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Idosos:
Há uma redução significativa da água corporal durante a fase de adulto para idoso (20 a 30%)
Entretanto, a diminuição da água corporal total, redução da massa magra e óssea e o aumento
da adiposidade corporal não ocorrem de maneira uniforme entre os indivíduos. A alteração
desses parâmetros fisiológicos possibilita quadros de intoxicação- Sabemos que a
maioria dos fármacos são lipossolúveis com isso temos uma distribuição maior nos
tecidos adiposos, pois a água está reduzida.
A concentração plasmática de albumina tende a ser menor, o que faz com que a
ligação das drogas a essas proteínas também esteja reduzida, resultando maior fração livre
(responsável por efeito) da droga no plasma e maior volume de distribuição (toxicidade).
A eliminação renal pode estar prejudicada, prolongando a meia-vida plasmática dos
fármacos e aumentando a probabilidade de causar efeitos tóxicos
Drogas lipossolúveis, como o diazepam, por exemplo, apresentam maior volume de
distribuição no idoso, pois a proporção de tecido adiposo nesses indivíduos é maior
A biodisponibilidade de drogas hidrossolúveis administradas por via oral, por exemplo,
pode estar aumentada, haja vista que o idoso possui menor teor de água no organismo, o que
acarreta redução em seu volume de distribuição
Fundamentos clínicos para farmacoterapia em idosos
Os rins exercem importante papel nas funções de excreção e regulação endócrina do organismo.
O rim vai depurar as substâncias presentes no organismo: Parte delas serão filtradas pelos
néfrons outras importantes serão reabsorvidas e secretado pelos rins via circulação sanguínea e
as substâncias não importantes (que chegam no fim do ponto, são mandadas embora) ou seja
excretadas.
1. Utilização de Nomogramas:
Utilizando um nomograma, deve-se localizar nas escalas o valores de peso (escala da
direita) e altura do paciente (escala da esquerda) e ligá-los com uma linha reta. Essa linha
irá cruzar a escala da superfície corporal (escala do meio) indicando o valor da superfície
corporal em metros quadrados. Um nomograma para cálculo da superfície corporal
pode ser conseguido através do Serviço de Atendimento ao Cliente da Labtest
Diagnóstica.
2. Cálculo em planilha Excel:
Pode-se inserir o cálculo da Superfície Corporal e da Depuração da Creatinina
em uma planilha do Excel
O rim é capaz de filtrar normalmente cerca de 180L por minuto e nós urinamos
normalmente cerca de 2L por dia.
Para a creatinina são adotados os seguintes valores: normais devem estar entre:
Homens: Mulheres:
Entre 0,7 e 1,3 mg/dl 0,6 e 1,2 mg/dL
A difícil adaptação a sobrecargas funcionais, pode fazer com que os idosos fiquem mais
dispostos a patologias se compararmos com os mais jovens.
Os processos farmacocinéticos e farmacodinâmicos também podem ser afetados pelas
alterações fisiológicas e levar a uma RAM, pois estes processo são responsáveis por
desencadear a resposta clínica do medicamento que foi administrado.
Há também outros fatores que pode deixar o idoso mais vulnerável a uma RAM que são as
comorbidades (hipertensão, diabetes, dislipidemias, dentre outras), e o tipo de medicamentos
prescritos (adequados e inadequados)
Muitos medicamentos não deveriam ser prescritos para idosos por terem evidência insuficiente de
benefícios, risco elevado de RAM graves e por opções terapêuticas que podem ser mais efetivas
e que apresentam menos riscos para esse indivíduo. Ressaltando, existe uma variação individual,
em que um paciente de 70 anos pode ter suas funções biológicas equiparável a um de 40 anos.
As RAM podem ser classificadas em: graves que colocam em risco a vida do paciente ou que
prolongam a internação e em não graves.
São Classificadas em: A) São mais comuns, mais prevalente em idosos, relacionadas aos
efeitos farmacológicos, dose dependentes; B) Sem dependência da dose ou propriedades
farmacológicas, muito raras, associadas a uma elevada proporção de morbidade e
mortalidade sem dependência da dose.
Alguns exemplos de RAM são, sangramentos estomacais quando se faz uso de AINES,
cimetidina que pode levar a uma confusão mental, metildopa e nifedipina pode levar a uma
hipotensão e constipação e provocar até quedas no paciente, são algumas reações adversas
que estes medicamentos podem provocar e ser muito prejudicial ao idoso
Os medicamentos mais usados por idosos, por exemplo os anti-inflamatórios não esteroides
(AINES), inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA), betabloqueadores, digoxina,
diuréticos, depressores do sistema nervoso central, são potencialmente interativos.
Todavia é bom sempre realizar exames de rotina para identificar possíveis desvios fisiológicos no
idoso, visto que alguns danos podem ser silenciosos, tardio e às vezes irreversível.
É caracterizada pela
obstrução bronquiolar
por formação de edema,
muco e fragmentos
celulares. Gera
hipoxemia: níveis baixos
de O2 no sangue arterial
ou por queda da
saturação da
hemoglobina.
Fisiopatologia e etiologia da bronquiolite
A infecção pelo VSR estimula uma resposta com complexos imunes. Os eosinófilos
desgranulam-se e liberam a proteína catiônica eosinofílica, que é citotóxica para o epitélio da via
respiratória. A imunidade inata desempenha um papel importante e pode depender do
polimorfismos dos receptores toll-like (TLR), interferon (IF), interleucinas (IL) e fator nuclear
kB(NFkB). As quimiocinas e as citocinas, bem como o fator de necrose tumoral-α (TNF-α), podem
ser expressas de modo diferente, dependendo do vírus que desencadeia o processo.
A bronquiolite aguda geralmente é precedida pela exposição a um contato, com um irmão ou
parentes mais velho com uma síndrome respiratória menor na semana anterior. O lactente
desenvolve inicialmente uma infecção leve do trato respiratório superior com espirros e
rinorreia transparente. Isso pode ser acompanhado por diminuição do apetite e febre de
38,5° a 39°C, embora a temperatura possa variar de subnormal a acentuadamente elevada.
Gradualmente inicia-se um quadro de angústia respiratória com tosse sibilante paroxística,
dispneia e irritabilidade.
O lactente frequentemente apresenta-se taquipneico, o que pode interferir com a alimentação. A
criança geralmente não tem outras queixas sistêmicas, como diarreia ou vômito.
Tratamento
Não há terapêutica específica para resolução dos sintomas. O tratamento, portanto, é de
suporte e geralmente os pacientes apresentam boa evolução. Deve ser individualizado,
evitando-se o uso excessivo de medicações e procedimentos desnecessários nos lactentes,
pois além de não auxiliarem na evolução da doença, deixam o paciente mais ansioso e agitado,
piorando ainda mais seu estado clínico.
No manejo domiciliar é recomendado que os cuidadores realizarem: higiene das mãos com
água e sabão e ou álcool a 70%, evitar tabagismo passivo, manter alimentação normal para
a idade da criança, fazer higiene da cavidade nasal com solução salina, uso de
antitérmicos se for necessário, reavaliação médica se houver dúvidas ou se sinais de alerta
presentes, estarem atentos sobre os sinais e sintomas de “alerta”.
A oxigenoterapia é a única terapia comprovadamente benéfica na BVA. O oxigênio pode ser
oferecido na forma umidificada, podendo ser administrado através de cânula nasal, HOOD,
máscara facial, máscara com reservatório, dependendo da necessidade de concentrações mais
elevadas do mesmo e da aceitação do paciente. A hidratação oral deve ser estimulada, mas
se houver indisponibilidade da aceitação oral, sonda enteral ou acesso venoso deve ser
providenciado imediatamente.
Medidas de controle da transmissão, alta transmissibilidade do VSR representa uma séria
ameaça à ocorrência de surtos em ambientes hospitalares, associando-se a significativa
morbidade e mortalidade, merecendo a implementação de práticas preventivas rigorosas nos
hospitais.
