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Xantomas (nódulos benignos), os quais são formados pela gordura que se deposita nos
tendões e na pele;
Anéis brancos ou cinzas no entorno das córneas;
Sensação de formigamento ou queimação nos pés e mãos;
Dificuldade para respirar; entre outros.
MEU OBJETIVO: o que devo compreender para liberar um laudo laboratorial que
represente distúrbios do metabolismo lipídico?
Colesterol: o que é?
Muitos acham que o colesterol é uma substância maléfica. O que nem todos sabem que ele é
essencial no funcionamento endócrino - atua como um precursor dos chamados hormônios
esteroides (que incluem o cortisol e a aldosterona nas glândulas suprarrenais, e os hormônios
sexuais progesterona, os diversos estrógenos, testosterona e derivados).
O colesterol também está associado
Biossíntese do colesterol:
O colesterol necessário para o funcionamento da membrana plasmática de células dos
mamíferos é sintetizada no reticulo endoplasmático das células ou derivados da dieta, sendo que
a segunda fonte é feito via sangue pelas lipoproteínas de baixa densidade e incorporado pelas
células através de endociotose mediada por clatrinas plasmáticas e hidrolisadas em lipossomos:
A síntese do colesterol dentro do corpo inicia-se com uma molécula de acetil-COA e uma
molécula de acetoacetyl-CoA, que são hidratados para formar 3-hidroxi-3-metilglutaril CoA (HMG-
CoA). Esta molécula é então reduzida a mevalonato pela enzima redutase HMG-CoA. Esta
etapa é a etapa regulamentada, limitante e irreversível na síntese de colesterol e é o local de
ação para as estatinas (inibidores competitivos da síntese do colesterol).
Lipoproteínas plasmáticas
Tipos de lipoproteínas:
Nos casos, onde se é possível fazer a determinação do LDLc. Se faz obrigatório aplicar a
Fórmula de Friedewald:
Porém SOMENTE É USADA SE O VALOR DE TG em jejum ESTIVER ABAIXO DE 400 mg/dl
– valores acima devo usar fórmula de Martin ou de córdoba ou metodologias como
determinação direta (ultra centrifugação) - entretanto, o SUS não cobre essa metodologia,
frente a esses achados eu devo empregar córdoba ou martin
Vldl= TG/5
Genotipagem (mutação
gene PCSK9- pessoas com
essa mutação não degradam
Tamanho das partículas os receptores LDL e por Biomarcadores inflamatórios
isso apresentam menos
chances de desenvolver
doenças cardiovasculares
Começar pelo básico da investigação, os exames mais comuns que eu vou liberar será:
Colesterol total – e suas frações: LDLc- HDLc e VLDLc triglicérides e colesterol não HDL
(CT – HDLc) os valores que sobrar desse cálculo representam proteínas aterogênicas é um
marcador de doenças – portanto se estiver elevado é um mau preditor
Dislipidemias:
As doenças cardiovasculares isquêmicas, por falta de circulação de sangue, estão entre as
principais causas de morte evitáveis nos dias de hoje. O colesterol elevado é considerado o
principal fator de risco modificável da doença aterosclerótica e suas manifestações clínicas,
como acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e infarto agudo do miocárdio (IAM).
As dislipidemias decorrem dos distúrbios no metabolismo de lipoproteínas que
resultam em uma ou mais das seguintes anormalidades:
• Colesterol total elevado;
• Níveis séricos aumentados de lipoproteína de baixa densidade (LDL);
• Níveis reduzidos de lipoproteína de alta densidade (HDL);
• Níveis aumentados de triglicerídeos (TG).
Tipos: podem ser primárias ou sem causa aparente quando estão associadas a causas
genéticas ou algum distúrbio no metabolismo de lipídeos que leva ao descontrole dos níveis de
colesterol. Um clássico exemplo de uma alteração genética que leva a altos níveis de
colesterol sanguíneo é a hipercolesterolemia familiar.
Já na grande maioria, a dislipidemia é uma condição secundária decorrente de outra
etiologia subjacente ou não lipídica do metabolismo de gorduras. As principais causas podem
estar associadas à ocorrência de doenças crônicas mas também ao estilo de vida do
indivíduo: diabetes mellitus tipo 2, doenças hepáticas colestáticas, síndrome nefrótica,
insuficiência renal crônica, hipotireodismo, consumo excessivo de álcool, dieta rica em gorduras,
tabagismo, obesidade, sedentarismo e medicamentosa.
Dislipidemia secundária a medicamentos: exemplos: estrógenos e progestágenos que
aumentam o TG e diminuem o HDL – por isso é importante conhecer se o paciente faz uso
de algum medicamento que possa interferir no achado final.
Outros fatores de risco para aumento nos níveis de colesterol incluem a idade (o risco
aumenta com a idade) e sexo (o risco das mulheres para o colesterol alto aumenta a
pós-menopausa). O estrógeno feminino tende a elevar os níveis de HDL e por isso, a
maioria das mulheres tendem a ter níveis mais baixos de colesterol que os homens. Após
a menopausa, os níveis hormonais diminuem e os níveis de triglicérides podem fugir ao
controle se não forem acompanhado
Exercícios:
Polidipsia – aumento da
Poliúria > perda de água na
Perda de peso sede, pois está perdendo
urina
água
Urina espumosa: devido ao Pressão elevada: pois o
Cansaço excessivo
comprometimento renal sangue está viscoso.
Formigamento dos
Dificuldade em enxergar Dificuldade na cicatrização
membros.
Portanto o levantamento de informações durante a anamnese (ex: manifestações clínicas)
orientam e me deixa seguro para confiar que os achados por mim encontrados correspondem ao
diagnóstico. A segurança adquirida leva ao correto diagnóstico. E assim, evitando repetição de
exames, coletas e redução de gastos.
Fisiopatologia: O diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio metabólico
caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de
insulina ou na sua ação, ou em ambos. A classificação da doença se baseia na etiologia.
Na DM tipo 1 existe uma predisposição genética e não possui o caráter hereditário,
nada mais é do que uma alteração nos genes do paciente. O desencadeante ambiental
inespecífico gera uma inflamação nas células do pâncreas o que acaba ocasionando a
formação de anticorpo contra as células do próprio pâncreas levando ao hipoinsulinismo
total (doença autoimune). O estado de Pré – diabetes ocorre, pois, no início algumas
células serão destruídas.
Já na DM tipo 2 ocorre a resistência à insulina. O pâncreas inicialmente produz a
insulina de maneira adequada, porém os tecidos periféricos não respondem de maneira
satisfatória. Com isso, ele começa a aumentar a produção pancreática de insulina e, para
compensar essa resistência, ao longo do tempo isso pode até levar uma falência das
células B pancreática.
Pessoas não diabéticas apresentam reserva de açúcar adequada, e se ficam muito tempo
sem comer a taxa de açúcar cai – e então libera glucagon GLP-1 – que vai quebrar estoque de
glicose do fígado normalizando a glicemia o sangue.
Durante uma hiperglicemia, o excesso de açúcar do sangue, REDUZ O EFEITO
INTRETÍRICO intestinal; (Normalmente esse efeito informa que quando tem açúcar adequado
na célula a pessoa precisa comer mais). A redução desse efeito inibe a liberação de glucagon
e por isso a hipoglicemia não e corrigida. E o paciente sente mais fome. Já nos rins começa
reabsorver mais glicose. Com a captação periférica de glicose reduzida – fraqueza muscular –
começa a ter degradação muscular para poder transformar proteína em fonte de energia. O
fígado, começa a utilizar todos os substratos e a produzir glicose através de outros substratos e a
produzir corpos cetônicos – PHG aumentada (produção hepática de glicose). A secreção de
glucagon é aumentada. Além disso, os fatores genéticos e ambientais – resistência insulínica –
hiperinsulinemia + NGT (tolerância normal à glicose) – hiperinsulinemia + IGT (tolerância
diminuída à glicose) – falência de célula B – diabetes. https://gliconline.net/glucagon/
Os principais FR para a doença são a história familiar, idade avançada, obesidade,
sedentarismo, diagnóstico de Pré-diabetes, DM gestacional e presença de componentes da
síndrome metabólica, como hipertensão arterial e dislipidemia.
Exames laboratoriais usados para diagnóstico inicial de DM2:
Peptídeo C – hormônio
Curva glicêmica – uso de um
secretado junto da
xarope de glicose, sendo o
insulina pelo pâncreas.
salgue coletado várias vezes
Glicemia capilar no período de 2 horas. Casos onde o pâncreas
Pós prandial: coletar sangue em Servindo para avaliar a está acometido a
jejum e 2 horas após o almoço secreção de insulina e a secreção de insulina e
resistência. Se depois desse peptídeo C estão
período a glicemia volta ao afetados.
normal.
Insulina sérica
Situação problema:
Uma mulher de 82 anos, acompanhada da filha, foi atendida no Laboratório para fazer
exames de rotina. A paciente mal deambulava, até à cadeira de coleta. Após exame, se
alimentou e foi pra casa. Ou seja foi em jejum
À medida que as análises laboratoriais iam sendo feitas, o Bioquímico observou
os seguintes resultados:
Normalidade
Glicemia: 455 mg/dL; >99
Para quem está em tratamento
HbA1c: 11,5% >6%
DM2 é aceitado até 7
Uréia: 95 mg/dL VR: 45 MG-DL
Normalidade
Paciente diabética, idosa em tratamento
inadequado.
A HbA1c – diz que a hiperglicemia dos
últimos 3 meses está descompensada.
