Você está na página 1de 16

RESUMO – SAÚDE DA CRIANÇA

Doenças Respiratórias:
• As infecções respiratórias agudas (IRA) são doenças que
acometem qualquer segmento do trato respiratório no período
de até 7 dias. 25% de mortes em países em desenvolvimento;

• 2 a 3% de IRA evoluem para a infecção do parênquima


pulmonar, sendo 10 – 20% evoluem para o óbito;

• Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) → principal IRA


do parênquima pulmonar.

TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR: Otite, Amigdalites, Faringite e


Laringite, Epiglotite, Rino sinusite, Resfriado Comum, Síndrome Gripal
(Gripe): Influenza A, B e C., Covid-19.
PREVENÇÃO:
• Evitar locais aglomerados;
• Evitar contato na escola durante o período gripal;
• Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel;
• Imunização;
• Aleitamento Materno

TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR:


• Bronquite: Inflamação dos brônquios com edema e aumento de
muco; Sintomas: tosse, sibilância (chiado no peito) e excesso de
muco (broncoconstrição).
- Caracterizada por sinais semelhantes ao da asma, porém de
ordem aguda. Geralmente mais prevalente antes dos 2 anos de
idade.
Tratamento: tratar sintomas (analgésico/antitérmico),
broncodilatadores, antibióticos, hidratação.

• Bronquiolite: Processo infeccioso viral ou bacteriano, sendo 60%


pelo vírus Respiratório Sincicial, que acomete os bronquíolos
terminais. Os mais acometidos são os bebês antes dos 2 anos de
idade, cardíacos e prematuros.
Sinais e sintomas: obstrução nasal, coriza e tosse, chiado,
taquipnéia, dispnéia, tiragens, batimento de acha de nariz,
roncos/creptações e/ou sibilos à ausculta, baixa saturação.
Tratamento: desobstrução de VAS através da Lavagem nasal com
soro fisiológico e aspiração (boca e nariz), hidratar, manter
aleitamento materno, controle de febre com Antitérmicos.,
nebulizações. Hospitalização para os mais acometidos,
monitorização e oferta de O2 se sat menor que 92%;

• Asma: Processo inflamatório crônico das vias aéreas inferiores,


resultando em broncoconstricção, edema das vias aéreas
inferiores, aumento dos movimentos ciliares e de muco.
Causa Multifatorial: alergia a ácaros, poeira e pelos de animais;
fumaça de cigarro, pólen; medicamentos; ar frio e seco;
microaspiração (refluxo gastroesofágico) e infecções virais.
Manifestações Clínicas:
-Graus leves, moderados ou graves;
-Tosse; dispnéia; respiração forçada / uso da musculatura
acessória, sibilância/chiado; ansiedade; taquicardia; cianose,
palidez e sudorese; queda de saturação; fala entrecortada;
alteração do nível de consciência( confusão, sonolência, irritação).
-À ausculta : sibilos ou murmúrios reduzidos ou abolidos
bilateralmente;
-À percussão hiperressonância bilateral.
DIAGNÓSTICO: clínico e espirometria.
TRATAMENTO: controle dos agentes causadores com mudança
de hábitos, broncodilatadores, corticóides, oxigenoterapia
(CATETER DE BAIXO FLUXO: cateter nasal – fio2: 30 – 40 %;
sendo contraindicado fluxo maior que 3l /minuto em crianças,
devido ressecamento da via aérea. __ CATETER DE ALTO
FLUXO: máscara não reinalante 100% máscara de venturi 24 –
50%) , gasometria arterial nos casos mais graves.