O isolamento de casos confirmados e suspeitos, medidas padrão de controle de infecção
hospitalar, higiene frequente e criteriosa das mãos e uso de equipamentos de proteção
(luvas, óculos, máscaras e aventais), têm sido considerados efetivos, em graus variados, na
prevenção e redução das taxas de infecções e de surtos hospitalares desta e de outras infecções
virais.
Diferença entre bronquite e bronquiolite:
Bronquiolite: Bronquite:
Doença aguda que acomete bebês abaixo Vírus ou bactéria (menos comum);
de 2 anos – agentes virais como Vírus - Todas as idades - Pode se tornar crônica
Sincicial Respiratório ( VSR) atingem os (irritantes ambientais). É uma inflamação
bronquíolos causando inflamação e edema.
- Mais comum no inverno
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-exames-
de-rotina-do-pre-natal/
Estudar mais como saber se tenho bronquite ou asma?
O farmacêutico recebeu uma prescrição de Não é recomendado o uso de corticoídes no
corticoide e antitérmico? tratamento da bronquiolite.
Tratamento de suporte:
Paracetamol Dipirona
Apresentação: 10mg/gota (200 mg/mL) Apresentação: 25 mg/gota (500 mg/mL)
Dose: 01 gota/kg/dose via oral de 6/6h Dose: 01 gota/kg dose da preparação
Dose máxima: 04 gramas/dia Dose máxima: 04 gramas/dia
Contraindicado: crianças menores de 3
meses de idade ou pesando menos de 5 kg
Ibuprofeno: NÃO está recomendado o uso de ácido
Apresentação: 10mg/gota (200 mg/ml) acetilsalicílico pela possível associação
com a síndrome de Reye nas infecções por
Dose: 5 a 10 mg/kg dose 6h/6h
influenza, mas os demais antitérmicos
Dose máxima: 40mg/kg/dia podem ser utilizados.
§2º Os registros devem conter, no mínimo, Art. 65. As ações relacionadas à atenção
Informações referentes ao usuário (nome, farmacêutica devem ser registradas de modo
endereço e telefone), às orientações e a permitir a avaliação de seus resultados.
intervenções farmacêuticas realizadas e aos Parágrafo único. Procedimento Operacional
resultados delas decorrentes, bem como Padrão deverá dispor sobre a metodologia de
informações do profissional responsável pela avaliação dos resultados.
execução do serviço (nome e número de
inscrição no Conselho Regional de Farmácia).
Art. 63. A atenção farmacêutica deve ter §1º Para subsidiar informações quanto ao
como objetivos a prevenção, detecção e estado de saúde do usuário e situações de
resolução de problemas relacionados a risco, assim como permitir o acompanhamento
medicamentos, promover o uso racional dos ou a avaliação da eficácia do tratamento
medicamentos, a fim de melhorar a saúde e prescrito por profissional habilitado, fica
qualidade de vida dos usuários. permitida a aferição de determinados
Ou seja a atenção farmacêutica consiste em parâmetros fisiológicos e bioquímico do
realizar acompanhamento criterioso a respeito usuário, nos termos e condições desta
de todos os medicamentos em uso pelo Resolução.
paciente. Eu tenho que previamente analisar a Permite eu atuar em consultórios inseridos em
prescrição e identificar possíveis problemas redes comerciais.- tenho liberdade de solicitar
em relação ao uso dos fármacos em questão. exames e fazer acompanhamento
Ex: presença de interação medicamentosa, farmacoterapêutico.
erro de dose
Todo acompanhamento
farmacoterapêutico deve ser
documentado- sou eu quem acordo o
período com o paciente.
Art. 66. O farmacêutico deve orientar o usuário Art. 67. O farmacêutico deve contribuir para a
a buscar assistência de outros profissionais de farmacovigilância, notificando a ocorrência ou
saúde, quando julgar necessário, suspeita de evento adverso ou queixa técnica
considerando as informações ou resultados às autoridades sanitárias
decorrentes das ações de atenção §2º Também fica permitida a administração de
farmacêutica. medicamentos, nos termos e condições desta
Resolução.
Acompanhamento
farmacêutico em hospitais. –
uma oportunidade de
atuação – estabelecer
ferramentas que avaliam a
resposta terapêutica (final
da cadeia)
Novos
problemas, são
novas consultas
e novas
prescrições.
Após a alta foi
em um
especialista.
Preciso estar
atualizado no
guidliness –
embasamento
cientifico,
verificar com
o CRF local
se eles tem a
senha do
periódicos
capes –
pubmed- e
outras
plataformas –
micromedex
Ficha farmacoterapêutica exemplo:
Método do seguimento farmacoterapêutico:
Pegar os slides dos exemplos da professora – uma otima ideia a ser seguida. De como
fazer uma excelente intervenção farmacêutica.
Cardiovascular: Hematológico:
O aumento na produção hormonal relacionada à gestação tem ação direta com a musculatura.
Nesse caso a frouxidão do ligamento se dá pela ação dos hormônios: progesterona, estrógeno,
cortisol e principalmente pela relaxina, que atua estimulando a expressão da colagenase e a
síntese de colágeno, que vai agir principalmente na remodelação do tecido conjuntivo da pelve,
impedindo a contratilidade uterina. O corpo lúteo é responsável pela sua produção estando
presente também durante o ciclo menstrual. Essa alteração anatômica do pé causa muito
desconforto nas gestantes, ela é mais acentuada em gestantes que estão no sobrepeso e
obesas, mas nota-se que raramente essa deformação se prolonga pelo período pós-gestacional
Cuidado maior é para gestantes que possuem Diabetes Mellitus ou que a desenvolveu
durante a gestação. Em decorrência das complicações clinicas que estão associadas ao pé
diabético
O aumento do aporte de estrogênio produzido pela placenta, faz com que os ductos das
mamas cresçam e se ramifiquem. No desenvolvimento final dos seios a progesterona
ocasionará o crescimento adicional dos lóbulos mamários, com a multiplicação e maturação dos
alvéolo
A prolactina, secretada pela hipófise anterior materna, tem sua concentração sérica
aumentada a partir da quinta semana gestacional até o parto. A somatomamotropina
coriônica humana, produzida pela placenta, tem propriedades lactogênicas auxiliando na
função da prolactina na secreção do leite materno
O colostro humano é definido como o primeiro produto da secreção láctea da nutriz, sendo
produzido até o sétimo dia após o parto (MS, 1993). Sua composição é mais proteica e menos
lipídica que o leite maduro. O leite humano possui numerosos fatores imunológicos que
protegem a criança contra infecções (IgA, gM e IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T,
lactoferrina, lisosima). Os microrganismos presentes nesse leite primário funcionam como um
potencial probiótico para o feto.
O aumento dos níveis de estrógeno, progesterona e do hormônio melanocítico estimulante
(MSH), foram implicados na origem da hiperpigmentação. A elevação do nível de MSH na
gestação ocorre no terceiro trimestre gestacional. Já os níveis de estrógeno e progesterona,
aumentam a partir da oitava semana de gestação e começam a diminuir a partir da trigésima
semana, padrão que é compatível com a evolução da hiperpigmentação. As alterações no
tecido conjuntivo, como as estrias (figura 3), se dão principalmente ao aumento de peso na
região abdominal e o aumento dos seios, devida à gestação, sendo mais comum em gestantes
com sobrepeso e obesas. Aparentemente elas se relacionam à distensão dos tecidos e à
atividade adrenocortical e estrogênica
Os sintomas menores que mais afetam as gestantes, devido essas alterações são:
náuseas e vômitos; pirose e refluxo gastresofágico; constipação intestinal; dores
posicionais; deficiências nutricionais, entre outros.
A fisiologia alterada da gestante também pode ocasionar o aparecimento de doenças
como a diabetes mellitus gestacional (DGM) e a hipertensão arterial gestacional (HAG).
