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14.

1 - Fundamentos clínicos para tratamento dos pacientes


especiais.

 Quem são os pacientes especiais?


São todos os pacientes que
poderiam ser mais sensíveis ou
São todos os Indivíduos com alguma doença ou
suscetíveis à exposição a
situação clínica que necessite de assistência
substâncias ou situações
diferenciada mis específicas, sejam elas
perigosas, por causa de fatores
passageiras ou não.
como idade, ocupação, sexo ou
comportamentos.
Classificação Diagnóstico

Doenças infecto contagiosas (hepatites, HIV,


tuberculose)
Condições sistêmicas (irradiados, transplantados,
oncológicos, gestantes, imunocomprometidos).
A base para diagnóstico de pessoa
Deficiência mental e/ou transtornos psiquiátricos com deficiência (PCD) o CID
Distúrbios sensoriais e de comunicação (Classificação Internacional de
Doenças) da OMS (Organização
Doenças sistêmicas crônicas (diabetes, cardiopatias, Mundial da Saúde).
doenças hematológicas, insuficiência renal, deficiência
hepática, doenças auto imunes, etc)
Neonatos, lactentes, crianças (população pediátrica).
Idosos – Gestantes.
 População pediátrica classificação da OMS:
Neonatologia:
Prematuros: (< que 37 semanas de gestação)
Termo: Recém Nascido (0 a 28 dias)
Período neonatal:
De 37 semanas intervalo de tempo que Lactentes (> 28 dias a 23 meses)
completas até menos vai do nascimento até Crianças (2 a 11 anos)
de 42 semanas o momento em que a
completas (259 a 293 criança atinge 27 dias, Adolescentes (12 a 16 ou 12 a 18 anos,
dias). 23 horas e 59 minutos. dependendo da maioridade estabelecida em
cada país, sendo que está no Brasil é de 18
anos).

 Idosos:

Há uma redução significativa da água corporal durante a fase de adulto para idoso (20 a 30%)
Entretanto, a diminuição da água corporal total, redução da massa magra e óssea e o aumento
da adiposidade corporal não ocorrem de maneira uniforme entre os indivíduos. A alteração
desses parâmetros fisiológicos possibilita quadros de intoxicação- Sabemos que a
maioria dos fármacos são lipossolúveis com isso temos uma distribuição maior nos
tecidos adiposos, pois a água está reduzida.

 Fundamentos clínicos para a farmacoterapia em idosos:

A concentração plasmática de albumina tende a ser menor, o que faz com que a
ligação das drogas a essas proteínas também esteja reduzida, resultando maior fração livre
(responsável por efeito) da droga no plasma e maior volume de distribuição (toxicidade).
A eliminação renal pode estar prejudicada, prolongando a meia-vida plasmática dos
fármacos e aumentando a probabilidade de causar efeitos tóxicos
Drogas lipossolúveis, como o diazepam, por exemplo, apresentam maior volume de
distribuição no idoso, pois a proporção de tecido adiposo nesses indivíduos é maior
A biodisponibilidade de drogas hidrossolúveis administradas por via oral, por exemplo,
pode estar aumentada, haja vista que o idoso possui menor teor de água no organismo, o que
acarreta redução em seu volume de distribuição
Fundamentos clínicos para farmacoterapia em idosos
Os rins exercem importante papel nas funções de excreção e regulação endócrina do organismo.
O rim vai depurar as substâncias presentes no organismo: Parte delas serão filtradas pelos
néfrons outras importantes serão reabsorvidas e secretado pelos rins via circulação sanguínea e
as substâncias não importantes (que chegam no fim do ponto, são mandadas embora) ou seja
excretadas.

 Ferramentas clínicas: Clearance renal ou depuração de creatinina.

A creatinina é um resíduo orgânico nitrogenado, proveniente do metabolismo muscular e


do consumo de carne. A creatina é sintetizada nos rins, fígado e pâncreas e transportada
para outros órgãos como músculo e cérebro, onde é fosforilada a fosfocreatina, através de
reação catalisada pela creatina quinase.
A dosagem dos níveis de creatinina no sangue é um dos métodos mais usados para
avaliação da função renal. Visto que a creatinina sérica presente, não possui valor para o
organismo, ela será filtrada pelos rins e excretadas na urina – (ou seja a que vai até o
final da linha do metro).

 A comparação entre a creatinina produzida pelos músculos e a excretada é utilizada


para avaliar a taxa de filtração glomerular).
Por meio da avaliação da creatinina é possível avaliar o funcionamento dos rins. Em casos
onde há comprometimento renal, a capacidade de filtrar o sangue é reduzida
(diminue a excreção), levando a um aumento da reabsorção desse metabólito (creatinina)
no sangue.

O exame creatinina sérica: é indicado a qualquer indivíduo com risco de desenvolver


doença renal. Isto inclui pacientes especiais e pessoas com: Hipertensão arterial (pressão
alta); Uso crônico de anti-inflamatórios; Diabetes mellitus; Infecção urinária;
Glomerulonefrite (inflamação do glomérulo); Cálculos renais (pedras nos rins); Insuficiência
cardíaca; Infecção renal

 O Teste de depuração da creatinina: É realizada a partir de uma coleta de urina de 24


horas.

A maior parte da informação clínico-laboratorial utilizada para a determinação da função


renal é derivada ou relacionada com a medição da depuração de alguma substância pelos
rins. A depuração de uma substância é definida como a quantidade de sangue ou
plasma completamente liberada desta substância, por unidade de tempo, através da
filtração renal. O teste de depuração da creatinina é realizado com medição da
creatinina em uma amostra de urina colhida em um tempo estabelecido e também
em uma amostra de sangue colhida no período de colheita da amostra de urina.
 Procedimento:
 Ferramentas – para calcular superfície corporal:

1. Utilização de Nomogramas:
Utilizando um nomograma, deve-se localizar nas escalas o valores de peso (escala da
direita) e altura do paciente (escala da esquerda) e ligá-los com uma linha reta. Essa linha
irá cruzar a escala da superfície corporal (escala do meio) indicando o valor da superfície
corporal em metros quadrados. Um nomograma para cálculo da superfície corporal
pode ser conseguido através do Serviço de Atendimento ao Cliente da Labtest
Diagnóstica.
2. Cálculo em planilha Excel:
Pode-se inserir o cálculo da Superfície Corporal e da Depuração da Creatinina
em uma planilha do Excel

Fórmula: Dcr = (Ucr x V) / Pcr


DCR: depuração de creatinina
Ucr= níveis urinários de creatinina medido em
mg/dl
O valor é comparado com a creatinina V= volume de urina colhido em 24 horas
plasmática. Pcr = creatinina plasmática (presente no
sangue).

Podemos usar, outras ferramentas como as calculadoras nefrológicas clereance de


creatinina: Exemplos: IMC, Cockcroft & Gault, MDRD GFR, CKDEPI, cálculo do kt/V

O rim é capaz de filtrar normalmente cerca de 180L por minuto e nós urinamos
normalmente cerca de 2L por dia.

 Para a creatinina são adotados os seguintes valores: normais devem estar entre:

Homens: Mulheres:
Entre 0,7 e 1,3 mg/dl 0,6 e 1,2 mg/dL

Os valores normais do Clereance de creatinina:

Crianças: Mulheres: Homens:


70 a 130 mL/min/1,73 m² 85 a 125 mL/min/1,73 m² 75 a 115 mL/min/1,73 m²
Quanto mais alta estiver os níveis desse indicador (creatinina), mais cuidado na avaliação
da filtração renal desses pacientes. Portanto o exame de sangue para avaliar os níveis de
creatinina é indicado a qualquer paciente especial com risco de desenvolver doença renal.

 Atuação farmacêutica: Populações especiais:

As alterações fisiológicas relacionadas à idade são variadas, por exemplo a redução de


água e gordura corporal, massa muscular, albumina sérica, fluxo sanguíneo hepático que
são fatores importantes para absorção, distribuição, metabolismo e eliminação de
medicamentos.

A difícil adaptação a sobrecargas funcionais, pode fazer com que os idosos fiquem mais
dispostos a patologias se compararmos com os mais jovens.
Os processos farmacocinéticos e farmacodinâmicos também podem ser afetados pelas
alterações fisiológicas e levar a uma RAM, pois estes processo são responsáveis por
desencadear a resposta clínica do medicamento que foi administrado.

Há também outros fatores que pode deixar o idoso mais vulnerável a uma RAM que são as
comorbidades (hipertensão, diabetes, dislipidemias, dentre outras), e o tipo de medicamentos
prescritos (adequados e inadequados)

Muitos medicamentos não deveriam ser prescritos para idosos por terem evidência insuficiente de
benefícios, risco elevado de RAM graves e por opções terapêuticas que podem ser mais efetivas
e que apresentam menos riscos para esse indivíduo. Ressaltando, existe uma variação individual,
em que um paciente de 70 anos pode ter suas funções biológicas equiparável a um de 40 anos.

As RAM podem ser classificadas em: graves que colocam em risco a vida do paciente ou que
prolongam a internação e em não graves.

São Classificadas em: A) São mais comuns, mais prevalente em idosos, relacionadas aos
efeitos farmacológicos, dose dependentes; B) Sem dependência da dose ou propriedades
farmacológicas, muito raras, associadas a uma elevada proporção de morbidade e
mortalidade sem dependência da dose.

Alguns exemplos de RAM são, sangramentos estomacais quando se faz uso de AINES,
cimetidina que pode levar a uma confusão mental, metildopa e nifedipina pode levar a uma
hipotensão e constipação e provocar até quedas no paciente, são algumas reações adversas
que estes medicamentos podem provocar e ser muito prejudicial ao idoso

Uma interação ocorre quando um medicamento influencia a ação de outro. Os idosos


podem apresentar redução de eliminação dos fármacos do organismo, pois possuem
várias patologias e frequentemente são polimedicados, por isso são mais suscetíveis a
interações medicamentosas. É importante supervisionar os medicamentos que o paciente
utiliza para evitar interações, já que pode ocorrer uso de fármacos desnecessários ao seu quadro
e também prescrições duplicadas ou antagônicas, e no ato da supervisão questionar se há
automedicação ou se faz uso de plantas medicinais e etanol.

Os medicamentos mais usados por idosos, por exemplo os anti-inflamatórios não esteroides
(AINES), inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA), betabloqueadores, digoxina,
diuréticos, depressores do sistema nervoso central, são potencialmente interativos.

Os indutores enzimáticos (carbamazepina, fenitoína), os inibidores enzimáticos


(Cimetidina, Omeprazol) são envolvidos com muita frequência nas interações
medicamentosas e assim ameaçam a saúde do idoso. É muito importante que os profissionais
conheçam o poder interativo desses medicamentos, a fim de prevenir eventos adversos da
combinação terapêutica prescrita desses medicamentos.

Todavia é bom sempre realizar exames de rotina para identificar possíveis desvios fisiológicos no
idoso, visto que alguns danos podem ser silenciosos, tardio e às vezes irreversível.

Exemplos de RAM em idosos: tipo dose cumulativa.


Antraciclinas: antibiótico antracíclico citotóxico (dano DNA) – bastante usado em cancer de
mama – caso a paciente já realizou 2 vezes ou mais o protocolo
Dose cumulativa total, durante toda a vida da doxorrubicina (incluindo fármacos relacionados
tais como daunorrubicina), não exceda de 400 mg/mL.
E se o paciente que você estiver fazendo o E se o paciente que você estiver fazendo o
acompanhamento farmacoterapêutico acompanhamento farmacoterapêutico
entrar em cuidados paliativos? evoluir à óbito?

Um dos marcadores mais significativos do envelhecimento é a manutenção da


funcionalidade. A avaliação da capacidade funcional serve para tentar medir o desempenho do
indivíduo em suas tarefas e como ele é capaz de cumprir seus papéis sociais em relação à sua
integridade física, intelecto, humor e emoção, atividades sociais e autocuidado.
Ou seja quando eu, estiver exercendo atenção farmacêutica com um idoso- EU JAMAIS
deverei infantiliza-lo- ou seja conversar como se fosse com uma criança do jardim. A
infantilização do idoso é um mal que pode fazer com que os idosos se sintam diminuídos e
tenham sua autoestima severamente afetada. "Na medida em que minimizamos sua
autoconfiança e sua autoestima, o idoso é levado a ter um olhar sobre si mesmo como alguém
frágil e incapaz", explica Eloah Mestieri, psicanalista com experiência em bem-estar na terceira
idade. Pela ótica da psicanálise, a infantilização é uma fonte de violência que gera traumas e
conflitos perigosos, que, destruindo a autoconfiança, apressa o declínio geral do idoso. "A
infantilização coloca uma barreira entre o idoso e o mundo, como se este estivesse regredindo de
importância enquanto sujeito. Isso traz consequências drásticas na saúde física tmb.
Exemplos de infantilização do idoso Expressões no diminutivo (comidinha, roupinha, caminha);
Falar apenas com o acompanhante ou como se o idoso não estivesse presente; Não inserir os
idosos em programas como shows, teatros, festas e viagens em família; Não comentar e
conversar sobre temas da atualidade; Desconsiderar a opinião da pessoa e o histórico dela em
decisões como fazer festa de aniversário, usar determinados tipos de roupa e fazer atividades
como uma dança, por exemplo....
"É preciso dissociar a ideia de que, para ser empático, você precisa ser engraçado e fofo com o
idoso. Na verdade você precisa ser coerente e falar com uma linguagem que ele entenda, e isso
tem relação com a capacidade cognitiva, da escolaridade, déficit auditivo ou visual e, não,
simplesmente pela idade...
Ageismo: Tradução do termo em inglês ageism, que significa preconceito etário.
Autonomia: Confundida comumente com o termo independência. Autonomia é a capacidade de
tomar decisões e planejar sua vida de acordo com as próprias regras e preferências. Um
indivíduo pode ser completamente dependente fisicamente, mas ainda ter autonomia suficiente
para fazer valer suas vontades... –
Clereance: é essencial para o ajuste de dose
Documentar todas as ações.
 14.2 – patologias prevalentes em pacientes especiais.

Gestantes Doenças mais frequentes.


A gestante tem suas funções
fisiológicas normais alteradas pela gravidez,
podendo apresentar alterações
gastrointestinais, na função imunológica, Anemia, vaginoses, hipertensão
vasculares e hormonais. Tais alterações gestacional, infecção urinária,
acabam por afetar a farmacocinética e diabetes, asma, doença periodontal e
farmacodinâmica do fármaco no sífilis.
organismo.
É também importante considerar que
os fármacos devem ter segurança quanto
ao risco-benefício para a mãe e o feto.

Doenças mais frequentes em pediatria:


As crianças devem ser tratadas com cautela, visto que estão ainda em desenvolvimento. Fatores
como tamanho, peso, estágio de desenvolvimento e presença de doenças devem ser
considerados sempre no tratamento desses indivíduos.
As doenças mais frequentes em pediatria são: infecções das vias aéreas superiores e
alergias, asma, rinoconjutivite, dermatite atópica, urticárias e dermatites de contato. As infecções
áreas são as mais prevalentes em crianças, e estão entre os principais motivos de atendimentos.
São tipicamente benignas e autolimitadas, apresentando frequência de quatro a oito
episódios/ano em menores de cinco anos (principalmente entre seis e 24 meses) e dois a quatro
episódios/ano em adultos. Outras como cardiopatias congênitas, Arritmias e DM 2 são as menos
prevalentes.
 Bronquiolite: é uma doença aguda que acomete bebês abaixo de 2 anos – agentes:
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) atingem os bronquíolos levando a obstrução impedindo
a passagem de ar.
 Já a bronquite é uma doença crônica – inflamação no pulmão- causada principalmente
pela asma.
Bronquiolite: Fatores de risco bronquiolite:
Formas mais graves, predominam na primo-
infecção. Lactentes com menos de seis

Reação inflamatória nos bronquíolos que meses de idade, principalmente prematuros,


acomete lactentes menores de 2 anos, crianças com doença pulmonar crônica da
sendo mais comum naqueles: do sexo
masculino, não alimentados ao seio prematuridade e cardiopatas representam os
materno e que vivem em condições de grupos de maior risco para desenvolver
aglomerações.
É uma doença infecciosa predominante infecção respiratória mais grave.
viral, tem como agente principal o Vírus
Sincicial Respiratório (50%, sazonalidade),
todavia possui outros agentes Parainfluenza; 6 a 24 meses de idade - Deficiências
Influenza; Rinovírus; Adenovírus). imunológicas - Fumo passivo- Uso de
A transmissão ocorre através de contato com
secreções contaminadas. chupeta
Ter irmãos mais velhos - Aleitamento
artificial

É caracterizada pela
obstrução bronquiolar
por formação de edema,
muco e fragmentos
celulares. Gera
hipoxemia: níveis baixos
de O2 no sangue arterial
ou por queda da
saturação da
hemoglobina.
 Fisiopatologia e etiologia da bronquiolite

A infecção ocorre quando o material infectado atinge o organismo através da membrana


mucosa dos olhos, boca e nariz ou pela inalação de gotículas derivadas de tosse ou espirro.
Estima-se que o período de incubação da doença é de quatro a cinco dias. O vírus se replica
em nasofaringe e o período de excreção viral pode variar de 2 a 8 dias ou até a melhora
clínica.
O sibilo é um som musical continuo que tem origem em oscilações que ocorrem em vias
respiratórias estreitadas. Os lactentes são propensos a produzir sibilos porque têm uma mecânica
pulmonar diferente em comparação com crianças mais velhas e adultos. A obstrução ao fluxo é
afetada pelo calibre das vias respiratórias e pela complacência pulmonar do lactente . Mesmo um
espessamento mínimo da parede bronquiolar afeta significativamente o fluxo aéreo, porque a
resistência é inversamente proporcional à 4ª potência do raio da via bronquiolar. Com a parede
torácica muito complacente do recém-nascido, a pressão para dentro produzida durante a
expiração submete as vias respiratórias intratorácicas a colapso.
A limitação ao fluxo é também afetada pelas diferenças na composição das cartilagens traqueais
e do tônus do músculo liso das vias respiratórias do lactente, causando um aumento ainda maior
da complacência das vias respiratórias, em comparação com crianças mais velhas. Todos esses
mecanismos combinados tornam o lactente mais suscetível a colapso das vias respiratórias,
aumento da resistência e subsequente sibilância. Além disso, Influências imunológicas e
moleculares podem contribuir para a propensão do lactente para sibilância.

A infecção pelo VSR estimula uma resposta com complexos imunes. Os eosinófilos
desgranulam-se e liberam a proteína catiônica eosinofílica, que é citotóxica para o epitélio da via
respiratória. A imunidade inata desempenha um papel importante e pode depender do
polimorfismos dos receptores toll-like (TLR), interferon (IF), interleucinas (IL) e fator nuclear
kB(NFkB). As quimiocinas e as citocinas, bem como o fator de necrose tumoral-α (TNF-α), podem
ser expressas de modo diferente, dependendo do vírus que desencadeia o processo.
A bronquiolite aguda geralmente é precedida pela exposição a um contato, com um irmão ou
parentes mais velho com uma síndrome respiratória menor na semana anterior. O lactente
desenvolve inicialmente uma infecção leve do trato respiratório superior com espirros e
rinorreia transparente. Isso pode ser acompanhado por diminuição do apetite e febre de
38,5° a 39°C, embora a temperatura possa variar de subnormal a acentuadamente elevada.
Gradualmente inicia-se um quadro de angústia respiratória com tosse sibilante paroxística,
dispneia e irritabilidade.
O lactente frequentemente apresenta-se taquipneico, o que pode interferir com a alimentação. A
criança geralmente não tem outras queixas sistêmicas, como diarreia ou vômito.

 Quadro clínico e diagnóstico


O diagnóstico da bronquiolite é clínico, em particular nos lactentes previamente saudáveis que
apresentam o primeiro episódio de sibilância durante um surto na comunidade. A radiografia de
tórax pode revelar pulmões hiperinsuflados com focos de atelectasia. A contagem de leucócitos e
o diferencial geralmente são normais. Testes virais (como imunofluorescência rápida, reação em
cadeia da polimerase ou cultura viral) são úteis para elucidação de um diagnóstico incerto ou para
fins epidemiológicos.
Possui características importantes que definem o quadro clinico como a Idade, Febre,
Tosse, Taquipneia, Tiragem, Crepitações, Sibilância. Bem como critérios clínicos de gravidade
identificados na evolução da bronquiolite: intolerância ou inapetência alimentar, presença de
letargia, história pregressa de apneia e sinais de desconforto respiratório, como taquipneia,
tiragem grave, demência e cianose.

 Tratamento
Não há terapêutica específica para resolução dos sintomas. O tratamento, portanto, é de
suporte e geralmente os pacientes apresentam boa evolução. Deve ser individualizado,
evitando-se o uso excessivo de medicações e procedimentos desnecessários nos lactentes,
pois além de não auxiliarem na evolução da doença, deixam o paciente mais ansioso e agitado,
piorando ainda mais seu estado clínico.
No manejo domiciliar é recomendado que os cuidadores realizarem: higiene das mãos com
água e sabão e ou álcool a 70%, evitar tabagismo passivo, manter alimentação normal para
a idade da criança, fazer higiene da cavidade nasal com solução salina, uso de
antitérmicos se for necessário, reavaliação médica se houver dúvidas ou se sinais de alerta
presentes, estarem atentos sobre os sinais e sintomas de “alerta”.
A oxigenoterapia é a única terapia comprovadamente benéfica na BVA. O oxigênio pode ser
oferecido na forma umidificada, podendo ser administrado através de cânula nasal, HOOD,
máscara facial, máscara com reservatório, dependendo da necessidade de concentrações mais
elevadas do mesmo e da aceitação do paciente. A hidratação oral deve ser estimulada, mas
se houver indisponibilidade da aceitação oral, sonda enteral ou acesso venoso deve ser
providenciado imediatamente.
Medidas de controle da transmissão, alta transmissibilidade do VSR representa uma séria
ameaça à ocorrência de surtos em ambientes hospitalares, associando-se a significativa
morbidade e mortalidade, merecendo a implementação de práticas preventivas rigorosas nos
hospitais.
O isolamento de casos confirmados e suspeitos, medidas padrão de controle de infecção
hospitalar, higiene frequente e criteriosa das mãos e uso de equipamentos de proteção
(luvas, óculos, máscaras e aventais), têm sido considerados efetivos, em graus variados, na
prevenção e redução das taxas de infecções e de surtos hospitalares desta e de outras infecções
virais.
 Diferença entre bronquite e bronquiolite:

 Bronquiolite:  Bronquite:
Doença aguda que acomete bebês abaixo Vírus ou bactéria (menos comum);
de 2 anos – agentes virais como Vírus - Todas as idades - Pode se tornar crônica
Sincicial Respiratório ( VSR) atingem os (irritantes ambientais). É uma inflamação
bronquíolos causando inflamação e edema.
- Mais comum no inverno

https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-mulher/principais-questoes-sobre-exames-
de-rotina-do-pre-natal/
Estudar mais como saber se tenho bronquite ou asma?
O farmacêutico recebeu uma prescrição de Não é recomendado o uso de corticoídes no
corticoide e antitérmico? tratamento da bronquiolite.