Glicemia: 455 mg/dL; >99 Mostrando que a ação do hormônio em
HbA1c: 11,5% >6% captar a glicose do sangue para dentro
dos tecidos está comprometida, indicando
a progressão da DM2- tem-se então, uma
resistência à insulina: por isso que insulina
de jejum em 455
A hiperglicemia torna o sangue mais
viscoso. O aumento da viscosidade
provoca uma maior dificuldade em
Uréia: 95 mg/dL VR: 45 MG-DL circular nos vasos e que, posteriormente
leva a uma hipertensão. A Hipertensão por
Creatinina: 3,2 mg/dL 1,2 sua vez, aumenta a força de afluxo de
sangue aos glomérulos. A consequência
é a excreção de proteínas no filtrado
(urina)
Essa força lesiona os glomérulos e
começamos a perceber a presença de
ureia e creatinina no sangue. Ureia e
creatinina são metabólitos que deveriam
ser excretados (filtrado) na urina, porém
voltam ao sangue. Os achados indicam
comprometimento renal
Justamente, devido à alta viscosidade do
sangue é que as outras comorbidades
aparecem; É muito comum, a pessoa ter
DM2, HÁ e doença renal.
É comum lesão renal em DM2, isso
prejudica a produção renal de
Hemograma: eritropoietina. Esse hormônio é essencial
Hb= 7,9g/dL Ht= 22,6% para síntese de hemoglobina. Uma vez que a
eritropoietina é diminuída as hemácias e Hb
não são produzidas desenvolvendo anemia.
O limiar de reabsorção da urina foi excedido
Sumário de urina – o limiar normal é de 160, como tem 455
vai ter glicose na urina
A presença de espuma na urina indica a
presença de cilindros e proteínas formadas
no túbulo renais que são excretados na
Proteínas na urina:
urina- e podemos ver na fita – urina de
proteínas. – indicando que tá progredindo
para disfunção renal
Toda vez que eu me deparar com um paciente com resultados críticos, eu deverei agir
da seguinte forma:
Portanto, na hora de liberar o laudo de um paciente com DM2, eu preciso analisar da
seguinte forma:
1- Paciente é idoso, é obeso?
2- Quais as queixas clinicas do paciente?
3- Exames são para fins diagnostico ou de monitoramento?
4- Paciente faz uso de antidiabéticos orais ou insulina? – Pq isso interfere, ele pode ser
DM mas está compensado e ai encontro resultados normais.
5- Usa outros medicamentos para hipertensão dislipidemia? – ter essas informações
me deixa seguro para liberar possível quadro de hiperglicemia.
6- Muito importante o paciente fez jejum de 8 horas? Agente sai da faculdade pensando
que sempre vai ter uma doença, mas as vezes não tem nada e sim erro da fase pre
analítica. (Má alimentação). Para Glicemia é necessário ter no mínimo 8 horas de
jejum, para não ter resultado falsamente elevados.
Tratamento colocar:
A base da estratégia terapêutica envolve, além do controle glicêmico, o controle dos fatores de
risco. Pacientes com DM2 geralmente possuem complicações agudas e crônicas associadas, que
devem ser rastreadas. Em todas as classificações de diabetes, o tratamento inclui a mudança no
estilo de vida, sendo recomendado a prática regular de exercícios físicos e dieta com composição
individualizada conforme as necessidades e preferências do paciente.
Para o tratamento farmacológico, a escolha baseia-se nos mecanismos de resistência à insulina,
falência progressiva da célula beta, transtornos metabólicos e repercussões micro e
macrovasculares. O objetivo do tratamento é alcançar níveis glicêmicos próximos da normalidade,
minimizando o risco de hipoglicemia. Com base nos objetivos de controle glicêmico e na prática
clínica (tratamento adequado de acordo com a função hepática presente) temos as seguintes
recomendações gerais, abordadas no fluxograma e texto abaixo, respectivamente.
Com relação à Diabete, analise as assertivas a seguir e julgue com V para verdadeiro
e F para falso.
( F ) A dosagem de glicemia e de hemoglobina glicada são exames indicados para diagnóstico
e monitoramento do diabetes. Divergem no método de análise e interpretação dos resultados,
mas possuem procedimentos pré‐analíticos semelhantes, inclusive a necessidade de jejum de
oito horas.
(F ) Pode ser descartada a suspeita de diabetes com resultados de glicemia em jejum inferior a
100 mg/dL, glicemia no teste oral de tolerância à glicose inferior a 140 mg/dL e hemoglobina
glicada superior a 6,5%.
(V ) Em relação ao metabolismo proteico, a falta de insulina provoca uma desordem entre
o anabolismo e o catabolismo. O aumento do catabolismo provoca uma excreção
aumentada de nitrogênio e de aminoácidos circulantes, o que ocasiona um
favorecimento de um quadro de cetose e, através da gliconeogênese, também da
hiperglicemia.
Qual a sequência correta?
A amostra de um paciente é parte do material biológico de origem humana utilizada para
as análises laboratoriais. Podem ser líquidos, secreções e excreções do corpo humano. O
sangue é a amostra mais utilizada, devendo esta ser obtida e preservada com maior cuidado
possível para garantir exatidão nos resultados. (MOTTA, V. T. Bioquímica Clínica para o
laboratório princípios e interpretações, 2009).
Foram feitas algumas considerações de ordem geral à preparação de pacientes e coleta de
amostras de sangue para as análises laboratoriais. Classifique-as com V para as verdadeiras e
F para as falsas.
( V ) A amostra de sangue correta para realização dos exames hemograma e
hemoglobina glicosilada é o sangue total colhido em tubo contendo o anticoagulante
EDTA.
(V ) A dosagem da glicemia em jejum deve ser realizada em amostra sanguínea (soro ou
plasma fluoretado), com jejum prévio do paciente de no mínimo 8 horas.
( ) A dosagem de colesterol e triglicérides em qualquer situação deve ser realizada em amostra
de soro e ser realizada obrigatoriamente com jejum mínimo de 12 horas.
( V) Durante o armazenamento, a concentração de um constituinte do sangue na amostra
pode sofrer alteração como resultado de vários processos, incluindo a adsorção em tubo
de plástico ou vidro, desnaturação de proteínas, evaporação de compostos voláteis.
(V ) A lise dos eritrócitos durante o processo de coleta ou após a flebotomia, antes de ser
realizada a análise, pode contaminar o soro (ou o plasma) e alterar os resultados dos
analitos, como, por exemplo, ALT, AST e Potássio.
1.3 – Síndrome metabólica.
O que é? A SM não é uma doença específica, mas um conjunto de fatores de risco, de
origem metabólica, com tendência a se agruparem. Sendo eles: Obesidade central (abdominal),
resistência à insulina, elevação nas taxas de triglicerídeos, redução nas taxas de HDL,
intolerância à glicose e hipertensão arterial. – ou seja conjunto de fatores para doenças
cardiovasculares
Outros exames –solicitados pelo médico que vão auxiliar na investigação da SM:
Mulher, 61 anos, vai ao laboratório fazer um check-up geral, após consulta com
ginecologista e encaminhamento para endocrinologista. Paciente obesa e hipertensa,
com queixas de fadiga excessiva, varizes nas pernas, descontrole da pressão
arterial.
Após coleta de sangue, os resultados laboratoriais foram liberados:
Normalidade Interpretação
< 99
Perto de 99 não é
justo considerar Pré diabética – 100 a 125-
Glicemia de jejum: 120 mg/dL; normal e sim como Má alimentação
alerta
Hb: baixa indica anemia –
Hb: 11.3 - 14,5 Ht baixo- falta de oxigênio nos
Hb= 10,1 g/dL Ht= 32%
Ht: 36 – 47% tecidos por isso a presença de
cansaço.
CT: 350 mg < 199mg
H: <40 mg/dL –
M: <50 mg/dL –
HDL-c=48mg/dL abaixo de 50
corresponde FR
para SM
Revela que tem dislipidemia –
LDL-c=252mg/dL Ideal 100 a 110
Marcador de risco para
Não é um dos critérios - mg/dL
aterosclerose
se estrógeno esta baixo as lipases
também estarão reduzidas e com
Triglicérides: 250mg/dL ≥150 mg/dL
isso vamos ter aumento de TG no
sangue.
VLDL-c=50mg/dL Até 15 mgdl Se TG ta > o VDL tmb fica
Apresenta ↑ { } de lipoproteínas
Colesterol Não-HDL=312mg/dL ≤ 200 mg
aterogênicas.
Após receber os resultados a paciente retornou ao endócrino, na qual constatou:
Resumo:
SM comum em homens e mulheres com mais de 60 anos, tendo como principal fator de risco o
excesso de peso. Envolve o metabolismo lipídico – metabolismo de carboidratos – pressão
arterial e importante conhecer dados clínicos e histórico familiar:
Quando pensar no metabolismo de:
Carbo-hidrato: paciente vai ter hiperglicemia
Lipídico: olhar o valor de HDLc e Triglicerídeos
Avaliar a PA: vai estar descompensada
Dados clínicos: é fumante, qual peso, faz atividade, usa medicamentos? São informações
importantes para a SM
Fluxograma de como montar uma linha de raciocínio para liberar um laudo de SM:
NH3+/ : .
Nível aumentado de amônia no sangue indica
uma insuficiência hepática, pois no fígado ela
é metabolizada em uréia sendo eliminada
pela urina, com o órgão lesado não ocorre
essa transformação acumulando amônia no
sangue podendo trazer lesão em sistema
nervoso central (encefalopatia hepática),
porque ela é extremamente tóxica ao tecido
nervoso.
Tempo de protrombina: Prolongamento do TP de mais de 5 segundos
acima do valor de controle (RNI > 1,5) é sinal
O PT e o RNI (relação normatizada
de mau prognóstico da doença hepática. Os
internacional) medem a atividade dos
valores normais do PT estão entre 11,1 e 13,2
fatores de coagulação I, II, V, VII e X, que
segundos e são comparados a plasma
são todos sintetizados no fígado e
controle, analisando-se o tempo de atraso em
dependentes da vitamina K para síntese. É a
relação ao controle ou através do RNI, que
melhor medida da função sintética do
fígado em quadros agudos. normalmente encontra-se entre 0,9 e 1,1.