Náuseas e vômitos:
As alterações fisiológicas que justificam náuseas e vômitos durante todo período
gestacional, ocorre pelos efeitos hormonais do estrogênio e progesterona, que tem os seus
níveis alterados pela sua produção placentária. Eles modificam o tônus da musculatura lisa
fazendo com que os alimentos permaneçam por mais tempo no estômago e o esfíncter
inferior do esôfago tende a relaxar-se, permitindo o refluxo do conteúdo estomacal para o
esôfago (BROUSSARD, 1998). Há também uma alteração estomacal levando a diminuição
do pH do conteúdo gástrico
Os eventos têm início a partir da quinta semana após o último período menstrual, o pico
entre a 8ª e a 12ª semana e a resolução entre a 16ª e a 18ª semana. Após esse período
aproximadamente 5% das mulheres apresentam sintomas de náusea e vômito durante toda a
gestação.
Pirose e refluxo gastroesofágico.
Deficiências nutricionais:
A gestação promove a deficiência de micronutrientes muito importante: O aporte de ferro,
folato e outras vitaminas é aumentado pela formação do concepto. O aumento de volume
plasmático altera as concentrações circulantes de proteínas e diminuem suas ligações
com os micronutrientes
A deficiência de ferro é definida como anemia que é definida por um número reduzido de
hemácias circulantes. Esse número torna-se insuficiente para atender as necessidades
fisiológicas do corpo, isso porque o fero é um elemento estrutural do grupo heme da
hemoglobina, que é responsável pelo transporte de oxigênio e gás carbônico no sangue. A
anemia é determinada laboratorialmente pela concentração de hemoglobina no sangue, se
os valores estiverem menores que 120g de hemoglobina por litro de sangue é considerado
anemia, já a anemia severa se estabelece com valores abaixo de 70g/L.
A baixa disponibilidade de ferro tem efeitos severos para a saúde principalmente para
mulheres grávidas e crianças; Além de atuar como elemento estrutural da hemoglobina, o ferro
tem papel importante na transferência de elétrons para algumas enzimas, por exemplo, naquelas
que atuam como neutralizantes de radicais de oxigênio. Ainda, em processos metabólicos como
na síntese de colágeno e de neurotransmissores.
Esse mineral é encontrado em diversos alimentos consumidos no dia a dia. Desse modo, uma
alimentação balanceada é fundamental para que a suplementação de ferro seja adequada.
Podem-se destacar como suas fontes: as carnes vermelhas, além das carnes de aves, suínos,
peixes e mariscos; vísceras, como fígado e miúdos; hortaliças folhosas verde-escuras, como
couve e espinafre; leguminosas, como feijão e lentilha. Ademais, é usual a recomendação de
ingestão de alimentos ricos em ferro acompanhados, por exemplo, de laranja, que é uma fruta
cítrica, já que o ferro, na presença de ácido ascórbico, glicose e alguns outros aminoácidos, é
mais bem absorvido, na medida em que é reduzido para o estado ferroso. Isso pode ser
empregado, inclusive, na prevenção e no tratamento de anemia ferropriva.
Quando surge esse déficit, os sintomas são, muitas vezes, inespecíficos, mas existem
aqueles que podem sinalizar e que devem ser investigados. Os sintomas mais comuns de
anemia ferropriva são: fadiga, perda da capacidade de atividades, irritiabilidade, cefaleia,
palpitações e dispneia aos esforções.
O transtorno alimentar conhecido como Pica é caracterizado pela ingestão de materiais não
nutritivos, como, por exemplo, argila, papel, giz, solo/terra, e é comum em indivíduos com a
deficiência. A papofagia, que é o desejo por gelo, também pode ser observada e é perigosa, pois
pode levar à doença gengival. Ademais, existem outros sintomas como fadiga, palidez, queilite
angular, unhas quebradiças, síndrome das pernas inquietas e perda de cabelo que podem estar
presentes no indivíduo
Dessa forma, vários sistemas podem ser afetados devido à anemia, já que a baixa disponibilidade
de oxigênio para os tecidos resulta em danos significativos. Ressalta-se que esse indivíduo pode
sofrer diversas consequências relacionadas a essa deficiência, dentre as quais: o
comprometimento do sistema imune, tornando-o mais susceptível a infecções; a redução
das funções cognitiva e sexual; e a redução da produtividade no trabalho e na qualidade
de vida. Além do mais, é importante destacar que o funcionamento normal do cérebro pode
ser modificado por conta dessa condição.
Ex: determinação sérica de ferritina (ELISA de captura) vitamina B12 determinada por
meio da utilização do fator intrínseco ligado a um ligante específico. E o ácido fólico
método de captura iônica da utilização.
Logo, conclui-se que a anemia ferropriva é capaz de gerar danos sistêmicos, indivíduos de
diferentes faixas etárias. Sendo assim, é necessário que o médico solicite exame de sangue, no
caso o hemograma, e avalie também a história clinica para o diagnóstico. Nesses esses exames,
pode-se detectar um valor de hemoglobina abaixo do valor de referência, caracterizando
hipocromia, além do volume corpuscular médio (VCM) das hemácias também estar reduzido,
caracterizando uma microcitose. Outro parâmetro a ser utilizado é o hematócrito. É importante
também dosar a quantidade de ferro no sangue, por meio da ferritina, que não deve ser avaliada
de forma isolada. Assim, a anemia ferropriva pode e deve ser prevenida por meio de uma
alimentação balanceada, bem como através do imprescindível acompanhamento médico, o qual,
como visto, é de suma importância para se evitar os danos ocasionados pela deficiência de ferro
no organismo.
A suplementação universal de ácido fólico para as mulheres em idade fértil que desejem
engravidar e todas as gestantes até o final da gravide
A dose recomendada para as gestantes é de somente 400µg (0,4 mg) ao dia, a qual não deve
ser extrapolada.
O ácido fólico –é muito conhecido como Ácido fólico é necessário para a divisão
Vitamina B9, ou folato, ou metilfolato. celular, como é observado em um feto em
Prescrição: ácido fólico 14 semanas desenvolvimento.
Durante todo período gestacional o ferro é
necessário para diferentes funções
Valores de referência:
Devido a queixa
de cefaleias.
14.9 – acompanhamento farmacêutico na Doença Hipertensiva
Específica da Gestação:
A gestação pode agravar a hipertensão existente antes da gravidez (hipertensão
arterial
Crônica), bem como induzi-la em mulheres normotensas (hipertensão gestacional e pré-
eclâmpsia).
DHEG: distúrbios hipertensivos que são induzidos pela gravidez. Por ser um termo muito
amplo, pode ser classificado: Hipertensão Arterial Crônica, Hipertensão arterial gestacional,
Pré Eclâmpsia e Eclâmpsia, Pré Eclâmpsia sobreposta à hipertensão arterial crônica.
Os fatores de risco: gestantes que apresentar 1 fator de alto risco OU 2 fatores de médio
risco deve realizar a profilaxia para pré-eclâmpsia.
O doppler das artérias uterinas deve ser realizado no USG morfológico de primeiro
trimestre (entre 11 semanas e 13 semanas e 6 dias) e repetido no morfológico de 2º
trimestre (entre 19 semanas e 24 semanas e 6 dias). Alterações no índice de pulsatilidade
dessa artéria neste período chama a atenção para maior risco de desenvolver pré-
eclâmpsia.
A hipertensão gestacional é definida como PAS
140 mmHg e/ou PAD 90 mmHg em duas ocasiões
Hipertensão crônica, caracteriza-se por
com intervalo de pelo menos 4h, após 20
PAS 140 mmHg e/ou PAD 90 mmHg
semanas de gestação, em uma mulher
diagnosticada antes da gestação,
previamente normotensa. Não é acompanhada
antes de 20 semanas de gestação ou
de proteinúria e/ou sinais/sintomas de disfunção
com valores tensionais que se
de órgão alvo e os níveis pressóricos retornam
mantêm elevados por mais de 12
para valores normais no período pós parto.
semanas após o parto.
A DHEG é o resultado de uma invasão trofoblástica inadequada (embrião), mediada por fatores
imunogenéticos. A consequência é um aumento da resistência vascular, da permeabilidade
capilar e ativação do sistema de coagulação, o que promove alterações generalizadas, como
menor perfusão nos órgãos.