 Tratamento de suporte:

 Soluções salinas isotônicas nas narinas. A instilação de solução salina ou uso de


vaporizadores são medidas úteis para fluidificar as secreções que devem ser
praticadas, reduzindo os sintomas, o tempo de infecção e auxiliando como medida
preventiva das possíveis complicações.

 Antitérmicos em caso de T axilar > 38▫ C

 Paracetamol  Dipirona
Apresentação: 10mg/gota (200 mg/mL) Apresentação: 25 mg/gota (500 mg/mL)
Dose: 01 gota/kg/dose via oral de 6/6h Dose: 01 gota/kg dose da preparação
Dose máxima: 04 gramas/dia Dose máxima: 04 gramas/dia
Contraindicado: crianças menores de 3
meses de idade ou pesando menos de 5 kg
 Ibuprofeno: NÃO está recomendado o uso de ácido
Apresentação: 10mg/gota (200 mg/ml) acetilsalicílico pela possível associação
com a síndrome de Reye nas infecções por
Dose: 5 a 10 mg/kg dose 6h/6h
influenza, mas os demais antitérmicos
Dose máxima: 40mg/kg/dia podem ser utilizados.

Imunização passiva: O Palivizumabe injetável: 50 mg ou 100mg é um anticorpo


monoclonal IgG1) humanizado. Este imunobiológico é indicado na profilaxia de doença grave do
trato respiratório inferior causado pelo VSR em pacientes pediátricos com alto risco para doença
por VS.
A posologia recomendada de palivizumabe é 15 mg/kg de peso corporal,
administrados via intramuscular uma vez por mês durante períodos de risco de VSR
previstos na comunidade. A primeira dose deve ser administrada antes do início do
período de sazonalidade do VSR e as doses subsequentes devem ser administradas
mensalmente durante este período. Em geral, 5 doses anuais são suficientes para promover
proteção durante a sazonalidade inteira, no entanto, o período de ocorrência do VSR pode variar
conforme a região. Neste sentido, cada estado ou região pode estabelecer o período ideal para
início da administração do imunobiológico, considerando as peculiaridades climáticas de cada
região e estudos epidemiológicos locais. Para evitar o risco de reinfecção, recomenda-se que
crianças em tratamento com palivizumabe que apresentaram infecção por VSR continuem a
receber doses mensais do palivizumabe durante toda a estação de VSR. Trata-se de um fármaco
muito caro, é portanto seu uso – via SUS- não é para todos os lactentes, existem critérios de
legibilidade criados pelo MS que vão especificar clinicamente quais são os lactentes susceptíveis
ao tratamento.
Já no setor privado – existem outros critérios;
 14.3 – Atenção farmacêutica em doenças crônicas; (ou seja
acompanhamento clínico)

 Quais os benefícios atrelados à execução da atenção farmacêutica?


RDC – 44, 17 de agosto de 2009.

§2º Os registros devem conter, no mínimo, Art. 65. As ações relacionadas à atenção
Informações referentes ao usuário (nome, farmacêutica devem ser registradas de modo
endereço e telefone), às orientações e a permitir a avaliação de seus resultados.
intervenções farmacêuticas realizadas e aos Parágrafo único. Procedimento Operacional
resultados delas decorrentes, bem como Padrão deverá dispor sobre a metodologia de
informações do profissional responsável pela avaliação dos resultados.
execução do serviço (nome e número de
inscrição no Conselho Regional de Farmácia).

Art. 63. A atenção farmacêutica deve ter §1º Para subsidiar informações quanto ao
como objetivos a prevenção, detecção e estado de saúde do usuário e situações de
resolução de problemas relacionados a risco, assim como permitir o acompanhamento
medicamentos, promover o uso racional dos ou a avaliação da eficácia do tratamento
medicamentos, a fim de melhorar a saúde e prescrito por profissional habilitado, fica
qualidade de vida dos usuários. permitida a aferição de determinados
Ou seja a atenção farmacêutica consiste em parâmetros fisiológicos e bioquímico do
realizar acompanhamento criterioso a respeito usuário, nos termos e condições desta
de todos os medicamentos em uso pelo Resolução.
paciente. Eu tenho que previamente analisar a Permite eu atuar em consultórios inseridos em
prescrição e identificar possíveis problemas redes comerciais.- tenho liberdade de solicitar
em relação ao uso dos fármacos em questão. exames e fazer acompanhamento
Ex: presença de interação medicamentosa, farmacoterapêutico.
erro de dose

Todo acompanhamento
farmacoterapêutico deve ser
documentado- sou eu quem acordo o
período com o paciente.

Art. 66. O farmacêutico deve orientar o usuário Art. 67. O farmacêutico deve contribuir para a
a buscar assistência de outros profissionais de farmacovigilância, notificando a ocorrência ou
saúde, quando julgar necessário, suspeita de evento adverso ou queixa técnica
considerando as informações ou resultados às autoridades sanitárias
decorrentes das ações de atenção §2º Também fica permitida a administração de
farmacêutica. medicamentos, nos termos e condições desta
Resolução.

Art. 64. Devem ser elaborados protocolos para


as atividades relacionadas à atenção
farmacêutica, incluídas referências
bibliográficas e indicadores para avaliação dos
resultados
§1º As atividades devem ser documentadas de
forma sistemática e contínua, com o
consentimento expresso do usuário.

Acompanhamento
farmacêutico em hospitais. –
uma oportunidade de
atuação – estabelecer
ferramentas que avaliam a
resposta terapêutica (final
da cadeia)

Ferramentas a serem aplicadas que vão me garantir uma excelente acompanhamento


farmacêutico: os seguintes critérios, abaixo devem ser fielmente executados
Nem sempre uma prescrição vai possibilitar o ato de uma intervenção farmacêutica. Existem
prescrições 100¢ corretas
Métodos clínicos a serem aplicados que me vão garantir uma ótima atenção farmacêutica

Novos
problemas, são
novas consultas
e novas
prescrições.
Após a alta foi
em um
especialista.

 Para se alcançar uma conciliação medicamentosa de sucesso, é preciso obedecer as


seguintes etapas.

Preciso estar
atualizado no
guidliness –
embasamento
cientifico,
verificar com
o CRF local
se eles tem a
senha do
periódicos
capes –
pubmed- e
outras
plataformas –
micromedex
 Ficha farmacoterapêutica exemplo:
 Método do seguimento farmacoterapêutico:
Pegar os slides dos exemplos da professora – uma otima ideia a ser seguida. De como
fazer uma excelente intervenção farmacêutica.

IMPORTANTE REVER E TRANSCREVER ESSE SLIDES.


 14.7 – Gestantes

A fecundação é uma sequência de eventos moleculares que se inicia quando o espermatozoide,


gameta masculino encontra um oócito, gameta feminino e termina com a mistura dos
cromossomos maternos e paternos formando uma célula diploide (zigoto) que na metáfase da
primeira divisão mitótica transforma-se no embrião unicelular.
Fertilização: é quando o ovulo fecundado vingou gerando vida –
A gestação é mantida pelas ações dos hormônios peptídicos: Estrogênio e progesterona: São
inicialmente produzidos pelo corpo lúteo e depois pela placenta.
Progesterona: Inicio da manutenção do (endométrio é feita pelo corpo lúteo e a supressão das
contrações uterinas pela placenta.
Estrogênio: contribui para desenvolvimento dos ductos e secreção de leite;
Comparação entre os gametas reprodutores masculino e feminino:
CROMOSSOMOS: o oócito SEMPRE libera um cromossomo X, enquanto o espermatozoide
pode fornecer o cromossomo X ou Y. Em outras palavras, o sexo biológico
(cromossômico) do embrião é sempre definido pelo pai.
 Já o termo nidação refere-se ao momento de implantação do embrião na parede
uterina, processo que pode ser acompanhado de cólicas leves ou um ligeiro
sangramento.

 Principais hormônios envolvidos na gestação:


O Hipotálamo libera o hormônio GnRH hormônio que estimula a adenohipófise (anterior), levando
a síntese de gonadotropinas ou hormônios sexuais – FSH e LH. Esses hormônios vão então,
atuar nas gônadas sexuais (ovários e testículos) promovendo a ovulaççao e manutenção da
gestação. O FSH atua no folículo e LH no corpo Lúteo. No homem o FSH atua na
espermatogênese e o LH na testosterona.
Ciclo ovariano: 3 fases – Folicular – Ovulação e Fase Lútea.
Ciclo uterino – menstruação, fase proliferativa e fase secretória.

 Gonadotrofina coriônica humana (HCG) – Nas primeiras semanas da gravidez os níveis


de HCG liberados pela hipófise aumentam muito rapidamente, atingindo seu máximo na
10ª semana. A partir daí, há um declínio, atingindo uma concentração mínima aos 120
dias, que persiste até o final da gravidez. A HCG apresenta importante função no início
da gestação enquanto a placenta não é capaz de produzir estrógeno e progesterona
em quantidades suficientes para promover evolução dessa nova condição fisiológica. Ela é
detectada no sangue 8 dias após a fecundação e em 15 dias se for pesquisada na
urina.16
 Progesterona- A principal fonte de durante a gestação é a placenta. No entanto,
durante as 6 a 8 semanas, esta função é desempenhada pelo corpo lúteo. Após a
oitava semana de gestação, a placenta passa a ser a principal fonte secretora de
progesterona. Sua biossíntese dá-se por meio do colesterol materno, na forma de LDL,
o qual se liga ao seu receptor no trofoblasto e é captado e degradado a colesterol livre,
quando então é conônios Gestacionais:

Gestação: Da implantação do blastocisto na parede do útero, até aproximadamente oito


semanas da gestação ele é denominado embrião. Duração da gestação: 38 a 40 semanas
Placenta é um órgão transitório e aproximadamente a partir do 16º dia da gestação até o
parto, responsável pelo fornecimento de nutrientes e oxigênio provenientes do sangue materno
para o fetal.
Densa camada membranosa → atenção à ação dos medicamentos- fármacos Fílicos
atravessam por difusão passiva.
 Função dos hormônios gestacionais:
Prescrição de progesterona – é indicado na fase inicial da gestação em casos onde há
uma ameaça de aborto: Vai diminuir a frequência e intensidade das contrações uterinas. Pode ser
por via oral ou vaginal.
 Alterações no corpo da gestante:
Toda gestante passa por uma série de mudanças sistêmicas. Para identificar quais delas
são fisiológicas e quais são patológicas, o conhecimento dessas alterações é essencial .
As mudanças que ocorrem na mãe são devidas a mudanças anatômicas, mecânicas,
hormonais e bioquímicas em resposta ao feto durante esse período. Quase todos os
sistemas mostram mudanças funcionais ou estruturais à medida que a gravidez avança.

Aumento no ganho de peso Aumento do metabolismo; Aumento na temperatura


corporal;

Aumento nas necessidades Aumento no débito cardíaco; Aumento do volume


nutricionais sanguíneo;

Maior necessidade de Aumento da reabsorção de Aumento da excreção


oxigênio; cloreto, sódio e água pelos rena
rins;

 Cardiovascular:  Hematológico:

A partir da 6ª semana, o débito cardíaco


aumenta em 30% a 50%, devido
principalmente à demanda por circulação
placentária uterina. Ele atinge seu máximo
entre a 16ª semana e a 28ª semana
(geralmente na 24ª semana). À medida que a O volume sanguíneo aumenta em proporção
placenta e o feto se desenvolvem até o ao débito cardíaco, mas o aumento no volume
nascimento, o fluxo sanguíneo para o útero plasmático é maior do que a massa de
deve aumentar. Até 30 semanas depois, ainda glóbulos vermelhos, portanto, a hemoglobina é
está próximo de seu pico, tornando-o sensível diluída e diminuída. Na gravidez gemelar, o
à posição do corpo, fazendo com que o útero volume sanguíneo, a contagem de leucócitos
se dilate (por exemplo, na posição deitada) e e a necessidade total de ferro da gestante
bloqueie parcialmente a posição da veia cava, aumenta ainda mais.
o que pode causar uma diminuição no O
exercício físico durante a gravidez pode
aumentar o DC, a frequência cardíaca, o Se faz necessária a suplementação de ferro
consumo de oxigênio e o volume respiratório para prevenir a anemia, porque a quantidade
por minuto. A alta circulação dinâmica da de ferro absorvida da dieta e ferro
gravidez aumenta a frequência dos sopros suplementado geralmente não é suficiente
funcionais e agrava o som do coração. O para atender às necessidades da gravidez.
exame de imagem ou o exame de
eletrocardiograma podem mostrar que o
coração muda para a posição horizontal, gira As alterações na função renal são
para a esquerda e aumenta o diâmetro lateral. acompanhadas por alterações na função
cardíaca. A taxa de filtração glomerular (TFG)
aumenta. O fluxo plasmático renal aumenta
Todas essas alterações são normais e não proporcionalmente e, como resultado, o
devem ser mal diagnosticadas como doenças nitrogênio da ureia no sangue é geralmente
cardíacas, que geralmente só podem ser reduzido, enquanto os níveis de creatinina
tratadas por meio de controle. No entanto, em também são proporcionalmente reduzidos. A
mulheres grávidas, os episódios de taquicardia óbvia dilatação do ureter deve-se à influência
atrial são mais frequentes e podem exigir de hormônios (principalmente progesterona) e
exames preventivos ou medicamentos débito à obstrução causada pelo aumento da pressão
cardíaco do ureter e do útero, que também pode causar
hidronefrose. Após o parto, pode levar até 12
semanas para o sistema de coleta de urina
voltar ao normal.
Mudanças na postura afetam a função renal,
que é maior durante a gravidez do que em
outras situações, ou seja, a posição supina
aumenta a função renal (é uma das razões
pelas quais as mulheres grávidas costumam
urinar ao tentar dormir), enquanto a posição
ereta diminui a função renal. Já na posição
lateral, tem um aumento significante,
principalmente no lado esquerdo. Quando a
mulher grávida se deita de costas, essa
posição pode reduzir a pressão do útero sobre
os grandes vasos sanguíneos.
A função pulmonar de mulheres grávidas  Gastrointestinal:
muda, em parte devido ao aumento da
progesterona e também porque o aumento no
útero interfere na expansão dos pulmões. A Durante a gravidez, o útero dilatado
progesterona estimula o cérebro a reduzir os comprime o reto e a parte inferior do cólon,
níveis de CO2 para que, assim, o volume causando prisão de ventre. Como altos
corrente, o volume minuto e a frequência níveis de progesterona causam relaxamento
respiratória sejam aumentados (o que do músculo liso, a motilidade gastrointestinal é
aumenta o pH plasmático). O consumo de reduzida. Devido ao relaxamento do esfíncter
oxigênio é elevado para fornecer metabolismo esofágico inferior e do hiato, a azia pode ser o
aumentado para o feto, placenta e vários resultado de esvaziamento gástrico retardado
outros órgãos maternos. As reservas e refluxo gastroesofágico. A produção de
inspiratórias e expiratórias, o volume, o ácido clorídrico é reduzida, portanto,
volume residual e a PCO2 plasmática são
reduzidos. Já a capacidade vital e a PCO2
plasmática permaneceram inalteradas. O
busto aumenta e ocorre muita congestão e
edema do trato respiratório.
Às vezes, ocorre obstrução nasofaríngea
sintomática e congestão nasal, fazendo com
que a tuba auditiva seja temporariamente
bloqueada e que o tom e a qualidade do som
mudem. A dispneia moderada é comum
durante a fadiga e mais frequente durante a
respiração profunda

A gravidez altera a função da maioria das glândulas endócrinas, em parte porque a


placenta produz hormônios e em parte porque a maioria dos hormônios circula na forma de
proteínas de ligação, e essas proteínas aumentam durante a gravidez. A placenta produz a
subunidade da gonadotrofina coriônica humana (β-hCG), que é um hormônio nutriente. Os níveis
de estrogênio e progesterona no primeiro trimestre são elevados porque o β-hCG estimula os
ovários a produzirem óvulos continuamente. Com o hormônio folículo-estimulante e o hormônio
luteinizante, isso pode manter o corpo lúteo e prevenir a ovulação.
Após 9 a 10 semanas de gravidez, a própria placenta produz grandes quantidades de estrogênio
e progesterona para ajudar a manter a gravidez. A placenta produz o hormônio liberador de
corticotropina (CRH), que pode estimular a mãe a produzir ACTH (um aumento no nível de ACTH
aumentará o nível de hormônios adrenais, especialmente aldosterona e cortisol, que podem
causar edema).
O aumento da produção de corticosteroides e o aumento da produção de progesterona
placentária levam ao aumento da resistência à insulina e da demanda por insulina (a
insulina produzida pela placenta também pode aumentar a demanda de insulina, portanto,
muitas mulheres com diabetes gestacional desenvolvem outras formas mais pronunciadas de
diabetes). O estresse da gravidez também pode levar ao aumento dos níveis de lactogênio da
placenta humana. Estudar sobre diabetes gestacional.
A placenta produz MSH, que aumenta a pigmentação da pele durante a gravidez. A hipófise e o
nível de prolactina também aumentam durante a gravidez (a principal função do aumento é
garantir a lactação). Os níveis de prolactina voltam ao normal após o parto, mesmo em mulheres
que amamentam.
 Dermatológico:
Níveis elevados de estrogênio, progesterona e MSH contribuem para as mudanças nos
pigmentos, embora sua patogênese exata não seja clara. Essas mudanças incluem melasma
(quando causado pela gravidez, geralmente desaparece dentro de um ano), escurecimento da
aréola, axilas, genitais e também uma linha preta na parte média e inferior do abdômen.
Há a incidência de hemangioma aranha, que geralmente fica acima da cintura, e aumenta
a incidência de capilares dilatados e paredes finas (especialmente na parte inferior das pernas).

 14.8 – Farmacoterapia em gestantes:


 Classificação dos riscos do uso de medicamento durante a gestação:

É Classificado por letras (A, B, C, D, X), ordenando os medicamentos em relação ao risco


potencial.
Os riscos de teratogenicidade é maior no primeiro Trimestre da gestação. Informações são
baseadas nos estudos realizados em animais; poucos dados do uso em humanos. Informações
descritivas mais detalhadas sobre o perfil de segurança do medicamento durante a gestação que
requerem análise mais crítica dos profissionais de saúde.
Existe uma nova classificação: que abrange todo o período da gestação não só focado no
primeiro trimestre – inclui atenção ao homem. Abrange todo o período da gestação, trabalho de
parto, parto e também orientações para mulheres e homens com potencial reprodutivo.
Considera efeitos de teratogenicidade e também efeitos adversos fetais, descrevendo
detalhadamente o dano potencial na bula, sua frequência e gravidade.

 Farmacoterapia: alterações fisiológicas importantes


A farmacocinética de medicamentos para gestantes é alterada.

E excreção (aumento da taxa de filtração


A absorção (motilidade intestinal diminuída glomerular e um aumento do fluxo de
e tempo de esvaziamento gástrico sangue renal) dos fármacos mudam
aumentado)

Distribuição (aumento de volume do


sangue materno, aumento da massa
corporal e diminuição da ligação da
proteína do plasma), metabolismo (nível de
albumina reduzido
 Sendo essas alterações uma consequência do aumento de 30 a 50 % do volume
plasmático, débito cardíaco e da filtração glomerular do organismo da gestante, esses
eventos têm início a partir da 6ª semana da gestação permanecendo até a 30ª semana

O aumento na produção hormonal relacionada à gestação tem ação direta com a musculatura.
Nesse caso a frouxidão do ligamento se dá pela ação dos hormônios: progesterona, estrógeno,
cortisol e principalmente pela relaxina, que atua estimulando a expressão da colagenase e a
síntese de colágeno, que vai agir principalmente na remodelação do tecido conjuntivo da pelve,
impedindo a contratilidade uterina. O corpo lúteo é responsável pela sua produção estando
presente também durante o ciclo menstrual. Essa alteração anatômica do pé causa muito
desconforto nas gestantes, ela é mais acentuada em gestantes que estão no sobrepeso e
obesas, mas nota-se que raramente essa deformação se prolonga pelo período pós-gestacional
Cuidado maior é para gestantes que possuem Diabetes Mellitus ou que a desenvolveu
durante a gestação. Em decorrência das complicações clinicas que estão associadas ao pé
diabético
O aumento do aporte de estrogênio produzido pela placenta, faz com que os ductos das
mamas cresçam e se ramifiquem. No desenvolvimento final dos seios a progesterona
ocasionará o crescimento adicional dos lóbulos mamários, com a multiplicação e maturação dos
alvéolo
A prolactina, secretada pela hipófise anterior materna, tem sua concentração sérica
aumentada a partir da quinta semana gestacional até o parto. A somatomamotropina
coriônica humana, produzida pela placenta, tem propriedades lactogênicas auxiliando na
função da prolactina na secreção do leite materno
O colostro humano é definido como o primeiro produto da secreção láctea da nutriz, sendo
produzido até o sétimo dia após o parto (MS, 1993). Sua composição é mais proteica e menos
lipídica que o leite maduro. O leite humano possui numerosos fatores imunológicos que
protegem a criança contra infecções (IgA, gM e IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T,
lactoferrina, lisosima). Os microrganismos presentes nesse leite primário funcionam como um
potencial probiótico para o feto.
O aumento dos níveis de estrógeno, progesterona e do hormônio melanocítico estimulante
(MSH), foram implicados na origem da hiperpigmentação. A elevação do nível de MSH na
gestação ocorre no terceiro trimestre gestacional. Já os níveis de estrógeno e progesterona,
aumentam a partir da oitava semana de gestação e começam a diminuir a partir da trigésima
semana, padrão que é compatível com a evolução da hiperpigmentação. As alterações no
tecido conjuntivo, como as estrias (figura 3), se dão principalmente ao aumento de peso na
região abdominal e o aumento dos seios, devida à gestação, sendo mais comum em gestantes
com sobrepeso e obesas. Aparentemente elas se relacionam à distensão dos tecidos e à
atividade adrenocortical e estrogênica

 Os sintomas menores que mais afetam as gestantes, devido essas alterações são:
náuseas e vômitos; pirose e refluxo gastresofágico; constipação intestinal; dores
posicionais; deficiências nutricionais, entre outros.
A fisiologia alterada da gestante também pode ocasionar o aparecimento de doenças
como a diabetes mellitus gestacional (DGM) e a hipertensão arterial gestacional (HAG).

