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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

SEPSE - REPERCUSSÕES
SISTÊMICAS E FUNCIONAIS
Camile Guiote, Daniel Stein e Isabela Fernandes
SEPSE:
Disfunção orgânica com risco de vida causado por uma resposta desregulada
do hospedeiro à uma infecção;

Para avaliação do quadro de disfunção orgânica presente, utiliza-se o SOFA


(Sequential Organ Failure Assessment);

Escore SOFA ≥ 2 pontos Disfunção Orgânica

3º Consenso Internacional para sepse e choque séptico, 2016


FATORES DE RISCO:
Idosos;
Imunossuprimidos;
Transplantados;
Doentes crônicos com diabetes, insuficiência renal, cardiopatias;
Oncológicos.
FISIOPATOLOGIA
SEPSE:
Um escore SOFA 2 reflete um risco geral de mortalidade de aproximadamente
10% em uma população de hospital com suspeita de infecção. Mesmo os
pacientes com modesta disfunção podem piorar ainda mais, enfatizando a
gravidade desta condição e a necessidade de pronta e adequada intervenção, se
ainda não estiver sendo instituída.
Disfunção de Órgãos:
Cardiovascular
Vasodilatação arterial e venosa:
Diminuição da resistência vascular sistêmica
Hipovolemia relativa
Diminuição do retorno venoso

Aumento da permeabilidade:
Extravasamento de líquido Edema + diminuição da extração de O2

Hipóxia tecidual e disfunção progressiva de órgãos


Disfunção de Órgãos:
Cardiovascular

Estado hiperdinâmico:
Aumento da FC + DC normal ou aumentado;
Depressão miocárdica: endotoxinas e citocinas vão levar à diminuição da
FE e dilatação ventricular.
Disfunção de Órgãos:
Pulmonar

Edema inflamatório SDRA:


Taquipnéia, dispnéia e alteração nas trocas gasosas.
Disfunção de Órgãos:
Renal

Hipoperfusão + lesão inflamatória:


Diminuição da TFG Oligúria e aumento de creatinina.
Disfunção de Órgãos:
Neurológico
Encefalopatia séptica:
Sonolência, agitação, delirium e coma;
Edema cerebral.

Polineuropatia do doente crítico: fraqueza muscular e desmame difícil.


Disfunção de Órgãos:
Hematológica

Leucocitose com aumento do número de bastonetes (> 10%) e linfopenia;


Anemia progressiva;
Plaquetopenia;
Coagulação intravascular disseminada isquemia de órgãos.
Disfunção de Órgãos:
Hepática
Colestase:
Diminuição do fluxo hepático;
Congestão venosa;
Lesão inflamatória dos hepatócitos.
Icterícia
CHOQUE SÉPTICO:
Evolução da sepse com profundas alterações circulatórias, celulares e
metabólicas, identificado pela necessidade de vasopressor para manter a PAM≥
65 mmHg, e Lactato > 2 mmol/L.

Sinais clínicos:
Hipotensão (PAS < 80 mmHg);
Taquicardia e pulso fino;
Diminuição do débito urinário;
Alteração do nível de consciência;
Sede, náuseas e vômitos;
Edema generalizado, febre e extremidades quentes.
TRATAMENTO:
- Resolução da causa (cura da infecção)

Garantir ventilação adequada: permeabilidade e


proteção de via aérea, oxigenoterapia, ventilação
mecânica.
Garantir circulação adequada: reposição volêmica
(melhorar o DC, hipotensão, débito urinário e nível
de consciência) e agentes vasoativos e inotrópicos
(noradrenalida – vasopressor e dobutamina –
inotrópico)
Ventilação Mecânica na Sepse
o uso de um volume-alvo corrente de 6 ml/kg de peso corporal previsto;
o uso de um objetivo de limite superior para pressões de platô de 30 cm H2O;
o uso de PEEP mais elevado em vez de PEEP mais baixo em pacientes adultos com SARA
moderado a grave induzido por sepse;
o uso de manobras de recrutamento (CPAP) em pacientes adultos com ARDS grave
induzida por sepse;
o uso da posição prona em vez da posição supina em pacientes adultos com SARA
induzida por sepse e uma razão PaO2/FIO2 < 150 (nas primeiras 36 horas de intubação,
por > 16 horas por dia);
o uso de volumes correntes mais baixos em vez de mais altos em pacientes adultos com
insuficiência respiratória induzida por sepse;
a cabeceira do leito elevada entre 30 e 45 graus;
(Critical Care Medicine, 2017)
Mobilização Precoce
MOBILIZAÇÃO ARTICULAR PRECOCE

PASSIVA ATIVA ATIVA-ASSISTIDA


SEMPRE OBSERVANDO OS FATORES DE SEGURANÇA PARA


MOBILIZAÇÃO

FC PA SpO2 TEMPERATURA
Obrigado!
REFERÊNCIAS:

The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock
(Sepsis-3). Mervyn Singer, MD et al. Clinical Review & Education. JAMA.
2016;315(8):801-810.
PEREIRA JUNIOR GA et al. Fisiopatologia da sepse e suas implicações
terapêuticas. Medicina, Ribeirão Preto, v. 31, p. 349-362, 1998.

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