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GRUPO 8
Marina Merisia
Marwin Vilela
Matheus Toledo
Escola Paulista de Medicina
Universidade Federal de São Paulo
DISCUSSÃO
INTRODUÇÃO
CASOS CLÍNICO 1 E 2
CASOS CLÍNICO 3 E 4
CASO CLÍNICO 5
INTRODUÇÃO
O QUE SÃO AS FEBRES HEMORRÁGICAS?
AS FEBRES HEMORRÁGICAS SÃO PROVOCADAS, GERALMENTE, POR VÍRUS. ELAS
Doença : FH do Congo e da
Criméia
Hantavírus (FH e síndrome renal) pulmonar e cardiovascular por
hantavírus.
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
SÍNDROMES FEBRIS HEMORRÁGICAS
HEPATITE VIRAL
FEBRE TIFOIDE
MALÁRIA
LEPTOSPIROSE
SEPTICEMIA SHU
Casos
Clínicos 1 e 2
Caso clínico 1
Mulher, 25 anos, engenheira agrícola, admitida no hospital em 12/01/1990, 12 dias após iniciar
quadro clínico de febre, cefaléia, mialgia, náuseas, vômitos e fraqueza.
Antecedentes inexpressivos.
Trabalhava predominantemente em escritório, não saiu de São Paulo nos dois meses
antecedentes ao quadro, porém nos 10 dias anteriores visitou duas cidades diferentes para
reuniões com familiares nas festas de final de ano, dos quais todos ficaram saudáveis.
Referia atraso menstrual de mais de um mês. Procurou inicialmente o PS, após 3 dias do início
do quadro e foi medicada como uma virose aguda, sentindo-se melhor por 24-28 horas.
Contudo, após o terceiro dia voltou a apresentar sintomas, mais intensos e retornou ao
hospital, sendo agora medicada com anti-inflamatórios e antibióticos e dispensada
novamente. No sétimo dia retorna ao hospital sentindo-se muito doente. Ao exame
apresentava-se agudamente doente, sonolenta, moderadamente desidratada com
hiperemia importante na orofaringe.
Caso clínico 1
Mulher, 25 anos, engenheira agrícola, admitida no hospital em 12/01/1990, 12 dias após iniciar
quadro clínico de febre, cefaléia, mialgia, náuseas, vômitos e fraqueza.
Antecedentes inexpressivos.
Trabalhava predominantemente em escritório, não saiu de São Paulo nos dois meses
antecedentes ao quadro, porém nos 10 dias anteriores visitou duas cidades diferentes para
reuniões com familiares nas festas de final de ano, dos quais todos ficaram saudáveis.
Referia atraso menstrual de mais de um mês. Procurou inicialmente o PS, após 3 dias do início
do quadro e foi medicada como uma virose aguda, sentindo-se melhor por 24-28 horas.
Contudo, após o terceiro dia voltou a apresentar sintomas, mais intensos e retornou ao
hospital, sendo agora medicada com anti-inflamatórios e antibióticos e dispensada
novamente. No sétimo dia retorna ao hospital sentindo-se muito doente. Ao exame
apresentava-se agudamente doente, sonolenta, moderadamente desidratada com
hiperemia importante na orofaringe.
Caso clínico 1
Os achados laboratoriais indicavam leucopenia e transaminases ligeiramente aumentadas.
Os diagnósticos diferenciais incluíram sepsis por abortamento infectado, leptospirose,
malaria, hepatite viral aguda, dengue e febre amarela.
Tratada com reposição de fluidos, eletrólitos, cefoxitina (1gr EV 6/6 hs) e amicacina (500 mg
EV 12/12).
Após internada, apresentou piora progressiva, evoluindo com hematêmese, sangramento
vaginal, petéquias e sufusões conjuntivais. Desenvolveu insuficiência renal e
hepática, sonolência progressiva, tremores e convulsões tônico-clônicas generalizadas. No
terceiro dia entrou em coma, com choque irresponsivo e morte no quarto dia de internação.
Caso clínico 1
Os achados laboratoriais indicavam leucopenia e transaminases ligeiramente aumentadas.
Os diagnósticos diferenciais incluíram sepsis por abortamento infectado, leptospirose,
malaria, hepatite viral aguda, dengue e febre amarela.
Tratada com reposição de fluidos, eletrólitos, cefoxitina (1gr EV 6/6 hs) e amicacina (500 mg
EV 12/12).
