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Coqueluche - Síndrome pós-PCR - Crupe

Coqueluche - Para tentar reduzir os acessos de tosse, pode-se tentar o salbutamol


- Agente etiológico: Bordetella pertussis via oral e a prednisona por 7 dias (1mg/kg/dia).
- Infecção do EPITÉLIO CILIADO (brônquios) - Suas toxinas paralisam e - Quimioprofilaxia: semelhante ao trat, critérios específicos para
destroem os cílios do epitélio respiratórios, dificultando a eliminação das contactantes.
secreções respiratórias.
- Transmitida por gotículas. ____________________________________________________________
- Quadro clínico variável, classicamente:
- 1- 2 semanas (fase catarral): sintomas semelhantes a resfriado comum. Síndrome pós-PCR
- 2 - 8 semanas (fase paroxística): tosse em acesso súbito, com vômitos
pós-tosse, guincho, congestão facial, cianose e apneia (principalmente Definição: O retorno à circulação espontânea pode causar lesẽs isquêmicas
em menores de 3 meses). e reperfusão significativa, levando um estresse oxidativo conhecido como
- > 8 semanas (fase de convalescência): redução gradual da tosse, que Síndrome pós-parada cardíaca.
pode ter momentos de piora em casos de nova infecção respiratória Fisiopatologia da lesão por isquemia e reperfusão:
nesse período. PCR -> isquemia -> alteração da integridade e função mitocondrial
- Diagnóstico: -XreperfusãoX- lesão mitocondrial -> aumento da [ ] de radicais livres de
- Cultura ou PCR + para B. pertussis O2 -> inflamação celular (neurônios) -> edema cerebral (componente
- Caso suspeito com história de contato com caso confirmado. importante e mais grave da SPPC) - (se persistente) -> aumento da PIC ->
- Clínicos: independente do estado vacinal, pct < 6 meses com tosse há herniação -> compressão bulbar -> PCR.
10 dias ou mais de 6 meses com tosse há mais de 14 dias + tosse
paroxística OU guincho inspiratŕio OU vômitos pós-tosse OU cianose Outros componentes:
OU apneia OU engasgo OU apenas tosse e história de contato com Cardíacos: hipocinesia global + FE reduzida;
caso suspeito ou confirmado laboratorialmente. Infeccioso: translocação bac. para circulação decorrente da perda da
- Exames: hemograma com hiperleucocitose (> 20.000) e linfocitose integridade do tecido intestinal.
acima de 10.000 / radiografia de tórax com infiltrado peri-hilar (coração Lesão adrenal por isquemia: insuficiência adrenal relativa, podendo ser
felpudo). mais uma causa de deterioração clínica.
- Tratamento: Antimicrobianos: primeira escolha → azitromicina; segunda ____________________________________________________________
opção → claritromicina; terceira opção → eritromicina (não usar em Crupe
menores de 1 mês de vida, por associação com estenose de piloro).
- Em caso de contraindicação a macrolídeo → Etiologia:
Sulfametoxazol-trimetoprim. − Vírus parainfluenza (75%).
- Se houver complicação bacteriana, suspender o macrolídeo e começar − Outros: Adenovírus, Vírus Sincicial Respiratório, Influenza (incomum).
esquema mais adequado para a infecção.
OBS.: Também pode ser causada por bactéria M. pneumoniae ou evoluir Tratamento:
com infecção bacteriana secundária, principalmente por S. aureus e S. − Admissão em UTI + definição de via aérea (maioria dos casos);
pneumoniae. − Antibioticoterapia venosa: cefalosporina de 3ª geração.

Quadro clínico:
− Estridor inspiratório, comumente noturno:
✓ Leve (mais comum): Desencadeado com o choro ou esforço.
✓ Em repouso (mais grave).
− Pródromos gripais há 2 à 3 dias (o que não acontece na epiglotite):
rinorreia, faringite, tosse leve e febre baixa;
− Tosse metálica/ladrante: “tosse de cachorro”;
− Afonia e rouquidão;
− Febre (pode - ou não - estar presente); − Sintomas tipicamente pioram à
noite.

Diag Diferenciais:
- Epiglotite aguda: rápida e grave.
- Laringite estridulosa (crupe espasmótico) - não infeccioso, quadros
leves e recorrêntes.
- Traqueíte bacteriana / laringotraqueíte: Etiologia: S. aureus, S.
pneumoniae, H. influenzae; GRAVE!Rara…; secreção purulenta e
formação de pseudomembranas na traqueia.
História clínica:
− Piora clínica de uma laringite viral / febre alta e toxemia;
− Infecção primária com início agudo dos sintomas (estridor, tosse rouca +
febre e toxemia) ou infecção secundária com piora clínica significativa de
um quadro prévio de laringotraqueíte viral.

Diagnóstico:
− O exame endoscópico (laringoscopia ou broncoscopia) define o
diagnóstico e contribui para remoção da secreção purulenta e
*Moderado - se melhora depois da observação: ALTA hospitalar com
pseudomembranas.
reavaliação marcada.

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