos, ou > de 10% em crianças. (Essas
devem ser tratadas em um centro especializado para queimados).
2. VIA AÉREA
SUSPEITA: Escarro carbonáceo. Queimaduras na cara, pescoço, fossas nasais. Estridor
laríngeo, ronqueira.
A CONDUTA É INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL.
214
7. CUIDADOS COM A FERIDA
Queimaduras de 2° GRAU: curativo diário, em área estéril, ATB tópico e NISTATINA
tópica.
Queimaduras de 3° GRAU: excisão da área queimada, se necessário fazer enxerto.
ATB tópicos: acetato de mafenida 5% / nitrato de prata 0,5% / sulfadiazina de prata 1%.
215
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
A parada cardiorrespiratória é definida como uma perda abrupta da consciência causada
pela falta de um fluxo sanguíneo cerebral adequado.
CRIANÇAS
Se menor de 5 anos, utilizar 2 dedos Ciclo de 30 massagens e 2 ventilações
Comprimir uma profundidade de 2 a 4 cm.
216
LACTANTES
Utilizar os 2 polegares 30 massagens e 2 respirações NÂO DESFIBRILA!
Em Taquicardia Ventricular
Em Fibrilação Ventricular
EM CRIANÇAS:
1ª descarga: 2 J/kg 2ª descarga: 3 J/kg 3ª descarga: 4 J/kg
PUPILAS
ANISOCÓRICAS: pupilas desiguais. TEC, AVC, convulsões. (O.o)
MIDRÍASE: Pupilas dilatadas. Cocaína, TEC, álcool. (O.O)
MIOSE: contração das pupilas. Opióides, antipsicóticos. (o.o)
CICLO DA REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
217
PROGRAMAS DE SALUD DA BOLÍVIA
218
NÍVEIS DE ATENÇÃO Á SAÚDE (BOLIVIA)
219
PAI
(PROGRAMA AMPLIADO DE IMUNIZAÇÃO)
É um programa que por meio das vacinas, prevenimos enfermidades.
O QUE É VACINA?
São microrganismos atenuados vivos ou mortos, que nos introduzem para prevenir doenças.
PENTAVALENTE
2 meses 4 6 1° reforço de 18 a 23 2° reforço aos 4
meses meses meses anos
5 doses, intramuscular - 0,5 ml cada dose
ANTIPÓLIO
2 meses primeira dose intramuscular - 0,5 ml
4 meses 6 meses 1° reforço de 18 a 23 meses 2° reforço aos 4 anos
As outras 4 doses, via oral, 2 gotas
ANTINEUMOCÓCICA
2 meses 4 meses 6 meses
3 doses, intramuscular - 0,5 ml cada
ANTIROTAVÍRUS
2 meses 4 meses
2 doses, vira oral - 2 gotas cada
220
ANTI-INFLUENZA ESTACIONAL PEDIÁTRICA (intramuscular -0,25 ml cada uma)
Crianças de 6 a 11 meses: primeira dose ao contato, segunda dose um mês depois da
primeira.
Crianças de 12 a 23 meses: somente uma dose
SRP: pode ser aplicada de 12 a 23 meses, dose única, subcutânea - 0,5 ml.
AOS 4 MESES
Pentavalente Antineumocócica
Intramuscular - 0,5 ml cada
Antipólio Antirotavírus
via oral - 2 gotas de cada
AOS 6 MESES
Pentavalente Antineumocócica
Intramuscular - 0,5 ml cada
Antipólio via oral - 2 gotas
DE 12 ATÉ 23 MESES
Antiamarílica SRP
Via subcutânea - 0,5 ml
DE 18 ATÉ 23 MESES
Pentavalente intramuscular - 0,5 ml Antipólio via oral - 2 gotas
AOS 4 ANOS
Pentavalente intramuscular - 0,5 ml Antipólio via oral, 2 gotas
221
ANTI-INFLUENZA ESTACIONAL PEDIÁTRICA intramuscular - 0,25 ml.
Crianças de 6 a 11 meses: 1°dose ao contato / 2° dose um mês depois.
Crianças de 12 a 23 meses: uma única dose.
dT Intramuscular - 0,5 ml
Pessoas de 7 a 9 anos: 1° dose ao contato / 2° dose 2 meses depois
Pessoas de 10 a 49 anos: 1° dose ao contato / 2° dose um mês depois / 3° dose 6 meses
depois.
222
ESCALA DE APGAR
Criado pela Dra. Virginia Apgar (1953)
É um exame que se realiza no recém-nascido para avaliar a parte cardiorrespiratória.
Realiza-se no primeiro minuto do nascimento, aos 5 minutos e aos 10° minuto.
Serve para determinar as condutas a serem tomadas, e a primeira adaptação do RN com
a vida extrauterina.
O QUE SE AVALIA?
A APARÊNCIA (cor da pele)
P PULSO (frequência cardíaca)
G GESTICULAÇÃO (irritabilidade e reflexos)
A ATIVIDADE (tônus muscular)
R RESPIRAÇÃO (esforço respiratório)
RESULTADOS:
De 7 a 10 = boas condições
De 4 a 6 = requer atenção especial (moderadamente deprimido)
De 0 a 3 = depressão severa (alta porcentagem de mortalidade)
OBS.: AVALIAR NO PRIMEIRO MINUTO DE VIDA, E AO 5° MINUTO. QUANTO MAIOR O
RESULTADO, MELHOR.
ESCALA DE APGAR
SINAIS ESCORE 0 ESCORE 1 ESCORE 2
A Aparência Cianose Cianose nas Rosado
generalizada extremidades
P Pulso Ausente Menor de 100 Maior de 100
(Frequência batimentos por batimentos por minuto
Cardíaca) minuto
G Gesticulação Ausência de Poucos gestos Muitos gestos (choro,
(Resposta A gestos (não (caretas e choro espirros e tosse)
Estímulos) responde) débil)
A Atividade Flácido (músculos Tônus baixo Tônus bom
(Tônus flácidos e fracos) (flexiona as (movimentos ativos)
Muscular) extremidades)
R Respiração Ausente (não Respiração lenta Forte e regular
(Esforço respira) (irregular)
Respiratório)
223
ESCALA DE SILVERMAN Y ANDERSON
É um exame que se realiza no recém-nascido, para avaliar a dificuldade respiratória.
INTERPRETAÇÃO DE PONTOS:
0 pontos = sem dificuldade respiratória
1 a 3 pontos = com dificuldade respiratória LEVE
4 a 6 pontos = com dificuldade respiratória MODERADA
7 a 10 pontos = com dificuldade respiratória GRAVE
OBS.: QUANTO MENOR A PONTUAÇÃO, MELHOR O PROGNOSTICO.