Invasão trofoblástica normal
Sabe-se que as artérias do endométrio e parte do miométrio, que formam o suprimento final de
sangue à placenta, são as artérias espiraladas. As paredes arteriais são compostas por
tecido elástico e muscular. Entretanto, as espiraladas, para conduzir o aumento do fluxo
sanguíneo uterino 10 vezes maior que o normal na gravidez, são transformadas em vasos
complacentes, de baixa resistência.
Caso clínico:
Paciente, com 27 anos de idade, segunda gestação (parto normal anterior), com idade
gestacional de 30 semanas, apresenta forte cefaleia acompanhada de náuseas e visão turva.
Refere uso de metildopa – 750 mg/dia em três tomadas.
À anamnese farmacêutica paciente nega uso de outros medicamentos, paciente inquieta,
poliqueixosa, referindo medo de morrer.
Farmacêutico afere a pressão arterial com resultado de 190x120 mmHg
Na anamnese devo verificar a lista de medicamentos, aferir a PA e se há presença de PRM.
Redução de dose
para 2 cp de
750mg e 1 cp de
500mg e
encaminhar
imediatamente
para emergência
A respeito das alterações fisiológicas ocorridas durante a gravidez, julgue os itens a seguir
com V para verdadeiro e F para falso.
( ) A gestante não se deve preocupar com o aumento da umidade vaginal, caso se trate de fluxo
vaginal claro, inodoro, sem ardor ou prurido, uma vez que este decorre do incremento natural da
progesterona.
(v ) Durante a gravidez, aumentam-se os triglicerídeos circulantes, e a lipase placentária
tem como função hidrolisá-los, liberando ácidos graxos livres que ficam disponíveis para o
feto.
( f) A glicosúria, evento raro na gravidez normal, pode ser usada como parâmetro de controle em
gestantes diabéticas.
Qual a sequência correta?
Uma paciente gestante de oito semanas foi avaliada e diagnosticada com teste IgG e
IgM positivos para toxoplasmose. Sendo essa a sua primeira gravidez e não há
registro de ter sido submetida a teste para toxoplasmose no último ano. Em relação à
toxoplasmose e à gravidez, julgue os itens a seguir:
III. Mesmo sem sintomas, a toxoplasmose nessa paciente poderá ser tratada para
suprimir a ação do toxoplasma sobre o feto.
Política Nacional de saúde da Pessoa IdosaEm 2003, foi sancionado o Estatuto do Idoso
(PNSPI): através da Lei Nº 10.741 de 1º de outubro.
“Condição de autonomia e independência do Em 2006, foi aprovado a Política Nacional
que pela presença ou ausência de doenças de Saúde da Pessoa Idosa por meio da
Portaria Nº 2.528 de 19 de outubro. E em
orgânica”.
2010, o MS lançou o manual atenção à saúde
da pessoa idosa e envelhecimento
O Estatuto do idoso se destina a assegurar os direitos das pessoas com idade de maior ou igual a
60 (sessenta) anos. Este estatuto, apesar de ampliar a resposta do Estado e da sociedade às
necessidades da população idosa, não viabiliza os caminhos para o financiamento das ações
propostas. O Capítulo IV do Estatuto (art. 16º ao 19º) detalha sobre o papel do SUS na
garantia da atenção à saúde da pessoa idosa de forma integral, em todos os níveis de
atenção.
O SUS, dentro de suas competências e princípios fica estabelecido o direito de acesso a ele toda
população sem extinção. O Brasil, a Atenção Básica (AB), desempenha papel central na garantia
à população de acesso a uma atenção à saúde de qualidade, por ser o contrato preferencial dos
usuários, a principal porta de entrada e centro integrador de toda a Rede de Atenção à Saúde
(RAS). Para isso, orienta-se pelos princípios do SUS (universalidade, acessibilidade, vínculo,
continuidade do cuidado, integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da
equidade e da participação social).
Temos as atividades básicas de vida diária (ABVD) que são aquelas relacionadas ao
autocuidado, ou seja, são as atividades fundamentais necessárias para na vida como:
tomar banho, se vestir, executar sua própria higiene, conseguir se transferir da cama para
a cadeira e vice-versa, ter continência, capacidade de se alimentar e andar. A
incapacidade de realizar essas atividades identifica alto grau de dependência. A escala das
ABVD se baseiam em informações dos pacientes e dos cuidadores e as mais usadas são
escala de Katz e o Indice de Barthel.
Método kominsky
– série
recomendada
envelhecer –
humor crítico.
Marcadores de funcionalidade:
Rever essa parte e diferencias –
Autonimia capacidade de decidir – independencia capacidade de
Processos Alterações no
Repercussões clínicas
Farmacológicos envelhecimento
↓ Número de células de
Atrofia intestinal
absorção
Alteração da absorção de
↑ pH gástrico fármacos que necessitam
dissolução com a acide
Absorção de lipossolúveis e
↓ Fluxo sanguíneo esplênico fármacos dependentes da 1a
passagem hepática
Absorção:
Podem levar a alteração da
↓ Motilidade do trato absorção
digestório de medicamentos (p. ex.:
↓ Trânsito intestinal Levodopa e
Penicilinas)
↑ Tempo de
esvaziamento
gástrico
Processos Alterações no
Repercussões clínicas
Farmacológicos envelhecimento
↑ Fração livre dos fármacos (p. ex.:
↓ Albumina sérica Fenitoina) ↑ Risco de intoxicação
↓ Volume de distribuição dos
hidrossolúveis (p. ex.: Digoxina)
↓ Massa hídrica e magra ↓ Dose necessária para atingir
concentração plasmática
↑ Volume de distribuição e meia vida de
Distribuição
fármacos lipossolúveis (p. ex.:
Benzodiazepínicos)
↑ Massa de gordura
↑ Duração dos efeitos após 1a dose e
desenvolvimento gradual de toxicidade
com acumulo no tecido adiposo
↓ Fluxo sanguíneo ↓Metabolismo de 1a passagem
Metabolismo
hepático ↓ Níveis plasmática
↓Massa hepática
↓ Metabolismo oxidativo hepático → ↑
↓ Atividade do citocromo p
Meia-vida das drogas metabolizadas
450 (Fase I do
pelo fígado (p. ex.: Quinidina)
metabolismo
↓ Número de glomérulos
↓ Massa renal total
↓ Eliminação dos fármacos de excreção
↓ Fluxo plasmático renal
Excreção renal → ↑ meia vida e ↑ nível sérico dos
↓ Taxa de Filtração
fármacos
Glomerular (TFG)
↓ Secreção tubular
Em relação ao processo de absorção, no indivíduo idoso, há um aumento do pH gástrico e
diminuição da motilidade gastrointestinal. Com isso, tem-se menor absorção de fármacos,
nutrientes, vitaminas e minerais.
Há também diminuição da albumina plasmática. Assim, no processo de distribuição, haverá mais
fármacos livres do que ligado a proteína ocasionando maior efeito do fármaco, podendo levar a
toxicidade
Além disso, observa-se diminuição do fluxo sanguíneo hepático e da massa hepática. Gerando
menor taxa de biotransformação. Há menor fluxo sanguíneo renal e taxa de filtração glomerular
ocasionando menor eliminação dos fármacos
Vale ressaltar que a prescrição de MPIs não apresenta-se como uma contraindicação
absoluta para o uso em idosos. Entretanto, para o seu deve ser considerado a
relação risco-benefício, a disponibilidade de outras opções terapêuticas, bem como
de recursos não farmacológicos.
Distimia é um quadro depressivo grave no idoso, sendo o diagnóstico confirmado por meio de
manifestação permanente de humor depressivo por ao menos dois anos.
Devido ao risco de queda e fraturas, os idosos devem ser sempre desestimulados à prática de
atividade física.
Idosos com quadro de incontinência urinária devem ser estimulados a fazer uso de cafeína,
considerando a propriedade estimulante da substância que potencializa os reflexos do indivíduo
idoso.
Sintomas extrapiramidais, como tremor, rigidez e bradicinesia, são complicações
frequentes do tratamento com neurolépticos típicos de alta potência.
