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AFEÇÕES RESPIRATÓRIAS

• TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR


– NASOFARINGITE
– SINUSITE
– AMIGDALITE
• TRATO RESPIRATÓRIO MÉDIO
– LARINGITE
– EPIGLOTITE
– LARINGOTRAQUEOBRONQUITE
• TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR
– BRONQUIOLITE
– PNEUMONIA
– TUBERCULOSE
– ASMA
NASOFARINGITE AGUDA
• + Frequente em pediatria - < 2 anos
• Sobretudo por rinovírus
• Média 5-8 infeções ano

MANIFESTAÇÕES
• Corrimento nasal mucoso - espesso e purulento
• Febre até 3 dias
• Irritabilidade
• Espirros
• SDR moderado – pequenos com respiração nasal
• Vómitos e/ou diarreia
• Cefaleias
• Anorexia

COMPLICAÇÕES - Otite, mastoidite, celulite peri-orbitária, sinusite


NASOFARINGITE AGUDA - Tratamento
• Antibióticos – não afetam o curso da doença
• Repouso
• Reduzir a obstrução nasal
– Soro fisiológico
– Descongestionantes – 5 dias (15’ antes das
refeições)
• Hidratação adequada

Prevenção – evitar contacto


SINUSITE
• Simula uma constipação + intensa que o
habitual que persiste por + de 10 dias
– Tosse – sobretudo diurna
– Cefaleia
– Dor facial
– Dor à palpação dos seios
– Edema local
– Corrimento pósnasal
• Dor de garganta e tosse noturna
SINUSITE
COMPLICAÇÕES
• Abcesso epidural e subdural, meningite, celulite
e abcesso peri-orbitário…

DIAGNÓSTICO
• RX – níveis hidroaéreos e opacidade completa

TRATAMENTO
• Antibioterapia – Amoxicilina 14-21 dias
• Drenagens e irrigações
– só refratários ao tratamento habitual
– dor intensa
– casos de complicações Amig
AMIGDALITE - FARINGITE
AMIGDALAS PALATINAS

AMIGDALA FARÍNGEA
Adenoide
Vegetações adenoides

AMIGDALA LINGUAL
AMIGDALITE AGUDA
Epidemiologia e manifestações clínicas
Estreptococo β-hemolítico do grupo A
Vírica
• Odinofagia de início súbito
• Conjuntivite
• Idade compreendida entre os 5 – 15
• Rinite /coriza anos
• Tosse • Febre
• Rinorreia • Cefaleia
• Rouquidão • Náusea, vómitos, dor abdominal
• Ulceras orais • Inflamação faringoamigdalina
• Exantemas ou enantemas • Exsudados amigdalinos
característicos
• Petéquias no palato e faringe
• Diarreia posterior
• Adenite cervical anterior (dolorosa)
• Inverno ou início da Primavera
• História de exposição anterior AA por
SGA
• Exantema escarlatiniforme
AMIGDALITE AGUDA
Diagnóstico

• O diagnóstico etiológico da AA não pode ser baseado


exclusivamente na epidemiologia e manifestações clínicas, exceto
na presença de clínica fortemente sugestiva de AA de etiologia
vírica ou na presença de exantema típico de escarlatina, indicando
etiologia estreptocócica

• Recomenda-se, na idade pediátrica, a confirmação microbiológica


no diagnóstico da AA por Streptococcus do grupo A

• Nas crianças e adolescentes, o teste diagnóstico antigénico rápido


(TDAR) e/ou a cultura da orofaringe do SGA devem ser realizados,
antes do início da antibioterapia
AMIGDALITE AGUDA
AMIGDALITE AGUDA
Tratamento
Estreptocócica
• Amoxicilina
– dose de 50 mg/Kg/dia (máximo 1 grama/dia)
– administrada de 12 em 12 horas - via oral
– durante 10 dias