• Pneumonia: Processo inflamatório, geralmente infeccioso,


envolvendo o parênquima pulmonar (brônquios, bronquíolos e
alvéolos): Vírus Sincicial Respiratório (VSR)- principal agente
causador da bronquiolite
OBS: Quanto MENOR a idade da criança, MAIOR a chance de
ocorrer a doença de origem viral.
• Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) → principal IRA do
parênquima pulmonar, com presença de sinais e sintomas em
crianças previamente saudáveis, devido a uma infecção contraída
fora do hospital.
Obs.: Streptococcus pneumoniae ou pneumococo é o
PRINCIPAL agente bacteriano pela PAC; Streptococcus
pneumoniae ou pneumococo é o PRINCIPAL agente bacteriano
pela PAC.
PRINCIPAIS SINTOMAS: Febre, tosse e esforço respiratório (tiragem
intercostal e subcostal, batimento de asa de nariz) ,Dor abdominal
quando há envolvimento dos lobos inferiores ( crianças maiores);
Macicez à percussão; Roncos ou creptações, múrmurios vesiculares
diminuídos e/ou abolidos à ausculta; Raramente ocorre sibilância.
SINAIS DE GRAVIDADE E NECESSIDADE DE INTERNAÇÃO:
▪Sat O2 < 92%,
▪Abolição do murmúrio vesicular,
▪ Derrame pleural;
▪ Empiema,
▪ Desnutrição grave e recusa alimentar;
▪ Rebaixamento do nível de consciência.

PNEUMONIA X COMPLICAÇÕES: É quando evolui de forma grave,


apesar do uso de antibióticos, com as seguintes complicações:
• Derrame Pleural Parapneumônico (DPP):
Sintomas inespecíficos: mal-estar, letargia e febre, seguido de tosse e
taquipneia (mais comum) Dispnéia progressiva conforme o derrame
aumenta. Dor pleurítica Melhora em decúbito para o lado afetado
Exame físico: MV ↓, Estertores, atrito pleural e macicez a percussão.
• Pneumonia Necrotizante: Consolidação com necrose no estágio inicial;
▪ Necrose progride para cavitação (pneumatocele);
• Abcesso Pulmonar: Se dá a partir das cavitações devido a necrose de
algumas aréas do parênquima pulmonar preenchida por pus.
COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS: Complicações sistêmicas: Sepse
(infecção generalizada disseminada pela corrente sanguínea.) e choque
séptico; falência de múltiplos órgãos, coagulação intravascular
disseminada e óbito.
SEPSE: É um estado em que pode ocorrer uma incapacidade do sistema
circulatório em fornecer fluxo sanguíneo adequado para atender às
necessidades metabólicas dos tecidos e órgãos vitais (oxigênio e
nutrientes), causada por exacerbação da resposta inflamatória sistêmica
(vasodilatação, aumento da permeabilidade dos vasos e acúmulo de
leucócitos), que resulta em incapacidade de manter a pressão arterial e
consequentemente diminuição na perfusão sanguínea para os órgãos
vitais.

Obs. Ficar alerta a sinais de hipoperfusão.

EM CASO DE : Exames de imagem: Radiografia de tórax: PA e


Perfil. Ultrassonografia ou tomografia de tórax. Na suspeita de
derrame pleural - radiografia laurell (decúbito lateral):
-Toracocentese: punção
-Toracotomia: dreno pleural
- Ressecção pulmonar
-Antibioticoterapia se infecção bacteriana; analgésicos e
antitérmicos para dor e controle de febre, respectivamente;
-Antieméticos para vômitos;
Suporte ventilatório.

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM:
NIC:
NOC:

RESPIRAÇÃO: Avaliar com a criança em repouso ou dormindo, durante


1 minuto; considerar spo2;
Recém-nascido: 40 – 60rpm
Lactente: 30 – 40rpm
1 ano: 25 – 30rpm
2 a 6 anos: 20 – 25rpm
6 a 10 anos: 20rpm.

Choque:
• Atentar a sinais de choque/ hipoperfusão.
FASES:
Choque compensado: Mecanismos Compensatórios (fase inicial):
SINAIS INICAIS:
 Vasoconstricção periférica (contração dos vasos sanguíneos de
alguns órgãos não vitais e tecidos, como: a pele, os rins, o
intestino e os músculos, redirecionando o fluxo sanguíneo para
os órgãos vitais como o cérebro e o coração.)
 Taquicardia (buscando manter o débito cardíaco).
 Débito urinário diminuído;
 Pressão Arterial normal;
 Leve alteração neurológica.
Obs: Mecanismo para direcionar o fluxo sanguíneo para os orgãos
vitais: coração e cérebro.
• Oligúria ou anúria: Sistema Renina, angiotensina, aldosterona:
A queda do fluxo sanguíneo renalaumento na produção e
liberação da enzima renina nos néfrons enzima que ativa o
Angiotensinogênio inativado no fígado em angiotensina I cai no
sangue, ao chegar nos pulmões sofre a ação da ECA (Enzima
Conversora da Angiotensina I em angiotensina II) hormônio
vasoconstritor potente, fará vasoconstricção na arteríola aferente
diminuindo a filtração , e ainda aumentando a liberação de
aldosterona hormônio, responsável pela eliminação de potássio
(K+)e retenção de sódio (Nacl).
CHOQUE DESCOMPENSADO OU HIPOATIV (FASE TARDIA): É
quando os mecanismos compensatórios de manter o débito cardíaco e
perfusão cerebral perdem a eficácia.
SINAIS TARDIO do choque: Hipotensão (pode sinalizar uma PCR
imediata) e alterações neurológicas.
CHOQUE REFRATÁRIO:
Reposição de volume: após 3 infusões (60ml/kg) reavaliar possível
perda de fluídos contínuos (ex: hemorragias internas) ou necessidade de
alterar o tipo de reposição. (ex: necessidade de colóides/sangue ou
drogas vasoativas).