• Distúrbios hipertensivos gestacionais.


A doença hipertensiva especifica da gravidez está associada a manifestações próprias da
gestação acometendo principalmente primigestas.
 A Hipertensão arterial gestacional (HAG) é determinada pela aparição de hipertensão
arterial após a vigésima semana gestacional, sem proteinúria, podendo se normalizar após
o parto.
Já a hipertensão, edema e proteinúria (> 300 mg/24h) durante o período gravídico é
denominada de pré-eclâmpsia, que pode evoluir para a eclampsia, adicionada a presença
de convulsões e coma, em gestantes portadoras de hipertensão arterial crônica.
A hipertensão arterial sistêmica crônica é definida pela hipertensão registrada
anteriormente a 20ª semana do período gestacional ou que se estende até doze semanas
após o parto (SBH, 2010, p.58).
Seu tratamento pode ser variável (Tabela 2) sendo o foco a, sobrevivência e segurança
tanto da mãe quanto do feto. Os fármacos de preferencias são metildopa, betabloqueadores e
vasodilatadores

Medicamento Classe Classificação Comentário


FDA
Inibidor β-adrenérgico Mais comumente usada e com mais
α- Metildopa B
ce experiência
Labetolol α e β Bloqueador C Contra indicado: em pacientes com
adrenérgico asma, ICC* e precaução em pacientes
diabéticas
Nifedipina Bloqueador do canal de C Bom efeito hipotensor
cálcio
Furosemida Diurético de alça C Associado a diminuição do volume
plasmático, contra indicado na pré-
eclâmpsia
IECA Inibidores da enzima D Contra indicado na gestação
conversora de
angiotensina
Insulina NPH Insulina humana de B Só deve ser indicado quando não
ação intermediaria. houver melhora com tratamento não
medicamentoso.**

 Náuseas e vômitos:
As alterações fisiológicas que justificam náuseas e vômitos durante todo período
gestacional, ocorre pelos efeitos hormonais do estrogênio e progesterona, que tem os seus
níveis alterados pela sua produção placentária. Eles modificam o tônus da musculatura lisa
fazendo com que os alimentos permaneçam por mais tempo no estômago e o esfíncter
inferior do esôfago tende a relaxar-se, permitindo o refluxo do conteúdo estomacal para o
esôfago (BROUSSARD, 1998). Há também uma alteração estomacal levando a diminuição
do pH do conteúdo gástrico
Os eventos têm início a partir da quinta semana após o último período menstrual, o pico
entre a 8ª e a 12ª semana e a resolução entre a 16ª e a 18ª semana. Após esse período
aproximadamente 5% das mulheres apresentam sintomas de náusea e vômito durante toda a
gestação.
 Pirose e refluxo gastroesofágico.

Sensação de queimação estomacal e azia é devido a diminuição da pressão do esfíncter


inferior do esôfago, o aumento secundário da pressão intra-abdominal, alargamento do
útero e alterações no trânsito gastrointestinal durante a gravidez. A incidência é maior no
segundo e terceiro trimestre e se resolvem após o parto. Condições gastrointestinais pré-
existentes, agravam os sintomas de pirose e do refluxo ácido durante a gravidez e esses
fatores também contribuem para a ocorrência de náuseas e vômitos nesse período.

Constipação intestinal: movimentos intestinais pouco frequentes ou evacuação difícil é


multifatorial e de mecanismo não claro. Porém, relacionado com alterações anatômicas
gastrointestinais e os níveis de progesterona e estrogênio. A dieta da gestante é um fator
que também influencia na queixa de constipação.
Mulheres que ingerem menos fibras do que as que são recomendadas para o período,
apresentam correlação positiva com a constipação intestinal. Alguns medicamentos
comumente receitados e utilizados na gestação (ferro e cálcio) podem contribuir para
desregularização do trânsito intestinal.
Com o aumento da idade gestacional, a ampliação do útero pode afetar anatomicamente o
intestino diminuindo o movimento fecal. É importante notar que a constipação afeta
negativamente a vida dos pacientes, é segunda a queixa gastrointestinal mais comum na
gravidez, só perde pra náuseas.
A constipação está presente durante todos os trimestres e também três meses após o
parto.

 Deficiências nutricionais:
A gestação promove a deficiência de micronutrientes muito importante: O aporte de ferro,
folato e outras vitaminas é aumentado pela formação do concepto. O aumento de volume
plasmático altera as concentrações circulantes de proteínas e diminuem suas ligações
com os micronutrientes

A necessidade de aumentar o nível desses micronutrientes está relacionado à expansão da


massa eritrocitária, crescimento e desenvolvimento cerebral do feto. Durante todo período
gestacional o ferro é necessário para diferentes funções. No primeiro trimestre a exigência de
folato (vitamina B12) e ferro está principalmente atrelada ao desenvolvimento do tubo neural e
aos processos de divisão celular. Já no terceiro trimestre há relação com o armazenamento de
ferro pelo feto para a consolidação do sangue fetal.

A deficiência de ferro na gravidez está vinculada a complicações na gestação, a partos


prematuros, neonatos subdesenvolvidos e o risco de morte durante o período perinatal
aumentado.

A deficiência de ferro é definida como anemia que é definida por um número reduzido de
hemácias circulantes. Esse número torna-se insuficiente para atender as necessidades
fisiológicas do corpo, isso porque o fero é um elemento estrutural do grupo heme da
hemoglobina, que é responsável pelo transporte de oxigênio e gás carbônico no sangue. A
anemia é determinada laboratorialmente pela concentração de hemoglobina no sangue, se
os valores estiverem menores que 120g de hemoglobina por litro de sangue é considerado
anemia, já a anemia severa se estabelece com valores abaixo de 70g/L.

A baixa disponibilidade de ferro tem efeitos severos para a saúde principalmente para
mulheres grávidas e crianças; Além de atuar como elemento estrutural da hemoglobina, o ferro
tem papel importante na transferência de elétrons para algumas enzimas, por exemplo, naquelas
que atuam como neutralizantes de radicais de oxigênio. Ainda, em processos metabólicos como
na síntese de colágeno e de neurotransmissores.

Esse mineral é encontrado em diversos alimentos consumidos no dia a dia. Desse modo, uma
alimentação balanceada é fundamental para que a suplementação de ferro seja adequada.
Podem-se destacar como suas fontes: as carnes vermelhas, além das carnes de aves, suínos,
peixes e mariscos; vísceras, como fígado e miúdos; hortaliças folhosas verde-escuras, como
couve e espinafre; leguminosas, como feijão e lentilha. Ademais, é usual a recomendação de
ingestão de alimentos ricos em ferro acompanhados, por exemplo, de laranja, que é uma fruta
cítrica, já que o ferro, na presença de ácido ascórbico, glicose e alguns outros aminoácidos, é
mais bem absorvido, na medida em que é reduzido para o estado ferroso. Isso pode ser
empregado, inclusive, na prevenção e no tratamento de anemia ferropriva.

A anemia por deficiência de ferro é considerada nutricional, porque a concentração do mineral é


insuficiente para suprir a demanda. Existem diversas causas que podem se relacionar a essa
deficiência, como a ingestão inadequada de nutrientes ou a perda de sangue devido a
problemas gastrointestinais (varizes, úlcera péptica) doadores de sangue, distúrbio da
hemostasia, hematúria e uso de AINEs e anticoagulantes e à menstruação de alto fluxo –
no caso das mulheres. Além disso, é comum o surgimento de anemia nos períodos em que há
uma necessidade maior de ferro, especialmente nas fases de rápido desenvolvimento e
crescimento, ou seja, no decorrer da infância e durante a gravidez.

Quando surge esse déficit, os sintomas são, muitas vezes, inespecíficos, mas existem
aqueles que podem sinalizar e que devem ser investigados. Os sintomas mais comuns de
anemia ferropriva são: fadiga, perda da capacidade de atividades, irritiabilidade, cefaleia,
palpitações e dispneia aos esforções.

O transtorno alimentar conhecido como Pica é caracterizado pela ingestão de materiais não
nutritivos, como, por exemplo, argila, papel, giz, solo/terra, e é comum em indivíduos com a
deficiência. A papofagia, que é o desejo por gelo, também pode ser observada e é perigosa, pois
pode levar à doença gengival. Ademais, existem outros sintomas como fadiga, palidez, queilite
angular, unhas quebradiças, síndrome das pernas inquietas e perda de cabelo que podem estar
presentes no indivíduo

Dessa forma, vários sistemas podem ser afetados devido à anemia, já que a baixa disponibilidade
de oxigênio para os tecidos resulta em danos significativos. Ressalta-se que esse indivíduo pode
sofrer diversas consequências relacionadas a essa deficiência, dentre as quais: o
comprometimento do sistema imune, tornando-o mais susceptível a infecções; a redução
das funções cognitiva e sexual; e a redução da produtividade no trabalho e na qualidade
de vida. Além do mais, é importante destacar que o funcionamento normal do cérebro pode
ser modificado por conta dessa condição.

A anemia ferropênica é caracteristicamente hipocrômica e microcítica (VCM < 80). A


redução da ferritina sérica é o melhor exame para comprovar deficiência de ferro. No
quadro abaixo estão as principais alterações laboratoriais da anemia ferropênica:

OBS: diagnóstico laboratorial da anemia ferropênica:

Ex: determinação sérica de ferritina (ELISA de captura) vitamina B12 determinada por
meio da utilização do fator intrínseco ligado a um ligante específico. E o ácido fólico
método de captura iônica da utilização.

Logo, conclui-se que a anemia ferropriva é capaz de gerar danos sistêmicos, indivíduos de
diferentes faixas etárias. Sendo assim, é necessário que o médico solicite exame de sangue, no
caso o hemograma, e avalie também a história clinica para o diagnóstico. Nesses esses exames,
pode-se detectar um valor de hemoglobina abaixo do valor de referência, caracterizando
hipocromia, além do volume corpuscular médio (VCM) das hemácias também estar reduzido,
caracterizando uma microcitose. Outro parâmetro a ser utilizado é o hematócrito. É importante
também dosar a quantidade de ferro no sangue, por meio da ferritina, que não deve ser avaliada
de forma isolada. Assim, a anemia ferropriva pode e deve ser prevenida por meio de uma
alimentação balanceada, bem como através do imprescindível acompanhamento médico, o qual,
como visto, é de suma importância para se evitar os danos ocasionados pela deficiência de ferro
no organismo.

 No mais, quando a deficiência de ferro ocorre durante a gestação ou em crianças, pode-se


ter o aumento do risco de doenças e da mortalidade perinatal das mães e dos recém-
nascidos. Além disso, pode haver prejuízo no desenvolvimento da criança, consequências
a longo prazo. Sendo assim, durante essas fases, recomenda-se ainda mais o estímulo à
alimentação saudável e também à suplementação profilática de ferro para gestantes e para
as crianças. Com o intuito de prevenir os danos causados pela anemia ferropriva, para
esses dois grupos, considera-se fundamental a realização de consulta pré-natal com
o pediatra, o aleitamento materno prolongado, a consulta pediátrica de rotina e a
suplementação com ferro.

 A suplementação, deve ser feita com pediatra e do ginecologista –. É indicada a


suplementação com ferro dos três meses de idade até os dois anos, no caso de
crianças nascidas a termo e com o peso adequado, e já para crianças nascidas com
baixo peso e prematuras, indica-se a suplementação no primeiro mês.

 Já no caso das gestantes, indica-se a suplementação de ferro junto de ácido fólico


durante a gestação por um período de 14 semanas- pois o excesso causa problemas.
Além da ingestão de alimentos que contenham farinha enriquecida com esses dois
elementos. E em alguns casos onde há deficiência de B12 é preciso acrescentar também. .

 No período gestacional É Comum a deficiência de folatos – Prescrição de Ácido fólico por


até 14 semanas. .

 Ex: DTN- fol – Folifolin – afolic -

A suplementação universal de ácido fólico para as mulheres em idade fértil que desejem
engravidar e todas as gestantes até o final da gravide

A dose recomendada para as gestantes é de somente 400µg (0,4 mg) ao dia, a qual não deve
ser extrapolada.

O ácido fólico –é muito conhecido como Ácido fólico é necessário para a divisão
Vitamina B9, ou folato, ou metilfolato. celular, como é observado em um feto em
Prescrição: ácido fólico 14 semanas desenvolvimento.
Durante todo período gestacional o ferro é
necessário para diferentes funções

O folato (vitamina B9) refere-se a uma No primeiro trimestre a exigência de folato


forma natural da vitamina, enquanto o (vitamina B12) e ferro está principalmente
ácido fólico refere-se ao suplemento atrelada ao desenvolvimento do tubo neural e
adicionado aos alimentos e bebidas. O aos processos de divisão celular
folato é encontrado em vegetais de folhas
verdes, frutas cítricas, feijão e ervilha,
fígado e fermento.
Gráfico
Paciente com Hb muito baixa – fez uso de 1cp ao dia de ferro lipossomas por 30 dias – o
que permitiu a passagem intacta de ferro pelo sistema gástrico sendo absorvido apenas no
intestino. Essa estratégia é indicada em mães com problemas gastrointestinais conhecidos. O
uso lipossomal levou o aumento de Hb porém ferro e ferritina não aumentaram – isso pq o ferro e
ferritina foram usados para elevar a Hb da mãe. Então foi suplementado com ferro e B12

Valores de referência:

Hemoglobina: H 13 a 16 e Ferro: 33 a 193 mcg/ dL Ferritina: H 30 a 400 ng/dL


M 12 a 15 g/dL M 13 a 150 ng/dL
Vit D: desejável acima de 20 Vit B12: 211 - 911 pg/mL
População de risco: 30 a 60 ng/mL

Momento de reflexão: Depressão na gestante. Farmacoterapia

Inibidores seletivos da Recaptação se


Serotonina (ISRs)- de primeira escolha

Fluoxetina – Risco B - Não encontraram


risco aumentado de abortamento ou de
malformações congênitas, sendo
largamente usada e a restrição se deve a
meia vida longa.
Sertralina – citalopram Risco B –seguros
são cada vez mais usados.
Paroxetina – Risco D - Possui risco
teratogênico importante, devendo ser
utilizada apenas como última

De segunda escolha estão: Os


ADTricíclicos:
Nortriptilina: Risco B e desipramina
A cobrança pelo estado de alegria- fotos em Risco C- Primeira escolha para
redes sociais- status – acaba silenciado depressão devido aos menores efeitos
mulheres que estão lutando contra a depressão; anticolinérgicos e hipotensivos.
O tratamento da depressão em gestantes é Evitando-se preferencialmente no
complexo: Em torno de 14 a 23% das gestantes primeiro trimestre e devem ser
apresentam um transtorno depressivo, e, em suspensos duas semanas antes do
média, 13% usam antidepressivos em algum parto.
momento.

O uso de ADTS no 3 trimestre podem estar associados aos riscos de:


Toxicidade transitória ou síndrome de abstinência no recém-nascido, que podem incluir sintomas
Como irritabilidade, tremores, dificuldades com a alimentação e o sono e, mais raramente,
convulsões. Não há evidências de alterações comportamentais, QI ou alterações da linguagem a
longo prazo.
 O que é puerpério? Quanto tempo dura esse período?
Puerpério é o período após o parto até que o organismo da mulher volte às condições
normais (pré-gestação). Inicia com a saída da placenta e termina com a primeira ovulação,
que será seguida de menstruação. Sua duração costuma ser variável, especialmente por conta
da amamentação, uma vez que esta bloqueia a ovulação. Assim, mulheres que amamentam
têm puerpério mais duradouro. Alguns consideram o período de 45 a 60 dias pós-parto, pois
acredita-se que nesta fase todos os órgãos (exceto as mamas) já retornaram às condições
prévias, independentemente da amamentação.

 Fluxograma do caso clínico: Orientações farmacêuticas.

Devido a queixa
de cefaleias.
 14.9 – acompanhamento farmacêutico na Doença Hipertensiva
Específica da Gestação:
A gestação pode agravar a hipertensão existente antes da gravidez (hipertensão
arterial
Crônica), bem como induzi-la em mulheres normotensas (hipertensão gestacional e pré-
eclâmpsia).
DHEG: distúrbios hipertensivos que são induzidos pela gravidez. Por ser um termo muito
amplo, pode ser classificado: Hipertensão Arterial Crônica, Hipertensão arterial gestacional,
Pré Eclâmpsia e Eclâmpsia, Pré Eclâmpsia sobreposta à hipertensão arterial crônica.

Toda paciente ao ser diagnosticada com qualquer síndrome hipertensiva é,


automaticamente, classificada como pré-natal de alto risco e, por isso, deve ter um
acompanhamento profissional muito mais rigoroso.

Os fatores de risco: gestantes que apresentar 1 fator de alto risco OU 2 fatores de médio
risco deve realizar a profilaxia para pré-eclâmpsia.

Estratégia de predição da Pré-eclâmpsia

O doppler das artérias uterinas deve ser realizado no USG morfológico de primeiro
trimestre (entre 11 semanas e 13 semanas e 6 dias) e repetido no morfológico de 2º
trimestre (entre 19 semanas e 24 semanas e 6 dias). Alterações no índice de pulsatilidade
dessa artéria neste período chama a atenção para maior risco de desenvolver pré-
eclâmpsia.
A hipertensão gestacional é definida como PAS
140 mmHg e/ou PAD 90 mmHg em duas ocasiões
Hipertensão crônica, caracteriza-se por
com intervalo de pelo menos 4h, após 20
PAS 140 mmHg e/ou PAD 90 mmHg
semanas de gestação, em uma mulher
diagnosticada antes da gestação,
previamente normotensa. Não é acompanhada
antes de 20 semanas de gestação ou
de proteinúria e/ou sinais/sintomas de disfunção
com valores tensionais que se
de órgão alvo e os níveis pressóricos retornam
mantêm elevados por mais de 12
para valores normais no período pós parto.
semanas após o parto.

Pré-eclâmpsia, a PAS 140 mmHg e/ou


PAD 90 mmHg em duas ocasiões com
intervalo de pelo menos 4h, após 20
semanas de gestação, em uma
mulher previamente normotensa
associado ou não de proteinúria,
além dos sintomas cefaleia,
distúrbios visuais, dor abdominal,
plaquetopenia e aumento de enzimas
hepáticas, com desaparecimento até 12
semanas do pós-parto.
Pode ser classificada em leve ou
grave.
Recomenda-se a internação da
gestante.
Definição de Proteinúria
Proteinúria 300 mg/24, OU,
Relação proteína/creatinina urinária 0,3 Por que após a 20 semana? Período natural
mg/dl na qual o trofoblasto penetra o endométrio a procura
Pesquisa por fita reagente 1+ de maior aporte sanguíneo para desenvolvimento do
Desidratação, hematúria e bacteriúria embrião. Nesse ocasião tem umessimento da
podem produzir resultados falso positivo artéria????
Eclâmpsia: além dos sintomas que A 1 invasão: ocorre na nidação
acompanham a pré-eclâmpsia, a
gestante
Apresenta convulsões.
 Etiologia e Fisiopatologia da Doença Hipertensiva Específica da
Gestação.

A DHEG é o resultado de uma invasão trofoblástica inadequada (embrião), mediada por fatores
imunogenéticos. A consequência é um aumento da resistência vascular, da permeabilidade
capilar e ativação do sistema de coagulação, o que promove alterações generalizadas, como
menor perfusão nos órgãos.
 Invasão trofoblástica normal
Sabe-se que as artérias do endométrio e parte do miométrio, que formam o suprimento final de
sangue à placenta, são as artérias espiraladas. As paredes arteriais são compostas por
tecido elástico e muscular. Entretanto, as espiraladas, para conduzir o aumento do fluxo
sanguíneo uterino 10 vezes maior que o normal na gravidez, são transformadas em vasos
complacentes, de baixa resistência.

Esse fenômeno é fisiológico e ocorre devido a interação entre o trofoblasto extravilositário


e os vasos maternos. É função do trofoblasto fazer a destruição da musculatura vascular e
membrana elástica do vaso, ou seja, estas células substituem os revestimentos muscular e
endotelial vascular, aumentando o diâmetro do vaso.

Isso ocorre inicialmente no primeiro trimestre, quando o trofoblasto intersticial promove a


desorganização do músculo liso vascular. Depois disso, ocorre a chegada do trofoblasto
endovascular, considerada a segunda onda de migração trofoblástica, onde ocorre a
invasão da camada muscular média das artérias espiraladas do endométrio pelo
sinciciotrofoblasto, diminuindo a resistência vascular e aumentando o fluxo sanguíneo
placentário.
Este processo ocorre 4 semanas após a primeiro. Portanto, a primeira onda de migração
trofoblástica, iniciada com 8 semanas, completa-se por volta de 10 semanas da gravidez, e a
segunda onda ocorre a partir 14 semanas, de maneira que o trofoblasto endovascular ativo ainda
é visto na vasculatura espiralada até 24 semanas. Após esses processos, a placenta torna-se um
órgão extremamente vascularizado que permite as trocas materno-fetais.
O tratamento é individualizada em cada uma das síndromes hipertensivas, mas
algumas condutas são gerais.
Tratamento hipotensor deve ser instituído nas pacientes com PAS> 150 mmHg ou
PAD > 100 mmHg em duas medidas. As drogas mais utilizadas são:
Alfametildopa 500 mg – com dose máxima de 2g/dia
Anlodipino 5 – 10 mg dose única
Nifedipina retard – dose máxima 20 a 60 mg/dia
Pindolol 5-30 mg/dia
Entretanto, deve ser feito com cautela visando não causar hipotensão e,
consequentemente, hipofluxo placentário. Anti-hipertensivos como IECA e BRA não devem
ser utilizados em gestantes devido aos efeitos teratogênicos. Diuréticos podem ser
utilizados, com exceção aos casos de pré-eclâmpsia.
Cálcio 1,5 – 2,5g/dia é indicado para uso nessas pacientes ou naquelas que possuem
carência alimentar deste componente. Deve ser utilizado a partir de 12 semanas de
gestação e mantido até o parto.
Em caso de crise hipertensiva (PA > 160×110 mmHg) a conduta consiste em
monitorização dessa paciente, oxigenioterapia, venóclise e uso de hipotensores como
Hidralazina ou Nifedipina. No caso da Nifedipina, por ter ação rápida, deve-se ter atenção
com hipotensão e só deve ser administrado em pacientes conscientes.
A magnesioterapia é obrigatório em todas gestantes com sinais de iminência de
eclâmpsia, visando inibir as convulsões. Também é o tratamento de escolha no controle das
crises convulsivas. Atentar para a toxicidade do sulfeto de magnésio, sendo necessário a
sondagem vesical da paciente para acompanhamento desse quadro. Em caso de
toxicidade, o antídoto do sulfato de magnésio é o Gluconato de cálcio 10% 10 mL, IV, em 2-
3 min.