OS CRITÉRIOS AVALIADOS:
Movimentos Toraco-Abdominais Tiragem Intercostal
Retração Xifoidiana Aleteo Nasal (Batimentos Das Asas Da Fossa
Queixa Expiratória Nasal)
224
TESTE DE CAPURRO
É um critério utilizado para Estimar a idade gestacional de um recém-nascido. Se
considera o desenvolvimento de 5 parâmetros fisiológicos.
1. Pavilhão Auricular 2. Glândula Mamaria 3. Formação do Mamilo
4. Textura Da Pele 5. Sulcos Plantare
GLÂNDULA MAMARIA
0 ponto 5 pontos
Não palpável Palpável menor de 5 mm
10 pontos. 15 pontos.
Palpável entre 5 a 10 mm Palpável maior de 10 mm
MAMILOS
0 ponto 5 pontos
Em aréola Aréola aplanada
10 pontos. 15 pontos.
Aréola levantada sem borda Aréola levantada com borda
TEXTURA DA PELE
0 ponto 5 pontos
Fina / gelatinosa Fina / lisa
10 pontos. 15 pontos.
Descamação superficial Descamação de mãos e pés
20 pontos
Aspecto Normal
Se Avalia 3 Parâmetros
1. OCULAR 2. MOTOR 3. VERBAL
Pontuação:
LEVE MODERADO GRAVE
13 e 15 pontos 9 a 12 pontos 3 a 8 pontos =
Abaixo de 4 = coma profundo (85% de probabilidade de morte, estado vegetativo).
OBS.: A partir de 8, deve-se entubar (intubação endotraqueal + ventilação mecânica).
227
PARA SABER: em 2018 a Escala de Glasgow foi atualizada, acrescentando a opção de
valor NT (não testável).
228
AVALIAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA
Avaliações com médicos anestesiologistas, cardiologistas, e uma serie de exames
laboratoriais para saber os riscos do paciente e evitar transtornos na cirurgia.
EXAME FÍSICO
11 pontos 3 pontos
Presença do 3° ruído, ou turgência Estenose significativa de válvula aórtica
jugular
229
ELETROCARDIOGRAMA
Contrações atriais prematuras ou ritmo anormal = 7 pontos
Mais de cinco contrações ventriculares prematuras / minuto = 7 pontos
ESTADO GERAL
Gasometria alterada, função renal anormal, doenças hepáticas, paciente restrito ao leito...
= 3 pontos
OPERAÇÃO
Operação de emergência = 4 pontos
Cirurgia intratorácica, intra-abdominal ou aórtica = 3 pontos
PONTUAÇÃO:
CLASSE I CLASSE 2 CLASSE 3 CLASSE 4:
0 a 5 pontos 6 a 12 pontos 12 a 25 pontos acima de 26 pontos
(risco baixo) (risco intermediário) (risco muito alto) (risco excessivo)
230
FARMACOLOGIA
Rama da medicina que estuda as propriedades químicas dos medicamentos e suas
classificações.
FARMACODINÂMICA: é a rama da farmacologia que estuda o mecanismo de ação dos
fármacos.
FARMACOCINÉTICA: é a rama da farmacologia que estuda o passo do fármaco pelo
organismo (absorção, distribuição, metabolismo e excreção).
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
ENTERAL (administrado pelo trato alimentício)
Via oral Via sublingual Via retal
Classes de Medicamentos
Antibióticos Hipoglicemiantes
Opióides Fármacos Do Sistema Nervoso Central
Adrenérgicos Bloqueantes Adrenérgicos
Colinérgicos Bloqueantes Colinérgicos
Anestésicos Anti-Hipertensivos
Protetor Gástrico Depressores De Secreção Gástrica
Antitussígenos Expectorantes
Bronco Dilatador Antiflatulentos
Estimulante Da Motilidade Gástrica Anti-Isquêmicos
Antitrombóticos Antiarrítmicos
Drogas Cardiotônicas Eméticos E Antieméticos
Antidiarreicos Anti-Inflamatórios
ANTI-INFLAMATÓRIOS
Divide-se em duas classes:
Não Esteroides (AINE´S) Esteroides (Corticoides)
231
MECANISMO DE AÇÃO: inibe a enzima cicloxigenasa (enzima que faz com que o acido
araquidônico se converta em prostaglandinas), bloqueando a síntese de prostaglandinas
(intervém na resposta inflamatória).
OPIÓIDES
São fármacos analgésicos de ação central.
Classificação (segundo escala analgésica da OMS)
1ª escala 2ª Escala 3ª Escala
Dor Leve Dor Moderada Dor Severa
Utilizar AINE´s) Opioides menores como Opioides Maiores Como Morfina,
Tramadol, Codeína Fentanil, Meperidina
Barbitúricos Fenobarbital
Antidepressivos Carbamazepina
Estimulante Central Anfetamina
232
Anticonvulsivantes / Antiepilépticos
Difenilhidantoína, Carbamapezina, Barbitúricos, Benzodiazepinas.
MECANISMO DE AÇÃO: bloqueia os canais de sódio na membrana celular
INDICADO: em casos de ansiedade, insônia, sedação, convulsão.
ADRENÉRGICOS
São fármacos que atuam estimulando as fibras simpáticas.
CLASSIFICAÇÃO
CATECOLAMINAS
ADRENALINA (seu mecanismo de ação é estimular os receptores beta adrenérgicos,
produzindo relaxação do musculo liso bronquial e aumento da força da contração do
miocárdio).
NORADRENALINA
DOPAMINA
SALBUTAMOL (age estimulando os receptores beta adrenérgicos, produzindo relaxação
do musculo liso bronquial, não tem ação no miocárdio).
FENOLAMINAS (ETILEFRINA)
FENILAMINAS (EFEDRINA)
BLOQUEANTES ADRENÉRGICOS
São fármacos que inibem as respostas aos impulsos das fibras simpáticas.
CLASSIFICAÇÃO
BLOQUEANTES ALFA ADRENÉRGICOS (ERGOTAMINA)
MECANISMO DE AÇÃO: bloquear os receptores alfa, produzindo vasodilatação. Esta
indicado para cefaleia de origem vascular...
BLOQUEANTES BETA ADRENÉRGICOS (PROPRANOLOL, ATENOLOL)
MECANISMO DE AÇÃO: atua sobre os receptores beta a nível cardíaco, reduz a
frequência cardíaca, “hipotensor”. Esta indicada em casos de HTA, arritmias, taquicardias...
COLINÉRGICOS
Estimulam as fibras colinérgicas (fibras parassimpáticas)
CLASSIFICAÇÃO
ACETILCOLINA (neurotransmissores)
Indicado para: reduzir pressão intraocular e glaucoma pré e pós-operatória.
BROMETO DE IPRATROPIO
Indicado para: tratamento da manutenção de broncoespasmo.
BLOQUEANTES COLINÉRGICOS
Inibem os impulsos das fibras colinérgicas.
CLASSIFICAÇÃO
Atropina
Escopolamina Antiespasmódicos
Botilbromuro de Hioscina
ESTÃO INDICADOS PARA: cólica biliar, cólica renal, ameaça de aborto (escopolamina,
hioscina), bradicardia sinusal (atropina).
