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SEPSE

CONCEITO

∙A sepse é a disfunção de um ou mais


órgãos decorrente da presença de uma
infecção. Essa infecção pode ser grave,
inicialmente, ou pode não ser tão grave,
mas que não foi tratada ou não
foi controlada adequadamente.
DIA MUNDIAL DA SEPSE

∙O Dia Mundial da Sepse, instituído no dia 13 de setembro,


busca conscientizar a população sobre esta síndrome, a
principal causadora de mortes dentro das unidades de
tratamento intensivo (UTIs). Segundo a Organização Mundial
da Saúde, a sepse mata 11 milhões de pessoas a cada ano,
muitas delas crianças e idosos, e incapacita outros milhões. No
Brasil, estima-se que ocorram 240 mil mortes ao ano em
decorrência de um conjunto de manifestações graves em todo o
organismo produzidas por uma infecção.
PÚBLICO ALVO

∙A sepse acomete pessoas de qualquer idade, sendo


mais comum em recém nascidos e pacientes idosos, mas
afeta também aqueles que tenham algum grau de deficiência
no sistema imune, que chamamos de imunossupressão.
O principal foco de tratamento é o início de antibiótico para
as infecções bacterianas. Para se ter uma ideia, a cada hora
de atraso em começar o medicamento, você agrega de 7%
de chance de morte.
PÚBLICO ALVO
∙ É por isso que, idealmente, deve se iniciar o antibiótico de uma
a três horas, no máximo, e quanto mais precoce, melhor. Além
disso, o tratamento da sepse é feito com hidratação, pois são
pacientes que geralmente já estão muito depauperados,
chegam desidratados, manter uma pressão arterial normal,
porque muitos estão com a pressão arterial baixa (hipotensão),
eventualmente cuidados de ventilação para aqueles que
chegam com insuficiência respiratória, cuidados renais para
quem desenvolve insuficiência renal e precisa de diálise.
Sepse e UTI
∙ Os atuais dados nacionais mostram que a mortalidade por Sepse no país, mormente
em hospitais públicos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), é muito elevada
e bastante acima da mortalidade mundial.
∙ O estudo SPREAD (Sepsis PREvalence Assessment Database), conduzido pelo
ILAS (Instituto Latino americano de Sepse) em 227 UTIs brasileiras selecionadas
aleatoriamente para representarem, de maneira adequada, o cenário nacional,
apontou que 30%
dos leitos de UTI do país estão ocupados por pacientes com Sepse ou choque
séptico.
∙ A letalidade nesses pacientes foi de 55%. Esses dois achados fazem perceber o
custo elevado da Sepse em nosso país.
PROTOCOLO SEPSE

• Temperatura > 37,8ºC ou < 35ºC;


Síndrome da Resposta Inflamatória • Frequência cardíaca > 90 RPM;
Sistêmica (SIRS): é uma resposta • Frequência respiratória > 20
inflamatória a uma grande variedade de movimentos/minutos (alternativamente
condições clínicas severas, ou seja, um PaCO2 <32
conjunto de sinais e sintomas que traduz a mmHg ou paciente sob ventilação mecânica);
reação do organismo à presença da infecção. • Contagem de glóbulos brancos no sangue
Essa resposta é manifestada por duas ou mais periférico > 12.000/mm 3 ou < 4.000/
das seguintes condições: mm 3 ou presença de > 10% de formas
jovens (bastões)
PROTOCOLO SEPSE-SOFA
•Sepse: é a presença de disfunção orgânica que significa o aumento em
dois pontos no escore Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) em
decorrência da resposta desregulada do organismo a presença
de infecção.
•As principais disfunções orgânicas são:
• Hipotensão (PAS< 90mmhg ou PAM < 65 mmhg)
• Rebaixamento do nível de consciência, confusão mental, agitação
ou coma.
•Dispneia ou necessidade de O2 para manter spo2> 90%;
• Oligúria (≤0,5mL/Kg/h) ou elevação da creatinina (>2mg/dL);
• Contagem de plaquetas < 100.000/ mm³ ou INR> 1.5
• Lactato ≥ 2mmol/L
• Aumento significativo de bilirrubinas (> 2x o valor de referência)
TIPOS DE CHOQUES

•Choque séptico: presença de Sepse com hipotensão com necessidade


de vasopressores para manter pressão arterial média >
65 mmhg associada à lactato > 2 mmol/L, após adequada
reposição volêmica.
•Sepse provável: SRIS em pacientes com fatores de risco como idosos,
imunossuprimidos, portadores de comorbidades graves.
•Sepse possível: paciente com SRIS e foco infeccioso suspeito ou
confirmado, mas sem fatores de risco evidentes.
•Atenção: se a suspeita de causa infecciosa persistir, recomenda-se
administração de antimicrobianos nas primeiras 3 horas. Já para
pacientes com baixa possibilidade de infecção e sem choque,
sugere-se não iniciar antibióticos e monitorar o paciente
Serviço de Laboratório
∙ Deve garantir a coleta dos exames no setor solicitante no
prazo máximo de 15 minutos a contar da solicitação e
garantir a entrega do resultado dos exames no setor de
atendimento em no máximo 30 minutos a contar da
solicitação.
PACOTE DE 03 E 06 HS

∙ Após o resultado dos exames laboratoriais, o


médico reavalia a presença de disfunção orgânica
(clínica ou laboratorial), dando prosseguimento aos
pacotes de 3 e de 6h (terapia precoce guiada por metas)
ALGUNS CRITÉRIOS

∙ EXCLUSÃO: Pacientes em cuidados paliativos, portanto sem indicação


de medidas.
Agressivas para sepse ou choque séptico;
• Idade < 18 anos;
• Recusa do paciente
∙ ADMISSÃO NA UI: Pacientes sépticos (sem disfunção orgânica);
• Pacientes com sepse que REVERTEM à disfunção orgânica
após tratamento inicial (pacote de 6 horas)
CRITÉRIO DE ADMISSÃO PARA UTI

∙• Pacientes com sepse que REVERTEM PARCIALMENTE à


disfunção orgânica após tratamento inicial (pacote de 6 horas);

• Pacientes com sepse que NÃO REVERTEM à disfunção orgânica após
tratamento inicial (pacote de 6 horas);

• Pacientes com choque séptico;

• Pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo (SARA)
induzido pela sepse.
REFERÊNCIAS
∙ https://portal.fiocruz.br/noticia/sepse-maior-causa-de-morte-nas-utis

∙ https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/29035/25147

∙ https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/28478

∙ file:///home/professor/Downloads/Protocolo%20Sepse_HUJBB.pdf

∙ https://www.hcor.com.br/area-medica/wp-content/uploads/2020/11/1.-Protocolo-SEPSE.pdf

∙ Sales, J. A. L. J., et al. (2006). Sepse Brasil: estudo epidemiológico da sepse em unidades de
terapia intensiva brasileiras. Rev Bras Ter Intensiva. 18 (1), p. 9

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