• Penicilina G benzatínica
– dose única - IM de
– 50.000 unidades (U) por Kg ou
– 600.000 U, se peso <27 kg ou
– 1.200.000 U, se peso ≥27 kg),
Nos casos com baixa adesão, intolerância à terapêutica oral ou quando não é expectável que a criança cumpra
a totalidade do tratamento por via oral
AMIGDALITE AGUDA
Tratamento
Estreptocócica
Se :
– Reação de hipersensibilidade tipo 1 (anafilaxia,
broncospasmo, angioedema e urticária)
1. Claritromicina (15 mg/kg/dia, 12/12 horas, via oral, máximo 500 mg/dia); ou
2. Eritromicina (50 mg/kg/dia, 6/6 ou 8/8 horas, via oral, máximo 2000
mg/dia); ou
3. Azitromicina (12 mg/kg/dia, 24/24 horas, via oral, máximo 500 mg/dia); ou
4. Clindamicina ) (20 mg/kg/dia 8/8 horas, via oral, máximo 1,8 grama/dia).
AMIGDALITE AGUDA
Tratamento
– reação de hipersensibilidade não tipo 1:
• uma cefalosporina de 1ª geração como o cefadroxil (30
mg/kg/dia, 24/24 horas, via oral, máximo 1 grama/dia)

Vírica
• Sintomático
Ambas:
• Paracetamol ou Ibuprofeno
• Dieta líquida e fria
• Repouso
AMIGDALITE AGUDA- COMPLICAÇÕES

• Supurativas Não Supurativas


– Abcesso periamigdalino / – Febre reumática aguda
para e retrofaríngeo – Glomerulonefrite pós-estreptocócica
– Linfadenite cervical – Coreia de Sydenham
– Otite média aguda – Artrite reativa pós-estreptocócica
– Otomastoidite – PANDAS (Distúrbio
– Sinusite neuropsiquiátrico autoimune
– Bacteriémia
pediátrico relacionado com infeção
– Endocardite
pelo SGA)
– Meningite
– Pneumonia
– Fasceite necrotizante
OTITE MÉDIA AGUDA
• A otite média aguda é frequente
• 20% das CC < de 4 anos são afetadas pelo
menos uma vez por ano

ETIOLOGIA
Vírus Bactérias
• VSR • S. pneumoniae
• rinovírus • H. influenzae não tipável
• coronavírus • Moraxella catarrhalis.
• vírus parainfluenza e influenza
• adenovírus
OTITE MÉDIA AGUDA
OTITE MÉDIA AGUDA
MANIFESTAÇÕES
• otalgias
• febre
• Irritabilidade
• e às vezes puxa a orelha afetada.

OTOSCOPIA - (Todas as crianças febris)

a membrana timpânica mostra-se:

- vermelho-brilhante e abaulada,
- com perda do reflexo de luz normal.
- às vezes, há perfuração aguda do tímpano,
- com pus visível no canal externo.
OTITE MÉDIA AGUDA
OTITE MÉDIA AGUDA – (OMA)
DIAGNÓSTICO
Baseia-se sempre na clínica e otoscopia, sendo necessária
a presença de 1 dos 2 critérios seguintes:

a) Membrana timpânica com abaulamento moderado a


grave ou presença de otorreia de início recente e não
devida a otite externa;

b) Membrana timpânica com abaulamento ligeiro e início


recente de otalgia (que poderá manifestar-se por
irritabilidade no lactente) ou eritema intenso da
membrana timpânica.
OTITE MÉDIA AGUDA
TRATAMENTO

1. Analgésico e/ou anti-inflamatório – (tratamento da dor) - sempre


– Paracetamol ou Ibuprofeno

– Imagem

– Só observação sem tratamento imediato com antibiótico, pode ser utilizada em


crianças com idade ≥ 6 meses, sem quadro clínico grave
(Muitos casos resolvem-se espontaneamente em 24H)
OTITE MÉDIA AGUDA
TRATAMENTO

2. A prescrição inicial de antibiótico está indicada:


– Nos lactentes com < 6 meses
– Nas crianças com idade ≥ 6 meses
• com quadro clínico grave;
• bilateral em criança com idade < 2 anos;
• otorreia;
• OMA recorrente;
• Persistência dos sintomas às 48-72 horas ou
agravamento dos mesmos
OTITE MÉDIA AGUDA
TRATAMENTO
1. Antibioterapia
OTITE MÉDIA AGUDA
OTITE MÉDIA AGUDA
COMPLICAÇÕES

Mastoidite
Graves e raras
Meningite

Infeções recorrentes Perda auditiva condutiva


EPIGLOTITE
Inflamação e aumento do volume da epiglote
e de outras estruturas supraglóticas, podendo
levar à obstrução fatal das vias aéreas
EPIGLOTITE
ETIOLOGIA