O acompanhamento laboratorial das pacientes com síndrome hipertensiva deve ser


feito frequentemente para identificar possíveis lesões a órgãos alvo e a resposta
terapêutica destas. Assim como, a vitalidade fetal também deve ser avaliada com
frequência maior

 Titulação por dia – DHGE


A primeira alternativa de tratamento é a mudança de hábitos de vida, levando a uma
redução dos picos de pressão- mudar de dieta – só hipossódica. A medicamentosa só é
indicada quando não teve melhora. Metildopa é o medicamento de escolha.

Caso clínico:
Paciente, com 27 anos de idade, segunda gestação (parto normal anterior), com idade
gestacional de 30 semanas, apresenta forte cefaleia acompanhada de náuseas e visão turva.
Refere uso de metildopa – 750 mg/dia em três tomadas.
À anamnese farmacêutica paciente nega uso de outros medicamentos, paciente inquieta,
poliqueixosa, referindo medo de morrer.
Farmacêutico afere a pressão arterial com resultado de 190x120 mmHg
Na anamnese devo verificar a lista de medicamentos, aferir a PA e se há presença de PRM.

Redução de dose
para 2 cp de
750mg e 1 cp de
500mg e
encaminhar
imediatamente
para emergência

Acompanhamento durante a internação:


Aferição da pressão arterial de 4 em 4 horas. Peso da gestante. Pesquisa de sintomas, cefaleia,
distúrbios gástricos e visuais, hiperreflexia. Preoteinúria.
Hemograma, função renal e hepática. Avaliação fetal sistemática.
Na pré-eclâmpsia leve não recomenda-se tratamento medicamentoso. Indicado corticoide
se < 34 semanas

A eclâmpsia é uma das complicações mais graves decorrentes da hipertensão arterial


que podem ocorrer na gravidez. O anti-hipertensivo pró-fármaco que, devido a
seus efeitos adversos, tem seu uso restrito para essa complicação na gravidez é
a:
 Clonidina
 Losartana
 Metildopa
Com relação à hipertensão arterial sistêmica na gravidez, assinale a alternativa correta.
Diagnostica-se hipertensão arterial sistêmica quando a elevação dos níveis pressóricos é
observada antes da gestação ou mesmo quando se identifica essa situação até 20
semanas de gestação.
São alterações fisiológicas observadas em pacientes gestantes a termo:
 Aumento do líquido intravascular e do volume plasmático com redução da contagem de
hemácias.
 Aumento do volume sistólico em cerca de 50%, do débito cardíaco em pouco menos de
20% e frequência cardíaca inalterada ou levemente aumentada.
 Aumento sistemático da pressão arterial em função da volemia, principalmente o
componente diastólico.
 Diminuição da resistência vascular sistêmica em cerca de 20% e pouca alteração na
pressão arterial sistólica.

Na gestação, ocorrem alterações fisiológicas decorrentes de fatores hormonais e


mecânicos. Na gestante, essas modificações:
 Podem ocasionar náuseas, que, apesar da causa desconhecida, podem estar relacionadas aos
níveis decrescentes de gonadotrofina coriônica humana.
 Atingem o sistema sanguíneo, reduzindo a concentração da hemoglobina à níveis entre
11g/dl a 10,5g/dl, constituindo a anemia fisiológica da gravidez.

A respeito das alterações fisiológicas ocorridas durante a gravidez, julgue os itens a seguir
com V para verdadeiro e F para falso.
( ) A gestante não se deve preocupar com o aumento da umidade vaginal, caso se trate de fluxo
vaginal claro, inodoro, sem ardor ou prurido, uma vez que este decorre do incremento natural da
progesterona.
(v ) Durante a gravidez, aumentam-se os triglicerídeos circulantes, e a lipase placentária
tem como função hidrolisá-los, liberando ácidos graxos livres que ficam disponíveis para o
feto.
( f) A glicosúria, evento raro na gravidez normal, pode ser usada como parâmetro de controle em
gestantes diabéticas.
Qual a sequência correta?

Durante a gestação, várias modificações fisiológicas ocorrem, principalmente,


no sistema cardiovascular da paciente. Com base nessa afirmação, julgue cada
uma das proposições seguintes:

I. A cardiopatia reumática e os defeitos cardíacos são as complicações mais


presentes na gestante.

II. A taquicardia mediante esforços é um sinal de sobrecarga do coração na


gestante.

III. As atividades físicas da gestante cardiopata devem ser restritas.

Está(ão) correto(s) o(s) item(ns):


II. Na placenta prévia centro total a placenta recobre completamente o orifício interno do
colo uterino.
O uso de medicamentos na gravidez é relativamente comum. No entanto, informações sobre os
efeitos dos princípios ativos na saúde do feto são limitadas. Fazem parte dos cuidados com a
prescrição de drogas na gravidez, EXCETO:
 Desestimular uso de medicação sem prescrição médica.
 Evitar medicamentos no primeiro trimestre gestacional.
 Orientar uso livre de fitoterápicos.

Uma paciente gestante de oito semanas foi avaliada e diagnosticada com teste IgG e
IgM positivos para toxoplasmose. Sendo essa a sua primeira gravidez e não há
registro de ter sido submetida a teste para toxoplasmose no último ano. Em relação à
toxoplasmose e à gravidez, julgue os itens a seguir:

I. Caso haja a transmissão da infecção, nesse momento, é baixa a chance de


morte fetal.

II. Caso necessário, a sulfadiazina e pirimetamina poderão ser utilizadas no terceiro


trimestre da gravidez.

III. Mesmo sem sintomas, a toxoplasmose nessa paciente poderá ser tratada para
suprimir a ação do toxoplasma sobre o feto.

Está(ão) correto(s) o(s) item(ns):


De acordo com a FDA, os medicamentos classificados como risco D ou X estão proibidos
durante a gravidez porque podem causar má formação fetal ou aborto, e os medicamentos
desaconselhados para usar durante a gravidez são os de risco B e C, devido à ausência de
estudos realizados em mulheres grávidas. Dessa forma, somente os medicamentos com risco
A podem ser usados durante a gestação, mas sempre sob orientação do obstetra.
Os efeitos teratogênicos são aqueles que:
Podem ocorrer a partir da exposição de embriões ou fetos à radiação, determinando alterações
na formação do organismo.

Define-se hipertensão na gravidez quando:


 A pressão arterial for maior do que 140 × 90 mmHg.

A afirmativa CORRETA sobre hipertensão na gravidez é:


 A suplementação de cálcio e o uso de ácido acetilsalicílico em doses baixas estão
indicados para prevenção de pré-eclâmpsia a partir da 12ª semana de gestação em todas
as mulheres.
 Na ausência de proteinúria, a pré-eclâmpsia é altamente suspeita quando o aumento da pressão
arterial sistêmica se acompanha de cefaleia, visão borrada, dor abdominal, edema pulmonar.
 Sulfato de magnésio é indicado para prevenir eclâmpsia em pacientes com pré-eclâmpsia grave
14.10 processos saúde e doença (também conhecida como história natural das
doenças) Hoje, no contexto do envelhecimento.
O processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer referência a todas as variáveis
que envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou população. Ele considera que ambas
estão interligadas e são consequência dos mesmos fatores.
Também é importante entender que o modelo da história natural da doença define dois
períodos sequenciados para o desenvolvimento de uma doença. O primeiro é o pré-
patogênese, que é antes do adoecimento. Esse período contempla a prevenção primária, que
inclui a promoção da saúde (Inter setoriais) e a proteção específica. Ele é caracterizado por incluir
as relações entre agente, hospedeiro e meio ambiente. Aqui, é bom lembrar: não e exclusivo
do organismo.
Agentes ou fatores etiológicos causadores da doença: Um vírus, por exemplo. Hospedeiro:
homem ou animal que podem ficar doentes. Meio ambiente: espaço onde ocorre ou pode ocorrer
a infecção do hospedeiro pelo agente.
O desequilíbrio nessas interações, portanto, leva ao adoecimento. Mas, neste momento, na
fase pré-patogênese, ainda não temos o adoecimento em si e sim a identificação dos
fatores de risco que podem contribuir para que aconteça de fato. O período patológico vem
após o pré-patológico e acontece quando já ocorreu a contaminação e o desenvolvimento da
doença. Nessa fase é comum o aparecimento de sintomas. Ou seja, o corpo já começa a sofrer
com as manifestações presentes no hospedeiro.
O envelhecimento da população é um fato incontestável, pois a cada ano que se passa
vemos um avanço na expectativa de vida da população. No início dos anos 2000, no Brasil, havia
cerca de 13,9 milhões de pessoas com idade superior a 60 anos. Para 2025 estima-se que esse
número alcance a marca de 39,9 milhões, conforme dados da Organização da Nações Unidas –
ONU (2019).
 Diferença entre gerontologia e geriatria?

Gerontologia: Focada em estudar o processo Geriatria – é uma especialidade responsável


de envelhecimento no quesito biopsicossocial. em tratar doenças típicas de idosos como:
– cuida do bem estar psicológico e cognitivo tendências a quedas, tonturas perda de
do idoso garantindo uma melhor qualidade memória- focada em identificar e tratar
vida na senescência. agravos de saúde com chance de cura ou não;
Ex: incontinência urinaria, memoria, HA,
quedas e falta de equilíbrio limitação física

A senescência está relacionada com todas as A senilidade está associada à senescência,


alterações anatomofisiológicas relacionas ao mas traz alterações fisiopatológicas que
envelhecimento, ou seja, algo esperado e que resultam em doenças que comprometem a
é comum a esse processo de envelhecer, que qualidade de vida da população idosa, ou seja,
não se pode evitar e não abrange a carga de algo que não se espera que ocorra e que se
doenças (SBGG, 2021). pode evitar (SBGG, 2021).
 Politicas relacionadas a saúde da pessoa idosa e envelhecimento?

Constituição Federal (art. 196): OMS: saude é um estado de completo bem


“A saúde é direito de todos e dever do Estado, estar físico, mental, social e não somente a
garantido mediante políticas sociais e ausência de afecções e enfermidades.
econômicas que visem à redução do risco de Os condicionantes são lazer, atividade física e
doença e de outros agravos e ao acesso esporte.
universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação”.

Política Nacional de saúde da Pessoa IdosaEm 2003, foi sancionado o Estatuto do Idoso
(PNSPI): através da Lei Nº 10.741 de 1º de outubro.
“Condição de autonomia e independência do Em 2006, foi aprovado a Política Nacional
que pela presença ou ausência de doenças de Saúde da Pessoa Idosa por meio da
Portaria Nº 2.528 de 19 de outubro. E em
orgânica”.
2010, o MS lançou o manual atenção à saúde
da pessoa idosa e envelhecimento

A saúde é entendida em sentido abrangente no Sistema Único de Saúde (SUS) como o


resultado das condições básicas de vida, liberdade de expressão e garantia de acesso aos
serviços de saúde. Nessa perspectiva, o Brasil está em constante mobilização para atender às
demandas do crescente envelhecimento populacional. A aquisição de recursos ópticos, órteses,
próteses e meios auxiliares de locomoção.
A população idosa brasileira apresentou importantes conquistas legais e de políticas de saúde na
década de 2000. Em 2003, foi sancionado o Estatuto do Idoso através da Lei Nº 10.741 de 1º
de outubro. Em 2006, foi aprovado a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa15 por
meio da Portaria Nº 2.528 de 19 de outubro. E em 2010, o Ministério da Saúde lançou o
manual atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento.

O Estatuto do idoso se destina a assegurar os direitos das pessoas com idade de maior ou igual a
60 (sessenta) anos. Este estatuto, apesar de ampliar a resposta do Estado e da sociedade às
necessidades da população idosa, não viabiliza os caminhos para o financiamento das ações
propostas. O Capítulo IV do Estatuto (art. 16º ao 19º) detalha sobre o papel do SUS na
garantia da atenção à saúde da pessoa idosa de forma integral, em todos os níveis de
atenção.

O SUS, dentro de suas competências e princípios fica estabelecido o direito de acesso a ele toda
população sem extinção. O Brasil, a Atenção Básica (AB), desempenha papel central na garantia
à população de acesso a uma atenção à saúde de qualidade, por ser o contrato preferencial dos
usuários, a principal porta de entrada e centro integrador de toda a Rede de Atenção à Saúde
(RAS). Para isso, orienta-se pelos princípios do SUS (universalidade, acessibilidade, vínculo,
continuidade do cuidado, integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da
equidade e da participação social).

Para estudar as políticas


públicas e poder inovar
em ideias e projetos
aonde eu for tampar. É
preciso conhecer
indicadores.
Estão envelhecendo
melhor:
Saúde sexual do idoso,
Maiores consumidores de
medicamentos do mundo.
Doenças simultâneas e
E grande problema de
saúde publica.

País idoso: quando a


Acima de 60 anos: jovem- Acima de 80 anos: idoso- população de idosos atinge
idoso (terceira idade). idoso (quarta idade). 7% da população total do
país.

• O processo de envelhecimento requer uma atenção especial, devido a fragilidade do


idoso e incidência de muitas patologias, levando a necessidade de uma assistência
continua do farmacêutico. Adesão a polifármacia.
Próprios da idade há alterações farmacológicas e farmacodinâmicas em seu organismo, assim
como a redução da quantidade total de água corpórea e dos componentes intracelulares e
extracelulares, tornando-o mais susceptível aos graves distúrbios de perda de líquido e maior
dificuldade para reposição volêmica perdida.
 Farmacoepidemiologia princípios: maior indicador de envelhecimento – funcionalidade.
A capacidade funcional consiste na capacidade do indivíduo em desempenhar atividades
cotidianas que lhe permita cuidar de si mesmo e ter uma vida independente em seu meio.
A funcionalidade do idoso é determinada pelo seu grau de autonomia e independência,
sendo avaliada por instrumentos específicos.
Autonomia Independência.
Decisão → capacidade individual de decisão e Execução → capacidade de realizar algo
comando sobre as ações com os próprios meios
Dessa maneira, a perda da capacidade funcional traz implicações para o idoso, a família e a
comunidade. Além de aumentar o risco de morte, ela gera maior chance de hospitalização e de
gastos para o Sistema Único de Saúde e para as famílias

 Mas como aferir a funcionalidade?

Temos as atividades básicas de vida diária (ABVD) que são aquelas relacionadas ao
autocuidado, ou seja, são as atividades fundamentais necessárias para na vida como:
tomar banho, se vestir, executar sua própria higiene, conseguir se transferir da cama para
a cadeira e vice-versa, ter continência, capacidade de se alimentar e andar. A
incapacidade de realizar essas atividades identifica alto grau de dependência. A escala das
ABVD se baseiam em informações dos pacientes e dos cuidadores e as mais usadas são
escala de Katz e o Indice de Barthel.

O idoso está exposto a perdas funcionais que se originam do processo de


envelhecimento em si (senescência) e/ou do acometimento de enfermidades
(senilidade).
 As escalas mais utilizadas para avaliação da funcionalidade em idosos são: Escala
CDR.

Método kominsky
– série
recomendada
envelhecer –
humor crítico.

A escala CDR propõe a partir do grau de dependência e perda da autonomia, classificar a


demência entre níveis incerto e grave.
Existem diversas escalas para definir a gravidade e a progressão das demências de um modo
geral, tornando possível definir o estágio da doença. A escala de avaliação da demência CDR
(Clinical Dementia Rating), figura 2, distingue cinco estágios de gravidade crescente, graças a
uma conversa sem estruturada do paciente e de uma pessoa próxima. Sendo assim avaliados
seis eixos:
(1) memória
(2) orientação
(3) julgamento e a resolução de problemas
(4) comportamento social
(5) comportamento em casa
(6) os cuidados pessoas
A função cognitiva dos idosos foi avaliada com a aplicação da Escala de Avaliação Clínica da
Demência (Clinical Dementia Rating – CDR). A CDR é um 5 dos principais métodos para
quantificar os diversos graus de demência e seu estadiamento. O questionário contém 10 itens,
sendo seis para o informante, referentes ao idoso em relação aos aspectos mencionados
anteriormente. Cada uma dessas seis categorias deve ser classificada em: 0 (nenhuma
alteração); 0,5 (demência questionável); 1 (demência leve); 2 (demência moderada) e 3
(demência grave), exceto a categoria cuidados pessoais, que não tem o nível 0,5. A categoria
memória é considerada principal, ou seja, com maior significado e as demais categorias são
secundárias14 . A escala de CDR vem sendo mais utilizada nos programas e pesquisas no Brasil,
por conseguir integrar aspectos cognitivos e comportamentais e avaliar o quanto estes aspectos
interferem nas atividades de vida diária15, sendo, inclusive, uma exigência do “Programa de
Medicamentos de Dispensação em Caráter Excepcional” do Ministério da Saúde para a
dispensação de medicamentos aos pacientes com Mal de Alzheimer.
 14. 11 – Fisiologia, fisiopatologia e Farmacoterapia em
Geriatria!

Marcadores de funcionalidade:
Rever essa parte e diferencias –
Autonimia capacidade de decidir – independencia capacidade de

Senescência: processo patológico do Senilidade: modificações fisiológicas que


envelhecimento (desequilíbrio homeostático) ocorrem com à passagem do tempo

 O aumento da expectativa de vida pode ter como consequências o maior tempo de


convivência com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), necessidade de
acompanhamento médico constante e uso de polifarmácia e o uso de medicamentos
potencialmente inadequados. .
 O processo de envelhecimento envolve modificações fisiológicas, que podem levar a
alterações farmacocinéticas (como aumento do tempo de meia-vida e concentração
sérica dos medicamentos) e farmacodinâmicas, reforçando a necessidade de
acompanhamento farmacoterapêutico e ajuste de dose de medicamentos sobretudo
nesta faixa etária. A possibilidade de dano induzido por medicamentos, mesmo quando
utilizados nas doses preconizadas e com indicação correta, constitui um grande problema
ao paciente idoso.
 Alterações farmacocinéticas e Farmacodinâmicas decorrente do processo normal do
envelhecimento e as suas repercussões clínicas.

Processos Alterações no
Repercussões clínicas
Farmacológicos envelhecimento
↓ Número de células de
Atrofia intestinal
absorção
Alteração da absorção de
↑ pH gástrico fármacos que necessitam
dissolução com a acide
Absorção de lipossolúveis e
↓ Fluxo sanguíneo esplênico fármacos dependentes da 1a
passagem hepática
 Absorção:
Podem levar a alteração da
↓ Motilidade do trato absorção
digestório de medicamentos (p. ex.:
↓ Trânsito intestinal Levodopa e
Penicilinas)
↑ Tempo de
esvaziamento
gástrico

Processos Alterações no
Repercussões clínicas
Farmacológicos envelhecimento
↑ Fração livre dos fármacos (p. ex.:
↓ Albumina sérica Fenitoina) ↑ Risco de intoxicação
↓ Volume de distribuição dos
hidrossolúveis (p. ex.: Digoxina)
↓ Massa hídrica e magra ↓ Dose necessária para atingir
concentração plasmática
↑ Volume de distribuição e meia vida de
 Distribuição
fármacos lipossolúveis (p. ex.:
Benzodiazepínicos)
↑ Massa de gordura
↑ Duração dos efeitos após 1a dose e
desenvolvimento gradual de toxicidade
com acumulo no tecido adiposo
↓ Fluxo sanguíneo ↓Metabolismo de 1a passagem
Metabolismo
hepático ↓ Níveis plasmática
↓Massa hepática
↓ Metabolismo oxidativo hepático → ↑
↓ Atividade do citocromo p
Meia-vida das drogas metabolizadas
450 (Fase I do
pelo fígado (p. ex.: Quinidina)
metabolismo
↓ Número de glomérulos
↓ Massa renal total
↓ Eliminação dos fármacos de excreção
↓ Fluxo plasmático renal
 Excreção renal → ↑ meia vida e ↑ nível sérico dos
↓ Taxa de Filtração
fármacos
Glomerular (TFG)
↓ Secreção tubular
Em relação ao processo de absorção, no indivíduo idoso, há um aumento do pH gástrico e
diminuição da motilidade gastrointestinal. Com isso, tem-se menor absorção de fármacos,
nutrientes, vitaminas e minerais.
Há também diminuição da albumina plasmática. Assim, no processo de distribuição, haverá mais
fármacos livres do que ligado a proteína ocasionando maior efeito do fármaco, podendo levar a
toxicidade
Além disso, observa-se diminuição do fluxo sanguíneo hepático e da massa hepática. Gerando
menor taxa de biotransformação. Há menor fluxo sanguíneo renal e taxa de filtração glomerular
ocasionando menor eliminação dos fármacos

Em relação às alterações farmacodinâmicas, tem-se alteração no número e afinidade


dos receptores, bem como alteração do nível de transdução do sinal. Tudo isso
contribui para que haja maiores efeitos adversos.
As principais alterações fisiológicas e metabólicas do idoso:
 Farmacoterapia – critérios de Beers:

São 5, os critérios de Beers que identificam os medicamentos considerados


potencialmente inapropriados para os idosos (MPIs) e descrevem os riscos
associados. A lista de medicamentos potencialmente inapropriados em idosos – é
atualizada a cada 3 anos é baseada em terapias e estudos de farmacovigilância.
Lista é disponível na internet – acrescentar dados da lista em meu formulário.

Aqueles que normalmente devem ser


evitados em idosos com certas condições- ou
seja- potencialmente inapropriados de acordo
Medicamentos que são potencialmente
com as doenças e síndromes dos idosos são
Inapropriados na maioria dos idosos
fármacos que apresentam altos riscos de
gerar reações adversas graves aos pacientes
da faixa etária em questão.

Medicamentos para serem usados com


Interações medicamentosas
cautela;

Ajuste da dose de droga com base na função


renais

Vale ressaltar que a prescrição de MPIs não apresenta-se como uma contraindicação
absoluta para o uso em idosos. Entretanto, para o seu deve ser considerado a
relação risco-benefício, a disponibilidade de outras opções terapêuticas, bem como
de recursos não farmacológicos.