233
ANESTÉSICOS
Suspenção geral ou parcial da sensibilidade induzida por fármacos.
ANESTESIA GERAL: age sedando profundamente de forma que se perde a
consciência, a sensibilidade e os reflexos do corpo.
TIPOS:
ANESTESIA DE SUPERFÍCIE: se aplica diretamente sobre a mucosa
ANESTESIA POR INFILTRAÇÃO: se aplica por baixo da pele ou mucosa
ANESTESIA RAQUIDIANA (L2 A L3): injeção no LCR, no espaço subaracnóideo
mediante uma punção lombar.
ANESTESIA PERIDURAL (L2 A L3): injeção na saída da dura madre, mediante punção
lombar.
MEDICAMENTOS:
LIDOCAINA (10 mg/ml 1%, 20 mg/ml 2%)
BUPIVACAINA (2,5 mg/ml, 5 mg/ml, 7,5 mg/ml)
PROCAÍNA
DIURÉTICOS
São fármacos que atuam no rim, aumenta o volume e o fluxo urinário.
CLASSIFICAÇÃO:
DIURÉTICOS TIAZIDICOS (para hipertensão arterial): agem na ASA DE HENLE, inibindo a
reabsorção de cloro, sódio e potássio.
Clorotiazida Hidroclorotiazida (25/50/100 mg)
DIURÉTICOS DE ASA (para ICC, cirrose, síndrome nefrótica, insuficiência renal): atuam na
ASA DE HENLE, inibindo a reabsorção de sódio, cloro e potássio.
FUROSEMIDA (tab:40 mg, amp: 20mg)
ANTI-HIPERTENSIVOS
São fármacos utilizados no tratamento da hipertensão arterial.
CLASSIFICAÇÃO
BETA BLOQUEANTES: atuam sobre os receptores beta a nível cardíaco, reduz a
frequência cardíaca, tem um efeito hipotensor.
Atenolol 100mg) Metoprolol Propanolol 40/80mg Carvedilol
3,125/6,26/12,5/25mg
234
IECA (inibidores da enzima convertedora de angiotensina): atuam inibindo a enzima
responsável da conversão de angiotensina I em angiotensina II. Provoca vasodilatação.
ENALAPRIL (5/10/20mg) CAPTOPRIL (25/20mg)
ANTI-ISQUÊMICOS
São nitratos orgânicos, que atuam como vasodilatadores arterial e venoso e tem a função de:
DIMINUIR A TENSÃO DA PAREDE VASCULAR.
REDUZIR A PRÉ-CARGA E PÓS-CARGA MELHORANDO O DEBITO CARDÍACO.
AUMENTAR A CAPACITÂNCIA VENOSA.
QUAIS SÃO:
NITROPUSSIATO DE SÓDIO (25mg/ml): age como um vasodilatador arterial e venoso.
Reduz pré e pós-carga, melhorando a função do VE em pacientes com insuficiência cardíaca
e baixo debito.
NITROGLICERINA (5mg/ml): age relaxando a musculatura lisa vascular, causando
vasodilatação sistêmica e diminuindo a pré-carga.
DINITRATO DE ISOSSORBIDA (5/10mg): age como vasodilatador.
ANTITROMBÓTICOS
São medicamentos que reduzem o risco de sofrer um ataque cardíaco, um AVC e obstrução
das artérias e veias (evitam que formem coágulos, trombo).
CLASSIFICAÇÃO
ANTIAGREGANTES PLAQUETARIOS: impede que as plquedas se agrupem e formem
coágulos.
CLOPIDOGREL (75mg) AAS (100mg)
ANTIARRÍTMICOS
São medicamentos que se usa para suprimir ou prevenir alterações do ritmo cardíaco. Age
prologando a duração do potencial de ação das células miocárdicas.
Amiodarona (comp: 200mg, amp: 50mg/ml) Verapamilo (80/120mg)
DROGAS CARDIOTÔNICAS
São medicamentos que aumentam a força de contração e debito cardíaco.
CLASSIFICAÇÃO
235
DIGITÁLICOS: inibem a bomba de sódio e potássio.
Digitoxina (0,1mg) Digoxina (0,25mg)
ANTITUSSÍGENOS
Agem no sistema nervoso central, inibindo respostas do centro da tosse aos estímulos.
CODEÍNA (com: 30/60mg, amp: 60mg/2ml)
EXPECTORANTES
Facilitam a excreção da secreção brônquica ao reduzir a viscosidade do muco, e promove o
aumento do conteúdo liquido. Promovem irritação brônquica estimulando a tosse.
BROMHEXINA AMBROXOL ACETILCISTEINA
(frasco de 4mg/5ml) Comp: 30mg Amp: 300mg/3ml
Xarope: 15mg/5ml Comp: 600mg
Xarope: 200mg/5ml)
BRONCO DILATADORES
São fármacos que promovem a dilatação dos brônquios.
CLASSES
Agonistas Beta 2 Xantinas Anticolinérgicos
Salbutamol Teofilina Bromuro de Ipatroprio (Atrovent)
Fenoterol
ANTI-HISTAMÍNICOS
São fármacos que inibem a ação da histamina, bloqueando sua ligação aos receptores de
histamina.
Clorferinamina (comp: 4mg, amp: 10mg) Loratadina (10mg)
PROTETOR GÁSTRICO
São depressores de secreção gástrica
RANITIDINA (comp: 150/300mg, amp:25mg/ml): é antagonista H2, age competindo
com a histamina pelos receptores H2 que são encarregados de estimular a produção de
acido.
OMEPRAZOL (comp: 20mg, amp: 40mg): age inibindo a bomba de prótons.
ANTIFLATULENTO
São fármacos que são utilizados para aliviar a dor e as moléstias abdominais
ocasionadas pela pressão de excesso de gases.
SIMETICONA (50mg)
EMÉTICOS
São fármacos que produzem irritação gástrica que estimula o vomito.
IPECACUANHA
ANTIEMÉTICO
São fármacos que aliviam o enjoo, náuseas e vômitos.
236
CLASSIFICAÇÃO
Antagonista Não Seletivo Serotoninérgico E Anti D2 Metoclopramida (10mg)
Antagonista Dopaminérgico Anti D2 Domperidona (10mg)
Antagonistas Seletivos Do 5ht-3 Ondasetron (4/8mg)
ANTIDIARREICOS
São fármacos que produz depressão do peristaltismo intestinal e reduz atividade secretora.
LOPERAMIDA (2mg)
HIPOGLICEMIANTE
ORAIS
SULFONILUREIA BIGUANIDA
Glibenclamida (5mg): age provocando a Metformina (500mg): age inibindo a
liberação de insulina no pâncreas. produção hepática da glicose.
ANTIBIÓTICOS
SÃO MEDICAMENTOS QUE COMBATEM AS INFECÇÕES BACTERIANAS.