Após internada, apresentou piora progressiva, evoluindo com hematêmese, sangramento
vaginal, petéquias e sufusões conjuntivais. Desenvolveu insuficiência renal e
hepática, sonolência progressiva, tremores e convulsões tônico-clônicas generalizadas. No
terceiro dia entrou em coma, com choque irresponsivo e morte no quarto dia de internação.
Principais Achados Laboratoriais
Admissão Dia 3 Dia 4 Referência
14,7 17 11-13
Malária
Dengue
Leptospirose
Febre Amarela
Abortamento séptico
Hepatite viral Aguda
Febre Hemorrágica por arena vírus
Exames inespecíficos e diagnóstico
Admissão Dia 3 Dia 4 Referência
14,7 17 11-13
AST (U/L)
96 3230 3180 0-35
aspartato aminotransferase
ALT (U/L)
35 770 820 0,35
alanina aminotransferase
Abortamento Séptico Calafrios, febres, secreção vaginal, sangramento vaginal, dilatação cervical
Abortamento Séptico Calafrios, febres, secreção vaginal, sangramento vaginal, dilatação cervical
Diagnóstico:
imuno-histoquímica e identificado um novo vírus do grupo Arenavírus
Nova descoberta 1990
Arenavírus
O novo vírus foi isolado no Brasil em 1990 com um caso fatal de febre
hemorrágica. Inicialmente com hipótese de Febre Amarela.
Posterior a isso, em ensaios imunológicos no EUA voi identificado que o vírus
pertence a uma nova espécie de arenavírus, chamado de vírus Sabiá
Coimbra, T. L. ., Nassar, E. ., de Souza, L. T. ., Ferreira, I. ., Rocco, I. ., Burattini, M. ., … Jahrling, P. . (1994). New arenavirus isolated in
Brazil. The Lancet, 343(8894), 391–392. doi:10.1016/s0140-6736(94)91226-2
Arenavírus
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/arenavirus
Fisiopatologia
Multiplicação viral nos tecidos linfoides (baço, linfonodos, pulmões, fígado e macrófagos
teciduais ou monócitos);
115 dias manifestações hemorrágicas: ativação macrofágica intensa -> elevação das
citocinas pró-inflamatórias
Manifestações hemorrágicas:
- Alteração nos fatores de coagulação (hemoglobina, plaquetas, fibrinogênio)
- Trombocitopenia (medula óssea produz quantidades insuficientes de plaquetas ou quando
plaquetas são destruídas ou se acumulam dentro do baço aumentado)
- Lesão nas células endoteliais, mediadas por citocinas inflamatórias
Enria DA, Barrera Oro JG. Junin virus vaccines. Current Topics in Microbiology and Imunology 263:239-261-2002.
Diagnóstico
Teste de ELISA;
Coimbra, T. L. ., Nassar, E. ., de Souza, L. T. ., Ferreira, I. ., Rocco, I. ., Burattini, M. ., … Jahrling, P. . (1994). New arenavirus isolated in
Brazil. The Lancet, 343(8894), 391–392. doi:10.1016/s0140-6736(94)91226-2
Tratamento
Em febre causada pelo gênero Lassa foi usado Ribavirina; usado de forma
intravenosa, nas doses de 30mg/kg de 6/6h, por 6 dias, 15mg/kg de 6/6h, por 4
dias e 8mg/kg de 8/8h, por 6 dias.
https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/CVbB7N9wqftsjFLsWrRCMmc/?lang=pt
Caso Clínico
3
Homem, 75 anos, empresário. Procedente do Guarujá.
Iniciou quadro febril agudo com mal-estar geral, cefaleia, dor abdominal, náuseas e vômitos,
5 dias após retorno a São Paulo.
Piora do estado geral com muita moleza e inapetência. Internado com diagnóstico de
broncopneumonia. Evoluiu com agravamento rápido do quadro em 24-48 horas.
Iniciou quadro febril agudo com mal-estar geral, cefaleia, dor abdominal, náuseas e vômitos,
5 dias após retorno a São Paulo.
Piora do estado geral com muita moleza e inapetência. Internado com diagnóstico de
broncopneumonia. Evoluiu com agravamento rápido do quadro em 24-48 horas.
Hipóteses diagnósticas
- Malária grave
- Leptospirose
- Febre Amarela
- Dengue
- Riquetsioses
- Hantavirose
Sinais e sintomas:
Febre (normalmente periódica), calafrios, sudorese, diarreia,
Malária grave dor abdominal, anemia hemolítica, esplenomegalia,
anormalidades renais, confusão mental.