Exame laboratorial para avaliar a via De protrombina no sangue. O TP mede os
extrínseca da coagulação. O tempo de fatores II, V, VII, X e o fibrinogênio.
protrombina normal é de cerca de 12 a 15
segundos. Quanto maior for o TP, menor
será a concentração
Bilirrubinas: A ruptura das hemácias libera a hemoglobina, que é captada pelo sistema
retículo-endotelial do fígado, baço e medula óssea, sendo transformada pela hemeoxigenase em
biliverdina, que e convertida bilirrubina livre- (não conjugada ou indireta) do tipo
lipossolúvel. A bilirrubina livre insolúvel imediatamente se combina com a albumina plasmática,
para manter a sua solubilidade, sendo transportada dessa forma na corrente sanguínea.
A bilirrubina ligada à albumina é chamada de bilirrubina indireta ou não conjugada. É
captada pelo hepatócito, sendo conjugada pela ação da enzima uridina
difosfataseglicuronosiltransferase em bilirrubina conjugada ou direta (BD) um derivado
hidrossolúvel capaz de ser excretado do hepatócito para os canalículos biliares até o duodeno.
Qualquer alteração desta etapa significa acúmulo de bilirrubina direta no hepatócito. A
bilirrubina excretada na bile, predominantemente conjugada (98%), não é reabsorvida pelo
intestino delgado e degradada no cólon para urobilinogênio e estercobilinogênio
(responsável pela coloração marrom das fezes). Uma pequena quantidade de
urobilinogênio é absorvida, passa pela recirculação entero-hepática e é excretada pelos
rins
De modo diferente da hiperbilirrubinemia indireta, que pode ser fisiológica, a elevação da
BD correlaciona-se sempre com estados patológicos e traduz a diminuição da secreção
biliar por doença hepatocelular ou biliar, ou seja, colestase . Todo recém-nascido ou lactente
que apresente BD > 1,0 mg/d Lmerece investigação diagnóstica. Este é um quadro que
representa uma urgência e deve ser identificado precocemente pelo pediatra.
Há dois sinais que devem ser bem abordados na suspeita de icterícia e que sugerem
mais fortemente uma obstrução hepática ou hepatites colestáticas:
Colúria: coloração acastanhada-escura da urina (cor de coca cola). Acontece pela presença de
Bilirrubina Direta na urina.
Acolia fecal: coloração esbranquiçada das fezes. Normalmente, parte da bilirrubina é lançada
nos intestinos junto com a bile, onde a bilirrubina direta é metabolizada e da a coloração
acastanhada das fezes. No entanto, qualquer condição que reduza a presença de BD na bile,
como é o caso da colestase, pode originar a Acolia.
Situação problema:
Paciente do sexo masculino, 65 anos. Interna-se em hospital e, após anamnese inicial
com equipe de enfermagem, detecta-se
Edemas de membros inferiores Icterícia conjuntival
PA 18X 10mm Paciente com aspecto de fraqueza e sonolência além
de mal-estar generalizado
Quanto as queixas referidas pelo familiar do paciente que estava com ele, e informações
clínicas do mesmo, tinham-se que:
O paciente era etilista crônico desde os 22 anos de idade, sendo que o uso de bebida
alcóolica é considerável e regular, em torno de 10 garrafas de cervejas, ou, faz uso de
aguardente e pinga.
Paciente usa medicamento anti-hipertensivo porém, sem controle correto.
Não usa drogas, mas tem baixa ingestão adequada de alimentos.
Além disso, o paciente apresenta intensa sonolência, moleza, e hematomas por todo o
corpo, após simples traumatismos.
Exames laboratoriais
Valores normais:
Investigados: Interpretação
Em adultos,
FAL= 305UI/L
H: 40 a 129 U/L
Enzimas hepatobiliares bem
M: 35 a 104 U/L
elevadas.
H 29 a 42 ul
GGT= 612UI/L – valida o FAL – especifico pra colestase.
M 19 a 73.
amento da FAL
O que acontece?
AST=86UI/L
ALT=71UI/L – mais específica
Indicando que houve lesão com morte
celular -
Outras funções:
O rim é um órgão vital para a homeostase do organismo, pois ele atua filtrando o sangue e
formando a urina por meio da retirada do excesso de água, eletrólitos, ácidos não
carbônicos e substâncias indesejadas nitrogenadas. Estas últimas são moléculas
formadas principalmente pelo metabolismo das proteínas, sendo as mais famosas a ureia
e a creatinina, pois são as que dosamos na prática clínica
Na prática clínica a creatina é o marcador usado para avaliar a função renal, pois é
produzida a uma velocidade constante pelo metabolismo dos miócitos, a maior parte é filtrada
no glomérulo, é fácil de mensurar, a análise é barata e é um exame amplamente disponível.
Como o rim elimina as escórias nitrogenadas do sangue através da urina, a lógica é bem direta –
se a creatinina está elevada, então existe comprometimento da TFG. Por meio da dosagem
da creatinina na urina de 24 horas e uma dosagem do seu nível sérico, podemos calcular o
volume de plasma depurado de creatinina por unidade de tempo (depuração da creatinina),
o que é conhecido como clearance de creatinina.
As fórmulas CKD-EPI e MDRD são mais utilizadas na prática clínica, pois têm maior acurácia
para estimar a TFG, porém não são possíveis de serem calculadas com uma caneta e um papel,
exceto se você for um gênio da matemática (reveja as fórmulas). Dessa forma, as provas de
residência médica cobram a fórmula de Cockcroft-Gault.
O exame de urina é fundamental na avaliação
de doenças renais. Ele é composto por 3
etapas: a análise macroscópica (cor, turvação
e odor), análise físico-química (densidade,
volume e tiras reagentes) e análise do
sedimento urinário (microscopia óptica).
Através da análise da urina é possível
direcionar a investigação etiológica da doença
renal crônica e da injúria renal aguda, além
de detectar as primeiras alterações de
doenças sistêmicas, como diabetes mellitus,
ou de doenças renais primárias, como as
glomerulopatias.
Marcadores avaliação renal -
Cistatina C, Eletrólitos,
Creatinina: quando se percebe a alteração
deste parâmetro, o dano renal já está Marcador de função Clearance de
instalado, portanto torna-se necessário a renal mais confiável Creatinina
utilização de marcadores mais precoces. que a depuração de
RCA,
Além disso, ela é afetada pela taxa de filtração creatinina em 24 horas –
glomerular e por fatores como idade, sexo, é mais caro. É usada
raça, dieta, massa muscular, drogas e para identificar doenças
métodos analíticos laboratoriais. Uma maneira renais agudas mais
Microalbuminúria,
de reduzir interferência analítica na dosagem ´precocemente que a
Proteinúria de 24
da creatinina é a utilização da Creatinina creatina sérica – não é
Sumário de Urina
Enzimática. afetada fatores como,
sexo, dieta, massa
muscular
A creatinina é um marcador mais seguro da função renal em comparação com a
ureia, pois sofre pouca influência da dieta, dos níveis de hidratação ou do metabolismo proteico.
Sua depuração (clearance)- é a medida da velocidade de remoção de creatina no sangue a
medida que passa pelos rins. Este teste é usado para avaliação da taxa de filtração glomerular
(TFG), sendo que normal - quanto mais alta a TFG, menores são os níveis plasmáticos de
creatinina.
Valores normais de creatinina no sangue: Homens: 0,6~1,30 mg/dL; Mulheres: 0,50~1,1
mg/dL
O cálculo da depuração de creatinina é obtido a partir da seguinte fórmula
Como a urina de 24 horas está sujeita a erro de coleta, e requer tempo, podemos correlacionar
valores de proteinúria ou albuminúria de 24 horas com coletas em amostras isolada de
urina, dividindo o valor dosado da albuminúria ou proteinúria na urina isolada, por
creatinina urinaria dosada nesta amostra (ambos os valores devem estar em concentração,
não em valores Absolutos.
Exame Microalbuminúria.
O diagnóstico de Nefropatia diabética pode ser feito a partir de urinas de 24h, com ou sem
tempo marcado, ou ainda em coleta isolada de urina. A ND é classificada com base nos valores
de excreção urinária em
A alta ingestão de proteína animal, gordura animal e colesterol pode aumentar o risco de
Microalbuminúria. E dietas mais altas em frutas, vegetais e grãos integrais, mas mais baixas em
carne e doces tendem a proteger o declínio da função renal. Os testes de microalbuminúria são
recomendados para pessoas com risco aumentado de doença renal, como aquelas com diabetes
tipo 1, diabetes tipo 2 ou hipertensão. O teste pode ser realizado em amostras de urina 24 horas,
na primeira urina da manhã e ainda em amostra de urina aleatória. Os métodos mais utilizados no
laboratório clínico para determinação da microalbuminúria são nefelometria, turbidimetria e
quimioluminescência. Quando a dosagem é realizada em amostras da primeira urina da manhã e
urina aleatória, é recomendado que a dosagem de creatinina na amostra de urina seja realizada
concomitantemente, e o resultado é liberado em microgramas de albumina por gramas de
creatinina (µg/g). Os valores de referência são de até 30 mg/24 h em amostras de urina de 24
horas e até 30µg/g (µg de albumina por g de creatinina) em amostras de primeira urina da manhã
e urina aleatória
Situação problema:
Proteinúria 24h=8,5g/24h – eliminou cerca de Por isso tem a urina esbranquiçada- devido a
8,5 g de proteínas – sendo que o normal é presença de proteínas indicando
<0,15/24h) comprometimento renal.
Sumário de Urina com: Glicose ++, Proteínas +
Glicemia de Jejum=330mg/dL –
+, Presença moderada de Cilindros Hialinos e
microalbuminúria – a passagem da urina
cilindros granulosos, 20 hemácias/campo e 5
pelos túbulos renais
piócitos/campo.