CLASSIFICAÇÃO
ESPECTRO REDUZIDO (atacam bactérias de um tipo)
ESPECTRO REDUZIDO
BETALACTAMICOS
MECANISMO DE AÇÃO: atuam desintegrando a parede celular bacteriana, inibindo a
síntese de peptidoglucano.
237
PENICILINA (inibem a síntese da parede microbiana)
Naturais:
PENICILINA G CRISTALINA (1,000.000/5,000.000/30,000.000 UI)
PENICILINA G PROCAINICA (400,000/800,000 UI)
PENICILINA G BENZATINICA (600,000/1,200.000/2,400.000 UI)
PENICILINA V
Semissintéticas
De Amplo Espectro: Penicilinasa Resistente:
Ampicilina e Amoxicilina Meticilina, Cloxacilina, Dicloxacilina.
QUINOLONAS
MECANISMO DE AÇÃO: impede a replicação de ácidos nucleicos através da inibição da
enzima bacteriana GIRASA.
1°Geração 2°Geração 3°Geração 4°Geração
Acido Pipemidico Ofloxacina Levofloxacina Trovafloxacina
Acido Oxolinico Norfloxacina
Acido Nalidixico Ciprofloxacina
AMINOGLUCOSIDOS
MECANISMO DE AÇÃO: inibem a síntese de proteína a nível dos ribossomos.
Neomicina (Tópico 3,5mg/G) Estreptomicina (Comp: 500mg, Amp:1g)
Amikacina (Amp: 250/500mg) Gentamicina (Amp:80/160mg, Colírio 30%)
GLICOPEPTIDICOS
MECANISMO DE AÇÃO: atua desintegrando a parede celular bacteriana, inibindo a síntese
de peptidoglucano.
VANCOMICINA (amp:500mg)
POLIPEPTÍDICOS
MECANISMO DE AÇÃO: altera a permeabilidade da membrana celular. (Para tratar
infecções de pele e mucosa)
POLIMIXINA B BACITRACINA (pomada de 10.000UI)
LINCOSAMIDAS
MECANISMO DE AÇÃO: inibe a síntese proteica ao unir-se á subunidade 50s dos
ribossomos.
Clindamicina
238
RIFAMICINAS
MECANISMO DE AÇÃO: inibe a síntese do RNA bacteriano, ao unir-se à subunidade
beta do RNA polimerase.
RIFAMPICINA (tab:300 mg, amp:250/50mg) *para tratar a tuberculose.
RIFAMICINA (TÓPICO: 10MG/ML) *ferimentos e feridas.
Amplio espectro
MACRÓLIDOS
MECANISMO DE AÇÃO: inibem a síntese de proteína a nível dos ribossomos na
subunidade 50s.
AZITROMICINA (comp:500mg, amp:500mg)
CLARITROMICINA (tab:250/500mg, ampo:500mg/10ml)
ERITROMICINA (tab:250/500mg, xarope: 25mg/ml)
FENICÓIS
MECANISMO DE AÇÃO: inibe a síntese de proteína a nível dos ribossomos na unidade 50s.
CLORANFENICOL (tab: 250/500mg, amp:1gr, colírio:0,25mg)
TETRACICLINAS
MECANISMO DE AÇÃO: INIBE A SÍNTESE DE PROTEÍNA A NÍVEL DOS RIBOSSOMOS
NA SUBUNIDADE 30S.
TETRACICLINA (tab:250/500mg, xarope:100mg/5ml)
SULFAS
MECANISMO DE AÇÃO: INIBE A ENZIMA BACTERIANA.
SULFAMETOXAZOL (para melhor ação farmacológica, se adiciona trimetropin)
TRIMETROPIN (tab:400 de sulfa + 80 tri, 800 sulfa + 160 tri)
ANTIPARASITÁRIOS
MEBENDAZOL (tab:100mg, susp:100mg/5ml): atua diminuindo a capacitação de glicose
do parasito, privando sua energia.
ALBENDAZOL (tab:400mg): atua provocando dano celular do parasito.
METRONIDAZOL (tab:250/400mg, amp:5mg/ml): atua provocando a degradação do
DNA do microrganismo. (Cobrem bactérias anaeróbias).
POMOATO DE PIRANTEL (tab:250mg): atua produzindo um bloqueio neuromuscular do
parasito.
ANTIVIRAL
MECANISMO DE AÇÃO: interrompe a síntese do ADN viral.
ZIDOVUDINA (tab:300mg)
ACICLOVIR (tab:200/400mg, tópico:50mg/g)
ANTIFÚNGICOS
MECANISMO DE AÇÃO: inibidor da síntese do DNA e divisão celular da FLUCITOSINA.
CLOTRIMAZOL (creme:10mg/gr)
MICONAZOL (creme:2%)
KETOCONAZOL
FLUCONAZOl (comp:150mg)
NISTATINA (100.000UI/ml)
239
SOLUÇÕES
FLUIDOTERAPIA: é a administração parenteral de líquidos e eletrólitos, com o objetivo de
manter ou restabelecer a homeostase corporal.
TIPOS:
CRISTALOIDES (Isotônicos) SOLUÇÃO FISIOLOGIA 0,9% RINGER NORMAL
Ringer Lactado Solução Glucosada
SOLUÇÃO FISIOLÓGICA
Composição
Cloreto de sódio: 9gr (NaCl) Agua destilada: 1000 ml
Indicado Para:
Reposição de eletrólitos Reposição de líquidos
Pacientes diabéticos Como veiculo para administrar outros fármacos.
Indicado Para:
Reposição de eletrólitos Reposição de líquidos
Como veiculo para administrar outros fármacos.
Indicado Para:
Déficit calórico Pacientes desidratados
Pré, intra e pós-operatório. Choque hipoglicêmico.
240
LABORATÓRIOS
HEMOGRAMA COMPLETO
SÉRIE VERMELHA
ERITRÓCITOS (glóbulos vermelhos-GR) 4 a 5 milhões/mm³. (Vida de 120 dias)
AUMENTO DIMINUI
Fibrose Pulmonar, Desidratação. Anemia, Leucemia, Lúpus.
AUMENTO DIMINUI
Anemia Macrocítica, Hipotireoidismo, Anemia Microcítica, Deficiência de Ferro.
Deficiência De Vitamina B12.
SERIE BRANCA
LEUCÓCITOS (GLÓBULOS BRANCOS - GB) 4.000 a 10.000 mm³. (Célula de resposta
imune).
AUMENTO DIMINUI
Leucocitose em casos de infecção Leucopenia em casos de infecções virais
bacteriana, hemorragia.
241
LINFÓCITOS 25 a 35% (representam infecções virais).
AUMENTO DIMINUI
Linfocitose Linfocitopenia
EOSINÓFILOS 1 a 5%
AUMENTO DIMINUI
Eosinofilia (em casos de parasitos e alergias) Eosinopenia
BASÓFILOS 0 a 1%
Aumentam em casos de processos alérgicos prolongados.
