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Leptospirose
Transmissão pelo contato com urina de roedores, água ou lama
contaminadas, pode se dar por via inalatória e pele íntegra
Período de incubação (4-30 dias, média de 7) fase leptospirêmica (3-5
dias): inespecífica 80% evolui para cura e 20% evolui para fase
imunológica ou síndrome de Weil
Diagnóstico
Exames iniciais
Hemograma
Ureia, creatinina, BT e frações, TGO, TGP, GGT, FA, CPK, Na+ e K+
Radiografia de tórax, ECG e gasometria arterial, se necessário
Alterações comuns
K+ normal ou com IRA
CPK
Transaminases normais ou de 3-5x LSN (não mais que 500)
Sorologia ELISA
Sorologia antes de 7 dias não descarta caso suspeito
Detecta anticorpo e não antígeno
Se titulação > 1:800 (muito alto para ser platô)
Comparação de 2 titulações, com intervalo de 2
semanas e 4x da titulação
PCR
< 7 dias: sangue
> 7 dias: urina
Tratamento
Fase precoce
Amoxicilina 500mg 8/8h 5-7 dias
Doxiciclina 100mg 12/12h 5-7 dias
Fase tardia
Ceftriaxona 1-2g 24/24h
Prevenção
Doxiciclina 200mg/semana (pós exposição, não indicada em casos de
exposição única)
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Febre amarela
Transmitida pela picada do mosquito Aedes (cidade) e Haemagogus
(mata), região amazônica
Picada do mosquito incubação de 3-5 dias período de infecção (3-5
dias) 85% evoluem para cura e 15% para o período toxêmico após 24-
48h dos sintomas
Sintomas
Febre, mal estar, náuseas e vômitos, mialgia, cefaleia, sinal de Faget
(distensão hepática leva a compressão vagal, levando a bradicardia
durante febre alta)
Período toxêmico ocorre uma falência hepática aguda
Clínica: rebaixamento do nível de consciência, sangramento do TGI,
icterícia (e sinais de falência hepática)
Repercussões
Transaminases > 1000
Alargamento de coagulograma
Aumento de BD
Plaquetopenia
CIVD
NTA
Miocardite
Leucopenia com linfocitose (linfócitos > 35%)
Tratamento
De suporte
Se necessário, transplante hepático
Malária
Falciparum: 3% das malárias em território nacional, causa malária grave,
tem maior parasitemia e preferência por tecido neurológico
Atinge reticulócitos, hemólise de maior gravidade
Artesunato + mefloquina 3 dias + primaquina DU
Vivax: presença de hipnozoítas
Cloroquina 3 dias + primaquina 7 dias
Recorrência: primaquina 14 dias
Primaquina não pode ser dada a pessoas com deficiência de G6PD devido
indução de hemólise
Ciclo
Picada do mosquito anófeles e ocorre a inoculação de esporozoítos
Ocorre 1ª esquizontia nos hepatócitos, onde permanecerão os
hipnozoítas
Rompe hepatócitos e libera merozoítos que vão infectar as hemácias e
liberar novos esquizontes – momento que ocorre febre, mal estar,
calafrios e sudorese
Malária grave
Falciparum
Alta parasitemia (3 cruzes)
Gestantes
SARA
Cr > 1,5
BIC < 15
Hipoglicemias recorrentes
Ht > 21%
Plaq < 40.000
RNC/ convulsão
Hipotensão, hemorragia ou CIVD
Diagnóstico
Gota espessa
Teste rápido imunocromatográfico – ruim para Vivax
Controle de cura
P. falciparum – em 3, 7, 14, 21, 28, e 42 dias
P. vivax ou mista – em 3, 7, 14, 21, 28, 42 e 63 dias
Febre maculosa
Rickettsia rickettsii
Incubação: 7 dias
Carrapato estrela (contato 4-6h)
Amblyoma aureolatum: mais comum em SP, A. sculptum: sudeste
Fisiopatologia
Disseminação hematogênica com invasão de céls endoteliais
Quadro inespecífico inicial
Exantema inicia em punhos e tornozelos e dissemina de forma centrípeta
Diagnóstico
Imuno-histoquímica
Positiva para antígenos
PCR
Em casos fatais
Tratamento: doxiciclina
Lyme
Transmitida pelo carrapato
Borrelia burgdorferi
Lesão típica: eritema migratório, em alvo
Alvo expande lentamente, círculos vermelhos
concêntricos e áreas esbranquiçadas