A análise no processo de envelhecimento individual e populacional é chamada de
epidemiologia do envelhecimento, que nessa perspectiva, deve analisar a saúde
dos idosos considerando o gênero, a cultura, os determinantes da saúde, o ambiente
físico e os serviços sociais e de saúde e também deve mensurar por exemplo:
II - capacidade funcional;
IV - anos de vida.
Listar medicamentos.
Intervenção
farmacêutica.
Duplicidade de
medicamento –
omeprazol – suspender
o oral pois foi prescrito
injetável para tratamento
da hemo.
Na alta hospitalar (nova
conciliação) substituir
horário: tomada em
jejum.
Questionar sobre
naproxeno. Há quanto
tempo usa e se sabe
pq?
Se não sabe informar,
suspender – pois o
naproxeno leva a
diminuição de plaquetas
e hemorragia.
O consumo múltiplo de medicamentos é definido como polifarmácia. Pode ser pequena, quando
de dois a três fármacos; moderado, quando de quatro a cinco; e grande, quando acima de
cinco fármacos. A sua prática pode contribuir para o uso de medicamentos inadequados e não
essenciais para o tratamento do paciente.
Na medida em que se tornam mais complexos os esquemas terapêuticos, favorecem o
surgimento de problemas relacionados aos medicamentos.
A prescrição de agentes farmacológicos associados, que contenham dois ou mais princípios
ativos são enquadrados como polifarmácia. Por exemplo, quando uma pessoa recebe um anti-
hipertensivo composto de dois princípios ativos (um diurético e um beta-bloqueador) e um
analgésico potente também composto de dois princípios ativos (um agente anti-inflamatório não
esteroidal e um opioide), se tem como número total quatro substancias,.
Exemplo de classificação do Problema Relacionado ao Medicamento (PRM) – Naproxeno.
Naproxeno: Indicação principal: processos dolorosos e inflamatório
Mecanismo de ação: a inibição da biossíntese das prostaglandinas (inflamação, dor e febre)
PRM Necessidade: apresenta um problema de saúde por utilizar um medicamento que
não necessita
PRM Segurança: apresenta agravo de saúde por consequência de uma insegurança
quantitativa de um medicamento (ex. dose, frequência ou duração superior a necessária).
o plano de educação em saúde deve fazer parte, exceto:
Consultar o médico ou farmacêutico caso seja necessário partir ou triturar os comprimidos.
Guardar na geladeira apenas os medicamentos líquidos, conforme orientação de um profissional
de saúde.
Manusear os medicamentos em lugares claros.
Evitar usar colheres caseiras para medir as doses dos medicamentos.
Se o idoso utilizar porta-comprimidos para guardar os medicamentos, deixe somente a
quantidade suficiente para uma semana. Errado é por 24 horas.
O declínio físico apresenta-se como uma das principais características do
envelhecimento e pode ser consequência de processos distintos: a senescência e a
senilidade. Sobre a senescência, é correto afirmar que:
É o envelhecimento fisiológico do organismo.
A seguir, serão apresentadas situações de idosos. Associe qual dessas está vinculada
à Senescência, condições naturais decorrentes do envelhecimento, e Senilidade,
alterações provenientes de condições patológicas no idoso.
(F ) A polifarmácia pode ser entendida como o uso de três ou mais medicamentos por
uma única pessoa, sendo que a grande preocupação é o potencial de reações
adversas e das interações que podem ocorrer. Está relacionada ao uso de
medicamentos inadequados
A Injúria Renal Aguda (IRA) ou Lesão Renal Aguda (LRA) consiste na redução abrupta da
taxa de filtração glomerular (TFG). Essa taxa representa o volume de sangue (mL) que os
glomérulos filtram a cada minuto e, consequentemente, alterações hidroeletrolíticas, distúrbios
ácido-base e acúmulo de escórias nitrogenadas, como a ureia e a creatina. Essa elevação destes
metabólitos consiste na azotemia.
As Diretrizes do KDIGO (Clinical Practice Guideline for Acute Kidney Injury) definem
IRA como: um aumento da creatinina sérica ≥ 0,3 mg/ dl em 48 horas; ou um
aumento da creatinina sérica ≥ 1,5 vezes o valor basal, conhecido ou presumido,
como tendo ocorrido nos últimos 7 dias; ou um volume urinário < 0,5 ml/kg/h por 6
horas.
Etiologia e fisiopatologia da IRA:
A IRA é resultado de inúmeros motivos que tendem a serem causados de acordo com a
porção do trato urinário a qual é afetada. Por exemplo, a redução da função renal pode ter
ocorrido ou por um problema circulatório que preceda o néfron, envolvendo as arteríolas renais;
por um problema na filtração feita por esse néfron; ou por algum distúrbio ou lesão na via coletora
de urina impossibilitando a homeostase normal renal, pela incapacidade dos rins filtrarem
resíduos, sais e líquidos do sangue.
Pode ser dividida quanto ao metabolismo E quanto a diurese em:
em três tipos etiopatogênicos diferentes.
Não oligúrica – Diurese > 500 mL/dia
IRA pré renal: ↓ da perfusão renal
IRA renal: (lesão renal parenquimatosa – Oligúrica – Diurese entre 100 e 500 mL/dia.
intrínseca)
Anúrica – Diurese < 100 mL/dia
IRA pós renal: Obstrução urinária
A Lesão é decorrente da hipoperfusão renal com PAS < 80 mmHg, e com integridade do
parênquima renal. Ou seja, é um problema hemodinâmico e não no néfron. Sendo assim, as
manifestações clínicas da IRA- pré podem ser revertidas caso o fluxo renal seja restaurado. – é a
mais prevalente Dos 3 tipos.
No entanto, essa autorregularão possui certo limite, só é feita até uma pressão arterial
sistólica igual a 80mmHg. Abaixo disso, o paciente entra em um estado de hipoperfusão
renal gravíssima e duradoura, apresentando tal lesão renal, podendo até evoluir com
necrose tubular aguda isquêmica.
Essa hipoperfusão renal, quer seja por hipovolemia ou hipotensão sistêmica, consiste no
mecanismo fisiopatológico da IRA, mas isso não é universal em todos os casos, ou seja, a
hipoperfusão não precisa apresentar tamanha magnitude para a injúria pré-renal se instalar.
Para causar NTA, a isquemia deve ser grave ou prolongada, geralmente de uma IRA pré-renal
que evoluiu para uma lesão do rim já que não foi corrigida precocemente. Um dos sinais é o
paciente que não responde à reposição volêmica. Outras causas de IRA intrínseca são: Nefrite
Intersticial Aguda (NIA) - Obstrução intranéfron- Fármacos nefrotóxicos -Glomerulonefrite aguda -
Púrpura Trombocitopênica Trombótica- Síndrome Hemolítico-Urêmica
IRA Pós renal: obstrução
Ocorre em consequência da obstrução das vias urinárias em qualquer nível extra-renal (pelve,
ureteres, bexiga e uretra) como, por exemplo, ocasionada por cálculo ureteral, hiperplasia
prostática ou neoplasia etiopatogênia é basicamente obstrução.
Logo suas principais causas incluem aquelas que impeçam a liberação de urina pelos rins,
como Hiperplasia Prostática Benigna, válvula de uretra posterior, câncer de bexiga, obstrução
uretetral bilateral (carcinoma metástico, linfoma pélvico e fibrose retroperitoneal.
Manifestações clínicas:
A IRA é habitualmente acompanhada por redução de diurese. A oligúria é definida como diurese
inferior a 400 ml/24h e pode anteceder as alterações dos marcadores laboratoriais. Quando há
manutenção da diurese a despeito da perda de função, denominamos a IRA como não-oligúrica
(comum na NTA nefrotóxica). A instalação súbita de anúria, definida como diurese inferior a 50
ml/24h, é incomum e sugere a ocorrência de obstrução pós-renal total, trombose arterial bilateral,
trombose venosa bilateral ou necrose cortical.