• > parte dos casos são de origem bacteriana


– Hemophilus influensae do tipo b - 75-90%
– Outras bactérias ou vírus - raro

EPIDEMIOLOGIA
• 1-5 anos de idade – 75%
• Média 3-4 anos
EPIGLOTITE
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Inicio abrupto de febre
• Respiração estridulosa - estridor
• Salivação e fonação anormais
• Disfagia
• Desconforto respiratório
• Ansiedade
• Epiglote ruborizada e hipertrofiada
• Obstrução da via aérea pode ser precipitada
com o abaixador de língua
EPIGLOTITE
EPIGLOTITE
DIAGNÓSTICO
• Exame físico cuidadoso
• Zaragatoa – identificação do agente
• RX lateral do pescoço – aumento do volume da
epiglote
TRATAMENTO
• Entubação endotraqueal
• Antibioterapia EV
– Ampicilina
– Cloranfenicol
– Ceftriaxone
– Cefutaxime
– Cefuroxime
• PREVENÇÃO – vacina para Hib
LARINGOTRAQUEOBRONQUITE
CRUPE
• Causa geralmente viral – parainfluenza 1 a 3 A
eB
• Predominante dos 6-36 meses
• Picos no Outono
• 2 rapazes/1 menina
• Inflamação da laringe, traqueia e brônquios
– Inicia-se com sintomas de IRS
– 12-48 horas – sinais e sintomas de obstrução das
vias aéreas superiores
• estridor inspiratório,
• rouquidão
• tosse rouca
• tempo expiratório aumentado
• SDR – hipoxia
LARINGOTRAQUEOBRONQUITE
CRUPE

• Infeção das células epiteliais - Staphylococcus aureus, o


Streptococcus pneumoniae,Hib

Traqueíte bacteriana – sobreinfeção bacteriana de


crupe viral
– Disfunção ciliar
– Edema submucoso
– Infiltração inflamatória

• Diagnóstico diferencial da epiglotite


LARINGOTRAQUEOBRONQUITE
CRUPE

DIAGNÓSTICO

• Clínica
• Leucocitose
• RX lateral do pescoço – estreitamento
sub-glótico
LARINGOTRAQUEOBRONQUITE
CRUPE

TRATAMENTO
• Vaporizações – evitar ressecamento das
secreções e do epitélio
• Oxigénio em SOS
• Corticoterapia
• Entubação nasotraqueal – casos graves
• Antibióticos - não
BRONQUIOLITE AGUDA

• Doença comum nos lactentes


• Resulta da obstrução inflamatória das
pequenas vias aéreas
• Ocorre ≤ 2 anos de vida
• > incidência
– pelos 6 meses
– Novembro a Abril (época endémica)
• Pode ocorrer de forma esporádica ou
epidémica
• Frequente causa de hospitalização
BRONQUIOLITE aguda

ETIOLOGIA
• Viral
– 60-90% vírus sincicial respiratório (VSR)
– Vírus parainfluenza
– Vírus influenza
– Micoplasma
– Adenovírus – complicações a longo prazo
BRONQUIOLITE aguda
FISIOPATOLOGIA
• Inflamação dos bronquíolos e ductos
alveolares
• Com edema e acumulação de muco
• > resistência ao fluxo de ar (inversamente
proporcional à 4ª potência do raio) - > na
expiração
• Hiperinsuflação com aprisionamento de ar
• Atelectasias quando o ar retido é absorvido
• <PaO2 Taquipneia Hipercápneia (qd Fr > 60
ciclos/mn)
BRONQUIOLITE aguda

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Inicia-se com quadro de IRS
– Tosse
– Febre baixa e corrimento nasal
– Diminuição do apetite
• 2-3 dias depois progride para quadro IRI
– Taquipneia
– Tiragem - SDR
– Pieira
– AP – Sibilos ou fervores
• Casos graves
– Falência respiratória
– Morte
BRONQUIOLITE aguda - DIAGNÓSTICO

História + Exame físico

Fatores de Risco
- Idade < 6-12 semanas
- Prematuridade
- Co-morbilidade (pulmonar, cardiaca,
neurológica,imunodeficiência, S. Down)
- Exposição a fumo de tabaco
BRONQUIOLITE aguda - DIAGNÓSTICO