Após realizar a prescrição de um MPI, o monitoramento do uso desses


medicamentos pode evitar que efeitos adversos passem despercebidos ou sejam
confundidos com sintomas de novas doenças ou condições clínicas. Tendo em vista
que efeitos adversos confundidos com sintomas podem levar a prescrição de mais
medicamentos.
Alguns exemplos de MPI são: antiparkinsonianos com forte ação anticolinérgica
(Biperideno e Triexifenidil) devido ao risco de toxicidade anticolinérgica;
benzodiazepínicos (Alprazolam, Clonazepam, Diazepam), pois aumentam o risco de
comprometimento cognitivo, delirium, quedas, fraturas e acidentes automobilísticos;
anti-histamínicos de1ª geração (Difenidramina, Prometazina) devido ao risco de
sedação e efeitos anticolinérgicos.

A polifarmácia traz ao menos um fármaco desnecessário à farmacoterapia e, que quando


associada a comorbidades, os riscos de toxicidade por drogas se elevam. Além disso, o uso de
(MPI) para idosos, conforme os critérios de Beers, pode levar a confusão, prejuízo cognitivo,
piora do estado clínico e aumento da mortalidade. Além de gastos públicos.

 Como aplicar o critério de Beers na prática clínica.

Começar atualizando meu formulário


farmacoterapêutico.

O formulário terapêutico contém as Eu posso, devo, complementar


monografias dos medicamentos informações da lista como descrição,
disponíveis e padronizados pela equipe indicações contraindicações, critérios
multiprofissional da unidade, do de beers
hospital ou seja do meu ambiente de
trabalho. Cabe ao farmacêutico, junto à Objetivando auxiliar profissionais de
CFT elaborar e o farmacêutico participar saúde na prescrição e dispensação de
dessa elaboração. medicamentos.
Conjunto de condutas clínicas voltadas ao
medicamentos com informações baseadas
em evidências cientificas.

Exemplo de um formulário terapêutico de sucesso: exemplo escopolamina


Em relação à epidemiologia e ao envelhecimento, julgue os próximos itens com V
para verdadeiro e F para falso.

(V ) Uma das consequências do crescimento da população idosa é o aumento da


demanda por serviços médicos e sociais.

( f) Estudos epidemiológicos têm mostrado que doenças e limitações são


consequências inevitáveis do envelhecimento.

(F ) O uso de serviços preventivos, a eliminação de fatores de risco e a adoção de


hábitos de vida saudáveis são pouco importantes na determinação do envelhecimento
saudável.

O aumento da proporção de idosos é um fenômeno global, que, inevitavelmente, resulta em


modificações do perfil epidemiológico das comorbidades e das características sociais e
econômicas das populações.

Sobre o processo de transição epidemiológica e envelhecimento populacional, assinale a


alternativa CORRETA.

 Distimia é um quadro depressivo grave no idoso, sendo o diagnóstico confirmado por meio de
manifestação permanente de humor depressivo por ao menos dois anos.
 Devido ao risco de queda e fraturas, os idosos devem ser sempre desestimulados à prática de
atividade física.
 Idosos com quadro de incontinência urinária devem ser estimulados a fazer uso de cafeína,
considerando a propriedade estimulante da substância que potencializa os reflexos do indivíduo
idoso.
 Sintomas extrapiramidais, como tremor, rigidez e bradicinesia, são complicações
frequentes do tratamento com neurolépticos típicos de alta potência.
A análise no processo de envelhecimento individual e populacional é chamada de
epidemiologia do envelhecimento, que nessa perspectiva, deve analisar a saúde
dos idosos considerando o gênero, a cultura, os determinantes da saúde, o ambiente
físico e os serviços sociais e de saúde e também deve mensurar por exemplo:

I - doenças como causas de mortalidade e morbidade da população;

II - capacidade funcional;

III - grau de independência e autonomia;

IV - anos de vida.

Estão corretas, apenas: I, II e IV.


 14.12 – Análise da prescrição na polifármacia.
Modelo de fichas usadas nos hospital em casos de internamento.

Descrever todos os medicamentos e os horários de administração – e o modo de como


deve ser administrado e monitorado.
Ev contínuo em BIC (Bomba
de infusão contínua – existe
um equipo que vai pulsar o
medicamento.
ACM – a critério médico.
SN – se necessário.
SC subcutâneo– é uma
resposta esperada – devido
ao stress oxidativo vai ter um
pico glicêmico e por isso
deve usar a insulina regular
para controle.
Se 181 -200: aplicar 2ui
Se 201- 250 : 4UI
Importante se der
hipoglicemia – usar glicose
50%

E extremamente importante eu farma conhecer os termos clinicos e suas abreviaturas.


 Atividades clínicas do farmacêutico diante da polifarmácia: Revisão da
farmacoterapia e conciliação medicamentosa.

Rever essa aula e transvreve os exemplos


O termo ‘farmácia clínica’ é utilizado para designar as ações realizadas pelo farmacêutico em
favor do paciente, por meio da identificação, resolução e prevenção de problemas relacionados
aos medicamentos (PRM). Estas ações são caracterizadas pela abordagem dos medicamentos
do hospital e pela revisão das prescrições médicas, reduzindo os riscos a elas associados;
auxiliando no manejo da doença e na redução do tempo de internação, PRM e mortalidade;
produzindo benefícios econômicos; e garantindo a segurança e a efetividade da terapia prescrita,
bem como seu uso racional em equipes multidisciplinares em diferentes níveis de cuidado
 Conciliação de medicamentos é um serviço que tem como objetivo prevenir
erros de medicação resultantes de discrepâncias da prescrição, como
duplicidades ou omissões de medicamentos, principalmente quando o
paciente transita pelos diferentes níveis de atenção ou por distintos serviços
de saúde, dessa forma evitando danos desnecessários

A conciliação de medicamentos é realizada no momento em que o farmacêutico inicia seu


acompanhamento aos pacientes admitidos até 48 horas em qualquer setor assistencial do
hospital. O profissional farmacêutico deverá dar início ao processo pelo preenchimento do
instrumento de Conciliação de Medicamentos.
Na parte inicial do instrumento são registrados alguns dados do paciente como: nome, número de
prontuário, idade, sexo, data de admissão hospitalar, setor de procedência, data de admissão no
setor de internação atual, leito, diagnostico e se foi utilizada alguma vacina após a internação
(caso a resposta seja positiva, registra-se também a vacina administrada). Essas informações
podem ser coletadas do prontuário eletrônico do paciente, ou pelo prontuário físico, localizado no
setor de internação, bem como em outros documentos de registro de informações hospitalares.
Outras informações importantes para a conciliação consistem em: alergias medicamentosas,
comorbidades (que, para efeito do presente protocolo, são admitidas como as doenças que o
paciente já apresentava previamente à internação), histórico de uso de medicamentos (que
consistem nos medicamentos de uso contínuo ou recorrente prescritos previamente à
internação), tabagismo e ingestão de álcool. Na ausência de alguma dessas informações no
prontuário, deve-se coletá-las com o próprio paciente ou cuidador, no horário de visita, caso o
usuário esteja impossibilitado de responder

Exercendo o pensamento clínico


• Conciliação de medicamentos é um serviço que tem como objetivo prevenir
erros de medicação resultantes de discrepâncias da prescrição, como duplicidades
ou omissões de medicamentos, principalmente quando o paciente transita pelos
diferentes níveis de atenção ou por distintos serviços de saúde, dessa forma
evitando danos desnecessários

Listar medicamentos.

Pregabalina a dose máxima é de


600mg está dentro do permitido – OK
Tá tendo constipação EA comum dos
opioides- associar um laxante
osmótico.
Sem a anamnese, quais intervenções eu faria? E com as coletas de dados?

Intervenção
farmacêutica.
Duplicidade de
medicamento –
omeprazol – suspender
o oral pois foi prescrito
injetável para tratamento
da hemo.
Na alta hospitalar (nova
conciliação) substituir
horário: tomada em
jejum.
Questionar sobre
naproxeno. Há quanto
tempo usa e se sabe
pq?
Se não sabe informar,
suspender – pois o
naproxeno leva a
diminuição de plaquetas
e hemorragia.
O consumo múltiplo de medicamentos é definido como polifarmácia. Pode ser pequena, quando
de dois a três fármacos; moderado, quando de quatro a cinco; e grande, quando acima de
cinco fármacos. A sua prática pode contribuir para o uso de medicamentos inadequados e não
essenciais para o tratamento do paciente.
Na medida em que se tornam mais complexos os esquemas terapêuticos, favorecem o
surgimento de problemas relacionados aos medicamentos.
A prescrição de agentes farmacológicos associados, que contenham dois ou mais princípios
ativos são enquadrados como polifarmácia. Por exemplo, quando uma pessoa recebe um anti-
hipertensivo composto de dois princípios ativos (um diurético e um beta-bloqueador) e um
analgésico potente também composto de dois princípios ativos (um agente anti-inflamatório não
esteroidal e um opioide), se tem como número total quatro substancias,.
Exemplo de classificação do Problema Relacionado ao Medicamento (PRM) – Naproxeno.
Naproxeno: Indicação principal: processos dolorosos e inflamatório
Mecanismo de ação: a inibição da biossíntese das prostaglandinas (inflamação, dor e febre)
PRM Necessidade: apresenta um problema de saúde por utilizar um medicamento que
não necessita
PRM Segurança: apresenta agravo de saúde por consequência de uma insegurança
quantitativa de um medicamento (ex. dose, frequência ou duração superior a necessária).
o plano de educação em saúde deve fazer parte, exceto:
 Consultar o médico ou farmacêutico caso seja necessário partir ou triturar os comprimidos.
 Guardar na geladeira apenas os medicamentos líquidos, conforme orientação de um profissional
de saúde.
 Manusear os medicamentos em lugares claros.
 Evitar usar colheres caseiras para medir as doses dos medicamentos.
 Se o idoso utilizar porta-comprimidos para guardar os medicamentos, deixe somente a
quantidade suficiente para uma semana. Errado é por 24 horas.
O declínio físico apresenta-se como uma das principais características do
envelhecimento e pode ser consequência de processos distintos: a senescência e a
senilidade. Sobre a senescência, é correto afirmar que:
 É o envelhecimento fisiológico do organismo.
A seguir, serão apresentadas situações de idosos. Associe qual dessas está vinculada
à Senescência, condições naturais decorrentes do envelhecimento, e Senilidade,
alterações provenientes de condições patológicas no idoso.

I- D. Mariana, uma senhora de 70 anos, capaz de fazer todas as atividades da


vida diária, lúcida, percebe que cada vez mais sua pele está enrugada.

II- S. Marcos, um senhor de 81 anos, sempre foi um atleta e rigorosamente faz


acompanhamento médico e com seu treinador físico, na avaliação desse mês ele
apresentou redução da massa muscular dos MMII.

III- D. Maria, 63 anos, diagnosticada com HAS há 30 anos, após aumento de


escórias nitrogenada, hipercalemia e oligúria, foi ao Nefrologista para
investigação e o mesmo indicou Hemodiálise.

IV- S. José, 69 anos, diabético insulino-dependente, tem apresentado dificuldade


para enxergar, no exame com oftalmologista foi diagnosticado com retinopatia
diabética.

A Lista dos Critérios de Beers apresenta medicamentos potencialmente inadequados para


uso em idosos. Esses critérios são amplamente utilizados na prática clínica, sendo
referência para a prescrição e o uso seguro de medicamentos em pacientes dessa faixa
etária.

Sobre o uso de medicamentos em idosos, de acordo com os critérios de Beers, é


correto afirmar:
 Inibidores da ECA devem ser substituídos por Clonidina, mais segura nesta faixa etária.
 Quetiapina diminui o risco de acidente vascular, sendo indicado para idosos com
demência.
 Diazepam deve ser substituído por fármacos neurolépticos de baixa potência ou
sedativos antidepressivos.

A depressão também está entre os transtornos mais comuns em idosos. Sobre


esse assunto, analise as assertivas.

I - A depressão é uma condição patológica incapacitante. O paciente tem sérios


prejuízos durante o estado depressivo e a condição crônica da depressão
predispõe o indivíduo a experimentar constante preocupação e expectativas
ruins, podendo necessitar de tratamento em serviços de atenção terciária.
II - É possível que a depressão apareça associada a doenças crônicas e outros
transtornos psiquiátricos. Em idosos isso pode ser ainda mais proeminente,
considerando-se que as doenças somáticas crônicas são mais frequentes e as
queixas mais intensificadas, o que torna os sintomas depressivos menos
aparentes.

III - Estudos mostram que a depressão pode vir acompanhada frequentemente do


transtorno distímico, o qual, na maior parte dos casos, tem início na meia-idade ou
velhice, trazendo sintomas como euforia, antecipação, medo e isolamento social.

IV - O tratamento dos quadros depressivos dos idosos precisa contemplar a


diversidade de fatores envolvidos no transtorno, privilegiando a combinação
entre psicoterapia e farmacoterapia. Há indicações científicas de que essas
terapias, isoladamente, não são eficazes para a remissão dos quadros
depressivos no envelhecimento.

Estão corretas as assertivas:


A distimia é um quadro muito semelhante à depressão, tendo em vista que apresenta os mesmos
sintomas. As únicas diferenças são a intensidade e a duração: na distimia os sintomas são mais
brandos do que na depressão; o período de manifestação desses sintomas é maior na distimia.

Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras V e as falsas F em relação à


polifarmácia.

( V ) O envelhecimento e o aumento da prevalência de patologias crônicas


conduzem à polifarmácia, considerada inapropriada para os idosos, embora
muitas vezes as quantidades de medicamentos prescritos estejam adequadas às
patologias diagnosticadas.

(v ) A redução do número de medicamentos prescritos aos idosos requer uma


abordagem multidisciplinar dos profissionais da equipe de saúde, bem como a
adaptação do idoso no ambiente familiar e social.

(F ) A polifarmácia pode ser entendida como o uso de três ou mais medicamentos por
uma única pessoa, sendo que a grande preocupação é o potencial de reações
adversas e das interações que podem ocorrer. Está relacionada ao uso de
medicamentos inadequados

(v ) É muito frequente a prescrição de medicamentos impróprios para idosos,


levando a iatrogenias graves que podem causar complicações, com internações
e mesmo com incapacidades e com aumento da mortalidade.

( V) Cabe aos profissionais, que assistem idosos, identificar e compreender suas


limitações, educar e orientar os cuidadores e adotar esquemas terapêuticos
simples, ou o mais simples possível, minimizando efeitos adversos.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.


O uso da polifarmácia em idosos resulta em complicações devido à biodisponibilidade
e toxicidade de diversos fármacos. Quais devem ser utilizados com muita cautela em
idosos, pois podem resultar em toxicidade, mesmo em doses terapêuticas usuais?
 Os tiazídicos.
 Os digitálicos.

Paciente idoso de 70 anos, apresenta hipertensão arterial, depressão, hiperplasia prostática


benigna, osteoporose, diabetes melito, catarata, osteoartrose, fazendo uso de enalapril, atenolol,
glibenclamida, metformina, paracetamol, alendronato de sódio, doxazosina e amitriptilina. Com
relação ao caso clínico, assinale a alternativa correta quanto à polifarmácia e avaliação da
influência das medicações no risco de quedas:
O uso de glibenclamida (sulfonilureia) pode desencadear mais, facilmente, hipoglicemia e,
consequentemente, quedas se comparado à metformina (biguanida).

Analise as afirmativas a seguir relativas à atenção à saúde do idoso.

I. A polifarmácia está associada ao aumento do risco e da gravidade das reações


adversas a medicamentos em idosos e caracteriza-se pelo uso diário de quatro ou
mais medicações diferentes pelo idoso.

II. A não adesão ao tratamento é um problema multifatorial, influenciado por


aspectos relacionados à idade (jovens ou idosos), ao gênero (homens ou
mulheres), à doença (crônica ou aguda), ao paciente (esquecimento, diminuição
sensorial e problemas econômicos) e a problemas relacionados aos
medicamentos.

III. A polifarmácia está relacionada ao uso de pelo menos um fármaco


desnecessário num rol de prescrições supostamente necessárias.
 14.13 – cuidados clínicos em pacientes com doença renal.
Funções renais:

Regulação hídrica. Eliminar resíduos e líquidos do organismo

Regulação química de elementos do sangue. · Eliminação de hormônios.

Eliminação de drogas e toxinas

Função renal normal:


A Taxa de Filtração Glomerular (TFG) é a medida da depuração de uma substância que é
filtrada livremente pelos glomérulos e não sofre reabsorção ou secreção tubular. Resulta de
um cálculo obtido a partir da dosagem da creatinina sérica, da idade do paciente, de seu
gênero (sexo) e da sua etnia (raça).
Estimativa da taxa de filtração glomerular pela equação de CKD-EPI em adultos:
 Mulheres: Sexo = 1,018; alfa = -0,329; kappa = 0,7.
 Homens: Sexo = 1; alfa = -0,411; kappa = 0,9

A Injúria Renal Aguda (IRA) ou Lesão Renal Aguda (LRA) consiste na redução abrupta da
taxa de filtração glomerular (TFG). Essa taxa representa o volume de sangue (mL) que os
glomérulos filtram a cada minuto e, consequentemente, alterações hidroeletrolíticas, distúrbios
ácido-base e acúmulo de escórias nitrogenadas, como a ureia e a creatina. Essa elevação destes
metabólitos consiste na azotemia.
 As Diretrizes do KDIGO (Clinical Practice Guideline for Acute Kidney Injury) definem
IRA como: um aumento da creatinina sérica ≥ 0,3 mg/ dl em 48 horas; ou um
aumento da creatinina sérica ≥ 1,5 vezes o valor basal, conhecido ou presumido,
como tendo ocorrido nos últimos 7 dias; ou um volume urinário < 0,5 ml/kg/h por 6
horas.
 Etiologia e fisiopatologia da IRA:
A IRA é resultado de inúmeros motivos que tendem a serem causados de acordo com a
porção do trato urinário a qual é afetada. Por exemplo, a redução da função renal pode ter
ocorrido ou por um problema circulatório que preceda o néfron, envolvendo as arteríolas renais;
por um problema na filtração feita por esse néfron; ou por algum distúrbio ou lesão na via coletora
de urina impossibilitando a homeostase normal renal, pela incapacidade dos rins filtrarem
resíduos, sais e líquidos do sangue.
Pode ser dividida quanto ao metabolismo E quanto a diurese em:
em três tipos etiopatogênicos diferentes.
Não oligúrica – Diurese > 500 mL/dia
IRA pré renal: ↓ da perfusão renal

IRA renal: (lesão renal parenquimatosa – Oligúrica – Diurese entre 100 e 500 mL/dia.
intrínseca)
Anúrica – Diurese < 100 mL/dia
IRA pós renal: Obstrução urinária

Características de cada tipo de IRA¹


 Pré renal: ocorre como uma resposta fisiológica do rim à diminuição na perfusão
sanguínea renal (redução do fluxo sanguíneo), geralmente ocasionadas por quadros que
cursam como hipovolemia (Sangramentos, diarreia, sepse, IC, hepatopatia).

A Lesão é decorrente da hipoperfusão renal com PAS < 80 mmHg, e com integridade do
parênquima renal. Ou seja, é um problema hemodinâmico e não no néfron. Sendo assim, as
manifestações clínicas da IRA- pré podem ser revertidas caso o fluxo renal seja restaurado. – é a
mais prevalente Dos 3 tipos.

A fisiopatologia é bem simples. Quando há redução do fluxo sanguíneo renal, a arteríola


aferente sofre dilatação por conta de mediadores químicos (ex.: prostaglandinas, NO, etc.)
e do reflexo miogênico por conta do estímulo dos barroreceptores nesse vaso, aumentando
este fluxo. De forma sinérgica, as arteríolas eferentes sofrem contração por conta do sistema
renina-angiotensina-aldosterona (SRAA). Tudo isso ocorre a fim de manter a TFG. Tais
eventos formam um mecanismo compensatório em nosso corpo

O (SRAA) consiste num sistema regulador de feedback formado por um conjunto de


eventos fisiológicos a fim de regular a pressão arterial. Até certo ponto, ele consegue “dar
conta” da hipoperfusão, mas é passível de descompensar.

Ele consiste em 5 etapas:


1- Com a redução da pressão arterial (menor que 100 mmHg), os rins secretam a
enzima renina na corrente sanguínea;
2- A renina atua degradando o angiotensinogênio em diversas moléculas e, dentre elas,
a angiotensina I;
3- Essa molécula é transformada na sua forma ativa, angiotensina II, pela enzima conversora
de angiotensina (ECA);
4- Assim, a angiotensina II atua na contração das paredes musculares lisas das artérias,
resultando em vasoconstrição e, por seguinte, aumentando a pressão arterial. Além disso,
essa enzima também contribui estimulando a adrenal e a hipófise a produzirem,
respectivamente aldosterona e vasopressina (hormônio antidiurético ou ADH);
5- Por fim, a aldosterona e o ADH atuam na retenção de sódio no sangue pelos rins. Com o
aumento de sódio sérico, por osmose, a água presente no néfron é “puxada” de volta a
circulação sanguínea. Dessa forma, há aumento da pressão arterial.

No entanto, essa autorregularão possui certo limite, só é feita até uma pressão arterial
sistólica igual a 80mmHg. Abaixo disso, o paciente entra em um estado de hipoperfusão
renal gravíssima e duradoura, apresentando tal lesão renal, podendo até evoluir com
necrose tubular aguda isquêmica.

Essa hipoperfusão renal, quer seja por hipovolemia ou hipotensão sistêmica, consiste no
mecanismo fisiopatológico da IRA, mas isso não é universal em todos os casos, ou seja, a
hipoperfusão não precisa apresentar tamanha magnitude para a injúria pré-renal se instalar.

Grupos de riscos: Pacientes idosos, com patologias vasculorrenais, diabéticos e


hipertensos, por exemplo, podem apresentar um hipofluxo renal antes de sua PAS atingir
80 mmHg.
Portanto, para que o quadro de IRA pré-real se estabeleça, o paciente deve passar por
situações nas quais, eventualmente, haja redução do fluxo sanguíneo para os rins. Dessa
forma, as quatro grandes causas dessa lesão renal são:

 Depleção absoluta do fluido corporal: Conhecida por redução do volume circulante


efetivo, é a causa mais comum. Pode ser causada por hemorragia externa ou interna
(choque hemorrágico em caso mais extremos), diarreia, vômitos, fístula digestiva,
poliúria, sudorese intensa, perda para o terceiro espaço (ex.: ascite) e uso de
diuréticos;

 Vasoconstrição renal: Ocorre em situações como sepse (lesão do endotélio,


liberação de mediadores inflamatórios e geração de espécies oxidativas causam tal
fenômeno) e doenças hepatorrenais (patologias graves caracterizadas pela rápida
deterioração da função renal por conta de cirrose ou insuficiência hepática
fulminante);

 Redução do débito cardíaco: Complicação de pacientes com insuficiência cardíaca


congestiva, hipertensão pulmonar e infarto agudo do miocárdio;

 Alterações na autorregularão: Medicamentos como AINES (anti-inflamatórios não


esteroidais), IECA (inibidor da enzima conversora de angiotensina) e BRA
(bloqueador do receptor de angiotensina) atuam interferindo na hemodinâmica do
corpo. Esses medicamentos inibem a produção e/ou ação de mediadores, como
prostaglandinas (provoca vasodilatação na arteríola aferente) e angiotensina II
(provoca vasoconstrição na arteríola eferente), que auxiliam o aumento de pressão
por conta do aumento da TFG.