O quadro clínico da IRA é muito variável. Praticamente todos os órgãos e sistemas do organismo
podem ser acometidos como consequência de uremia, hipervolemia ou distúrbios
hidroeletrolíticos
Os principais sintomas:
Falta de apetite – retenção hídrica – sonolência – fadiga – falta de ar – dor no peito –
convulsões – náuseas – hipertensão – edema pulmonar e alterações eletrolíticas.
(V ) Pacientes com DRC, cursando com proteinúria >1,0 g/dia, devem ser tratados
preferencialmente com inibidores da enzima de conversão da angiotensina.
Sódio: 157 mmol/dL (Valor de referência: 135 a 145 mmol/L); Potássio: 4,9 mmol/L
(Valor de referência: 3,0 a 5,1 mmol/L); Cloro: 120 mEq/L (Valor de referência: 97 a
106 mEq/L); Creatinina: 1,3 mg/dL (Valor de referência: 0,7 a 1,20 mg/dL); Ureia: 60
mg/dL (Valor de referência: 15 a 45 mg/dL).
I. O paciente apresenta início de disfunção renal com alteração dos níveis de eletrólitos
causados pela diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG).
II. A elevação dos níveis dos eletrólitos apresentados no exame se devem ao
início de um processo de desidratação, sem correlação clara com disfunção do
sistema renal.
III. O valor de ureia apresentado revela uma resposta do controle volêmico do
paciente, que é causada pela alteração da função renal.
IV. O paciente apresenta processo de lesão renal evidenciado pelas alterações dos
eletrólitos dosados no sangue.
A doença oclusiva crônica da artéria renal principal resulta na redução do fluxo sanguíneo
para o rim. Quando o nível de oclusão ultrapassa 60% do diâmetro da artéria renal
principal, ocorre habitualmente uma das seguintes complicações clínicas:
A insuficiência renal aguda (IRA), também referida como lesão renal aguda, é um declínio
agudo na taxa de filtração glomerular inicial com ou sem oligúria/anúria. Sobre os
principais fatores de diagnóstico da insuficiência renal aguda, assinale a opção CORRETA.
Os vômitos sugerem azotemia pré-renal, ou ser uma manifestação tardia resultante de
uremia.
Medicamentos – nefrotoxinas – e seus mecanismos que levam a lesão renal.
AINE´s são eficazes no tratamento de dores cronicas e calculos renais, doenças reumatológicas,
incluindo artrite reumatoide, osteoratrite e outras. Dependendo da dose e do tempo utilizado, o
que predispõe acometimento de órgãos específicos, mais acometido o rim. Logo, é uma das
drogas que, se utilizadas em longo prazo, aumenta a morbidade principalmente de idosos, visto
que utilizam vários medicamentos (anti-hipertensivos, antidepressivos, anticoagulantes) que
podem apresentar interações.3 Esses pacientes têm alta probabilidade de desenvolver lesão
renal, que pode ser transitória ou não. Entretanto, os expostos com esse uso prolongado de
medicamentos são os portadores de doença renal crônica, com aumento de 3 a 4 vezes de
riscos de efeitos adversos.5
Além das complicações renais, os AINES podem ocasionar alteração gastrointestinal (perfuração
e ulceração gástrica), hepática (cirrose), cardiovascular e plaquetário (eventos trombóticos),
corroborando para cautela e indicações adequadas na sua prescrição.6
Fisiopatologia da lesão renal por AINEs
O uso de AINEs inibe a cascata do ácido aracdônico, de maneira seletiva ou não, causando
efeito não permissivo para a formação de prostaglandinas. Nos rins, as prostaglandinas -
principalmente prostaciclina, PGE2, PGD2 - atuarão como vasodilatadoras na arteríola
aferente, aumentando a perfusão renal, com distribuição do fluxo do córtex para os
néfrons na região medular renal. Essa vasodilatação atua como uma contrarregulação de
mecanismos, como a atuação do sistema renina-angiotensina-aldosterona e do sistema nervoso
simpático, culminando com uma compensação para assegurar o fluxo adequado ao órgão. O
uso de AINEs inibe esse mecanismo, podendo resultar em vasoconstrição aguda e
isquemia medular, que podem levar a uma lesão renal aguda.
Logo, AINEs com pouco ou nenhum efeito sobre a COX-2, como a aspirina, raramente provocam
retenção evidente de sódio e hipertensão.18 Nos estudos SUCCESS VI e VII, houve aumento
significativo no número de pacientes com elevação da pressão arterial numa população idosa (>
65 anos), em uso de coxibs, sobretudo o rofecoxib
Os principais efeitos dos AINEs na função renal.
Distúrbios Mecanismos Fatores de Risco Prevenção tratamento:
hidrolíticos
-Retenção de Uso de AINEs Interromper o uso do
sódio (efeitos AINE
nefrotóxicos mais
-Hipercalemia comuns)
-Hiponatremia
Inibição da vasodilatação
-Acidose renal mediada pelas
metabólica PGE2 e PGI2; ativação
do SRAA
-Menor resposta
aos diuréticos
(sobretudo de
alça)
Lesão renal Alterações Hepatopatias; Evitar uso em pacientes de
aguda hemodinâmicas/Reduçã Nefropatias; alto risco (pacientes com
o da perfusão renal Insuficiência comorbidades); Interromper
cardíaca; uso do AINE
Desidratação;
Idade avançada
Doença renal Alterações Uso crônico de Evitar uso em pacientes de
crônica hemodinâmicas AINEs alto risco (pacientes com
comorbidades); Interromper
uso do AINE
Conclusão: s AINEs não apresentam grandes malefícios para pacientes sem doenças renais,
jovens e sem comorbidades. Entretanto, por seu efeito dose-dependente, deve-se ter grande
cautela no uso crônico, por aumentar as chances de desenvolver alguma toxicidade e morbidade.
As classes de AINEs, seletivos e não seletivos, interferem diretamente na função renal, devido à
inibição das prostaglandinas, podendo causar desde distúrbios leves e transitórios até doença
renal crônica. Diante disso, a indicação dessa classe de medicamentos deve ser bem avaliada,
sempre verificando o risco-benefício, além de levar em consideração o paciente em questão e os
potenciais efeitos ocasionados por seu uso.
A primeira definição padronizada para LRA foi a classificação de RIFLE publicada em 2004.
Trata-se de um acrônimo com as iniciais das 5 fases propostas para a classificação da LRA: risco
("risk"), injúria ("injury"), falência ("failure"), perda da função ("loss") e doença renal em estágio
terminal ("end stage renal disease"). Essa classificação baseou-se em dois marcadores para a
função renal amplamente disponíveis: mudanças na creatinina sérica ou taxa de filtração
glomerular e débito urinário.2 Os valores considerados na sua elaboração, no entanto,
contemplavam mudanças na TFG e na creatinina sérica em pacientes adultos, impossibilitando
sua aplicação na faixa etária pediátrica. Nesse contexto, em 2007, foi publicada uma adaptação
dessa classificação para a faixa etária pediátrica. O p-RIFLE utilizou a redução no clearance de
creatinina (ClCr) estimado para aferição de alteração na função renal.10
No que se refere à investigação clínica dos pacientes com insuficiência renal aguda,
julgue as afirmativas a seguir com V para verdadeiro e F para falso.
A bronquiolite é uma doença que atinge de 70% a 80% dos casos as crianças
menores de dois anos, com um pico de frequência de dois a dez meses. O diagnóstico
de bronquiolite baseia-se essencialmente em critérios clínicos, como:
Sibilância, tosse, dispneia e hiperinsuflação.
Doença Renal Crônica:
Essas duas classificações diferentes unidas estagiam a doença, assim como dão seu
prognóstico. Conforme mostra a tabela, pacientes na faixa verde dificilmente tem
complicações graves e pacientes na vermelha geralmente estão em diálise, para evitar
outras complicações.
Epidemiologia:
Grupos de risco são: hipertensos, diabéticos, idosos e pacientes cardiopatas, familiares de
pacientes com DRC, uso de drogas nefrotóxicas e outras doenças autoimunes, ITU de repetição,
tabagistas, obesos, negros e obstrução renal. Predominância no sexo masculino, raça/cor
predominante é a branca.