TIPOS DE CHOQUE:
HIPOVOLÊMICO: hipoperfusão tecidual (suprimento inadequado de
sangue) por hipovolemia (diminuição do volume sanguíneo) por: vômito,
diarréia, desidratação grave, hemorragias (interna ou externa), Sepse e
queimaduras: perdas de plasma do espaço intravascular para o espaço
intersticial.
 Sinais: taquicardia, taquipnéia, pulsos finos ou ausentes, perfusão
periférica /cerebral/renal diminuída, hipotensão.
Volume médio de sangue:
 Crianças de 75ml/kg a 80ml/kg.
 Recém-nascidos 85 ml / kg.
 Prematuros é de 95 ml / kg.

CARDIOGÊNICO: hipoperfusão tecidual por disfunção miocárdica.


(inflamação no músculo do coração).
Inclui: cardiopatia congênita, miocardite aguda.
 SINAIS: sinais de hipoperfusão, sinais de ICC (turgência de
veias jugulares, hepatomegalia, edema pulmonar) e sinais
de edema pulmonar (pele fria e pegajosa, taquipnéia,esforço
respiratório e crepitações a ausculta);
Exames de imagem: Radiografia de toráx: cardiomegalia
(“coração grande”) e congestão pulmonar.
DISTRIBUTIVO (SÉPTICO, ANAFILÁTICO E NEUROGÊNICO):
Hipoperfusão tecidual por distribuição inadequada do fluxo sanguíneo,
com vasodilatação severa, ocorrendo perda de volume (plasma) do
espaço intravascular para intersticial. Subdividido: Séptico, neurogênico
ou anafilático.
Fase inicial: choque quente (vasodilatação), pulsos cheios,
extremidades quentes e hipercoradas, pressão normal ou diminuída.
Fase secundária (vasoconstrição), pulsos finos, extremidades frias e
cianóticas, hipotensão.
Obs. Ambos apresentaram os sinais de hipoperfusão taquipneia,
taquicardia, débito urinário diminuído.
 SÉPTICO:
Etiologia: infecciosa, por processo inflamatório, resultando na
vasodilatação e danos ao endotélio, consequentemente maior
permeabilidade capilar; Coagulação Intravascular Disseminada (CID),
resultando em maior consumo das plaquetas e fatores de coagulação,
além da liberação de fibrina formando microtrombos.
 SINAIS: Petéquias, hipertermia ou hipotermia, leucocitose; fase
inicial e secundária.
 ANAFILÁTICO:
Em resposta alérgica multissistêmica aguda, causada por uma reação
severa a um fármaco, vacina, alimento, toxina, planta, veneno ou outro
antígeno, geralmente com início de 5 a 10 minutos após a exposição.
SINAIS:
 Hipoperfusão;
 Ansiedade e agitação;
 Urticária;
 Angioedema (rosto, lábios , língua, vias aéreas, mãos, pés);
 Desconforto respiratório com estridor ou sibilo.
 OBSTRUTIVO:
Hipoperfusão por obstrução do fluxo sanguíneo.
Inclui: PNEUMOTÓRAX (entrada de ar dentro da pleura),
TAMPONAMENTO CARDÍACO (acúmulo de líquido entre as duas
membranas do pericárdio) E EMBOLIA PULMONAR (obstrução de
uma ou mais artérias do pulmão).
 COMO IDENTIFICAR PNEUMOTÓRAX:

TRATAMENTO (GERAL):
 Posicionamento: MMIIS elevados (hipotensão); exceto nos casos
que houver desconforto respiratório significante, ou suspeita de
ICC. No choque neurogênico manter alinhamento da coluna,
decúbito em bloco.
 MONITORIZAÇÃO: contínua em sala de emergência ou UTI (FC,
respiração, pressão arterial, débito urinário, nível de consciência).
 Aporte de O2: 100%.
 Acesso Venoso: rápido e calibroso.
 Reposição de volume: Sf0.9% ou ringer lactato
 Drogas: drogas vasoativas, bicarbonato de sódio (acidose).
 Antibioticoterapia de amplo aspectro( se choque séptico).
 Exames laboratoriais: culturas, hemograma(leucócitos, plaquetas,
PCR), gasometria arterial, lactato, eletrolítos.
 Exames de Imagem: raio-x.

MONITORIZAÇÃO
 Oximetria de pulso (saturação e pulso): considerar níveis de o2
(94% - 100%). Possíveis variáveis internas e externas, com
alterações de valores: dependendo da perfusão periférica,
temperatura corporal, posicionamento e tamanho do sensor, bom
funcionamento do sensor...
 Frequência cardíaca/ritmo: Posicionar eletrodos.
 Débito urinário (DU): através de SVD, identificando oligúria e
anúria.

FÓRMULA DU: volume ÷ peso ÷ horas

Obs. Volume normal: 1ml – 4ml/k/h

Oligúria: volume menor que 1ml/k/h

VIA AÉREA E VENTILAÇÃO


 Administrar 100% o2 a todas as crianças em choque.
 Ventilação mecânica: IOT.
 Máscara com reservatório: fornece até 100% o2.
 Oxi-hood: concentração de até 100% o2.

ACESSO VENOSO
RN: LACTENTE E CRIANÇAS:
1° opção: umbilical; 1° opção: periférica;
2° opção: periférico; 2° opção: intraóssea;
3° opção: intraóssea (Acesso rápido (30-60segundos) e calibroso.
 Indicado para todas as crianças;
 Acesso para curto prazo, até 24hs, sendo substituído por acesso
venoso central.
Contraindicações:
 Fraturas e lesões por esmagamento ósseo.
 Ossos frágeis (Ex: osteogênese imperfeita).
 Várias tentativas no mesmo osso.
Locais de punção: tíbia proximal, tíbia distal (acima do maléolo medial),
fêmur distal.

Obs. PICC é contraindicado devido a demora na punção e calibre


fino.
DROGAS VASOATIVAS
1. Adrenalina e Noradrenalina:
Vasoconstricção, aumenta contratilidade e FC.
Obs: a noradrenalina é mais indicada nos choque séptico “fase
quente”.
2. Dopamina:
-Vasoconstricção: altas doses ligando-se aos receptores alfa,
aumentando a resistência vascular, consequentemente aumento
da pressão arterial , da contração ventricular e da frequência
cardíaca.
-Vasodilatação: baixas doses ligando-se aos receptores dopa,
com diminuição da resistência vascular renal, melhorando o débito
urinário.
3. Dobutamina:
Aumento da contratilidade (força)cardíaca. Muito indicado no
choque cardiogênico
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM:
NIC:
NOC:

REANIMAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA PEDIÁTRICA:


-Os Hs: Os Ts:
- Hipovolemia - Tensão do tórax por pneumotórax
- Hipóxia - Tamponamento cardíaco
- Hidrogênio (acidose) - Toxinas
- Hipoglicemia - Trombose pulmonar
- Hipotermia - Trombose coronária
- Hipo/hipercalemia
SEQUÊNCIA:
1. A- Vias aéreas 2. C- Circulação
B- Respiração A- Vias aéreas.
C- Circulação B- Respiração.
D- Disfunção
E- Exposição

IMPRESSÃO INICIAL:
Avaliar local (seguro?), nível de consciência (não responde?
Letárgica? Irritável?); Respiração (não respira ou gaspings, bradipneia,
respira com esforço ou sons respiratórios anormais sem auscultação) e
Cor(cianose, palidez ou moteamento).
Obs. Usar primeira impressão para determinar o próximo passo.
 IMPRESSÃO INICIAL: local seguro → não responde, não respira
ou gaspings → chame ajuda/DEA
Obs. Checar pulso em no máximo 10 segundos: Braquial (bebês),
Carótida ou femoral (crianças).