• Exame físico

• Auscultação
– Estertores finos e disseminados podem ser
audíveis na inspiração e início da expiração
– Expiração prolongada
– Sibilos (3º - 5º dia)
– Murmúrio vesicular quase inaudível – obstrução
quase completa
BRONQUIOLITE aguda - DIAGNÓSTICO

• RX torax
– Hiperinsuflação pulmonar
– Aumento do diâmetro anter-posterior –perfil
– Áreas de atelectasias – consolidação
– Derrame pleural

• Análises
– Leucograma normal ou leucocitose com
predomínio de linfócitos
– Identificação do vírus nas secreções ou pela
serologia
BRONQUIOLITE aguda- Tratamento
Maioria dos casos são ligeiros
– FR < 6M - ≤ 50 cpm
– FR > 6M - ≤ 40 cpm
–Tiragem ligeira
– SpO2 ≥ 94%
– Hidratação adequada
– Sem dificuldade em se alimentar

Tratamento ambulatório

– Hidratação adequada
– Dieta fracionada
– Elevação da cabeceira Medidas de suporte
– Soro fisiológico nasal
– Vigilância e controlo da temperatura
BRONQUIOLITE aguda- Tratamento
Casos moderados Casos graves
– FR < 6M - ≤ 50 -70 cpm – FR < 6M - >70 cpm
– FR > 6M - ≤ 40 - 50 cpm – FR > 6M - > 50 cpm
– Apneia – Tiragem global
– Adejo nasal/gemido – Apneia
– Tiragem ligeira a moderada – Adejo nasal/gemido
– SpO2 ≥ 89-92% – SpO2 ≤ 88%
– Dificuldade em se alimentar – Letargia
– Desidratação
– Má perfusão periférica

Referenciação hospitalar
- ↑ ↑ FR
- Apneia
– Adejo nasal/gemido
– Tiragem moderada Internamento
– SpO2 ≤ 92%
– Dificuldade em se alimentar (<50%)
– Fatores de risco
BRONQUIOLITE aguda- Tratamento

Internamento em UCIP se:

- SpO2 < 90% com aportes crescentes de O2


- Deterioração do estado clínico (> SDR ou
exaustão)
- Apneias recorrentes
BRONQUIOLITE aguda - Tratamento
BRONQUIOLITE aguda - Tratamento
BRONQUIOLITE aguda- Tratamento
• Internamento
– Monitorização
• Apneia – < 6 meses > risco
• Hipoxia – O2 a 35-40% -PaO2 não deverá exceder os 100mmHg
• Temperatura - > consumo de O2

– Pausa alimentar até à melhoria do quadro


• Vigilância de desidratação
– Diminuição da ingestão, taquipneia e vómitos por tosse
• Vigilância diurese – retenção de água (alteração Aldosterona e hormona
antidiurética – resposta à diminuição da volémia)
BRONQUIOLITE aguda - Tratamento
• Antibióticos só quando suspeita de infeção bacteriana
secundária

• Uso de broncodilatadores é controverso - obstrução por


muco – não por rotina
• Adrenalina

• Salbutamol

• Brometo de Ipatrópio
BRONQUIOLITE aguda - Tratamento

• Nebulização com solução salina hipertónica: 3 -5%

• Hidratação de acordo com as necessidades hídricas –


SNG/EV

• Controlo de infeção associada aos cuidados de saúde –


luvas e avental

• Corticoides – por rotina não

• Aerossol com Ribavirina (graves – UCI)


BRONQUIOLITE aguda - Tratamento

• A alta do internamento deverá ser dada quando se


encontram presentes os seguintes critérios:

- FR adequada à idade da criança;


- SpO2 ≥ 92% em ar ambiente;
- ausência de dificuldade alimentar;
- família capacitada para lidar com a situação.
BRONQUIOLITE aguda