Complicações da DRC: anemia, acidose metabólica, distúrbio ósseo mineral e deficiencia
imunológica pesquisa das sorologias vacinação.
A anemia da DRC é normocítica (volume corpuscular médio, VCM, entre 80 e 96 fentolitros, fl) e
normocrômica (concentração de hemoglobina corpuscular média, CHCM, entre 32 e 36 g/dL) e
atribuída a um déficit relativo de eritropoietina, porém, pode ter como fatores agravantes a
deficiência de ferro (causada por perdas gastrointestinais imperceptíveis, desnutrição, múltiplas
intervenções cirúrgicas, exames laboratoriais frequentes e perdas na diálise), a presença de
fenômeno inflamatório e outras causas não relacionadas à DRC que podem alterar as
características hematimétricas da anemia.
A anemia da DRC, em geral, manifesta-se quando a taxa de filtração glomerular (TFG)
diminui para níveis menores que 70 mL/min/1,73m2 em homens e 50 ml/min/1,73m2 em
mulheres, porém, sua intensidade e prevalência são variáveis e tornam-se mais acentuadas com
a piora da função renal, principalmente nos homens.2
A anemia da DRC é habitualmente assintomática e de instalação lenta, permitindo a
adaptação do paciente aos níveis decrescentes de hemoglobina. O diagnóstico preciso e a
abordagem terapêutica precoce são cruciais para que os conhecidos efeitos deletérios da anemia
sobre os sistemas cardiovascular e nervoso e, talvez, sobre a progressão da doença renal
possam ser prevenidos.
Os pacientes diabéticos constituem um grupo que merece um cuidado maior, visto que
desenvolvem anemia mais grave e frequente que os pacientes com outras causas de DRC, o que
pode determinar um pior prognóstico quanto à morbidade, sobrevida e a incidência de
complicações.3
Definição de anemia: https://www.sanarmed.com/artigos-cientificos/1-diagnostico-de-
anemia-em-pacientes-portadores-de-doenca-renal-cronica
Recentemente, sugeriu-se, de acordo com grandes estudos epidemiológicos na população
americana, que concentrações de hemoglobina abaixo de 13,7 g/dL para homens brancos entre
20 e 60 anos; 13,2 g/dL para homens brancos com mais de 60 anos e 12,2 g/dL para mulheres
brancas com mais de 20 anos têm apenas 5% de chance de estar em valor de normalidade.
A dosagem da concentração sanguínea de hemoglobina é mais confiável que os níveis de
hematócrito. O momento da coleta, nos pacientes que se encontram em programa hemodialítico,
é de extrema importância, tendo em vista as variações observadas na concentração de
hemoglobina dependentes do estado de volemia. Podem ser observadas variações de até 1,5
g/dL no período pós-hemodiálise; por isso, recomenda-se colher o sangue antes de iniciar a
segunda sessão de diálise da semana.2
Dieta : controle da
ingestao de
eletrolitos –
restrição proteíca
(não exceder
1g/g/dia) – pois
proteinas são
metabolizadas em
ureia – e a ureia
para os DRC é
prejudicial pois a
ureia não é filtrada
e sobrecarrega os
rins.
Ouvir de novo, essa parte!
Fazer manual de contraste. Anemia eritropoetina.
O meu papel no cuidado em pacientes com DRC –é incentivar a adesão do tratamento nas
doenças de bases (hipertensão e diabetes…impedindo a cronificação da doença --- prevenção da
progressão para que o paciente com DRC não fique dialitico.
Devo avaliar urina de 24 horas: microalbuminuria.
De acordo com a RDC nº 44/2009, que dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas
para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de
produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias, analise
as assertivas abaixo relacionadas à Atenção Farmacêutica:
14.4 –
As reações adversas a medicamentos são eventos clínicos indesejáveis atribuídos aos
medicamentos utilizados em doses adequadas à enfermidade e à condição clínica do paciente.
Podem provocar danos graves à saúde, ocasionando, muitas vezes, admissões hospitalares e até
mesmo óbito
Vários métodos de farmacovigilância têm sido utilizados para a monitoramento de reações
adversas a medicamentos em condições reais. O Sistema Nacional de Notificações em Vigilância
Sanitária, formulário de notificação de medicamento que ocasionou danos à saúde (Notivisa-
medicamento), disponibilizado em 2008 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é
o principal sistema de notificações espontâneas de suspeitas de reações adversas a
medicamentos no Brasil. Visa, sobretudo, a agregar as notificações e, por conseguinte, gerar
sinais de alertas e hipóteses sobre a segurança de medicamentos.
Notivisa-medicamento compreende um sistema de vigilância passiva realizado a partir de
notificações voluntárias feitas por diferentes segmentos da sociedade, sobretudo de instituições
que integram a Rede Sentinela - estratégia criada pela Anvisa, em 2002, composta,
principalmente, de um conjunto de hospitais públicos e privados.
Reação adversa:
toda resposta nociva e não intencional a um medicamento relacionada a qualquer dose
normalmente utilizada no homem para profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças ou
modificação de funções fisiológicas” 13. Os critérios para definição de reações adversas a
medicamentos consideradas como graves no Notivisa-medicamento são: óbito, ameaça à vida,
anomalia congênita, danos que motivaram ou prolongaram a hospitalização, incapacidade
persistente ou significante e efeito clinicamente importante
Importa dizer que as intervenções dos estados e do nível federal são seletivas e voltadas para
questões emergenciais ou que requeiram avaliação complexa e abrangente, com participação de
especialistas e centros de referência.
Fontes e tipos de dados da Vigilância epidemiolóica.
Os dados e as informações que alimentam o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica são
provenientes dos sistemas de informação em saúde, de resultados de exames laboratoriais, de
investigações epidemiológicas, da imprensa, dos estudos epidemiológicos, dos serviços sentinela
e das notificações, sendo a Notificação Compulsória a principal fonte de dados.
São monitorados pela Vigilância Epidemiológica:
Dados demográficos, ambientais e socioeconômicos;
Dados de morbidade;
Dados de mortalidade;
Notificação de emergências de saúde pública, surtos e epidemias.
As decisões clínicas são baseadas no peso das evidências existentes sobre uma
questão. Revisões de literatura são utilizadas como forma de organizar e agrupar
informações já publicadas. Sobre a utilização de revisões para aquisição de
evidências científicas, assinale a alternativa correta.
Revisões sistemáticas são revisões rigorosas das evidências a respeito de uma questão
clínica específica. São chamadas de sistemáticas porque resumem a pesquisa original por
meio de um plano com embasamento científico que foi definido a priori tornando explícito
cada passo da busca
III. Nos casos em que seja inviável a obtenção do TCLE, a dispensa do TCLE deve ser
justificadamente solicitada pelo pesquisador responsável ao Sistema CEP/CONEP,
para apreciação, sem prejuízo do posterior processo de esclarecimento.
IV. No TCLE podemos omitir informações desde que a pesquisa dependa de restrição
de informações aos seus participantes.
Acidentes:
Doenças mais frequentes em pediatria
Julgue as afirmativas a seguir com V para verdadeiro e F para falso. Qual a sequência
correta?
O fígado pesa cerca de 1,2kg a 1,5kg, é a maior víscera sólida do corpo. É um órgão vital,
versátil e responsável pela metabolização de várias substâncias, como glicose,
aminoácidos e ácidos graxos. Ele participa não só de funções digestivas, através da
síntese e secreção de sais biliares, como também é essencial na regulação do
metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios. Nesse sentido, sua participação nas vias
bioquímicas de hormônios e medicamentos, da hemostasia e do sistema imunológico é
fundamental para manter a homeostase do corpo.
SÍNTESE PROTEICA Quando pensamos na relação fígado x proteína a primeira palavra que
deve vir à mente é “albumina”. O fígado é o único órgão que sintetiza albumina, que é
fundamental para manutenção da pressão osmótica. Ela é a proteína mais abundante no
nosso corpo sendo responsável por transportar hormônios, drogas e bilirrubina indireta.
