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 1.

28 Hormônios reprodutivos
A progesterona é secretada principalmente por:
 Glândula suprarrenal.
 Folículo ovariano.
 Corpo lúteo ovariano.

Durante o ciclo menstrual e na ocorrência de gravidez, o corpo lúteo


produz progesterona pela ação do(a):
 Estradiol.
 hCG.

Leia as afirmativas a seguir: I. O útero é um órgão oco, ímpar e mediano,


em forma de uma pera invertida, achatada na sentido antero-posterior, que
emerge do centro do períneo, para o interior da cavidade pelvina. II. Na
puberdade, os ovários, no corpo da mulher, começam a secretar os
hormônios sexuais, estrógeno e progesterona. As células dos folículos
maduros secretam estrógeno, enquanto o corpo lúteo produz grandes
quantidades de progesterona e pouco estrógeno. Marque a alternativa
CORRETA:
 As duas afirmativas são verdadeiras.
Leia as afirmativas abaixo sobre o ciclo menstrual. I. A progesterona é o
hormônio dominante na fase lútea do ciclo ovariano. II. A gonadotrofina
coriônica humana ajuda o corpo lúteo a não involuir. III. O estrogênio faz
retroalimentação positiva nos hormônios liberadores de gonadotrofina,
levando ao pico pré-ovulatório. IV. O estrógeno causa o espessamento do
muco cervical, um tampão que bloqueia a abertura do colo uterino.
 Estão corretas as afirmativas
 I, II, III, e IV.
 II, apenas.
 I, II e III, apenas.
 I e II, apenas.

A lactogênese e a lactação são reguladas por meio de mecanismos complexos de


controle do sistema endócrino que coordenam as ações de vários hormônios,
principalmente os de origem hipofisária, cuja produção é influenciada por estímulos
externos e emoções maternas. Em relação a esses hormônios, relacione a COLUNA
II com a COLUNA I, associando as funções com seus respectivos hormônios.
COLUNA I: 1. Ocitocina 2. Prolactina 3. Progesterona
COLUNA II: ( 3) Suprime a secreção ativa de leite durante a 1ª fase da lactogênese.
( 1) Atua nas células mioepiteliais que circundam as células alveolares, contraindo-
as. ( 2) Atua nas células alveolares, fazendo com que produzam o leite. Assinale a
sequência correta.
 1.29 – Marcadores tumorais

Marcadores tumorais são macromoléculas produzidas pelas células normais e


cancerígenas, diferindo na quantidade em que são produzidas, mas em quantidades
maiores por algumas células cancerígenas. Podem ser dosadas em sangue, urina, fezes,
tumores ou em outros tecidos ou fluídos corporais. 
Existem vários marcadores tumorais em uso clínico. Os marcadores tumorais geralmente
não são especificas e podem estar relacionados a mais de um tipo de tumor. Também
não existe nenhum marcador universal que possa revelar a presença de qualquer
neoplasia. Portanto, a avaliação dos marcadores tumorais deve estar atrelada a outros
dados clínicos e exames. 
 É importante ressaltar que as células normais do nosso corpo também produzem estas
proteínas e elas podem estar aumentadas por diversos fatores, como, por exemplo, o hábito
de fumar pode interferir na sua produção, além de outras doenças não neoplásicas como
pancreatite, endometriose, etc., isso significa que os marcadores não são fidedignos a
nenhum tipo específico de tumor.  
Normalmente são proteínas ou pedaços de proteínas, incluindo antígenos de superfície
celular, proteínas citoplasmáticas, enzimas e hormônios que permitem acompanhar a
evolução do processo neoplásico.

O QUE SÃO MARCADORES TUMORAIS? 


Os marcadores tumorais são indicadores de substancias encontradas no organismo, que
podem ser identificadas em exames de sangue ou de urina e detectada através de
alterações de seus valores normais. Estes são utilizados em pacientes com suspeita de
sintomas da doença, para ajudar juntamente a outros exames laboratoriais, como de
imagem e biópsia, para o diagnóstico de câncer.

O que caracteriza um marcador tumoral?


Normalmente são proteínas ou pedaços de
proteínas, incluindo antígenos de superfície
celular, proteínas citoplasmáticas, enzimas
e hormônios que permitem acompanhar a
evolução do processo neoplásico.

Podem ser dosadas em sangue, urina,


fezes, tumores ou em outros tecidos ou
fluídos corporais.
A presença laboratorial elevada de um
marcador pode ser uma resposta a
presença de um tumor sendo desenvolvido.
Para que servem os marcadores?

Presença de moléculas que não tem


determinado gênero. No caso de
BHCG no homem é indicativo de uma
anormalidade.

Paciente fez tratamento com qt e radio


teve cura e depois de um tempo teve a
recidiva do mesmo câncer ou
metástase--- tudo isso pode ser feito
pela mensuração dos marcadores
tumorais.

Ter uma taxa elevada de um certo


marcador tumoral não significa que tem
câncer. Mas como saber se é ou não?

Portanto, cada marcador tem um VR e


toda vez que eu encontrar taxas acima
devem ser investigados.

Importante: existem vários marcadores tumorais (promíscuos) – alguns estão ligados a


um único tipo de câncer, especificamente. E existem outros que podem aparece em vários
tipos de carcinomas.

Situação problema: principais marcadores usados na prática clínica

AFP: ALFAFETOPROTEÍNA – proteína do soro fetal, tb sintetizada no fígado, saco


vitelínico e intestino do feto.
Desaparece no 1 ano de vida
Nos últimos anos, o uso de marcadores bioquímicos para o diagnóstico e a
detecção de tumores em estágios mais iniciais tem aumentado muito. Observe
as afirmações e selecione a alternativa correta:
I. O uso de marcadores tumorais permite deixar de lado outros exames, tais
como exames de imagem ou exame clínico.
II. Existem marcadores bem delimitados para tumores de mama e de
próstata.
III. Toda pessoa que desenvolva um tumor que possui um marcador
bioquímico para a sua detecção terá esse marcador em quantidade
elevada no seu organismo.
IV. Em sua maioria, os marcadores tumorais são proteínas. Está correto o
que se afirma apenas em:

Os marcadores tumorais (ou marcadores biológicos) são macromoléculas


presentes no tumor, no sangue ou em outros líquidos biológicos, cujo
aparecimento e ou alterações em suas concentrações estão
relacionados com a gênese e o crescimento de células neoplásicas. Com
relação a esse assunto, assinale a opção correta.
 Marcadores tumorais normalmente são úteis no manejo clínico dos pacientes
com câncer, mas a presença de vários marcadores pode dificultar a maioria
dos processos de diagnóstico.
 Os marcadores tumorais são caracterizados ou quantificados apenas por
meios imunoistoquímicos.
 Cada marcador tumoral tem um valor de referência determinado.
Pacientes que apresentarem taxas acima do valor de referência devem
ser investigados.

Em imunocitoquímica, o antígeno CA 125 é o marcador mais específico


para tumores:
 Renais.
 Do Ovário.

Em relação aos principais marcadores tumorais usados na prática clínica, pode-se


afirmar:
 I. AFP é utilizado no auxílio do diagnóstico e no monitoramento do
tratamento do câncer de fígado.
 II. CA 15-3 é considerado um bom marcador para a avaliação do câncer de
mama, devido a sua elevada sensibilidade no início da doença.
 III. CA 72-4 é utilizado no auxílio no controle de remissão e recidivas do
câncer, e é utilizado como indicador principalmente no câncer do
sistema digestivo e no câncer de ovário.
No auxílio ao diagnóstico diferencial das massas anexiais, a ultrassonografia
tridimensional e o Doppler, assim como marcadores tumorais que são
recomendados por aumentarem a sensibilidade e a especificidade na diferenciação
de tumores ovarianos. Nestes se inclui, EXCETO:
 PA-52.4.
 CA-125
 CA-15.3
 CA-19.9
 Alfa-fetoproteína
1.30 – Marcadores Tumorais – PSA

A próstata é um órgão (glândula) pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da
bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). Tem o tamanho de uma noz em
homens jovens, mas fica maior conforme eles envelhecem.
Os biomarcadores são substâncias (células, moléculas, genes, enzimas, hormônios) que
podem ser detectadas nos mais diversos fluídos corporais, indicando uma
doença/processo patológico específico, ou ainda um estado clínico. Nesse contexto, o
PSA (Prostatic Specific Antigen – Antígeno Prostático Específico) representa um dos
Biomarcadores de maior poder diagnóstico.
 Utilidade do PSA: diagnóstico de câncer de próstata, sendo que valores
mais elevados são mais fortemente sugestivos de carcinoma, estando
elevado também em casos de hiperplasia benigna. Apesar de poder ser
encontrado em quantidades pequenas em outros tecidos (mama,
adrenais e dos rins), na prática clinica ele é considerado um marcador
órgão-especifico.
 Quando combinado ao toque retal, sua utilização é mais otimizada

Situação problema: Qual a importância da medição do PSA? Fundamental para


o estadiamento da doença e para o rastreamento.
VR geralmente < 4 ng/ml em pacientes entre 50 e 75 anos. Já pacientes mais jovens
VR < 2,6ngml
Achar um resultado dentro
do VR não quer dizer
ausencia de CA prostata -
pode ser tumores pequenos
restritos a prostata

Para melhorar o diagnóstico é que hoje se faz a dosagem do PSA livre e a sua
relação com PSA total, além de evitar biopsias desnecessárias.
O resultado da razão PSA LIVRE/ PSA Relação cujo os valores encontrados
TOTAL é empregado no diagnóstico são maiores que 27% representa
diferencial entre um CA de próstata e hiperplasia e não câncer. Agora
uma hiperplasia benigna. valores menores são indicativos de
E aplicada em pacientes que CA próstata
apresentam uma faixa de PSA entre 4,1-
10 ngml

Caso clinico:

Diante desses resultados, após entendermos valores de referência e suas


associações, qual sugestão de diagnóstico e possíveis condutas?
 Fluxograma: recomendações importantes para coleta de sangue para o
PSA

 Metodologia – estudar mais:


 Liberação de laudos como interpretar e avaliar?

https://www.rbac.org.br/artigos/nivel-serico-de-antigeno-prostatico-especifico-em-
usuarios-de-um-laboratorio-clinico-de-novo-horizonte-sao-paulo/
A análise do marcador tumoral PSA total e PSA livre exige a coleta de:
 Urina
 Escarro
 Sangue

Um paciente é portador de adenocarcinoma de próstata, com estadiamento T2,


Gleason 8 e PSA = 22. Qual é a classificação de risco do paciente?
 Risco baixo.
 Risco intermediário.
 Risco alto.