COAGULOGRAMA
É um conjunto de provas, utilizado para analisar e detectar alterações no tempo de
coagulação do sangue.
TEMPO DE PROTROMBINA (TP) 10 a 12 segundos
TEMPO DE SANGRIA (TS) 2 a 5 minutos
TEMPO DE COAGULAÇÃO (TC) 5 a 10 minutos
FIBRINOGÊNIO (é uma glicoproteína, que está envolvida nas etapas finais da coagulação
como precursor de monômeros de fibrina necessários para a formação do plug plaquetário)
200 a 400 mg/dl
PERFIL LIPÍDICO
TRIGLICERÍDEO 150 mg/dl (valores aumentados se associam a riscos vasculares)
COLESTEROL TOTAL menor de 200 mg/dl
HDL (lipoproteína de alta densidade - colesterol bom) > 40 mg/dl
LDL (colesterol ruim) - menor de 100 mg/dl
PERFIL GLICÊMICO
Glicemia em Jejum 70 A 100 Mg/Dl Glicemia Pós Prandial Menor de 140 Mg/Dl
PERFIL HEPÁTICO
PROTEÍNAS TOTAIS 6 a 8 g/dl
ALBUMINA 3,5 a 5 g/dl (diminui em casos de cirrose, síndrome nefrótica, desnutrição).
GLOBULINA 1,5 a 3,5 g/dl (aumenta em casos de doenças autoimune).
BILIRRUBINA TOTAL 1,0 mg/dl
BILIRRUBINA DIRETA 0,2 mg/dl (aumenta em casos de colestase).
BILIRRUBINA INDIRETA 0,8 mg/dl (aumenta em casos de hemólise).
ASPARTATO - TRANSAMINASE (TGO) 10 a 40 UI/L (aumenta em casos de lesão
hepática parenquimatosa, IAM, pancreatite aguda).
ALANINO - TRANSAMINASE (TGP) 10 a 50 UI/L (aumenta em casos de hepatite viral).
FOSFATASA ALCALINA (FA) 35 a 130 UI/L
242
GAMAGLUTAMIL TRANSPEPTIDASE (GGT) 8 a 70 UI/L (aumenta em casos de
colestase, doença infiltrativa do fígado, etilismo).
PERFIL RENAL
UREIA 10 a 50 mg/dl (aumenta em casos de insuficiência renal, dieta hiperproteica)
CREATININA 0,7 a 1,4 mg/dl (aumenta em casos de insuficiência renal, diminui em
idosos e pessoas magras)
ACIDO ÚRICO 3,5 a 7 mg/dl
ELETRÓLITOS
SÓDIO (Na) 135 a 145 mEq/L (aumenta em casos de diabete insipidus, diuréticos de
ASA, diminui em casos de ICC, hipovolemia, cirrose).
POTÁSSIO (K) 3,5 a 5 mEq/L (aumenta em casos de insuficiência renal, acidose
metabólica, IECA, diminui em casos de vômitos, alcalose metabólica, diarreia).
CLORO (Cl) 90 a 110 mEq/L (aumenta em casos de desidratação, IRA, diminui em
casos de hiper-hidratação, vômitos excessivos).
CÁLCIO (Ca) 8,5 a 10 mg/dl (aumenta em casos de neoplasias, hipervitamina D,
diminui em casos de hipovitamia D).
MAGNÉSIO (Mg) 1,5 a 2,5 mg/dl (aumenta em casos de insuficiência renal, diminui em
casos de diarreia, diuréticos, etilismo).
FOSFORO (P) 2,5 a 4,5 mg/dl (aumenta em casos de insuficiência renal, acidose
metabólica, diminui em casos de hiperglicemia, alcalose metabólica).
BICARBONATO (HCO3) 22 a 26 mEq/dl
PERFIL CARDÍACO
CREATINA FOSFOKINASA (CPK) MULHER: até 140 U/L, HOMEM: até 174 U/L
(aumenta em caso de miopatias, necrose ou atrofia do musculo estriado).
CPK-MB menor que 25 U/L (aumenta em casos de necrose miocárdica, entre as 4 e 6
horas, o pico é as 12 horas).
MIOGLOBINA menor de 90 mcg/l. (É a primeira enzima a aumentar no IAM).
TROPONINA menor de 0,5 ng/ml (é o marcador mais especifico para IAM, sobe entre 4
a 6 horas e se mantem por 7 dias).
LDH (LACTATO DESIDROGENASE) 240 a 480 U/L. (Aumenta em casos de hemólise,
IAM, lesão hepática, exsudado em derrame pleural).
MARCADORES INFLAMATÓRIOS
AMILASE até 100 UI/L (enzima que hidroliza os carboidratos - aumentado em
pancreatite, IRC, cetoacidose diabética, abdome agudo).
LIPASE menor de 60 UI/L (enzima que hidroliza os ácidos graxos - esta aumentada
em casos de lesão pancreática, inflamação intra-abdominal).
PROTEINA C REATIVA (PCR) menor de 0,5 mg/dl (marcador de fases agudas,
principalmente bactérias, traumas).
GASOMETRIA ARTERIAL
PH: 7,35 a 7,45
PO2: 60 a 100 mmHg (diminuído em pneumonia, edema agudo de pulmão, asma, EPOC).
PCO2: 35 a 45 mmHg (aumentado em obstrução de vias aéreas, diminuído em casos de
ansiedade, dor, febre, sepse).
243
HCO3 (bicarbonato): 22 a 26 mEq/L (aumentado em caso de desidratação, perda
digestiva, IRA e diminuído em casos de hiper-hidratação, perdas de cloro).
ALGUNS RESULTADOS:
PH Diminuído Acidose Metabólica, por diminuição do HCO3, compensação do PCO2.
PH - HCO3 - pCO2
PH 4,5 a 8,0
GLICOSE 2 a 20 g/100ml
244
GENERALIDADES DE ELETROCARDIOGRAMA
A partir da linha isoelétrica surge:
PARA SABER: A onda q pode aparecer ou não, é normal, se aparecer deve ser muito
pequena. se maior que 2 mm indica alguma patologia (IAM).
INTERVALO PR/PQ: verifica bloqueio de condução.
245
BLOQUEIO DE CONDUÇÃO:
1°Grau: menor ou igual a 0,20 (não varia 2°Grau: se prolonga até a onda P sem
no ecg) complexo.
3°GRAU: Bloqueio completo SEGMENTO ST: onde termina a onda S e
começa a onda T.
PAPEL DE ELETROCARDIOGRAFIA
Papel milimitrado com quadrinhos de 1mm x 1mm)
HORIZONTAL: tempo 0,04 segundos. VERTICAL: voltagem 0,1 ms.
VALORES
ONDA P: valor máximo de 2,5mm x 2,5mm (0,1seg x 0,2ms)
COMPLEXO QRS: tempo de 0,04seg a 0,1seg.