EXTRAVASAMENTO DE
TENDÊNCIAS HEMORRÁGICAS PLASMA
Prova do laço positiva Hematócrito com aumento de 20% sobre
Petéquias o basal na admissão ou queda do
Equimoses ou púrpuras hematócrito em 20% após tratamento ou
Sangramento de mucosas, TGI e outros presença de derrame pleural, ascite e
hipoproteinemia
Prova do laço
https://ww10.ceara.gov.br/2020/01/20/no-combate-a-arboviroses-profissionais-devem-estar-
atentos-ao-uso-da-prova-do-laco/
Qual associação da dengue com a
colecistite?
A colecistite alitiásica é uma apresentação atípica da dengue, que pode ser
diagnosticada através de dados clínicos, de imagem e de laboratórios.
O ultrassom é o exame de imagem mais utilizado para o diagnóstico.
Conduta do grupo
Conduta do grupo
Conduta do grupo
Internação por, no mínimo, 48h.
Clínica do grupo Reposição volêmica: fase de expansão imediata 20
Grupo A, com presença de ml/kg/h em 2h (IV), com soro fisiológico ou ringer lactato.
algum sinal de alarme, Reavaliação em 2h. Repetir fase de expansão até 3x se não
manifestações hemorrágicas houver melhora do hematócrito ou sinais hemodinâmico
presentes ou ausentes Se resposta inadequada após 3x: conduzir grupo D
Se melhora: iniciar fase de manutenção:
1º: 25 ml/kg em 6h. Se melhora:
2º: 25 ml/kg em 8h, sendo 1/3 com soro fisiológico e 2/3
com soro glicosado
Tratamento
Grupo D
Conduta do grupo
https://www.potim.sp.gov.br/dengue-sintomas-causas-tratamento-e-prevencao/
Caso Clínico
4
Homem, 69 anos, médico. Procedente do Amazonas, onde passou 2-3 semanas em atividades
em comunidades ribeirinhas do Rio Negro.
Iniciou quadro febril agudo (38ºC) com mal-estar geral, cefaleia, mialgia, dor abdominal,
náuseas e vômitos, 4 dias após retorno a São Paulo.
Procurou auxílio médico e foi medicado com sintomáticos. Evoluiu com melhora por
aproximadamente 48 horas, seguindo-se agravamento do quadro, com intensificação dos
sintomas apresentados anteriormente e temperatura de 39-40ºC, hipotensão, icterícia, oligúria,
petéquias e equimoses conjuntivais.
Alterações laboratoriais mostravam aumento de AST e ALT, bilirrubinas totais e direta, aumento
da creatinina, leucopenia e plaquetopenia.
Evoluiu com doença grave, necessitando internação em UTI por aproximadamente 10 dias.
Tratado com reposição hidroeletrolítica, sintomáticos, antibióticos e medidas de suporte geral de
UTI.
Recuperou-se com alta hospitalar após 24 dias de internação
Homem, 69 anos, médico. Procedente do Amazonas, onde passou 2-3 semanas em atividades
em comunidades ribeirinhas do Rio Negro.
Iniciou quadro febril agudo (38ºC) com mal-estar geral, cefaleia, mialgia, dor abdominal,
náuseas e vômitos, 4 dias após retorno a São Paulo.
Procurou auxílio médico e foi medicado com sintomáticos. Evoluiu com melhora por
aproximadamente 48 horas, seguindo-se agravamento do quadro, com intensificação dos
sintomas apresentados anteriormente e temperatura de 39-40ºC, hipotensão, icterícia, oligúria,
petéquias e equimoses conjuntivais.
Alterações laboratoriais mostravam aumento de AST e ALT, bilirrubinas totais e direta, aumento
da creatinina, leucopenia e plaquetopenia.
Evoluiu com doença grave, necessitando internação em UTI por aproximadamente 10 dias.
Tratado com reposição hidroeletrolítica, sintomáticos, antibióticos e medidas de suporte geral de
UTI.
Recuperou-se com alta hospitalar após 24 dias de internação
Hipóteses diagnósticas:
Sinais e sintomas:
Febre (normalmente periódica), calafrios, sudorese, diarreia, dor
Malária grave abdominal, anemia hemolítica, esplenomegalia, anormalidades
renais, confusão mental.
https://moodle.unasus.gov.br/vitrine29/pluginfile.php/8950/mod_resource/content/3/
ebook/24.html
Fisiopatologia
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/guias-
e-manuais/2020/manual_manejo_febre_amarela_3dez20_isbn.pdf
Sinais e sintomas e alterações
laboratoriais
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/febre_amarela_guia_profissionais_saude.pdf
Diagnóstico inespecífico
AUMENTO DE:
TRANSAMINASES,
LEUCOPENIA COM
BILIRRUBINAS, COLESTEROL,
NEUTROFILIA
FOSFATASE ALCALINA, UREIA,
CREATININA
Diagnóstico específico
Administração de síntomáticos,
repouso,
com reposição de líquidos e
perdas sanguíneas, se houver.