Qual das situações a seguir NÃO configura indicação para biópsia de próstata?
 Toque retal prostático alterado.
 História de múltiplos episódios de prostatite aguda.
 PSA >4 ng/ml.
 PSA > 2,5 ng/ml em pacientes jovens (até 55 anos).
 Velocidade do PSA >0,75 ng/ml/ano.

Analise as afirmativas sobre os níveis sanguíneos de PSA:


I. Os níveis sanguíneos de PSA se mantêm constantes ao longo da
vida, por isso a idade não é considerada um fator de influência.
II. II. Os valores de referência de PSA devem ser ajustados de
acordo com a idade e com a raça.
III. III. O PSA apresenta alta especificidade e baixa sensibilidade.
Qual(is) afirmativas estão corretas?
 Apenas a II.

Quanto ao marcador tumoral PSA, é correto afirmar:


 A avaliação do PSA tem elevada especificidade e baixa sensibilidade.
 O PSA é um marcador específico do órgão, mas não é um marcador específico
da doença.
1.31 – Ascaridíase

Parasitose causada pelo helminto Ascaris lumbricoides (lombriga) – é uma doença


grave – acometendo principalmente as crianças levando a debilitação física e intelectual.
Ascaris adultos são grandes – vivem no intestino delgado produzindo inúmeros
ovos- são cilíndricos com extremidade afiliada e de cor branca. Macho e femea são
diferentes, apresentando dimorfismo.

Formas evolutivas encontradas nas fezes que devo reconhece-las para liberar o
diagnóstico.

 Ovos fértil
 OVO INFÉRTIL

 VERME ADULTO: MACHO E FÊMEA

Fêmea é maior e
sua cauda é reta.
Macho é menor e
tem cauda espiral.
 Quanto ao ciclo biológico e sua transmissão ao homem, como ocorre?

Ciclo biológico: os ovos são eliminados com as fezes e


contaminam o solo e em situações favoráveis de
nutrientes e temperatura se tornam embrionados. A
transmissão se dá pela ingestão do ovo com larva
madura, pela contaminação das mãos na terra, geofagia,
contaminação de água e alimentos. O ovo eclode no
intestino delgado, libera a larva, que no ceco atravessa a
mucosa e por via linfática ou venosa passa pelo fígado,
atinge o átrio direito, artérias pulmonares e se aloja nos
alvéolos. Sofre evoluções larvárias, ascende pelas vias
aéreas até a faringe, é deglutida e vai se alojar no lúmen
do intestino delgado. O ciclo é de 15 a 30 dias até este
momento e vai demorar mais 30 a 60 dias para se tornar
adulto e a fêmea iniciar a postura de ovos

 Patogenia em 2 fases: como identificar os sinais e sintomas clínicos que


corroboram os achados laboratoriais?
Pulmonar Intestinal
Ocasionado pela passagem das larvas, Depende do nº de parasitos presentes. Em
larvas, causando manifestações infecções >100 os pacientes são magros,
semelhantes às dos helmintos que pálidos, tristeza, dor, náusea, vomito e
possuem ciclo pulmonar: tosse produtiva, barriga aumentada de volume (bolo de
febre e síndrome de Loffler áscaris podendo leva a obstrução). Isso tudo
de ação espoliadora dos vermes.
Além disso os vermes podem provocar
uma ação irritante na parede do intestino
levando o paciente apresentar ataques
nervosos de epilepsia. Pode provocar
abdomem agudo com dor violenta e
necessidade de cirurgia.

Situação problema:

Fluxograma: diagnostico de Ascaridíase:


Um paciente está sob suspeita de ascaridíase, em seu exame
parasitológico de fezes. Qual é a forma de vida que se espera encontrar
para confirmar o diagnóstico?
 Proglotes.
 Larvas.
 Ovos.

Sobre a Ascaridiase, é INCORRETO afirmar:


 A ascarídiase, geralmente, não causa sintomas, porém em alguns casos pode
causar diarreia, náuseas e anorexia.
 A obstrução intestinal ocorre independente do número de parasitas.
 Como o agente etiológico da ascarídiase apresenta um ciclo pulmonar, alguns
pacientes apresentam broncoespasmo e pneumonite.
 Os vermes adultos machos e fêmeas apresentam diferenças, por isso são
considerados dimórficos.
 Os vermes vivem no intestino delgado humano, produzindo uma grande
quantidade de ovos.
Os principais ciclos de cida da Ascaris lumbricoides ocorrem no:
 Sistema digestório e nervoso.
 Sistema nervoso e respiratório.
 Sistema reprodutor e respiratório.
 Sistema digestório e respiratório.
O Ascaris lumbricoides (agente etiológico da ascaridíase) é o maior parasita
nematódeo intestinal dos seres humanos, alcançando até 40 centímetros de
comprimento. A maioria dos indivíduos infectados apresenta cargas baixas de
vermes e se mostra assintomática. Com base nessa parasitose intestinal, analise
as afirmativas.
I. Os vermes adultos vivem na luz do intestino grosso delgado
II. Nas infecções maciças, principalmente em crianças, um grande
bolo de vermes emaranhados pode provocar dor e obstrução
intestinal.
III. Mebendazol, albendazol e ivermectina são fármacos utilizados no
tratamento dessa parasitose. Está(ão) correta(s) a(s)
afirmativa(s)
Em relação aos sinais e sintomas clínicos da Ascaridiase, analise as afirmativas abaixo:
I. O aparecimento de sintomas depende do nº de parasitas presentes no hospedeiro.
II. Um dos sintomas é a ação irritante n o intestino que pode desencandear ataques de
epilepsia.
III. Sintomas como: tosse produtiva e febre são decorrentes do ciclo pulmonar do
parasita responsável por causar a doença. Quais afirmativas estão corretas?
IV. 1.32 Ancilostomíase

Ancilostomíase: É uma infecção transmitida pelo contato com o solo contaminado


causado por helmintos nematoides das espécies Necator americanos e Ancylostoma
duodenale. Atinge milhões de pessoas no mundo causando uma grave anemia e
deficiência no crescimento físico e mental da criança, por isso é conhecida como
amarelão devido ao quadro de anemia que ocorre.
Pode apresentar-se de forma assintomática, leve até severos comprometimentos ao TGI
 Espécies e suas peculiaridades:
Estes parasitas vivem presos a mucosa duodenal pela cápsula bucal, que é o aparelho
que mais representa a diferença entre as duas espécies.
Ancylostoma duodenale Necator americanus
Hemisfério norte, Europa, Japão norte da Prevalente nas américas e África , sul
índia e china da indi e china
Enquanto no N. americanos a
capscula contem placas cortantes.

A cápsula é munida de dentes,


O sangue é o alimento dos vermes (ancilostomas) – pois é no intestino que eles
fixam suas capsulas bucais semelhantes a dentes, lesionando o interior do
intestino gerando anemia por isso que é chamada de amarelão.

É uma doença que pode ser cronificar:

 O que esperamos encontrar de alterações laboratoriais, num paciente


com esta doença?
Hemograma: anemia microcíticas e hipocrômicas e Eosinofilia - é comum na
ascaridíase e na estrongiloidíase ocorrer uma resposta exacerbada de TH2 e aumento
de eosinófilos
Casos mais graves é solicitado exames que indicam uma anemia ferropriva. Neste
caso não e uma deficiência nutricional e sim pela perda sanguínea intestinal por ter
esses parasitas.
Deficiência de ferro e ferritina Baixo índice de saturação da
transferrina
Parasitológico de fezes com ovos:
A principal característica
diagnóstica para ancilostomíase.
É a presença nas fezes, de ovos
ovalados com casca fina e
transparentes - não tem
invaginação.
Morfologia: Fase intermediária – são as larvas
encontradas no ambiente argiloso-
arenoso (sombreado e úmido) que de
rabditoides se transformam em larva
infectante que é a filarióides (L3)

 Como as pessoas se infectam por este parasito? É um ciclo monoxênico


ou seja não necessita de um hospedeiro intermediário para a larva se
maturar.

A larva filarióides L3 é a infectante. Consegue penetrar na pele do hospedeiro e por


via linfática ou venosa é transportada até os pulmões. Essa forma – l3- vive de 1 a 6
meses no solo úmido e pode infectar o paciente de duas formas:
Pode haver infestação direta, por Ingestão das larvas- FILARIOIDES
penetração ativa na pele sem ciclo pulmonar junto com água ou alimentos

Fluxograma: resumindo a transmissão e desenvolvimento das fases evolutivas do


parasito
Quando a larva filarióides –

Quanto as manifestações clínicas dos pacientes que podem ser úteis na


confirmação do diagnóstico laboratorial:

Presença de dor abdominal e vômitos 4-6 semanas após a infecção da L3.


Cansaço, fraqueza, palidez cutânea ASSOCIADO A ANEMIA

 Situação problema: sabemos que a grande a maioria das infecções


parasitárias nem sempre elas são sintomáticas e causam gravidade.
Então por que que Crianças, gestantes, adultos que residem em regiões
pobres são os grupos alvos em desenvolver casos graves de ancilostomíase?
Devido ao fato que essas pessoas apresentam baixa reserva de ferro e por
isso são mais susceptíveis a manifestações aguda da doença.
 O processo fisiopatológico mais importante da infecção é a perda
crônica de sangue intestinal pela fixação do capsídeo bucal dos vermes
adultos a mucosa do intestino. Portanto a ancilostomíase é uma
enfermidade que tem como principal consequência a anemia resultante
da deficiência de ferro não associada a baixa nutrição de ferro, E sim,
por ingestão continua de sangue do parasita gerando a anemia.
O duodenale devido aos dentes conseguem se alimentar de uma maior
quantidade de sangue e vivem por mais tempo na pessoa.
Sobre os aspectos clínicos da ancilostomíase, pode-se afirmar:
 A ancilostomíase é uma infecção intestinal causada esclusivamente pelo
Ancylostoma duodenale, e se apresenta sempre de forma sintomática.
 A depender da intensidade da infecção, o paciente pode apresentar anemia
ferropriva.

Assinale o agente abaixo que tem ciclo pulmonar e, desta forma, causa a
Síndrome de Loeffler:
 Ancylostoma duodenale.

O número de humanos que trazem no seu intestino vermes da família


Ancylostomatidae, em todo mundo, talvez seja da ordem de 1,25 bilhão, dos quais
151 milhões sofrem de ancilostomíase, uma doença cujos portadores
frequentemente desenvolvem anemia. No Brasil, estimativas feitas em várias
ocasiões, no decurso do século XX, calculavam estar entre 23 e 24 milhões, o
número de casos positivos. Duas espécies de ancilostomídeos parasitam com
frequência o ser humano: Ancylostoma duodenale e Necator americanus.
É correto afirmar que a infecção por N. americanus se dá por:
 Picada de um hemíptero.
 Penetração cutânea das larvas filarióides.

Sobre a ancilostomíase, analise as afirmativas abaixo:


I. Necator americanus é a única espécie responsável por
causar ancilostomíase, sendo mais frequente no hemisfério
norte.
II. Algumas das principais alterações encontradas nos
exames laboratoriais dos pacientes com ancilostomíase
são: anemia microcítica, hipocrômica e eosinofilia;
deficiência de ferro e ferritina; e baixo índice de
saturação da transferrina.
III. III. Os ovos dos ancilostomídeos são redondos, com uma
casca fina e avermelhada, e ficam alojados na superfície do
intestino delgado. Quais afirmativas estão corretas?
 I, II e III.
 Apenas a I.
 Apenas a II.
1.33 – Estrongiloidíase (Strongyloides stercoralis)
Epidemiologia: é um nematódeo intestinal de regiões tropicais e subtropicais,
raramente provoca infecção grave, sendo na maioria das vezes assintomática.
Entretanto, esse geo. helminto gera infecção grave em imunossuprimidos – por
isso considerada uma parasitose oportunista.
 Formas evolutivas de Strongyloides stercoralis: 3 etapas
 O ovo pode sair nas fezes, porém conhecer a larva rabditoide é o padrão ouro
de diagnóstico.
Ovo: casca fina contendo Larvas Vermes adultos
larvas. Solos úmidos
A única forma parasitária Vai parir larvas No meio ambiente
que vive no corpo humano- rabditoides- L1 que sairão encontram-se as
no duodeno é a fêmea nas fezes; larvas filarióides
adulta. infectantes- L3 ,
Diagnóstico – Larva além de machos e
Por partenogênese ela só rabditoide – L1 de fêmeas de vida livre
vai parir as larvas Strongyloide stercoralis (vermes adultos)
rabditoides. são achadas nas fezes
tem uma cauda
pontiaguda e
conseguimos ver elas se
mexendo na
sedimentação.
Filarióides – L3 tem
uma cauda entalhada

 Fluxograma – resumindo ciclo de vida do strongyloides stercoralis


Na ausência de adultos do sexo masculino, as fêmeas adultas patogênicas
produzem ovos, a partir dos quais larvas não infecciosas (larvas rabditiformes) se
desenvolvem dentro do lúmen do trato gastrointestinal. As larvas rabditiformes são
geralmente eliminadas nas fezes. A duração do ciclo desde a penetração dérmica de
larvas filarioides até o aparecimento de larvas rabditiformes nas fezes é de
aproximadamente três a quatro semanas.

 Uma vez que se conheça as formas evolutivas, como que acontece o ciclo
de vida- transformação de uma larva rabditoide de Strongyloides
stercoralis em uma Filarióide infectante dentro do TGI da pessoa?

 Fisiopatologia: Existem 3 tipos de ser infectado


Autoinfecção interna
Hetero ou É quando as larvas
primo- rabditoides na luz intestinal
infecção se transformas em
Larvas filarióides infectantes (ou
filarióides seja indivíduos
penetram constipados, divertículos,
ativamente uso de esteroides que
na pele e Auto infecção externa reduzem a motibilidade
mucosa, e Achar no parasitológico uma larva intestinal e por isso não
por via oral filarióides infectante – devo investigar defecam rabditoides,
caso menos se é uma criança, idosos e favorecendo a
frequente. internados usuários de fraldas que transformação e por isso
defecam e que permanecem em elas acabam evoluindo no
contato com as fraldas infectadas por próprio local que estão
longas horas. Isso faz com que a L3 parasitando (intestino
infectante penetre o colón e continue grosso) em larvas
a reinfecção. Auto- infecção externa infectantes e voltam pelo
pois as fezes vieram com as larvas colón reinfectando
rabtidóides porém o contato continuando o ciclo.
prolongado com as fezes ocasionam
a evolução em filarióides infectantes
Portanto existem 2 processos de auto infecção: contato prolongado com as fezes
evoluindo em filarióides que penetram na região perianal (externa), e interna onde as
fezes presas no intestino grosso permite a muda da L2 em L3q que penetram a
mucosa intestinal, para completar o ciclo de vida, migrando através da circulação
sanguínea e linfática para os pulmões e seguindo ao intestino.
Hiperinfecção refere-se a autoinfecção acelerada comum em pacientes
imunossuprimidos. Nestes casos, os sinais e sintomas são ligados ao aumento
da migração larval e a disseminação para dentro dos órgãos.
Manifestações clinicas: 3 Fases
Aguda ou crônica: As manifestações graves Hiperinfecção:
As agudas refletem o de estrongiloidíase Grande multiplicação
caminho da migração L3 incluem infecção e migração de larvas
desde a entrada pela pele Disseminada, que filarióides infectantes
até o intestino delgado. Os consiste em – em
infectados sentem irritação hiperinfecção Letal com imunossuprimidos
proliferação de larvas em
imediata na pele, eritema e levando a
múltiplos órgãos e
urticária. Após uma sangramento tanto a
sistemas. Além de sinais
semana, Tosse, devido a gastrointestinais e nível pulmonar e
migração da larva para os pulmonares. A proliferação gastrointestinal.
pulmões aumentada de larvas leva
Crônicas pode ser a infecções secundárias
assintomática, ou sintomas bacterianas.
pulmonares e sintomas
gastrointestinais.
 Dependendo das manifestações clinicas apresentadas os método de
diagnóstico laboratorial a serem usados são diferentes: exemplo
estrongiloidíase disseminada:

Dica importante sobre as principais Mas também é comum


manifestações clínicas: a sindrome de Loeffler,
O diagnostico clinico pode ser evidenciado onde há bronquite/
a partir de uma tríase classica: pneumonite e eosinofilia
 Dor abdoninal (maior que em outras
 Diarreia parasitoses). – achado
 urticária pagtonomico que caracteriza.

Que acaba sendo afirmado pelo


parasitologico de fezes

Diagnostico da estrongiloidíase:
Deve ser suspeitada entre pacientes com exposição epidemiológica relevante (por
exemplo, contato da pele com solo contaminado em regiões tropicais e
subtropicais) e manifestações gastrointestinais, respiratórias e/ou
dermatológicas (com ou sem eosinofilia). O diagnóstico também requer
consideração em pacientes com infecção sistêmica devido a organismos entéricos
sem causa óbvia.
O diagnóstico laboratorial é feito pela pesquisa de larvas nas amostras fecais
pelo método de Baerman-Moraes- para isso as fezes precisam estar frescas,
não ser refrigeradas e nem estar no formol. Pode-se realizar também pesquisas
de larvas nas secreções e coprocultura, além de métodos imunológicos como
ELISA; Imunofluorescência Indireta (IFI) e radioimunoabsorção.
Hemograma eosinofilia – endoscopi digestiva.
Situação problema:
A problemática da imunodeficiência – por que a estrongiloidíase pode ser
letal? Apesar de ser considerada uma infecção parasitária leve, ela pode se agravar
e levar a óbito.
Os fatores que causam uma maior probabilidade do paciente manifestar as formas
graves (hiperinfecção ou disseminadas) são a: imunossupressão e a co-Infecção
pelo HTLV-1, HIV.
Assim pacientes portadores de neoplasia, SIDA, desnutrição, alcoolismo
crônico, idade avançada, DM, doenças do colágeno e/ou estado pós-cirúrgico
Casos de hiperinfecção e disseminação em pacientes em uso prolongado de
glicocorticoides – estes fármacos possuem um amplo efeito inibitório na
resposta imune mediada por linfócitos T e B, bem como um potente efeito
supressor das funções efetoras dos monócitos e neutrófilos- fazendo com que
esses indivíduos imunossuprimidos fiquem susceptíveis a desenvolver uma
doença disseminada

 Tratamento:
O diagnóstico de estrongiloidíase, se dá através do seguinte método:
 Lugai
 Faust
 Lutz
 Baermann-Moraes

Além das características de uma helmintíase transmitida pelo solo, a


estrongiloidíase, infecção humana causada por Strongyloides stercoralis, possui
outras muito singulares. Todas as alternativas abaixo apresentam fatores que
contribuem para a manutenção do processo de transmissão de S. stercoralis,
exceto:
 As larvas de S. stercoralis expulsas nas fezes tornam-se infectantes
rapidamente, conferindo aos excretos alta contagiosidade assim que
depositados no solo.
 A ingestão de verduras e legumes cultivados usando como adubo fezes humanas
contaminadas, com larvas do tipo filarióide, são a principal fonte de infecção por S.
stercoralis.
 O ciclo de vida livre multiplica o potencial infectante do solo contaminado.
 A visita frequente dos moradores de rústicas habitações rurais, sempre aos mesmos
lugares do peridomicilio, para defecar, com os pés descalços, contribui para a
heteroinfecção tanto quanto para a reinfecção.
 Os mecanismos de auto-infecção responsáveis pela cronicidade e
hiperinfecção, dependem dos hábitos higiênicos e das condições de
funcionamento dos intestino dos infectados, além do uso de altas doses de
corticoesteróides.

A estrongiloidíase é uma geo-helmintíase muito frequente em regiões em


desenvolvimento e o diagnóstico laboratorial requer pessoal bem treinado e que
tenha conhecimento das características do parasito. Algumas das
características do Strongyloides stercoralis podem interferir no diagnóstico
parasitológico. Acerca desse tema, analise as afirmativas a seguir.
1) Os vermes adultos de Strongyloides stercoralis podem ser encontrados nas fezes,
se concentrados após incubação destas, em água morna. Precisa estar frescas
2) As larvas de Strongyloides podem ser encontradas em amostras de
aspirado duodenal em concentrações maiores do que em amostras de fezes.
3) Em pacientes imunodeprimidos, há infestação elevada de Strongyloides,
sendo possível encontrar larvas em lavado bronco alveolar. 4) É recomendado
o uso de fixadores no material fecal para realizar a pesquisa de Strongyloides
pelo método de Rugai. Estão corretas, apenas:
 2 e 3.
Ciclo heteroxênico: Quando o parasita possui mais de um hospedeiro. Neste
caso, classifica-se os hospedeiros em intermediários e definitivos.

Em relação ao agente etiológico da estrongiloidíase, NÃO é correto afirmar


que:
 Possui cerca de 2 mm de comprimento.
 Realiza ciclo biológico tipo heteroxênico ( quando tem intermediário)–
 O que acontece- única forma parasitária que vive no corpo humano- no
duodeno é a fêmea adulta. Por partenogênese ela só vai parir as larvas
rabditoides.
R e s p o s t a c o r r e t a .
 Pode ser considerado um geoelminto.
 A forma infectante é a larva filarioide.
 Habita e ovipõe no intestino delgado.
 1.34 – Teníase

O homem é o hospedeiro definitivo destes citoides platelmintos,


conhecidos como solitária. O hospedeiro intermediário é o porco para o embrião
da T. solium, e o gado para T. saginata. As tênias adultas podem viver de 3 a 25
anos no intestino delgado do homem. O homem pode entrar em contato com esse
platelminto em duas formas evolutivas diferentes, podendo desenvolver dois tipos
de patologias distintas: teníase e cisticercose.

Entender a doença, quais as formas infectantes e onde vive o parasita no


corpo e suas manifestações clinicas no corpo são ferramentas essenciais para
liberar um laudo seguro.

 Morfologia e ciclo biológico:


Começa com o homem infectado por vermes adultos que habitam o intestino
delgado e suas proglotes (ovos) são eliminadas pelas fezes no meio ambiente
contaminando as pastagens. Logo são ingeridos pelos animais intermediários
seus embriões migram até o tecido conjuntivo dos músculos (na carne) destes
animais, onde formam os cisticercos (canjiquinhas). A carne contaminada com
cisticercos (forma larval) quando consumidas pelo homem chegam até os sucos
digestivos fazendo com que o cisticerco libere o escólex, que irá se fixar a mucosa
do paciente e iniciar seu desenvolvimento. Após a ingestão da larva, demora 3
meses para formar o verme adulto no intestino e pronto para eliminação das
proglotes maduras que eclodem liberando os ovos---que podemos encontrar no
exame de fezes

Caracteristicas Da Taenia sp.


São vermes longos que
acompanham o comprimento
do instetino delgado.
Sendo a T.saginata mais longa
que a T.sollium. O escólex
possui ventosas que facilitam
a fixação do verme a mucosa
do duodeno. A tênia é
hemafrodita
e vive solitária no intestino do
homem, os aneis ou proglotes
são maduros e cheios de 30 a
80 mil ovos. E no H.
intermediario boi ou porco que
estes ovos eclodem e formam
os cisticercos (forma larval)

Como diagnosticar que o paciente está com a infecção parasitária- quais são
as queixas clinicas (manifestações)? Dores abdominais, náuseas, perda ou
aumento do apetite, obstrução do trato gastro intestinal, desnutrição e
emagrecimento, urticária, cefaleia, irritação fadiga. A desnutrição é devido a perda
da capacidade de absorção de nutrientes, decorrente de uma lesão intestinal
causada pela presença desses vermes adultos.
De que forma eu analista clínico posso identificar esta parasitose em
uma pessoa? Exames laboratoriais

Hemograma alterado: Sim com presença de anemia devido a lesão intestinal


causada pela tênia.
Há uma leucocitose inicial devido a uma resposta imune frente a inflamação. Já
na fase tardia da teníase, a presença do parasita faz com que o sistema imune
responda realizando uma diapedese que é a saída das células imunes dos vasos
sanguíneos até o intestino onde o verme adulto está – e portanto temos uma
leucopenia (↓)
Eosinofilia resposta tipo Th2 na fase tardia na tentativa de fagocitose e destruição
da taenia adulta
Parasitológico de fezes: Sim identificação de ovos e proglótides nas fezes por
microscopia é diagnóstica para a teníase
No laudo eu coloco
Ovos de Taenia sp –
uma vez que eles são
iguais para ambas as
espécies t.solium e
t.saginata.
São esféricos, possuem
uma casca escura e
são indiferentes nas 2
especies. Sobrevivem
nos pastos de meses a

Ficar atento que durante a


identificação microscópica
eu posso me deparar com
alguns artefatos que não
são ovos de tenia e sim
ARTEFATOS no sedimento
fecal, grãos de polen,
esporos, sementes, fungos
etc.

Além dos ovos, podemos encontrar as proglotes– e se faz necessário diferenciar


qual a espécie.
 Qual a melhor forma de diagnosticar a Teníase?
Exames complementares:
Pesquisa de Sangue Oculto:
(PSO) sim ou não – e PCR
marcador inespecífico visto em
inflamacções crônicas- na
teníase pode sim estar
elevado

 Situação problema:
Existe, uma outra situação semelhante a teníase, causada por uma forma
evolutiva da Taenia Solium.

Cisticercose- ocorre acidentalmente a ingestão de água e alimentos


contaminados com os ovos de Solium (e não com os cisticercos da carne-
teníase), esses ovos vão formar cisticercos dentro da pessoa – a doença e sim,
cisticercose, decorre da presença da larva (cisticerco) nos tecidos do animal
ou do homem.
O grande problema é que a ingestão dos ovos eclodem e acabam indo parar nos
músculos , olhos e no cérebro – neurocisticercose ocasionando dor de cabeça,
crises epiléticas, delírios, psicose e perda da visão – lesões cardíacas

Interpretação e liberação do laudo.


Orientar corretamente Na suspeita de vermes Para identificação dos
sobre a coleta das fezes adultos o médico solicita ovos sedimentação
a realização do processo espontânea normal, após
Nem todo exame pode se
de tamização. detecção confirmar com a
usar o formol- fezes
história clinica e ver os
precisa ser frescas A tamização é empregada
hábitos alimentares do
nos casos onde a clinica
paciente e assim liberar
e correspondente porém
um laudo seguro.
não achamos os ovos é a
tentativa de encontrar as
proglotes
A teníase e a cisticercose são duas entidades mórbidas distintas, causadas pela
mesma espécie, porém com fase de vida diferente. A teníase é provocada pela
presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata no intestino
delgado do hospedeiro definitivo; já a cisticercose é a alteração provocada pela
presença da larva (vulgarmente denominada canjiquinha) nos tecidos. Analise as
alternativas abaixo e assinale aquela que apresenta a correta detecção da
forma diagnóstica no exame parasitológico de fezes para helmintos cestódeos
(Taenia solium e/ou Taenia saginata):
 Cisticerco
 Larvas
 Ninfas
 Ovos e proglotes

O complexo teníase-cisticercose constitui um sério problema de saúde


pública em países onde existem precárias condições sanitárias,
socioeconômicas e culturais, que contribuem para a transmissão. No que
se refere ao complexo teniase-cisticercose, analise as afirmativas abaixo,
dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que
apresenta a sequência correta de cima para baixo.
(v ) O diagnóstico das diferentes espécies é feito pela pesquisa de
proglotes e, mais raramente, de ovos de tênia nas fezes pelos
métodos rotineiros.
(v ) Os cestódeos mais frequentemente encontrados parasitando os
humanos pertencem a família Taenidae, na qual são destacadas
Taenia solium e Taenia saginata.
( ) Para o diagnóstico específico, há necessidade de se fazer a
“tamização” (lavagem em peneira fna) de todo o bolo fecal, recolher as
proglotes existentes e identificalas pela morfologia do escólex.
( ) Para as duas tênias, o diagnóstico é específico, pois
microscopicamente os ovos são diferentes.

Os cestódeos Taenia solium e Taenia saginata são responsáveis pela


teníase humana. O gênero Taenia pertence à família Taenidae, à classe
Cestoidea e à ordem Cyclophyllidea. As tênias podem viver muitos anos no
intestino delgado do homem. A respeito disso, assinale a alternativa
INCORRETA.
 O homem é o único hospedeiro da forma adulta da Taenia saginata.
 Geralmente, encontra-se apenas um único parasita na luz intestinal, comumente
designado de solitária, podendo aí permanecer por 25 a 35 anos.
 O homem adquire a infecção ao ingerir carne bovina crua ou insuficientemente
cozida que contenha cisticercos viáveis.
 No intestino grosso dos humanos, o cisticerco transforma-se em adulto, sexualmente
apto a reproduzir-se. São hermafroditas- solitárias
Analise as afirmativas a seguir: I. Os sintomas da teníase nos primeiros dias estão
mais relacionados com a redução da coordenação motora, afetando inclusive o
sistema muscular. Nos músculos, essa doença causa instabilidade, rigidez dos
membros, anormalidade ao caminhar, contrações musculares rítmicas, dificuldade
com movimentos corporais, dificuldade para caminhar, movimento corporal lento,
movimentos involuntários, músculos rígidos, rigidez muscular ou andar arrastado
lento.
II. Alterações do apetite, febre, dor na face e aumento do volume das glândulas
salivares (tornando-se visíveis a olho nu) são os principais sintomas da teníase. O
tratamento dessa doença visa ao alívio dos sintomas e a recuperação leva cerca de
duas semanas. Essa infecção pode ser prevenida pela vacina tríplice viral e seus
sintomas podem tornar-se mais brandos em indivíduos com uma alimentação
saudável. Marque a alternativa CORRETA:
 As duas afirmativas são verdadeiras.
 A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
 A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
 As duas afirmativas são falsas.

Várias espécies de tênia causam problemas à saúde humana. Apesar de


ser a tênia popularmente conhecida como solitária, na prática, o que se
observa são pessoas infectadas com mais de uma tênia da mesma
espécie. A partir dessas informações, analise as assertivas.
I - A infecção pela larva da Taenia saginata ou Taenia solium se dá
pela ingestão de carne bovina e suína, respectivamente,
contaminadas, preparadas de forma inadequada.
II - A teníase e a cisticercose são causadas pela mesma espécie de
parasita, porém em fases distintas da vida: a teníase aparece quando
presente no intestino delgado dos humanos, já a cisticercose surge
devido à presença da larva nos tecidos dos hospedeiros
intermediários (suíno e bovino).
III - No homem, a cisticercose, em geral, não é responsável por graves
lesões, pois provoca no hospedeiro sintomas leves, quase imperceptíveis.
A doença desaparece alguns dias após a infecção.
IV - Os métodos mais usados para detectar anticorpos anticisticercos
no soro, liquor e humor aquoso (olho) são: reação de fixação de
complemento, hemaglutinação indireta e reação imunoenzimática.
Estão corretas as assertivas
 I, II e III, apenas.
 I, II e IV, apenas.
 1.35 Esquistossomose – Schistosoma mansoni

É causada pelo helminto trematódeo do gênero Schistosoma. A infecção humana


pelo S. mansoni é também denominada de esquistossomíase mansônica ou
intestinal e, é popularmente conhecida como xistose, barriga d’água ou mal do
caramujo.
Ciclo heteroxênico tendo como hospedeiro intermediário o caramujo e hospedeiro
definitivo o homem. A gravidade dos sintomas dependem do estágio de evolução no
homem. Podendo ter 3 fases aguda ou crônica após 6 meses

O que de fato causa a doença nos humanos?


Os ovos presos na mucosa do intestino grosso e se agrava quando se prende no
tecido hepático – formando o granuloma esquistossomótico (infiltrado
inflamatório linfócitos que tentam eliminar o principal causador da doença devido a
presença do granuloma).
 Entender o ciclo- as formas evolutivas e o habitat me capacita entender
a epidemiologia e investigação laboratorial:
 Modo de transmissão: A infecção pelo S. mansoni ocorre pela penetração
ativa das cercarias na pele e mucosa do homem.
Os vermes adultos (macho e fêmea) de S. mansoni se localizam na luz dos vasos
sanguíneos do sistema porta, realizando a ovoposição nos ramos terminais da veia
mesentérica inferior e nas vênulas da parede do intestino, no plexo hemorroidário.

Ovos encontrados nas fezes, ou presos na mucosa intestinal ou no tecido hepático


da pessoa.
Já os miracídio é encontrado dentro dos ovos maduros ou na água para penetrar
em um hospedeiro intermediário). – forma de transmissão contato com a pele nos
rios,
Esporocisto: forma vista dentro do caramujo. O miracídio perde o epitélio ciliado e,
em duas semanas, forma de 20 a 40 esporocitos filhos.
 Manifestação clínica: Na liberação do laudo se faz necessário entender a
história clínica – 3 fases de sintomas: Fase cutânea – Fase intestinal e Fase
hepática.
O parasitismo pelo S. mansoni pode apresentar-se assintomático na
maioria das vezes. Formas clínicas: na fase aguda pode apresentar dermatite
urticariforme, pápulas eritematosas e prurido- esses sintomas duram 24-72
horas e por isso o paciente nem desconfia. Com cerca de 3 a 7 semanas de
exposição pode surgir febre, anorexia, dor abdominal, mal estar, cefaléia, diarréia,
fezes mucosangüinolentas, náuseas, vômitos, tosse seca e hepatomegalia.
Os ovos são fundamentais da patogenia, pois em grande número, na
parede do intestino, podem provocar hemorragias e áreas de necrose, levando a
uma enterocolite aguda. No fígado e em outros órgãos, os ovos causam a
formação de granulomas.  O quadro hematológico é de leucocitose moderada,
com intensa eosinofilia (25 a 50%).
A fase crônica temos três formas: forma intestinal, hepatointestinal e
fase hepática que é a mais grave de todas. As complicações da doença se
caracterizam por fibrose hepática, a infiltração inflamatória leva um endurecimento
do tecido e o sangue que chega vai ter que passar com muita força, e por isso é
comum a pessoa ter uma hipertensão portal. Essa hipertensão portal acaba
provocando um forte afluxo sanguíneo do fígado ao baço levando a uma
esplenomegalia (aumento do baço) juntamente temos perda de proteínas do sangue
para espaço extravascular levando a uma ascite (barriga da água), insuficiência
hepática severa, hemorragia digestiva, comprometimento do sistema nervoso central
e de outros órgãos.

 Quais achados laboratoriais são usados para fins de diagnóstico?

O diagnóstico laboratorial da esquistossomose baseia-se no exame parasitológico


de fezes com pesquisa de ovos do parasito. Outros métodos utilizados são:
biópsia retal, eclosão de miracídios, métodos imunológicos e PCR.

Os ovos têm um formato


oval, sem opérculo,
apresentando na parte
mais larga um espículo
lateral. O que representa
um ovo maduro é a
presença de um miracídio
no seu interior, visível pela
transparência da casca.
É a forma usualmente
encontrada nas fezes.
Em decorrência da gravidade hepática é comum o paciente descobrir
esquissotomose por exames de rotina com marcadores alterados transaminases –
aumento de billuribinas – devido a hipertensão portal – ascite altera bilirrubinas – e
devido a presença dos vermes adultos no intestino gerando uma anemia-
diminuição de hematócrito e Hg – e como toda resposta inflamatória PCR elevada

O diagnóstico parasitológico da esquistossomose é realizado com a


finalidade de:
 Encontrar os ovos do parasito nas fezes ou tecidos do paciente.
 Demonstrar a fêmea do parasita nas fezes e sangue.

A esquistossomose é uma doença que atinge principalmente os países tropicais, e


das espécies de Schistosoma que parasitam o homem, somente o S. mansoni é
encontrado no Brasil. As formas do S. mansoni que são infectantes para o
homem denominam-se:
 Miracídios. – penetram no caramujo
Cercárias – saem do caramujo e infecta o homem
 Esporocistos.
 Biomphalarias.

A esquistossomose é uma doença causada por platelmintes do gênero


Schistossoma. Essa doença é também conhecida como:
 Febre da lesma branca.
 Febre do mosquito.
 Febre do caramujo.
Os telejornais noticiaram recentemente que uma seca acentuada causou
um aumento nos casos de esquistossomose na Amazônia. Apesar da
grande variação diária no número de ovos eliminados por paciente, quando
se trabalha com população, a média reflete com bastante precisão a carga
parasitária da comunidade. Para levantamentos epidemiológicos da
esquistossomose, recomenda-se a técnica de quantificação
parasitária para se ter elementos para avaliar a eficácia de medidas
profiláticas. Assinale a alternativa que mostra o método indicado a que
se refere o texto.
 Método de Hoffmann, Pons & Janer (HPJ) ou Lutz
 Exame direto a fresco
 Método de Faust e cols
 Método de Baermann-Moraes
 Método de Kato-Katz
1.36 Doença de Chagas.
A doença de chagas é uma antropozoonose causada pelo Trypanosoma
cruzi (T. cruzi), protozoário flagelado que pode causar doença aguda ou crônica
com reativação em função de condições de imunodepressão.
 O homem se infecta durante a hematofagia, quando o barbeiro elimina os
tripomastigotas metacíclicos em suas fezes. Essas são as formas infectantes e
podem penetrar pelas mucosas, quando o homem leva as mãos contaminadas aos
olhos ou nariz, e por soluções de continuidade, como as provocadas pelo ato de
coçar ou pelo orifício da picada do barbeiro.

Como ocorre a transmissão?


O vetor intermediário é um triatomíneo mosquito conhecido como barbeiro ou
chupão que carrega o protozoário T. cruzi –
Via oral através de alimentos contendo triatomíneo ou seus dejetos – caldo de
cana – casos em SC e açaí – acidental e casos de transplantes.
Após a transmissão por diferentes vias, quais período de incubação para
desencadeamento e manifestações da doença de chagas?

 Fases da doença: após a entrada do parasito no corpo ocorrem duas etapas


fundamentais na infecção humana pelo T. cruzi
Aguda
Inicia-se com o parasito circulando na CS em quantidades expressivas.
As manifestações de febre podem persistir por 12 semanas.
Na fase aguda os sintomas podem desaparecer espontaneamente evoluindo
para a agudas graves que podem levar ao óbito
Crônica: tipos: Indeterminada – cardíaca – Digestiva e associada.
Existem raros parasitas circulantes na corrente sanguínea
Inicialmente é assintomática e sem sinais de comprometimento cardíaco e ou
digestivo. Pode apresentar-se de diferentes formas.
Crônica indeterminada Forma cardíaca: coração cresce

Forma digestiva:
 Situação problema: Como identificar os sinais e sintomas de um
paciente com doenças de chagas?
Conhecer as manifestações clinicas me dá segurança para liberar o laudo

 Manifestações clinicas -
Inespecíficos –o médico solicita uma Específicos
série de exames eu como analista devo Menos comuns: pericardite, derrame
me prender as informações que levou o no pericárdio, miocardite difusa-
paciente ao médico e associar com cardiomegalia (aumento do coração) ,
achados alterados. ICC, derrame pleural
Diarreia, vomito, prostração e Comuns: tosse dispneia dor torácica –
inapetência, febre prolongada não palpitações e arritmias
elevada com picos vespertinos. Edema de face e membros inferiores-
Manchas vermelhas com ou sem prurido aumento de baço esplenomegalia
– mialgia, aumento dos gânglios –
cefaleia e irritação... sintomas que
confundem com virais atrapalhando o
diagnóstico inicial.
Sinais e sintomas menos frequentes: São achados patognomônico da doença, porém pouco
frequentes.

Sinal de romana – edema na pálpebra unilateral devido


reação inflamatória devido a mordida do mosquito.

Chagoma de inoculação

Em relação a resposta humoral:


Na fase sintomática aguda temos
uma elevada parasitemia, e em
processo de formação de
anticorpos IgG - que está baixo e
por isso não é uma boa fase para
aplicar um teste sorológico e SIM
PESQUISA DIRETA.
Ao passar um mês da infecção o
que se observa é a fase crônica
com baixa carga parasitária, e o
aumento do títulos de IgG contra
T. cruzi - ai sim aplico teste
sorológico.
Fluxograma: diagnostico laboratorial – pode ser aplicado na fase aguda e
crônica.

Na aguda exames diretos


como a punção capilar do
dedo e pesquiso a
presença de
tripomastigotas
GOTA ESPESSA.

Chagas é uma doença


de notificação
compulsória
Por isso enviar ao LACEN
Fazer quimiluminescência

Na fase cronica na qual o paciente não Os testes sorologicos são os que


apresenta sintomas e esta com baixa devem ser realizados – e devem ser
parasitemia – não adianta fazer os confirmados em 2 testes diferentes – e
exames diretos pois são falhos o que vamos encontrar são IgG
Tempo de
protrombina alargado
provando o dano
hepático

No esfregaço sanguíneo

Um homem de 40 anos sentindo-se bem vai até o hemonúcleo de sua cidade para
doar sangue. Nos exames realizados, há detecção de doença de Chagas. Em
entrevista, esse homem relata ter vivido sua infância em região endêmica. A respeito
desse paciente, é correto afirmar que: está na fase crônica – baixa parasitemia
 Nas amostras de sangue há a presença de anticorpos do tipo IgG para chagas.
 O paciente encontra-se na fase aguda da doença, porém assintomática.
 Anticorpos IgM para chagas são encontrados em altos títulos nas amostras.
 O paciente deve conter uma grande carga de parasitas na corrente sanguínea – na
aguda
 A amostra do paciente deve conter altos títulos de IgM e IgG.
A doença de Chagas (DC) é endêmica em 21 países do continente americano, e
estima-se que entre 6 e 7 milhões de pessoas estejam infectadas, embora mais de
90% delas desconheçam a infecção por falta de oportunidade de diagnóstico.
Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a
alternativa que apresenta a sequencia correta.
(F) Xenodiagnóstico é um método muito sensível na fase aguda na crônica ,
podendo chegar a 100% de positividade. Esta técnica é a mais indicada uma vez
que reproduz os resultados imediatamente.
(v ) Na fase aguda, observam-se: alta parasitemia, presença de anticorpos (Ac)
inespecíficos e início de formação de Ac específicos (IgM e IgG) que podem
atingir níveis elevados. Nesta fase, recomenda-se: pesquisa direta e, se
necessário, pesquisa indireta do parasito.
(V ) Na fase crônica, observam-se: baixíssima parasitemia e presença de
anticorpos específicos (igG ). Nesta fase, a presença de anticorpos IgM é
discutida, só sendo detectada esporadicamente em baixos títulos.
Recomendam-se métodos sorológicos como imunofluorescência indireta,
ELISA (Enzime-linke-dimmunosorbent-assay), hemaglutinação indireta ou
fixação de complemento ou a pesquisa do parasito por métodos indiretos
como xenodiagnóstico, hemocultura ou inoculação em animais de laboratório.
( V) Enzime-linked-immunosorbent-assay (ELISA) é uma técnica que também
detecta classes específicas de anticorpos e, portanto, é indicada para o
diagnóstico de fase aguda da doença, utilizando-se conjugado anti-IgM.

a fase aguda, o diagnóstico pode ser feito por meio da análise em microscópio de amostras de sangue
do paciente, uma vez que ocorre abundância de parasitos. A fase crônica demanda apurações por
meio da sorologia e testes parasitológicos (xenodiagnóstico, hemocultura), os quais, apesar de
suas especificidades possuem uma sensibilidade limitada em pacientes crônicos soropositivos e podem
gerar resultados falso-negativos. Para assegurar os resultados dos procedimentos diagnósticos para
doença de Chagas crônica, o Consenso Brasileiro em Doença de Chagas (1995) recomenda o uso de
duas metodologias diferentes de sorologia (imunofluorescência e hemaglutinação) e, se houver
discordância, sugere aplicação do teste confirmatório de ELISA.

Os métodos de diagnóstico laboratorial para doença de Chagas apresentam


diferentes resultados se aplicados na fase aguda ou crônica da infecção. Para
assegurar os resultados dos procedimentos diagnósticos para doença de
Chagas crônica, o Consenso Brasileiro em Doença de Chagas (1995) recomenda o
uso de duas metodologias diferentes de sorologia e, se houver discordância,
sugere aplicação do teste confirmatório. Assinale a alternativa correta que
descreve as duas metodologias e o teste confirmatório, respectivamente.
 Metodologias - Imunofluorescência e Precipitação/ Confirmatório - ELISA
 Metodologias - Imunodifusão e Hemaglutinação/ Confirmatório - Imunofluorescência
 Metodologias - ELISA e Hemaglutinação/ Confirmatório - Imunofluorescência
 Metodologias - Imunofluorescência e Hemaglutinação/ Confirmatório -
Radioimunoensaio
 Metodologias - Imunofluorescência e Hemaglutinação/ Confirmatório - ELISA
O diagnóstico da Doença de Chagas, em sua fase aguda, pode ser feito por
meio do exame:
 Parasitológico de fezes.
 Gota pendente.
 Cultura.
 Gota espessa.

A Doença de Chagas tem como transmissor o Tripanossoma cruzi, que é


transmitido pelo percevejo reduvídeo (chupança). Quase todas as espécies
de mamíferos podem atuar como reservatórios da infecção; além do mais,
o parasita pode infectar e habitar as células do hospedeiro,
particularmente:
 Os linfócitos e as células da medula óssea.
 Os macrófagos e as células do músculo cardíaco..
 As hemácias e as células musculares.
1.37 – Toxoplasmose

A toxoplasmose é causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que tem


distribuição geográfica mundial e apresenta alta prevalência sorológica mundial, ou
seja, muitas pessoas já entraram em contato com o mesmo.
No entanto, as manifestações clínicas, é pouco frequente, por isso existe o
grande desconhecimento da mesma, já que muitos são ASSINTOMÁTICOS – uma
vez que a maioria dos infectados não sentem os sintomas. A importância em
diagnosticá-la é devido a capacidade em causar danos graves ao feto em
gestantes.
A doença é uma zoonose, que ocorre em um grande números de animais, mas os
Felinos são os hospedeiros definitivos – por isso é associada como doença do
gato.
O T. gondii é um parasito heteroxênico, ou seja, possui hospedeiro definitivo
(HD) que são os gatos não vacinados e intermediário (HI) homens e alguns
mamíferos e aves.
A transmissão pode ocorrer por diferentes vias, mas 2 são as principais
formas: via oral e via congênita (transplacentária) – pode também através de
transplantes e transfusões.

Para entender a transmissão preciso conhecer as formas evolutivas do T. gondii: as


3 principais são Taquizoítos – Bradizoítos e Merozoítos
No HD podem ser
encontradas tantos as
formas sexuadas como
Já no HI as formas
assexuadas.
A toxoplasmose para ser transmitida pode ocorrer de 2 formas, a partir dos
diferentes ciclos biológicos: ou seja se a forma parasitária já está no homem ou nas
aves a continuação evolutiva acontece de forma assexuada. Já no intestino do HD
será o sexuado.

Resumindo o ciclo biológico e suas formas de transmissão

Fase crônica da mãe é


quando ela tem os
bradizoitos em seu corpo e
que devido a gestação
geram as manifestações.
A mãe ingere alimentos
contaminado ( carne ou
verduras) com um oocisto
infectante que foi liberado
pelo gato no ambiente -
Sintomatologia x forma de transmissão

As formas graves da doença incluem comprometimento ganglionar, icterícia,


hepatoesplenomegalia, edema, miocardite, anemia, lesões oculares, etc. É
extremamente grave em pacientes imunocomprometidos com sintomas de febre, dor
de cabeça, alteração das funções cerebrais como confusão, letargia, alucinações e
psicose, perda de memória e coma.

Diagnóstico: parasitológico x imunológico quando assintomáticos.


O diagnóstico clínico é de difícil realização.
Forma aguda: parasitológico pouco usado
 Pesquisa de taquizoítos no leite, sangue, líquor, saliva etc.
 Realização de esfregaço do material centrifugado com coloração pelo
método de Giemsa;
 Biópsia e realização de cortes histológicos em gânglios enfartados,
fígado, baço e músculo corados por hematoxilina e eosina.
Diagnóstico imunológico
São feitos testes imunológicos que detectem anticorpos circulantes que
correspondam a fase da doença:
IgM - Aparecem na primeira semana de infecção com pico até 1 mês; indicam
quadro agudo.
IgG - Surge após 4 semanas; indica infecção crônica ou cura (imunidade).
Títulos de 1: 1000 indicam fase aguda e a elevação indica que a gestante pode
passar o parasito para o filho.

Entendendo o dignóstico sorológico de uma vez por todas: médico ta com duvida
que a gestante foi infectada antes ou durante a gestação ele pede avidez de IgG
A toxoplasmose é uma infecção parasitária causada pelo Toxoplasma
gondii. Com relação à sorologia para a toxoplasmose adquirida, assinale
a opção correta.
Anticorpos da classe IgM são indicativos de toxoplasmose recente, sendo um
método utilizado para avaliação do risco de transmissão de toxoplasmose para o
feto.
Em relação à toxoplasmose, é correto afirmar que
O parasita pode ser evidenciado diretamente a partir de concentrado de hemácias.
Trata-se de uma doença de distribuição mundial, que acomete preferencialmente
mulheres grávidas, com anemia gestacional.
O aumento dos níveis de IgG acima de 1/2048 indica infecção ativa.
A presença de anticorpos heterófilos acima de 1.000un/mL em líquidos não
sanguíneos, como saliva, leite materno, líquido peritoneal, confirma a doença.
Os gatos e outros felinos são hospedeiros intermediários, enquanto o homem e
outros primatas são hospedeiros definitivos dessa parasitose.
Sobre a toxoplasmose congênita, assinale a afirmativa INCORRETA.
A apresentação comum da toxoplasmose congênita se refere a hidrocefalia,
corioretinite e calcificações intracranianas.
Entorno de 70% das crianças acometidas são sintomáticas ao nascimento e,
aproximadamente, 10% têm manifestações graves.
No primeiro trimestre, as repercussões são graves para o concepto, podendo
ocorrer, além de sequelas importantes, óbito fetal ou neonatal.
Os exames sorológicos mais comuns para o concepto não oferecem grande
auxílio diagnóstico, pois há transferência de anticorpos maternos da classe IgG.
A infecção na gestante é provocada pela ingesta de parasitas que invadem as
células do trato digestivo ou o parasita é fagocitado por leucócitos. Já o feto pode
ser infectado durante a vida intrauterina ou ao nascimento.
1.38 Malária

A malária é uma doença parasitária infecciosa febril aguda, transmitida pela


picada do mosquito fêmea do gênero Anopheles (mosquito prego) infectados
com o protozoário do gênero Plasmodium: são 4 espécies que parasitam o
homem: Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malariae e P. ovale - E cada uma
determina aspectos clínicos diferentes para a enfermidade.
Áreas endêmicas: prevalentes no norte: acre amapá, Rondônia Roraima, maranhão.
 Manifestações clínicas: febre inicial associada ou não a calafrios, tremores,
dores de cabeça, tosse, dor torácica e no corpo-mialgia. Além de vômitos,
diarreia, falta de apetite e tonteira. O quadro é inespecífico e podem ser
confundidos com uma gripe. Ao exame físico é capaz de evidenciar anemia,
icterícia, esplenomegalia e Hepatomegalia leve
De acordo com a OMS a malária é a doença tropical e parasitária que mais causa
problemas sociais e só é superada em número de mortes pela AIDS.
Fisiopatologia:
Ciclo de vida heteroxênico: ou seja, para completar o seu ciclo de vida o
plasmodium precisa de dois hospedeiros: intermediário humano e outro definitivo
(invertebrado mosquito vetor fêmea Anopheles)
A transmissão é devido a picada do mosquito fêmea Anopheles infectado pelo
hemoprotozoário Plasmodium. Durante a picada a fêmea infectada injeta os
parasitos no sangue, o qual entra no ciclo Pré-eritrocítico (exo-eritrocitário) no
fígado, e um ciclo eritrocítico no sangue, que tem duração de 24 a 72 horas de
acordo com o parasito, após adentrar a corrente sanguínea, o esporozoito
adentra o fígado (hipnozoítos responsável pela forma latente) infectando os
hepatócitos, local esse que ocorrerá o desenvolvimento dos esquizonte que
posteriormente irão se romper e liberar os merozoítos que infectaram os
eritrócitos (glóbulos vermelhos) e formam os trofozoítos móveis; após divisão e
multiplicação os esquizontes se desenvolve nos glóbulos vermelhos e rompem-se
liberando mais merozoítos que irão infectar outros eritrócitos. Eventualmente, os
merozoítos se diferenciam em gametócitos masculino e feminino nos eritrócitos
que irão desencadear uma nova produção de material infeccioso caso o sangue
seja ingerido por um outro mosquito
 Diagnóstico de malária: como liberar um laudo de malária com segurança,
já que a doença só é endêmica em poucas áreas, como o norte do país,
 Conhecer a clínica, questionar se fez viagem recente para regiões
endêmicas. O quadro clínico de febre é inespecífico porém o diferencial na
malária é que o paciente antes de ter febre ele vai apresentar calafrios- febre
e depois sudorese e dor de cabeça e ter acesso a estas informações da
anamnese do prontuário ajuda muito na liberação do laudo descartando
outros tipos de infecções e se por acaso eu achar uma forma evolutiva no
hemograma vou liberar com mais confiança. Pensar sempre no meu achado
laboratorial - se foi num parasitológico de fezes presença de ovos cisto, ou
esfregaço sanguíneo onde achei uma forma evolutiva ou seja a informação
clinica vai me dar subsidio frente ao achado laboratorial que não é
comum na minha rotina, achados raros para rotina da região sul.
 O sequestro das hemácias parasitadas para dentro do baço – leva a
esplenomegalia e por isso temos anemia e os sintomas associados de
cansaço, mal estar - exame abdomem estendido e baço palpavel

O padrão ouro de diagnóstico pela OMS é o exame de gota espessa, corada


pela técnica de Giemsa ou de Walker

A gota espessa é uma avaliação semiquantitava da densidade


parasitaria de Plasmodium pela microscopia da gota espessa do
sangue, permitindo diferenciar 4 espécies dos protozoários plasmodium
e o estágio de evolução do parasita circulante.
Presença de anéis dentro das
hemácias – representam as
formas evolutivas do Plasmodium
sp.
Um parasita hemoprotozoário
infectante

 Situação problema:
A depender do tipo de protozoário, a doença terá períodos distintos de
incubação e, consequentemente, o aparecimento das manifestações clínicas
também:
9-14d- P. falciparum 12-17d- P. vivax 18-40d- P. malariae

Qual a diferença clínica entre as


diferentes espécies?

A mais virulenta é P. falciparum -


conhecido como febre terça
maligna levando mais ao óbito do
que as outras espécies causadoras
da malária. E relacionado ao dia
que acontece o pico febril no
paciente – 3 dia terçã – e o fato de
ser maligna ou benigna é devido à
gravidade do quadro que essas
espécies causam

Quais as diferentes formas evolutivas que nós podemos encontrar em


esfregaço para liberar no laudo?
1 fase – esporozoito
presente no mosquito ele é
fino alongado com núcleo
central.
Trofozoítos jovem – forma
de anel.
Trofozoítos maduro –
citoplasma com vacúolo
núcleo não se divide
Esquizonte- citoplasma
vacuolizado núcleos divido
e está na hemácias.
Merozoítos – rompem as
hemácias do HI e se
diferenciam em gametócitos
masculino e feminino nos
eritrócitos. Então a fêmea
anopheles- HD- pica o
homem ingerindo os
gametócitos
desencadeando a fase
sexuada – oocistos
transformando em
esporozoito infectante na
boca do anopheles pronto
para ser inoculado em outra
pessoa.

Imagens de esfregaço sanguíneo das formas evolutivas das 4 principais espécies de


Plasmodium.

Os trofozoítos são distintos- no P. falciparum é mais alongado enquanto os outros


gêneros estão no interior da hemácia e com formas diferentes.
Esquizontes todos iguais dentro das hemácias
E os gametócitos são diferentes nas 4 espécies – o P.falciparum tem um
formato de banana
É possível encontramos no
esfregaço de um paciente a
presença de duas fases
evolutivas: trofozoítos e
esquizontes na mesma lamina -
anéis de trofozoítos e
esquizontes que são vários
anéis de trofozoítos no interior
da hemácia.

Por isso é importante a prevenção e controle –


Por isso é importante a profilaxia – tratar o paciente deixar de ser reservatório.
Assim, como eliminar os mosquitos vetores transmissores.
 Como se faz o diagnóstico?
Uma boa anamnese é essêncial, por isso é importante questionar se o paciente fez
alguma viagem recente para regiões endêmicas uma vez que o período de incubação
após a picada é de 14 dias para P. falciparum e duas semanas para as demais espécies.
Para auxiliar no diagnóstico podem ser solicitados alguns exames laboratoriais que podem
evidenciar anemia, trombocitopenia e alterações nos exames de função hepática e função
renal, ainda assim, pode ser solicitado esfregaço sanguíneo que é o padrão ouro para o
diagnóstico em áreas endêmicas, detecção de antígenos e o PCR (Reação em cadeia de
polimerase
Para casos emergenciais (viajantes com sintomas e devido ao risco de morte por p.
Falciparum) é feito teste rápido de imunocromotografia que vai detectar a presença
de antígenos do protozoário. Por conta do ciclo eritrocítico é comum ser solicitado
dosagem de hemoglobina e achar anemia – transaminases aumentadas –
hiperbilirrubinas mostrando que tá tendo uma multiplicação dos esporozoítos no
fígado
1.39 Leishmaniose
1.40 Tricomoníase
A Tricomoníase é uma IST não-viral mais comum no mundo, causada pelo
protozoário flagelado Trichomonas vaginalis. Também chamada de tricomonose-
Apesar da maior frequência de casos sintomáticos nas mulheres, os homens
também podem ter o trato urogenital acometido.

 Como identificar clinicamente a infecção por Trichomonas – é altamente


relevante eu obter as informações do paciente, suas queixas para poder
casar com o meu achado laboratorial.

Nas mulheres: Infecta o colo do útero Homens: afeta a uretra onde podem
Lesões na Vagina e na uretra permanecer longos períodos sem
causar sintomas) - Próstata
A principal forma de transmissão é pelo sexo desprotegido. No entanto, como
sobrevivem em ambiente extravaginal, pode ser transmitido por toalhas,
assentos sanitários, e objetos-vibradores- que tiveram contato com as secreções
intimas contaminadas. Para evitá-la, é necessário usar camisinha em todas as
relações sexuais (vaginais, orais ou anais). É a forma mais simples e eficaz de
evitar uma IST.

 Forma evolutiva: apenas trofozoítos não tem formação de cistos


o Trichomonas vaginalis,
parasita exclusivo do ser
humano com a capacidade
de sobreviver no ambiente
extravaginal.
O protozoário possui
quatro flagelos e uma
membrana ondulante, é
anaeróbio e tem formato
oval. Ele sobrevive bem
em meio úmido e com pH
maior ou igual a 5.

Trichomonas vaginalis
– protozoário
flagelado, com seu
formato oval e 4
flagelos e uma
membrana ondulante.
Dica importante:
Ciclo monoxênico – simples,
pois não existe vetores outras
formas evolutivas – através do
contato sexual.

 Qual a importância de se diagnosticar está infecção parasitária? – por


passar batido a sua cronicidade pode levar todos os sintomas abaixo
Aumenta a transmissão do vírus HIV Causa baixo peso em bebês,
prematuridade – mulher na fase crônica
Predispõe as mulheres à inflamação Aumenta predisposição ao câncer
pélvica cervical uterino
Promove infertilidade
Sinais e sintomas clínicos: A Tricomoníase leva um processo inflamatório
intenso, provocando microulcerações que facilitam a co-Infecção a entrada de
outros microrganismos.
Nas mulheres: os sintomas da Tricomoníase se acentuam durante ou após a
menstruação. Elas se queixam de prurido, odor forte, corrimento profuso de
cor amarelada ou amarelo-esverdeada, espumoso, associado a ardor genital
e sensação de queimação (irritação vulvar), disúria e dispaneuria (dor durante a
relação sexual). Uretrites e cistites também podem ocorrer. Na vagina, a infecção
é limitada ao epitélio escamoso, mas a uretra e as glândulas de Skene são
infectadas. Somente entre 10 e 20% das pacientes são assintomáticas.
Nos homens: a Tricomoníase é na maioria das vezes, assintomática. No entanto,
pode causar uretrite com secreção amarelada ou amarelo-esverdeada (purulenta)
ou espumosa. Ademais, disúria e polaciúria. Raramente, pode gerar complicações
como epididimite e prostatite.
Pacientes no geral imunocomprometidos – vai ter cronicidade e severa inflamação
genital. Já os imunocompetentes e de baixa carga parasitária poderão ser
assintomáticos.

Situação problema: dificuldade do diagnóstico


Os homens são fontes de transmissão e
assintomáticos – e por isso passam a
infecção – manifestações clínicas são
incertas fungos, bactérias e vírus
causam mesmos sintomas– frente a
isso, é super relevante fazer o
diagnóstico laboratorial, obtendo então
a certeza de uma Tricomoníase ou de
outras IST – já que o tratamento é
altamente especifico sendo necessário
essa diferenciação;
 Como fazer o diagnóstico da Tricomoníase?

Através do sumário de urina: A higienização da genitália é um ato


obrigatório para a realização dos exames de sumário de urina e da urocultura,
para que não tenhamos contaminação da amostra. Entretanto, ocasionalmente a
coleta da primeira urina de pacientes assintomáticos que não seguiram as
orientações, acabam demonstrando a presença de T. vaginalis.
Entretanto, se objetivo é pesquisar o parasito a orientação é não fazer a
higienização. Para que, microscopicamente eu possa ver o trofozoítos -
importante diferenciar espermatozoide de trofozoítos – já que o
espermatozoides se movimentam assim como os trofozoítos – porém os
Trichomonas vão apresentar os flagelos e a membrana andulante – e que o
formato é arredondados e estão em constante movimento, sendo diferencia
do sptz.
E deve ser relatado no laudo presença de T. vaginalis
O diagnóstico é essencialmente clínico-epidemiológico. E sua certeza é estabelecida com a
visualização do parasita.
Nas mulheres: i) ao exame especular, se
visualiza exteriorização de secreção
amarelada ou amarelo-esverdeada bolhosa;
ii) pela colposcopia, o colo uterino
apresenta uma colpite difusa e/ou local,
com aspecto de framboesa ou tigroide ou
de morango; iii) pela bacterioscopia,
observa-se a presença de parasitas gram
negativos; iv) no exame a fresco, é possível
a visualização microscópica dos
protozoários flagelados e sua
movimentação, bem como da presença
abundante de leucócitos.

A tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível causada por


um protozoário, cujo período de incubação é em média, de 10 a 30 dias.
Sobre esta doença, é correto afirmar:
Somente a mulher contrai tricomoníase, sendo esta a principal causa de
vulvovaginites.
No caso das gestantes, devem ser tratadas já no primeiro semestre de gestação.
R e s p o s t a c o r r e t a .
O tratamento para tricomoníase da mulher é exclusivamente local.
Há três estágios para a tricomoníase - primário, secundário e terciário.
O aparecimento de pápulas eritemato-acastanhadas nas mãos é comum no início
da infecçã

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