INTERVALO PR OU PQ: 3 quadrinhos (0,12seg) a 5 quadrinhos (0,2seg). (Para ver
bloqueio de condução).
SEGMENTO ST: para cima, 1 quadrinho (0,1ms) e para baixo, apenas meio quadrinho
(0,05ms). (Se maior, indica IAM).
O INICIO É MARCADO PELO PONTO “J”
Se o ponto J está abaixo da linha base indica IAM com infra ST
Se o ponto J está acima da linha base indica IAM com supra ST
246
NERVOS CRANIANOS
1 - Olfatório (Olfato) 2 - Óptico (Visual)
Origem: Telencéfalo Origem: Diencéfalo
Sensitivo Sensitivo
9 - Glossofaríngeo 10 - Vago
Impulsos Gustativos Da Língua Inervação Da Laringe, Recebe O Gosto
Origem: Bulbo Origem: Bulbo
Misto (Sensitivo E Motor) Misto (Sensitivo E Motor
Oh, Oh! Mama, Papa, Traigo Mini Faldas. Ahora mis Gluteos Van Estar Helados.
247
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
CIRCULAÇÃO MENOR (pulmonar)
O sangue com CO2 sai do ventrículo direito pelas Artérias Pulmonares até o pulmão, onde é
feito a troca gasosa (deixa o CO2 e recolhe O2), e volta pelas Veias Pulmonares para o átrio
(aurícula) esquerdo.
248
HORMÔNIOS
São substancias químicas secretadas pelas glândulas endócrinas.
Regulam o crescimento, o desenvolvimento, as funções de muitos tecidos e coordenam os
processos metabólicos do organismo.
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS:
Hipófise (Adeno-Hipófise, Neuro-Hipófise). Tiroides Paratireoides
SUPRARRENAL
Córtex: Aldosterona, Cortisol, Progesterona, Medula: Adrenalina, Noradrenalina.
Estrógenos Andrógenos.
TIPOS DE HORMÔNIOS:
AMINAS Hormônios Tireóideos Catecolaminas
(Aminoácidos, Tirosina) (T3 E T4) Adrenalina E Noradrenalina)
PROTEICAS E PEPTÍDICAS
Hormônios do pâncreas Hormônios do hipotálamo e hipófise
ESTEROIDES
Hormônios Suprarrenais Hormônios de Glândulas Reprodutoras
Glândula Suprarrenal
ADRENALINA E NORADRENALINA: ajudam o organismo a afrontar o estresse,
aumentam a frequência cardíaca e pressão arterial.
ALDOSTERONA: regula o balance de sal e agua.
CORTICOSTEROIDES (CORTISOL): atua como anti-inflamatório, regula o balance de
sal e agua, regula a pressão sanguínea e força muscular.
RINS
RENINA E ANGIOTENSINA: controlam a pressão sanguínea.
ERITROPOIETINA: regulam a produção de glóbulos vermelhos.
249
PÂNCREAS
GLUCAGON: aumenta o nível de açúcar no sangue.
INSULINA: diminui o nível de açúcar no sangue, estimula o metabolismo da glicose,
das proteínas e da glucose.
OVÁRIOS
ESTRÓGENOS: afeta o desenvolvimento das características sexuais femininas e o
desenvolvimento reprodutor.
PROGESTERONA: estimula o revestimento uterino para a fecundação. Prepara os
seios para a produção láctea.
TESTÍCULOS
TESTOSTERONA: desenvolvimento de características sexuais masculinas.
GLÂNDULA PINEAL
MELATONINA: relacionado ao sono, produzindo um efeito tranquilizante “relógio
biológico”.
250
GENERALIDADES DE ANATOMIA
SISTEMA ESQUELÉTICO (OSSOS E CARTILAGENS)
TEM A FUNÇÃO DE:
Sustentar o organismo Base mecânica para movimentos
Proteção das estruturas (coração, pulmão, cérebro)
Hematopoiéticas (suprimento continuo de celular sanguíneas novas)
O QUE É UM OSSO: órgãos duros, esbranquiçados que unidos a outro por meio de
articulações formam o esqueleto. Esta composto de cálcio, colágeno, proteoglicanos.
CABEÇA
CRÂNIO (frontal, occipital, 2 temporal, 2 parietal, etmoide, esfenoide).
FACE (mandíbula, vômer, zigomático, 2 maxilar, 2 palatino, 2 nasal, 2 lacrimal, 2 concha
nasal inferior).
PESCOÇO
VERTEBRAS (7 cervicais) HIOIDE
TÓRAX
Costelas (24, 7 pares verdadeiros, 3 pares falsos, 2 pares flutuantes).
Vertebras (12 torácicas) Esterno (faz parte o manubio, corpo e apêndice xifoide).
ABDOME
VERTEBRAS (5 lombares) SACRO (5) CÓCCIX (4 a 5)
MEMBRO SUPERIOR
CINTURA ESCAPULAR (2, BRAÇO ANTEBRAÇO (radio e cúbito)
clavícula e escapula) (úmero)
MÃO (27 ao total em cada mão, carpo escafoide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio,
trapezoide, capitato, hamato, metacarpo I, II, III, IV, V, falanges 14).
MEMBRO INFERIOR
CINTURA PÉLVICA (1, ilíaco) COXA (fêmur) JOELHO (patela)
PÉ ( 27 em cada pé, sendo eles o PERNA (2, tíbia e
tarso, metatarso e falanges). fíbula)
251
OUVIDO MÉDIO
3 OSSÍCULOS
Martelo Bigorna Estribo
ARTICULAÇÕES
União funcional entre os ossos
Articulações fibrosas (SINARTROSES suturas, fixação de dentes, tíbio-fibular, são
imóveis)
Articulações cartilagíneas (ANFIARTROSE tem os movimentos limitados)
Articulações sinoviais (DIARTROSE tem movimentos amplos).
SISTEMA NERVOSO
CENTRAL
ENCÉFALO
Cérebro (telencefalo que são os dois hemisférios, e o diencéfalo que esta composto pelo
tálamo, hipotálamo, epitálamo...)
Tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo) Cerebelo Medula Espinhal
PERIFÉRICO
NERVOS (cranianos que estão localizados no encéfalo, e espinhais que estão na medula
espinhal).
GÂNGLIOS
MENINGES
DURA-MÁTER (superficial) ARACNOIDE (meio) PIA-MÁTER (interna)
252
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Tem a função de levar nutrição e oxigênio para as células.
Faz parte o sangue, o coração e os vasos sanguíneos (artérias, que sai do coração, e
veias que sai dos tecidos e chega ao coração).
SANGUE
Composto por:
PLASMA (parte liquida)
GLÓBULOS VERMELHOS (hemácias/hemoglobina, responsável por transportar oxigênio
e CO2).
GLÓBULOS BRANCOS (leucócitos - são os neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos
e linfócitos, responsáveis pela defesa do organismo).