Profilaxia: Vacina
5
IDENTIFICAÇÃO: MULHER, 14 ANOS, NEGRA, NATURAL DE BENGUELA,
calafrios, dor de cabeça, dor nas costas, mialgia, náuseas, vômitos e astenia.
Forma grave: icterícia, hematêmese e oligúria.
Dengue
Febre elevada de, no máximo, 7 dias, mialgia intensa, dor retro-orbitária, artralgia,
Leptospirose
Febre, calafrios, mialgia intensa (panturrilha), cefaleia que pode acompanhar dor
febre alta; mialgia; dores de cabeça; mal-estar geral; falta de apetite; retardamento
de ventre ou diarreia.
Marburg vírus
Hepatite viral
Sintomas:
Acesso malárico: calafrios, febre
MALÁRIA alta e sudorese, cefaleia, mialgia,
náuseas e vômitos.
enzimas hepáticas.
*Sinais de edema pulmonar
PRINCIPAL HIPÓTESE DIAGNÓSTICA
Malária complicada
acidose metabólica,
insuficiência renal,
persistentes, sangramento,
hiperlactatemia, hiperparasitemia.
dispneia, cianose, taquicardia,
convulsão/desorientação,
prostração, comorbidades
descompensadas.
CICLO
MALÁRIA
DIAGNÓSTICO ESPECÍFICO
EXAME DE GOTA ESPESSA
Padrão ouro.
Simples, eficaz de diagnóstico e
de baixo custo.
Coleta de sangue periférico.
Visualização do parasita através
de microscopia ótica.
Coloração pelo método de
Walker ou Giemsa.
Permite distinguir espécie e
Plasmodium falciparum
quantificar parasitemia. Trofozoítas:incontáveis
COMO SEI
QUAL A ESPÉCIE?
a partir da:
Fonte: Sivep-Malária e Sinan/SVS/MS. Excluídas lâminas de verificação de cura. Dados do Sivep-Malária atualizados em: 14/3/2022. Dados do Sinan atualizados em: 10/3/2022.
*Dados de 2021 são preliminares, sujeitos a alterações.
DIAGNÓSTICO ESPECÍFICO
ESFREGAÇO SANGUÍNEO
plasmódios.
gota espessa.
DIAGNÓSTICO ESPECÍFICO
Métodos sorológicos TDR (rápido)
após a cura.
Voltando ao caso....
Anemia progredindo
Congestão pulmonar
Insuficiência renal
TRATAMENTO
Objetivos do tratamento da malária
(gametócitos).
TRATAMENTO
Guia prático de tratamento
da malária no Brasil - Ministério da saúde
Guia prático de tratamento
da malária no Brasil - Ministério da saúde
Tratamento e Evolução
A paciente foi tratada com reposição hidroeletrolítica, sintomáticos e artesunato
falciparum. A imunização ocorre com a
REFERÊNCIAS
New arenavirus isolated in Brazil. Coimbra, TLM; Nassar, ES; Burattini, MN; et. al. Lancet. 1994; 343(8894):
391–392.
https://www.mdsaude.com/exames-complementares/hemograma/ [acesso em 14/08/22]
Infectologia – Bases Clínicas e Tratamento. Ed. Prof. Reinaldo Salomão. Manole, 2017.
Febres Hemorrágicas por Vírus no Brasil. Figueiredo, LT M. RSBMT. 2006; 39(2): 203–210.
ello Malta F et al. Sabiá Virus-Like Mammarenavirus in Patient with Fatal Hemorrhagic Fever, Brazil, 2020.
Emerg Infect Dis. 2020;26(6):1332-1334.
Litvoc MN, Novaes CTG, Lopes MIBF. Yellow fever. Rev Assoc Médica Bras. fevereiro de 2018;64(2):106–13.
Souza LJ, Zagne SMO, Araújo PG, Zagne LO, Maciel NS, Araujo NF. Colecistite alitiásica por dengue: relato de
casos. Rev Bras Clin Med. 2009; 7:56-9.
Zekar L, Sharman T. Plasmodium Falciparum Malaria. [Updated 2021 Aug 11]. In: StatPearls [Internet].
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK555962/
Guia de tratamento da malária no Brasil. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Brasil. 2020. Secretaria de Vigilância em
Saúde,
Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_tratamento_malaria_brasil.pdf
OBRIGADA