 IRA – intrínseca (renal):


Pode ter origem isquêmica ou nefrotóxica (rabdomiólise, mieloma, drogas nefrotóxicas). A
principal é a Necrose Tubular Aguda. A sua patogênese envolve alterações do
endotélio, com consequente vasoconstrição, resultando em alteração de sua função e
morte celular, tanto por necrose quanto apoptose. Geralmente a NTA se dá em pacientes
críticos que cursam com isquemia renal (choque, sepse, grande queimado, pancreatite
aguda necrotizante), causando oligúria no paciente.

Para causar NTA, a isquemia deve ser grave ou prolongada, geralmente de uma IRA pré-renal
que evoluiu para uma lesão do rim já que não foi corrigida precocemente. Um dos sinais é o
paciente que não responde à reposição volêmica. Outras causas de IRA intrínseca são: Nefrite
Intersticial Aguda (NIA) - Obstrução intranéfron- Fármacos nefrotóxicos -Glomerulonefrite aguda -
Púrpura Trombocitopênica Trombótica- Síndrome Hemolítico-Urêmica
IRA Pós renal: obstrução
Ocorre em consequência da obstrução das vias urinárias em qualquer nível extra-renal (pelve,
ureteres, bexiga e uretra) como, por exemplo, ocasionada por cálculo ureteral, hiperplasia
prostática ou neoplasia etiopatogênia é basicamente obstrução.

Logo suas principais causas incluem aquelas que impeçam a liberação de urina pelos rins,
como Hiperplasia Prostática Benigna, válvula de uretra posterior, câncer de bexiga, obstrução
uretetral bilateral (carcinoma metástico, linfoma pélvico e fibrose retroperitoneal.

Manifestações clínicas:

A IRA é habitualmente acompanhada por redução de diurese. A oligúria é definida como diurese
inferior a 400 ml/24h e pode anteceder as alterações dos marcadores laboratoriais. Quando há
manutenção da diurese a despeito da perda de função, denominamos a IRA como não-oligúrica
(comum na NTA nefrotóxica). A instalação súbita de anúria, definida como diurese inferior a 50
ml/24h, é incomum e sugere a ocorrência de obstrução pós-renal total, trombose arterial bilateral,
trombose venosa bilateral ou necrose cortical.

O quadro clínico da IRA é muito variável. Praticamente todos os órgãos e sistemas do organismo
podem ser acometidos como consequência de uremia, hipervolemia ou distúrbios
hidroeletrolíticos

Os principais sintomas:
Falta de apetite – retenção hídrica – sonolência – fadiga – falta de ar – dor no peito –
convulsões – náuseas – hipertensão – edema pulmonar e alterações eletrolíticas.

O diagnóstico etiológico da IRA é essencialmente clínico, mas alguns exames


complementares são úteis na diferenciação entre as diferentes etiologias possíveis.
Dentre os mais importantes, encontram-se o exame de urina com análise de sedimento
urinário, o cálculo das frações de excreção de sódio e ureia, os exames de imagem (USG
renal, Doppler artérias renais, tomografia computadorizada) e a biópsia renal (indicada em
casos de IRA de etiologia incerta, suspeita de glomerulonefrites, nefrite intersticial e em
casos de IRA prolongada – definida como a não-recuperação da função renal dentro de 4 a
6 semanas após o diagnóstico, sem que ocorram novos insultos renais nesse período)
Tratamento: https://blog.jaleko.com.br/injuria-renal-aguda/
O melhor tratamento da IRA é a sua prevenção. Essas medidas baseiam-se na
manutenção da volemia, otimização de débito cardíaco e não-utilização de drogas nefrotóxicas.
A prescrição médica deve ser revista constantemente e a administração de drogas nefrotóxicas
evitada sempre que possível. A dose de todas as medicações prescritas deve ser corrigida
de acordo com a taxa de filtração glomerular medida ou calculada (equação de Cockcroft-
Gault, MDRD).
Quando o uso de drogas nefrotóxicas é indispensável, devemos corrigir a dose de acordo
com a função renal do paciente. Algumas drogas podem ter sua concentração plasmática
monitorizada

IRA – pré-real: O tratamento consiste IRA renal: tratamento depende da


basicamente na reposição volêmica, na etiologia. O tratamento de vasculites e
otimização hemodinâmica e nas medidas glomerulopatias é complexo e baseia-se no
gerais citadas acima. uso de imunossupressores e
corticosteroides. Em casos de Nefrite
intersticial aguda, além da suspensão da
droga causadora, a administração de
corticosteroide pode ser útil.

Terapia de Reposição Renal:


Apesar de ainda haver muita discussão na literatura, para a IRA ainda não existe consenso sobre
o momento ideal para o início da diálise, o melhor método dialítico a ser utilizado e a dose de
diálise a ser administrada. Ainda assim, sabemos que o procedimento dialítico não deve ser
iniciado tardiamente, quando as complicações urêmicas e congestivas já estão avançadas,
expondo o paciente a riscos desnecessários. As indicações clássicas para o início de diálise são:
edema pulmonar não responsivo a tratamento conservador; hipercalemia não responsiva a
tratamento conservador; acidose metabólica não responsiva a tratamento conservador; uremia
sintomática (encefalopatia e pericardite).
A Doença Renal Crônica é considerada um problema de saúde pública em todo o mundo.
No Brasil, a incidência e a prevalência de falência de função renal estão aumentando; o
prognóstico ainda é ruim e os custos do tratamento da doença são altíssimos. No que se
refere à Doença Renal Crônica (DRC), analise as afirmativas a seguir, marque V para as
verdadeiras e F para as falsas.

(V ) Os pacientes diabéticos apresentam risco aumentado para DRC e doença


cardiovascular e devem ser monitorizados frequentemente para a ocorrência da lesão
renal.

V( ) A diminuição fisiológica da filtração glomerular e as lesões renais que ocorrem com a


idade, secundárias a doenças crônicas comuns em pacientes de idade avançada, tornam
os idosos susceptíveis a DRC.

(V ) Pacientes com DRC, cursando com proteinúria >1,0 g/dia, devem ser tratados
preferencialmente com inibidores da enzima de conversão da angiotensina.

Um paciente de 75 anos de idade, sexo masculino, com doença de Alzheimer,


diagnosticado há 8 anos, dá entrada em um serviço de urgência de sua cidade. Ao
exame clínico, apresenta forte dor de cabeça, aumento da frequência cardíaca, tontura
e fraqueza. O paciente mora sozinho e é acompanhado apenas por um cuidador de
idosos na parte da manhã. Foram solicitados alguns exames laboratoriais para
avaliação do caso (dosagem plasmática).

Sódio: 157 mmol/dL (Valor de referência: 135 a 145 mmol/L); Potássio: 4,9 mmol/L
(Valor de referência: 3,0 a 5,1 mmol/L); Cloro: 120 mEq/L (Valor de referência: 97 a
106 mEq/L); Creatinina: 1,3 mg/dL (Valor de referência: 0,7 a 1,20 mg/dL); Ureia: 60
mg/dL (Valor de referência: 15 a 45 mg/dL).

Considerando a avaliação laboratorial dos resultados apresentados, analise as


afirmativas a seguir.

I. O paciente apresenta início de disfunção renal com alteração dos níveis de eletrólitos
causados pela diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG).
II. A elevação dos níveis dos eletrólitos apresentados no exame se devem ao
início de um processo de desidratação, sem correlação clara com disfunção do
sistema renal.
III. O valor de ureia apresentado revela uma resposta do controle volêmico do
paciente, que é causada pela alteração da função renal.
IV. O paciente apresenta processo de lesão renal evidenciado pelas alterações dos
eletrólitos dosados no sangue.
A doença oclusiva crônica da artéria renal principal resulta na redução do fluxo sanguíneo
para o rim. Quando o nível de oclusão ultrapassa 60% do diâmetro da artéria renal
principal, ocorre habitualmente uma das seguintes complicações clínicas:

 As alterações de perfusão renal resultam no aumento da secreção de renina, com


vasoconstrição periférica e alteração no volume do espaço extracelular, resultando em
hipertensão.

A insuficiência renal aguda (IRA), também referida como lesão renal aguda, é um declínio
agudo na taxa de filtração glomerular inicial com ou sem oligúria/anúria. Sobre os
principais fatores de diagnóstico da insuficiência renal aguda, assinale a opção CORRETA.
Os vômitos sugerem azotemia pré-renal, ou ser uma manifestação tardia resultante de
uremia.
Medicamentos – nefrotoxinas – e seus mecanismos que levam a lesão renal.

AINE´s são eficazes no tratamento de dores cronicas e calculos renais, doenças reumatológicas,
incluindo artrite reumatoide, osteoratrite e outras. Dependendo da dose e do tempo utilizado, o
que predispõe acometimento de órgãos específicos, mais acometido o rim. Logo, é uma das
drogas que, se utilizadas em longo prazo, aumenta a morbidade principalmente de idosos, visto
que utilizam vários medicamentos (anti-hipertensivos, antidepressivos, anticoagulantes) que
podem apresentar interações.3 Esses pacientes têm alta probabilidade de desenvolver lesão
renal, que pode ser transitória ou não. Entretanto, os expostos com esse uso prolongado de
medicamentos são os portadores de doença renal crônica, com aumento de 3 a 4 vezes de
riscos de efeitos adversos.5
Além das complicações renais, os AINES podem ocasionar alteração gastrointestinal (perfuração
e ulceração gástrica), hepática (cirrose), cardiovascular e plaquetário (eventos trombóticos),
corroborando para cautela e indicações adequadas na sua prescrição.6
 Fisiopatologia da lesão renal por AINEs
O uso de AINEs inibe a cascata do ácido aracdônico, de maneira seletiva ou não, causando
efeito não permissivo para a formação de prostaglandinas. Nos rins, as prostaglandinas -
principalmente prostaciclina, PGE2, PGD2 - atuarão como vasodilatadoras na arteríola
aferente, aumentando a perfusão renal, com distribuição do fluxo do córtex para os
néfrons na região medular renal. Essa vasodilatação atua como uma contrarregulação de
mecanismos, como a atuação do sistema renina-angiotensina-aldosterona e do sistema nervoso
simpático, culminando com uma compensação para assegurar o fluxo adequado ao órgão. O
uso de AINEs inibe esse mecanismo, podendo resultar em vasoconstrição aguda e
isquemia medular, que podem levar a uma lesão renal aguda.

Além da atuação vasodilatadora, a PGE2, mediante a estimulação de receptores tubulares, vai


agir na inibição do transporte de sódio e cloreto na alça ascendente de Henle e nos ductos
coletores, por meio da estimulação do receptor EP1, levando à natriurese. Ademais, a PGE2
exerce ação antagonista nos receptores do hormônio antidiurético (ADH), também promovendo a
diurese.9,11,12 O uso de AINEs, diante desse quadro, pode acarretar maior retenção de
sódio e água, por inibir a produção de PGE2, levando à formação de edema, que muitas
vezes é subclínico.8 Ensaios clínicos comparando diferentes AINEs evidenciam o
desenvolvimento de hipertensão, sobretudo com o uso de doses altas e por tempo
prolongado, sendo o ibuprofeno mais implicado.
AINEs e distúrbios hidroeletrolíticos:
A COX-1 atua primariamente no controle da TFG renal, enquanto a COX-2 intervém na
excreção de sódio e água. O bloqueio de ambas as enzimas impede a produção de PGE2.
Essa enzima regula a reabsorção de sódio e água nos túbulos renais (efeito diurético e
natriurético), além de otimizar a perfusão sanguínea à medula renal, que contribui para tal
efeito. PGE2 é considerada uma PG tubular, enquanto a PGI2, vascular. No entanto, em
situações fisiológicas, tais enzimas não são componentes primários na homeostase
hidroeletrolítica gerada nos rins, já que a taxa de produção basal de prostaglandinas é
relativamente baixa.2,4,11,12,15,17 Tem sido sugerido que a retenção aguda de sódio por AINEs
em idosos saudáveis é mediada pela inibição da COX-2, enquanto a diminuição brusca da TFG
deve-se pela inibição da COX-1.4

Logo, AINEs com pouco ou nenhum efeito sobre a COX-2, como a aspirina, raramente provocam
retenção evidente de sódio e hipertensão.18 Nos estudos SUCCESS VI e VII, houve aumento
significativo no número de pacientes com elevação da pressão arterial numa população idosa (>
65 anos), em uso de coxibs, sobretudo o rofecoxib
Os principais efeitos dos AINEs na função renal.
Distúrbios Mecanismos Fatores de Risco Prevenção tratamento:
hidrolíticos
-Retenção de Uso de AINEs Interromper o uso do
sódio (efeitos AINE
nefrotóxicos mais
-Hipercalemia comuns)
-Hiponatremia
Inibição da vasodilatação
-Acidose renal mediada pelas
metabólica PGE2 e PGI2; ativação
do SRAA
-Menor resposta
aos diuréticos
(sobretudo de
alça)
Lesão renal Alterações Hepatopatias; Evitar uso em pacientes de
aguda hemodinâmicas/Reduçã Nefropatias; alto risco (pacientes com
o da perfusão renal Insuficiência comorbidades); Interromper
cardíaca; uso do AINE
Desidratação;
Idade avançada
Doença renal Alterações Uso crônico de Evitar uso em pacientes de
crônica hemodinâmicas AINEs alto risco (pacientes com
comorbidades); Interromper
uso do AINE

Conclusão: s AINEs não apresentam grandes malefícios para pacientes sem doenças renais,
jovens e sem comorbidades. Entretanto, por seu efeito dose-dependente, deve-se ter grande
cautela no uso crônico, por aumentar as chances de desenvolver alguma toxicidade e morbidade.
As classes de AINEs, seletivos e não seletivos, interferem diretamente na função renal, devido à
inibição das prostaglandinas, podendo causar desde distúrbios leves e transitórios até doença
renal crônica. Diante disso, a indicação dessa classe de medicamentos deve ser bem avaliada,
sempre verificando o risco-benefício, além de levar em consideração o paciente em questão e os
potenciais efeitos ocasionados por seu uso.
A primeira definição padronizada para LRA foi a classificação de RIFLE publicada em 2004.
Trata-se de um acrônimo com as iniciais das 5 fases propostas para a classificação da LRA: risco
("risk"), injúria ("injury"), falência ("failure"), perda da função ("loss") e doença renal em estágio
terminal ("end stage renal disease"). Essa classificação baseou-se em dois marcadores para a
função renal amplamente disponíveis: mudanças na creatinina sérica ou taxa de filtração
glomerular e débito urinário.2 Os valores considerados na sua elaboração, no entanto,
contemplavam mudanças na TFG e na creatinina sérica em pacientes adultos, impossibilitando
sua aplicação na faixa etária pediátrica. Nesse contexto, em 2007, foi publicada uma adaptação
dessa classificação para a faixa etária pediátrica. O p-RIFLE utilizou a redução no clearance de
creatinina (ClCr) estimado para aferição de alteração na função renal.10

Procurar os resumos da sanar sobre IRA fisiopatologia e alterações que acontecem.


Os aminoglicosídios são administrados pelas vias intravenosa, intramuscular, inalatória, oftálmica
e tópica. Esses fármacos têm um peso molecular que varia entre os 445 e os 600 daltons, são
altamente solúveis em água, estáveis em pH 6 a 8 e possuem estrutura polar catiónica o que
fazem com que sejam pouco absorvidos pelo trato gastrointestinal e não penetrem na maioria das
células, no Sistema Nervoso Central (SNC) e no olho (Oliveira et al., 2006; BRUNTON, 2012).
São bem distribuídos nos fluidos corporais incluindo líquido sinovial, peritoneal e pleural.
Menos de 1% da dose sofre absorção após administração oral ou retal, a longo prazo pode
resultar em concentrações tóxicas em pacientes com comprometimento dos rins.

No que se refere à investigação clínica dos pacientes com insuficiência renal aguda,
julgue as afirmativas a seguir com V para verdadeiro e F para falso.

( ) Uma relação ureia/creatinina menor que 40 é sugestiva de insuficiência renal aguda


de etiologia pré‐renal.

( V) Na insuficiência renal aguda secundária a lesões glomerulares, podem ser


encontradas hemácias dismórficas e cilindros hemáticos no exame da urina.

(F ) Na necrose tubular aguda, o sódio urinário é maior que 40 mEq/L e a fração


urinária de sódio é maior que 2%
A avaliação e a identificação das síndromes geriátricas nem sempre são objeto da
atenção da equipe de enfermagem ao longo da internação de idosos. Entretanto, o
envelhecimento populacional demanda modificar a assistência aos idosos para evitar a
cronificação e a perda progressiva da autonomia. Dentre os itens abaixo, a opção que
só contém síndromes geriátricas é:
 Deterioração cognitiva, osteoporose, reumatismo.
 Depressão, movimentos involuntários, mal de Parkinson.
 Instabilidade e quedas, imobilidade, incontinência urinária.
Pacientes com clearance de creatinina inferior a 10 mL/min:
 São necessariamente oligúricos.
 Podem apresentar diurese maior que a normal.

Caso você esteja realizando atendimento em um paciente renal crônico e sua


Clearance de creatinina esteja entre 30-59 mL/min, qual o significado clínico deste
resultado?
 Fase pré-insuficiência renal
 Fase pré-diálise
 Fase de insuficiência renal crônica
Homem de 35 anos, com clearance de creatinina de 100 mL/min, sódio sérico de 140
mEq/L, ingestão diária de sódio de aproximadamente 160 mEq e fração de excreção
de sódio de 0,8%, provavelmente apresenta:
 Acidose tubular tipo 2.
 Síndrome hepatorrenal.
 Desidratação.
 Acidose tubular tipo 1.
 Ausência de nefropat

ulgue os itens que se seguem com V para verdadeiro e F para falso.

(V ) A reabsorção de sódio filtrado ocorre principalmente nos túbulos renais.

(V ) O cálculo da depuração (ou clearance) renal de creatinina é corretamente


realizado a partir dos seguintes dados: concentração plasmática de creatinina,
concentração urinária de creatinina e débito urinário por minuto.

(F ) A assistência paliativa é voltada ao controle dos sintomas e à busca da cura, com


vistas a preservar a qualidade de vida até o final.

Qual a sequência correta?


As infecções das vias aéreas superiores (IVAS) são um dos problemas mais comuns
encontrados em serviços de atendimento médico pediátrico, resultando em morbidade
significativa em todo o mundo. As IVAS são a causa mais comum de crianças
atendidas por infecção respiratória aguda.

Quais são os agentes bacterianos mais comumente envolvidos na sinusite aguda?


 Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae tipável e Moraxella bovis.
 Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae tipável e Moraxella lacunata.
 Streptococcus viridans, Haemophilus influenzae não tipável e Moraxella catarrhalis.
 Streptococcus pyogenes, Haemophilus influenzae não tipável e Moraxella catarrhalis.
 Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae não tipável e Moraxella catarrhalis.

São características da bronquiolite viral aguda todas abaixo, exceto:


 O agente causador mais frequente é o vírus sincicial respiratório.
 Predominantemente acomete lactentes dos 2 aos 6 meses de idade.
 Começa com um quadro de insuficiência respiratória aguda com desconforto respiratório
imediato.
R e s p o s t a c o r r e t a .
 Apresenta dispneia expiratória com tiragem generalizada.
 Casos mais graves acontecem em cardiopatas, pneumopatas e crianças que foram
prematuras

Julgue as afirmativas a seguir com V para verdadeiro e F para falso.

(V ) O herpes zóster, ou zona zóster, é uma infecção viral aguda, normalmente


causada nos idosos por uma reativação do vírus latente da varicela.

(V ) A pneumonia, em especial a broncopneumonia, é comum entre idosos,


sendo uma das principais causas de morte nesse grupo.

(V ) A incidência de tuberculose está diminuindo. A reativação de uma infecção


anterior assintomática ou tratada incorretamente é mais comum do que uma
infecção nova no adulto idoso.V

A bronquiolite é uma doença que atinge de 70% a 80% dos casos as crianças
menores de dois anos, com um pico de frequência de dois a dez meses. O diagnóstico
de bronquiolite baseia-se essencialmente em critérios clínicos, como:
 Sibilância, tosse, dispneia e hiperinsuflação.
 Doença Renal Crônica:

é definida como a diminuição do ritmo de filtração glomerular (RFG) abaixo de 60


ml/min/1,73m2 e/ou a presença de anormalidades na estrutura renal avaliadas por
anormalidades sanguíneas-urinarias ou exames de imagem, com duração acima de 3
meses. Ao contrário do que se observa na maioria das (IRA), na DRC não ocorre
regeneração do parênquima renal, e por isso a perda de néfrons, por definição, é
irreversível. Ha aumento de leucócitos – aumento de leucócitos é comum em
infeccoes bacterianas, ficar atento aos exames anteriores da pessoa para
diferenciação de DCR de uma infecção bacteriana.
Segundo a Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO), a DRC é subdividida
em estágios (0, 1, 2, 3a, 3b, 4 e 5), com base no ritmo de filtração glomerular e em relação
a proteinúria em A1, A2 e A3, antes, a doença era estadiada apenas pela TFG, porém, o
risco de piora da função renal está intimamente ligado à quantidade de albuminúria, de
modo que ela foi incorporada na classificação.