PLAQUETAS (responsável pela coagulação sanguínea)
CORAÇÃO
PESA MEDE LOCALIZAÇÃO
250 a 300 gramas 12 cm de comprimento, 9 cm de largura No mediastino
LIMITES:
Anterior Inferior
Abaixo da costela e esterno Repousa sob o diafragma
Borda Direita Borda Esqueda
Pulmão direito Pulmão esquerdo
Superior posterior a traqueia, esôfago e artéria aorta
CAPAS (estão revestidas pelo PERICARDIO, é como um saco que protege o coração):
Epicárdio (membrana que reveste e protege o coração - camada externa)
Miocárdio (musculo estriado cardíaco, permite que o coração contraia)
Endocárdio (cama interna)
PARA SABER:
SÍSTOLE: contração DIÁSTOLE: relaxamento
SISTEMA RESPIRATÓRIO
É um conjunto de órgãos responsáveis pela troca de gases do organismo, CO2 por O2,
possibilitando a respiração celular.
253
TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR
Nariz Cavidade nasal Produz sons (voz) Laringe
Faringe (nasofaringe, orofaringe, laringofaringe)
Atua como passagem para o ar durante a respiração.
Impede que alimentos entrem para a traqueia.
Pleuras
Pleura visceral (pulmão) Pleura parietal (parede torácica)
SISTEMA DIGESTIVO
Esta formado por um conjunto de órgãos, cuja função é transportar os alimentos ingeridos e
transforma-los, por meio de processos mecânicos e químicos, em nutrientes necessários
para as diferentes funções do organismo, como crescimento, energia... (tubo oco, onde
passa o alimento/canal alimentar).
FASES
MASTIGAÇÃO: Desintegração parcial DEGLUTIÇÃO: Condução dos alimentos
dos alimento da faringe ao esôfago
INGESTÃO: Introdução dos alimentos ao DIGESTÃO: Desdobramento do alimento
estomago em moléculas simples
ABSORÇÃO: Processo realizado pelos DEFECAÇÃO: Eliminação das
intestinos substancias não digeridas do trato
gastrointestinal
ÓRGÃOS
BOCA FARINGE ESÔFAGO
ESTOMAGO
Cárdia (válvula que impede o refluxo) Fundo Corpo
Piloro (válvula que impede o passo prematuro para o intestino delgado).
254
INTESTINO DELGADO (onde ocorrem os principais eventos de absorção, mede 5 a 8
metros, fazem parte o duodeno, jejuno e íleo).
FÍGADO
LOCALIZAÇÃO: região superior do abdome, hipocôndrio direito.
PESA: 1500 gramas
FACES:
Diafragmática: 2 lóbulos Visceral: 4 lóbulos
FUNÇÃO:
Produz bile (Bile - emulsiona a gordura e a distribui para a parte distal do intestino para a
digestão e absorção).
Armazena a glicose Ferro, cobre, vitaminas
Metabolismo do carboidrato / lipídeos / Processamento de fármacos e hormônios
proteínas
Excreção de bilirrubina e sais biliares
VESÍCULA BILIAR
LOCALIZAÇÃO: na fossa biliar, na face visceral do fígado (hipocôndrio direito)
CAPACIDADE DE ARMAZENAR 50ML DE BILE.
DUCTO CÍSTICO liga a vesícula biliar ao ducto hepático comum (união do ducto hepático
esquerdo e direito).
PARA SABER: A união do Ducto Cístico + Ducto Hepático Comum formam Colédoco
(mede de 5 a 10cm) , ele desce até a parte superior do duodeno, situado na cabeça do
pâncreas e entra em contato com o Ducto Pancreático Principal.
VIA BILIAR
255
PÂNCREAS
Produz o suco pancreático (Secreção Exócrina) que entra no duodeno através dos ductos
pancreáticos.
Produz glucagon e insulina (Secreção Endócrina) que entra no sangue.
PESO: 15 a 16 gramas MEDE: 12 a 15 centímetros PARTES: cabeça, corpo e
calda.
FUNÇÕES DO PÂNCREAS:
Dissolver carboidratos (AMILASE)
Dissolver proteínas (TRIPSINA, QUIMOTRIPSINA, CARBOXIPEPTIDASE E ELASTASE).
Dissolver triglicerídeos (LIPASE)
Dissolver ácidos nucleicos (RIBONUCLEASE E DESOXIRRIBONUCLEASE).
SISTEMA URINÁRIO
Encarregados de elaborar a urina e armazena-la temporariamente.
ESTÁ COMPOSTO POR:
2 RINS (filtram o sangue e produzem a 2 URETERES (ductos que transportam a
urina) urina para a bexiga)
BEXIGA (onde se armazena a urina por URETRA (onde a urina é expelida para
algum tempo) fora do corpo)
PARA SABER: A urina esta composta por acido úrico, ureia, sódio, potássio,
bicarbonato.
256
RIM
Na sua parte interna encontra-se:
CÓRTEX (papilas) MEDULA (pirâmides)
Parênquima do rim, onde estão os NEFRONS, formar a urina. unidade funcional do rim,
responsável por
Localização: Mede: Peso:
Retro Peritoneal, nos 11 Cm De Comprimento, e 120 A 170 Gramas Cada.
Flancos. 5 A 7 Cm De Largura.
NEFRÓNS
Está formado por:
CORPÚSCULO RENAL (capsula glomerular e glomérulo, rede de capilares sanguíneos).
TÚBULO RENAL (proximal, asa de Henle, distal, coletor)
FUNÇÕES DO RIM
Filtra o sangue Isso contribui para a homeostasia dos
Forma a urina líquidos
Regula a composição iônica do sangue Mantem osmolaridade do sangue
Regula o volume sanguíneo Regula a pressão arterial
Regula o pH do sangue Regula o nível de glicose no sangue
Excreção de resíduos e substancias estranhas
URETER
2 tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga.
Mede: 25 a 30 cm e menos de 6mm de diâmetro. Realiza Peristaltismo
BEXIGA
Reservatório temporário de urina com capacidade de reservar 700 a 800ml de urina, órgão
oco, retro peritoneal localizado no hipogástrio.
NAS MULHERES: localiza-se acima da vagina e debaixo do útero.
NOS HOMENS: anterior ao reto.
URETRA
CONDUZ A URINA DA BEXIGA PARA O EXTERIOR
Abre-se para o exterior através do ÓSTIO EXTERNO
NAS MULHERES mede 3,8 cm (exclusivamente do sistema urinário)
NOS HOMENS mede 20 cm (faz parte do sistema urinário e sistema reprodutor, porque
conduz o esperma, e esta composta por 3 partes, a prostática, a membranosa e a
esponjosa).
SISTEMA GENITAL
Célula reprodutora feminina: ÓVULO (possui metade dos cromossomos - 23)
Célula reprodutora masculina: ESPERMATOZOIDE (possui a outra metade - 23)
257
O QUE SÃO CROMOSSOMOS?
