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INFECÇÃO DE VIAS AÉREAS INFERIORES

• Vias aéreas inferiores compreende abaixo da epiglote (traqueia, brônquios, bronquíolos,


parênquima pulmonar)

• Apresentações clínicas: pneumonia, bronquiolite, bronquite aguda, crise de asma

• Insu ciência respiratória: incapacidade do sistema respiratório de atender as demandas


de oxigênio e/ou de eliminação de dióxido de carbono produzido no organismo. Pode ser
hipoxêmica ou hipercápnica.

Hipoxêmica:

• PaO2 < 55-60 mmHg => baixo

• PaCO2 < 40mmHg => normal

• D(A-a)O2 (gradiente) => aumentado (normal entre 5-20)

Hipercápnica
• Tipo II ou respiratória

• PaO2 < 55-60 mmHg=> baixo

• PaCO2 > 50mmHg => alto

• D (A-a)O2 (gradiente) => pouco aumentado

Clínica
• Aumento da frequência respiratória (taquipneia)

• Esforço respiratório (taquidispneia - quando associada a aumento FR)

• Diminuição da frequência respiratória (bradipneia) => mais grave

• Pausas respiratórias (apneia)

Frequência respiratória: contar em 1 minuto, maioria tem irregularidade respiratória

• < 2 meses 60 ipm

• 2 meses - 1ano 50 ipm

• 1 - 5 anos 40 ipm

• > 5 anos 20 ipm

• Gravidade: RN e lactentes 60 ipm, crianças maiores 40 ipm => observação hospitalar e


imediato reconhecimento diagnóstico do quadro

Sinais de hipoxemia
• Alterações de comportamento: agitação, euforia, choro incessante

• Taquicardia, taquipneia, taquidispneia

• Cefaleia

• Hipertensão arterial

• Sudorese

• Depressão da consciencia

• Cianose

Sinais de hipercapnia
• Alteração do comportamento: obnubilação, torpor, coma, taquicardia

• Taquipneia, taquidispneia

• Cefaleia

• Hipertensão arterial

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• Sudorese

• Pele quente

• Pulsos amplos

Atenção:
• Taquicardia sempre presente, tanto na hipóxia como hipercapnia

• A bradicardia sempre indica hipoxia e constitui sinal de mau prognóstico e PCR iminente

• Gasometria: avaliação fundamental para caracterização da insu ciência respiratória aguda

PNEUMONIAS DA INFÂNCIA
• Principal causa de mortes em crianças < 5 anos em países em desenvolvimento

• Fatores de risco: estado imunológico (idade, nutrição), baixo padrão socioeconômico,


frequenta a creche ou escolas, condições ambientais (poluição), exposição ao fumo,
desmame precoce, prematuridade, defeitos anatômicos congênitos, hospitalização previa,
aspiração de corpo estranho

• Etiologia: S. Pneumonia, H. In uenzae, bactérias atípicas (rx mais grave que o estado da
criança)

Sinais e sintomas
• Gerais ou inespecí cos: febre, calafrios, irritabilidade, letargia, recusa alimentar

• Tosse: pode estar ausente no lactente, inicialmente seca, tornando-se produtiva com
secreção branca, purulenta ou saguinolenta. Tosses secas muito prolongadas podem ser
atípicos ou alérgica.

• Di culdade respiratória: taquidispnéia (taquipneia + uso de mm acessória),

• Pneumonia: febre + taquipneia + ausencia de sibilos

• Ausculta: assimetria de MV (condensação), abolição do MV (derrame pleural), estertores


nos (crepitantes) são sinal característico mas podem estar ausentes

• Manifestações pleurais: dor torácica (ventilatório dependente), irradiação para ombro,


pescoço ou abdome, limitação da respiração, redução do MV e submacicez (derrame
pleural)

Diagnóstico radiológico
• Radiogra a de tórax é justi cada em algumas situações nas PACs:

1. Avaliar extensão do acometimento pulmonar

2. Sugerir a etiologia do processo

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3. Diagnosticar outras doenças (corpo estranho)

4. Veri car complicações (DP, empiema, pneumotórax)

• Pneumococo comum: pneumonia lobar

• Pneumatocele: geralmente por Staphyloccocus aureus. Trata-se de distensão alveolar que


leva ao aparecimento de cistos no parênquima pulmonar.

Tratamento ambulatorial
• Medidas gerais: manter permeabilidade das vias aéreas (limpeza com SF via nasal),
hidratação, manobras físicas (decúbito elevado e sioterapia)

• Sintomáticos: antitérmicos

• Mucolíticos e expectorantes NÃO tem comprovação cienti ca

• Antibiótico: empírico dirigido aos germes mais prevalentes para cada grupo etário,
considerar sempre a adesão ao tratamento (custo, aceitação, praticidade, reações
adversas, etc.)

• Lactentes e pré-escolares (2 meses a 5 anos): mais prevalente S. Pneumoniae, H.


In uenzae. Usa amoxicilina 50mg/kg/dia VO ou 3 doses/dia, 5 a 7 dias

• Escolares e adolescentes: S. Pneumonia e Mycoplasma pneumoniae. Usa amoxicilina


(mesma dose acima) e macrolídeos (azitromicina ou claritromicina)

Sinais de gravidade
• Tiragens, retrações, gemência, batimento de aletas nasais, cianose central, impossibilidade
de beber ou mamar, vômitos incoercíveis

Critérios de internação
• Idade < 2 anos

• Ausência de ingesta de líquidos

• Tiragem subcostal

• Doença de base debilitante

• Convulsão

• Complicações e/ou falha terapeutica

• Sonolência

• Estridor respiratorio

• Estrutura familiar de vulnerabilidade

• Desnutrição grave

BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA


• Infecção respiratória aguda de etiologia viral que compromete os bronquíolos

• Principalmente em lactentes até 6 meses de vida

• Agentes etiológicos: vírus sincicial respiratório (50-90%), parain uenza, in uenza e


adenovírus (casos mais graves)

• Quando pensar?
- Hx clínica: exposição anterior a adulto ou criança com IVAS

- Lactente < 6 meses

- Época do ano (picos vírus)

- Crianças com fatores de risco

• Quadro clínico
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- Em 24-48 horas evolui para taquipneia, sibilância, tiragem, aumento do diâmetro AP,
taquicardia e desidratação

- Pode ocorrer cianose

- Auto-limitada, com duração de 7-10 dias

• Fator de risco: menino, prematuro, < 6 semanas, desnutrição, cardiopatias congênitas,


broncodisplasia, imunode ciências

• Tratamento: oxigênio ==> meta saturação em 90%

• Concluindo: IRA é emergencia. Ofertar O2

• PAC: diagnóstico. Evitar complicações

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