Essas duas classificações diferentes unidas estagiam a doença, assim como dão seu
prognóstico. Conforme mostra a tabela, pacientes na faixa verde dificilmente tem
complicações graves e pacientes na vermelha geralmente estão em diálise, para evitar
outras complicações.
Epidemiologia:
Grupos de risco são: hipertensos, diabéticos, idosos e pacientes cardiopatas, familiares de
pacientes com DRC, uso de drogas nefrotóxicas e outras doenças autoimunes, ITU de repetição,
tabagistas, obesos, negros e obstrução renal. Predominância no sexo masculino, raça/cor
predominante é a branca.
Complicações da DRC: anemia, acidose metabólica, distúrbio ósseo mineral e deficiencia
imunológica pesquisa das sorologias vacinação.
A anemia da DRC é normocítica (volume corpuscular médio, VCM, entre 80 e 96 fentolitros, fl) e
normocrômica (concentração de hemoglobina corpuscular média, CHCM, entre 32 e 36 g/dL) e
atribuída a um déficit relativo de eritropoietina, porém, pode ter como fatores agravantes a
deficiência de ferro (causada por perdas gastrointestinais imperceptíveis, desnutrição, múltiplas
intervenções cirúrgicas, exames laboratoriais frequentes e perdas na diálise), a presença de
fenômeno inflamatório e outras causas não relacionadas à DRC que podem alterar as
características hematimétricas da anemia.
A anemia da DRC, em geral, manifesta-se quando a taxa de filtração glomerular (TFG)
diminui para níveis menores que 70 mL/min/1,73m2 em homens e 50 ml/min/1,73m2 em
mulheres, porém, sua intensidade e prevalência são variáveis e tornam-se mais acentuadas com
a piora da função renal, principalmente nos homens.2
A anemia da DRC é habitualmente assintomática e de instalação lenta, permitindo a
adaptação do paciente aos níveis decrescentes de hemoglobina. O diagnóstico preciso e a
abordagem terapêutica precoce são cruciais para que os conhecidos efeitos deletérios da anemia
sobre os sistemas cardiovascular e nervoso e, talvez, sobre a progressão da doença renal
possam ser prevenidos.
Os pacientes diabéticos constituem um grupo que merece um cuidado maior, visto que
desenvolvem anemia mais grave e frequente que os pacientes com outras causas de DRC, o que
pode determinar um pior prognóstico quanto à morbidade, sobrevida e a incidência de
complicações.3
Definição de anemia: https://www.sanarmed.com/artigos-cientificos/1-diagnostico-de-
anemia-em-pacientes-portadores-de-doenca-renal-cronica
Recentemente, sugeriu-se, de acordo com grandes estudos epidemiológicos na população
americana, que concentrações de hemoglobina abaixo de 13,7 g/dL para homens brancos entre
20 e 60 anos; 13,2 g/dL para homens brancos com mais de 60 anos e 12,2 g/dL para mulheres
brancas com mais de 20 anos têm apenas 5% de chance de estar em valor de normalidade.
A dosagem da concentração sanguínea de hemoglobina é mais confiável que os níveis de
hematócrito. O momento da coleta, nos pacientes que se encontram em programa hemodialítico,
é de extrema importância, tendo em vista as variações observadas na concentração de
hemoglobina dependentes do estado de volemia. Podem ser observadas variações de até 1,5
g/dL no período pós-hemodiálise; por isso, recomenda-se colher o sangue antes de iniciar a
segunda sessão de diálise da semana.2

 Fisiopatologia da DRC: A fisiopatologia da DRC caracteriza-se por dois amplos


grupos gerais de mecanismos lesivos
 Quadro clínico da DRC- tratamento e interações medicamentosas:

O curso da DRC se caracteriza pela ocorrência de várias complicações: sobrecarga de


volume, anemia, alterações do cálcio e fósforo, distúrbios minerais ósseos, hipercalemia,
acidose metabólica, hipertensão, e hipovitaminose D.
As manifestações do estado urêmico incluem anorexia, náusea, vômito, pericardite,
neuropatia periférica e anormalidades do SNC (variando de perda de concentração e letargia a
convulsões, coma e morte). Não existe correlação direta entre os níveis séricos absolutos de
nitrogênio ureico no sangue ou creatinina e o desenvolvimento desses sintomas.
O distúrbio ósseo e mineral decorrente da DRC inicia-se com a redução na produção de
1,25 dihidroxi-calciferol. O declínio progressivo do nível sérico de vitamina D é acompanhado
por elevação de paratormônio (PTH) à medida que declina a filtração glomeruar. Assim, nos
estágios 3 e 4 da DRC, a maioria dos pacientes já apresenta hiperparatireoidismo secundário.
Além de outras comorbidades (doenças cardiovasculares, dislipidemia, diabetes) que demandam
o uso de múltiplos fármacos, favorecendo a ocorrência da polifarmácia e da interação
medicamentosa (IM). Avaliar se não está fazendo uso de alguma droga nefrotóxica
Avaliar na polifármacia se está fazendo uso de drogas nefrotóxicas e há quanto tempo? E
encaminhar para o nefro…após verificar o exame do paciente…assim dessa forma, ajudar para
que não tenha uma piora dos rins do paciente.
Observar com o meu CRF- SE OFERECE O MICROMEDEX!
 Diagnóstico: Avaliação do ritmo de filtração glomerular.
Essa é a melhor medida do funcionamento renal em indivíduos normais ou pacientes com
doença renal. O nível da RFG varia com a idade, sexo, e massa muscular. A RFG menor que
60mL/min/1,73 m2 representa diminuição de cerca de 50% da função renal normal e, abaixo
deste nível, aumenta a prevalência das complicações da DRC. Na prática clínica, a RFG pode
ser determinada pela dosagem da creatinina sérica e/ou pela depuração desta pelo rim.
Mais recentemente, as diretrizes preconizam que a FG pode ser estimada a partir da dosagem
sérica da creatinina (Crs), aliada a variáveis demográficas, tais como: idade, sexo, raça e
tamanho corporal. As duas equações mais frequentemente utilizadas encontram-se a seguir:
Outros marcadores de lesão renal incluem anormalidades no sedimento urinário (principalmente
hematúria e leucocitúria), alterações de parâmetros bioquímicos no sangue e na urina e
alterações nos exames de imagem.
A ocorrência de uma ou mais cruzes de proteinúria no sumário de urina determina a necessidade
de quantificação, que pode ser feita em amostra urinária isolada relação proteína/creatinina) ou
na urina de 24 horas. Indivíduos normais excretam pequena quantidade de proteína na urina
diariamente, numa faixa considerada como fisiológica. No entanto, a excreção de quantidade
aumentada de proteína na urina é um marcador sensível para DRC secundária a diabetes
(doença renal diabética), glomerulopatias primárias e secundárias e hipertensão arterial. Já as
proteínas de baixo peso molecular, quando em quantidade anormal na urina, sugerem a
ocorrência de doenças túbulo-intersticiais.
 Tratamento da DRC:

Dieta : controle da
ingestao de
eletrolitos –
restrição proteíca
(não exceder
1g/g/dia) – pois
proteinas são
metabolizadas em
ureia – e a ureia
para os DRC é
prejudicial pois a
ureia não é filtrada
e sobrecarrega os
rins.
Ouvir de novo, essa parte!
Fazer manual de contraste. Anemia eritropoetina.

O meu papel no cuidado em pacientes com DRC –é incentivar a adesão do tratamento nas
doenças de bases (hipertensão e diabetes…impedindo a cronificação da doença --- prevenção da
progressão para que o paciente com DRC não fique dialitico.
Devo avaliar urina de 24 horas: microalbuminuria.

 14.14 – Fisiopatologia e Farmacoterapia em nefropatas:


A insuficiência renal aguda (IRA), é caracterizada pela repentina redução da taxa de
filtração glomerular. Em relação à Fisiopatologia e dietoterapia das doenças renais,
julgue as alternativas abaixo, e em seguida assinale a alternativa CORRETA.

I. A insuficiência renal aguda é classificada em três categorias: perfusão renal


inadequada, doenças dentro do parênquima renal e obstrução do trato urinário.

II. As necessidades de energia são determinadas pela causa subjacente da


insuficiência renal aguda e comorbidades.

III. A quantidade de proteína recomendada é influenciada pela causa subjacente


da insuficiência renal aguda e pela presença de outras condições.

IV. O sódio é restringido com base na diminuição da produção urinária.

Paciente de 81 anos, internado em unidade fechada por choque séptico urinário,


possui em urinocultura crescimento de bactéria Gram-negativa multirresistente para a
qual se planeja início de aminoglicosídeo para tratamento, guiado pelo seu perfil
limitado de sensibilidade. Com relação à nefrotoxicidade potencialmente associada
com o esquema antibiótico proposto, tem-se que:
 A nefrotoxicidade induzida por esse medicamento não possui associação com elevação
persistente da concentração sérica do fármaco.
 A nefrotoxicidade induzida por esse medicamento não possui associação com dose cumulativa.
 A piora da função renal tende a ocorrer no início do tratamento por tratar-se de efeito adverso
idiossincrático.
 A concentração para administração em dose única diária atenua o risco de nefrotoxicidade
induzido pelo fármaco.
O choque hipovolêmico apresenta o seguinte quadro clínico:
 Hipotensão arterial, pele fria e pegajosa, sede e taquicardia.
 Redução do volume urinário, hipotensão arterial, hipotermia, taquicardia, palidez e
sudorese.

De acordo com a RDC nº 44/2009, que dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas
para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de
produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias, analise
as assertivas abaixo relacionadas à Atenção Farmacêutica:

I. Devem ser elaborados protocolos para as atividades relacionadas à atenção


farmacêutica, incluídas referências bibliográficas e indicadores para avaliação
dos resultados.

II. As ações relacionadas à atenção farmacêutica devem ser registradas de modo a


permitir a avaliação de seus resultados, sendo facultativo dispor sobre a metodologia
de avaliação dos resultados no Procedimento Operacional Padrão.

III. O farmacêutico deve orientar o usuário a buscar assistência de outros


profissionais de saúde, quando julgar necessário, considerando as informações
ou resultados decorrentes das ações de atenção farmacêutica.

IV. O farmacêutico deve contribuir para a farmacovigilância, notificando a


ocorrência ou suspeita de evento adverso ou queixa técnica ao fabricante do
medicamento.

V. A atenção farmacêutica deve ter como objetivos a prevenção, detecção e


resolução de problemas relacionados a medicamentos, promover o uso racional
dos medicamentos, a fim de melhorar a saúde e qualidade de vida dos usuários.

Quais estão corretas?

Considerando o disposto na Resolução nº 44/2009, no que diz respeito ao


serviço farmacêutico de atenção farmacêutica, assinale a alternativa INCORRETA.
 Devem ser elaborados protocolos para as atividades relacionadas à atenção farmacêutica,
incluídas referências bibliográficas e indicadores para avaliação dos resultados.
 O farmacêutico deve orientar o usuário a buscar assistência de outros profissionais de
saúde, quando julgar necessário, considerando as informações ou resultados decorrentes
das ações de atenção farmacêutica.
 As ações relacionadas à atenção farmacêutica devem ser registradas de modo a permitir a
avaliação de seus resultados.
 A atenção farmacêutica deve ter como objetivos a prevenção, detecção e resolução de
problemas relacionados a medicamentos, promover o uso racional dos medicamentos, a
fim de melhorar a saúde e qualidade de vida dos usuários.
 O farmacêutico deve contribuir para a farmacovigilância, notificando a ocorrência ou suspeita de
evento adverso ou queixa técnica somente à indústria farmacêutica
A farmácia, cada vez mais, tem-se posicionado como um ponto de contato da
população para o tratamento de doenças e a busca de saúde e bem-estar. O
farmacêutico volta a ser protagonista no ambiente de saúde, e as recentes aprovações
de aplicação de vacinas, indicação dos medicamentos isentos de prescrição (MIPs) e
acompanhamento do tratamento em busca de maior adesão são movimentos
importantes no fortalecimento da profissão. O acesso ao medicamento não deve ser
compreendido de forma restritiva, apenas como acesso ao produto, mas é
preciso pensar na lógica ampliada de acesso ao conjunto de ações de atenção à
saúde, com serviços qualificados intersetoriais e resultantes de atividades
multiprofissionais. A respeito deste assunto, julgue com V para verdadeiro e F para
falso as assertivas a seguir.

(F ) A atenção farmacêutica é a interação do farmacêutico com o paciente na


prevenção, detecção e resolução de problemas relacionados a medicamentos,
proporcionando orientação e adesão à terapia e nunca considerando o contexto
socioeconômico-cultural.

( ) No acompanhamento farmacoterapêutico, o farmacêutico é responsável por


zelar pelas necessidades dos pacientes relativas aos medicamentos,
encontrando, prevenindo e resolvendo problemas relacionados aos
medicamentos (PRM), de maneira regular e documentada, para melhorar a
qualidade de vida dos usuários.

( F) O atendimento ao paciente pelo farmacêutico pode ser chamado de assistência


farmacêutica ou de atenção farmacêutica, uma vez que são expressões sinônimas.

( ) Para a assistência farmacêutica, é fundamental reconhecer o controle social


como um possível aliado e como uma relação estratégica para fortalecer e
inovar, para que, de fato, a população reconheça o acesso aos medicamentos e
aos serviços farmacêuticos como um direito.

Qual a sequência correta?


 V, F, F, V.
 F, V, F, V.
Dentro da assistência farmacêutica, podemos afirmar que: CORRETAS

I. Com relação à atividade de orientação, foi demonstrado que é fundamental o


estabelecimento de uma relação de confiança entre o paciente e o provedor do
cuidado para que sejam superadas as barreiras que impedem o estabelecimento
do diálogo.

II. Torna-se imprescindível o envolvimento do profissional farmacêutico,


principalmente para um maior conhecimento da natureza do problema, buscando
melhorar a adesão dos usuários e reduzir possíveis problemas relacionados aos
medicamentos que possam surgir durante o tratamento.

III. Na intervenção farmacêutica, no uso de medicamentos por pacientes idosos,


sugere-se a necessidade de um posicionamento mais ativo do profissional
farmacêutico com relação às informações quanto ao diagnóstico, ao tratamento
terapêutico, à adesão e às reações adversas dos medicamentos.

14.4 –
As reações adversas a medicamentos são eventos clínicos indesejáveis atribuídos aos
medicamentos utilizados em doses adequadas à enfermidade e à condição clínica do paciente.
Podem provocar danos graves à saúde, ocasionando, muitas vezes, admissões hospitalares e até
mesmo óbito
Vários métodos de farmacovigilância têm sido utilizados para a monitoramento de reações
adversas a medicamentos em condições reais. O Sistema Nacional de Notificações em Vigilância
Sanitária, formulário de notificação de medicamento que ocasionou danos à saúde (Notivisa-
medicamento), disponibilizado em 2008 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é
o principal sistema de notificações espontâneas de suspeitas de reações adversas a
medicamentos no Brasil. Visa, sobretudo, a agregar as notificações e, por conseguinte, gerar
sinais de alertas e hipóteses sobre a segurança de medicamentos.
Notivisa-medicamento compreende um sistema de vigilância passiva realizado a partir de
notificações voluntárias feitas por diferentes segmentos da sociedade, sobretudo de instituições
que integram a Rede Sentinela - estratégia criada pela Anvisa, em 2002, composta,
principalmente, de um conjunto de hospitais públicos e privados.

Reação adversa:
toda resposta nociva e não intencional a um medicamento relacionada a qualquer dose
normalmente utilizada no homem para profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças ou
modificação de funções fisiológicas” 13. Os critérios para definição de reações adversas a
medicamentos consideradas como graves no Notivisa-medicamento são: óbito, ameaça à vida,
anomalia congênita, danos que motivaram ou prolongaram a hospitalização, incapacidade
persistente ou significante e efeito clinicamente importante

O objetivo primordial de sistemas de farmacovigilância envolve, para além da geração de


informações sobre a segurança de medicamentos, a avaliação das relações de causa e efeito
entre o fármaco em questão e as reações adversas a medicamentos. No Notivisa-medicamento,
cada par medicamento-reação adversa é revisado individualmente por técnicos da Anvisa, para
que a relação causal possa ser estabelecida.

 Qual a diferença da vigilância epidemiológica e farmacovigilância?


A Lei 8.080/90 define vigilância epidemiológica como “um conjunto de ações que proporcionam o
conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as
medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.”
A partir das orientações técnicas fornecidas pela Vigilância Epidemiológica, os profissionais de
saúde decidem sobre o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de
saúde, sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos, bem como normatizam
atividades técnicas.
Entre as funções da Vigilância Epidemiológica estão:
coleta, processamento, análise e interpretação de dados relacionados à saúde e às doenças em
um determinado território e população;
recomendação de medidas de prevenção e controle apropriadas;
promoção das ações de prevenção e controle de doenças e agravos;
avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
Dentro do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, municípios, estados e a União
possuem competências específicas. Aos municípios, cabe a execução das ações, que exige
conhecimento analítico da situação de saúde local.
Sobre os estados e sobre a União recaem as funções relacionadas ao caráter estratégico, de
coordenação em seu âmbito de ação, além da atuação de forma complementar ou suplementar
aos demais níveis.
Deste modo, o nível municipal tem um papel fundamental na produção dos dados, pois assim
será mais fiel a compreensão da situação de saúde a nível regional, estadual e nacional.

Importa dizer que as intervenções dos estados e do nível federal são seletivas e voltadas para
questões emergenciais ou que requeiram avaliação complexa e abrangente, com participação de
especialistas e centros de referência.
 Fontes e tipos de dados da Vigilância epidemiolóica.
Os dados e as informações que alimentam o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica são
provenientes dos sistemas de informação em saúde, de resultados de exames laboratoriais, de
investigações epidemiológicas, da imprensa, dos estudos epidemiológicos, dos serviços sentinela
e das notificações, sendo a Notificação Compulsória a principal fonte de dados.
São monitorados pela Vigilância Epidemiológica:
Dados demográficos, ambientais e socioeconômicos;
Dados de morbidade;
Dados de mortalidade;
Notificação de emergências de saúde pública, surtos e epidemias.

Entre os sistemas nacionais de informação em saúde existentes, alguns se destacam em razão


de sua maior relevância para a Vigilância Epidemiológica. São eles:

Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan)


É o mais importante para a Vigilância Epidemiológica. Registra dados indispensáveis ao
cálculo dos principais indicadores relacionados a doenças de importância epidemiológica,
surtos, endemias e epidemias, tais como as taxas de incidência, letalidade e mortalidade,
coeficiente de prevalência, entre outros. Tem como principal fonte de informação a ficha de
notificação compulsória.
Sistema de Informaçao sobre mortalidade (SIM) istema de Informações sobre Nascidos
Vivos (Sinasc) Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS)

Copiar o fluxo e conduta


Farmacoepidemiologia é um campo do conhecimento relacionado com o
impacto dos fármacos em populações humanas. Considerando que os
medicamentos estão inseridos no modo como a cultura de uma sociedade assume a
saúde, assinale a alternativa incorreta:
 O consumo de medicamentos se constituem em indicadores de prevalência de problemas
de saúde.
 O consumo de medicamentos são indicadores da maneira como a comunidade científica e
médica interagem com os usuários dos serviços de saúde na seleção de soluções que
envolvam a intervenção farmacológica.
 Os estudos de farmacoepidemiologia apresentam-se como alternativa que permite reduzir
custos sem perda de qualidade nos tratamentos médicos.
 A farmacoepidemiologia não tem a função detectar possíveis abusos no uso dos medicamentos
ou a ocorrência de eventos adversos.

A prática médica atual exige a incorporação da Medicina Baseada em Evidências


(MBE). A MBE é definida como a integração das melhores evidências disponíveis na
literatura com a experiência clínica individual e as preferências das pessoas. Assim, é
fundamental que o médico saiba realizar leitura crítica de artigos científicos, pois assim
saberá diferenciar as informações válidas das não válidas.

O tipo de estudo experimental que oferece, em tese, o melhor grau de evidência


científica para a prescrição de um medicamento é:
 Estudo de caso-controle.
 Estudo de coorte.
 Ensaio clínico randomizado.

As decisões clínicas são baseadas no peso das evidências existentes sobre uma
questão. Revisões de literatura são utilizadas como forma de organizar e agrupar
informações já publicadas. Sobre a utilização de revisões para aquisição de
evidências científicas, assinale a alternativa correta.
 Revisões sistemáticas são revisões rigorosas das evidências a respeito de uma questão
clínica específica. São chamadas de sistemáticas porque resumem a pesquisa original por
meio de um plano com embasamento científico que foi definido a priori tornando explícito
cada passo da busca

Em um estudo transversal, foi possível calcular o coeficiente de prevalência de


HPV em vários estados brasileiros. Esse indicador:
 Tem relação com o número de casos de HPV em um certo período, em cada estado.
 14.5 - Farmacoterapia e bioética em Pediatria

A participação de crianças e Nos termos desta resolução, crianças e


adolescentes em protocolos adolescentes não detêm o domínio da
experimentais é regulamentada pela autonomia, devendo a autorização para
Resolução nº 466/2012 do Conselho participação em pesquisa ser fornecida
Nacional de Saúde, a qual determina pelos responsáveis legais, de maneira
que haja a prévia apreciação de um conjunta.
Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido

Rever urgente sobre apendicite em crianças.

Bioética é a área do conhecimento com base filosófica ligada a valores morais


aplicados às questões das práticas em saúde. No que diz respeito aos princípios da
Bioética, assinale a alternativa correta.
 Autonomia, não-beneficência, igualdade e reciprocidade.
 Autonomia, beneficência, não maleficência e justiça.

Considerando o disposto na Resolução nº 196/96, do Conselho Nacional de Saúde


(CNS), do Ministério da Saúde, que impõe revisões periódicas a ela, conforme
necessidades nas áreas tecnocientífica e ética, a partir da revisão realizada em 12 de
dezembro de 2012, foi aprovada a Resolução CNS nº 466, que resolve aprovar as
diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.

No item que consta as disposições preliminares, a Resolução CNS nº 466


incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, referenciais da bioética,
tais como:
 A igualdade, a liberdade e o sigilo.
 O sigilo, a autonomia, e a justiça.
 A autonomia, a não maleficência, a beneficência, a justiça e a equidade.
Segundo a Resolução Nº 466 de 12/12/2012, do Conselho Nacional de Saúde, o
protocolo de pesquisa completo, a folha de rosto e demais documentos dos
seguintes tipos de estudos clínicos devem ser encaminhados para apreciação
pela CONEP (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa):

I. Pesquisas com cooperação estrangeira.

II. Envio para o exterior de material genético ou qualquer material biológico


humano para obtenção de material genético, salvo nos casos em que houver
cooperação com o governo brasileiro.

III. Estudos em crianças.

IV. Estudos que envolvem equipamentos e dispositivos terapêuticos, novos ou não


registrados no País.

O correto está em:


Segundo a Resolução Nº 466 de 12/12/2012 do Conselho Nacional de Saúde, em
se tratando do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE:

I. Deverá ser adaptado, pelo pesquisador responsável, nas pesquisas com


cooperação estrangeira concebidas em âmbito internacional, às normas éticas e
à cultura local.

II. São elementos do TCLE: a anuência do participante da pesquisa e/ou de seu


representante legal; os tratamentos envolvidos no estudo, e explicitação da garantia de
ressarcimento.

III. Nos casos em que seja inviável a obtenção do TCLE, a dispensa do TCLE deve ser
justificadamente solicitada pelo pesquisador responsável ao Sistema CEP/CONEP,
para apreciação, sem prejuízo do posterior processo de esclarecimento.

