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• Definição:
Estado de perda de água associado a maior ou menos perda de íons, associando-se, frequentemente
a distúrbio ácido-básico.
• Fatores Causas:
a) Baixo nível sócio-econômico.
b) Baixa idade: maior propensão de perda, pois quando mais nova a criança maior quantidade de
água corporal total e maior a probabilidade de infecções. Principal causa de desidratação aguda
são gastroenterites (Rotavírus é maioria dos casos).
c) Condições climáticas adversas.
OBS) A vacina pentavalente protege contra o rotavírus. O ideal é aplicá-la em 3 doses, porém, na
rede pública, são oferecidas apenas 2 doses.
• Metabolismo da água:
a) No espaço extracelular há o predomínio de Sódio (135-145 mEq/L) e Cloreto.
b) No espaço intracelular há o predomínio de Potássio (3,5-5 mmEq/L) e Fosfato.
III - Severa Até 150 ml/kg ou 10-15% Hiponatrêmica < 130 mEq/l
PEDIATRIA
a) Desidratação Isonatrêmica
- Etiologia: vômitos e diarreia. Consiste cerca de 70-90% dos casos e existe uma perda
proporcional de água e eletrólitos.
- Presença de sinais de espoliação intersticial e vascular.
b) Desidratação Hiponatrêmica
- Sinais clínicos clássico mais intensos, forma mais grave. Consiste em cerca de 8-20% dos casos,
envolve a perda desproporcional de água e eletrólitos (perde mais sódio que água).
- Ocorre diminuição do sódio no LEC, logo a água entra para o espaço intra-celular. Assim, o
paciente pode apresentar edema cerebral (convulsão, agitação e coma). Além disso, há sinais
nítidos de espoliação do intravascular (choque, anúria) associados a sinais intensos de espoliação
do líquido intersticial.
- Pode ocorrer por reposição de perdas isotônicas com líquidos hipotônicos.
- Desidratação grau III tende a ocorrer nesta situação.
- Reposição deve ser realizada de forma lenta.
PEDIATRIA
c) Desidratação Hipernatrêmica
- Principais causas: reposições com soluções hipertônicas, uso de diuréticos osmóticos, diabetes
insipidus.
- Consiste em 2-10% dos casos. Envolve a perda desproporcional de água e eletrólitos (perde mais
água que sódio). Logo, água sai do espaço intra-celular, ocorrendo desidratação (manifesta por
febre alta, sede intensa, irritabilidade, meningismo, convulsões e coma).
- Ocorre em lactente jovem (2 – 3 meses), com sede intensa e poucos sinais clássicos de
desidratação.
Laboratório:
Quando há um comprometimento maior (desidratação moderada no mínimo).
-Ionograma
-Ureia e Creatinina: depende de tempo de alteração da função renal.
-Eritrograma: resultado pode ser falso por hemoconcentração.
-Proteinograma
-EQU: Densidade urinária (RN=1010 / Lactente=1020).
-Gasometria arterial: nos casos mais graves. Realizar nas artérias radial ou
braquial. Reposição de bicarbonato se pH < 7,2-7,1.
Profilaxia
- Aumento da oferta líquida; - Tratar os fatores predisponentes
- Deixar a criança à vontade (vestuário); precomente;
- Respeitar o apetite da criança; - Campanhas de esclarecimento e uso
- Higiene na preparação dos alimentos; do soro caseiro;
- Melhorar as condições socioeconômicas - Vacinação com VORH;
e culturais;
idade ACT EC IC