Prevenção
– Lavagem das mãos da criança, familiares e
profissionais de saúde em todas as fases
– Evicção da exposição ao fumo do tabaco
– Evicção de aglomerados populacionais
– Promoção do aleitamento materno
– VSR- imunização com ”Palivizumab” (cc de risco)
BRONQUIOLITE aguda
Palivizumab”
• 1 injeção IM - 30/30 dias
• 15 mg/Kg
• Ex-pré-termo com idade de gestação inferior a 28 semanas, durante o
primeiro ano de vida.
• Ex-pré-termo com idade de gestação entre as 28 e as 30 semanas, que
não tenham completado os 6 meses de idade pós-natal até ao início da
época de risco (novembro-abril).
• Crianças com displasia broncopulmonar
– Durante o primeiro ano de vida
– Durante o segundo ano de vida se, nos 6 meses anteriores
necessitaram de terapêutica com O2 suplementar, diuréticos,
corticóides ou broncodilatadores durante mais de uma semana
consecutiva.
BRONQUIOLITE aguda

Prognóstico – bom

– 1% morte
– 1% bronquiolite obliterante
– 75% episódios posteriores de pieira
BIBLIOGRAFIA
DGS (2014). Norma n.º 7/2012 de 16/12/2012 atualizada em 12/12/2014:
Diagnóstico e Tratamento da Otite Média Aguda na Idade Pediátrica. Lisboa:
Departamento de Qualidade da Saúde.
DGS (2015). Norma n.º 16/2012 de 19/12/2012 atualizada em 23/02/2015:
Diagnóstico e Tratamento da Bronquiolite Aguda em Idade Pediátrica. S/L:
Departamento de Qualidade da Saúde.
DGS (2012). Norma n.º 20/2012 de 26/12/2012 da DGS: Diagnóstico e Tratamento
da Amigdalite Aguda na Idade Pediátrica. S/L: Departamento de Qualidade da
Saúde.
Behrman, R. & Kliegman, R. M. (2004). Nelson princípios de pediatria. (4ª edição).
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Behrman, R.; Kliegman, R. M. & Jenson H. B. (2002). Nelson tratado de pediatria.
(16ª edição). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Martín, S. V. (2006). Temas de Pediatria. La Habana: Editorial Ciências Médicas.
Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) (2012). Anticorpo anti-VSR .Acedido em
fevereiro 23, em Sociedade Portuguesa de Pediatria:
http://www.spp.pt/conteudos/default.asp?ID=162
Cuidados de enfermagem nas
afeções respiratórias
• Vigilância da função respiratória

– Observação

– Monitorização cardiorespiratória

– Detetores de apneias

– SaO2
Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias
SaO2

• O2 DISSOLVIDO NO PLASMA
– PaO2 60 -100 mmHg
– PO2 < 40 mmHg
– 2% de O2 total
TRANSPORTE DE • 0,3 ml/dl com 100 mmHg
O2 NO SANGUE
• O2 LIGADO À HEMOGLOBINA
– 98% do O2 total
– Traduz os valores de SaO2 (%)
– SaO2 – 100% 1,34 ml/gr de Hb
Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias
RELAÇÃO ENTRE SaO2 e PaO2
Afinidade Hb

Afinidade Hb
Hb RN Hb adulto
Altitude
[ H+]
TºC
2-3 DPG
PaCO2
Esteroides
Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias

FACTORES QUE PODEM DESVIAR A CURVA DE


DISSOCIAÇÃO DA OXIHEMOBLOBINA

PARA A ESQUERDA PARA A DIREITA


• pH • pH
• PaCO2 • PaCO2
• Temperatura • Temperatura
• 2,3-DPG (deficiência de piruvato quinase, • 2,3-DPG(deficiência da hexoquinase,
hipertiroidismo, anemia e hipoxémia crónica) hipotiroidismo, sangue conservado

• Hemoglobinopatias • Hemoglobinopatias
congénitas congénitas
• Carboxihemoglobina

AFINIDADE PARA O O2 AFINIDADE PARA O O2


Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias

MEDIÇÃO DA SaO2
Princípios de funcionamento
Sangue arterial pulsátil
Sangue arterial
Sangue venoso

desprezado Tecidos

Ampliado 4 milhões de vezes


Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias

SITUAÇÕES QUE COMPROMETEM A AVALIAÇÃO DA SaO2

• Diminuição do fluxo sanguíneo

• Disfuncionalidades da Hb

• Mobilidade excessiva do segmento monitorizado

• Luzes ambientais

• Alterações do pH
Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias

VANTAGENS DA SaO2

• Indicação do fornecimento de O2 aos tecidos


• Estimativa da perfusão dos tecidos
• Grandes aplicações clínicas
– Método não invasivo
– Não traumatiza a pele
– Pode permanecer aplicado por longos períodos
– Informação imediata, continua e precisa
– Permite alterações nos parâmetros da ventilação
– Permite avaliar as consequências dos procedimentos
– Sistema de alarme da respiração
Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias

LIMITAÇÕES DA SaO2

• SaO2 >95% não permitem estimativas de PaO2


• Necessidade de correlação SaO2 / PaO2
– Para os limites superiores e inferiores
• Alteração da SaO2
– Má fixação do sensor
– Luzes fortes
– Diminuição da perfusão
– Drogas vasoconstritoras
– Disfuncionalidades da Hb
– Alterações de pH
Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias

• FACILITAR A OXIGENAÇÃO
– Elevação da cabeceira
– Posicionamento facilitador da expansão torácica
– Oxigenoterapia
• Tipos de oxigenoterapia
– Baixo fluxo
• Incubadora
• Campanula
• Mascara facial – tamanho adequado
• Cateter nasal/ óculos nasais – calibre adequado
• TET ou canula de traqueostomia
• Tenda
–Alto fluxo
• Mascara de venturi
• Ventilador mecânico
Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias

•OXIGENOTERAPIA
– Incubadora
Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias

•OXIGENOTERAPIA
– Campanula
Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias

• FACILITAR A OXIGENAÇÃO (cont.)


– Oximetro
– Fluxo de O2

– Necessidades de Fi O2 superiores a 40% têm indicação para


ventilação mecânica
Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias

• FLUIDIFICAÇÃO DAS SECREÇÕES


– Hidratação
– Soro fisiológico nasal
– Vaporizações

• DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS


– Descongestionantes
– Soro fisiológico
– Aspiração de secreções
Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias

•ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES

•Posição

•Pressão de aspiração
• 60-80 mmHg para crianças ˂ 1 ano
• 80-120 mmHg para crianças entre 1 e 8 anos e adultos ˃ 75
anos
• 120-150 mmHg para adultos

•Técnica
Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias

• AEROSSOLOTERAPIA
•Adrenalina – efeito broncodilatador, recetores β-
relaxamento brônquico

•Salbutamol - é um β2-agonista dos recetores


adrenérgicos de curta duração utilizado para o alívio do
broncoespasmo

•Brometo de Ipatrópio - atua bloqueando os recetores


muscarínicos no pulmão, inibindo a broncoconstrição e
a produção de muco nas vias aéreas

•NaCl hipertónico – fluidificação das secreções


Cuidados de enfermagem nas afeções respiratórias

• ASSEGURAR A NUTRIÇÃO ADEQUADA

– Dieta fracionada
• Redução do esforço da mamada
• Redução do conteúdo gástrico

– Pausa alimentar até à melhoria do quadro

– Reintrodução gradual da dieta habitual


BIBLIOGRAFIA
• DGS (2014). Norma da DGS N.º 016/2012 de 19/12/2012 atualizada em 23/02/2015:
Diagnóstico e Tratamento da Bronquiolite Aguda na Idade Pediátrica. Lisboa:
Ministério da saúde.
• DGS (2014). Norma da DGS N.º 007/2012 de 16/12/2012 atualizada em 12/12/2014:
Diagnóstico e Tratamento da Otite Média Aguda na Idade Pediátrica. Lisboa:
Ministério da saúde.
• Hokenberry, M. J. & Wilson D.(2014). Wong Enfermagem da criança e do
Adolescente. (9ª edição). Loures: Lusociência- Edições técnicas e científicas.
• Lopes, F. (2019). Enfermagem de Saúde Infantil: Texto de apoio. Guarda: s/ed.
• Opperman, C. S. & Cassandra, K. A. (2001). Enfermagem Pediátrica
Contemporânea. Loures: Lusociência.
• Grondin, L. & Phaneuf M. (2000). Manual de Enfermagem: Utilização dos
diagnósticos. Lisboa: Instituto Piaget.
• Veiga, B. S.; Henriques, E.; Barata, F.; Santos. I. S.; Martins, M. M. et al (2011).
Manual de Normas de Enfermagem. (2ª edição revista). Lisboa: Administração
Central do Sistema de Saúde, IP.

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