Meia vida da albumina é longa e, por isso, em quadro agudos, não se nota alteração
importante. Já em condições crônicas, quando atinge um valor inferior a 3,5g/dL, mostra
que suas reservas estão abaladas e, devido à alteração osmótica, pode levar a edema, ascite,
diminuição da massa muscular etc.
Além da albumina, diversas outras proteínas são produzidas no fígado, como fibrinogênio,
protrombina e outros fatores de coagulação. Nesse caso, é importante saber que a meia vida
dessas proteínas é curta, e por isso, vão ser afetadas não somente nas hepatopatias
crônicas, mas também nas agudas.
As proteínas de fase aguda (Proteína-C-Reativa, haptoglobina, ferritina etc.), que se alteram
quando ocorre algum processo inflamatório no nosso corpo, também são produzidas por
esse órgão. Algumas doenças estão relacionadas a um defeito na síntese de proteínas
transportadoras pelo fígado, como a Hemocromatose Hereditária. Nesse caso, teremos o
aumento da transferrina e da ferritina, proteínas que se ligam ao ferro para levá-los para a
medula, baço, fígado e músculos, mantendo o bom funcionamento do organismo. Já na doença
de Wilson, teremos um nível baixo de uma proteína chamada ceruloplasmina, que também é
produzida pelo fígado. Ela é responsável pelo transporte do cobre e o acúmulo desse mineral
pode levar a fibrose e cirrose.
Vitamina A é o fígado:
O fígado possui a capacidade de armazenar e sintetizar diversas substâncias. Ele é responsável,
por exemplo, pela captação, armazenamento e manutenção dos níveis plasmáticos de
vitamina A. o excesso de Vitamina A pode causar dano hepático, hipertensão porta e
cirrose e, por isso, a suplementação deve ser monitorizada e suspensa a ingesta durante
um a cada três meses de uso para evitar hipervitaminose A.
Outras vitaminas também dependem da ação do fígado, como a vitamina D que é
armazenada principalmente no fígado. A forma ativa da vitamina D precisa ser
metabolizada no figado e nos rins para sua forma ativa sendo chamada calcitriol.
Os sintomas GERAL típicos da doença hepática incluem: icterícia, fadiga, prurido, dor no
quadrante superior direito, distensão abdominal e hemorragia digestiva. Frequentemente, muitos
pacientes diagnosticados com alguma hepatopatia não possuem sintomas. As anormalidades
aparecem nos exames bioquímicos hepáticos como parte de um exame de rotina ou na
triagem para doação de sangue, para seguro de vida ou admissão no emprego. Os múltiplos
exames disponíveis facilitam a identificação de hepatopatia. A constatação de icterícia,
hepatomegalia, dor no hipocôndrio direito, esplenomegalia, aranhas vasculares, eritema
palmar, ascite, perda de peso, equimoses, edema, veias abdominais dilatadas, hálito
hepático, asterixe, encefalopatia e coma são comemorativos presentes em maior ou menor
grau nas doenças hepáticas.
As causas mais comuns de doença aguda: Causas mais comuns de doença crônica na
ordem geral de frequência são:
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/213160/
TCR_MARINA_TEIXEIRA.pdf?sequence=1&isAllowed=y
A presença da ascite marca o avanço e complicações da cirrose hepática como,
encefalopatia hepática, varizes de esôfago, peritonite bacteriana espontânea, e outros
Fisiopatologia da cirrose:
Diagnóstico:
Os resultados de testes laboratoriais sugestivos de cirrose abrangem desde níveis séricos
de albumina ou bilirrubina anormais, bem como elevação do “índice de normalização
internacional” (INR).
O achado laboratorial mais sensível e específico sugestivo de cirrose no conjunto das
doenças hepáticas crônicas é a contagem baixa de plaquetas (<150.000/mm3), que ocorre
como resultado da hipertensão portal e hiperesplenismo.
Os exames por imagem confirmatórios incluem a tomografia computadorizada, o ultrassom e a
ressonância magnética. Os achados compatíveis com cirrose consistem em contorno hepático
nodular, fígado diminuído com ou sem hipertrofia do lobo caudado ou esquerdo, esplenomegalia
e, em particular, a identificação de vasos colaterais intra-abdominais indicativos de hipertensão
portal. Elastografia transitória, uma nova técnica não invasiva com base na propagação de ondas
de ultrassom, mede a rigidez do fígado e parece ser útil no diagnóstico de cirrose.
4.5. Seguimento farmacoterapêutico na evolução clínica.
A evolução clínica foi avaliada por meio dos exames
laboratoriais. Os exames de creatinina, potássio e sódio sérico foram
selecionados para avaliação da função renal devido ao uso de diuréticos
tratamento da as A ascite pode ser tratada com medicamentos diuréticos e
restrição de sódio na dieta dos portadores da doença, entretanto estes
medicamentos podem comprometer a função renal, o que torna o uso
destes medicamentos não recomendado para pacientes que com
disfunção renal (EASL, 2010; WGO, 2008).
Os principais diuréticos utilizados no tratamento da ascite são
furosemida e espironolactona (EASL, 2010). A furosemida é um potente
diurético, entretanto, a hipocalemia é um dos eventos adversos mais
frequentes, devido à depuração de potássio na urina. A espironolactona,
geralmente é utilizada em associação com a furosemida, por ser um
diurético poupador de potássio, desta forma, esta associação ajuda a
estabilizar o nível de potássio séricocite:
Hepatite medicamentosa:
Dentre os agentes responsáveis por hepatotoxidade estão uma vasta gama de fármacos,
químicos industriais e toxinas naturais. Os primeiros, contudo, são os principais responsáveis
pelos casos de lesão tóxica.
As lesões podem ser descritas como diretas se causadas por agente sabidamente hepatotóxico
ou indiretas, decorrente da reação autoimune a um agente previamente inócuo ou sua
transformação em toxina por diferenças individuais de metabolização. As primeiras, portanto, são
descritas como dose-dependente previsíveis, enquanto as segundas têm ocorrência inesperada.
Embora sejam majoritariamente causadoras de lesões hepatocelulares, as toxinas podem
acometer virtualmente qualquer estrutura do fígado, como vias biliares ou sistema vascular intra-
hepático.
A relação de alguns fármacos com o sítio de lesão está bem estabelecida e expostas a
seguir:
Paracetamol:
O paracetamol é um analgésico muito associado à lesão de hepatócitos, seu mecanismo de
toxicidade é dose-dependente (10 a 15g).
Muito utilizado em tentativas de suicídio por ser de fácil acesso a maioria dos pacientes.
Seus sinais clínicos iniciais incluem mal-estar com vômitos e diarreia seguidos de um período
assintomático.
De 24 a 48h há elevação aberrante de transaminases (>5.000 UI/L) e sua evolução pode cursar
com insuficiência hepática aguda, favorecendo o aparecimento de suas complicações mais
indesejadas, como encefalopatia hepática, coagulopatias, hipoglicemia e acidose lática.
A rifampicina, isoniazida e pirazinamida fazem parte do esquema de tratamento habitual para a
tuberculose, e geram um metabólito hepático chamado acetilidrazina, responsável por lesão
direta de hepatócitos
Níveis de transaminases até 250 UI/L acima do habitual são tolerados após introdução desses
fármacos, porém em cerca de 1% dos casos, pacientes que fazem uso de isoniazida – o mais
associado à hepatopatia – podem vir a desenvolver nos primeiros meses um quadro semelhante
à hepatite viral com evolução para hepatite crônica e até cirrose.
Em relação à avaliação da função hepática, julgue as afirmativas a seguir.
I. No que diz respeito à função dos hepatócitos, são sintetizados no fígado mais
de 90% de todas as proteínas e 100% das proteínas específicas do corpo, como a
albumina, e muitos dos fatores de coagulação.
II. Caso haja uma destruição hepática, haverá um aumento da síntese protéica,
especialmente da albumina, o que dá origem à hiperproteinemia e à hiperalbuminemia.