Exames de imagem e consulta oftalmológica
Uma ultrassom abdominal com doppler revelou
Exames de fundo de olho: constatou uma
calcificações pancreáticas, lesão glomerular
retinopatia com pontos de hemorragia.
bilateral nos rins com Nefropatia isquêmica .
Os biomarcadores cardíacos são a expressão bioquímica da lesão das fibras cardíacas, que
no processo isquêmico miocárdico interrompe a glicólise aeróbica e o estabelecimento da
glicólise anaeróbica dentro de poucos segundos. A produção inadequada de fosfatos de alta
energia e o acúmulo de ácido láctico, resulta na diminuição do pH celular e em alterações
metabólicas que prejudicam a integridade da membrana celular. Com isso, a célula morre por
necrose, liberando transitoriamente no sangue macromoléculas como a aspartato
aminotransferases, mioglobina, creatina quinase, lactato desidrogenase, troponinas entre
outras.
Creatinoquinase (CK)
As enzimas CK e CKMB, não são específicas para necrose cardíaca, podendo sinalizar
lesão em outros grupos musculares. Troponina I, marcador específico para lesão cardíaca.
São proteínas que regulam a interação Ca2+- dependente entre a actina e miosina presentes
nos músculos cardíacos e esqueléticos, responsáveis pelo processo de contração e
relaxamento muscular. Para isso, a troponina forma um complexo com três (subunidades :
troponina C (TnC), troponina T (cTnT) e troponina I (cTnI) aos quais se ligam ao cálcio,
tropomiosina e a actina respectivamente.
A TnT e a TnI são os biomarcadores mais específicos para o diagnóstico de lesões
isquêmicas do miocárdio. Diferente da TnC, de isoforma esquelética, sem nenhum valor
diagnostico.
A elevação dos níveis de TnI e TnT no soro ocorrem entre 4 e 8h após o início dos sintomas,
com pico de elevação entre 36 e 72h e permanecendo elevada por até 4-7 dias para TnI e 10-14
dias para TnT após um evento isquêmico. Elas podem se elevar diante de pequenos infartos,
mesmo em ausência de elevação da CK-MB.
As troponinas podem ser dosadas no soro por imunoensaios com anticorpos monoclonais
dirigidos contra sítios antigênicos específicos e são considerados como limites de referência,
para a troponina T a concentração de 0,1ng/mL e para a troponina I, 0,26ng/mL. Insuficiência
renal terminal, insuficiência cardíaca congestiva, sepse, miocardite, taquicardia supra-ventricular
e mixedema podem se acompanhar de elevações dos níveis séricos de troponinas.
LDH – lactato desidrogenase, enzima rica em zinco e que participa da via glicolítica –
estando presente em grande parte das células do corpo. (Rins, cérebro, fígado musculo
por isso não é tão especifica não sendo mais recomendada para o diagnóstico de lesão
cardíaca.
A mioglobina é uma heme-proteína, presente nos músculos esqueléticos e cardíacos. VR
variam de acordo com o sexo, idade e raça). A determinação no soro pode ser útil para
descartar o diagnóstico de IAM, uma vez que possui elevado valor preditivo negativo. Por
ser uma proteína presente no citoplasma e de baixo peso molecular, é liberada para a
circulação precocemente após lesão isquêmica da fibra miocárdica. Concentrações
elevadas são observadas 1 a 2 horas após o início da dor, atingindo o pico em 12
horas e, em geral, normalizando 24 horas após um episódio único. Esta curva contribui
para que a determinação seriada seja útil no diagnóstico de re-infarto em pacientes com
dor precordial recorrente. Elevação de mioglobina circulante não é específica de lesão
cardíaca, ocorrendo no trauma da musculatura esquelética e na insuficiência renal, por
exemplo. Os métodos de dosagem mais amplamente utilizados incluem turbidimetria e
nefelometria, sendo o limite de referência até 0,15 µg/mL de soro.
D-dímero- biomarcador exclusivo de degradação da fibrina – marcador precoce de
diagnostico na isquemia coronariana em pacientes com dor torácica, estando elevados nos
casos de IAM. - excelente para diagnóstico de embolia, trombocitose. Portanto quanto
maior o coágulo, maio será o nível de dímero D circulante.
PCR – proteína de fase aguda sintetizada em resposta às citocinas inflamatórias,
mas também lesões teciduais como ocorre no IAM e AVC.
Procedimento: investigação laboratorial e desfecho clínico: Quando se trata de um
cardíaco eu antes devo coletar informações clínicas e de prontuário- dos exames
laboratoriais e de exames de imagem.
Manifestações clinicas: -
Situação problema:
Exames VR
CK Total: 243,8 U/L (<200U/L);
Enzima especifica de musculo cardíaco –
Ck-Mb: 55,2 U/L (<25U/L);
marcador especifico de lesão miocárdio.
Eleva-se recente em quadros de lesão do
Troponina: 0,013 (<0,014μg/L); miocárdio. - esse achado revela que o
paciente precisa ser monitorado.
Exame de emergência – está elevado
D-dímero: 830 (<500ng/mL); indicando formação de trombos –
biomarcador usado em IM
TGO: 296 U/L (<40U/L); Não especificas – a presença da lesão faz
TGP: 32U/L (<40U/L); com que essas enzimas aumentam
Lactato desidrogenase – auxiliar pois se
LDH: 575 U/L (246U/L); encontra presente no Esquelético e
cardíaco.
PCR: 87mg/dL (VR para risco
cardíaco:
Até 1mg/dL baixo risco;
1 a 3mg/dL risco moderado;
>3mg/dL alto risco.
Após verificação dos exames, o paciente é internado para monitoramento das
enzimas cardíacas, as quais foram seriadas a cada 6h.
Na segunda coleta, após 6h de internamento na semi-intensiva, os resultados foram
os seguintes:
O osso é um tecido vivo que se renova 10% ao ano. É formado pela combinação de
colágeno I (proteinas) e cálcio o que confere ao osso rigidez e flexibilidade suficiente para
suportar peso e resistir a estiramento. Mais de 99% do cálcio que existe no corpo está contido
nos ossos e nos dentes. O 1% restante é encontrado no sangue.
Por toda a vida, o tecido ósseo envelhecido é removido (reabsorção) e substituído
por tecido novo (formação) mantendo saudável a estrutura óssea. Durante a reabsorção, os
osteoclastos dissolvem o osso, enquanto enzimas dissolvem a rede proteica. A formação óssea
é então iniciada pelos osteoblastos, que vão secretar diversos compostos que ajudam a
formar uma nova rede proteica que é, então, mineralizada com cálcio e fosfato para produzir novo
tecido ósseo. Esse remodelamento permanente ocorre em escala microscópica em todo o corpo
e mantém os ossos vivos e vigorosos.
Na fase inicial da infância e na adolescência, a formação dos ossos ocorrem mais rápido que a
reabsorção até que se atinja o pico de massa óssea (densidade e resistência máximas), entre 25
e 30 anos de idade. Após esse período, a reabsorção óssea passa a ser mais rápida que a
formação, o que levando à perda óssea. A reabsorção ou perda é mais acelerada nas
mulheres nos primeiros anos após a menopausa, mas prossegue pelos anos pós-
menopáusicos. Nos homens, não há perda óssea considerável até meados da oitava década de
vida.
Os marcadores ósseos são testes de sangue e de urina que detectam produtos do
remodelamento ósseo e ajudam a determinar se as taxas de reabsorção e/ou de
formação encontram-se excessivamente aumentada e indicam a possibilidade de
distúrbio nos ossos. Os marcadores podem ser usados para determinar o risco de
fratura e/ou para monitorar a resposta a tratamento com uso de medicamentos em
pacientes com diagnóstico de doenças como osteoporose.
O médico pode solicitar um ou mais marcadores ósseos para determinar se está havendo
aumento nas taxas de reabsorção e/ou formação. São normalmente usados na avaliação da
resposta terapêutica informando ao médico se o paciente está respondendo ao tratamento
evitando a reabsorção (perda) e se a dose usada está adequada. A mesma avaliação feita com
exames radiográficos para densidade óssea pode levar de um a dois anos. Assim, o tratamento
pode ser alterado caso a resposta não seja adequada.
Como os pacientes com câncer de mama e de próstata apresentam alta incidência de metástase,
há dados que evidenciam que os marcadores ósseos ajudam os médicos a predizer que
pacientes com essas doenças têm maior risco de complicações causadas por metástase nos
ossos e, portanto, são indicados para uso de medicamentos poupadores ósseos, como os
bifosfonatos. Esses marcadores também podem predizer a resposta de um paciente ao
tratamento em caso de doença que seja acompanhada por perda óssea.
Testes de reabsorção (perda) óssea realizados em urina ou sangue:
Dentre os testes sanguíneos para avaliar a formação óssea estão:
Fosfatase Alcalina (ALP) ósseo-específica (uma das isoenzimas da ALP) - Está associada
à função dos osteoblastos. Acredita-se que seja importante no processo de mineralização
óssea. Recomenda-se que o teste seja realizado na linha da base antes de se iniciar o
tratamento para osteoporose e novamente após três a seis meses. Os resultados podem ser
afetados pelos níveis da ALP hepática.
Osteocalcina (proteína gla óssea) – Proteína sintetizada por osteoblastos. Parte da porção
não-colágeno na nova estrutura óssea. Uma parte dela entra na corrente sanguínea. A
osteocalcina ajuda a predizer a taxa de perda óssea em pós-menopáusicas e pode servir como
indicadora da taxa de remodelamento ósseo. Tem alguma utilidade na escolha do tratamento
mais efetivo para osteoporose, mas não é tão sensível às mudanças quanto são os
telopeptídeo. Recomenda-se que o teste seja realizado na linha da base antes de se iniciar o
tratamento para osteoporose e novamente após três a seis meses. Esse teste pode sofrer
interferência com o uso de varfarina.