São partículas que transmitem as características hereditárias, que entram na constituição
dos núcleos celulares. São 46 cromossomos.
MASCULINO
FAZEM PARTE:
TESTÍCULOS (gônadas) - produz esperma e secretam testosterona.
DUCTOS - transportam e armazenam esperma, e conduz para o exterior.
Deferente Ejaculatório Uretra
PÊNIS
ESCROTO - bolsa musculo-cutânea onde estão os testículos e epidídimo.
TESTÍCULOS: situados no escroto, região anterior do períneo.
Os espermatozoides são formados nos túbulos seminíferos.
DUCTO DEFERENTE: cordão liso, duro e branco. Tem a função de levar o esperma.
PRÓSTATA: glândula que secreta junto ao liquido seminal. Sua base esta encostada na
bexiga.
FUNÇÕES:
Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais.
Absorção de ácidos graxos e transporte da gordura para o sistema circulatório.
Produção de células imunes (linfócitos, monócitos, plasmócitos - produtores de
anticorpos).
BAÇO
Situado no hipocôndrio esquerdo
Possui grande quantidade de macrófagos, que através de fagocitose destroem micróbios,
restos de tecidos, substancias estranhas, células do sangue desgastadas. (Limpa o sangue).
FUNÇÕES:
Reserva de sangue (em casos de hemorragia intensa)
Destruição de glóbulos vermelhos e preparação para novos.
MACRÓFAGOS: capacidade de fagocitose (pode ingerir até 100 bactérias antes de
morrer). É importante na eliminação de tecidos necrosados.
LINFÓCITOS: glóbulo branco do sangue. Produzem anticorpos para defender o
organismo de infecções. Desenvolvem-se na medula óssea.
CÉLULAS T: No TIMO. Tem a função de reconhecer e destruir células anormais do corpo
(células infectadas por vírus). “Derivados de células mãe”.
CÉLULAS B: reconhecem células e materiais estranhos, entrando em contato com elas
produzindo anticorpos que aderem a superfície da célula anormal e provocam destruição.
“Derivados de células mãe”.
Anexos da pele:
Unhas Pelos Glândulas sudoríparas (suor) Glândulas sebáceas
259
Terminações nervosas livres - DOR
MECANORRECEPTORES: pressão e tato.
TERMORRECEPTORES: frio e calor.
NOCIORRECEPTORES: dor, irritação da pele.
260
QUESTIONÁRIO
1. Insuficiência cardíaca direita e esquerda?
IC direita ingurgitação jugular direita + edema de membros inferiores.
IC esquerda ingurgitação jugular esquerda + edema pulmonar.
3. Critérios de FRAMINGHAM?
MAIORES MENORES
Dispneia paroxística noturna Tosse noturna
Edema agudo de pulmão Derrame pleural
Cardiomegalia Hepatomegalia
Estertores crepitantes Taquicardia
Refluxo hepato-jugular Edema de MMII
Ingurgitação jugular Dispneia de esforço
Ritmo de galope
Perda de peso
Obs.: Para diagnosticar uma ICC, basta 2 critérios maiores, ou 1 maior e 2 menores.
4. O QUE É A ASMA?
Uma inflamação das vias aéreas, caracterizada por:
Inflamação Bronquial Hiperresposta Bronquial Obstrução Bronquial
5. GRAUS DE HTA?
NORMAL < 120 / < 80 PRÉ HTA 120 a 139 / 80 a 89
HTA GRAU I 140 a 159 / 90 a 99 HTA GRAU II > 160 / > 100
261
9. POR QUE TEM MAIS TUBERCULOSE PULMONAR QUE OUTROS TIPOS?
Porque o bacilo de KOCH tem preferencia por O2, e também a vacina BCG que tomamos ao
nascer, protege as formas mais graves de TB.
262
14. DIFERENÇAS DE DENGUE, ZIKA E CHICUNGUNYA
SINTOMAS DENGUE ZIKA CHICUNGUNYA
Febre Alta, > 38°C Sem febre, ou Alta, > 38°C
de 3 a 7 dias. subfebril. de 2 a 3 dias.
Exantema A partir do 4°dia 1° e 2° dia Surge em 50% dos
Em 30 a 50% casos
Mialgia Forte Leve Leve
Artralgia Leve Moderada Forte
Edema de Raro Frequente de leve Frequente e de alta
articulação intensidade insidade
Conjuntivite Raro 50 a 90% dos casos 30% dos casos
Cefaleia Forte Moderada Moderada
Comprometimento Raro + frequente Raro
neurológico
263
21. O QUE SÃO RONCOS?
Um som grave, semelhante ao ronquido, que se da quando passa o ar pelos brônquios
estreitos ou dilatados, causado por uma inflamação na parede.
264
33. O QUE É INFECÇÕES TORCH?
É um grupo de enfermidades que pode produzir um aborto ou parto prematuro, infecções
perinatais, retraso do crescimento, microcefalia.
Toxoplasmose Rubéola Citomegalovírus Herpes Vírus
39. O QUE É:
Paraplegia: paralisação dos membros inferiores.
Parestesia: sensação de formigamento ou dormência.
Hemiplegia: paralização de uma metade do corpo.
265
43. COMO CORRIGIR A GLICEMIA (COM INSULINA)?
Valor Glicemia Corregir com Valor Glicemia Corregir com
0 a 200 0 UI 201 a 249 3 UI
250 a 300 6 UI 301 a 349 9 UI
Maior ou igual a 350 12 UI
266
53. DÊ 5 INDICAÇÕES PARA CESÁREA:
Desproporção Céfalo-Pélvica Placenta Previa Total Situação Transversa
Macrossomia Fetal Eclampsia Atonia Uterina
55. O QUE É:
URGÊNCIA: quando não se tem risco de vida.
EMERGÊNCIA: quando existe um risco eminente de vida.
267
61. ESCALA DE ALVARADO (PARA O DIAGNOSTICO DE APENDICITE)
Migração da dor 1 ponto
Anorexia 1 ponto
Náuseas e vômitos 1 ponto
Dor da foça ilíaca direita 2 pontos
Rebote (dor rebote- sinal de bloomberg) 1 ponto
Elevação de temperatura (maior de 38°C) 1 ponto
Leucocitose ( > de 10,500) 2 pontos
Desvio a esquerda (neutrófilos maior de 75%) 1 ponto
0 a 4 pontos 5 a 6 pontos 7 a 8 pontos 9 a 10 pontos
Negativo para Possivelmente uma Provavelmente uma apendicite Apendicite
apendicite: apendicite
RESULTADOS:
De 1 a 3 LEVE 4 ou mais GRAVE
RESULTADOS:
DE 0 A 2 PONTOS DE 3 A 4 PONTOS
Não é TB Suspeitoso de TB (mais investigação)
DE 5 A 6 PONTOS 7 OU MAIS PONTOS
Suugestivo de TB (realiza exames) Certeza de TB
270