 FC maior que 60bpm → VPP: 12 a 20 ventilação por minuto/ 1,2,3


ventila......1,2,3 ventila...→ Avaliação primária(A-B-C-D-E),
avaliação segundaria (SAMPLE) e testes diagnósticos: gasometria
arterial, lactato, radiografia, ECG, ECO. → Identificar → Intervir →
preparar para intervir na PCR → sem pulso ou FC: - 60BPM com
hipoperfusão → sequência C.A.B.
 Não responde, letárgico → avaliação 1°,2° e teste;
 Respira ident... inter...prep....PCR: seq. C.A.B
Tem pulso

Monitorização cardíaca
Oximetria de pulso
Fornece O2 suplementar em casos de SPO² <94%

INDICAÇÃO E DESCRIÇÃO DE CADA FASE

 FASE INICIAL

 A (VIAS AÉREAS): permeabilidade das vias aéreas.


-Permitir que a criança adote a posição mais confortável, ou
posicioná-la para uma melhor permeabilidade das vias aéreas (leve
extensão).
- Manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo.
- Contraindicado se houver suspeita de traumas.
- Suspeita de lesão cervical: proceder de
anteriorização/subluxação da mandíbula sem extensão do
pescoço.
- cânula de guedel, sond. Asp. N°8 e 10

→ Problemas potenciais fatais: → Problemas potenciais fatais:


 B (RESPIRAÇÃO):
- Considerada normal quando espontânea, com esforço mínimo,
respiração silenciosa, com inspiração fácil e expiração passiva.
→ Problemas potenciais fatais: Apneia, esforço respiratório
significativo.

 C (CIRCULAÇÃO):
- Frequência cardíaca e o ritmo;
- Pulsos periféricos: radial, pedioso, tibial posterior;
- Pulsos Centrais: Braquial (bebês) carotídeos(crianças);
- Tempo de preenchimento capilar < ou = 3segundos;
- Coloração e temperatura da pele;
- Pressão Arterial.
→ Problemas potenciais fatais: ausência de pulsos palpáveis,
perfusão inadequada, hipotensão, bradicardia
FC:
Menor que 1 ano: 110 – 160bpm
2 a 5 anos: 95 – 140bpm
5 a 12 anos: 80 – 120bpm
Maior que 12 anos: 60 – 120bpm.

PRESSÃO SISTÓLICA (mmgH):


RN: hipotensão (menor que 60mmHg)
1 a 12 meses: hipotensão 9menor eu 70mmgH).
1 a 10 anos: hipotensão = menor que 70 mmgH + (idade * 2).
Maior que 10 anos: hipotensão (menor que 90mmgH).
 D (disfunção):
Avaliar a função neurológica: Redução do nível de consciência (não
responsividade, confusão, letargia, irritabilidade, agitação alternada
com letargia), Escala de Glasgow, Perda de tônus muscular,
Dilatação pupilar, Convulsões.

→ Problemas potenciais fatais: Incapacidade de responder, redução


do nível de consciência.
 E (exposição):
Expor, despir a criança para examinar, em busca de : hemorragias,
lesões, hipotermia ou hipertermia, petéquias, hematomas.

→ Problemas potenciais fatais: hipotermia significativa, hemorragia


significativa, petéquias com choque séptico.

→Se a criança não tiver uma condição potencialmente fatal


inicie a avaliação secundária e os testes diagnósticos:
 AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
- Histórico Específico: S-A-M-P-L-E:
S – Sinais e sintomas: agitação, letargia, esforço respiratório,
hemorragia.
A – Alergias: medicamentosa, alimentar...
M – Medicações: última dose e hora de medicamentos recentes.
P – Passado Médico: história de nascimento, comorbidades...
L – Líquidos: última refeição.
E – Eventos: Eventos que levem à doença ou lesão, riscos no
local, hora do início do evento.
- Exame físico específico.

TESTES DIAGNÓSTICOS
 Lactato: relacionado ao metabolismo anaeróbico( hipóxia)
causando acidose metabólica.
 Gasometria arterial:
 Glicemia Capilar: Hiperglicemia e Hipoglicemia.
 Eletrocardiograma (ECG): análise do ritmo cardíaco.
 Eletrocardiograma (ECO): avaliar a estrutura e função cardíaca.
 Radiografia do Toráx: avaliar aréa pulmonar e cardíaca, obstrução
de vias aéreas superiores e inferiores.
VENTILAÇÃO POR PRESSÃO POSITIVA (VPP)
 Ventilação por pressão positiva-VPP: máscara (Máscara
redonda ou anatômica que cubra ponta do queixo, boca e nariz)
ou via aérea avançada (tubo): Lactentes e crianças: Ritmo: 1, 2,
3 ventila... 1, 2, 3 ventila...
 Ventilação por pressão positiva sincronizada com
compressão torácica: 15:2 ou 30:2. De acordo com o n° de
socorristas.
 Após intubação: 8 a 10 ventilações/minutos.

 INTUBAÇÃO: não exceder mais que 30s.


- Para as crianças maiores de 02 anos tubo com ou sem cufff.
- Sem cuff - (idade/4)+4
- Com cuff- (idade/4)+3
- Para calcular o comprimento da cânula a ser inserido na traquéia
multiplique o tamanho do tubo por 3. Ex: tubo n° 5 = 5x3=15cm.

 Balão auto-inflável de 240, 500 ou 750ml.


 Manomêtro ou válvula de escape: com função de controlar a
pressão de 30-40cmH2O no máximo. Caso não haja o manômetro
observar expansibilidade do torácica, evitando o barotrauma.
MASSAGEM CARDÍACA: RN

MASSAGEM CARDÍACA: LACTENTE E CRIANÇAS:


 Frequência da compressão torácica: 90 a 100/minuto;
Profundidade da compressão: 1/3 do diâmetro ântero-posterior do
toráx: 4cm (bebês) 5cm (crianças);
 A compressão cardíaca é realizada no terço inferior do esterno,
logo abaixo da linha inter-mamilar e poupando o apêndice xifóide;
 Crianças <1 ano:1 cm abaixo da linha inter-mamilar.
 crianças >de 1 ano linha inter-mamilar.
ACESSO VENOSO: INTRAÓSSEO- IO
 Em casos de impossibilidade de acesso venoso periférico,
proceder para a punção Intraósseo-IO.
 IO- via rápida e segura para infundir grandes volumes.
 Locais: tuberosidade tibial para bebês e tibia distal para crianças
mais velhas. Agulha: 40 x 12.
OBS: procedimento médico, agulha introduzida na médula óssea.

 DESFRIBILADOR: Uso do gel – para a aplicação do choque


evitando lesões de pele.; afastar-se e solicitar que todos afastem,
na aplicação do choque evitando choques.

 TAQUICARDIA:
- Taquicardia Sinusal: <220/min em bebês e <180/min em
crianças.
- Taquicardia Supraventricular: =ou >220/min em bebês e = ou
>180/min em crianças

Manobra vagal:
 Monitorização.
 Bolsa de água a gelada ou gelo sob a metade superior do rosto,
sem obstruir as vias aéreas.
 Criança mais velha, peça para assoprar em um canudo obstruído;
 Massagem no seio carotídeo;
 Não aplique pressão ocular
QUAIS AS PRINCIPAIS CAUSAS DE PCR?
afogamento, infarto agudo do miocárdio, hemorragia, choque elétrico,
infecção grave, acidentes vasculares e arritmia cardíaca, hipovolemia,
trombose coronariana, hipercalemia, embolia pulmonar, pneumotórax,...

SINAIS DE HIPOPERFUSÃO:
• Neurológico: alteração do nível de consciência (irritabilidade, choro
inconsolável, pouca interação com o meio), alteração da perfusão
tecidual.
• respiratório: esforço respiratório, queda de saturação, cianose ou
palidez cutânea, taquipneia.
• Cardíaco: taquicardia e hipotensão arterial (achado tardio).
• circulatório: vasoconstrição com : pulsos periféricos finos ou
ausentes; perfusão periférica lentificada; pele fria, pálida, cianótica,
pegajosa.
• renal: débito urinário reduzido (oligúria) ou ausente ( anuria).
Obs. É fundamental reconhecer sinais de choque séptico, para que seja
reconhecido antes da hipotensão, considerado um sinal tardio.

Você também pode gostar