P1NP (pro peptídeo aminoterminal do procolágeno tipo 1) – Sintetizado por osteoblastos, reflete
a taxa de formação de colágeno e óssea. Pode ser pedido junto com marcadores de
reabsorção óssea como C- ou N-telopeptídeo. É o marcador mais sensível para formação
óssea e é particularmente útil para monitoramento das terapias de formação e de
antirreabsorção ósseas. Recomenda-se que o teste seja realizado na linha da base antes de se
iniciar o tratamento para osteoporose e novamente após três a seis meses.
Cálcio – é um
Concentração LEC –
eletrólito
LIC < 0,5 mmoL 2,5 mmolL
O cálcio é mais concentrado no LEC e seus níveis séricos são mantidos por alguns
hormônios reguladores, como o paratormônio (PTH), a vitamina D e a calcitonina. O
objetivo destes hormônios reguladores é manter a calcemia dentro da normalidade (8,5 a 10,5
mg/dL).
A ingestão diária de cálcio é de cerca de 1 g/dia, dos quais 300 mg são absorvidos pelo intestino,
por meio de metabólitos da vitamina D.A excreção do cálcio é realizada pelos rins, processo
muito influenciado pelo PTH. A manutenção dos limites fisiológicos do cálcio sérico é feita pela
ação combinada dos hormônios reguladores paratormônio (PTH) e da vitamina D, ( através de
seus efeitos sobre os ossos, intestinos e rins.
Dessa forma, a dosagem de cálcio no soro é utilizada na avaliação da função da
paratireoide e o metabolismo do cálcio.
O cálcio total pode ser dividido em duas frações: a fração livre (ionizada) e a fração
combinada com proteínas, principalmente a albumina. A dosagem de cálcio total, que é
geralmente determinada por metodologia colorimétrica, avalia as duas frações; mas a fração
ionizada também pode ser dosada isoladamente, por meio do método de eletrodo íon-seletivo,
ou ainda calculada a partir
Situação problema:
Sabe-se que a idade está associada com progressiva rarefação do esqueleto, dessa forma, a
perda óssea e as fraturas osteoporóticas são bastante comuns nas mulheres na menopausa.
Essa situação acontece devido à queda de estrogênio que diminui a atividade dos
osteoblastos (formação) e aumenta a atividade dos osteoclastos (perda;).
Assim, não se forma osso e, o que é mais importante, há reabsorção do osso velho,
promovida pelos osteoclastos; a matriz óssea se desfaz e libera cálcio do osso, ocorrendo alta
remodelação óssea e instalando-se progressivamente esultando em uma diminuição da massa
óssea, com conseqüente aumento da fragilidade óssea e maior suscetibilidade às fraturas,
caracterizando, um quadro clínico de osteoporose (SCHEIBEL et al., 2009).a osteopenia e a
osteoporose.
1.8 distúrbio hidroeletrolítico
O equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base é mantido basicamente pelos rins, sangue e
pulmões, com objetivo de manter a volemia, a composição iônica e o pH dos fluidos
corporais, para que as reações do metabolismo possam ocorrer. pH normal 7,4
Falamos em distúrbios hidroeletrolíticos quando os principais eletrólitos do corpo humano
(sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloro, fosfato, sulfato, bicarbonato, entre outros) estão fora das
taxas fixas – necessárias para que possam exercer normalmente suas funções.
Composição dos fluidos corporais: água e eletrólitos
60% do peso corporal é água. Destes, 40% está localizado no compartimento intracelular,
(LIC) e 20% fora das células, (LEC). O LEC é composto pelo fluido intersticial (15%) e pelo
intravascular ou plasma (5%).
Os eletrólitos são minerais eletricamente carregados, responsáveis pela condução de
eletricidade essenciais para realização de diversas funções como: manutenção do pH, contração
dos músculos, reações de oxido redução, atuam como cofatores enzimáticos e hemostasia da
água. Isso ocorre quando eles estão dissolvidos em liquido, como no sangue.
O corpo humano pode mover os eletrólitos para dentro ou para fora das células, para ajustar
os níveis dos líquidos entre as células. A esse movimento, damos o nome de “equilíbrio
eletrolítico”, o que confere ao plasma a eletroneutralidade.
O endotélio vascular é impermeável a proteínas e células, mas é permeável a solutos iônicos,
portanto a concentração de íons no fluido intravascular (plasma) e intersticial é muito semelhante.
O sódio (Na+) é o cátion em maior concentração no LEC e o cloro (Cl-) e o bicarbonato
(HCO3 -) são os ânions em maior concentração do LEC. Já no LIC o potássio (K+) e o
magnésio (Mg2+) são os cátions encontrados em maior concentração e o fosfato (HPO4 2- ) e
as proteínas são os principais ânions intracelulares. As concentrações de Na+ e K+ são
mantidas pela bomba sódio-potássio-ATPase (Na-K-ATPase) das membranas plasmáticas,
através de transporte ativo. A maior concentração de K+ no meio intracelular permite a
geração e manutenção de um potencial de membrana. O cloreto de sódio contribui para
manutenção da pressão osmótica do plasma, enquanto que o cálcio, o magnésio, as
proteínas e os fosfatos contribuem para a manutenção da pressão osmótica intracelular .
Embora a composição do LEC (intersticial + intravascular) e do LIC seja diferente, a quantidade
total de cátions e ânions é muito semelhante, o que confere ao plasma a eletro neutralidade.
Do mesmo modo que existem moléculas que devem retornar à circulação, existem as que
precisam ser eliminadas, mas não são filtradas. O papel da secreção é remover essas
moléculas. A remoção de íons hidrogênio, potássio e amônia estão entre os processos
de secreção mais importantes. Medicamentos e macromoléculas também são secretados.
Por que é importante conhecer os Biomarcadores hidroeletrolíticos e sua
importância na prática clínica...
Os distúrbios hidroeletrolíticos ocorrem quando o paciente perde quantidade significativa de
líquidos corporais e, consequentemente, de eletrólitos.
Essa perda pode ocorrer pelo suor excessivo, pela poliúria (excesso de urina), pelos vômitos e
pela diarreia.
Estes eletrólitos precisam ser repostos rapidamente para que o funcionamento correto do
organismo não seja comprometido.
A deficiente homeostasia da água e de eletrólitos no organismo gera consequências graves,
como desidratação, edema, hiponatremia e hipernatremia
Pacientes com esses distúrbios necessitam de uma cuidadosa avaliação, antes DA
APLICAÇÃO DA TERAPIA ADEQUADA!!
Assim, o diagnóstico correto destes Biomarcadores, associados à clínica, permitem uma melhor
conduta clínica e consequente resposta terapêutica
Os principais eletrólitos que devo me ater na hora de liberar o laudo são: Na+ K+ Mg²+ Cl- Ca²+
Principais cátions (+) solicitados pelos médicos
Sódio (Na+)
Principal cátion extracelular - Determinante da
osmolaridade celular - Seu desequilíbrio está
VR: 136- 145 mEq/L
associado a algumas patologias ou uso de
medicamentos
Está diminuído na Hiperpotassemia
Potássio (K+ )
Principal cátion intracelular - Altas concentrações
em tecidos e hemácias- a realização da coleta de
sangue em pacientes desidratados normalmente é
VR: 3,5-5,0 mEq/L
mais difícil, aumentando a ocorrência de erros Pré
analíticos como de hemólise. Este fato vai lisar as
hemácia dentro do tudo e assim liberar o conteúdo Lesões do miocárdio levam ao
intracelular das hemácias- e sabemos que dentro extravasamento de K do interior do tecido
da hemácia temos muito potássio. Ou seja se a muscular e, portanto o aumento desse
minha amostra de soro estiver hemolisada eu cátion é um achado comum no diagnóstico
jamais vou realizar exames para determinação de de IAM.
K pois vão dar resultados falsamente elevados.
O desequilíbrio de K interfere na atividade
neurológica e muscular do organismo
Principalmente, miocárdio
VR: 1,9-2,5mg/dL
Pacientes com deficiência de magnésio é
Magnésio (Mg2+) importante eu olhar o perfil glicídico da
Exame muito solicitado em gestantes e RN pessoa.
4° cátion mais abundante e mais prevalente A administração da infusão de mg é uma
Intracelular- 53% está no Osso Cofator em prática comum muito realizada no pós
diversos sistemas enzimáticos associados e parto, e que tem como objetivo promover
essencial no metabolismo dos carboidratos-. É neuroproteção ao RN. Portanto a
neuroprotetor. solicitação sérica de Mg em gestantes e
em RN é muito usado na rotina
Eleva-se na IR, na desidratação grave e por laboratorial.
administração medicamentosa.
(Hipermagnesia) Isso acontece, por que eventualmente
desequilíbrio pode acontecer excedendo
Reduzido no Hipoparatireoidismo, diarréia aguda ou diminuindo a concentração sérica de
mg afetando o cérebro de RN – casos de
letargia
Cálcio (Ca2+) intracelular: VR: 1,1-1,4mmol/L Cálcio (Ca2+) extracelular: VR: 8,5-10,5
50% do cálcio se encontra livre (fração bioativo ou
cálcio iônica) 40% ligado à albumina 10% mg/dL
complexado aos ânions. O doseamento de cálcio E o mais solicitado na pratica clínica,
iônico é caro e nem todos hospitais fazem barato e da ideia ao médico de outras
Quanto ao Ca2+ intracelular, exibe várias patologias associadas
funções: Contração muscular - Secreção de
hormônios (PTH- VD) - Metabolismo do glicogênio
e Divisão celular- mitose -
Exibe várias funções: Mineralização óssea
A solicitação dos eletrólitos de cálcio e magnésio é - Coagulação sanguínea- Estabiliza a
essencial na avaliação da glicose e devem ser membrana plasmática
monitorados em pacientes diabéticos.