IV. No TCLE podemos omitir informações desde que a pesquisa dependa de restrição
de informações aos seus participantes.

O correto está em:


 Somente a afirmativa I é verdadeira.
14.6 - Prescrição em emergências e cuidados hospitalares
em Pediatria

Acidentes:
Doenças mais frequentes em pediatria

Vias aéreas superiores e alergias: Queimaduras:


asma, Orientações sobre segurança doméstica.
rinoconjuntivite, obstrução das VAS, Crianças que apresentam uma superfície
dermatite atópica, urticárias, reações corporal queimada maior do que 15% pacientes
adversas a fármacos e alimentos, vítimas de lesão inalatória e vítimas de
dermatites de contato. queimadura elétrica.
Cardiologia e Endocrinologia: Necessitam de uma reposição hídrica mais
cardiopatias congênitas, cardiopatias agressiva para prevenir danos renais e outras
adquiridas e secundárias, arritmias, complicações.
diabetes mellitus tipo 2. Primeira conduta:
Oncologia pediátrica: leucemias, Resfriamento da área afetada com uso de água
linfomas, tumores ósseos e tumores do corrente ou gaze molhada. Esta medida é
sistema nervoso central. essencial para limitar o dano tecidual além de
Urgências e acidentes pediátricos proporcionar um alívio da dor

Analgesia multimodal incluindo opioide


As queimaduras são acidentes com potencial gravidade, para os quais os pediatras
devem estar sempre prontos a prestar assistência. Sobre esse tipo de acidente, julgue
as afirmativas a seguir com V para verdadeiro e F para falso.
(f ) As queimaduras de 1º grau limitam-se ao epitélio, com formação de eritema, dor e
bolhas.
(V ) As queimaduras de 2º grau provocam destruição da epiderme e parte da
derme.
( ) Nas queimaduras de 3º grau, toda a derme é destruída, incluindo folículos pilosos.
São altamente dolorosas.
( ) São indicações de hospitalização as queimaduras: de 1º grau em mais de 30% da
superfície corpórea, de 2º grau em mais de 10% da superfície corpórea, de 3º grau em
mais de 5% da superfície corpórea.

Assinale abaixo a alternativa correta. A prevenção de acidentes na faixa etária


pediátrica constitui a única medida realmente eficaz para se evitarem o
sofrimento, as sequelas e o óbito. O principal agente de queimaduras graves e
extensas, em todas as faixas etárias é o:
 Álcool líquido comercializado para uso domiciliar.

Julgue as afirmativas a seguir com V para verdadeiro e F para falso. Qual a sequência
correta?

(V ) A antibioticoprofilaxia com o uso dos antibióticos tópicos, como a


sulfadiazina de prata, está sempre indicado para queimaduras de espessura
parcial e de espessura total.

( V) No atendimento pré-hospitalar a pacientes com queimadura térmica, deve-se


irrigar a área queimada com soro fisiológico.

( V) Em situação de emergência em paciente com queimaduras, deve-se realizar


o acesso venoso mesmo em área queimada.

Sobre "Tratamento de queimaduras", marque a alternativa INCORRETA:


Administração de soluções salinas, isoladas, em recém-nascidos e crianças menores de 8
anos podem provocar edema cerebral e laríngeo, ou acentuar edema já existente.
Os objetivos do tratamento de um paciente queimado são a cicatrização da ferida e a
conservação da função das partes atingidas.
O êxito no tratamento do grande queimado depende de fatores como: prevenir ou controlar o
choque; evitar as complicações pulmonares; evitar as infecções; cicatrização espontânea e
rápida nas queimaduras superficiais e enxertia precoce nas profundas.
 O conhecimento do agente causador da queimadura não constitui dado importante para se ter
ideia da profundidade da queimadura.
 Parece não existir uma única solução eletrolítica ou coloidal adequada para todos os casos
de queimadura.
Analise os itens que se seguem.

I. A absorção e a biodisponibilidade de diversas drogas administradas pela via


intravenosa são equivalentes comparativamente à sua administração pela via
intraóssea, como, por exemplo, o sulfato de morfina. Uma das limitações quanto à
utilização da via intraóssea como via de acesso refere-se ao tempo máximo de
permanência do acesso, que é de 36 h.

II. Um dos antibióticos mais utilizados no tratamento de queimaduras, dada a sua


baixa toxicidade, tendo por objetivo evitar infecções secundárias, é a
sulfadiazina de prata.

III. O tratamento imediato de emergência de uma queimadura é avaliar a presença de


corpos estranhos, verificar e retirar qualquer tipo de obstrução.

Está(ão) correta(s) o(s) item(ns):


 Apenas I.
 Apenas II.
14.15 – Assistência Farmacêutica em Pacientes
Hepatopatas.

O fígado pesa cerca de 1,2kg a 1,5kg, é a maior víscera sólida do corpo. É um órgão vital,
versátil e responsável pela metabolização de várias substâncias, como glicose,
aminoácidos e ácidos graxos. Ele participa não só de funções digestivas, através da
síntese e secreção de sais biliares, como também é essencial na regulação do
metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios. Nesse sentido, sua participação nas vias
bioquímicas de hormônios e medicamentos, da hemostasia e do sistema imunológico é
fundamental para manter a homeostase do corpo.
SÍNTESE PROTEICA Quando pensamos na relação fígado x proteína a primeira palavra que
deve vir à mente é “albumina”. O fígado é o único órgão que sintetiza albumina, que é
fundamental para manutenção da pressão osmótica. Ela é a proteína mais abundante no
nosso corpo sendo responsável por transportar hormônios, drogas e bilirrubina indireta.
Meia vida da albumina é longa e, por isso, em quadro agudos, não se nota alteração
importante. Já em condições crônicas, quando atinge um valor inferior a 3,5g/dL, mostra
que suas reservas estão abaladas e, devido à alteração osmótica, pode levar a edema, ascite,
diminuição da massa muscular etc.
Além da albumina, diversas outras proteínas são produzidas no fígado, como fibrinogênio,
protrombina e outros fatores de coagulação. Nesse caso, é importante saber que a meia vida
dessas proteínas é curta, e por isso, vão ser afetadas não somente nas hepatopatias
crônicas, mas também nas agudas.
As proteínas de fase aguda (Proteína-C-Reativa, haptoglobina, ferritina etc.), que se alteram
quando ocorre algum processo inflamatório no nosso corpo, também são produzidas por
esse órgão. Algumas doenças estão relacionadas a um defeito na síntese de proteínas
transportadoras pelo fígado, como a Hemocromatose Hereditária. Nesse caso, teremos o
aumento da transferrina e da ferritina, proteínas que se ligam ao ferro para levá-los para a
medula, baço, fígado e músculos, mantendo o bom funcionamento do organismo. Já na doença
de Wilson, teremos um nível baixo de uma proteína chamada ceruloplasmina, que também é
produzida pelo fígado. Ela é responsável pelo transporte do cobre e o acúmulo desse mineral
pode levar a fibrose e cirrose.
 Vitamina A é o fígado:
O fígado possui a capacidade de armazenar e sintetizar diversas substâncias. Ele é responsável,
por exemplo, pela captação, armazenamento e manutenção dos níveis plasmáticos de
vitamina A. o excesso de Vitamina A pode causar dano hepático, hipertensão porta e
cirrose e, por isso, a suplementação deve ser monitorizada e suspensa a ingesta durante
um a cada três meses de uso para evitar hipervitaminose A.
Outras vitaminas também dependem da ação do fígado, como a vitamina D que é
armazenada principalmente no fígado. A forma ativa da vitamina D precisa ser
metabolizada no figado e nos rins para sua forma ativa sendo chamada calcitriol.

LER COMO O EDEMA É FORMADO PARA ENTENDER- PROCESSOS HEPATOLÓGICOS.


https://blog.jaleko.com.br/voce-conhece-os-diferentes-tipos-de-edema/
 Doenças hepáticas: Cirrose e ascite

Classificadas em duas categorias:

Hepatocelular: Colestática (obstrutiva), como a colelitíase,


obstrução maligna, cirrose biliar primária e
Nas doenças hepatocelulares (como a
muitas doenças induzidas por fármacos),
hepatite viral ou a doença hepática
sobressai a inibição do fluxo biliar. A
alcoólica), inflamação e necrose hepáticas
exuberância dos sintomas iniciais pode sugerir
predominam como característica do dano
de imediato um diagnóstico, particularmente
celular.
se os principais fatores de risco forem
considerados, como a idade, o sexo e a
história de exposição ou comportamentos de
risco.

Os sintomas GERAL típicos da doença hepática incluem: icterícia, fadiga, prurido, dor no
quadrante superior direito, distensão abdominal e hemorragia digestiva. Frequentemente, muitos
pacientes diagnosticados com alguma hepatopatia não possuem sintomas. As anormalidades
aparecem nos exames bioquímicos hepáticos como parte de um exame de rotina ou na
triagem para doação de sangue, para seguro de vida ou admissão no emprego. Os múltiplos
exames disponíveis facilitam a identificação de hepatopatia. A constatação de icterícia,
hepatomegalia, dor no hipocôndrio direito, esplenomegalia, aranhas vasculares, eritema
palmar, ascite, perda de peso, equimoses, edema, veias abdominais dilatadas, hálito
hepático, asterixe, encefalopatia e coma são comemorativos presentes em maior ou menor
grau nas doenças hepáticas.

Diagnóstico de doença hepática:

As causas mais comuns de doença aguda: Causas mais comuns de doença crônica na
ordem geral de frequência são:

 hepatite viral, (particularmente hepatite  hepatite C crônica,


A, B e C),  doença hepática alcoólica,
 lesão hepática induzida por fármacos,  esteato-hepatite não alcoólica,
 colangite,  hepatite B crônica,
 doença hepática alcoólica.  doença auto-imune,
 colangite esclerosante,
 cirrose biliar primária,
 hemocromatose,
 doença de Wilson
 A cirrose hepática é caracterizada por alterações morfológicas no tecido hepático,
resultante de doenças hepáticas de diferentes etiologias. A ascite é uma
complicação da cirrose hepática, causada pelo acúmulo de líquido na cavidade
abdominal. O principal tratamento da ascite consiste na diminuição de sódio da dieta
e utilização de medicamentos, entre eles, diuréticos.

A cirrose hepática é caracterizada por alterações morfológicas no tecido hepático, causadas


pela formação de fibrose e nódulos que desestruturam o tecido normal do fígado. Tem como
etiologia o estadiamento final da clínica de diversas doenças hepáticas crônicas (DHC)
independente de sua origem (PANZANI et al., 2011). É classificada de acordo com a gravidade
ou atividade da doença hepática. A biopsia hepática é o meio mais preciso para avaliar o estágio
precoce ou avançado da doença, Porém, as metodologias mais utilizadas e menos invasivas, são
os testes bioquímicos laboratoriais, as manifestações clínicas e os exames de imagem, que se
tornam efetivos somente nas etapas intermediária e tardia da cirrose (PANZANI et al., 2011).
Ascite: definida como o acúmulo de líquido na cavidade peritoneal decorrente
principalmente da cirrose hepática (em 80 dos casos), tendo como outras causas, IC, a
tuberculose e as patologias do pâncreas, Estima-se que 58% dos pacientes diagnosticados com
cirrose, dentro de 10 anos, desenvolverão ascite e isto é considerado um mau prognóstico, esse
prognostico é devido o surgimento de fatores como hiponatremia, hipotensão arterial, aumento da
creatinina sérica e baixo teor de sódio na urina A peritonite bacteriana espontânea (PBE) é uma
complicação da ascite caracterizada por uma infecção do líquido ascítico sem foco infeccioso ou
inflamatório intra-abdominal conhecido.

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/213160/
TCR_MARINA_TEIXEIRA.pdf?sequence=1&isAllowed=y
A presença da ascite marca o avanço e complicações da cirrose hepática como,
encefalopatia hepática, varizes de esôfago, peritonite bacteriana espontânea, e outros

Fisiopatologia da cirrose:

Manifestações clínicas: É possível a divisão em duas condições: cirrose hepática


compensada, pobre em sinais e sintomas em considerável parte dos casos, e cirrose hepática
descompensada, com presença de complicações.

avés de alterações como hepatomegalia e Já o segundo quadro se apresenta com


níveis aumentados de transaminases, complicações da cirrose hepática, tais como
detectadas durante realização de exames ascite, encefalopatia e hemorragia digestiva
físicos e laboratoriais de rotina. É bastante alta, através de insuficiência e hipertensão
frequente uma história mórbida pregressa de portal. Em geral, apresenta fraqueza
hepatite sem etiologia definida, uso crônico de progressiva com sinais evidentes de déficit do
álcool ou sintomatologia vaga, tal como estado nutricional e diminuição de massa
astenia, perda ponderal, dispepsia, epistaxe, muscular. Esses pacientes ainda podem exibir
lentidão de raciocínio e edema. hálito hepático e icterícia.

Alguns pacientes permanecem nessa fase por


toda a vida, falecendo por outras causas,
enquanto outros evoluem para insuficiência
hepática e hipertensão portal em poucos
meses ou anos.
 Etiologia – são várias as causas de cirrose:

Diagnóstico da cirrose: testes para avaliação de lesão hepatocelular.


http://www.hepcentro.com.br/exames.htm
Os principais maracdores laboratoriais utilizados na avaliação e no seguimento
farmacoterapeutico das doenças hepáticas são:
Albumina e protrombina:são proteínas hepática, A Atividaade de protrombina reduzida e a
hipoalbunemia confirman disfunção celular.

Provas de funções e marcadores inflamatórios:


A progressão para a morte pode ser acelerada em decorrência do desenvolvimento de outras
complicações, como sangramento gastrointestinal recorrente, insuficiência renal (ascite refratária,
síndrome hepatorrenal), síndrome hepatopulmonar e sepse (peritonite bacteriana espontâne

Diagnóstico:
Os resultados de testes laboratoriais sugestivos de cirrose abrangem desde níveis séricos
de albumina ou bilirrubina anormais, bem como elevação do “índice de normalização
internacional” (INR).
O achado laboratorial mais sensível e específico sugestivo de cirrose no conjunto das
doenças hepáticas crônicas é a contagem baixa de plaquetas (<150.000/mm3), que ocorre
como resultado da hipertensão portal e hiperesplenismo.
Os exames por imagem confirmatórios incluem a tomografia computadorizada, o ultrassom e a
ressonância magnética. Os achados compatíveis com cirrose consistem em contorno hepático
nodular, fígado diminuído com ou sem hipertrofia do lobo caudado ou esquerdo, esplenomegalia
e, em particular, a identificação de vasos colaterais intra-abdominais indicativos de hipertensão
portal. Elastografia transitória, uma nova técnica não invasiva com base na propagação de ondas
de ultrassom, mede a rigidez do fígado e parece ser útil no diagnóstico de cirrose.
4.5. Seguimento farmacoterapêutico na evolução clínica.
A evolução clínica foi avaliada por meio dos exames
laboratoriais. Os exames de creatinina, potássio e sódio sérico foram
selecionados para avaliação da função renal devido ao uso de diuréticos
tratamento da as A ascite pode ser tratada com medicamentos diuréticos e
restrição de sódio na dieta dos portadores da doença, entretanto estes
medicamentos podem comprometer a função renal, o que torna o uso
destes medicamentos não recomendado para pacientes que com
disfunção renal (EASL, 2010; WGO, 2008).
Os principais diuréticos utilizados no tratamento da ascite são
furosemida e espironolactona (EASL, 2010). A furosemida é um potente
diurético, entretanto, a hipocalemia é um dos eventos adversos mais
frequentes, devido à depuração de potássio na urina. A espironolactona,
geralmente é utilizada em associação com a furosemida, por ser um
diurético poupador de potássio, desta forma, esta associação ajuda a
estabilizar o nível de potássio séricocite:

Hepatite medicamentosa:
Dentre os agentes responsáveis por hepatotoxidade estão uma vasta gama de fármacos,
químicos industriais e toxinas naturais. Os primeiros, contudo, são os principais responsáveis
pelos casos de lesão tóxica.

As lesões podem ser descritas como diretas se causadas por agente sabidamente hepatotóxico
ou indiretas, decorrente da reação autoimune a um agente previamente inócuo ou sua
transformação em toxina por diferenças individuais de metabolização. As primeiras, portanto, são
descritas como dose-dependente previsíveis, enquanto as segundas têm ocorrência inesperada.
Embora sejam majoritariamente causadoras de lesões hepatocelulares, as toxinas podem
acometer virtualmente qualquer estrutura do fígado, como vias biliares ou sistema vascular intra-
hepático.
A relação de alguns fármacos com o sítio de lesão está bem estabelecida e expostas a
seguir:
Paracetamol:
O paracetamol é um analgésico muito associado à lesão de hepatócitos, seu mecanismo de
toxicidade é dose-dependente (10 a 15g).
Muito utilizado em tentativas de suicídio por ser de fácil acesso a maioria dos pacientes.
Seus sinais clínicos iniciais incluem mal-estar com vômitos e diarreia seguidos de um período
assintomático.
De 24 a 48h há elevação aberrante de transaminases (>5.000 UI/L) e sua evolução pode cursar
com insuficiência hepática aguda, favorecendo o aparecimento de suas complicações mais
indesejadas, como encefalopatia hepática, coagulopatias, hipoglicemia e acidose lática.
A rifampicina, isoniazida e pirazinamida fazem parte do esquema de tratamento habitual para a
tuberculose, e geram um metabólito hepático chamado acetilidrazina, responsável por lesão
direta de hepatócitos
Níveis de transaminases até 250 UI/L acima do habitual são tolerados após introdução desses
fármacos, porém em cerca de 1% dos casos, pacientes que fazem uso de isoniazida – o mais
associado à hepatopatia – podem vir a desenvolver nos primeiros meses um quadro semelhante
à hepatite viral com evolução para hepatite crônica e até cirrose.
Em relação à avaliação da função hepática, julgue as afirmativas a seguir.

I. No que diz respeito à função dos hepatócitos, são sintetizados no fígado mais
de 90% de todas as proteínas e 100% das proteínas específicas do corpo, como a
albumina, e muitos dos fatores de coagulação.

II. Caso haja uma destruição hepática, haverá um aumento da síntese protéica,
especialmente da albumina, o que dá origem à hiperproteinemia e à hiperalbuminemia.

III. Além da síntese da bile, o fígado também é responsável pela síntese de


albumina. O componente estrutural básico do fígado é a célula hepática, mais
conhecida como hepatócito.

Julgue as afirmativas a seguir com V para verdadeiro e F para falso.

( V ) Quando ingerida, a vitamina C associa-se a moléculas de gordura e é


armazenada no fígado.

( F ) A vitamina A, presente na manteiga, gema de ovo, fígado e peixes “gordos”


converte os nutrientes (gordura, hidratos de carbono e proteínas) em energia; participa
da síntese de ácidos gordos, neurotransmissores, hormônios esteróides e
hemoglobina; manutenção do sistema imunitário.

( V ) A falta de vitamina A na alimentação provoca doenças como xeroftalmia e


cegueira noturna.
NÃO é causa da cirrose hepática:
 A síndrome plurimetabólica.
 A hepatite autoimune.
 A infecção pelo vírus da hepatite A.
 A hemocromatose (depósito de ferro).
 A doença de Wilson (depósito de cobre).
Acerca da cirrose hepática, doença crônica caracterizada pela substituição do tecido
hepático normal por fibrose difusa, provocando alteração na estrutura e nas funções do
fígado, julgue as afirmativas que se seguem:

I. O paciente com cirrose hepática tem risco aumentado de sangramento e


hemorragia por causa da produção diminuída de protrombina e da capacidade
diminuída do fígado para sintetizar as substâncias necessárias para a
coagulação sanguínea.

II. O principal fator etiológico da cirrose é a deficiência nutricional, com a ingesta


proteica reduzida, seguida do consumo excessivo de álcool.

III. Pacientes com cirrose descompensada podem ser submetidos ao


procedimento de paracentese abdominal, que é a remoção de líquidos da
cavidade peritoneal por meio de punção para a realização de exames
laboratoriais do líquido encontrado e investigação de infecção bacteriana.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):

Analise as assertivas a seguir.

I. O grupo dos antineoplásicos naturais é formado por alcalóides derivados da


vinca, etoposídeo e teniposídeo, antibióticos e paclitaxel.

II. A via mais utilizada para a administração dos quimioterápicos é a oral.

III. Os principais efeitos tóxicos dos agentes alquilantes — um grupo de substâncias


químicas cuja característica comum é a interrupção dos ácidos nucleicos — são
estomatite e alopecia moderada.

Analise as seguintes afirmativas sobre efeitos colaterais e indesejáveis dos


quimioterápicos antineoplásicos e assinale a alternativa correta.

I. No caso de suspeita de extravasamento em tecido subcutâneo durante infusão


do etoposide, deve-se evitar o uso de compressas frias ou gelo no local.

II. Os alcalóides da vinca, os alquilantes e a dacarbazina podem causar flebites


em decorrência de aplicação endovenosa.

III. As antraciclinas produzem lesões graves quando ocorre extravasamento


acidental do medicamento no tecido subcutâneo.

( ) Os alcalóides da vinca são capazes de inibir a polimerização da tubulina, impedindo


que sejam formados os fusos nas células. Essas células param o seu processo de
mitose na fase da prófase.

( ) A bleomicina é um antibiótico glicopeptídeo capaz de quelar metais e causar a


degradação do DNA pré-formado. Seu principal efeito adverso é a fibrose
pulmonar.

( ) Cabe ao farmacêutico orientar a equipe de enfermagem quanto à melhor via de


administração do quimioterápico, bem como supervisionar esses profissionais na
manipulação dos fármacos.

Em 2015, o FDA aprovou o uso de um anticorpo monoclonal para reversão imediata do


efeito da dabigatrana, um dos novos anticoagulantes orais, em casos de sangramentos
graves. Considerando essa informação, assinale a alternativa que apresenta esse
anticorpo monoclonal.
 Infliximabe.
 Idarucizumabe.
I. Na hipertensão arterial na gestação observa-se níveis tensionais absolutos iguais ou maiores
do que 140mmHg de pressão sistólica e iguais ou maiores do que 90mmHg de pressão diastólica,
mantidos em medidas repetidas, em condições ideais, em pelo menos três ocasiões. Este
conceito é mais simples e preciso. A pressão diastólica deve ser identificada pela fase V de
Korotkoff.
II. A pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aparecimento de hipertensão arterial sistêmica e
proteinúria (> 300 mg/24h) após a 20ª semana de gestação em mulheres previamente
normotensas;
III. A eclâmpsia corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões que podem ser
atribuídas a outras causas.

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