Principal ânion (-)
Cloro (Cl-)
Maior concentração extracelular- Junto ao Na+
formam os principais eletrólitos no controle da
homeostase do plasma
Se eleva quando paciente recebe excesso de
infusão salina, numa desidratação grave, perdas VR:98-107mEq/L
pelo TGI – portanto se atentar se é paciente
internado e se está em tratamento de infusão
Níveis baixos são detectados após vômitos, na
baixa de Na+, em queimados, na ICC, uso de
diuréticos
Situação problema:
Paciente dá entrada na emergência com diarréia, vômito, febre e mal-estar geral. Fraqueza
intensa, câimbras nas pernas, tremores, mal conseguindo deambular. No ECG, detecta-se
arritmia.
O que esperamos ver num laudo laboratorial em termos de eletrólitos
A maior parte da regulação do pH ocorre nos pulmões e nos rins. Quando os pulmões
aumentam a eliminação de dióxido de carbono, diminuem a quantidade de ácido no sangue.
Quando os rins aumentam a eliminação de bicarbonato, diminuem a quantidade de base no
sangue.
O pH plasmático representa a relação entre o Esta fórmula nos mostra que, se o HCO3
bicarbonato e o dióxido de carbono, segundo a aumenta, o pH aumenta (relação diretamente
fórmula de Henderson-Hasselbach: proporcional), tornando o meio básico. Ao
contrário, se o pCO2 aumenta, o pH diminui
pH = 6,10 + log [HCO3]/0,03 x PCO2.
(relação inversamente proporcional), tornando
o meio ácido.
O Ânion Gap (AG) representa os ânions não quantificáveis no sangue, como o lactato. Os
ânions quantificáveis são: HCO3- e Cl-. Vamos lembrar que existe a lei da eletroneutralidade, a
qual diz que as cargas negativas são iguais as cargas positivas. O principal cátion mensurável é
o sódio. Dessa forma, a quantidade do sódio tem que ser igual a quantidade do somatório de
AG, HCO3- e Cl-, conforme equação e ilustração abaixo:
Vistos esses conceitos, para identificar as alterações da da
gasometria arterial precisamos conhecer os valores normais
dos parâmetros avaliados:
• pH = 7,35 – 7,45
• pCO2 = 35 – 45 mmHg
• HCO3 = 22 – 26 mEq/L
• AG = 6 – 12 mEq/L
Tratamento:
Deve-se tratar a causa subjacente, tomando medidas para diminuir a produção de H+, como
otimizar o débito cardíaco em pacientes com acidose lática, administrar insulina em pacientes
com cetoacidose ou remover substâncias tóxicas em intoxicações.
O uso de bicarbonato de sódio é controverso, embora seja utilizado na maioria dos serviços em
situações de acidose metabólica (pH < 7,1 e BIC <6) e cetoacidose com pH <7. A
administração de bicarbonato de sódio resulta na produção de CO2 e H2O e, portanto, é
importante garantir uma ventilação adequada para que o CO2 produzido seja eliminado
apropriadamente pelos pulmões.
MEDULA ÓSSEA (MO) é o mais importante órgão da gênese das mais diversas células
sanguíneas pois lá estão as células tronco que dão origem a células progenitoras de linhagens
mielocíticas, linfocítica, megacariócitos e eritroblastos
- Os eosinófilos estão
Neutrófilos são os + presentes no Os basófilos estão envolvidos
relacionados a
sangue, e estão relacionados à no processo alérgico;
infecções do tipo
reação de infecções do tipo quando fixados nos tecidos,
parasitárias e a
bacteriana. são chamados de mastócitos.
reações alérgicas
- Os monócitos, macrófagos e seus precursores são
consideradas células fagocitárias. Estão envolvidos no
Os linfócitos estão relacionados
processo de apresentação de antígenos, reações
a infecções virais
inflamatórias e destruição de micróbios e células
tumorais.
Pode-se ainda, separar o soro do sangue, que corresponde à porção líquida após o processo
de coagulação sanguínea. Nesta fração, são encontrados sais minerais, lipídeos, vitaminas,
glicídios, proteínas, hormônios, produtos anabólicos e catabólicos. Porém, diferentemente do
plasma, não se pode encontrar a maioria dos fatores de coagulação.
O estudo da série vermelha é avaliado pelos parâmetros e índices hematimétricos
abaixo:
Os resultados a serem avaliados são: Número de glóbulos vermelhos: Os valores
normais variam de acordo com o sexo e com a idade. Valores normais: Homem de
5.000.000 - 5.500.000, Mulher de 4.500.000 - 5.000.000. Seu resultado é dado em número
por litro. Hematócrito: Representa a quantidade de hemácias existentes em 100ml de
sangue total. Os valores variam com o sexo e com a idade. Valores: Homem de 40 - 50% e
Mulher de 36 - 45%. Recém nascidos tem valores altos que vão abaixando com a idade
até o valor normal de um adulto. Hemoglobina: segundo a OMS é considerado anemia
quando um adulto apresentar Hb < 12,5g/dl, uma criança de 6 meses a 6 anos Hb < 11g/dl
e crianças de 6 anos a 14 anos, uma Hb < 1 2g/dl.
Basófilos 0,01%
Linfócitos 20-30%
Plaquetograma:
As plaquetas são os fragmentos dos megacariócitos produzidos na medula, que iniciam o
processo de coagulação. Na lesão do vaso sanguíneo, o organismo encaminha as plaquetas ao
local da lesão. Ao final do complexo processo, é formado um trombo, que estanca o
sangramento. O valor normal das plaquetas no sangue periférico varia entre 150.000 a
450.000 por microlitro (uL). Porém, até valores próximos de 50.000, o organismo não apresenta
dificuldades em iniciar a coagulação.
Quando esses valores se encontram abaixo das 10.000 plaquetas/uL há risco de morte, uma
vez que pode haver sangramentos espontâneos.
A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias, para saber se o paciente não
encontra-se sob elevado risco de sangramento, e na investigação dos pacientes com quadros
de hemorragia ou com frequentes equimoses (manchas roxas na pele).
A contagem de plaquetas é feita pelo método automático. A maioria dos laboratórios usam
aparelhos cuja contagem de plaquetas se faz no mesmo canal de contagens de hemácias,
sendo que a diferenciação de ambas se dá pelo volume (plaquetas são menores que 20 fl e
hemácias maiores que 30 fl). Quando o número de plaquetas encontra-se diminuído, o
laboratório faz um esfregaço de sangue para confirmar se elas estão diminuídas ou não. Se
isso não for confirmado, a contagem de plaquetas é feita de modo manual, isto é, contagem em
câmara de Neubauer.
Em preparações de esfregaço sanguíneo, as plaquetas usualmente aparecem aglutinadas e
apresentam coloração azul-clara.
Plaquetopenia ou trombocitopenia: Plaquetose ou trombocitose:
Presente: alguns distúrbios hereditários Hemograma completo é suficiente. dosagem
(Síndrome Wiskott-Aldrich, Síndrome das enzimas hepáticas(aminotransferases (AST
BernardSoulier), lúpus eritematoso sistêmico,e ALT), fosfatase alcalina, gama-GT e
anemia perniciosa, esplenomegalia, leucemia bilirrubina e suas frações), creatinina, uremia e
e quimioterapia. VHS. Biópsia de medula óssea determina se é
Diagnostico: epistaxe, sangramento gengival, reativa ou primária.
petéquias, hematomas, diminuição do
número de plaquetas.
Bicitopenia: Pancitopenia:
Redução de 2 linhas ex: caso de anemia e Termo usado onde há 3 linhagens sanguíneas
leucopenia reduzidas.
Tanto a pancitopenia quanto a bicitopenia costumam surgir em pacientes com algum problema
na medula óssea. Seja por processos de infiltração- aplasia (carências nutricionais) e
destruição das células circulantes.
Definição e epidemiologia:
A anemia ferropriva é oriunda da deficiência de ferro levando um prejuízo na síntese
de hemoglobina e eritrócitos (hemácias), é a doença carencial mais recorrente no mundo. A
prevalência da AF é de 20,9% das crianças menores de cinco anos e 24,1% das crianças
menores de dois anos de idade; em mulheres entre 15 e 49 anos, a prevalência é de 29,4%. A AF
é prevalente em populações em estado de vulnerabilidade alimentar e social, por isso o Sistema
Único de Saúde criou uma estratégia de prevenção e combate a este tipo de anemia, por meio da
Política Nacional de Suplementação de Ferro.
Fisiopatologia:
O ferro pode estar na forma heme ou ferrosa (Fe 3+) ou na forma não heme ou férrica (Fe2+) e
está distribuído em 65% nas hemoglobinas, auxiliando no transporte do oxigênio pelos
eritrócitos. O ferro é essencial a várias funções do organismo, como a síntese de DNA,
proliferação de células, reações enzimáticas e produção de energia. A absorção do ferro ocorre
principalmente na borda em escova do intestino delgado e pode ser facilitada por agentes como
ácido ascórbico e ácido cítrico. Sabe-se que a hepcidina é o hormônio, sintetizado no fígado,
responsável por controlar a homeostase do ferro, em especial quanto aos seus níveis de
absorção.
A anemia ferropriva surge quando os níveis de ferro estão tão baixos que provocam
déficit na formação de eritrócitos (eritropoese). Assim que os níveis de transferrina –
proteína que transporta o ferro para precursores hematopoiéticos – ficam em torno 15%, as
hemácias tornam-se microcíticas e hipocrômicas (com baixo nível de hemoglobina). A
redução da massa de eritrócitos faz com que a sobrevida destes se torne diminuída, bem como
ocorram deformações em seu arranjo estrutural. Desta maneira, há redução da quantidade de
hemoglobina circulante – proteína que transporta oxigênio no sangue –, de modo que a
hemoglobina se torna incapaz de carrear oxigênio adequadamente para o organismo do indivíduo
que entra em estado de hipóxia, devido à deficiência de oxigenação sanguínea e tissular.
Causas de deficiência de ferro:
Fatores fisiológicos devido a perdas sanguíneas como período menstrual, gestação,
parto e pós parto e patológicas, a exemplo da perda oculta de sangue nas fezes, devido
a condições como parasitoses, diverticulites ou neoplasias. É também fatores
nutricionais: dieta alimentar rica em cereais que contêm pouco ferro, ou pobre em
proteína animal, pobre em vitamina B12 – que contém muito ferro. O aporte insuficiente
de ferro pode ocorrer por distúrbios na absorção, a exemplo do que ocorre na das doenças
inflamatórias intestinais (doença de Chron) ou no caso de indivíduos que passaram por
gastrectomia.
Os Idosos tendem apresentar AF – isso acontece devido a facilidade desse grupo em
perder sangue pelo TGI, como consequência de uma gastrite medicamentosa devido a
pofifarmácia
Quadro clinico: fadiga, sonolência, palidez, cefaleia, tonturas, alterações da visão e
dificuldade de resistir ao esforço físico. Podem ocorrer sintomas como palpitações e sinais
como perversão do apetite, isto é, vontade de comer coisas incomuns e não nutritivas, a
exemplo do gelo, areia, argila entre outros. Apresentam-se sintomas como: glossite,
coiloníquia – quando as unhas têm formato de colher -, estomatite, gastrite atrófica e
queilite angular, que são fissuras na boca, principalmente na região da comissura dos
lábios.
Em crianças, os sintomas da deficiência de ferro ligados ao aspecto neurológico são mais
exacerbados, como irritabilidade aumentada, cefaleia, deficiência de concentração e, em
graus, mais elevados pode levar ao comprometimento do cognitivo e ao retardo
psicomotor.
Quanto ao aspecto imunológico, a anemia ferropriva gera déficits na atividade fagocítica,
reduz a imunidade humoral, isto é, a imunidade mediada por linfócitos B e relacionada a
produção de anticorpos que evitam o estabelecimento de infecções, em especial, no meio
extracelular.
A anemia é definida por valores de hemoglobina (Hb) no sangue abaixo do normal para
idade e gênero.
Hemograma Ferro
Ferritina: Marcador precoce de AF – que vai A única maneira de descobrir a anemia e
está reduzido mesmo antes de encontrar solicitando a dosagem de ferritina que a
alterações do hemograma. proteína reserva do ferro.
Ela armazena se tem pouco vai estar diminuida
Transferrina aumentada. Capacidade de ligação do Ferro (TIBC)
Proteína livre que transporta ferro para exercer
suas funções- como tem pouco Fe ela vai estar
aumentada e sua capacidade de saturação
diminuída- pq tem pouco fe ligado a ela.
Presença de microcitose, hipocromia e na maioria dos casos pecilocitoses por Eliptócitos e
células em alvo. No início da depleção do ferro,observamos uma população mista, com
hemácias normocíticas e microcíticas. Com o progredir da deficiência, aumenta a população de
hemácias microcíticas, acrescidas de outras alterações de forma, características da anemia
ferropriva.
Com a diminuição da hemácia e diminuição da concentração da hemoglobina, o morfologista
descreverá a microcitose e hipocromia presentes na lâmina do paciente!
Resumindo um laudo em paciente com AF:
O tratamento pode ocorrer por reposição oral de ferro elementar, de modo que para
adultos a dose diária é de 160mg a 200mg e para crianças 3 a 6mg de ferro por kg de peso,
dividido em três tomadas. A reposição oral é a forma de tratamento mais lenta – pelo menos 3
meses -, contudo deve-se priorizá-la, sempre iniciando com doses menores de ferro e
aumentando-as progressivamente. A forma comercial de ferro elementar mais comumente
utilizada é o sulfato ferroso, que possui 20% de ferro elementar. Em relação a absorção do
sulfato ferroso, este é melhor absorvido quando administrado de estômago vazio, 1-2h
antes das refeições, de preferência associado à vitamina C ou ao suco de laranja.
A reposição parenteral é a forma de tratamento aplicada quando: há impossibilidade de
realização da reposição por via oral; ocorrem perdas sanguíneas significativas; há desordens no
trato gastrointestinal que podem exacerbar os sintomas; o paciente passa por hemodiálise em
uso de eritropoietina.
1.12 Anemia Falciforme
É uma doença de causa hereditária, incurável, com alta morbimortalidade e apresenta
média de 1 entre 380 nascidos, sendo mais frequente nos afrodescendentes. É caracterizada por
uma uma mutação genética no aminoácido 6 da cadeia beta da hemoglobina, que promove a
substituição do ácido glutâmico por valina, sendo assim, essa hemoglobina passa a ser
denominada HbS. Essa hemoglobina defeituosa, provoca uma mudança estrutural na
membranas dos eritrócitos que deixam de ser arrendadas e elásticos, tornando se
insolúvel, diminuindo sua afinidade por oxigênio. Assumindo a forma de foice
(hemoglobinopatia)- diminuindo a meia-vida da hemácia, caracterizando a anemia hemolítica
crônica, caracterizadas por fenômenos vaso-oclusivos, vasculopatia, amplas lesões agudas e
crônicas de diversos órgãos e mortalidade prematura.
Essa hemácia, após passar pela microcurculação esplênica e sofrer a falcização, será
degradada na circulação sanguínea, o que caracteriza a anemia falciforme como um doença
hemolítica, pois haverá diminuição do tempo médio de vida dos eritrócitos. A hemólise será
observada na redução do número de hemácias e do número de hemoglobinas no hemograma.
Contudo, o VCM (Volume Corpuscular Médio de Hemácias) pode estar reduzido ou não,
assim como o HCM (Hemoglobina Corpuscular Média), o que caracteriza essa anemia como
normocítica e normocrômica.
Manifestações clínicas: A oclusão principalmente de pequenos vasos representa o
evento fisiopatológico determinante na origem da grande parte dos sinais e sintomas dos
pacientes com anemia falciforme, tais como tais como palidez, cansaço fácil, crises
álgicas, úlceras de membros inferiores, síndrome torácica aguda (STA), sequestro
esplênico, priapismo, necrose asséptica do fêmur, acidente vascular encefálico (AVE),
retinopatia, insuficiência renal crônica, entre outros.
A crise álgica é a principal causa de busca por atendimento de emergência em portadores de
AF. E decorrente do bloqueios dos pequenos vasos pelas hemácias deformadas e inflexíveis, ge-
rando episódios de dor intensa nas articulações acompanhada de falta de ar importante, falta de
oxigenação do sangue e febre que recebe o nome de síndrome torácica aguda, com conse-
quente processo inflamatório e ativação de nociceptores, e exige internação imediata
Tais episódios podem der desencadeados por desidratação, infecções, frio, estre físico e mental
ou podem ocorrer sem causa aparente.
Normalmente, a dor acomete as costas ou as extremidades (articulações), mas pode ocorrer em
locais diversos (ossos, abdômen ou tórax), costuma ser continua e progressiva.
Além da crise álgica, outras manifestações incluem aumento da pressão pulmonar, doenças
cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral, deformidades ósseas, acometimento dos
rins e olhos, formação de pedras na vesícula, ereção involuntária e dolorosa do pênis, chamada
priapismo, aparecimento de úlceras de difícil cicatrização nas pernas.: febre, taquipneia, crepi-
tações, tosse, e a presença de uma consolidação no Raio-x, o que fecha os critérios necessário
para uma Síndrome Torácica Aguda (STA
A dor e inchaço das mãos e pés, chamada síndrome mão-pé, pode ser o primeiro sinal clínico na
criança que ainda não recebeu o diagnóstico. Toda criança com doença falciforme que venha a
apresentar febre deve ser avaliada e tratada rapidamente, tendo em vista a possibilidade de
septicemia. Além disso, crianças com anemia falciforme devem receber todas as vacinas,
principalmente aquelas contra o Pneumococos e o Haemophilus.
A patogênese da STA é multifatorial, todavia deve-se levar em consideração durante o tra-
tamento a presença de uma infecção associada, sendo os principais germes causadores são
pneumococo e as bactérias atípicas (Mycoplasma pneumoniae e C. pneumoniae).
Portanto para ter anemia falciforme, a pessoa apresenta alelos iguais no cromosso (SS) – dupla
homozigose , so tenho Hg SS sem outros alelos de estrutura normais.
Como entender o genótipo do paciente com HbS?
São 3 as possibilidades do genótipo
dessa criança.
25 % de AA – só de Hg normais
50% de chance de ter mutação em apenas
um gene - AS de genótipo duplo
heterozigoto - fenótipo traço falcemico ––
E 25% de nascer com dupla homozigose ,
portador de anemia falciforme.
Hemograma:
Hemácias (VR = 4.000.000 a 5.100.000/mm3)
Hg – 6 a 9 g\Dl muito reduzida – VR = 25,0 a 33,0 %)
O que explica os sintomas de cansaco,
fraqueza e vao necessitar de transfusão
Anisocitose com RDW elevado -
VCM e HCM estão normais uma vez a (VR = 79,0 a 95,0 fl) VR = 33 a 52 pg)
deficiência não é na síntese de Hg VR = 31,0 a 37,0 %
CHMC – normal embora hipocrômicas- Por isso é chamada de anemia normocitica
normocromica. O que indica que não há
alterações dos índices pois se trata de uma
anemia hemolítica.
O sinal característico é a presença de Outras formas marcantes de AF são
poiquilocitose acentuada - formato de codocitos (alvo) e esferocitos
drepanocito- foice devido a perda total de Por ser uma anemia hemolítica vou
oxigênio no interior das hemacias, encontrar uma lamina com policromasia
deixando elas inflexíveis. ( variedade de tons da hemacias mais lilás,
Entretanto,é comum encontrar hemacias vermelhas, esbranquiçadas) . essa
que estão iniciando um processo falcemico Policromasia é uma resposta da medula
e estruturalmente pode-se confundir com frente a hemólise que faz com que tenha
Eliptócitos, para que isso não aconteça eu uma rápida liberação de hemacias no
sempre devo checar a clinica do paciente, sangue periférico, esse processo acelerado
resultado anterior, e se eu ver algum libera hemacias imaturas chamadas de
drepanocito já me dá certeza de que esta reticulócitos ou eritroblastos. Células
tendo processo de crise de AF. imaturam apresentam um elevado teor de
ácidos nucleicos , Rna que tem aifinidade
por corantes basofilicos por isso elas se
mostram mais roxas, de cor azul.
E presença de pontilhados e corpos de
Jolly no interior das hemacias, que são
restos de ácidos nucleicos – material
genético indicando que a medula está
enviando células imaturas para corrigir
essa hemólise.
Global de leucócitos: (VR = 5.000 a 13.000/mm3)
Plaquetose – indicando formação de Deficiência d ferro e folato- ao decorrer do
trombos tempo
Lise libera grupo heme- o heme é usado na Aumento da LDH- enzima do interior das
produção de bilirrubina- por isso temos hemacias que vai aumentar no sangue
uma hiperbillirrubinemi
VHS- aumentado – marcador de inflamção
não é muito especifico em AF
Macrocitose.
Manifestações clínicas da AM: Apesar de muitas semelhanças, existem diferenças
chave entre os quadros clínicos das anemias por deficiência de cobalamina e ácido fólico.
Devido deficiência de cobalamina, manifestações
hematológicas, digestivas e neurológicas. As
hematológicas são as comuns a todas as anemias, ou
seja, astenia, palpitação, cefaleia, irritabilidade, e
Como a deficiência de folato está
petéquias e púrpuras devido a trombocitopenia. As
mais associada a má alimentação,
digestivas, secundárias à má absorção, são diarreia e
os pacientes apresentam-se mais
perda de peso. Além disso, são comuns queixas de
desnutridos que os deficientes de
queilite angular (inflamação nos cantos da boca) e glossite
cobalamina. As manifestações são
(eritema e atrofia papilar). Por último, as manifestações
muito parecidas, porém o trato
neurológicas estão associadas a ausência de uma reação
gastrointestinal está mais
da vitamina, provocando o acúmulo de ácido metilmalônico
comprometido e não ocorrem
e a formação inadequada de metionina (importante para a
prejuízos neurológicos.
formação da bainha de mielina). A As repercussões são
muitas, entre elas polineuropatia periférica, diminuição da
propriocepção, desequilíbrio, marcha atáxica, diminuição
da força dos membros inferiores, déficit cognitivo, psicose.
Caso clinico:
O que está acontecendo nesse caso? Leucemia mieloide Aguda. – clone de blastos imaturos
da série dos granulócitos
Proliferação (clone) maligna de células troncos imaturas, que são os blastos, sem
capacidade de diferenciação - Blastos se infiltram na medula óssea, e progressivamente
infiltram o sangue periférico e como consequência haverá uma redução das outras
linhagens das células normais – pois a MO está focada em fazer clones leucêmicos de
blastos que acaba não fazendo a síntese normal de hemácia e plaquetas e esses
leucócitos defeituosos acabam sendo substituídos por células normais – isso vai diminuir
funções normais provocando anemia, infecções e sangramentos – leucemia aguda
podendo ser mieloide ou linfoide.
Casos raros de LMA – apresentam achados normais de hemoglobina levando acreditar que não
tem anemia instalada. Entretanto LMA, com níveis aumentados de Hb indica um pior
prognóstico, ou seja representa maior poder proliferativo do clones neoplásicos-defeituosas
sem funções.
Anemia é um achado comum – assim como Plaquetopenias:
Plaquetopenia- 90% dos casos – A pessoa precisa ser monitorado pois qualquer batida pode
levar a hemorragia e a morte por não ter plaquetas suficientes para estancar o sangue. –
paciente tá com 33.000
Anemia quando presente será do tipo Normocítica e normocrômica com variado grau de
Anisocitose (não são grandes e nem pequenas demais e poiquilocitose – formato diferentes
de hemácias.
Reticulócitos são as células imaturas que antecedem as hemácias, portanto o achado da
contagem reduzida de reticulócitos indica que a MO não está focada em produzir as células
vermelhas e sim a linhagem branca – anemia. Porém pode encontrar LMA com reticulócitos
normais.
Se tem anemia também podemos encontrar aumento de eritroblastos que antecedem os
reticulócitos – demonstrando que a MO ta tentando produzir células vermelhas mas que por
conta da neoplasia acaba mandando células imaturas para o sangue
O leucograma vai depender do tipo LMA e da idade – Normalmente vai estar elevado em
60% dos casos.
Dicas na liberação do hemograma.
Neste caso clínico - o valor de leucócitos está normal 9.000 – esse achado é importante e
não pode passar desapercebido pois revela desenvolvimento de um câncer.- ou seja não é
sempre de cara que eu vou ter um achado de hiperleucocitose, que é comum em LMA.
Se o equipamento deu qualquer flag – meu DEVer é LER A LAMINA – e associar com
resultados anteriores e queixa principal.
E sempre ler na objetiva de 100X – não preciso ser rápido e sim analítico.
Jamais devo informar no laudo qual a
linhagem- se linfoide ou mieloide e sim-
apenas o percentual de blastos. Mas
minunciosamente posso colocar
características morfológicas.
Coagulação:
Transaminases:
LDH elevada
Ureia e creatina e acido urico
Eletrolitos -
Proteínas totais e exames de imagem e
Leucemia Mieloide Crônica
A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) é uma doença maligna resultante de um distúrbio clonal
de células-tronco hematopoiéticas que causam uma hiperplasia mielóide na medula óssea. A
principal característica que difere das outras leucemias é a presença do cromossomo
Filadélfia (Ph), uma mutação genética gerada a partir de uma translocação entre dois
cromossomos. O Cromossomo Ph é capaz de gerar uma proteína tirosina-quinase que é capaz
de fosforilar vias proteicas que desregulam a proliferação celular de progenitores granulocíticos e
megacariócitos além de também diminuir a adesão das células leucêmicas ao estroma.
Epidemiologia:
A LMC corresponde 15% de todos os casos de leucemia, maior parte homens adultos jovens, de
meia idade, porém pico maior entre os 50 e 60 anos, sendo muito incomum em crianças. Graças
a terapia com os inibidores de tirosina-quinase foi possível reduzir a taxa de mortalidade anual foi
reduzida de 10 a 20% para 2% da população acometida.
Caso clinico:
Caso raro: Homem de 29 anos, assintomático foi realizar exame admissional e no hemograma
foi achado uma hiperleucocitose.
Encontrar um esfregaço sanguíneo onde temos presença de todos os tipos de linhagem
celular desde células imaturas e maduras, frente a isso é importante desconfiar. Pois, pode
indicar infecção com desvio escalonado termo que refere a presença de todas as fases
maturativas mieloides, porém em alguns pode indicar uma neoplasia
Quadro clinico:
Classicamente a doença evolui em 3 fases: crônica, acelerada e crise blástica.
A maioria dos pacientes a princípio tendem a ser de caráter assintomático e o seu diagnóstico
costuma ser feito com base nos achados do hemograma completo de rotina e exame físico. Boa
parte dos portadores são diagnosticados ainda na fase crônica da doença que costuma ser
pouco sintomática, e quando apresenta os sintomas gerais costuma ser febre, mal-estar,
perda ponderal, desconforto abdominal e sudorese noturna.
Aspectos clínicos:
Anemia, astenia e mal-estar A MO se encontra direcionada em sintetizar uma série
leucocitária defeituosa, o que resulta numa síntese
reduzida serie vermelha- desenvolvendo uma anemia.
Petéquias, equimoses, a série plaquetaria também está diminuída
sangramentos nas fezes e urina
Febre, pneumonia, otite, faringite e A MO faz uma proliferação de células imaturas
sepse incapacitadas de defender o sistema imunológico da
criança, sendo assim é comum apresentarem reinfecção
recorrentes- essa informação é importante e permite
liberar um laudo seguro.
Situação problema:
O que encontrar no hemograma do paciente com LLA?
Anemia Normocítica normocrômica
Plaquetopenia – redução intensa Por isso apresentam equimoses, petequias
Leucocitose Aumenta leucócitos -
Neutropenia Redução da série granulocítico devido ao aumento de
Linfocitose linfócitos.
Encontrei Linfocitose- vou fazer a lamina e olhar objetiva
de 100x
reticulocitopenia 80% dos casos A anemia instalada mais a redução de hemácias – faz
com que a MO jogue reticulócitos imaturos no SP. Mas
e usada azul de cresil brilhante acontece que em doenças linfoides agudas avanças a
MO se torna tão incapacitada a ponto de parar de
produzir células imaturas da linhagem vermelha –
encontrar um numero reduzido de reticulócitos um mau
sinal e mostre que a Mo não ta mais produzindo as
células vernelhas provocando anemia severa
Linfoblastos – indica que é agudo.
Achados microscópicos:
Quadro clinico:
1.17 – Leucemia linfoide crônica.
Caso clinico:
A fase que vai desde o nascimento até a Ao chegar na fase adulta essa ativação é
adolescência, é uma etapa na qual o sistema normalizada não tendo mais essa Linfocitose,
imunológico se encontra altamente ativo, há a não ser que a pessoa passe por situações
uma maior liberação de linfócitos b garantindo não normais como: infecções virais e
a produção de anticorpos para possíveis neoplasias linfocítica.
infecções futuras ou seja é um aprimoramento
da resposta imunológica da pessoa.
Então eu devo fazer as seguintes analises: